Apostila tecnicas de monitoria e guiamento versão 27 5 15

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GUIA DE TURISMO Apostila – Técnica de Monitoria e Guiamento

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GUIA DE TURISMO Apostila – Técnica de Monitoria e Guiamento

Sumário INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 3 TÉCNICAS DE MONITORIA .................................................................................................................... 4 FALANDO EM PÚBLICO ...................................................................................................................... 4 APRESENTAÇÃO PESSOAL .................................................................................................................. 6 SPEECH (DISCURSO) ........................................................................................................................... 6 CONTROLANDO O GRUPO ................................................................................................................. 8 CAMINHANDO COM O GRUPO . ...................................................................................................... 10 MONITORIA EM ESPAÇOS FECHADOS ............................................................................................ 11 PARADAS .......................................................................................................................................... 12 SEGURANÇA ..................................................................................................................................... 14 TURISMO ACESSÍVEL.......................................................................................................................... 14 TÉCNICAS DE GUIAMENTO ................................................................................................................. 17 COORDENADOR DE VIAGEM ............................................................................................................ 17 GUIA REGIONAL ............................................................................................................................... 18  Contratação. .................................................................................................................................. 18  Recepção ....................................................................................................................................... 18  Passeios ......................................................................................................................................... 19  Transportes ................................................................................................................................... 19  Embarque ...................................................................................................................................... 20  Uso do microfone e recados ......................................................................................................... 20  Movimentação .............................................................................................................................. 21  Paradas técnicas ............................................................................................................................ 22  Paradas policiais ............................................................................................................................ 22 CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 22 GUIA DE EXCURSÃO NACIONAL ....................................................................................................... 23 Contratação ................................................................................................................................... 23 Exigência em viagens nacionais e internacionais.......................................................................... 23 Meios de hospedagem .................................................................................................................. 25 Transportes ligados ao guiamento nacional ................................................................................. 26 GUIA DE EXCURSÃO INTERNACIONAL ............................................................................................. 23 CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 28

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INTRODUÇÃO idioma? Ser extrovertido? Sim, estas características são importantes, mas lidar diretamente com o público requer muito mais que isso: liderança e capacidade de se expressar de forma clara são os primeiros passos.

Em nossas atividades cotidianas e sociais é muito comum realizarmos reuniões em grupo, pois faz parte dos costumes humanos reunir-se socialmente de formas diferentes. Quem, por exemplo, nunca participou de uma festa de aniversário, fez grandes refeições em família ou mesmo foi a algum lugar com um grande grupo de amigos? Ou ainda mais, o quão comum é participar e assistir a grandes eventos como espetáculos musicais, reuniões religiosas e manifestações sociais?

Quando o Guia de Turismo assume a responsabilidade sobre um grupo precisa ser visto como a pessoa melhor preparada para aquela atividade pelos próprios turistas. O profissionalismo é a chave para conseguir o respeito das pessoas que irão conviver breves momentos ou até mesmo dias com você.

Reuniões em grupos fazem parte do modo de vida em sociedade e algo em comum nessas reuniões é que todas elas requerem o mínimo de organização para dar certo. Ao se juntar certa quantidade de pessoas em um ambiente, é preciso pensar em diversos detalhes, como: acomodar todos de modo confortável, pensar nas atividades de distração e, mesmo, destacar uma liderança para o grupo.

Mesmo que incialmente a pessoa seja tímida e tenha medo de falar em público, existem técnicas que facilitam muito este contato pessoal com os turistas, de modo ordenado e claro e, além disso, a prática levará ao aprimoramento. Existe uma variedade de técnicas que tratam da forma como deve ser a apresentação pessoal ao turista, como posicionar as pessoas para que o ouçam melhor e até mesmo como criar explicações divertidas sobre atrativos. Também é necessário ter conhecimento sobre questões legais e de responsabilidade técnica de um Guia de Turismo.

Uma das principais atividades de um Guia de Turismo é organizar o seu grupo de turistas para apresentar os atrativos e até mesmo a locomoção de um local a outro, conduzindo as pessoas de modo que isso possa se tornar uma experiência diferenciada, divertida e segura. Esta condução de um grupo requer liderança e conhecimento de técnicas para que se possa fazer um guiamento bem sucedido. Portanto, um Guia de Turismo deve desenvolver muito bem estas competências.

A seguir serão apresentadas informações que focarão na atividade de Guia de Turismo, em especial sobre técnicas de monitoria, ou seja, como conduzir seu grupo e também as responsabilidades específicas do Guia Regional e do Guia Nacional.

Então, quais são as qualidades necessárias para ser um bom Guia de Turismo? Conhecimento dos atrativos? Falar outro

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Técnicas de Monitoria

A monitoria de grupos é fundamental para exercitar a capacidade de interagir com o público. O monitor ainda não é o Guia de Turismo, mas o Guia também não pode exercer de forma adequada sua profissão sem ser um bom monitor. Com as técnicas de monitoria já é possível conduzir grupos e fornecer explicações sobre atrativos turísticos em espaços delimitados, como um museu ou um templo, entre outros. Para o serviço do Guia ainda são necessários conhecimentos mais amplos que serão abordados na sequência. FALANDO EM PÚBLICO - A maioria das pessoas tem vergonha de falar em público e, normalmente, isto acontece por dois motivos principais: o primeiro é a falta de prática. Porém, é importante lembrar que à medida que se pratica qualquer atividade, a tendência é adquirir mais habilidades. Falar em público também é assim: só é possível falar bem após muita prática. O segundo motivo é a falta de técnica. Neste material serão fornecidas diversas informações sobre como melhorar a técnica de falar em público.

O IDIOMA

VOZ

Falar a língua portuguesa de modo correto é fundamental não só para Guias de turismo, mas para qualquer profissional, pois falando o português de forma incorreta, os turistas podem não compreender a informação transmitida, o que prejudicaria a comunicação. Assim, para não deixar a língua pátria em segundo plano, é fundamental buscar aprimorar vocabulário e as práticas de oralidade e comunicação. Quando estiver conversando com seus amigos ou parentes, observe o tom e volume de sua voz. Quanto mais pessoas estão na conversa, mais alto temos que falar. Quando estiver com um grupo de turistas, sua voz deve ser ouvida de forma clara por todos e isto não significa que você deva gritar, mas simplesmente manter um bom tom de voz de modo que ele seja agradável e ao mesmo tempo audível. Não se esqueça de que sua voz será sua ferramenta de trabalho mais importante, logo, é adequado cuidar muito bem dela.

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Manter contato visual com as pessoas com quem se fala é importante, pois facilita. Ao mesmo tempo, não se deve fixar o olhar em pessoas específicas; deve-se, portanto, olhar para todos os lados do grupo, sem fixar o olhar ou parar por muito tempo em um grupo de pessoas. Uma dica é olhar OLHAR sempre cerca de dois dedos acima da cabeça das pessoas ao fundo do grupo, pois assim não se corre o risco de fixar o olhar em alguém e, ao mesmo tempo, todos conseguem manter contato visual com o orador. Ao falar, a postura deve ser sempre bem ereta. Neste momento, quem está falando ao público assume a função de líder do grupo e o modo como se posta perante às pessoas é importante. Nunca se deve ficar escorado em colunas, paredes, prédios ou qualquer objeto para falar com o grupo, pois isto simboliza má vontade. Busque falar bem posicionado POSTURA CORPORAL em relação à visão do grupo. Caso tenha espaço é pertinente andar um pouco para os lados enquanto fala - isto ajuda a prender a atenção do público e, dependendo do assunto, pode ajudar a dar intensidade aos fatos. As mãos são fundamentais na comunicação porque elas denotam facilmente alguns sentimentos como nervosismo, pressa ou mesmo alegria. É importante, então, que os movimentos possam sempre ser naturais, mas se lembrando com cuidado de que as mãos não falam sozinhas, elas somente “complementam” da fala.

