Jornal do iguassu - Ano I - Edição nº 1

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SHoW De raLLY

Ano I - No 1 - Sexta-feira, 31 de julho de 2015 - R$ 2,00

l eleiÇÔeS 2016

Quem é quem na corrida sucessória em Foz do Iguaçu Com a entrada de Cláudio Rorato no páreo, a corrida pela sucessão do prefeito Reni Pereira ganha novos contornos. A disputa promete ser acirrada. Páginas 12 e 13 l SeXo

Book Rosa também existe na fronteira O book chegou na década de 70 à região, importado por um “cafetão” paraguaio que tinha trânsito livre na rede hoteleira e na high society. Página 24 l CaSCaVel

Edgar Bueno quer o resto das pedras da BR 163 Dois anos depois do tragicômico “caso das pedras”, os envolvidos no “reaproveitamento da estrada inservível” reclamam o resto do material. Página 9

Os melhores pilotos do mundo estarão disputando de 1o a 8 de agosto, a 23ª edicão do Rally dos Sertões, que encerra etapa em Foz do Iguacu, com chegada na Itaipu.

CRACK INVADE A ALTA SOCIEDADE DROGAS

Droga saiu das favelas e becos para frequentar coberturas e mansões

Empresária conta seu drama e pede socorro para tirar o filho do vício e dos traficantes. Lendo a reportagem você vai aprender com uma profissional capacitada como agir e ajudar em casos como este. Páginas 10 e 11 l territorio del iGUaSSU

Noticias de Ciudad del Este y Puerto Iguazu Os acontecimentos do Paraguai e da Argentina com texto em espanhol. Páginas 14 e 15

CADERNO ESPECIAL Inovação, ciência e tecnologia são o foco do caderno especial que circula com esta edição do Jornal do Iguassu.

EXCLUSIVO!

REQUIÃO SOLTA O VERBO Farpas e ironia: em entrevista ao JI, senador analisa criticamente o atual momento político


2 l opinião

Sexta-feira, 31 de julho de 2015

opinião editorial

Se comunica, ou se trumbica

J

á dizia o Chacrinha que “quem não se comunica, se trumbica”. E a humanidade, na esteira do saudoso “Velho Guerreiro”, de tudo fez e de tudo faz para se comunicar, e para comunicar. Proliferaram rádios, tevês e jornais, dos mais diversos portes, com os mais opostos objetivos, e sob os mais inocentes ou inconfessáveis interesses: tudo para que uns “comuniquem” aos outros aquilo que, por sua origem, por suas crenças, por seu caráter, pelos compromissos que assumiram, pelos seus interesses, julguem importante. Por dois anos investimos nosso tempo e nossos esforços na árdua tarefa de comunicar, com qualidade e credibilidade, através de um veículo de comunicação que leva consigo a marca do rancor, da falta de visão, do revanchismo, da perseguição, da pouca ou nenhuma ética, do caráter deturpado, da megalomania, da mentira compulsória, do ego desmedido, da presunção e da pretensão de que a verdade pertence somente a uma única pessoa, e que somente ela é capaz de fazer jornal. Não há dúvida de que alcançamos o objetivo proposto de transformar o local de trabalho e as vidas dos colaboradores, positivamente; bem como a relação da empresa com a sociedade, passando da condição de quem se serve da cidade, para quem serve à cidade.

Por motivos alheios à nossa vontade as coisas por lá voltaram a ser exatamente como eram antes. Alguns poucos funcionários, comemoram o ocorrido. A sociedade, por sua vez, está estarrecida. Nossos amigos, cujas amizades, muitas, se estabeleceram enquanto conduzíamos tal veículo, nos cobram que respondamos aos desmedidos, despropositados, imorais e baixos, vis ataques que, quase diariamente, são publicados com a intenção de nos atingir. Bem, esse é o momento no qual a sociedade do Território do Iguassu tem, em suas mãos, a nossa resposta.

