Ler e escrever: atos de cidadania

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os de cidadan er e escrev r e escrever atos Ler screver de cidadan cidadan sosdedecidadani atos idadania er e escrev Ler e escre crever os de cidadan Professora Eleusa Bonfim

Nascida em Braúna, interior de São Paulo, no dia 21 de Agosto de 1958. Teve uma infância pobre, sem muitos sonhos. Sempre realista, nunca esperou cair nada do céu. Enquanto adolescente, assumiu muitos compromissos e responsabilidades, isso a fez crescer mais cedo, rápido demais. Foi metalúrgica durante muitos anos, mas de natureza inquieta, ansiosa e exploradora, buscou o sonho profissional e se tornou professora de Língua Portuguesa, mas com afinidades em Artes. Na Educação, sempre trabalhou com projetos, mas o projeto A Difícil Arte de Ler e Escrever, que resultou na publicação Ler e escrever: atos de cidadania, em especial, lhe trouxe uma proximidade maior com seus alunos. Foi como conhecer cada um deles na extrema expectativa e anseio. “Estou feliz! É gratificante ver o resultado. Não basta ser apenas professora e alunos, tem que haver cumplicidade, uma parceria. Eu amo o que faço e isso faz a diferença”, comemora. “Para formar um mundo é necessário todo tipo de gente, mas para criar um mundo maravilhoso, somente pessoas como você... Meu aluno!”


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Secretário Municipal da Educação de São Paulo Alexandre Alves Schneider Diretor Regional da Educação - MP Isaias Pereira de Souza Diretor de Escola Iraci Alves de Castro Assistente de Diretor André Oliveira da Silva Coordenador Pedagógico Elenita Rodrigues Guerra Professores integrados no projeto Eleusa Bonfim Elenita Rodrigues Guerra João Wesley da Silva Nunes Edilsa de Oliveira Costa Faria Professores convidados Lilian Luna Janaina Pauferro Premiano Edineide Nascimento Fonseca Alexandre César Gilsogamo Gomes de Oliveira Aluna da Rede Estadual convidada Anne Caroline Batista Carrijo da Silva Apoio técnico João Wesley da Silva Nunes Fotografia João Wesley da Silva Nunes Elenita Rodrigues Guerra Eleusa Bonfim Revisão Eleusa Bonfim Projeto gráfico Girassol Comunicação & Marketing Apoio FUNDAÇÃO TIDE SETUBAL Banco de imagens dreamstime.com/free-photos

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Poemas

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Amizade......................................................10 Amizade I...........................................................10 Amor é................................................................11 Amor......................................................11 Amor I................................................................12 Confusão......................................................12 Deixa eu te contar.............................................13 Despedida......................................................13 Garota pop.........................................................14 Garota pop I......................................................15 Hora de dizer não.............................................15 Jardim Romano, a superação............................16 O amor................................................................17 O saci..................................................................17 Por quê?..............................................................18 Por quê? I............................................................18 Sonhos.........................................................18 Rosa Maria.........................................................19 Sonho.........................................................19 Sonhos.........................................................20 Sonhos.........................................................20 Viajando pelo Brasil..........................................21 O meu Sertão.....................................................21 Poemas Concretos

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A balada.............................................................23 A escola..............................................................23 A festa.................................................................24 A formatura.......................................................25 A inclusão...........................................................26 A lição.................................................................26 A luta..................................................................27 A mudança.........................................................28 A praia................................................................28 A reconciliação..................................................29 A separação........................................................30 EMEF CEU Três Pontes...................................30 A aprender..........................................................31 O DNA................................................................31 O exame..............................................................32 O momento........................................................33 O namoro...........................................................33 A sedução...........................................................34 O perdão.............................................................35 Poemas dirigidos

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Biografia: Professora Edilsa.............................37 A nuvem.............................................................37 A paisagem.........................................................38 As flores..............................................................38 Gelatina medrosa..............................................39 O amor................................................................39 O desconhecido.................................................40 O menino triste.................................................40 O olhar................................................................41 Amor?......................................................41 Amo-te!......................................................42 Leveza musical..................................................42 Saudade......................................................43

Poemas de cordel

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A bagunça do saci..............................................45 João, cheio de opinião.......................................46 O lobisomem.....................................................47 Conhecendo minha cidade..............................48 Poemas criativos

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Amar.................................................................52 Amor amigo.......................................................52 Atitude........................................................53 Bendita Beatriz..................................................54 Isabella e Ícaro...................................................54 Malandrinha......................................................55 Misterioso......................................................56 Sandy & Sheila..................................................57 Sexyboy.............................................................57 Contos

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5ª avenida..........................................................60 A caixa...............................................................60 A casa monstro.................................................61 A fada madrinha..............................................61 A queda..............................................................62 Amor virtual......................................................63 Cobiça................................................................63 Conflitos de adolescência.................................64 Corações na tempestade..................................64 Desnuda e humilhada.......................................65 Encontro com a paixão....................................65 Golpe de mestre................................................66 Linda e perfeita.................................................67 Meus 15 anos!...................................................67 Mistério de Ana Paula......................................68 O amor de Marcos e Lia..................................68 O assassinato de Mary......................................69 O casamento......................................................70 O crime perfeito I.............................................71 O crime perfeito II............................................71 O homem...........................................................72 O mistério..........................................................72 O mistério da família Ramos...........................72 O mistério das três jovens...............................73 O mistério de Johnny.......................................74 O mistério do tesouro.......................................74 O misterioso assassinato de Suzi....................75 O reencontro......................................................75 O suicídio...........................................................76 Obscuro.............................................................76 Paranóia.............................................................77 Perda de identidade..........................................77 Preconceito fatal...............................................78 Selva de pedras..................................................78 Sonho inesquecível...........................................79 Tanto tempo.......................................................79 Traição................................................................80 Últimas férias.....................................................80 Uma aventura vampiresca................................81

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Este projeto A difícil arte de ler e escrever propõe despertar o gosto pela leitura e escrita. Introdução: A exploração de textos diversificados é uma prática pedagógica que proporciona o desenvolvimento da expressividade, do uso funcional da linguagem, da leitura, da reflexão sobre o mundo, do criar e produzir.

Justificativa: Este projeto tem por finalidade, despertar o gosto pela leitura e pela escrita. Sensibilizar, além de aflorar sentimentos, emoções e interagir com seu texto, competências que por ventura ainda esteja adormecidas. E mais, quanto maior for a concordância entre ler e escrever, maior a probabilidade de êxito na produção e interpretação do seu próprio texto. O ato de ler é um processo de construção de significados a partir de suas aspirações. Isso se torna possível pela interação entre os elementos textuais e o conhecimento do leitor que traz consigo. Na leitura, o leitor está diante de palavras escritas por um autor que não está presente para completar as informações. Entretanto, é natural que forneça ao texto informações enquanto se lê. O texto também atua sobre os esquemas cognitivos do leitor. Quando alguém lê algo, aplica sobre ele um determinado esquema, alterando ou confirmando-o, ou ainda tornando-o mais claro e exato. Assim, duas pessoas lendo o mesmo texto podem entender mensagens diferentes porque seus esquemas cognitivos, ou seja, as capacidades já internalizadas e o conhecimento de mundo de cada um são diferentes. Embora todas as crianças cheguem à escola como um bom leitor de mundo, se faz necessário que se crie situações favoráveis para a leitura. O incentivo, o acompanhamento, o aprender com o erro, a expressão facial e corporal, a busca pela satisfação, são elementos presentes para a sua conquista.

Objetivo: A Difícil Arte de Ler e Escrever na escola, tem por objetivo, ampliar a competência do aluno na análise e compreensão de suas idéias para buscar na escrita os elementos básicos para a produção de seus textos. É muito importante que ao escrever ele consiga envolver e emocionar o seu leitor. Um trabalho de produção escrita pode sensibilizar, além de aflorar competências que por venturas ainda adormecidas em nossos autores estudantes em construção, como já mencionados anteriormente.

Público alvo: O projeto A Difícil Arte de Ler e Escrever está centrado ao Ensino Fundamental e Médio, para que os alunos possam fazer uma distinção entre ler e escrever um texto. Saber que ler, é esta6


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belecer uma comunicação com textos impressos por meio da busca pela compreensão e escrever é representar o mundo letrado, mostrando-o com olhar crítico, sonhos e aspirações.

Conclusão: A expectativa desse projeto é que o aluno possa atuar como protagonista, cujo maior desafio é interpretar o mundo letrado, onde o segredo está na força de vontade de vencer e desvendar obstáculos.

Avaliação: O projeto nos permite resgatar o erro e fazer dele uma ferramenta de aprendizagem. Perceber e trabalhar com a ansiedade, buscar a autonomia do leitor, interpretar, refletir e produzir seu texto. A aprendizagem da leitura constitui uma tarefa permanente que se enriquece com novas habilidades na medida em que se manejam adequadamente textos cada vez mais complexos, auxiliando, como um alicerce, para a produção de novos textos, mais coerentes, embasados na vivência do autor-leitor.

Dedicatória: Este livro é dedicado tão somente aos alunos do Ensino Fundamental dessa escola EMEF. Ceu Três Pontes, pelo esforço e compromisso empenhados nas aulas de Língua Portuguesa e sala de leitura, que tem como objetivo a formação do cidadão leitor, crítico e participativo. O universo dos livros nos carrega para a magia da Leitura e da Escrita, dando-nos, assim, o prazer de nos descobrirmos leitores e escritores. “Formar um leitor é algo sutil e democrático exigindo afeto e liberdade, e nossos alunos têm esse mundo em suas mãos.” Professora Eleusa Bonfim

Agradecimentos: À Deus, sempre... Que nos presenteia a cada dia com criatividade, talento e determinação, inspirando-nos sempre a valorizarmos nossas práticas sob uma dimensão humana, verdadeira e transformadora ante a expressão do amor e dedicação em nossa identidade docente. A nossa coordenação, Elenita Rodrigues Guerra, que nos apoiou e incentivou em todos os momentos. Aos professores que trabalham pela construção de ideais e avanços e principalmente com muito carinho e orgulho aos alunos envolvidos nesse projeto, que caminharam sempre lado a lado comigo, sonhando, crescendo... Aprendendo. Ao nosso querido e ex-assistente de diretor, Alexandre César Gilsogamo Gomes de Oliveira que muito nos conquistou e principalmente o respeito que teve pelos nossos alunos. Em especial, ao professor de informática João Wesley da Silva Nunes que tanto trabalhou 7


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e acreditou nesse projeto. Finalmente, à Fundação Tide Setubal, que desenvolve um trabalho cultural e social louvável e, descobrindo o intento pedagógico do processo, confiou no nosso trabalho e estruturou conosco esse nosso primeiro livro, patrocinando e possibilitando a preciosidade desse momento. Obrigada a todos! Professora Eleusa Bonfim

Prefácio: A Educação Pública atravessa um momento de carência de boas ideias, seja pela ausência, na maioria dos momentos, do Poder Público, seja pelas concepções pedagógicas que pairam pelos pátios escolares. Contudo, a educadora e o educador em sua excelência, rompe tais barreiras e realizam trabalhos que fazem com que ainda acreditemos em um ensino público de qualidade. A prova cabal dessas concretizações está devidamente representada nesta obra. O carinho e a dedicação com que, juntamente aos seus educandos, a educadora Eleusa Bonfim dedicou a este livro, resgata o potencial, a criatividade e o talento de personagens que compõe esta escola situada na extrema periferia paulistana. “Não se pode falar em educação sem amor”, diria Paulo Freire. O enfoque abordado na atividade não poderia representar melhor o que, humildemente, penso como grande plataforma para alavancar uma educação democrática, humanizadora e cidadã: produções de textos. Com efeito, a leitura e a escrita são primordiais na formação das crianças e adolescentes e, iniciativas como esta, corroboram na perpetuação da idéia de que é possível construir uma escola ideal, ou seja, um ambiente transformador e viabilizador da cidadania plena que farão de nossos educandos, agentes de construção de uma nação cada vez melhor. Parabéns professora Eleusa! Professor Alexandre César Gilsogamo Gomes de Oliveira

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Sou a Larissa Ferreira Vieira, tenho 13 anos de idade, e sonho fazer duas faculdades, uma Administração de Empresas e outra, Estilista. Abrir meu próprio negócio, cursos de inglês, espanhol, francês e alemão e conhecer New York city. Sonhos não são impossíveis, por isso sonho. Escrever as poesias “Amizade” e “Garota pop” e os contos “Uma aventura vampiresca” e “5ª avenida” e foi realmente uma aventura muito bacana.

Amizade Pra se ter uma amizade Não é preciso idade Seja perto ou em outra cidade Sempre terá uma afinidade. A amizade verdadeira E sem comparação Principalmente aquela Onde surge uma grande paixão. *** Hello! Somos a Thais Santos Pereira e Paloma Aparecida da Silva Brito, temos 13 anos de idade e trabalhamos juntas nesse projeto. Com a Paloma escrevi o poema “Amizade I” e com outras parcerias os contos “Selva de pedras” e “Últimas férias”. A professora Eleusa é tudo de bom para nós. Estou maravilhada com esse resultado.

Amizade I Ah! Amizade... Não se compara Não se vende Nem se compra. Ah! Amizade... É ter esperança É ter confiança Nunca se acaba Nem se separa. Ah! Amizade Puro afeto Amizade... Ter você por perto. 10 | Poemas

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Eu sou a Isabelly Oliveira dos Santos, 13 anos e estou na 7ª série. Sonho em viajar para Espanha e Andorra (Continente Europeu). Achei muito legal esse projeto da professora Eleusa porque é um livro que todos irão ler. Os poemas “Amor é...” e “A mudança” e o conto “Meus 15 anos” foram feitos com muito carinho e imaginação. Espero que gostem!

Amor é... Diversão Sedução Ou apenas Paixão! Pode ser Amor solitário Aquele presidiário Incendiário! Quem diz centenário Amor compaixão Talvez a razão Divertido então! *** Sou a Rafaela dos Santos, tenho 13 anos e estou deixando aqui a minha participação nesse projeto muito lindo. “O amor” foi escrito com muito carinho.

O amor O amor é assim Começa bom Termina ruim Ai, de mim! Como vivi Por esse amor Nunca arrependido Mas nunca estava comigo. Daquele antigo amor Só sobrou tristeza e dor Dentro desse coração Pegadas de um sofredor! *** Eae... Beleza! Nós quatro somos a Beatriz Ribeiro Cipriano, Elida Monaliza, Amanda de Souza Franca e Ana Carolina Nascimento Silva, todas do 8º ano. A professora Edilsa nos propôs trabalhar em grupo e produzimos o poema “Amor I”. Um texto legal e gostoso de ler. Poemas | 11


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Amor I 24 horas, 7 dias por semana Fico sem você O pôr-do-sol Não tem mais graça Pular as ondas Não posso te ver Penso e não sei o que fazer Quando as flores estão nascendo Minhas lágrimas estão secando O meu coração grita e pega fogo Só de lembrar o teu nome O que vou fazer? Várias vezes eu me pergunto Bom, sei que vai ser difícil. Mas a solução é te esquecer Mesmo que pra isso eu tenha que sofrer Mesmo que eu tenha que me afastar Mudar pra outro lugar Só pra te esquecer. Amor é uma droga Que infelizmente todo mundo sente Um ato viciante e inconsequente Um vício atormentando minha mente. *** Oie tchurminha! Sou a Denise de Lima Queiroz, do 7° ano. Adorei criar essa “confusão”. Legal né? Então aproveitem bastante porque foi feita para vocês. Um beijo!

Confusão Joana amava João Que odiava Betão Que era seu irmão Que vivi arrumando confusão. João amava Joana Que era amiga de Mariana Que era muito bacana Mas não gostava da Ana. João caiu de paixão Joana estendeu a mão Betão que era seu irmão Não gostou do namoro não. *** 12 | Poemas


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Olá! Sou a professora Lilian Luna, gosto muito de escrever sobre minhas emoções e as confusões também. Então, não poderia ficar fora de um projeto tão legal quanto esse. “Despedida” foi uma dessas minhas emoções. Espero que gostem. Beijos!