MÃOS

Abaixo seguem algumas regras simples do que fazer e do que não fazer com as mãos. IMPORTANTE SABER...

 Mantenha os

 Movimentos bruscos são permitidos

braços dobrados em ângulo de 90° com os cotovelos próximos da cintura, mas não é necessário colar os cotovelos no corpo.

somente quando se for dar ênfase a alguma informação.

 Nunca fique com suas mãos no bolso ou atrás das costas enquanto fala, isto prejudica sua comunicação, já que suas mãos ficarão presas.

Você pode mexer os braços livremente, mas suas mãos devem sempre estar limitadas ao limite imaginário de seu abdômen.

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APRESENTAÇÃO PESSOAL - A apresentação pessoal de um Guia é fundamental, pois ao encontrar com seu grupo, o primeiro julgamento a que será submetido é quanto a sua imagem pessoal e as roupas que está vestindo. Assim, cabelo bem arrumado para mulheres, barba bem feita ou aparada para os homens reforçam seu cuidado com a imagem pessoal. Com atenção especial para as roupas, que devem sempre estar impecáveis. Porém, é importante lembrar que não é necessário usar roupas sociais e extremamente elegantes, a roupa deve sempre ser adequada ao estilo da atividade a ser realizada. Claro que marcas pessoais não devem ser dispensadas, até mesmo porque elas garantem uma maior lembrança dos turistas para com o Guia. Em um primeiro encontro com os turistas, nunca se deve demonstrar pressa e a apresentação inicial ao grupo deve sempre ser com um sorriso amigável. Neste momento, a segurança é fundamental, pois a máxima de que “a primeira impressão é a que fica”, neste caso, é verídica. Desta forma, neste primeiro contato deve-se escolher bem as palavras, fazer alguma interação descontraída, perguntar alguns nomes e ordenar o grupo para iniciar a caminhada ou o embarque no transporte (terrestre ou aéreo). SPEECH (DISCURSO) - Saber o que falar e como falar não é tarefa tão simples, isto porque o modo de apresentar e falar ao turista sobre um atrativo, ou até mesmo ao contar uma história, deve ser interessante e divertido e não maçante, cansativo e desestimulador. Assim, ao se elaborar um speech deve-se observar algumas regras:

 Estude muito sobre os locais e histórias que for contar. Garanta o máximo possível de conhecimento sobre o assunto que será abordado; primeiro, porque passar a informação correta é obrigação do Guia e, segundo, pode ocorrer de alguém no grupo ter informações sobre Dica: aquela localidade e Caso um turista comente algo que você questionar sobre maiores não sabia, inclua esta informação dentro detalhes. Assim, ser do seu discurso, dizendo algo como: questionado sem ter “Olhem que informação interessante!”. respostas pode tirar a Não transmita insegurança para passar as credibilidade do Guia próximas informações. frente ao grupo.

 Escreva seus textos e leia-os em voz alta para praticar. Esta técnica ajudará saber o tempo que realmente durará a fala, já que a leitura de textos mentalmente é muito mais rápida do que em voz alta. Além disso, falar ajuda a identificar possíveis repetições de palavras, termos que não soam bem e mesmo palavras escritas de modo errado. Apesar de ser aconselhável escrever o texto, em especial quando se está começando, decorar a fala nunca é bom, porque tira a naturalidade da fala e em caso de esquecimento de parte do texto é comum perder todo raciocínio e ter dificuldade em finalizar a apresentação.

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 Não use papéis. Ficar com papéis para procurar informações não é interessante, mesmo que seja difícil decorar dados como datas e nomes. O papel faz com que se perca o contato visual com o grupo ao falar e também tira a credibilidade do Guia em relação à capacidade de transmitir informações para os turistas.

 Acrescente fantasia a suas histórias. Não é necessário inventar mentiras para contar um fato de forma interessante, mas é possível deixar tudo mais instigante de acordo como conta é feita a narração. Veja os exemplos abaixo sobre duas formas de contar o mesmo fato. Os Bandeirantes foram desbravadores do sertão brasileiro. As expedições começaram no século XVI e os objetivos deles eram: encontrar minerais preciosos, aprisionar e escravizar índios, além de destruir comunidades quilombolas.

Versão 1:

Imagine você no Brasil por volta de 1550, 1600. As florestas cerradas dominavam o território e pouca se sabia do que existia para além do litoral. Pois bem, agora imagine pessoas com roupas simples, feitas de algodão e couro, muitas vezes sem ter o que calçar se embrenhando na floresta, sertão a dentro, encontrando índios, muitas vezes pouco amigáveis, em busca de ouro e prata. E seu eu disser que essas pessoas faziam expedições a pé e que saíam de São Paulo e chegavam a Minas Gerais e Goiás. Então, essa era a vida de um Bandeirante. Não eram heróis, tão pouco vilões, somente viviam o que as condições do Brasil Colônia lhes propiciavam.

Versão 2:

Observe que os dois textos acima tratam da mesma história. Entretanto, na primeira versão as informações apresentam-se de modo burocrático; já na segunda estimula-se a imaginação. Em qual versão você acredita que um turista ficaria mais interessado?

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 Busque curiosidades e dados estatísticos. Sempre vale a pena contar história de personagens ilustres que viveram no local por onde se está passando ou até mesmo lendas e histórias da cultura local. Este tipo de informação aguça a curiosidade do turista pelo atrativo. Dados estatísticos também são interessantes, por exemplo:

Você sabia que o maior público do estádio do Maracanã foi de 205 mil pessoas na fatídica final da Copa do Mundo de 1950, quando o Brasil perdeu o título para o Uruguai? E que hoje a capacidade máxima do estádio é de 73 mil pessoas. Que se empilhássemos os sacos de cimento utilizados na construção do Maracanã daria para fazer 78 colunas com duas vezes a altura do Pão de Açúcar?

CONTROLANDO O GRUPO - Fazer com que todos ouçam o Guia pode ser tarefa difícil e, por isso mesmo, existem algumas técnicas específicas para que se garanta que os turistas não tenham dificuldade de ouvir ou dispersem sua atenção. Vejamos como se deve proceder:

 Ao falar com o grupo: As pessoas devem ser sempre posicionadas em um semicírculo a frente do Guia e, se houver um atrativo, o grupo deve ficar às suas costas. Esta formação possibilita que todos fiquem próximos ao Guia, mesmo em um grupo grande, e que mantenham contato visual tanto com o Guia quanto com o atrativo. Imagine-se falando para um grupo de turistas próximo a uma avenida muito movimentada; se os turistas estiverem longe de você, não irão ouvir suas explicações.

. Atrativo

Guia

Turistas

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Erros comuns de posicionamento do Guia ao falar com grupos.