Respondemos com trabalho, com dedicação, com respeito ao cidadão, com carinho e planejamento no estabelecimento de um novo conceito para o jornalismo impresso. O Jornal do Iguassu é um produto criado a partir do esforço cooperativo e colaborativo de diversas pessoas e entidades, que nos cobraram uma reação aos ataques que fosse positiva e, voluntariamente, contribuíram com as ideias que puderam aproximar a iniciativa daquilo que a sociedade da tríplice fronteira realmente espera, deseja e anseia de um jornal. O Jornal do Iguassu se propõe a ser mais do que um jornal para Foz do Iguaçu. A ser mais do que um jornal para a região. A ser mais do que um jornal para a tríplice fronteira. Nos propomos a produzir um jornal para ecoar as demandas do Território do Iguassu, que defenderá os interesses dos brasileiros, paraguaios e argentinos que interagem cotidianamente na fronteira onde está localizada as Cataratas do Iguaçu, o segundo maior destino turístico do Brasil. Aplicaremos nossos esforços e nossas habilidades para impulsionar, da melhor e mais positiva forma, o crescimento econômico e social do Território, de maneira inventiva, criativa, inovadora e, sempre, incentivando o empreendedorismo. Quanto aos ataques coléricos, diria até, insanos, continuaremos não respondendo por quatro óbvias razões: a primeira é que, ao longo dos dois últimos anos que estivemos no mercado da comunicação em Foz do Iguaçu, mostramos à sociedade, claramente, quem somos. A segunda é que, não há quem não conheça quem nos ataca, o que por si já torna desnecessário qualquer resposta. A terceira, que só há dois lugares nos quais se remediam atitudes criminosas: na polícia e na Justiça. E, quarto, porque temos muito trabalho para fazer, e quem trabalha sério e com dedicação, não tem tempo para perder...

Um passo rumo ao nosso futuro Na metade da década de 70, uma viagem a Foz do Iguaçu mudou a vida da familia Tavares. Foi em um domingo muito quente, como quase todos em Foz, que os irmãos vieram em visita às Cataratas do Iguaçu. Como todos os visitantes, brasileiros ou estrangeiros, ficaram maravilhados. Na volta para casa, o assunto não tinha como ser outro: uma possível mudança para Foz do Iguaçu. Dos cinco, dois já estavam decididos naquele momento. Em dezembro de 1975 aportaram na tríplice fronteira para uma prospecção de mercado. Decidir por trazer para a cidade das Cataratas a sucursal do Jornal O’ Paraná, foi tarefa fácil e ocorreu já em 1976. Bons comunicadores, logo identificaram a necessidade de um órgão de imprensa local, e o próximo passo foi reunir alguns empreendedores amigos (o que sempre tiveram em quantidade e qualidade) e fundar o Jornal Hoje Cascavel. Isso aconteceu em 1977, quando novamente abriram uma sucursal em Foz. O sucesso do jornal foi tamanho, que no ano seguinte os Tavares fundaram o Jornal Hoje Foz, um marco na imprensa iguaçuense. Chegava à cidade o primeiro semanário com sede e parque gráfico próprios na Vila Yolanda. Os Tavares cravavam definitivamente os pés na terra das cataratas. Amado por uns e odiado por outros, o jornal trazia a novidade do jornalismo investigativo em pleno regime militar. Dentre as passagens mais marcantes, o Hoje Foz teve uma de suas edições apreendidas por uma determinação judicial por publicar uma matéria sobre a PF, embora tenha dito o Juiz que foi devido a foto de uma mulher inadequadamente vestida. Diante da forte pressão do regime, os Tavares decidiram vender o semanário para um grupo interessado de Curitiba, que o transformou na Folha do Oeste. Os irmãos voltaram a dirigir o Jornal Hoje Cascavel, até 1998, enquanto o irmão mais novo, Ronaldo, ficou na Folha para garantir a transição. O tempo passou rápido, e os Tavares criaram os filhos que hoje são profissionais de imprensa e estão prontos para o mercado. Viradas muitas páginas, das mais importantes da história da imprensa paranaense, os “dinossauros” da imprensa do interior estão de volta com um novo desafio: o Jornal do Iguassu, conduzindo os recém-saídos das academias. O compromisso de fazer imprensa de forma séria, com respeito, conduzindo os negócios de forma ética e honesta é o mesmo. A novidade é o formato de jornal voltado para o Território do Iguassu e para os interesses da sociedade trinacional, seu desenvolvimento sustentável, inovador e empreendedor. Iniciamos, como das outras vezes, sendo um semanário, enquanto viabilizamos a implantação de um parque gráfico em sede própria, da altura do que merece Foz do Iguaçu, para então circularmos diariamente, com a mesma qualidade e disposição que a família demonstrou em todos os outros jornais que implantou. A empresa foi criada com base em um modelo de respeito aos funcionários, todos pessoas da mais alta qualidade ética e moral, e inova ao oferecer aos dedicados colaboradores o melhor ambiente de trabalho, contando com refeições balanceadas preparadas por nutricionista em refeitório próprio e, até mesmo ginástica laboral. Respeito para com sua equipe sempre foi a marca registrada dos Tavares. Há quem não goste, mas, o mercado é grande... Rosalvo Tavares - diretor-geral do Jornal do Iguassu