Despedida Vê-lo novamente? Apenas uma saída eu vejo Sem palavras de despedidas Talvez um beijo que sela sua partida. Um coração inconstante e amargurado Meu rosto torpedo de noites em choro Clamo e chamo pelo seu nome Sem respostas, fico sofrendo, inquieta, Apenas com o peso de minhas lembranças. E você não se lembra, Não tem uma razão, Uma emoção que faça você Voltar para acalmar meu coração. Pense em mim... Uma vez mais, que seja! Mantenho minha distância Pois hoje sou um punhado de Lembrança! *** Somos a Brenda Aparecida de Sousa, Pâmela dos Santos Oliveira e Gisele Lino de Souza, alunas da professora Edilsa. Este poema “Deixa eu te contar” é a letra de um “Rap” que nós criamos retratando um pouco a carência do nosso bairro. A interpretação fica por conta dos alunos Vinícius de Moraes Souza e Vitor Nascimento Silva Rodrigues, nossos amigos de classe que nos ajudaram na composição.

Deixa eu te contar Deixa eu te contar Mano, venha cá Uma brisa eu vou falar Ah, eu vou dizer, Eu tô aqui só pra ver Casas alagadas Prédios desabando. Quantas vezes eu vi Uma criança chorando Ou então apanhando Poemas | 13


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Um presente, Uma história Uma vida se acabando. Eu só quero que Todos tenham educação E que vivam em união. Quando uma família Encontra-se com prazer Tem a sua vida Cercada de lazer. Numa seringueira com balança Cercada de criança Mostrando sua esperança Com sua elegância. Vou dizer: Esse mundo é um prazer Um momento de lazer Onde todos devem viver Procurando se entender. Vou contar Vou falar Esse motivo de querer Mostrar uma história pra você Deixa eu te contar Mano, venha pra cá... *** Somos Marcelo Ygo Siqueira Silva e Kelvin Zile Lima Vieira, alunos do 7ª ano. Nossa sensação ao escrevermos o poema “Garota Pop” e o conto “Golpe de mestre” foi muito legal e estarmos num livro é uma sensação ainda melhor. Estamos satisfeitos!

Garota Pop Conheci uma garota Que era toda louca Desde pequeninha Usava roupa roxa. Depois ficou adulta Queria ser estilista Fez faculdade e tudo E virou desenhista. Fazia desenhos que dava dó Pior os penteados de forró Achei isso sem razão 14 | Poemas


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Alguma falta de imaginação. Mas a garota é pop Com muita precisão Por isso que eu a amo Do fundo do coração. *** Somos a Larissa Ferreira Vieira e Ariane Barbosa Ferreira, temos 13 anos, alunas do 7º ano. Participar desse projeto foi tudo de bom, aprendemos muitas coisas e viajamos demais na imaginação. “Garota Pop I” vai ficar em nosso coração. Eu, Larissa, escrevi outras poesias e contos e pra mim tudo isso foi incrível! Muito legal!

Garota Pop I A garota pop É garota popular Mas em português Nunca tem o que falar Porque isso e falta de estudar. A garota pop Nunca faz lição Pede pra galera E tem tudo na mão. A garota pop Não tem educação Ela fala mal de todos É sem coração. Mas essa garota pop No meio dos amigos Corria muito perigo Não conhecia o inimigo. *** Somos a Valéria Gomes de Souza e o Caio Guilherme Cesar da Silva, alunos do 8º ano e trabalhamos essa poesia “Hora de dizer não” em dupla. Foi uma experiência muito gostosa e acho que as pessoas que forem ler vão gostar bastante.

Hora de dizer não Horas passam em segundos Os dias se vão a minutos E todos continuam no mesmo lugar Revoluções acontecem Guerras terminam e outras começam Poemas | 15


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Mas nada parece mudar A desculpa é sempre a mesma “Ainda é cedo” “Por que fazer hoje, se posso fazer amanhã?” Droga! Quando isso vai mudar Estamos presos num círculo vicioso Onde o confortável É o melhor lugar pra ficar Não lutamos por nada Simplesmente queremos que cheguem Às nossas mãos fadigadas de tanto nada Evoluímos, mas ao mesmo tempo regredimos. Estamos tão conectados Mas nunca estivemos tão sozinhos Vemos o mal da nossa janela E o que fazemos para evitar isso É colocar grades Não temos uma ditadura a combater Mas a corrupção se alastra cada vez mais Temos medo da mudança Medo das consequências Medo de levantar a mão e dizer: “Não!” Quando isso vai acabar? Ou será que isso vai acabar com a gente? *** Olá! Meu nome é Maria José Souza Bezerra, sou natural do Maranhão. Vim para São Paulo em busca de melhor qualidade de vida e aqui resolvi continuar estudando para alcançar meus objetivos, estou cursando o 3º da Eja e produzir esse poema “Jardim Romano, a superação” foi muito bom, pois retratei a realidade da minha comunidade.

Jardim Romano, a superação. Antes, no Jardim Romano, Quase não tinha ninguém. Coisas que antes não tinha, Tudo isso agora já tem. Já temos a passarela E a estação de trem. Isso tudo já existe Pra esse povo abençoado. O Kassab fez o dique Pra ninguém morrer afogado Antes, quando chovia Ficava tudo alagado. Tem também o CEU Três Pontes 16 | Poemas


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Que é exemplo de bravura Vem gente de todo lado. Que beleza de mistura! Além da educação, Tem esporte, lazer e cultura. *** Beleza tchurminha? Estamos aqui também com muito prazer. Somos a Amanda Karoliny Silva dos Santos e Larissa Stefany Silva Alves da Costa, do 7º ano, lembra? Escrevemos esses poemas “O amor” e “Sonho” e os contos “O mistério do tesouro” e “Preconceito fatal”. Legal, né? Então aproveitem e boa leitura!

O amor Quando estamos apaixonadas Não pensamos mais em nada Só naquela pessoa amada Que nos deixa alucinada. O amor é revoltante Difícil compreender Sensível de durar Mas o importante é amar. Se gostamos de alguém Não olhamos para trás Seguimos sempre em frente E ver o que o amor nos faz. *** Olá! Somos Katariny Brito de Oliveira e Isadora Dias de Morais, temos 13 anos e somos alunas do 7º ano. Escrever “O Saci” foi muito gratificante. Em dupla, o trabalho se tornou fácil e divertido.

O Saci O saci é meu amigo Fumando seu cachimbo Eu longe desse perigo Mas não do amigo. Travesso ele é Apronta o dia inteiro Perambulando com padeiro Brincando com ferreiro E irritando o fazendeiro. Pulando de um pé só Poemas | 17


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Na casa da sua avó Com seu gorro vermelhinho Cheio de carinho Esse é meu saci amigo. *** Hello! Somos Thais Santos Pereira e Priscila Bandeira dos Santos, temos 13 anos de idade e os mesmos sonhos. Estudar e vencer. Produzir a poesia “Por quê?” e o conto “Ultimas férias” foi muito legal. Um trabalho em parceria. A professora Eleusa é muito exigente, organizada e cheia de perfeição, mas nos ensinou muito. Estamos felizes!

Por quê? Sorrir, por quê? Chorar, por quê? Sofrer, por quê? Amar, por quê? São Tantas perguntas Que ninguém Consegue me responder. Por quê? *** Eu sou a Geovana Lima dos Santos e minha amiga é a Isabelly Oliveira. Trabalhamos juntas nas aulas de português onde a professora nos ensinou a escrever contos e poesias. Foi aí que criamos “Por quê?”, um poema cheio de interrogações. Também o poema “Sonhos”. Agora sabemos o quanto é gostoso ter nossa própria produção.

Por quê? I Por que o céu é azul? Por que as estrelas brilham? Por que o sol nasce de manhã? Tantos porquês! Para nada... É ilusão. Que fica apenas no coração Que cabe na palma da minha mão.

Sonhos Gosto dos sonhos Fazem-me lembrar, Lembrar-me de amar. Também posso criar E depois apostar 18 | Poemas


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Em amores que não posso adorar Então começo a sonhar! *** Meu nome é Isabelle Aparecida Calado Oliveira, tenho 13 anos. Sou aluna nova aqui nesta escola e assim que soube desse projeto procurei a professora Eleusa e pedi a minha inclusão, pois adoro escrever. Ela me deu um prazo e rapidamente me inspirei e produzi o poema “Rosa Maria”. Ela aprovou e olha eu aqui. Legal, né?

Rosa Maria Rosa Maria Uma bela menina Só que meio indecisa Pois nunca sabia o que queria. Rosa Maria Todos lhe diziam Que sua indecisão Um dia a complicaria. Rosa Maria Com essa complicação Arrumou grande confusão E todos seus amigos repetiam então: Rosa Maria Cuidado com sua atuação. *** Somos Alaisy Josikeli Alves Machado e eu a Luiza Gabriely de Souza Nascimento, temos 12 e 13 anos de idade. Amamos escrever o poema “Sonhos” e o conto “O amor de Marcos e Lia”, um trabalho em dupla. Estamos muito ansiosas para ver o lançamento do nosso livro.

Sonho Meu nome é Amor Meu sonho é querer Minha vida é sonhar Este sonho é você. Tenho prazer em dizer “Amo você!” Amor de adolescente É como sonho de criança Poemas | 19


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Mais lindo que o sol Mais eterno que a esperança. *** Beleza tchurminha? Estamos aqui também com muito prazer. Somos a Amanda Karoliny Silva dos Santos e Larissa Stefany Silva Alves Costa, do 7º ano, lembra? Escrevemos esses poemas “Sonhos” e “O amor” e os contos “O mistério do tesouro” e “Preconceito fatal”. Legal, né? Então aproveitem e boa leitura!

Sonhos Brinco de ser médica Mas quero ser engenheira. Quero também ter carro E uma bela carreira. Querem que eu seja bombeira Para vidas salvar, Mas quero ser repórter Para no mundo viajar. *** Somos Lorena Oliveira Roberto e Aline da Silva de Souza, temos 13 e 12 anos e nossos objetivos são cursar uma faculdade e fazer uma carreira bem sucedida. Sonhamos em ter coisas fundamentais como carro, casa, viagens, roupas da moda. E eu, Aline, particularmente, escrever um conto inédito. Foi super legal escrevermos em parceria o poema “Sonhos I” e “A casa monstro” porque desperta dentro da gente um mundo encantado! Viajamos pela imaginação. Maravilhoso!

Sonhos Sonhos são fascinantes Renovam-se a cada instante Um dia podem realizar Basta você acreditar. Mais difíceis que sejam Um dia você chega lá Pois cheguei até aqui E agora vou conseguir. *** Oi galera! Somos a Shirley Ferreira dos Santos e a Cleonice Soares da Silva, temos 13 anos e estamos no 7º ano do ciclo II. Pretendemos cursar uma faculdade e seguir carreira. Na escola a professora Eleusa nos ensinou a escrever poemas e criamos juntas “Viajando pelo Brasil”. Um poema que descreve a vontade de conhecer nosso país. Nos sentimo honradas em participar desse projeto: “A difícil arte de ler e escrever” 20 | Poemas


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Viajando pelo Brasil Viajando pelo Brasil Vários lugares eu passei Em todo canto que estive Enfim me apaixonei. Os lindos monumentos A bela natureza Pernambuco conheci Ali eu me encantei. Mato Grosso do Sul eu fui Em Curitiba eu fiquei Uma Praia muito linda E dela eu gostei Logo após fui a Bahia Encontrar minha família Então me despedi Pois mais viagens viriam por ai. *** Meu nome é Katariny Brito. Sou do Belém do Pará e adoro a minha terra. Tive que vir para São Paulo e estou no 7º ano. Adoro escrever e conheço bem o Sertão e as necessidades do povo de lá. O poema “O meu Sertão” retrata um pouco a vida difícil do povo sertanejo.

O meu Sertão A mata seca e cinzenta A rachadura no chão O verde do juazeiro Simboliza o meu Sertão Na estrada de areia tem Rastros que vem e que vão. São verdadeiras gravuras Espalhadas pelo vento Rastros que se misturam E se perdem ao relento. Na caminhada sem fim A procura do sustento. Sobreviventes da seca O sertanejo é forte Sem ajuda de ninguém Ele briga com a sorte Pois já passou pelo teste Da oficina da morte.

Poemas | 21


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Somos a Beatriz Moreira Pageu e a Graziela Roberta Moreira, esperamos que o futuro seja promissor e participar desse projeto foi muito bacana, aprendemos muito. Produzimos juntas “A balada” e foi muito criativo, um tanto divertido.

A balada O bar A música A dança...

A paquera O rapaz O beijo...

O motel A transa A gravidez...

O desencanto A traição As brigas... O DNA A comprovação A pensão!

Eu, Eleusa Bonfim, professora de Língua Portuguesa há 21 anos. Adoro trabalhar com projetos, pois acredito que há um envolvimento maior. “A escola” é um espaço para aprender, brincar e sonhar.

A Escola O início A procura A escola...

A matrícula A chamada O professor... O encantamento As letrinhas A evolução... Poemas concretos | 23


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A frase O texto A transformação... O fundamental O médio O vestibular... O ingresso A universidade A conquista... A graduação O mestrado O doutorado... A avalanche O sucesso A fama! Somos Amanda Gouveia de Franca e Larissa de Oliveira Negroni, alunas da 8º ano. Foi um prazer participar deste projeto e a nossa contribuição acho que foi bem legal com os poemas “A festa” e “O namoro”. Estamos concluindo o ensino fundamental e esperamos encontrar no ensino médio trabalhos como esse. Foi maravilhoso!

A festa O dia A procura O lugar... Os convites A entrega A festa... Os amigos A família Os presentes... A música A pista A dança... A surpresa A homenagem A emoção... 24 | Poemas concretos


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O bolo O champanhe Os parabéns... A valsa O fim A saudade!

Meu nome é Milena Ariadne Rodrigues Ferreira, tenho 13 anos e sou aluna do 7º ano do Ensino Fundamental. Participar desse projeto escrevendo “A formatura” foi uma descoberta, pois esse gênero textual é simplesmente bárbaro.

A formatura O dia O momento Os convites... O vestido O salão A expectativa... Os amigos A família Os professores... As luzes A música A dança... A pose As fotos A alegria... O diploma A emoção O choro... A profissão O trabalho A realização!

Poemas concretos | 25


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Sou a professora Eleusa Bonfim, leciono Língua Portuguesa há 21 anos. Adoro trabalhar com projetos, pois acredito que há um envolvimento maior. “A inclusão” nasceu a partir do convívio com os alunos especiais, o carinho e esforço de cada um deles.

A inclusão O amor A união A gravidez... O parto A chegada A emoção... O crescer A percepção A diferença... O desconhecido O aprender O lidar... A sociedade O apresentar A inclusão... A garotada A convivência O sorriso... O avanço A igualdade A conquista! Hello! Sou a Thais Santos Pereira, completei 13 anos de idade e sonho em me formar e ter uma boa profissão. Adorei escrever esse poema “A lição” e também dois contos “Selva de pedras” e “Últimas férias”. A professora Eleusa é tudo de bom para nós. Estou maravilhada com esse projeto.

A lição A entrada O sinal Os alunos... O professor A matéria A explicação... 26 | Poemas concretos


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A atenção O aprendizado O entendimento... O intervalo A refeição A fofoca... O retorno A lição A cobrança... A prova O zero A decepção! Somos Felipe Lima Marques e Jhonathan Alves de Jesus, do 8º ano do ensino fundamental. Participamos da primeira ação deste projeto e concluí-lo com “A luta”, um texto nosso neste livro, é pura emoção. Esperamos continuar.

A Luta O dia Os treinos O ringue... A chamada Os cumprimentos As regras... A luta Os golpes A queda... O árbitro A contagem O vencedor... A vitória A comemoração A volta... O carro A estrada A batida... Poemas concretos | 27


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O socorro O hospital A morte! Eu sou a Isabelly Oliveira dos Santos, 13 anos e estou na 7ª série. Sonho em viajar para e Espanha e Andorra (Continente Europeu). Achei muito legal esse projeto da professora Eleusa porque é um livro que todos irão ler. E o meu poema “A mudança” e o conto “Meus 15 anos” foram feitos com muito carinho e imaginação. Espero que gostem!

A Mudança A notícia A raiva A briga... O castigo O choro A mágoa... A bagunça A despedida A mudança... A saída A angústia A saudade... A chegada A surpresa O vizinho!

Eu me chamo Karynne Katywzia Leal, tenho 14 anos e espero me formar em Recursos Humanos e ser bem sucedida. Achei ótimo participar do livro, gosto muito de escrever e, produzir “A praia” e o conto “O mistério”, foi fabuloso! É uma honra as pessoas lerem os meus textos.