Posicionar os turistas em círculo e ficar no meio deles. Isto gera problemas graves como o fato de que as pessoas as quais estão às costas do Guia percam o contato visual com ele, além do fato que estes turistas podem ter dificuldade em ouvi-lo e, por último, terá de ficar rodando para conseguir falar com todos, o que pode tornar-se cansativo.

Guia

Turistas

Em termos de formação, as pessoas podem ainda se colocar como um pelotão. Porém, o grande problema aqui é que as últimas pessoas terão dificuldade de ver e ouvir o Guia, podendo, assim, haver dispersão da atenção e até mesmo do grupo.

Guia

Turistas

Tendência de dispersão

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CAMINHANDO COM O GRUPO - Caminhar com muitas pessoas pela rua de modo que elas não se percam pelo caminho ou corram riscos, mesmo sendo estas pessoas adultas, é uma tarefa importante dentro das responsabilidades do Guia. Aqui, já vale dizer que não adianta esperar que os turistas andem todos juntos e em fila. As pessoas têm ritmos diferentes para caminhar, mas é sempre importante manter um ritmo adequado para que não se tenha muitos atrasos. Fonte: http://1000artigos.com.br/wp-content/uploads/2015/02/grupo-de-idososcaminhando.jpg

PROCEDIMENTOS DO GUIA: a) Explicar a importância de se caminhar junto de forma franca e sincera ao grupo. b) Caso o grupo seja muito grande, é aconselhável o uso de Guias auxiliares. O ideal é

que a partir de 20 pessoas tenha um Guia auxiliar para acompanhar o grupo e, à medida que o grupo aumentar, sejam acrescentados mais Guias. c) Grupos de crianças e adolescentes podem requerer mais Guias ou acompanhantes.

Imagine um grupo de 20 crianças de 8 anos andando pela rua - somente uma pessoa não seria suficiente para garantir a segurança do grupo. Nesse caso, a presença de outros Guias ou professores, em caso de excursão escolar, é extremamente recomendável. d) Identificar-se facilmente para o grupo é fundamental. O Guia deve sempre usar

algum tipo de roupa que o destaque na multidão, como um colete de cor berrante. Utilizar placas com a identificação da agência e do grupo também é muito eficiente. e) Caso o grupo seja grande e tenha mais de um Guia de acompanhamento, um deles

deverá andar à frente e outro atrás para manter o grupo sem grande dispersão. f)

O grupo nunca deve andar sem um Guia à frente, isto deve sempre ser orientado a todos, mesmo que algum turista conheça o caminho que se está percorrendo.

g) Caso vá andar por lugares com grande fluxo de pessoas e que de algum modo

represente riscos aos turistas, como o de assalto, alerte o grupo para redobrar a atenção e sempre andar próximos uns dos outros, mas tomando cuidado com as palavras que utilizadas para não criar alarme. h) Se durante uma parada os turistas tiverem tempo livre para a visita, marque um

horário para o encontro do grupo. Entretanto, atenção se o tempo livre começar, por exemplo, às 15h, não se deve dizer aos turistas para retornarem em 20 minutos, pois é comum as pessoas não se atentarem para o horário em que o tempo livre se iniciou, o que pode levar a atrasos. O ideal é dizer que o horário de encontro será às 15h20min. Assim ninguém poderá alegar ignorância.

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i)

Para atravessar a rua, o Guia deve: 2. Solicitar aos carros que parem. Para

isso, pode se usar placas como as de trânsito escrito PARE; feito isso, deve se autorizar a travessia dos turistas e pedir que eles aguardem do outro lado da rua. 3. Para

atravessar ruas com semáforos, é ideal que se realize o mesmo procedimento de parar o trânsito. Observar o tempo do semáforo é importante Se não for possível atravessar todas as pessoas, deve dividi-las em grupos e orientar o grupo que atravessar primeiro a esperar do outro lado da rua.

Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html ?aula=58458

1. Esperar que o grupo se junte, para

que não tenha de se fazer a travessia em diversas etapas. Procurar sempre atravessar na faixa de pedestre, em especial se não houver semáforo.

MONITORIA EM ESPAÇOS FECHADOS - Quando se fala em condução de pessoas em locais fechados deve-se ter especial atenção ao modo de organizar o grupo para caminhar pelo espaço de modo a não causar danos ao espaço. Os locais fechados, sendo públicos ou privados, podem ainda ter suas regras de visitação que devem ser observadas. Vejamos como proceder nestes casos. 

Horários e Agendamento: Sempre obter a informação a respeito do horário e dias de funcionamento do local que pretende visitar. Se for um local não aberto ao publico a autorização deverá ser requisitada com antecedência e, possivelmente, será exigido algum documento formal que explique o porquê do interesse na visita. Quando se tratar de grupos, alguns locais exigem o agendamento para a visita, como é o caso de museus ou mesmo locais com grande visitação, como a subida ao mirante do Edifício Altino Arantes (antigo prédio do Banespa).

Monitoria Local e Tamanho de Grupo: Alguns espaços exigem que a visita com grupos a partir de certo tamanho seja guiada por um monitor local. Neste caso, a função do responsável pelo grupo será somente de acompanhante. Para não causar maiores confusões, a situação deverá ser explicada ao grupo com antecedência.

Ingressos: Caso exista a necessidade da entrada em locais onde é exigida a apresentação de ingresso, é imprescindível observar os seguintes procedimentos: a) Adquirir e retirar os ingressos antecipadamente, sempre que possível.

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b) Caso o ingresso tenha de ser comprado na hora, o grupo deve ser reunido próximo da entrada e orientados para esperarem enquanto o Guia compra todos os ingressos. c) Caso os ingressos já estejam nas mãos do Guia não se deve entrega-los antecipadamente aos turistas, pois pode ser que algum deles perca o bilhete e ocasione maiores problemas. A entrega deve ser feita diretamente ao responsável pelo controle de entrada do espaço ou aos turistas somente no momento de acesso ao espaço. PARADAS - Em algum momento do roteiro será necessário parar com o grupo para a alimentação, compras etc. Estas paradas, em geral, não causam maiores dificuldades, mas tem que se atentar ao horário. Observemos como lidar com as possíveis situações. 

Parada rápida: serve para a compra de água e bebidas refrescantes ou algo simples como um sorvete. Neste caso, o prazo de tempo deve ser muito curto, com no máximo 10 minutos. Não é necessário se preocupar com o planejamento deste tipo de parada, a não ser que o grupo esteja em local com escassez de pontos comerciais. O Guia poderá realizar estas paradas sempre que achar necessário para revigorar o ânimo do grupo. Em dias de calor isto poderá acontecer com maior frequência.

Parada para lanches ou refeições rápidas: conforme a duração do roteiro Fonte: http://binaporcher.blogspot.com.br/2009/11/ichserá necessária ao menos uma refeição liebe-berlin.html?_sm_au_=iVVM42RFWQHjft1H rápida, algo como um lanche. Em roteiros com durações longas, ainda mais se o grupo estiver andando constantemente, as pessoas sentem fome. Este tipo de parada deve ser planejada e pode ser feita de dois modos: - Em restaurantes ou lanchonetes: neste caso, o local deve ter sido escolhido de modo antecipado e a chegada do grupo informada previamente. Eventualmente, pode se combinar um pacote de serviços com o proprietário do estabelecimento com o preço da refeição sendo fixo e, inclusive, feita em espaço reservado para o grupo. - Oferecidos pelo organizador da viagem ou Guia: é possível também oferecer um lanche cujo valor estaria incluso no serviço de monitoria ou guiamento. Para este serviço será necessário selecionar um local tranquilo e com muita sombra para a parada. O ideal é que o grupo chegue ao local da refeição e já encontre tudo pronto para o consumo, neste caso, o apoio de outas pessoas será fundamental.

