O Divino Jogo do Amor - Roberto Saul

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Este

capítulo começa com uma pequena história. Desconheço o seu autor, mas vou

transcrevê-la porque representa de forma simples a infinita extensão de Deus. É uma analogia para tentar definir o indefinível, e de descrever o indescritível. “Um menino perguntou ao pai”: ---Qual é o tamanho de Deus? Então ao olhar para o céu, o pai avistou uma gaivota e perguntou ao filho ---Que tamanho tem esta gaivota? O menino respondeu: ---Pequena. Quase não dá para se ver. Então o pai o levou a beira mar e ao chegar na praia se aproximou bem perto de uma gaivota e perguntou: ---Filho e agora, qual é o tamanho desse. O menino respondeu: ---Puxa pai, esse é grande! O pai respondeu: ---Assim é Deus. O tamanho irá depender da distância em que estiver dele. Quanto mais perto, maior ele será na sua vida”. O amor é o nosso destino. Ele é como se entregar para a correnteza de um rio, que inexoravelmente irá facilitar o seu percurso e te levar de volta em direção ao mar (Deus) Embora você possa escolher nadar contra ele (ego), mais cedo ou mais tarde, ela irá fracassar. Haverá momentos em que depois de muitas tentativas infrutíferas, e penosas tempestades surgirá o reconhecimento em que a verdade irá prevalecer. Não existe outro caminho a não ser voltar para o amor. Ele faz parte intrínseca da nossa essência. Nadar contra a correnteza, só irá retardar o seu propósito, mas também pode ser o caminho escolhido para incorporar vivencialmente esta verdade, e estar totalmente convencido que nadar a favor da corrente, constitui o único caminho para desfazer a ilusão da separação. Assim é Deus. De forma que quando nos entregamos a corrente do seu amor, e adotamos o hábito de repetir o seu nome, e não importa o nome que você lhe dê, ele é suficiente para sentir sua grandeza e afastar as ilusões de nossa mente. A grande vantagem desta prática é que com o tempo, todas as nossas fraquezas começam a desaparecer, pois a luz da verdade anula todos os nossos medos. Assim sempre quando vamos ao seu encontro, sentimos em nosso coração a sua presença, como que acompanhando os nossos passos. Então o amor deixa de ser uma simples emoção, e se torna a verdade absoluta do nosso “Ser”. Certa vez um mestre perguntou a um discípulo: ---Você ama as pessoas? ---Amo apenas a Deus respondeu. ---Isto é insuficiente replicou o mestre. Passado muito tempo, o mestre formulou novamente a mesma pergunta. ---Não me pergunte, respondeu o discípulo com amplo sorriso. O mestre então podia sentir que ele entendeu que o amor era amplo demais para ser discutido. Este é o verdadeiro e puro amor, que não depende de nenhuma condição, e que não pode ser debatido, analisado, intelectualizado. Ele é o nosso “Ser” e um dia, quando este amor preencher totalmente seu coração você nem precisará pensar nele, porque você o encontrará em todo lugar. Existe uma bela história que ilustra os benefícios desta prática e nos demonstra que quando você inicia sua jornada interior, terá que atravessar ”o que é chamado a noite escura da alma”.


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