A Praia O dia A galera A expectativa... A preparação O ônibus O trânsito... 28 | Poemas concretos


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A praia O calor O mar... O banho A onda A emoção... A areia O sol O lanche... A diversão À noite A saída... A despedida A chegada A saudade! Oi! Meu nome é Milena Ariadne Rodrigues Ferreira, tenho 13 anos e adorei ter escrito os poemas “A reconciliação” e “O perdão”, e também, o conto “O assassinato de Mary”. Foi fantástico! Tê-los em um livro são as provas de que eu posso fazer muito além do que eu demonstro passar para as pessoas e que eu posso pensar e criar com sabedoria. Isso é gratificante!

A reconciliação O inicio A expectativa O querer... O momento A conversa O beijo... O ciúme A briga A separação... A dor O abalo A busca... O perdão A reconciliação A felicidade... Poemas concretos | 29


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O pedido O noivado O casamento! Somos a Gleice Kelly Sousa Penna e Thalya Silva de Souza, temos 14 e 13 anos e estamos no 8º ano . Produzimos o poema “A separação” e os contos de amor “Traição” e “Sonho inesquecível”. Estamos felizes por isso e agradecemos a professora Eleusa.

A Separação O olhar A Paquera O encontro... A ansiedade O querer O beijo... O namoro O envolvimento A traição... A briga A separação A dor! Eu, Eleusa Bonfim, professora do “CEU Três Pontes” há 03 anos, trabalho com projetos por opção, pois acredito que o aluno aprende e se envolve mais. Há uma cumplicidade nesse tipo de trabalho.

EMEF CEU TRÊS PONTES A Escola A Matrícula A Entrada A Formação... A Chamada A Escrita O Universo... A Transformação A Retomada O Êxtase 30 | Poemas concretos


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A Superação... A Pesquisa A Orientação A Narrativa O Texto A Evolução A Satisfação! Meu nome é Vitor Hugo Paz de Moraes, tenho 13 anos de idade, estou cursando a 7ª série do ensino fundamental. Minha família sempre me amou e no futuro quero ser um grande advogado. É muita emoção participar com minhas poesias “O aprender” e “O exame” desse evento e me alegra estar nesse livro.

O aprender O acordar O café O banho... A chegada A sala Os amigos... O professor As lições A cobrança... O intervalo O lanche A bagunça... A leitura O b a bá O aprender! E ai galerinha! Nós somos a Graziela Roberta Moreira e Beatriz Moreira Pageu, ambas da 7º ano. Juntas, foi muito divertido criarmos o poema “O DNA”. Esse projeto vai ficar na saudade. Espero que no próximo ano possamos ter a segunda edição desse livro.

O DNA O bar O mano A mina... Poemas concretos | 31


Ler e escrever: atos de cidadania

A paquera A dança O beijo... O carro O motel A transa... A gravidez As brigas A separação... O DNA O Ratinho A pensão! Sou o Vitor Hugo Paz de Moraes, 13 anos, aluno regularmente matriculado no 7º ano do ensino fundamental. Adoro ler e escrever e esse projeto veio para facilitar nossa vida. Sempre tive medo de avaliações, por isso eu criei os poemas “O exame” e “O aprender”. Tiro de vez em quando notas vermelhas e sei que preciso estudar mais.

O exame O despertar O banho O café... A escola Os amigos O professor... O conteúdo A cobrança A prova... O saber A dúvida A ansiedade... A nota O vermelho A reflexão!

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Meu nome é Adriano da Silva Oliveira, sou aluno do CEU Três Pontes, estou no 7º ano e muito feliz de estar nesse projeto e poder compartilhar meu texto “O momento” com outras pessoas. Isso jamais vou esquecer.

O momento A hora O dia A chegada... O lugar O encontro A conversa... O sentimento O amor O beijo... O namoro O casamento A lua de mel... Os filhos A família A felicidade! Oi! Somos Amanda Gouveia e Franca e Larissa de Oliveira Negroni, alunas do 8º ano do Ceu Três Pontes, desde 2008. Escrever “O namoro” e “A festa” foi divertido, fácil. Só seguimos uma sequência de ações contínuas. É um gênero diferente. Foi maravilhoso participarmos desse projeto e poder criar nosso próprio texto. É gratificante!

O Namoro O início A expectativa A alegria... A conversa O momento O beijo... O ciúme A briga A separação... A dor O abalo A busca... Poemas concretos | 33


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O perdão O fim A reconciliação A viagem A felicidade... A lua de mel.. O pedido A transa O noivado A gravidez O casamento... Os filhos... Os convites Os netos A festa A velhice Os amigos... A morte! Os presentes As bebidas O bolo...

Somos Luciane Oliveira Freitas, Flávia Matias Simonal e Larissa Aparecida Moura Santos, estamos concluindo o ensino fundamental e fechando esse ciclo com chave de ouro. Este projeto foi maravilhoso e estamos felizes com o nosso texto “A sedução”.

A sedução O Olhar A Conversa A Atração... O Abraço O Beijo A Sedução... O Telefone O encontro A dúvida... O namoro O desejo A transa... O noivado O casamento Os filhos!

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Oi! Meu nome é Milena Ariadne Rodrigues Ferreira, tenho 13 anos e meu sonho de infância é ser médica. Adorei ter participado desse projeto escrevendo os poemas “O perdão” e “A reconciliação”, e também, o conto “O assassinato de Mary”. Foi Fantástico! Tê-los em um livro são as provas de que eu posso fazer muito além do que eu demonstro, passar para as pessoas e que eu posso pensar e criar com sabedoria. Isso é gratificante!

O perdão O inicio A expectativa A alegria... A conversa O momento O beijo... O ciúme A briga A separação... A dor O abalo A busca... O perdão A reconciliação A volta... O pedido O noivado A felicidade!

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Poemas dirigidos Poe as dirigidos Poemas gidos Poemas dirigid oemas dirigidos Poem dirigidos Poemas dir gidos Poemas dirigido PoemasPoemas dirigidos Poe as dirigidos Poemas gidosdirigidos Poemas dirigid oemas dirigidos Poem dirigidos Poemas dir gidos Poemas dirigido Poemas dirigidos Poe as dirigidos Poemas gidos Poemas dirigid oemas dirigidos Poem dirigidos Poemas dir Ler e escrever: atos de cidadania

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Biografia: Professora Edilsa

Professora Edilsa de Oliveira Costa Faria, filha de agricultores, nascida aos nove dias de julho de 1968, numa pequena cidade do norte de Minas Gerais, Monte Azul. Aos 11 anos mudou-se com sua família para Guarulhos, São Paulo, onde concluiu o Ensino Fundamental e Médio. Em 1991, assumiu o cargo de Escriturária numa pequena escola estadual, onde trabalhou durante dois anos e exonerou esse cargo para ministrar aulas em substituição numa escola pública estadual. No ano de 2000, ingressou na rede Municipal de São Paulo, onde atua como professora de Ensino Fundamental II e Médio de Língua Portuguesa.

Dê asas à imaginação! Deixe a mão correr livremente e descobrir uma novidade interessante que você mesmo vai criar. Transforme! ***

Meu nome é Luara Sousa Oliveira, tenho 13 anos e estou muito feliz por meu poema “A nuvem” fazer parte desse projeto maravilhoso. Planejo várias coisas para o meu futuro, estudar muito, pois preciso de conhecimento e, depois desse texto, acho que quero ser escritora também. Adoro ler poesias e daqui pra frente depois desse projeto da professora Eleusa e com a ajuda da minha professora Edilsa, escrever poesias com mais freqüência. É uma coisa incrível.

A nuvem A nuvem me faz voar Você a desenhar. A chuva me faz cair Você a dormir. Eu a chorar Você a brincar. Eu a limpar Você a rabiscar. Eu quero um anel Você me dá um chapéu. Eu te dou um rapaz Você me dá um cartaz. Eu te dou uma tesoura Você me dá uma vassoura. Poemas dirigidos | 37


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Amo o sol Amo o luar Amo você... Em primeiro lugar! *** Meu nome é Fábio Dau Pereira de Castro, nasci em 05 de setembro de 1999. Hoje tenho 11 anos. No futuro, quero ser jogador de futebol ou desenhista de desenho animado, talvez escritor, porque adorei ter produzido “A paisagem”. Muito legal esse projeto.

A paisagem A paisagem é linda! Como o meu sorriso. O vento que bate no meu rosto É a pureza do meu viver. O brilho do meu sorriso É a claridade do sol. A água que eu bebo É a purificação da Minha alma. A paisagem! Essa... Só me traz Felicidade. *** Meu nome é Nayara dos Santos Silva, nasci em São Paulo, tenho 12 anos. Pretendo estudar para ser uma grande e dedicada médica pediatra. Fico muito feliz em fazer parte do projeto do livro. Escrevi o poema “As flores” a partir do desenho que eu fiz. Que legal fazer parte dessas coisas!

As flores As flores a voarem Você a desenhar. O sol a desaparecer Você a adormecer. A música a tocar Você, eu a chorar Então... Vamos brincar Desenhar E... Chorar. *** 38 | Poemas dirigidos


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Meu nome é Viviane de Oliveira, sou feliz, quero ser veterinária para cuidar dos animais, tratá-los com muito carinho e amor. Quero também me casar, ter um marido honesto, ter dois filhos e ser super bem-humorada. Ah! Eu fico muito feliz sabendo que minha poesia “Gelatina medrosa” vai estar no livro do nosso projeto.

Gelatina medrosa Gelatina medrosa Molenga e saborosa É toda mole Toda horrorizada Que nem água Que desce pelas mãos Que nem meleca Que sujeira! Que horror! Oh! Gelatina medrosa. *** Meu nome é Andressa dos Santos Lima, nasci em 1999, tenho 12 anos, estou muito feliz em participar desse projeto do livro e criar o poema “O amor” foi maravilhoso! Meu objetivo é me formar num curso superior e arrumar um bom trabalho, pois temos que ser bons naquilo que fazemos. Eu agradeço por estar participando deste projeto, estou muito feliz. Aprendi muito com minha professora Edilsa.

O amor Se não existir amor Não poderá existir dor. A dor do amor A dor de amar E a outra pessoa não. Para existir amor Ás vezes tem que existir perdão Porque se não... Não existe paixão. *** Meu nome é Julia Ribeiro da Silva, tenho 13 anos, nasci e cresci na Vila Maria. Gosto muito de rock e sonho ter uma banda só minha. Sinto-me muito feliz em ter escrito “O desconhecido” me inspirei em algo sobrenatural e fico feliz dele ter sido escolhido para o projeto de leitura e escrita da professora Eleusa.

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O desconhecido Sem alma Sem vida Apenas frio Leve como uma pena Mas firme Como uma pedra Será que ele... Chora? Ama? Fala? Não saberia dizer Porque ele é apenas... O desconhecido. *** Meu nome é João Vitor Ferraz Venâncio de Souza, nasci em 1999 e até os cinco anos morei num bairro nobre na cidade de São Paulo. Depois me mudei para a casa da minha tia e foi lá que eu comecei a estudar. Desde então me mudei três vezes até chegar aqui nos predinhos do Jardim Romano, e estudo no CEU Três Pontes e conheci varias pessoas legais e uma delas foi muito importante para mim. Aprendi a escrever poesia mediante um desenho feito por mim, e daí produzi “Um menino triste”. Espero agradar a todos.

O menino triste O menino fica triste Quando está chorando E toma logo um Milk Depois se contenta Com uma menina linda e birrenta. Os dois se conhecem Depois de tempo se aborrecem Quando estão tristes se esquecem Do amor que está por vir E namoram... Até que enfim! *** Meu nome é Giovanny Lima, eu tenho 12 anos e estou no 6º ano do ensino fundamental. Moro no Jardim Romano, São Paulo, capital. Quero ser advogado e escrever poesia foi muito interessante. “O olhar” foi inspirado no desenho desse menino meio triste, mas apaixonado pela natureza. 40 | Poemas dirigidos


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O olhar O meu olhar é a claridade do sol O meu sorriso é lindo como as paisagens O meu doce carinho é um pouco de emoção As paisagens me trazem felicidade O sol, as paisagens, e a emoção Estão dentro do meu olhar.

*** Oi! Somos Karina Nunes e Amanda de Souza, ambas do 8º ano do ensino fundamental. Levamos uma vida normal de adolescentes. Temos nossos amores, nossos ódios, sonhos e pesadelos. Quando escrevemos “Amor?” expressamos sentimentos e nosso potencial. Gostamos muito desse projeto que serviu para dar oportunidades e revelar grandes talentos. Temos planos para nosso futuro e um deles é trabalhar com turismo. Beijos galera!

Amor?

*** Olá! Sou a Thayná de Fátima dos Santos Soares, nasci em 18 de maio de 96, estudo no Ceu Três Pontes e adoro ler e escrever. Sou estudiosa, nunca tiro notas vermelhas. Moro aqui no bairro e fico triste quando chove por causa das enchentes. Minha vida é um livro aberto, amo meus amigos e por isso eu produzi o poema “Amo-te”. Legal saber que ele está aqui nesse livro para todos lerem. Poemas dirigidos | 41


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Amo-te! Encontro-me no teu sorriso Com o seu olhar Com a sua voz Com a sua educação Com o seu carinho. Enfeitiçou-me Para eu nunca mais Esquecer-te. Faz dos nossos momentos Momentos bons. Tem uma coisa Que nunca tive coragem De te dizer: Te amo, te amo, te amo... Pra valer!

*** Somos Gabriel Ângelo de Araujo, Daniel Bezerra da Silva, Giovanny Lima Ferreira e Fábio Dau Pereira de Castro, estamos no 6º ano do ensino fundamental e foi muito legal aprender e escrever essa poesia. “Leveza musical” nasceu através do gosto pela música. Somos adolescentes e temos sonhos como todos. Jogar bola, cursar uma faculdade. Na escola adoramos participar dos projetos e esse foi demais! Leveza musical O tom musical é suave como a nave. A leveza musical é romântica. Traz alegria e felicidade Para aqueles que gostam de música. Tom musical Amor Leveza E felicidade. Tom, tom, leveza musical Tom, tom, leveza musical Leveza musical.

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Meu nome é Valéria Gomes de Souza, aluna do ensino fundamental, já concluindo. Pretendo me formar em Comunicação e me aprofundar em Músicas. Escrever colunas sociais, me especializar e quem sabe concorrer a um cargo na MTV, não como VJ, mas na produção, fazendo roteiros. Este projeto foi diferenciado, achei muito interessante produzir os textos “Saudade” e “Corações na tempestade”.

Saudade Saudade é aquilo que sinto quando vejo você partir. É a dor de pensar que talvez nunca mais nos vejamos. São as lágrimas que rolam pela minha face, ao lembrar-se da distância que existe entre nós. É sentir meu rosto se iluminar ao relembrar seu mais lindo sorriso. São os meus suspiros ao lembrar-se de como nossos corpos se encaixavam perfeitamente, como se fossem feitos um para o outro. Eu posso ver através de ti, posso te compreender com apenas um olhar. Sinto falta do seu jeito inocente, dos seus atos infantis. Queria sentir seu toque macio antes de você partir. Essa saudade que sinto é uma dor mais profunda eu o oceano, vem do canto mais extremo da vastidão da minha alma, me consome e me devora, me devasta por dentro como um furacão de sentimentos. Essa doce e meiga saudade me apunhala pelas costas, me fazendo sentir coisas inimagináveis, coisas que jurava impossíveis sensações, loucas e delirantes, um caleidoscópio de emoções que gira dentro de mim. Sem uma direção o caminho pra seguir, fico parada no tempo, esperando você voltar e me trazer de volta a minha vida, me trazer de volta pra você, Bill Kaulitz. Saudade, saudade, saudade, saudade, saudade... sauda...sau...s...

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Olá galera do CEU Três Pontes! Nós somos Vanessa Freitas Alves, Caroliny Ferreira dos Santos, Nayara Michelen Borges, Fernanda de Oliveira Freitas e Luciana Celestino Vasconcelos. Estudamos a noite, na EJA(Educação de Jovens e Adultos) e muito felizes de fazermos parte desse projeto. Aprendemos a escrever cordéis com a professora de língua portuguesa e ousamos produzir o nosso próprio cordel. Surgiu então “A bagunça do saci”. Muito legal! Nós gostamos e esperamos que vocês gostem também. Estudamos a noite porque trabalhamos e cuidamos das nossas famílias, pois temos filhos e maridos, além dos nossos sonhos também. Beijos!