Parada para refeições principais (almoço ou jantar): esta é a mais complexa das opções, por se tratar de algo que requer maior tempo de serviço. O planejamento dentro do roteiro é fundamental. Vejamos em tópicos o que deve ser planejado.

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- Local: deve ser pensado tanto em relação a sua localização no roteiro quanto ao serviço oferecido. Não se esquecendo que refeições self-service costumam ser mais ágeis e as à la carte permitem um momento maior de descanso e convivência do grupo. - Tipo de comida: em geral, os turistas preferirão comidas típicas locais. Porém, é importante orientar o grupo para se cuidar quanto à comida típica local, verificando se não é muito pesada. É bem comum se ouvir casos de pessoas que foram à Bahia e tiveram algum tipo de desconforto após comerem acarajé ou pratos preparados com azeite de dendê. A comida é algo que faz parte da experiência do turista e, por isso, deve-se considerar muito bem o que será servido. 

Custos: o valor pode ter sido incluído previamente no custo do passeio ou então poderá ser pago pelos turistas no local. No caso da última opção os turistas devem ser informados previamente dos valores médios e de sua responsabilidade em relação ao pagamento. Pós-refeição - O ideal é que além do tempo de alimentação seja considerado um tempo de descanso para que não seja necessário que o grupo comece a andar logo após uma grande refeição, o que pode trazer indisposições físicas. Caso decida-se pela alimentação em um local com diversas opções, como uma praça de alimentação, o grupo se dividirá. Neste caso, o que vale é a regra de marcar um horário específico e um ponto de encontro para a partida. É preciso considerar a necessidade de acréscimo de tempo à parada, caso o local esteja muito cheio.

Paradas para compras de artesanatos e souvenires: As paradas para compras são momentos praticamente inevitáveis em viagens. Todo turista gosta de fazer compras, mesmo que seja para adquirir aqueles souvenires simples, como chaveiros, postais e camisetas, ou seja, as paradas para compras devem sempre estar nos roteiros. Além do planejamento sobre o tempo, deve sempre se pensar muito bem nos locais de parada. O ideal é se privilegiar locais de produção artesanal regional, pois isto valoriza a cultura local. Buscar sempre locais como feiras livres ou associações de artesãos. Não se pode desconsiderar também os locais onde o apelo por compras extrapole a questão do artesanato, é o Fonte: http://atarde.uol.com.br/economia/noticias/feiracaso de São Paulo, por exemplo, onde é de-artesanato-movimenta-economia-no-centro-historico1623294. comum as pessoas terem interesse em ir à 25 de Março, Brás ou Santa Efigênia para aproveitarem oportunidades de comércio. O mesmo ocorre com outras cidades que são polos de produção industrial e comércio como Jaú e Franca em relação aos sapatos ou Ibitinga em relação às malhas e bordados.

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Se este for o caso, verificar de fato qual o interesse dos turistas em relação às compras, talvez esta atividade seja o verdadeiro atrativo para alguns grupos. De fato, o turismo de compras é um segmento fortíssimo. Nos casos deste turismo de compras, o Guia deve sempre ter informações sobre os locais com preços mais atraentes e também as lojas com melhor atendimento, além da confiança sobre a qualidade dos produtos. SEGURANÇA - Não é novidade que nas grandes cidades brasileiras a questão da segurança pública seja um ponto sensível. Por este motivo, existe um protocolo sobre a condução de grupos na rua que indicam situações que devem ser observadas, sendo elas: 

Conhecer a localidade: informar-se sempre sobre a situação dos locais por onde irá caminhar. Existe policiamento constante nas redondezas? Há ruas e praças que oferecem maiores riscos? Para obter estas informações deve-se, inclusive, conversar com moradores e comerciantes locais que conhecem melhor que ninguém sobre a região. Tendo este conhecimento, ficará mais fácil traçar a melhor rota para a visita.

Tenha ajuda: caso o roteiro seja um local realmente inseguro é melhor contar com outro monitor ou Guias auxiliares. Eles poderão auxiliar no trabalho de observação e de manutenção do grupo unido, o que minimiza riscos.

Orientação: sempre se deve ser honesto com seu grupo sobre os riscos potenciais que podem ser encontrados pelo caminho, mas cuidado com o modo como falar é falado, não criando pânico entre o grupo, pois poderá acabar com o passeio em meio a preocupações excessivas dos turistas.

TURISMO ACESSÍVEL - Nas últimas décadas o Brasil evoluiu muito no que se refere à acessibilidade. O tema, cada vez mais, vem sendo discutido e as pessoas com diversos graus de deficiência física ou mental têm sido incluídos em nossa sociedade, seja no mercado de trabalho, seja na possibilidade de acessar locais que antes não possuíam estruturas arquitetônicas capaz de possibilitar a livre entrada.

Turismo Acessível

Como guia de turismo é importante que você se informe a respeito das pessoas que possuam necessidades especiais a fim de melhor atender um público que não quer receber piedade, mas que está interessado em consumir serviços e participar normalmente da sociedade. Sendo assim buscaremos neste tópico compreender que tipos de estruturas e planejamento devem ser observados.

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Tipos de Deficiência: Segundo o decreto 3.298 de Dezembro de 1999 que dispões sobre a Política Nacional de para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, considera-se portador de deficiência: a) Física: aquele que possua alteração parcial ou completa de algum segmento do corpo humano que comprometa sua função física. b) Auditiva: perda parcial ou total da audição. c) Visual: desde a diminuição da capacidade visual, dentro de parâmetros considerados limitantes, até a perda total. d) Mental: funcionamento intelectual inferior à média. Vale ainda citar as pessoas com mobilidade reduzida que adquiriram algum tipo limitação física por conta de fatores como envelhecimento ou mesmo dificuldades temporárias como necessidade de imobilização membros.

Necessidades Específicas: Existem diversos elementos técnicos que devem ser observados ao se planejar um roteiro acessível. Destacamos aqui alguns dos pontos fundamentais para o atendimento deste público específico. a) Barreiras arquitetônicas: no Brasil já há algum tempo temos normas que obrigam os prédios públicos e comércios de oferecer acesso diferenciado como rampas e elevadores para os que tenham mobilidade reduzida, no entanto, nem sempre a regra é cumprida, assim sendo, é obrigação de quem planeja o roteiro verificar a presença de estruturas de acessibilidade. b) Transporte: a utilização de ônibus, van, carros, trem, metrô durante o roteiro também requerem planejamento e observação da presença de equipamentos específicos. c) Roteiro a pé: neste caso, a rota que será seguida requer visita técnica prévia para que se observe em especial: condição de calçadas, existência de rampas nas travessias de pedestres e existência de ruas em aclive ou declive. Quanto a este último, vale ressaltar a necessidade de sempre se evitar ladeiras no trajeto pois isto pode impossibilitar o deslocamento de pessoas que se locomovam, por exemplo, com muletas ou cadeiras de rodas e mesmo idosos com dificuldade de locomoção. d) Tradutor/Intérprete de Libras: a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) é método de comunicação mais utilizado por pessoas que possuam deficiência auditiva e de fala. No caso de atender pessoas com esta necessidade é importante se conhecer Libras, ou então contratar pessoa habilitada a traduzir suas explicações em Libras. e) Atrações para deficientes visuais: para as pessoas que possuem problemas relacionados à visão existem dois elementos fundamentais na experiência turística, a descrição que deve ser minuciosa, por exemplo de uma obra de arte, e também a possibilidade de uso do tato. É fundamental escolher locais, onde os turistas podem interagir com os objetos como museus que permitem que esculturas sejam tocadas pelas pessoas.

