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Saúde

COMO

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Este acessório pode fazer uma grande diferença no seu tratamento, por isso precisa apresentar resultados confi áveis ESCOLHER

POR MÔNICA LENZI Farmacêutica, educadora em diabetes e criadora do portal diabetesevoce.com.br/ blog

Em 2006, abri uma farmácia especializada em produtos para tratar o diabetes e durante anos atendi esse público. Muitas pessoas chegavam com dúvidas sobre o medidor de glicemia, também chamado de glicosímetro.

Certa vez, recebi uma senhora que não estava conseguindo verificar a glicose no sangue usando o aparelho que havia comprado dois meses antes. Fiz uma série de perguntas para ela e pedi que trouxesse o kit de medir a glicemia que ela usava para eu dar uma olhada.

Com o acessório em mãos pude identificar o erro: ela estava utilizando glicosímetro e fitas reagentes de marcas diferentes. Não daria certo mesmo, pois ambos eram incompatíveis. Por isso, é importante conhecer o glicosímetro e seus acessórios.

No Brasil, existem cerca de 70 modelos de medidor de glicose com registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), daqueles que precisam de um pouquinho de sangue, tirado das pontas do dedo, onde encontram-se os vasos capilares.

A automonitorização da glicose no sangue é recomendada para todas as

pessoas com diabetes, mas especialmente para aquelas que tomam insulina.

Algumas pessoas necessitam medir com mais frequência do que outras e é importante definir junto com o médico a quantidade ideal para você.

Saber a glicemia é fundamental para tratar a doença, afinal só conseguimos controlar aquilo que medimos.

Sabendo a taxa e glicose no sangue é que você poderá calcular a dose de insulina a ser aplicada no momento; verificar se a alimentação está impactando seus níveis de glicose no sangue; se preparar melhor para a atividade física, entre outros motivos.

É muito importante que você não faça nenhuma correção de sua glicemia sem antes fazer a medição e vale lembrar: siga a recomendação do seu médico para saber a quantidade de vezes que você deve fazer os testes de glicose, ok?

Além disso, fique atento aos pontos abaixo, pois eles também podem interferir nos resultados dos testes de glicemia:

• Sujeira ou resto de comida nas mãos; • Mãos molhadas com água ou álcool; • Armazenamento incorreto das tiras; • Falta de codificação ou troca do chip; • Uso de fitas vencidas.

Escolhendo seu aparelho

A Anvisa é o órgão que regulamenta e aprova os medidores que são vendidos no comércio e distribuídos nas instituições públicas no Brasil.

Em 2014 o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) analisou 15 modelos diferentes de glicosímetros comercializados aqui e apresentou um relatório sobre a análise dos manuais de instrução de uso do aparelho e seus acessórios.

Os resultados deste estudo demonstraram que os usuários não conseguem utilizar o produto de forma adequada com as informações fornecidas no manual, sinalizando um possível risco não controlado, ou seja, possibilitando o erro tanto na execução do teste, como na interpretação dos resultados. Na Europa e nos Estados Unidos, são vendidos somente medidores de glicose que atendem aos critérios da ISO 15.197:2013.

Estes critérios passaram a ser cobrados no final de maio de 2017, tempo necessário para adaptação dos fabricantes. O objetivo é minimizar erros de resultado, uso e interpretação. Confira a seguir quais são estes critérios:

O MEDIDOR DE GLICEMIA PRECISÃO: também conhecida como acuracidade. É saber se os resultados dos medidores são tão precisos quanto os resultados de análises de sangue realizadas no laboratório. No laboratório, se utiliza somente a parte branca do sangue, já o medidor utiliza o sangue total (parte branca e vermelha). Pela ISO, é aceitável uma diferença de até 15% para resultados acima de 100 mg/ dL e mais ou menos 15 mg/dL para resultados abaixo de 100 mg/dL.

Resultados imprecisos podem gerar erros. Por exemplo, se o aparelho apresentar um valor acima do real, o paciente pode aplicar uma dose de insulina alta e provocar uma crise de hipoglicemia. ?

FACILIDADE DE USO: alguns medidores precisam de chip ou código para poder realizar o teste e fornecer o resultado corretamente. Os modelos mais modernos já vêm codificado de fábrica, evitando erros de resultados caso não haja codificação adequada.

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