A bagunça do saci O saci chegou aprontando Na região das Minas Gerais De tudo ele faz E sempre um pouco mais Bagunça tudo É ele é demais! O saci teve uma esperteza Um dia na fazenda da Vanessa Pulava pra todo lado Com seu gorro na cabeça. Saci é um menino muito danado Eu creio que você o conheça. Na casa da Luciana O saci bagunçou bastante Fez muitas travessuras Sempre confiante No final do dia Ela ficou ignorante. A noite chega O saci aprontou Queimou a pipoca A Carol se assustou A Vanessa correu pra ver Quando o saci endoidou. O Saci pulou até a floresta E encontrou o Curupira Puxou o cabelo dele E ele se encheu de ira Depois tiveram uma idéia De bagunçar a casa da Maíra. Na casa da Maíra Você pode ter certeza Que o saci e o curupira Poemas de cordel | 45


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Fizeram mais uma proeza E logo depois Ficou uma beleza. *** Somos Osvaldo do Carmo de Jesus, Maria Andrade Teixeira, Sheila Cristina Lopes de Brito, também alunos da EJA(Educação de Jovens e Adultos). Sentimos a necessidade de voltarmos aos estudos e por isso estamos aqui. Trabalhamos, temos famílias e filhos e queremos dar a eles bons exemplos de luta e conquista. Somos de outros Estados e viemos para São Paulo por melhores condições de vida e trabalho. Temos nossos próprios sonhos e por eles nós lutamos. Esse projeto foi muito interessante e “João, cheio de opinião” foi produzido no coletivo, porque achamos que juntos a vitória é mais saborosa. Aproveitem a leitura!

João, cheio de opinião. Conheci um garoto chamado João Era astuto e cheio de opinião Corria, pulava com seu irmão, Com o qual tinha muita afeição. Eles viviam inventando brincadeiras Tinha até um carrinho de mão. Carregava bloco, cimento e areia Fazia tudo sem nenhum problema Mas quando se atrapalhavam Surgia para ele um dilema João começava a se coçar Nervoso dizia ao amigo: isso queima! Depois de com o amigo tentar O maldito problema entender Seguiu o caminho pela estrada Não tenho nada a perder Vamos pro campo jogar bola Ou ficar sem nada a fazer. No caminho logo eles pararam Para uma árvore ficaram a espiar Era um bendito de um pássaro Que estava querendo aplainar O amigo de João diz: Vamos esse bicho derrubar! João retruca pro amigo dizendo: Olha é um pássaro a sofrer 46 | Poemas de cordel


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Ele é tão pequeno e bonito Que não vamos deixá-lo morrer Vou levá-lo pro meu quarto E minha mãe não pode saber. *** Somos Pedro Henrique dos Santos, Adriana Caetano da Silva, José Damasceno Soares, alunos da EJA(Educação de Jovens e Adultos) e, como todos, sonhamos com um futuro melhor através dos estudos. Além de estudar, trabalhamos, temos filhos e queremos o melhor para eles e também para nossas vidas. Na escola, nossa professora de língua portuguesa Edilsa nos ensinou esse gênero textual fantástico, o Cordel. Foi a partir daí que produzimos “O lobisomem”. Um texto criativo, gostoso, participativo, inteligente e através dele viajamos na imaginação e na escrita. Agradecemos o carinho da professora por nós todos. Boa leitura!

O lobisomem De acordo com a lenda É um homem Que nas noites de Lua cheia Sempre à meia noite some Numa encruzilhada Torna-se lobisomem. Do lobo com o homem É feita a fusão Resultando no lobisomem Que é um mistério até então Essa é uma história Que aterroriza a nação. Sobre este ser esquisito Que já foi encontrado na zona rural Dizem algumas pessoas Que é muito feio e é do mal Tem muita agressividade Volta à forma humana no raiar do sol. Disseram que essa história É a mais pura verdade A lenda do lobisomem Aterroriza a cidade Dizem que vaga na madrugada Sem a menor vaidade Quem ver o lobisomem À noite, na calada Poemas de cordel | 47


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Nunca mais dorme De luz apagada De dia é um homem pálido e magro Terrível fera na madrugada. Entidades malignas Ajudam na transformação Vira lobisomem Rolando no chão Solitário andarilho da noite A sua sina é a solidão. Para acabar com essa sina Dê um tiro de prata em seu coração Vá até a igreja E faça uma reza ou oração Ou dirija à sua casa buscar sal Então amais verás na sua região. ***

“Conhecendo Minha Cidade” “Projeto de Geografia, Profª Edineide Fonseca”

Pegue carona com as professoras Edineide e Janaina nessa Geografia. Embarquei nessa viagem Pra conhecer minha cidade Os roteiros organizados Tudo pronto, preparado. Praça da Sé, Rua Direita Boa Vista e São Francisco Praça Clóvis, Tribunal da Justiça Lugares cheios de conquistas. Da República, São João à Ipiranga Muitos cantos me empolgaram Tantas galerias, Edifícios suntuosos, Sede da Prefeitura onde estão os poderosos. Teatro Municipal, Sonho Meu, coisa linda! Paulista, Paraíso, Oswaldo Cruz Até o MASP eu cheguei. 48 | Poemas de cordel


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Um pouquinho de Saraiva Pela Consolação, o metrô utilizei. Pinacoteca? O que é isso? Pura arte, sensação! São Caetano muitas noivas Poupa Tempo, Luz e emoção. Comando Geral aqui está Sala São Paulo, vai chegar. Eita viagem boa! Vamos lá continuar... 25 de Março, rua boa de comprar Na Pagé teve receio Sem nota fiscal não dá. Mercadão já viu tem tudo Desde fruta a bacalhau Parque D. Pedro é o point Pro turista se deliciar. Brás, Concórdia e Gasômetro Região de muita gente Tanto agito permanente. Marcolina, Rangel Pestana Eita! Avenidas quentes. Pela Bresser eu passei Na Silva Telles descansei A igreja aberta estava Nossa Senhora do Pari Lá entrei e me confessei. América Latina, Memorial, Barra Funda, Terminal Depois de mudar meu rumo Fui parar na Juventude. Que legal! Carandiru que assombrava Juventude se tornou Tantas vidas entrelaçadas Que um dia se acabou. Mário de Andrade, a Biblioteca, Quantos livros e relatos Mas peguei a Consolação E fui parar no Minhocão.

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Mackenzie eu quero estar Santa Casa, nem pensar! Finalmente o Ipiranga Esse museu eu quero entrar Jardins Suspensos, Casa do Grito E a Cripta de D.Pedro eu vou tocar. Aterrissei na Zoologia Velhos animais vou encarar Ao voltar pro meu cantinho Um adeus eu quero dar E dessa viagem... Quero pra sempre lembrar. No ano que vem... Vai encarar?

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Jayanne Ferraz Venâncio e Talison Rodrigo Davino Freitas. Somos amigos desde o 5º ano do ensino fundamental. Muitos trabalhos foram realizados juntos, mas, esse poema “Amar”, em especial foi muito gratificante, assim como o conto “Obscuro”. São gêneros diferentes, criativos e divertidos. Muito legal!

Amar Ame a alegria Ame a atitude Ame além... Ame amar Amor Aconchegar... Ame a atenção Ame aqueles adoráveis amigões Amigos apavorados Ajudam Agradecem... Amigos admirados Aguentam Aqueles anjos absurdamente Acrescentam Adrenalina a Alma. *** Eu sou a Luana Regina Novais e a Thalya Silva de Souza. Estamos terminando o ensino fundamental e felizes por escrevermos “Amor amigo” e “Encontro com a paixão”. Foi um trabalho interativo e é muito importante para nós estarmos participando desse projeto. Vai ficar marcado na nossa história.

Amor amigo Antes amor amigo... Agora amor adolescente! Antes a alegria... Agora aflição! 52 | Poemas criativos


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Antes admiração... Agora atração! Amizade argumenta amor Amor abre a alma... Amigo Adolescente, adulto Autêntico, ambicioso... Arrasado, adorável! Assim acontece o Amor! ***

Eu sou o Paulo Rogério Ramos Oliveira e meu amigo é o Jean Vidal de Souza. Temos 14 e 13 anos e resolvemos participar desse projeto por dois motivos: primeiro porque valia nota e segundo porque é muito legal, divertido e criativo. Aprendemos muito e criamos “Atitude” sempre respeitando a opinião um do outro e saiu esse texto muito bacana. Nós gostamos. E você?

Atitude Anderson amava Amanda, Amanda amava Agnaldo, Agnaldo amava Antônia, Antônia amava Afonso, Afonso amava Amália, Amália apresentou-se autenticamente aliviada. Anderson atirou-se a arquitetura. Amanda agredida apavorada. Agnaldo alemão, agressor afobado. Antônia alcoolizada angustiada. Afonso artista aniquilado. Amália aquietou-se apaixonada. Amor, amoroso, alvoroço. Ação ajuda atitude. Atitude. Atitu Ati A

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Somos Andrielle dos Santos Nascimento e Nayara Sampaio da Silva. Estudamos com a professora Eleusa no 7º e 8º anos da escola CEU Três Pontes. Produzir o texto “Bendita Beatriz” foi um desafio divertido e transado. E eu, Andrielle, também produzi os contos “Desnuda e humilhada” e “O suicídio”. Fazer parte desse projeto é algo marcante para nós. Ter textos nossos em um livro é significante.

Bendita Beatriz Bruno, barrigudo, barbudo, balconista. Bancava belo barco. Bebeu bastante Bêbado Bafo bravo Bateu o barco na Balsa com brutalidade. Beatriz, boca belíssima, badalada Batia bolos, brioches Bom-bons e Brigadeiros. Bruno baixava para o barraco Bem bolado, bêbado e babado. Beatriz e Bruno brigavam bastante. Beatriz bem baixinha buscou um basta Balançando o braço berrou: Basta, basta, basta... Basta... Bruno! Basta! ***

Meu nome é Gleice Kelly Souza Penna, tenho 14 anos e a intenção de cursar medicina, comprar uma Ferrari e morar na Europa. Quanto a esse projeto, fantástico! “Isabela e Ícaro”. E foi muito criativo e gostoso de fazer. E o conto? Será sempre um “Sonho inesquecível” de amor.

Isabella e Ícaro Isabella Inocente, Incapaz, infeliz Ícaro impune Irresponsável, Incorrigível Isabella e Ícaro 54 | Poemas criativos


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Incontroláveis, inadequados Indesejáveis Ícaro... Insolente Ignorante Impiedoso! Isabelly... Inocente Iludida! Infelicidade Infinita. *** Lavínia Leal da Silva e Luciane Oliveira Freitas. Estamos no final do ensino fundamental e muito feliz por aprendermos a produzir esse tipo de texto. Difícil, mas criativo e divertido procurar palavras da mesma letra para fazer certas rimas no texto “Malandrinha” e também produzimos os contos “Perda de identidade” e “O Mistério das três jovens”. Aproveitem a leitura!

Malandrinha Menina malandrinha Misteriosa, metida, mala Moderna, mesquinha... Mal-humorada. Menina maldosa Maliciosa, mentirosa, mosqueteira Mostrando-se mulher... Maluqueira. Menina mineira Muita mudança, momentos marcantes Mística, mixuruca... Mastigada. Mas menina Mobiliza modelo moçada Mira, mentaliza... Macabra.

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Meu nome é Bruna da Cruz Rodrigues, 14 anos e meu objetivo é passar em uma das escolas técnicas e fazer um curso de enfermagem e futuramente entrar no AFA(Academia da Força Aérea). Adorei participar desse projeto, ajudei muito na digitação dos textos e ao passo que eu digitava ia lendo todos os contos e me encantando com todos eles. Foi quando me empolguei e escrevi o poema “Misterioso” e o conto “O casamento”. Estou muito feliz e satisfeita com o resultado. A professora Eleusa é show de bola!

Misterioso Marcelo Morava no Maranhão, Mendigo, misterioso, moreno, Mascarado. Muitos meses mais mudaram Por milagre. Montou marcenaria, mergulhou nos milhões Muitas motos, mansões, mais, Muito mais milionário... Mantinha maçãs, melões, morango, Muitas frutas nas manhãs Matutinas. Melissa, sua mulher, moderna, Maravilhosa, muito maquiada Metida num macacão Maquiavélico, mostrava-se montada em motos. Marcelo mantinha marcenaria Melissa morreu macetada Merecida morte Por moto, Marcelo manteve-se Milionário, moreno Mascarado Misterioso! ***

Meu nome é Shirley Ferreira dos Santos, tenho 13 anos e estou no 7º ano no CEU Três Pontes. Quero ser fotógrafa e trabalhar com photoshop. Sinto-me honrada em poder participar do projeto. A difícil arte de ler e escrever e, para contribuir, criei um texto muito divertido e gostoso para se ler, “Sandy & Sheila”. Um beijo!

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Sandy & Sheila Sandy e Sheila saíram sem sacrifício sorridente. Sentiram saudade de Sophia e Samira Sempre secretas e solitárias. Sofrem sempre. Segunda santa saíram sentido shopping. Sapato de salto e saia de seda, Sensuais. Na saída saudaram a sogra de Sheila: Senhora Sara Silva Souza Santos e seu Salvador Samuel Santos, Suposto sogro. Sandra, sobrinha, safada super solteirona saiu Segurando sua sacola do Supermercado Sempre sinistra sarcástica separou-se de Sidney seu sofrimento semanal, Sensível, mas sempre Sensacional. ***

Olá, eu sou a Isadora Dias de Moraes, tenho 13 anos e estudo no Ceu Três Pontes desde 2009. Quero me formar em pediatria, meu sonho desde criança. Quanto a esse projeto, penso que é muito gratificante saber que outras pessoas vão ler o que escrevemos. Sei que “Sexyboy” é um texto ousado, mas nada pessoal, tá? Espero que todos possam gostar.

Sexyboy Sara, Sophia, Samira e Sheila Saíram sozinhas, Sábado, sete de setembro. Seguiram sentido shop Center. Sofreram solitárias, somente saudade De Samuel e Sérgio. Sara, sensível, sentiu satisfação, sensação, Sentimento de solidão. Sophia e Sheila saíram do sambódromo Suando, sambando, sonolentas, Sonhando seriamente servindo Sexyboy. Samira, sorrateira Poemas criativos | 57


Ler e escrever: atos de cidadania

Sabia sĂŠrios segredos do suposto Santinho sexy. Super secreto, sacana Safado, saiu soltando sorrisos SĂ­nicos Sem sentimento Sinistro. ***

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Ler e escrever: atos de cidadania

Sou a Larissa Ferreira Vieira, tenho 13 anos de idade, e sonho fazer duas faculdades, uma Administração de Empresas e outra, Estilista. Abrir meu próprio negócio, cursos de inglês, espanhol, francês e alemão e conhecer New York city. Sonhos não são impossíveis, por isso eu sonho. Escrever os contos “5ª avenida” e “Uma aventura vampiresca” e as poesias “A amizade” e “Garota Pop” foi realmente uma aventura bacana. Muito legal!

5ª avenida Não havia vestígio daquele crime que aconteceu na 5ª avenida com a Wall Street. Vítima: Johnny, 16 anos. O assassino, mistério total. Johnny havia levado um tiro na nuca e outro na cabeça. Um casal que passava por ali assistiu toda a cena e imediatamente ligou para a polícia. No bolso de Johnny, a perícia encontra sua carteira e celular, o que facilitou o contato com seu irmão, um grande e famoso empresário. Brad era o seu nome. O mesmo compareceu a distrito policial o qual iria prestar depoimento. Seu comportamento e nervosismo eram de se estranhar. Semanas de investigação e nada parecia surgir. O mistério abalou a família e a polícia nada tinha de concreto. Até que, finalmente, a arma do crime que ligaria ao assassino foi encontrada. O revólver, calibre 38, foi achado em um terreno baldio, dentro de um latão de lixo. A perícia descobre as impressões digitais, o que leva ao criminoso. Esse, se vendo encurralado resolve se entregar e confessar o conflito entre eles. Brad! Brad matou seu próprio irmão. Rivalidade para não perder a presidência da empresa. Restou apenas a dor de uma família que não se conformava com esse crime tão brutal. *** Meu nome é Lorena Oliveira Roberto, tenho 13 anos, meus objetivos e sonhos são: gravar um CD, e estudar bastante para ter e dar um futuro digno a minha família. Eu achei super legal escrever os contos “A Caixa” e “A Casa Monstro” e o poema “Sonhos”. Despertam dentro da gente um mundo encantado, a gente viaja pela imaginação. Eu me sinto muito bem em saber que os meus textos vão estar em um livro, nosso projeto. É como se fosse um começo de um grande futuro.