Desejo todo o sucesso para a equipe do Jornal do Iguassu nessa nova empreitada, e agradeço o privilégio de estrear sua primeira edição.” Senador Roberto Requião, por telefone. ao diretor do Jornal do Iguassu, Rosalvo Tavares.


cotidiano l 3

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9ª Regional de Saúde preocupada com a dengue atenção. O elevado número de notificações e de casos confirmados deixam em alerta a saúde regional em razão da estação de calor Da redação Foto: Neri Ribeiro

Números divulgados recentemente pela SESA - Secretaria de Estado da Saúde, dão conta que a região sob a responsabilidade da 9ª Regional, que inclui Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Itaipulândia, Missal, Medianeira, Serranópolis do Iguaçu, Matelândia e Ramilândia, é a mais atingida por casos de dengue entre as 22 regionais do Paraná. De acordo com a mesma fonte até o dia 23 deste mês a região apresentava 1.659 casos confirmados e 5.381 notificados. Em em todo o Estado o número sobe para 10 mil, dos quais 6 mil na 9ª Regional. O Jornal do Iguassu conversou com o diretor da 9ª Regional, Ademir Ferreira, para entender melhor esses números e ouviu a seguinte explicação: “Tivemos um número bastante alto, assim como em outras 132 cidades do Paraná, e mesmo assim a situação é melhor que em São Paulo, por exemplo. Estamos numa situação preocupante, mas buscando prevenir, porque semana que vem entraremos na semana 31 que é justamente o ponto de partida

para tomar cuidados, para que na chegada do verão o índice de infestação predial seja baixo”. Segundo revelou, o Ministério da Saúde recomenda que o nível de infestação predial esteja abaixo de 1%, mas, neste momento Foz do Iguaçu está acima de 6%. “Graças ao bom trabalho que foi feito e à incidência do inverno, esse índice não foi mais elevado, salientando que nas duas últimas semanas foram registrados 6 casos confirmados, três em cada uma”. Ademir prevê um verão complicado, com índices comparáveis aos de 2013/14. Lembrou o diretor que 92% da responsabilidade na prevenção compete ao munícipio, restando às autoridades os outros 8%, combinados com criadouros naturais que possam surgir, especialmente com as chuvas. O Ministério da Saúde preconiza, através da resolução 459 que haja um agente de saúde para cada mil imóveis, e que sejam feitas vistorias bimestrais, no entanto, em Foz do Iguaçu a defasagem é de, no mínimo, 50 agentes. Existem casos em que os municípios recorrem às contratações temporárias, o que não resolve o problema, porque após o término do con-

trato a defasagem continua. UTI da dengue Ademir Ferreira salientou as ações que estão sendo promovidas com o objetivo de combater a proliferação do mosquito transmissor: “Quando todas as ações preventivas tiverem sido feitas, e mesmo assim houver infestação, a saída é desenvolver as chamadas ações de bloqueio. Onde o Centro de Zoonoses e a Secretaria Municipal de Saúde passam a agir com suas máquinas costais passando veneno onde há focos e, em último caso, que seria a “UTI da dengue”, é utilizado o conhecido fumacê. Este recurso exige a solicitação do gestor municipal, devidamente fundamentada, aproveitado pelo nível central de Curitiba e comunicado ao judiciário. Somente então os veículos passam pulverizando o meio ambiente”. O diretor está preocupado também com o aumento da proliferação das larvas, em criadouros espontâneos, devido às intensas chuvas registradas nos meses de maio e junho e a possiblidade de mais chuvas chegarem até o advento do verão e por isso recomenda atenção redobrada à população.

