Condições de Saúde e Trabalho dos Motoristas e Cobradores do Transporte Coletivo Urbano

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Absenteísmo-doença decorrente de doença ou lesão acidental é aceito, tanto pelo empregador quanto pela Previdência Social. Em 2005, no Brasil, foram aplicados mais de um bilhão de reais em benefícios auxílio-doença previdenciário que cobrem os afastamentos do trabalho devido a uma morbidade declarada e reconhecida pela perícia médica (CUNHA; BLANK; BOING, 2009). Pergunta: nos últimos 12 meses, você faltou ao trabalho por problemas de saúde? Um terço dos trabalhadores (35%) se afastaram nos últimos 12 meses. O relato de afastamentos foi 26% maior no grupo feminino quando comparado ao grupo masculino. TABELA A – Análise multivariável dos fatores associados ao absenteísmo-doença em motoristas e cobradores. Belo Horizonte, Betim e Contagem, MG, 2012

Variáveis

RP (IC 95%)

Sexo Masculino

1,00

Feminino

1,44 (0,96-2,18)

Condições gerais de trabalho* Boas Regulares

1,00 1,14 (0,86-1,50)

Ruins

1,79 (1,41-2,27)

Muito ruins

2,19 (1,76-2,71)

RP (IC 95%): Razão de Prevalência ajustada por todas as variáveis listadas na Tabela, utilizando-se regressão de Poisson (intervalo de confiança robusto). *percepção de vibração do corpo todo; da temperatura e iluminação interna do ônibus; dos equipamentos e recursos técnicos do ônibus e do ruído dentro do ônibus.

Na análise multivariável destaca-se o relato de afasmentos podendo ser até três vezes maior no grupo de trabalhadores que referiram condições de trabalho muito ruins.

4.2.1.5 DIAGNÓSTICO DE DOENÇA OCUPACIONAL A doença é considerada ocupacional quando existe relação com o trabalho, mesmo em vigência de fatores concomitantes não relacionados à atividade

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4. INqUÉRITO EPIDEmIOLÓGICO OCUPACIONAL


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