A caixa O relógio apontava meia noite. A campainha toca. Uma caixa. Uma caixa muito sinistra é entregue à Rilary Quiston. Sem carta, nem remetente. De dentro subia um odor diferente. O cheiro meio que conhecido, mas não conseguia identificá-lo. Curiosa, abre rapidamente e para sua surpresa uma grande quantidade de sangue e um dos cinco dedos da mão, o polegar, friamente decepado. Um sangue tão vivo que parecia pulsar dentro daquela caixa misteriosa. Quem teria feita tal coisa? A polícia é avisada e imediatamente chega ao local. Tínhamos um assassino solto. Um assassino frio e calculista. Nenhum suspeito. Nada por onde pudessem começar uma investigação. O tempo passa e aquele mistério não tinha sido desvendado. Certo dia, numa ronda policial é encontrado o corpo de uma mulher. Rilary Quiston, 20 anos. Jovem, solteira, universitária. Associada a um grupo que combatias drogas na cidade. Defendias os menores abandonados. Sabia demais. Morreu! Suas buscas, investigações eram compartilhadas com seu ex-namorado, a quem confiava muito. Fim de relacionamento. Surgiram ameaças, mas ele não seria capaz. 60 | Contos


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Subitamente a polícia chega em sua casa e encontra várias caixas e mais outras, outras. Um porão. Marcas de sangue por todo lado. Mãos, pés, olhos, orelhas... Numa insanidade mental anormal, doentia. Aquele com quem Hilary dividiu os melhores momentos de sua vida, a matou. Um psicopata. Tratava-se de um psicopata. Hilary sabia demais e ele odiava pessoas que sabiam demais. *** Somos Lorena de Oliveira Roberto e Aline da Silva de Souza, temos 13 e 12 anos e nossos objetivos são cursar uma faculdade e fazer uma carreira bem sucedida. Sonhamos em ter coisas fundamentais como carro, casa, viagens, roupas da moda; e eu Aline, particularmente, escrever um conto inédito. Foi super legal escrever em parceria “A casa do monstro” e o poema “Sonhos” porque desperta dentro da gente um mundo encantado! Viajamos pela imaginação. Maravilhoso!

A Casa Monstro Cidade do nordeste, um velho misterioso, conhecido por todas as crianças. Há quem dizia que ele morava em uma casa mal assombrada e um grupo de crianças curiosas resolveram investigar, mas estavam com muito medo do que poderiam encontrar. Pedro, o mais esperto e líder do grupo aproximou-se de uma porta muito sinistra, abriu e deu de cara com um imenso baú. Não perderam tempo e resolveram abrir. Dentro acharam muitas fotos, cartas de uma suposta mulher que seria sua esposa. Alguns minutos depois, surge uma imagem sinistra do velho misterioso. As crianças correram para fora da casa e Pedro não conseguiu sair. Mas já não estava com medo como antes e resolveu perguntar ao velho quem era aquela mulher do baú e o que tinha acontecido com ela. Muito lentamente o velho disse que era sua esposa que havia morrido há 10 anos. Um pouco amedrontado Pedro percebeu certo receio no velho e disse que sua mãe estaria preocupada com ele, por isso tinha que ir embora. O velho olhou profundamente Pedro e disse que não poderia deixá-lo ir embora porque sabia demais. Agora Pedro faria companhia à sua mulher dentro do baú, pois ela estava faminta. Nunca mais se ouviu falar em Pedro. Ninguém soube explicar o que aconteceu naquela tarde na casa mal assombrada, a não ser a lembrança dos gritos horripilantes que vinham lá de dentro. *** Bom, eu sou a Gisele Lino de Souza, adoro escrever e também ler. Pretendo me formar em medicina, pois sou bastante esforçada e estudiosa e é isso que faz a diferença. Foi bacana participar desse projeto e o meu conto “A fada madrinha” foi um momento de muita inspiração com a ajuda da minha professora Edilsa.

A fada madrinha Layane era uma menina de cinco anos. Adorava brincar com suas amigas Layssa e Rayssa. Todos os dias elas saiam para brincar numa casa, na qual não morava ninguém. Havia só poeira e muitas teias de aranhas. Layane não tinha brinquedos. Sonhava em possuir uma Fada Madrinha, uma boneca que realizava os desejos da criança que a possuísse. Todas as noites, antes de dormir, Layane rezava Contos | 61


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e fazia seu pedido: “Fada Madrinha, sei que você existe e desejo que minha mãe a compre para mim!”. A mãe de Layane era muito pobre, mas com muito esforço conseguiu fazer algumas economias para que no dia de seu aniversário tivesse condições de realizar o sonho da menina. Na véspera do aniversário de Layane, sua mãe fez uma surpresa. Enquanto a criança dormia profundamente e sonhava com a boneca, foi à loja, comprou o tão sonhado brinquedo e escondeu-o atrás do armário. Quando Layane acordou sua mãe disse: “Filha, tenho uma surpresa para você! Procure em seu quarto.” Layane, eufórica, começou a incansável procura. Olhou em baixo da cama, em cima e dentro do armário. Não encontrou nada. A mãe pediu para que continuasse procurando. Quando a menina olhou atrás do armário, ficou atônita, não conseguia acreditar que seu desejo foi realizado. Naquele mesmo instante pediu para a boneca Fada Madrinha trocar a cor do quarto e os móveis. E a boneca realizou não só o seu desejo como também o desejo das amigas de Layane. *** Meu nome é Luiza Gabriely de Souza Nascimento, tenho 13 anos de idade, sonho em trabalhar em Betel, onde as testemunhas de Jeová fazem Bíblias, folhetos, brochuras e outras coisas mais. Na escola, foi muito gratificante escrever contos, como “O amor de Marcos e Lia” em parceria com a Alaisy, minha amiga. Também escrevi “A queda” e “O sonho”, um poema bem criativo. Expressei-me com alegria, viajei na imaginação e aterrissei em um livro. O nosso livro. Que legal!

A queda Tudo preparado para a festa na casa de Annelizy. Ela estava muito nervosa, mas feliz. Os convidados chegando, a música tocando, todos com um sorriso no rosto. Tudo perfeito! Perfeito até o momento em que Annelizy resolve dançar. De repente, do nada, escorrega e cai. Uma queda repentina. Faz-se silêncio. Annelizy caída. O que terá acontecido? No meio de todos os convidados, surge um jovem, Bryan. Corre ao encontro de Annelizy e a ajuda levantar. Com um sorriso, fica admirada e agradece aquele gesto tão gentil. A música retoma e os dois trocam vários olhares durante a noite. Já na madrugada, quando resolvem trocar algumas palavras, seus pais encerram a festa e eles marcam um encontro posteriormente. Saudade, ansiedade e aperto no coração faz o tempo demorar a passar. Finalmente o encontro. O encanto. O namoro e o pedido de casamento em tempo Recorde. Tempo depois Annelizy sente-se mal e é levada ao hospital, sentindo muitas dores. E a felicidade é abalada com o diagnóstico médico, logo após os exames serem feitos. Annelizy estava com câncer. Começa ai um período de angustia, dor e desespero. O amor não foi o bastante para superar a perseguição da morte. Annelizy se entrega ao desespero. Quimioterapia. O cabelo já caindo. Ela estava ficando sem força e sem esperança. Seu marido vendo seu amor definhar-se a agarrou com forças e gritou ao mundo seu amor. Ela não tinha o direito de deixá-lo, de desistir da vida. E como um sol que nasce no amanhã Annelizy descobre que está grávida e isso faz toda a diferença em sua vida. A enche de luz e luta pela sua sobrevivência e a do seu filho. O amor do seu marido tira aquela nuvem negra e a trás para a vida, cheia esperança. Luta. Vence a maldita doença. Trás seu filho ao mundo. Vivem os três felizes por toda a eternidade. 62 | Contos

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Eu sou Amanda Micaela Lino Alves, tenho 13 anos. Sonho desde pequena ser policial. E eu, Elisa Caroline, tenho 12 anos e quero ser aeromoça ou uma grande empresária. Escrever o conto “Amor Virtual” foi uma experiência única e é muito bom poder criar. Sentimo-nos uma verdadeira escritora.

Amor virtual Certo dia Evelyn foi navegar em sua rede social, orkut, face book e em seus recados havia um scrap de um garoto muito interessante chamado Diego. Evelyn se encantou com o recadinho muito carinhoso. Só não tinha fotografia dele e isso a deixou muito curiosa. A partir desse dia ela sempre recebia mensagens de Diego e imediatamente respondia a todas elas. Nascia a cada resposta um sentimento gostoso de bem querer naquele coração que palpitava dentro dela. De repente eles perceberam que estavam se gostando e que precisariam se conhecer pessoalmente. Quanto mais o tempo passava mais eles sentiam a necessidade de estarem juntos. Se tocarem e se beijarem profundamente. Certo dia, numa dessas conversas virtuais com Diego, Evelyn por não o conhecer fisicamente ainda, pede a ele uma fotografia e Diego rapidamente disse que não tinha nenhum foto recente e que iria providenciar e aproveitou a ocasião para pedir fotos dela também. Evelyn ficou em silêncio por um instante e disse a Diego que eles deveriam continuar se relacionando apenas virtualmente. O amor já tinha tomado conta do seu coração e poderia se decepcionar um com outro fisicamente e ela não queria colocar em risco todo esse encanta que o mundo virtual havia lhe dado de presente. E assim esse amor virtual durou anos e anos e mesmo sem se conhecerem eram muito felizes. *** Eu sou Jonathan Eduardo Souza Silva, estudante da 8ª série do ciclo final, e pretendo continuar meus estudos e me tornar um profissional competente. Nas aulas de Língua Portuguesa a professora Eleusa nos ensinou a escrever contos, achei maravilhoso! “Cobiça” foi produzido a partir desse trabalho. Uma experiência que não vou esquecer jamais. É isso.

Cobiça Não havia vestígios daquele crime bárbaro. Detetive particular investigava de um lado, polícia de outro. Família aflita, angustiada. De repente a policia dá um sinal. Um corpo encontrado. De um famoso empresário, ainda ninguém sabia o que tinha acontecido com ele. Procuravam por pistas, mas não achavam. De repente uma arma é encontrada, levada para delegacia e avisaram a família do suposto corpo. Todos foram ao IML, fazer o reconhecimento e ficaram chocados. Era o corpo do filho de Ana Lúcia. Empresário dedicado ao trabalho e se esforçava para alcançar seus objetivos. Ana Lúcia tinha um outro filho totalmente oposto e invejoso. Uma dúvida surgiu sobre o crime: Quem o matou? A inveja e a cobiça foram os únicos a estarem com ele antes da morte. O assassino? Seu próprio irmão. Irmão mais novo que aprendera tudo até mesmo manipular as pessoas. A mãe, Ana Lúcia, decepcionada levou seu próprio filho aos tribunais. Testemunhou toda a sua rebeldia, agravando ainda mais sua sentença. Seu filho foi julgado, condenado. 30 Contos | 63


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anos! 30 anos pagaria a vida de uma pessoa? E o tempo passou. Nenhuma visita daquela mulher marcada pelo filho. A pena cumprida. Seu filho foi libertado. Sua mãe não sabia e cruelmente foi apunhalada pelas costas. Traída, morta. Seu filho a matara. Jamais aceitou o que sua mãe fez. Ajudou a justiça a colocá-lo na cadeia, sem visitas. Esqueceu-o simplesmente. Esse filho que um dia foi muito amado por essa mulher, volta para a cadeia. Simplesmente volta e lá se mata pedindo perdão. O restante da família nunca mais foi a mesma. *** Olá! Eu sou a Naihany Costa Nascimento, aluna do 8º ano do ensino fundamental. Gosto de escrever e este projeto foi muito gostoso. Todos participaram. Escrevi sobre os “Conflitos da adolescência”, pois acho um tema fabuloso. É o nosso dia-a-dia dentro de uma escola. Estou feliz!

Conflitos da Adolescência Na adolescência conflitos são muito comuns. Ana era apaixonada e queria muito curtir a vida e não era compreendida pelos seus pais. Achava que era como o tempo, uma hora chovia ou fazia sol. Os conflitos amorosos de Ana eram principalmente quando ela descobre que uma das suas amigas gostava do mesmo garoto. Então ela tinha que escolher entre a amizade e o sentimento que a corroía por dentro. E sem saber como agir, encarando sozinha todas essas descobertas da adolescência, ignora a amizade de anos e entra numa disputa desenfreada pelo amor de Fred. E acaba ele namorando sua melhor amiga. Tudo isso acontecia na escola, um cenário perfeito para os conflitos dessa juventude. Então o assunto já é conhecido como “CAE” Conflitos de Amizade Escolar. Dramas e paixonites fazem com que Ana não consiga se concentrar nos estudos. Se tornando alvo dos professores impiedosos, enchendo-a de notas vermelhas, outro “CAE”. Ana, na maioria das vezes se arrepende, e se machuca também e outras vezes caí pelas tentações e começa a chorar. E nessa pouca vida Ana não consegue encontrar equilíbrio e não sabe driblar essas emoções todas. O que Ana quer realmente e encontrar alegria e felicidade ao lado de quem ela ama. *** Meu nome é Valéria Gomes de Souza, estudante do ensino fundamental, já concluindo. Pretendo me formar em Comunicação e me aprofundar em Músicas. Escrever colunas sociais, me especializar e quem sabe concorrer a um cargo na MTV, não como VJ, mas na produção, fazendo roteiros. Este projeto foi diferenciado, achei muito interessante produzir esses textos “Corações na tempestade”, ”Hora de dizer não” e “Saudade”. Muito bom.

Corações na tempestade A noite era fria e o céu era um mar negro. O vento gelado machucava sua pele delicada e fazia seus longos cabelos negros esvoaçarem ao redor de sua cabeça, os fios lhe fazendo cócegas. Ela olhava pela janela, imaginando onde ele estaria nesta vasta escuridão. Ele estava sentado no telhado, cravando os dedos no cimento frio, sentindo as gotas de chuva descer pelo seu rosto, junto com suas lágri64 | Contos


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mas, levando também alguns pedaços de seu coração. De onde ele estava sentado, podia ver a figura pálida sob os raros raios de luar. Parecia concentrada em algo, pois estava com o olhar fixo em algum lugar ao longe. No que estaria pensando? *** Somos a Andrielle dos Santos Nascimento e Mariana Cardoso da Silva. Aprendemos a escrever contos e achamos isso fantástico. Criamos “Desnuda e humilhada” e “O Suicídio”. Agradecemos a professora Eleusa por ter nos dado essa emoção de participar desse projeto. Temos 14 anos, pretendemos seguir carreira profissional e estar neste livro é uma alegria só. Muito emocionante, vai ficar na nossa memória para sempre, até porque vamos estar na capa do livro. Oba!!!

Desnuda e humilhada Tudo preparado para a grande festa. Monique ansiosa mal podia esperar por aquele momento tão desejado. Meus 15 nos! Sua mãe havia preparado tudo: a festa, a lista de convidados, os vestidos, sapatos, tudo o que a deixaria encantada. Na lista, no meio a tantos nomes, lê-se os nomes de Matilde e Graziela. Dois nomes jamais esperados em sua festa de 15 anos. Suas rivais, inimigas e invejosas. A noite chega. A emoção toma conta. Surge o mais esperado dos convidados, Guilherme! O meu namorado! Lindo! Charmoso! O mais popular da escola. Matilde e Graziela se incomodavam com isso. Morriam de inveja. No meio da festa Guilherme abusou da bebida e jogando charme em cima de Graziela, não percebeu que estava envolvido demais e não consegue controlar a sua tara. Monique assiste tudo estarrecida, inconformada. A briga entre as duas foi inevitável. E aquele vestido que seria a revelação do momento, feito com detalhes para aquela ocasião, foi completamente rasgado. Monique ficou totalmente desnuda e humilhada. Todos começaram a rir daquele ato insano, até mesmo Guilherme, seu namorado, aquele que por amor deveria ficar ao seu lado. Uma festa perfeita! Tudo para ser perfeito, nada mais a fazer a não ser chorar. Insensibilidade, covardia, tristeza, dor e decepção marcaram o fim desse sonho que era tão esperado. *** Eu sou a Luana Regina Novais e o Talison Rodrigo Davino Freitas, temos 13 anos de idade, estamos terminando o ensino fundamental. Ficamos felizes por escrever “Encontro com a paixão” foi um trabalho interativo e é muito importante para nós estarmos participando desse projeto. Vai ficar marcado na nossa história.