Roteiro Acessível: Ao planejar um roteiro acessível você deve levar em consideração questões de bom senso, como o fato de que os deslocamentos entre atrativos costumam 15


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tomar mais tempo, por isto mesmo é necessário planejar o tempo de forma muito minuciosa. É importante também que o guia não possua preconceitos quanto a situação das pessoas com deficiências, assim sendo é obrigação profissional se aprofundar no tema em questão. É comum também que no atendimento de turistas deficientes ou com mobilidade reduzida seja necessário contratar especialistas para o acompanhamento do grupo, já citamos aqui o tradutor de Libras, mas eventualmente poderá ser necessários monitores especializados no atendimento de seu público, ou mesmo reforço de guias auxiliares para melhor atender ao grupo. Conhecer as estruturas capazes de atender ao turista de forma eficiente é essencial para planejar roteiros acessíveis, infelizmente temos poucas publicações que tratem especificamente deste assunto. Vale conhecer, no entanto, os dois sites a seguir. a) Guia de Acessibilidade Cultural/SP: o site traz informações sobre atrativos turísticos que atendem de forma adequada os que necessitam de acessibilidade na cidade de São Paulo. Está dividido por categorias e regiões (http://acessibilidadecultural.com.br/). b) Turismo Adaptado: é um blog que pertence a uma agência de turismo que trabalha especificamente com o público deficiente. O blog em questão, produzido pelo diretor da empresa, Ricardo Shimosakai, traz, além das experiências da empresa, textos sobre o tema de acessibilidade no turismo (https://turismoadaptado.wordpress.com/).

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Técnicas de Guiamento

As técnicas de monitorias que foram vistas anteriormente já fazem parte do trabalho do Guia de Turismo e são atividades e situações que terá de lidar de modo constante, porém, não só da condução de grupo se faz a profissão de Guia. O trabalho do Guia de Turismo, segundo a Legislação brasileira, é dividido em três níveis: o Guia Regional, Guia de Excursão Nacional e Guia de Excursão Internacional (cada um com uma exigência específica de formação). O próximo passo deste material é justamente falar das especificidades da atuação do Guia de Turismo, seja do Regional, seja do Nacional sendo que este último possui abrangência também pela América do Sul. Antes de iniciarmos, é importante observar que em uma viagem o Guia de Turismo, seja em qual categoria for, pode atuar em três funções principais: como Coordenador da Viagem, como Guia Auxiliar ou como Guia Regional. COORDENADOR DE VIAGEM - é o representante legal da agência em viagens. Tem como obrigações verificar e contatar todos os serviços prestados pela Agência de Viagens aos turistas, como, por exemplo, o ônibus ou o meio de hospedagem contratado. Também têm as funções primordiais do Guia de Turismo em relação à monitoria, além de comandar a equipe de Guias Auxiliares. 

Guia Auxiliar: terá como função ajudar o Guia Coordenador em suas obrigações, em especial no que tange à monitoria. Como já tratado anteriormente, é contratado um Guia auxiliar a cada 20 turistas, mas este número pode variar de acordo com a característica do grupo.

GUIA REGIONAL - Segundo o Ministério do Turismo, através da portaria 27 de 30 de janeiro de 2014, o Guia Regional é aquele cujas: “atividades compreendem a recepção, o traslado, o acompanhamento, a prestação de informações e a assistência a turistas em itinerários ou roteiros locais ou intermunicipais de uma determinada unidade da federação para visita a seus atrativos turísticos.”

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O Guia Regional tem uma função ligada ao Turismo Receptivo, ou seja, o de conduzir um grupo de turistas que chega a sua cidade ou estado. Atenção, pois dentro desta categoria, o nosso curso de formação possibilitará que você trabalhe como Guia Regional somente dentro do Estado de São Paulo. Caso queira atuar como Guia Regional em outro estado, deverá realizar um curso de Guia Regional na localidade. Em teoria, toda viagem em grupo intermediada por empresa credenciada pelo Ministério do Turismo através do Cadastur deveria ser acompanhada por um Guia Regional, mesmo que esta já conte com o Guia Nacional desde seu ponto de origem. Porém, isso nem sempre é o que acontece de fato. É importante observar, inclusive, que existem alguns municípios e estados brasileiros que possuem normas e exigências legais específicas sobre o acompanhamento de Guias locais aos grupos que visitam a localidade e que o descumprimento desta norma gera multas ou até mesmo o impedimento da circulação do grupo pelo destino. Informe-se sempre sobre as regras vigentes nestes locais. Tendo então a função de atividades receptivas, ou seja, de acompanhamento de grupos em um polo ou destino turístico, existem algumas aptidões e conhecimentos que devem ser observados, como veremos a seguir.

 Contratação: geralmente ocorre de duas formas diferentes. a) A primeira é aquela feita diretamente entre turista e Guia. Normalmente, esta relação

se concretiza diretamente no destino turístico com o Guia ou grupo sendo abordado por Guias que oferecem seus serviços ou então com o turista indo ao Guia em busca de uma experiência diferenciada. Neste caso, os serviços contratados referem-se em especial a:  Traslado: transporte em carro, ônibus ou van para os atrativos, partindo do hotel

dos turistas ou de um ponto de encontro combinado.  Monitoria: visita aos atrativos, onde o Guia fará a condução do grupo e fornecerá

as informação e curiosidades sobre os locais.  Acompanhamento em transporte rodoviário: como já visto, o Guia Regional

também atua no acompanhamento de turistas em viagens intermunicipais, sendo que a maioria destas viagens é realizada em ônibus, cuja atividade requer conhecimentos específicos que serão abordados mais à frente. b) A segunda forma de contratação é a feita através de uma agência ou operadora de

turismo. Neste caso, o pagamento pelos serviços será feito pelo contratante e não pelos turistas. As funções a serem desempenhadas são semelhantes às observadas acima.

 Recepção: Esta atividade ocorre quando o Guia Regional tem a responsabilidade pelo grupo a partir da chegada ao destino turístico. Vale ressaltar que o Guia deve conhecer muito bem o trajeto que deverá seguir, já que é comum que motoristas de ônibus, por exemplo, não conheçam a localidade pela qual estão dirigindo. O modo de encontrar o grupo pode se dar através de: 18


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Partida do Hotel: quando o Guia encontra o grupo no hotel que está hospedado. Em geral, ele procurará como contato o coordenador do grupo.

Ponto de Encontro: é o método de marcar um local de fácil localização, onde o Guia deverá estar para encontrar o grupo. A partir daí assumirá a condução do grupo.

Aeroporto ou terminal rodoviário: neste caso, o método mais eficiente é mesmo o da placa com o nome do cliente.