EPIDEMIA. Ademir Ferreira, diretor da 9ª Regional de Saúde, pede atenção da população para a chegada do verão

AGOSTO AZUL

Campanha de saúde começa em todo o Paraná Começa hoje em todo o Estado o “Agosto Azul”, campanha implantada no Paraná no ano de 2012 pela Secretaria Estadual de Saúde com objetivo de promover ações de conscientização, voltadas ao público masculino, a respeito da necessidade de cuidados com a saúde. Dentre as diversas ações previstas, neste ano, os pontos principais são a atividade física e a alimentação saudável. Estatísticas do Ministério da Saúde mostram que, devido ao menor cuidado com a própria saúde, os homens estão mais sujeitos a morrer em razão de doenças que poderiam ter sido diagnosticadas no início e, consequentemente, tratadas de forma adequada. A intenção da campanha é motivar uma mudança cultural, motivando os homens a incorporar sua rotina a consulta médica de check-up, pois muitas vezes quando um homem vai a um serviço de saúde ele já possui algum problema em estágio avançado, o que dificulta o tratamento, podendo deixar sequelas ou até mesmo ocasionar a morte.


4 l entrevista

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FALA, REQUIÃO! Senador analisa o momento político e a crise econômica, ironiza o governo Richa, e diz que o PMDB tem plenas condições de eleger o próximo prefeito de Foz do Iguaçu senador e ex-governador do Estado do Paraná fala com conhecimento e desenvoltura sobre os cenários políticos da tríplice fronteira, do Paraná e do Brasil, com sua natural “acidez” e lucidez Escolher um entrevistado para a primeira edição de um jornal que pretende preencher um vazio na área da comunicação, em uma cidade fronteiriça, irmã de duas importantes cidades em dois países vizinhos, não é uma fácil tarefa. Roberto Requião de Mello e Silva, por seu currículo de realizações nas vidas pública e privada; por sua atuação na política, tendo ocupado os cargos de: deputado estadual, prefeito de Curitiba, duas vezes senador, e em três oportunidades governador do Estado do Paraná, cumpre plenamente o perfil para esta pauta. Polêmico, firme em suas afirmações, implacável na defesa de seus posicionamentos, Requião é político de um único partido, sendo filiado ao PMDB – Partido do Movimento Democrático Brasileiro, sucessor do antigo MDB – Movimento Democrático Brasileiro. Nascido em 1941, é advogado formado pela Universidade Federal do Paraná, urbanista pela Fundação Getúlio Vargas, e jornalista graduado pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

Jornal do Iguassu - Em Foz do Iguaçu o PMDB manterá a aliança com

o PT, ou terá candidato próprio em uma chapa “puro sangue”? Requião - O PMDB terá candidato próprio, sendo o PT de Foz um partido

respeitável. As alianças possíveis serão decididas pelo Diretório Municipal. Jornal do Iguassu - Qual sua análise sobre a relação entre a bancada do PMDB na ALEP com o atual Governo do Estado? Requião - Absolutamente inacreditável, inadmissível e inapropriada. E imoral! O Richa no fundo do poço, às voltas com escândalos que se sucedem a cada minuto, e parte do PMDB abraçado com o pior governador da histó-

PÉ NA ESTRADA. Requião durante a campanha eleitoral de 2012, quando cumpriu uma extensa e extenuante agenda de viagens a todos os 399 municípios do Paraná

Enio Jorge Job

O

Jornal do Iguassu - Como o senhor vê o futuro do PMDB em Foz do Iguaçu, em especial com a aproximação das eleições municipais? Senador Roberto Requião - O PMDB tem todas as condições de eleger o próximo prefeito de Foz e a maior bancada de vereadores da cidade. Basta acabar com a submissão ao governo do estado e lançar um candidato próprio de indiscutível qualidade.


entrevista l 5

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O Richa no fundo do poço, às voltas com escândalos que se sucedem a cada minuto, e parte do PMDB abraçado com o pior governador da história do Paraná.” ria do Paraná. De outro lado, temos peemedebistas combativos, que honram o partido e os paranaenses, como o Requião Filho, o Anibelli, o Nereu e o Ademir Bier. Jornal do Iguassu - De que forma o senador Requião avalia a atuação do Governo Federal, considerando que o vice-presidente é do PMDB? Requião - A política econômica é absolutamente inadequada, ilusória e, seguramente, destinada ao fracasso. Além de incompatível com as posições manifestadas em campanha pela presidente. Ressalvo, no entanto, as políticas sociais, representadas pelas bolsas compensatórias, que ainda estão mantidas. Jornal do Iguassu - Quando o assunto é segurança, temos que perguntar como o Senador vê o corte de R$ 70 bi no orçamento da PF, considerando que Foz é uma das portas de entrada do contrabando e do narcotráfico no país? Requião - Todo corte orçamentário é devido à equivocada política econômica conduzida por Joaquim Levy. Mas não vejo relação de causa e efeito entre o corte e o contrabando, que existe hoje como sempre existiu, com corte ou sem corte. Jornal do Iguassu - Um dos “calos” da segurança na fronteira é a questão ainda indefinida do adicional de fronteira. Cascavel, distante apenas 150 km de Foz e corredor do narcotráfico e do contrabando, não estaria contemplada com este adicional. Qual sua opinião sobre a “fórmula” utilizada para a distribuição do benefício? Requião - O governo federal está cortando tudo, preocupado apenas com o mercado e não vê os problemas de segurança do país com os olhos atentos que deveria. Jornal do Iguassu - O Mercosul