Encontro com a paixão A emoção foi evidente no rosto daquele homem. Estava sempre a procura do amor da sua vida. Um dia ele estava passeando por um parque no cair da tarde e encontrou uma linda mulher. Foi grande o encantamento, suspirou fundo ao olhar aquele rosto tão marcante, foi amor a primeira vista. O amor veio de encontro com ele. Estava ali, parada, linda! E falta-lhe coragem para ir ao seu encontro e dizer tudo o que passara em sua mente, todo o seu deslumbre. Não sabia como lidar com aquela situação, pois era a sua primeira vez. Nunca tinha amado antes. E nessa Contos | 65


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indecisão acabou perdendo a oportunidade e ela se afastou para sempre. A dor tomou conta do seu peito. Uma dor que jamais vivera. Tantos anos se pararam e ele nunca mais encontrou a mulher do parque, ao menos sabia o nome dela. Que bom seria reencontrá-la! Já desiludido e sem esperança, Tony, esse o seu nome, volta ao parque e sem esperar uma nova chance de ser feliz encontra aquela que um dia lhe ensinara o que era amor. Sem vacilar novamente, Tony corre em sua direção, cheio de saudades, se encheu de coragem e vai falar com ela. Ana Carolina se surpreende e não entende o ocorrido, mas fica perplexa com a atitude de Tony que se declara estar apaixonado desde o último verão que á encontrou nesse mesmo parque. Por alguns minutos seus olhos se fixam um ao outro e seus lábios se unem numa única necessidade de sentir suas bocas. Tony encontra sua alma gêmea e Ana Carolina se entrega de corpo e alma à esse amor que marcaria para sempre sua vida. Viveram felizes! *** Somos Marcelo Ygo Siqueira Silva e kelvin Zile Lima Vieira, alunos da 7ª série do ensino fundamental. Nossa sensação ao escrevermos o conto “Golpe de mestre” e o poema “Garota Pop” foi muito boa e estarmos num livro é uma sensação ainda melhor. Estamos satisfeitos!

Golpe de mestre John era um grande e famoso empresário e estava namorando Emily, uma moça que estava só interessada em seu dinheiro, pois era 10 anos mais jovem. Ele estava loucamente apaixonado e pretendia se casar com a jovem, apesar da idade. Mal sabia ele que Emily estava tramando sua morte após o casamento. Todo um plano pensado. Parecia coisa de filme policial. Todo um suspense. Chega o tão esperado dia do casamento. Estava correndo tudo como o planejado. John havia mudado seu testamento dias antes, deixando tudo para Emily, sua mulher amada, caso sofresse alguma coisa, algum atentado. Como se pressentisse que algo terrível estivesse para acontecer. Ela, a noiva, linda! Radiante! Num vestido deslumbrante de fazer as demais mulheres morrerem de inveja. A cerimônia foi perfeita, olhares apaixonados na hora do sim. Alianças trocadas com suavidade e carinho. Um avião esperava para os levaram à Las Vegas, conhecida como cidade do pecado. Lá estariam em lua de mel, o cenário perfeito para um crime. No dia seguinte, após uma noite de amor, John vai até o cassino enquanto Emily permanecia dormindo após a exaustiva noite de núpcias. E num despertar súbito e frio, pensa nos últimos detalhes do crime. Repassa todo o plano com o assassino contratado que tinha embarcado com eles no mesmo avião. Teria que fingir ser um assalto e matá-lo. Limpar o local do crime, impressões digitais, mas deixando seu corpo lá. E assim se daria a morte do seu marido. John saiu do cassino e volta para o hotel. Emily continuava dormindo como a tinha deixado, espalhada pela cama, quando o assalto acontece. John leva um tiro no peito, morre. John estava morto. Emily sente um aperto no peito ao ver a cena, trêmula liga para a polícia e se cala transtornada. Emily foi traída pelo seu próprio remorso. Não esperava essa reação súbita. Chorava. Chorava como alguém que cometera um crime. Arrependimento. Remorso ao ver John ensanguentado ali em sua frente. O que fizera? Até onde vai o desejo do poder de uma pessoa. Ganância. Emily não disse nada, absolutamente nada. Não precisaria. 66 | Contos


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Estava evidente sua culpa. Estendeu suas mãos e algemada foi pressa em fragrante. Pressa. Julgada. Condenada. Sofre atentado na prisão. Perseguida pelo fantasma do marido. Morre por depressão, culpa e arrependimento. Emily morreu. Onde estaria sua alma tão manchada de sangue? *** Olá Turminha! Sou o Felipe Lima Marques, Tenho 13 anos de idade, estudo na 8ªsérie e estou quase no final dessa etapa. Quero estar no ensino médio e lembrar com muito carinho desse projeto que tive a oportunidade de participar. Agradeço a professora Eleusa pelo carinho, dedicação e por ter me ensinado a escrever o conto “Linda e perfeita”. Ofereço esse trabalho à ela com muito carinho.

Linda e perfeita. Tudo preparado para minha festa de aniversário. Muitos convidados, muita música boa e de repente meus olhos ficaram completamente paralisados. Foi paixão a primeira vista. Linda! Perfeita! Chegando como um furação para desvia toda a minha atenção. Fiquei completamente apaixonado. Aproximei-me, e temendo sua reação me apresentei a ela. Olhamo-nos por alguns instantes e começamos a conversar. A cada gesto ela entrava mais ainda no meu coração. O namoro foi inevitável. Em pouco tempo já estávamos casados e trabalhando fora. Sem tempo para curtir o casamento, começaram as brigas e os desentendimentos. Já não era mais a mesma coisa, como aquele primeiro dia naquela festa. Uma separação aconteceu. Meu amor tinha ido embora. Que teria acontecido com aquele sentimento louco e desenfreado? E nesse desespero, nesse medo de perder o que eu não sabia se ainda tinha, corri até ela e declarei-me eternamente apaixonado. E como nos contos de fadas, o amor fala mais alto e forte. Sem brigas, sem mágoa, só paixão. O amor nos conduziu para a felicidade plena. Felizes para sempre. Não é assim que acaba uma história de amor? *** Eu sou a Isabelly Oliveira dos Santos, 13 anos e estou na 7ª série. Sonho em viajar para e Espanha e Andorra (Continente Europeu). Achei muito legal esse projeto da professora Eleusa porque é um livro que todos irão ler. O conto “Meus 15 anos” e os poemas “A mudança” e “Amor é...” foram feitos com muito carinho e imaginação. Espero que gostem!

Meus 15 anos! Meus 15 anos! Tudo preparado para a festa dos meus 15 anos! Convites, vestido, sapatos, cabelo, unhas, salão, enfim... Tudo. Os convidados foram chegando, os garçons circulando, meus pais felizes e eu muito emocionada. Nada poderia dar errado nessa noite. Era a minha noite, 15 anos de espera. Meus amigos dançando, muita alegria, sorrisos, mas estava faltando algo ou alguém para completar aquele sonho querido. E como num passe de mágica, surge alguém especial. Ele! Não o havia convidado, mas sabia que viria. O menino mais lindo do bairro estava em minha festa. Robert! Esse era o seu nome. Fiquei completamente apaixonada! Foi Contos | 67


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amor a primeira vista. Falamo-nos e o papo foi ficando cada vez mais interessante e sem esperar aconteceu. Meu primeiro beijo! Ah! Flutuei por alguns segundos. E esse encanto maravilhoso foi quebrado porque meus pais viram e imediatamente chamou-nos para entender o acontecido. Alertaram-nos de muitas coisas, dos perigos da adolescência. Robert pediu-me em namoro e eu aceitei de cara. Meus pais ficaram calados, pois havia notado o brilho nos meus olhos. Minha festa foi um conto de fadas. Daqueles que só vemos nos clássicos literários. E assim fomos felizes para sempre. Meus 15 anos! Meu primeiro beijo! Meu primeiro amor! *** Somos Paloma Aparecida da Silva Brito e Denise de Lima Queiroz, temos 13 anos e somos alunas da 7ª série do ensino fundamental. A professora Eleusa nos ensinou a escrever contos e produzimos o “Mistério de Ana Paula”. É muito gostoso viajar no mundo do faz de conta e poder ter um texto nosso num livro onde muitos vão poder ler. É muito bom saber disso. Estou satisfeita!

Mistério de Ana Paula Ana Paula era uma jovem de 17 anos, pobre e apaixonada por Eduardo, um jovem muito rico e humilde. Eles tinham um romance proibido, pois seus pais não aceitavam as diferenças sociais. Certo dia Ana Paula fugiu de casa sem deixar pistas e nem Eduardo sabia para onde ela teria ido. Tempo depois Eduardo sem esperança de encontrar o seu amor casou-se com outra mulher sem amor, pois não havia esquecido Ana Paula. Passam-se os anos e a mulher de Eduardo morreu em um trágico acidente de carro. Eduardo se isola numa solidão profunda, triste e sem perspectiva de vida. Todo esse sofrimento acaba quando num belo dia ensolarado uma moça linda bateu em sua porta com duas meninas encantadoras, eram gêmeas. Eduardo arregalou os olhos e sentiu uma enorme sensação familiar, não sabia o que pensar. Rica, linda e muito bem vestida àquela mulher se apresentava a ele e suas duas filhas. Eduardo era o pai daquelas meninas saudáveis e bem cuidadas. Ana Paula estava de volta em sua vida. Bem sucedida e trouxe com ela a vida de Eduardo de volta. A gravidez das gêmeas teria sido o motivo de seu sumiço. Ela conseguiu vencer na vida e assim pode ter uma linda história de amor com Eduardo e suas filhas. *** Sou Alaisy Josikeli Alves Machado e eu a Luiza Gabriely de Souza Nascimento, temos 12 e 13 anos de idade. Amamos escrever “O amor de Marcos e Lia” e o poema “Sonho” juntas. Estamos muito ansiosas para ver o lançamento do nosso livro.

O amor de Marcos e Lia Marcos, um jovem sonhador, mudou-se ao lado da casa de uma linda mulher que se chamava Lia. Se conheceram, se encantaram e logo se apaixonaram. Tudo muito rápido, num piscar de olhos. Certo dia Marcos andando pela rua, foi testemunha ocular de um terrível acidente de carro. Rapidamente houve um grande tumulto e se aproximou mais. Desesperadamente não acredita naquela imagem que 68 | Contos


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seus olhos acabaram de presenciar. Lia, sua doce Lia era a vítima daquele acidente. Inconsciente, tomou-a em seus braços e a levou ao hospital. Seu estado era muito grave e os médicos alertaram Marcos que o pior poderia acontecer. Mas ele tinha agido com muita rapidez no socorro de sua amada e no meio de tantas orações e pensamentos positivos, numa espera de quatro horas, até que terminasse a cirurgia, o médico consola aquele coração aflito. Lia estava fora de perigo, salva. Dias depois, ela volta para casa e se recupera a cada dia mais tendo com tratamento os carinhos do seu amado. E sem esperar mais Marcos a pede em casamento e a união dos dois se deu com a bênção do padre Antônio, único padre daquela pequena cidade. Não cabia tanta alegria no coração daquele casal tão apaixonado que vivia a cada dia a plena felicidade. E os dias passam, meses e Lia começa a se sentir mal. O destino é implacável. A morte não teria levado Lia naquele acidente porque seu destino já estava traçado. Sofreu uma parada cardíaca e faleceu aos 25 anos de idade, no auge da paixão. Para Marcos viver não teria mais sentido e Lia jamais faria a infelicidade do seu amor. Estava grávida. E os médicos tiraram de dentro daquele corpo sem vida uma linda menina, cheia de saúde. E essa criança seria a sua continuação. Uma linda menininha. Lia, esse seria o seu nome, que lembraria para sempre o seu grande amor. Marcos viu nos olhos da pequena Lia o brilho da felicidade que Lia lhe havia deixado para toda a vida. *** Milena Ariadne Rodrigues Ferreira e Taiane Alcântara Silva são os nossos nomes. Ambas com 13 anos e gostamos da mesma profissão, medicina. Estaremos lutando para cursar uma faculdade. Sensacional esse projeto e a prova disso é o conto que escrevemos “O assassinato de Mary”. Muito bom ir além da imaginação e ter certeza que podemos alcançar nossos objetivos.

O assassinato de Mary Naquela noite havia muita gente. A balada estava cheia, como nunca havia ficado. Um crime sem razão aconteceu. Procurando por pistas, o corpo foi encontrado, notificaram os familiares que ficaram abalados com a notícia. Os peritos logos chegaram ao local e o corpo havia sido encontrado embaixo do balcão totalmente esfaqueado e a arma do crime não estava no local. O que poderia ter acontecido naquela noite? O que poderia ter levado aquele assassino a matar Mary de forma tão brutal? O caso foi investigado por muitos dias até que finalmente acharam a faca utilizada no crime. Foi encontrada dentro de um armário, numa fábrica abandonada. O resto era simples, chegar ao assassino. As digitais encontradas na arma deixam claro que foi um crime passional. Seu ex-namorado por ciúmes e não aceitar o fim do relacionamento havia esfaqueado Mary. A dor da família deixa claro que Mary estava realmente morte e que jamais voltaria e a saudade daquele sorriso alegre ficaria para sempre na lembrança. *** Meu nome é Bruna da Cruz Rodrigues, tenho 14 anos e meu objetivo por enquanto é passar em uma das escolas técnicas e fazer um curso de enfermagem e futuramente entra no AFA(Academia da Força Aérea). Adorei participar desse projeto, ajudei muito na digitação dos texContos | 69


Ler e escrever: atos de cidadania

tos e ao passo que eu digitava ia lendo todos os contos e me encantando com todos eles. Foi quando me empolguei e escrevi “O casamento” e o poema “Misterioso”. Estou muito feliz e satisfeita com o resultado. A professora Eleusa é show de bola!

O casamento Noite quente de um inverno intenso. Tudo preparado para a festa de casamento onde os noivos estavam perdidamente apaixonados. Era a noite mais quente daquele inverno e a capela estava toda enfeitada, numa cidadezinha do interior, onde o sonho daquela garota seria realizado. Mas, nem tudo era perfeito. Havia algo misterioso e suspeito acontecendo com a radiante noiva. Era completamente apaixonada, mas também tinha um carinho especial pelo filho do padeiro, Peter. Eram amigos de infância e todos sabiam que ela o amava o que deixava em dúvida seu casamento. Dias antes da cerimônia, numa noite fria e escura, todos recolhidos em suas casas, Peter foi até o lugar onde eles brincavam ainda crianças para recordar os doces momentos em que passara com sua amada que estava prestes a se casar com outro. Ao chegar, seus olhos cheios de tristezas, quase não acreditaram na imagem da sua amada sentada no mesmo balanço, já velhinho, onde ficavam horas conversando. Seu coração bateu forte que ele não pôde explicar. Tomou-a nos braços e a beijou perdidamente. Era somente aquele beijo que faltava para perceber que não poderia se casar com outro. E na noite do casamento, o noivo já impaciente, ao notar o seu atraso, sentiu que já não tinha mais certeza do amor daquela mulher. Sai da igreja e vai a sua casa, o que confirma a sua suspeita. Encontra um bilhete sobre sua cama ao lado do seu vestido de noiva, escrito: “Querido Marcos...” Perdoe-me! Percebi que não poderia me casar contigo porque não o amo o quanto deveria. Estou indo embora da sua vida e levo comigo o carinho e o respeito que te tenho. Há um amor de infância em minha vida e é com ele que vou passar o resto dos meus dias, você sabia disso e mais cedo ou mais tarde isso iria acontecer. Que você consiga um dia me entender e ser feliz com outra mulher. Um grande abraço e seja muito feliz. Silvya. Tempo depois Marcos superou a grande decepção e se casa com outra, é feliz e pai de dois filhos. Sua vida era tranquila e cheia de alegria. Silvya? Nunca mais ninguém ouviu falar dela. Rolavam boatos, mas de uma coisa Marcos tinha certeza: “Ela estava feliz em algum lugar do passado”. *** Somos a Cindy Mayara de Souza Balbino e Gabriela Correia Brasil, temos 13 anos de idade e somos da mesma série. Pretendemos ingressar na faculdade, e termos uma boa carreira profissional. Bom, o projeto da professora Eleusa nos fez realmente saber o que queremos. O nosso conto “O crime perfeito” que escrevemos nos fez ver a vida de outra maneira. Achamos o máximo!