 Passeios Dentro do serviço de receptivo turístico existem algumas categorias de passeios que são comumente oferecidos e que devem ser destacados: 

City Tour: é o passeio realizado em um destino onde o grupo se desloca por um roteiro pré-definido e tanto recebe explicações do Guia sobre os atrativos como também entra em boa parte deles, ou mesmo em todos. O deslocamento entre os atrativos pode ser feito somente a pé, ou a pé e em ônibus.

City by Night: é o mesmo que um city tour, mas programado para ser realizado durante a noite.

Sightseeing: é o passeio realizado em ônibus panorâmico, sendo que o ônibus para em frente ou somente passa pelos atrativos; os turistas recebem explicações do Guia sobre os atrativos dispostos no roteiro, mas não descem do ônibus para visitá-los.

 Transportes As principais formas de locomoção para o Guia Regional com seu grupo são a pé, cuja condução já foi tratada em Técnicas de Monitoria, e também por meio de veículos terrestres, sendo que o foco principal destes é o ônibus. Quando o veículo utilizado for outro, como vans ou microônibus, a técnica pode ser facilmente adaptada. 

Verificação: Assim que ônibus ou van chegar ao local combinado, o Guia deve ter em mãos o contrato do serviço de fretamento e conferir o que foi combinado com a empresa.

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• Contar o número de assentos. • Verificar se o ar condicionado está funcionando. • Caso tenha solicitado serviço de água e café, checar a exixtência deles. • Verificar o funcionamento do microfone. • Testar os equipamentos de áudio, DVD e Televisores. • Solicitar ao motorista para ver a habilitação dele e o documento do ônibus.

Caso haja conflitos em algum dos itens deve-se, entrar em contato imediatamente com a agência de viagens ou com a empresa de ônibus e esclarecer o fato. Atenção! Se for verificado problemas com a documentação do motorista ou do ônibus, exigir a substituição e não sair com o veículo irregular mesmo que isso signifique atraso. Imagine o Guia andando com o ônibus em situação irregular e ser parado pela polícia rodoviária, já a uma distância de 400Km de seu ponto de partida? Quanto tempo demorará para vir outro veículo em substituição ao atual? Provavelmente, isto significará o fim da viagem ou uma grande perda do roteiro.

 Embarque: Inicia-se com a colocação das malas no bagageiro do ônibus. Todas as malas devem ser etiquetadas e os zíperes lacrados. Após isto, os passageiros devem se dirigir à porta para embarque onde o Guia ficará com a lista de todos e checará a presença de um a um, preferencialmente, através da apresentação dos documentos de identidade.

 Uso

do microfone e recados: Atenção ao uso do microfone, sempre que for falar, mantenha-o encostado no queixo: isso garante que não haja variações de volume na fala, já que a distância do microfone à boca será a mesma sempre, além de ser mais seguro, pois, ao segurar o microfone, sem o apoio do queixo, corre-se o risco, no caso de uma freada, por exemplo, de batê-lo na boca e se machucar.

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• Com os passageiros já acomodados e com as bagagens de mão dispostas no bagageiro, iniciar os recados.

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• Apresentar-se também ao motorista, afinal de contas, ele passará boa parte do roteiro com o Guia.

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• Informar o tempo que a viagem ou roteiro durará e também as paradas e seus horários.

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• Alertar para a proibição de permanecer em pé enquanto o ônibus estiver em movimento, afinal, além de ilegal, também aumenta o risco de acidentes.

 Movimentação - Sempre que tiver

ACONSELHÁVEL

de andar pelo ônibus utilizar os bagageiros como apoio, mesmo enquanto estiver dando algum recado com o microfone, segurar com uma das mãos no bagageiro. Evitar apoiar-se nos encostos de cabeça dos bancos, pois o pode acidentalmente machucar alguém batendo a mão na cabeça do passageiro ou puxar o cabelo sem intenção.

NÃO ACONSELHÁVEL

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Recados e Speech: De antemão, combinar qual esquerda e qual direita valerá para as informações, ou seja, quando quiser mostrar algo interessante como um monumento, dizer: “à direita de vocês podem ver um prédio...”. Ter sempre bem calculado o momento de dar as informações, em especial, quando o deslocamento for de maior duração. Acrescentar informações interessantes ou curiosas sobre o local a que se dirige.

Desembarque: Ao desembarcar, descer primeiro, posicionar-se próximo à porta e, para ajudar os turistas a descer, oferecer seu braço como apoio; não oferecer a mão, já que ela pode ser mais facilmente dobrada e, dependendo da situação, gerar algum tipo de lesão a você.

 Paradas

técnicas: As paradas técnicas, quando em veículos terrestres, acontecem regularmente em passeios e viagens. Estas são feitas tanto por necessidades legais como também por questões de diversão e lazer. As paradas para visitar atrativos, fazer refeições ou realizar compras seguem os procedimentos vistos nas técnicas de monitoria. Vale, no entanto, citar uma questão legal sobre viagens realizadas no estado de São Paulo. Segundo a portaria 009 de 9/12/2005 da Artesp – Agência de Transporte do Estado de São Paulo - motoristas de ônibus em viagem são obrigados a fazerem paradas a cada 170 quilômetros por pelo menos 20 minutos. As paradas devem ser feitas em postos às margens das rodovias, agências de viagens ligadas à empresa transportadora ou em terminais rodoviários dotados de serviços ao usuário, tais como banheiro e lanchonete.

 Paradas policiais: Não é incomum que ônibus de excursão sejam parados por Polícias Rodoviárias. Neste caso, a verificação será em torno da documentação do ônibus e da habilitação do motorista, mas também pode ser que sejam solicitadas as autorizações dos menores de idade, além de maiores informações sobre os motivos da viagem e o destino. Ser sempre educado, solícito e fornecer todas as informações necessárias. CONCLUSÃO: A atividade do Guia Regional está muito ligada ao Turismo Receptivo. Deste modo, será dele a responsabilidade conduzir grupos dentro de uma localidade ou em roteiros intermunicipais em uma mesma Unidade da Federação. É muito comum que os Guias Regionais sejam contratados para acompanhar grupos pequenos ou grandes, que chegam em uma cidade, inclusive grupos de estrangeiros. Novamente, reforça-se que neste curso o serviço de guiamento regional está restrito ao estado de São Paulo, que é seu núcleo de formação.

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GUIA DE EXCURSÃO NACIONAL - Novamente, vamos recorrer à portaria 27 de 30 de Janeiro de 2014 do Ministério do Turismo para visualizar as atividades do Guia Nacional. “ (...) quando suas atividades compreenderem o acompanhamento e a assistência a grupos de turistas, durante todo o percurso da excursão de âmbito nacional ou realizada nos países da América do Sul, adotando, em nome da agência e turismo responsável pelo roteiro, todas as atribuições de natureza técnica e administrativa necessárias à fiel execução do programa”.

Como se pode ver, no caso do Guia Nacional, as funções são muito mais representativas no que se refere às atividades ligadas ao turismo emissivo, ou seja, esta classe de Guia que também realiza atividades de condução, mas tem uma função mais ampla em relação aos procedimentos do grupo em viagem para diferentes estados de sua origem, ou até mesmo para outros países da América do Sul. Dentre suas funções, vale destacar a responsabilidade pelo grupo e pela Agência que o contratou em relação a Companhias Aéreas, Meios de Hospedagens e Agências Receptivas no Destino Turístico. Veremos a seguir como lidar com essas atribuições.

