Normas de orientação clínica

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04 ABORDAGENS TERAPÊUTICAS

A. CARCINOMA DO PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CELULAS (CPNPC) Cirurgia, radioterapia, quimioterapia e as novas terapêuticas biológicas, qualquer destas associadas entre si e sempre à melhor terapêutica de suporte, constituem as principais armas terapêuticas no tratamento do cancro do pulmão. 1. Cirurgia Em geral, para doentes com doença do estadio I ou do estadio II, a cirurgia fornece a melhor possibilidade para a cura. O procedimento cirúrgico usado vai depender da extensão da doença e da reserva cardiopulmonar do doente (96). Sempre que possível estão recomendadas resseções anatómicas. Na altura da cirurgia, o estadiamento mediastinico completo é imprescindível mas a metodologia indicada de estadiamento ou seja, amostragem de todos os grupos ganglionares versus a amostragem dos gânglios específicos permanece controversa (97). A cirurgia torácica por toracoscopia vídeo assistida (VATS) é uma modalidade de tratamento cirúrgico menos invasiva que está a ser incrementada actualmente em todos os aspectos do cancro de pulmão (100). Os estudos publicados sugerem que a VATS tem algumas vantagens sobre a toracotomia: a dor aguda e crónica com a VATS é mínima; o procedimento requer um tempo mais curto de hospitalização, está também associado a morbilidade e mortalidade menores(101) (102) (103) . Os doentes em estádio I com cirurgia efectuada por VATS com dissecção dos gânglios mediastinicos têm taxa de sobrevivência a 5 anos, sobrevivência a longo prazo, e recidiva local comparáveis àqueles conseguidos pela cirurgia clássica (104) (105) (106). A cirurgia torácica vídeo assistida parece ser benéfica nas populações mais velhas e em doentes de alto risco (107) (108). Baseado no seu efeito favorável na

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