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O crime perfeito I Naquela noite de férias Emily estava se divertindo numa balada com seus amigos. Pela madrugada, ao sair da balada, depara com dois rapazes drogados. Emily cismada continuou caminhando e logo eles notaram seu medo e começaram a segui – lá. Ela apressa seus passos, mas mesmos assim mantém uma distância mínima daqueles desconhecidos cheios de terrorismo. Muita assustada, Emily começou a correr, tropeça em uma pedra e cai, bate a cabeça e desmaia. Aqueles malditos drogados aproveitam a chance e a estupra, em seguida batem violentamente, causando sua morte. Emily morre! E no silêncio da madrugada, alguns olhos testemunham aquele momento cruel. Ouve-se o barulho da sirene da polícia e os dois fogem, se perdendo na escuridão da noite. Emily se encontra sem vida. A família inconformada com esse crime pede justiça. A polícia investiga o caso, mas não consegue encontrar os assassinos de Emily. A investigação continua e semanas depois outro crime com os mesmos vestígios, tudo o que a polícia precisava para colocar as mãos naqueles malditos criminosos, animais sem piedade. Nada é perfeito! Não há crime perfeito! *** Somos Hermínia Aparecida Paulino Braga do Nascimento e Thaynna Alicia Barbosa da Silva, temos 13 anos de idade e esperamos ser bem sucedidas no futuro. Termos uma boa carreira profissional e darmos muito orgulho para nossos pais. Quanto a esse projeto, maravilhoso! Nota 10! “O crime perfeito II” nos fez viajar além da nossa imaginação.

O Crime Perfeito II Nada explicaria aquela morte. Hora estaria ela lá dançando, minutos depois encontrada no banheiro, estrangulada. Marcas visíveis de um crime perfeito. Marcas de correntes em seu pescoço. Quem traria correntes para um barzinho de madrugada, numa balada só de gays. Foi um crime premeditado, pensado friamente. Karolyn era um lindo gay e a descoberta feriu alguém que não suportou essa revelação. Alguém desequilibrado e cheio de preconceito, homo fóbico. A polícia não tinha nenhuma pista a não ser ouvir o depoimento de todos os presentes naquela noite. O assassino estaria ali observando o movimento e não bastou muito para cair em contradição. Samuel, também gay. Como explicaria ser um homo fóbico? Tinha taras loucas e insanas. E uma delas era o barulho da corrente apertando a garganta dos seus parceiros depois da conquista. E nesse depoimento para a polícia, acrescentou ainda, a indiferença que sentia, motivo suficiente e plausível para tirá-lo de circulação daquele meio envolvente onde apresentava show como diversão. Acorrentar e chicotear as dançarinas causou nele uma mente diabólica. Tornou-se um assassino pelo prazer de matar. E preso naquela noite foi alvo de vingança na cadeia. Morto com sua própria arma. A corrente. E o barulho dessa, lhe deu uma morte prazerosa. ***

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Meu nome é Anne Caroline Batista C. da Silva, tenho 15 anos, estudo na E.E. Mário Kozel Filho, Leste II, curso o 1º ano do ensino médio e minha professora de Língua Portuguesa Eleusa, pediu para produzirmos um conto na 1ª ou 3º pessoa. Foi quando me inspirei e escrevi o “O homem”, nada pessoal, mas inspiração. Fiquei feliz quando ela me disse que meu texto estava bom e se eu daria permissão para colocá-lo no livro. Fiquei super orgulhosa!

O homem Eu sabia que ele estava vindo em minha direção. Fitava-me sem piscar com seus lindos e grandes olhos negros como uma noite sem luar. Um brilho ofuscante que iluminava todo o seu lindo rosto, marcante por uma vida, talvez vencida por algo que nem ele mesmo sabia um tanto sofrido. Minha mente imaginava que ele me diria coisas absurdas, que me ofenderiam ou tentaria algo mais importuno. Mas não. Conforme ele ia se aproximando, cada vez mais perto, seu sorriso me encantava ainda mais e me deixava confusa. Quem seria aquele homem? Tudo nele, suas ações, o que expressava, tinha beleza. Uma beleza estonteante como tudo de belo que existe na natureza. Tinhas formas que o deixava mais harmonioso e que se destacava entre as ondas de um mar azul, calmo e tranqüilo, que se misturava com o brilho de um sol quente e radiante. *** Eu me chamo Karynne Katywzia Leal, tenho 14 anos e espero me formar em Recursos Humanos e ser bem sucedida. Achei ótimo escrever e produzir o conto “O Mistério” foi fabuloso! E o poema “A praia”. É uma honra as pessoas lerem os meus textos.

O mistério Meia noite, lua cheia, cachorros a uivar. Eu estava dentro da minha casa quando ouvi vários gritos de um homem que vinha de um rio que havia ali por perto. Algumas pessoas e eu saímos para ver o que tinha acontecido e para o espanto de todos, estava lá, dentro do rio um homem cheio de sangue, morto, metade do corpo decepado. Nunca souberam nada a respeito daquele velho homem negro. O Que aconteceu? Quem ou o que o matou? Não tiveram respostas. Essa história virou lenda naquela cidade, ate os dias de hoje, ficou o medo, a dúvida e o mistério. *** Meu nome é Isabelle Cicone Sales, nasci em São Paulo, tenho 13 anos de idade. Eu espero que no futuro eu possa me formar em medicina e ser uma grande médica. Eu acho que será um momento muito especial na minha vida. Mas, emoção mesmo foi agora, no presente, depois que escrevi o conto “O mistério da família Ramos” e saber que muitos irão ler.

O mistério da família Ramos 72 | Contos


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Naquela noite estava acontecendo uma grande festa, onde havia muita gente convidada. Lindos vestidos longos, homens e mulheres elegantes. De repente o senhor e a senhora Ramos sentiram falta da sua filha. Uma moça linda, com seus cabelos longos e cacheados, olhos azuis e pele parda. Então perguntando para alguns dos seus amigos sobre o seu paradeiro, ninguém soube responder. Iniciou-se uma busca, telefonemas, e um casal de amigos da família a encontrou. Estava lá um corpo sem vida e os seus pais sabiam que ela não voltaria mais. A polícia chegou. O local do crime foi isolado para investigação. Quem teria matado Katty? Todos ficaram abalados com esse crime tão cruel. Alguém na festa teria matado Katty. Quem teria motivo para arrancar brutalmente a vida dessa linda garota de apenas 16 anos? As investigações começam e quando questionam o namorado da Katty, todos diziam que ele sempre foi muito ciumento, porém os fatos estavam a favor dele. Nenhuma suspeita. Os convidados foram dispensados e os dias foram se passando, o corpo liberado, sepultado, e todos compareceram ao funeral. Os senhores Ramos estavam visivelmente abalados. E durante esse ato funeral, chega a polícia e dá voz de prisão. Nas unhas de Katty foi encontrado vestígio da pele do assassino, a qual poderia ter sido arrancada numa luta desesperadora pela sobrevivência. Estrangulada, estuprada. O assassino estava ali, compartilhando da dor daquela família. Sr. Ramos, cabisbaixo. Ninguém sabia o que estaria pensando. Mas sabia que o mistério teria chegando ao fim, pois sabia o que tinha feito. Katty estava morta. Seu pai não queria que ela namorasse. Seu pai sentia ciúmes. Seu pai a queria, não como filha, mas como mulher. Ele a amava. Seu pai, o Sr. Ramos, a matou! *** Luciane Oliveira Freitas e Lavínia Leal da Silva. Somos alunas prontas para cursar o ensino médio. Adoramos participar desse projeto escrevendo “O mistério das três jovens” e descobrir o quanto é gostoso criar, produzir um texto de suspense.

O mistério das três jovens Certo dia um grupo de jovens estava indo ao shopping quando um carro preto se aproximou e as puxaram para dentro do veículo. Algumas horas depois os parentes das três, deram por falta delas e ficaram preocupados. As jovens, vistas juntas, não estavam em lugar algum e seus pais as procuravam em todos os cantos pelos quais haveria a possibilidade de encontrá-las e o desespero tomavam conta da situação. Foi então que resolveram fazer uma denúncia na delegacia próxima, no bairro. No dia seguinte a polícia começou a busca por toda a cidade e nenhum vestígio das meninas. Como se elas estivessem evaporadas no ar. Uma semana de busca, um mês e nada, todos aflitos e sofrendo com tal sumiço, quando finalmente alguém descobre num matagal sinais de que elas estariam enterradas no pé de uma gigantesca árvore. E assim segue o mistério do desaparecimento e morte dessas três jovens que foram estupradas, estranguladas e enterradas embaixo de uma árvore, onde se dizia, escrito a sangue: “Ninguém chega ao pai sem antes passar por mim”. Até hoje paira no ar um mistério, um suspense que ninguém conseguiu desvendar. *** Contos | 73


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Eu me chamo Alaisy Josikeli Alves Machado, tenho 12 anos. Pretendo terminar meus estudos, fazer um curso profissionalizante e trabalhar na área que eu gosto, secretariado. Eu amei escrever os contos “O amor de Marcos e Lia” em parceria com minha amiga Luiza e “O mistério de Johnny”. Estou muito ansiosa para ver o lançamento deste livro, acho que vou tremer na base, rs.

O mistério de Johnny 25 de novembro de 2009. Algo inesperado acontece. Johnny, advogado famoso, 45 anos, loiro de olhos azuis, casado, pai dedicado, dois filhos, um casal. Homem bem sucedido, uma família estruturada e feliz. Johnny foi seqüestrado naquela noite de novembro. Verão, calor intenso, ele sai com os amigos para beber algo, relaxar após o trabalho e fora sequestrado, quando retornava ao seu carro no estacionamento do barzinho, esquina com o seu escritório. A notícia se deu em todos os veículos de comunicação. Nenhuma pista, telefonemas, nada. Todos estranharam esse desaparecimento. Enquanto a polícia investigava, do outro lado da cidade, numa floresta um grupo de homens resolveram caçar. Esporte esse praticado por muitos moradores do município dessa cidadezinha pacata do interior. Eles se deparam com uma grande mala preta com alças, a qual lhes chama muito atenção. Imaginando encontrar algo de muito valor escondido no interior dessa mala, tentam puxá-la do esconderijo e percebem que ali dentro estaria alguma resposta para desvendar algum mistério. Depois de alguns minutos de esforços ficam estarrecidos, olhando um para o outro sem conseguirem falar. O corpo de Johnny estava ali dentro. Esquartejado, como quem quisesse fazer picadinho de carne. Imediatamente chega a polícia e os restos mortais são levados para reconhecimento da família e tamanha foi a surpresa de todos. Aquele corpo tão judiado, não era de Johnny. Um suspiro de alívio para sua mulher que estava desolada. Uma nova esperança nascia. Onde estaria Johnny? Houve quem dissesse que ele estava morto, enterrado por aquela vastidão de terras, outro diziam que ele voltaria sem nada explicar. O mistério do seu desaparecimento permaneceu por anos. Sua mulher refez sua vida, casou-se e teve outros filhos, conseguiu ser feliz novamente. Uma nova família. E na noite de 25 de novembro de 2029, verão, calor intenso, Johnny está estendido na porta de sua antiga casa, essa que agora pertence a família de sua mulher, morto, deformado, marcado por uma doença que o acompanhou durante esses anos todos e um bilhete entrelaçado em seus dedos... Parti para vocês não morrem comigo. Minha doença era contagiosa. Agora tudo acabou. Perdoem-me, amo vocês! Johnny. *** Somos Larissa Estefany Silva Alves da Costa e Amanda Karoliny da Silva, temos como objetivo terminar o ensino fundamental e médio e fazer um curso superior. Adoramos escrever “O mistério do tesouro” e “Preconceito fatal”, dois contos que nos fizeram sonhar muito. Achei fantástico, por que já lemos muitos contos, mas nunca tínhamos escrito um.

O mistério do tesouro Certo dia aconteceu comigo algo fantástico. Achei um misterioso mapa que mostrava um tesouro escondido embaixo da minha casa. Fiquei surpresa e feliz, mas não sabia como desenterrá-lo. Foi quando eu tive a ideia de chamar alguns 74 | Contos


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amigos para ajudar nessa missão valiosíssima. Liguei para a Carla, companheira e parceira de todas as horas e pedi para ela avisar o resto da turma e virem para minha casa. Rapidamente já estavam todos reunidos, cheios de curiosidade do grande achado. Mostrei a eles o mapa e começamos as buscas. Em paralelo, pedi à minha mãe, gentilmente, que fizesse um bolo de cenoura para que depois de encontrar o tesouro pudéssemos comemorar. Para adiantar a busca, tive a ideia de ligar para minha avó Judite, pois morou nessa mesma casa anos a trás. E no meio de toda aquela euforia, um balde de água fria para trazer-nos à realidade. Com uma voz meio que zombando da nossa ingênua imaginação, minha avó Judite me disse que aquele mapa era de mentirinha. Que seu avô teria feito na época para brincar de piratas com a sua mãe quando ela era criança. Um momento de silêncio me levou a refletir: Seria mesmo um mapa de mentira? Ficamos na dúvida e isso se tornou um mistério para mim. Minha avó Judite já não tinha mais plena consciência das coisas. A idade havia chegado para ela. *** E aí galera! “O misterioso assassinato de Suzi” foi produzido por nós, Larissa de Oliveira Negroni e Monique Santos Barbosa. Estamos torcendo para que todos possam gostar e aguardamos o lançamento desse livro cheias de muita emoção. Que tenhamos muito sucesso na vida e queremos dizer também que esta sendo muito bom participar desse projeto da professora Eleusa.

O misterioso assassinato de Suzi Não havia vestígios nenhum daquele crime. Uma moça bela, bom caráter e com um futuro brilhante. Sonhava ter um ótimo namorado, casar e ter filhos. Jamais imaginaria um fim trágico para sua vida tão curta. Ele jornalista famoso, rico, mas misterioso. Seu nome Roberto. Mantinha em sua casa muitos livros de bruxaria e demônios, coisas que assustavam a todos de sua família, por isso os mantinham bem guardados. Suas saídas nas madrugadas eram suspeitas, mas logo Roberto inventava a desculpa de que eram negócios de trabalho. Em uma bela noite a família de Suzi estava em sua casa para comemorar o seu aniversário e ela notou a falta de seu marido e foi procurá-lo. De repente ouve-se um grito no porão. Sua mãe e seu pai correm, e se surpreendem com o que veem. Suzi estava morta, um assassinato terrível. No chão, jogado de propósito, um bilhete: Perdoem-me! Uma coisa muito ruim se apossou de mim, foi inevitável, Roberto. *** Meu nome é Geovana Lima dos Santos, 13 anos e estou cursando o ensino fundamental, ansiosa para o médio. Esse projeto me trouxe mais incentivo à leitura e escrita, pois agora sei o quanto é gostoso ler os contos e desvendar mistérios. Escrevi “O reencontro” e duas poesias “Sonhos” e “Por quê?”. Estou torcendo para que todos possam gostar.

O reencontro A emoção foi evidente no rosto de Emily, quando reencontrou uma grande paixão da época da universidade. Era Eduardo! Um rapaz alto e de olhos Contos | 75


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verdes. Tantos anos se passaram e o destino os colocou frente a frente novamente. Estava em uma festa organizada para ex-alunos da faculdade. Lá estava Emily dançando quando Eduardo sem querer pisou em seu longo e esvoaçante vestido, feito especialmente para esse baile. Houve um momento de silêncio, até que foi quebrado por um suspiro de Emily. Não acreditavam nesse destino inesperado. Olharam-se longamente, sem dar lugar para a palavra. Dançaram e a emoção tomou conta de seus corpos. Encontraram-se alguns dias depois e Eduardo levou Emily para conhecer sua família. O amor voltou a tomar conta dos seus corações. Ficaram noivos, casaram e finalmente juntos para sempre. O destino conspirou a favor deles. *** Nós duas somos a Andrielle dos Santos Nascimento e Mariana Cardoso da Silva. Aprendemos a escrever contos e achamos isso fantástico. Criamos “O Suicídio” e “Desnuda e humilhada”. Agradecemos a professora Eleusa por ter nos dado essa emoção de participar desse projeto. Temos 14 anos, pretendemos seguir carreira profissional e estar neste livro é uma alegria só.