 Contratação: Neste caso, a contratação ocorre, em geral, através da Agência de Viagem ou Operadora de Turismo. É possível também a contratação se dar pelos próprios turistas, caso se trate de um grupo de pessoas em viagem, mas o mais comum é mesmo a viagem formalizada. Inclusive, é importante observar que é muito mais fácil encontrar Guias de Excursão Nacional contratados de forma fixa (registrados), algo que dificilmente acontece com os Guias Regionais que são contratados como autônomos.

 Exigências em viagens nacionais e internacionais 

Viagens Nacionais – Brasil: A exigência de Guias de Turismo em viagens nacionais é para excursões que sejam intermediadas através de empresas que sejam credenciadas pelo Cadastur, ou seja, agências de viagens e operadoras. 

Autorizações para viagens dos menores de 12 a 17 anos dentro do território nacional - Quanto às autorizações de viagem para menores existem algumas regras legais já bem definidas no país, todavia, mesmo que em alguns casos existam dispensa dessas autorizações, é muito importante solicitar estes documentos. Afinal, caso aconteça algum problema que o adolescente, por exemplo, necessite de atendimento médico, será mais fácil com a autorização acelerar os procedimentos. Vejamos do que trata a lei.  Crianças até 12 anos: a lei brasileira diz que em viagens dentro do território

nacional as crianças podem viajar desde que acompanhados de um dos pais, tutor ou guardião legal e, ainda, parentes de primeiro grau. Sendo que para qualquer uma das situações é necessário comprovação do grau de parentesco por documento original. No caso de estarem desacompanhadas, é necessário uma autorização de um dos pais ou responsável pela criança com firma reconhecida em cartório.  Adolescentes (12 a 17 anos): podem realizar viagens livremente dentro do

território nacional, mas no caso de viagens através de empresas de ônibus onde o motorista suspeite de atitudes dos adolescentes, neste caso é obrigação comunicar as autoridades policiais. 23


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Viagens Internacionais: É sempre importante checar como são as regras a respeito do turismo em cada país para onde se viaja, inclusive se houve alterações sobre as regras para turistas estrangeiros. Estas regras podem ser conseguidas junto às embaixadas e consulados dos países aqui no Brasil. Via de regra, as viagens pela América do Sul possuem menos exigências burocráticas para brasileiros que os padrões internacionais. Vejamos as principais regras. 

Autorizações para viagens internacionais de menores desacompanhados: Para viagens internacionais, a regra é única todos os menores que não estejam acompanhados de seus dois pais precisam de autorização. No caso de haver somente um dos pais junto, é necessária a autorização do outro e, evidente, na ausência dos pais ou responsáveis legais, é obrigatória a autorização por escrito. Existe inclusive um modelo específico para isto que é encontrado no site do Conselho Nacional de Justiça.

Vistos

Países

Visto

Documentos exigidos

Países do Mercosul: Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela

Isento

Documento de Identidade brasileiro (RG), emitido a menos de 5 anos

Isento

Documento de Identidade brasileiro (RG), emitido a menos de 5 anos

Equador, Guiana e Suriname

Isento

Passaporte com ao menos 6 meses de validade restantes.

Guiana Francesa*

Obrigatório

Passaporte com ao menos 6 meses de validade restantes.

Bolívia, Chile, Colômbia e Peru

Período de Permanência como turista

90 dias

*Guiana Francesa: é único país que exige visto na América do Sul para brasileiros. Isto acontece porque o território faz parte da França e ainda existem diversos problemas no local com mineradores ilegais de diamante. Assim, para viajar a este Território Francês deve-se obter visto de turista junto à representação diplomática Francesa.

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Exigência de vacina contra Febre Amarela: Quase todos os países sul-americanos exigem que o turista esteja com a vacinação contra febre amarela vigente. Este documento é comprovado através do Certificado Internacional de Vacina Contra Febre Amarela, emitido pela ANVISA. Os países com esta exigência são:

Venezuel Suriname Guiana Francesa

Colômbia Equador

Peru Bolívia Paraguai

Uruguai

 Meios de hospedagem: O meio de hospedagem a que o grupo se dirigirá costuma estar reservado antecipadamente pela agência de viagens. É comum também que ele já esteja pago de antemão, porém, algumas vezes fica a cargo do Guia pagar pela hospedagem, sendo que nestes casos receberá o dinheiro ou terá o valor depositado em sua conta corrente. Existem alguns procedimentos que devem ser observados na chegada do grupo ao hotel e durante sua estadia. 

Contato: procure avisar o hotel com antecedência sobre o horário previsto de chegada do grupo, aproveitando para se apresentar como Guia responsável. Este contato pode ser feito por telefone. 

Rooming List: é a lista de divisão dos turistas nos quartos. Este instrumento simples agiliza o registro no meio de hospedagem e acesso aos quartos. O ideal é que o hotel já possua de antemão esta lista e que o guia possua outra cópia. 25


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Check-In: é o procedimento de registro dos hóspedes e encaminhamento para o quarto, se já tiver a rooming list em mãos, ao chegar ao hotel, pedir as fichas de registro distribuindo-as uma por quarto (não é preciso todos do grupo preencherem) e à medida que estes terminarem o preenchimento os encaminhe para a recepção para pegarem suas chaves. Caso o hotel possua carregadores, indique que os hóspedes informem ao funcionário do hotel para onde levar suas malas.

Fonte: https://www.profissaohoteleiro.com.br.

Se não possuir a rooming list, deve-se fazer uma. Uma dica é a fazer no ônibus mesmo, antes de chegar ao hotel, pois será mais prático e rápido do que tentar fazer já com todos desembarcados no saguão do hotel e ansiosos para acessarem seus quartos. 

Refeições no hotel: informar os turistas dos horários das refeições e também sobre o serviço de quarto, indicando de forma clara tudo que não estiver incluído no pacote e o que deve ser pago à parte.

Serviços extras: em geral, serviços como lavanderia, entretenimento, concierge, entre outros, nãos estão incluídos no pacote, isto também deve ser alertado de forma incisiva ao seu grupo.

Check-out: é a saída do hotel, quando os hóspedes entregam suas chaves e os quartos são checados. Além disso, é o momento de acertar as contas por serviços extras utilizados pelos turistas. Marcar um horário para que o grupo inicie o check-out que seja, ao menos, 30 minutos mais cedo do que o horário que está programado para saída do hotel. Atenção: quanto maior o grupo, mais demorado será o processo.