O suicídio Ela pensou, pensou, e depois quase se atirou pela janela. Decidiu ir além e falar de uma vez quem era a outra metade do seu coração. Um amor proibido. Tentativa em vão, travou uma batalha interna, tentava falar, expor suas angústias, mas nenhuma palavra conseguia pronunciar. Ao vê-lo com sua mulher, a única coisa que conseguia fazer era chorar. E o ato insano que tinha sido quase cometido, foi realizado. *** Me nome é Jayanne Ferraz Venâncio, sou aluna da 8º ano do ensino fundamental, adoro escrever e participar desse projeto foi tudo de bom. Espero que gostem do conto: “Obscuro”.

Obscuro À noite, o luar se esplandece para aqueles que estão apaixonados, Para ela, viver numa acinzentada escuridão que tampa os seus olhos e a tristeza que lhe afoga num riacho de lágrimas salgadas. Para ele, amargurado também pela solidão, tem a opção de tomar a mais cruel decisão e desintegrar sua obscura desilusão. Talvez a atitude de acabar-se fosse a mais provável e já tarde o gole que rasgava sua garganta e fazia o coração acelerar estava dissolvida nele. O último pedido foi feito, um beijo lhe daria a felicidade, mas um pequeno encontro entre seus lábios ao dela, fez-se suavemente morrer. *** Olá! Sou a Ianca Ferreira Alves da Silva, tenho 13 anos, estudo na 7ª série do ensino fundamental, espero ser feliz, estudar bastante e me formar em arquitetura. Este projeto da professora Eleusa foi muito bom para nós, um prazer maior ainda ter um texto feito por mim nesse livro. Sei 76 | Contos


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que “Paranóia” é muito louco, mas sempre tive vontade de escrever algo bem chocante. Espero que todos gostem.

Paranóia Não havia vestígio daquele crime. Uma tradicional família que morava num condomínio luxuoso, no sul da Califórnia, sofrera um assassinato cruel. Clayr tinha sido degolada sem piedade na noite em que completara 12 anos. Depois disso, sua mãe se distanciou da família. Os filhos esquecidos. O marido muito doente falece na solidão. O que passa a ser mais uma dor no peito daquela mulher. Não tinha mais condições de criar os três outros filhos e manter aquela mansão. Resolve vendê-la e vão morar numa cabana na floresta. O tempo passa depressa. Os filhos já crescidos, homens, vivem a caçar os animais na floresta para o sustento da família. A filha mais nova fazia os afazeres domésticos. A mãe ainda desorientada pelas marcas das mortes no passado vive pelos cantos, triste. Certo dia seus filhos chegaram em casa afirmando que não havia mais animais para caçar, portanto não tinham mais o que comer e vendo todos passarem fome resolveram desaparecer e não tarda a notícia da morte deles. Seus corpos foram colocados na frente da casa. E no desespero da fome, a filha propõe à mãe comer aqueles restos mortais, uma vez já sem vidas. E tomada pela alucinação da fome de dias, resolve aceitar. Sem se preocupar, se farta daquela carne já estragada, passa mal e morre subitamente. Ao ver a cena à filha, única sobrevivente daquela família sorriu e disse: “Missão cumprida!” E cortou o seu próprio pescoço. *** Olá! Meu nome é Pâmela da Silva Corrêa e minha colega de classe é a Luciane Oliveira Freitas. Fizemos este trabalho juntas e foi super legal. Temos a mesma idade, 14 anos, e pretendemos terminar nossos estudos. Este projeto foi um grande incentivo e ao produzirmos “Perda de identidade” descobrimos o quanto é gostoso escrever e ler a nossa criação.

Perda de identidade A emoção foi evidente no rosto daquele homem. Morador de rua. Comia restos de comida que achava pelos cantos. Teve problemas mentais. Fugiu de casa. Perdeu a memória. Perdeu sua identidade, vivendo a margem da sociedade. Tantos anos se passaram e cada vez mais ele queria encontrar sua família. Aos poucos sua memória ia voltando, junto a esperança também. Sonhava em reencontrar seus filhos e sua mãe. Antony começou a se lembrar de tudo, menos a cidade onde morava. Dona Matilde, sua mãe cuidava dos seus filhos desde o dia que sua mulher os abandonou e posteriormente falecida. Finalmente uma porta se abre, um vizinho, velho e amigo vizinho dos bons tempos. Tempos de fartura, festas e muitas bebidas. Um vizinho de Antony, num ônibus, passa e o vê dormindo num banco da praça. Desce e se dirige ao seu encontro e Antony logo o reconhece. Ele se levanta e logo pergunta por sua mãe. E o amigo sentindo o quanto aquele homem precisava de ajuda, o abraça e o leva para sua casa, sua família, seus filhos. Sujo, enrolado num cobertor todo rasgado, sem acreditar naquele milagre, retomando sua memória, se encontra de frente com sua mãe, aquela a quem nunca se esqueceu. Voltou para Contos | 77


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casa, para sua vida, seu trabalho, seus amigos. Retomou a sua integridade, sua identidade. Agora, Antony Dornelas Silviano. *** Somos Larissa Estefany Silva Alves da Costa e Amanda Karoliny da Silva, temos como objetivo terminar o ensino fundamental e médio e fazer um curso superior. Adoramos escrever “Preconceito fatal” e “O mistério do tesouro” dois contos que nos fizeram sonhar muito. Achei fantástico por que já lemos muitos contos, mas nunca tínhamos feito um.

Preconceito fatal Naquela noite fazia muito calor. Muita gente no shopping numa busca incessante. John Petter e sua família faziam compras numa loja popular quando percebeu o seu desaparecimento. Foi tudo muito rápido, como raios em noite de tempestade e na busca desesperada pelos corredores, lojas, bares daquela vastidão, o corpo de John Petter foi encontrado. Encontrado em um dos banheiros no quarto andar daquele shopping que marcaria a vida dessa família para sempre. John Petter foi estrangulado, brutalmente estrangulado. Nada mais poderia ser feito, como uma luz que se apaga sem um motivo qualquer. A mãe quer justiça! O local do crime fechado, fotografado e nessa pericia minuciosa, descobre-se que John Petter era homossexual. “John Petter gay? Como poderia? Que mãe foi eu, que não percebi nada?” Indagava aquela mulher inconformada. Uma descoberta tão dolorosa como ver seu filho ali jogado, morto, ensangüentado. Meses depois, a investigação concluída. Eduard, grande empresário, a quem John Petter prestava serviços, portava em seu bolso a arma do crime, preste a cometer outro... sem razão, sem motivo, apenas odiava os gays. Eduard era um gay. Um gay envelhecido e esquecido. John Petter o ignorava. Queria se vingar de todos. Matá-los. John Petter jamais voltaria para casa com sua família. Uma dor que não cabia no peito e no coração daquela mãe. Uma morte brutal e preconceituosa. Um preconceito fatal! *** Somos a Thais Santos Pereira e Priscila Bandeira dos Santos, temos 13 e 12 anos e sonhamos em ter uma boa profissão. Adoramos escrever esses dois contos “Selva de pedras” e “Últimas férias”. Estamos maravilhadas com esse projeto.

Selva de pedras Não havia vestígio daquele desaparecimento, manchete de todos os jornais. A vítima um grande e famoso empresário que esteve em viagem antes do suposto seqüestro. O desaparecimento se confirma depois de vários telefonemas feitos por sua secretária para confirma sua agenda daquela quinta-feira fria e nublada. O carro usado pela vítima, encontrado pela polícia, abandonado num matagal, foi o início de uma investigação que traria muitas surpresas para a família. O corpo desse homem que supostamente vivia de bem com a vida, foi encontrado dentro do porta-malas. Frio, violentamente ferido, uma morte que muito se deu, até chegar ao seu suspiro final. Quem faria isso? Muitas dúvidas pairavam pelo ar. A arma do crime 78 | Contos


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levaria ao principal suspeito, mas onde estaria essa? E nesse trabalho de precisão da polícia, veio a resposta para todas as perguntas e suspeitas. A inveja, a ganância, a busca pelo poder tirou Anthony do seu curso da vida. Seu amigo, aliado, braço direito, fiel e confidente, o matou. *** Meu nome é Gleice Kelly Sousa Penna, estou terminando o ensino fundamental, tenho 14 anos e tenho a intenção de seguir uma carreira profissional em medicina. Se eu for bem sucedida, quero comprar uma Ferrari e morar na Europa. Quanto a esse projeto, fantástico! Será sempre um “Sonho inesquecível” de amor.

Sonho Inesquecível Naquela manhã Emily estava se preparando para o grande baile a fantasia. Havia comprado um lindo vestido, sapato e todos os acessórios necessários para torná-la a mais linda do baile. Cabelos, unhas, limpeza de pele, enfim, havia passado o dia todo no salão de beleza. Tudo teria que ficar perfeito para encontrar seu grande amor, Igor. De repente o tempo parecia querer ficar contra ela. Começou a chover e a chuva ficava cada vez mais forte. Emily ainda estava se arrumando, pois sabia que Igor estaria no baile e queria se declarar a ele. Mas nem tudo estava a seu favor. Ao sair de casa e entrar no carro, tropeça num buraco e cai sobre uma poça d’água e fica toda molhada e suja de lama. Emily fica arrasada, começa a limpar suas lágrimas e vai ao baile assim mesmo. Ao entrar no salão, começa a ser alvo de gozação, de gargalhadas. Igor fica perplexo e no meio daquela agitação toma Emily em seus braços e diz o quanto ela estava linda, deslumbrante. Começam a dançar e sem pensar puxa Emily pelas mãos e saem do salão e vão continuar a dançar debaixo de uma chuva torrencial. Igor declara para todos ouvirem o seu amor e a beija apaixonadamente. Como um conto de fadas não havia mais nada naquele momento que tirasse aquela felicidade. Somente sua mãe. Sua mãe a tirou desse sono profundo e a trouxe para a realidade. Foi quando ela despertou e percebeu que tudo era um lindo sonho. Um inesquecível sonho de amor! *** Oi! Meu nome é Thalya da Silva de Souza, tenho 13 anos de idade, pretendo me formar em arquitetura e está sendo um enorme prazer ter num livro um texto meu. Foi uma inspiração muito gostosa criar “Tanto tempo”, pois uma relação de amor e carinho nos faz muito bem. Estou ansiosa pelo resultado desse projeto.

Tanto tempo A emoção no rosto daquele homem foi muito evidente quando viu aquela porta se abrir e sua filha adentrando. Tanta coisa tinha para falar e ouvir, mas naquela hora não sabia o que fazer. Ficaram imóveis, parados sem ação. Tantos anos se passaram sem se verem e agora em sua frente o tempo parecia parado. Antonieta o abraçou e seu pai correspondeu aquele abraço que anos atrás condenava. Ela voltou para pedir o seu perdão. Um perdão tão difícil que a colocou para Contos | 79


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fora de casa sem compreensão. Nas mãos, juntos ao seu corpo ela trazia uma linda garotinha. Já não havia mais mágoa e ao olhar nos olhos daquela pequena menina, sabia que era a sua neta. A netinha querida que pusera para fora sete anos atrás. A doce Mag tinha apena sete anos e já era a paixão de um homem solitário e triste, ele sabia que ela existia. Sem dúvida alguma, toda a mágoa, a não aceitação do erro da adolescência foram esquecidos. Antonieta voltava para casa e trazia com ela um pedaço de si. Sofrera muito. Sua vida se tornou um verdadeiro inferno, lutou contra todos para que Mag viesse ao mundo, pois sabia que ela seria o perdão, a aceitação. Tudo o que faltava para amaciar um coração de pedra, rude e sem cultura. Seu pai a colocou para fora grávida, não teve apoio de quem ela mais amava. Mas Mag veio o mundo e com ela a certeza que tudo seria como antes. O elo entre seu pai e o perdão. Teriam uma família de verdade. E finalmente a porta se abre depois de tanto anos, o silencio. Sua filha o abraçou e implorou o seu perdão. E chorando disse ao seu pai: Nós te amamos! *** Nós somos a Monique Santos Barbosa e Thalya da Silva de Souza, temos 14 e 13 anos de idade. Estamos concluindo o ensino fundamental, já com um pé no ensino médio, e pretendemos ser desenhista e arquiteta. Escrever o conto “Traição” foi uma experiência divina que vai fazer parte desse livro que é muito importante para nós duas.

Traição Tanto pensou, e não conseguiu decidir nada. Estava desesperada. Sabia que tinha que escolher apenas um. Metade do seu coração era de um deles e outra metade era de outro. Amava desesperadamente os dois. Não saberia viver sem eles. Chorar, não adiantava mais. Quase foi descoberta. Por pouco não provocou uma tragédia entre os dois amores. Não dava mais. Estava ficando cada vez mais difícil driblar aquela situação. Depois de quase enlouquecer tomou a decisão mais sensata em sua curta vida: ficar sem nenhum deles. Preferiu recomeçar sua história. Uma nova vida cheia de paz, tranqüilidade, mas com muita verdade. *** Hello! Somos Thais Santos Pereira e Priscila Bandeira dos Santos, temos 13 anos de idade e os mesmos sonhos. Estudar e ter uma boa profissão. Escrever juntas o conto “Últimas férias” e a poesia “Por quê” foi uma emoção só. A professora Eleusa é muito exigente, organizada e cheia de perfeição, mas nos ajudou muito. Estamos felizes!

Últimas férias Férias de verão. Aquela família resolveu fazer algo diferente. Um cruzeiro pelo atlântico. Todos estavam se divertindo, muitas festas, dias ensolarados, mergulhos na piscina, férias merecidas. O comandante do navio atencioso e muito prestativo com todos, procura no máximo fazer tudo para agradar a tripulação. Foi num desses momentos de atenção que ele se ausentou dos comandos do navio e algumas criança inocentemente levadas pela curiosidade mexeu no painel de con80 | Contos


Ler e escrever: atos de cidadania

troles mudando o curso do navio. Uma rocha estava lá. Uma enorme rocha no meio do mar. Por que aquela rocha estaria lá? Nada mais poderia ser feito. O navio naufragou. Foi o fim para aquela família e centenas de outras pessoas. As últimas férias marcadas por uma tragédia. O naufrágio! *** Sou a Larissa Ferreira Vieira, tenho 13 anos de idade, e sonho fazer duas faculdades, uma Administração de Empresas e outra, Estilista. Abrir meu próprio negócio, cursos de inglês, espanhol, francês e alemão e conhecer New York city. Sonhos não são impossíveis, por isso eu sonho. Escrever “Uma aventura vampiresca” e “5ª avenida” e as poesias “A amizade” e “Garota Pop”, foi realmente uma aventura bacana. Muito legal!

Uma aventura vampiresca Agatha foi morar com o seu pai por que sua mãe estava sempre viajando com o namorado e pouco lhe dava atenção. Recém-chegada na cidade se matriculou no colégio e ganhou do seu pai um carro para locomoção. Já na escola, primeiro dia de aula, todos ficaram curiosos para saber quem era a nova integrante do grupo. Fez vários amigos e se apaixonou por um carinha que passa a ser seu parceiro nos trabalhos de ciências. E foi durante esses encontros escolares que eles foram se aproximando e se conhecendo cada vez mais. Num certo dia, ela foi percebendo algo diferente nele, quando num descuido acabou se ferindo com uma faca e percebeu o desespero dele pelo sangue que escorria pelo meio dos seus dedos. Agatha não queria acreditar naquilo que estava passando por sua cabeça. Estaria ela apaixonada por um vampiro? E no meio daquelas dúvidas cruéis, veio a confirmação. Ele, ao perceber sua inquietude, lançou suas presas sobre seu pescoço, dando a ela a certeza da descoberta. Morgan era um vampiro. E ela não sabia mais como agir com ele. Estava apaixonada. Primeiro amor. Desesperada fugiu dali correndo e por vários dias não se viram. Agatha sofrendo aquela paixão devastadora decidiu se entregar àquele amor imortal. Ofereceu a ele seu pescoço para a vida eterna. Queria ser também uma vampira. E no ímpeto daquela paixão insensata Morgan e Agatha passam a noite juntos num ritual sanguento, entre, tempestades, relâmpagos e raios para solidificar aquele momento cheio de sonhos, que viveriam num mundo onde ninguém era de ninguém. Aquela mordida seria o início de uma nova era para Agatha que já não acreditava mais numa felicidade mortal. Agatha agora era uma vampira e nada mais poderia ser feito para reverter essa situação. Agatha e Morgan estavam vivendo uma aventura vampiresca com amor, paixão e muito, mas muito sangue. ***

Contos | 81


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