 Transportes ligados ao Guiamento Nacional - Em geral, o serviço de ônibus acabará sendo utilizado pelo grupo e em nada se diferencia do que é feito no Guiamento Regional, a diferença aqui é que existem outros transportes que podem ser de uso pelos turistas em viagens interestaduais ou internacionais. Nestes casos, é bem comum que estes transportes não sejam exclusivos, ou seja, são linhas regulares que atendem viajantes individuais também e até mesmo outros grupos de turistas. Fonte: http://www.estudokids.com.br/meios-de-transporte/

Transporte Aéreo: É o mais comum aqui

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no Brasil, já que os outros transportes de massa de grande alcance não possuem boa infraestrutura. Sigamos o passo a passo deste meio de transporte. a) Chegada ao aeroporto: a chegada pode acontecer com todo grupo vindo em

ônibus, o que é mais simples de lidar, já que se pode dirigir diretamente ao check-in. É possível também acontecer de se marcar um ponto de encontro no aeroporto para que todos os turistas se apresentem. Neste caso deve-se ampliar o controle da chegada dos turistas com uma lista de presença. b) Check-in: é a confirmação de reserva e despacho da bagagem que irá no porão

do avião. Não se pode esquecer aqui que viagens de avião possuem cotas de peso de bagagem por passageiro que, caso este seja excedido, deverá ser pago o valor por quilo que tenha ultrapassado. É comum que no caso de grupos grandes, e desde que tratado com antecedência, as companhias aéreas ofereçam um balcão de check-in exclusivo para agilizar o procedimento. c) Sala de embarque: após o check-in o grupo se dirigirá a sala de embarque do

aeroporto. Atenção neste momento para os materiais que não podem ser carregados a bordo, como itens perfurantes; orientar antecipadamente os turistas do grupo. Após a passagem pelos detectores de metal e raio-x, verifique nos painéis o portão de embarque de seu voo e se dirija até ele. d) Dentro do avião: o Guia não possui prerrogativas especiais; orientar o grupo a

seguir o que for solicitado pela tripulação. e) Desembarque: após a parada do avião todos devem se dirigir à área de

restituição de bagagens, que é a área onde estão as esteiras e por onde virão as bagagens que viajaram embarcadas nos porões. Neste local, onde já é permitido o uso de celular, se possível ligar para o motorista do ônibus, ou outro o veículo de traslado, e combinar o local de encontro. Pedir que todos os turistas de seu grupo confiram suas bagagens e, após ter juntado e conferido todo o grupo, sigam para o ônibus. f)

Free-shop: são lojas nas áreas de embarque e desembarque internacional dos aeroportos que vendem produtos sem imposto de importação. Caso o grupo opte por passar por ali e fazer compras, marque um horário, dando prazo para compras.

Transporte Aquático: Em geral, o transporte aquático no Brasil é citado em relação a navios de cruzeiros e passeios em pequenos barcos. Abaixo, os procedimentos para cada uma destas modalidades: 

Passeio: no caso dos passeios de barcos, o Guia deve sempre contatar o responsável antecipadamente para combinar horários e conhecer as regras da embarcação. Se ficar com o dever de dar as explicações e falar sobre os atrativos, seguir os mesmos procedimentos utilizados no ônibus, exceto pelos avisos de segurança que devem ficar a cargo da tripulação.

Cruzeiros: para as viagens em Cruzeiros, o primeiro passo será o check-in, similar ao de avião, onde a bagagem, exceto a de mão, seguirá para a cabine dos turistas à parte, procedimento que pode levar até 3 horas. Dentro do navio os turistas buscarão os atrativos de acordo com seus interesses; no caso de atividades em conjunto, tenha sempre os horários agendados com pontos de encontros.

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Atenção! No desembarque, marcar um horário e ponto de encontro também para que todos possam realizar os procedimentos em conjunto e não se esquecer de conferir se todos estão presentes antes de se dirigir ao veículo de traslado. 

Transporte Ferroviário: No Brasil, o transporte ferroviário de modo regular é quase inexistente, mas existem diversos passeios turísticos nessa modalidade. Na América do Sul, em especial na Argentina e Peru, o transporte intermunicipal regular realizado por trem é algo comum. Vejamos como proceder em relação a estes transportes. 

Passeio: os procedimentos não se diferenciam do já foi tratado aqui, quando falado sobre barcos e ônibus. É comum que nos passeios melhores estruturados já existam Guias nos vagões do trem que cuidarão de todos os procedimentos e explicações durante o passeio.

Viagem: trens, em geral, possuem grande rigidez em relação aos horários de partida e, consequente, embarque no trem. Cuide para observar estes horários, pois o trem quando parte, diferente do ônibus, não tem como voltar ou ser alcançado no meio do caminho.

Embarque: é feito com os passageiros carregando todas suas bagagens que deverão ser acomodadas nos bagageiros. Além disso, é fundamental que cada um fique com sua passagem que será solicitada durante a viagem pelo fiscal do trem. Trens de viagem podem possuir vagão restaurante, neste caso, orientar os turistas sobre horários e custos de uso deste equipamento.

GUIA DE EXCURSÃO INTERNACIONAL - Segundo a portaria 27 de 30 de Janeiro de 2014, não existe formação específica para o Guia de Excursão Internacional, mas considera-se necessária a formação como Guia de Excursão Nacional para que se possa solicitar o cadastramento nesta categoria. Além do curso técnico em questão é obrigatório a apresentação de certificado de proficiência no idioma que pretenda se cadastrar como descreve o seguinte trecho do artigo 14 da portaria. XI - apresentar cópia de diploma de curso de idioma, ou comprovante de exame de proficiência ou atestado de fluência, em pelo menos uma língua estrangeira para os que pretendam o cadastramento na categoria de guia de turismo excursão internacional, fornecidos por instituição de ensino reconhecida pela autoridade competente.

Ao Guia de Excursão Internacional também cabe observar, segundo a portaria referida no começo deste tópico, que como atribuições específicas desta categoria são: Art. 7º O Guia de Excursão Internacional deverá observar, no exercício de suas atividades, os tratados, as convenções e os acordos internacionais dos quais o Brasil seja signatário, além das demais legislações pertinentes. Parágrafo único. Caso a legislação local exija a contratação de um Guia de Turismo do País visitado, caberá ao Guia de Turismo de Excursão Internacional, em nome da agência de turismo, a contratação do guia correspondente.

É importante ressaltar que o Guia de Excursão Internacional tem as mesmas atribuições do Guia de Excursão Nacional quanto aos procedimentos de viagem, sendo que na Categoria 28


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Nacional a abrangência de atuação é restrita à América do Sul, enquanto o Guia Internacional pode atuar pelo resto do mundo. A responsabilidade de maior diferenciação nesta categoria profissional é quanto aos trâmites internacionais, principalmente os de acesso a outros países e também às leis específicas de cada localidade que possam trazer inconvenientes por conta de seu desconhecimento, tendo como exemplo o uso de trajes específicos para homens e mulheres em países árabes ou de culturas orientais que são consideravelmente diferentes das adotadas aqui no ocidente.

CONCLUSÃO Nesta apostila há uma importante base teórica que dará condição de desenvolver as competências e habilidades com relação à profissão de Guia de Turismo Assim, é possível perceber que a prática do turismo não é uma ciência exata e, por mais que se tenha tentado esgotar os procedimentos de Monitoria e Guiamento de forma detalhada é bem possível que encontrar algumas situações diversas das aqui apresentadas e que requererão criatividade e jogo de cintura para serem solucionadas. A prática, atuando como monitor e Guia de turismo levarão você a vivenciar cada vez mais estas situações inusitadas e, por conseguinte, criar soluções cada vez mais fáceis. A prática, aliás, é fundamental para consolidar seus conhecimentos. Toda a teoria não garantirá necessariamente sua desenvoltura ao lidar com o público. Assim, agarre as oportunidades de realizar atividades de monitoria e guiamento. Sendo necessário, crie roteiros e leve seus amigos e familiares para aprofundar suas práticas das técnicas de monitoria e guiamento. Esperamos que esta apostila lhe tenha fornecido informações realmente valiosas, que você as tenha absorvido do melhor modo possível para sua formação profissional e que, em breve, possa estar pelas ruas do Brasil, da América do Sul e até mesmo do mundo exercendo a atividade de Guia de Turismo.

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