ainda tem um tímido crescimento decorrente de sua instituição. O que esperar no futuro, e a que tempo? Requião - O Mercosul absorve o maior volume dos manufaturados produzidos no Brasil. Boa parte de nossas exportações industriais são para o bloco. Enfim, mesmo que não tenha tido a atenção que deveria do nosso governo, o Mercosul é um sucesso. Jornal do Iguassu - Vê-se a “grande mídia” propalar aos quatro ventos uma crise econômica sem precedentes. Em sua avaliação, essa crise existe? E, existindo, ela é econômica ou institucional? Requião - É evidente que há uma crise global. E o Brasil é atingido principalmente por causa do encolhimento da economia chinesa. Esse encolhimento diminui a compra de nossas commodities. A crise existe por razões internas e externas; as internas pela condução da política econômica. E ela é institucional, também. Fundamentalmente em razão do crescimento endêmico da corrupção. Jornal do Iguassu - A nova legislação a respeito dos free-shops, na análise do senador da República, será a solução para a “crise fronteiriça”, teoricamente aguçada com a valorização do dólar? Requião - Com o dólar alto, o free-shop perde boa parte de seu encanto. Por outro lado, tenho sérias dúvidas de que sua instalação não viria a prejudicar o comércio local e nacional, nas fronteiras. Jornal do Iguassu - A pergunta é, por óbvio, batida, mas como o ex-governador Roberto Requião entende que deveria ser conduzida a questão dos pedágios no Paraná? Requião - A molecagem de prorrogar os absurdos pedágios no Paraná é semelhante, por exemplo, à condecora-

Senado - Divulgação

NA TRIBUNA. O senador Roberto Requião é apontado pela mídia como um dos parlamentares mais combativos do Senado

ção do Luís Abi e do Caramori com a ordem do “Pinhão de Ouro” ou com a suposta arrecadação popular de recursos para doar uma Ferrari nova ao Beto Richa, o que também beneficiaria o seu parceiro de corridas, o Márcio Albuquerque Lima, chefe da Fiscalização da Receita Estadual e responsável pela corrupção no órgão. Jornal do Iguassu - Voltando à política, o PMDB tem um candidato de peso para disputar o Governo do Estado em 2018? Este candidato poderia ser Requião, ou Requião Filho? Requião - O fundamental é que o candidato seja do PMDB e desvinculado de toda a patifaria que marca a atual administração pública estadual. Que seja um candidato do desenvolvimento, da justiça social, dos pequenos em-

presários e agricultores, dos professores, da educação, da saúde e que restaure os princípios da segurança pública e da proteção dos cidadãos. Um candidato sem compromisso com os donos do pedágio, com o grande capital, com os financiadores de campanha. Um candidato que faça como já fizemos no passado: que seja firme e duro no combate à corrupção. Jornal do Iguassu - A região trinacional ganhou, alguns anos atrás, a instituição do Território Transfronteiriço do Iguassu. Como o senhor avalia essa iniciativa e sua eficácia? Requião - Muito boa, tão boa quanto o 21º lugar do Beto Richa nas 500 Milhas de Londrina, pilotando a sua Ferrari, havida não se sabe com que recursos.

A política econômica é absolutamente inadequada, ilusória e, seguramente, destinada ao fracasso. Além de incompatível com as posições manifestadas em campanha pela presidente.”


6 l fronteira

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Vinicius Donadio

EQUIPAMENTO. Helicóptero modelo Esquilo, do 5º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral, subordinado ao Comando do 5º Distrito Naval, participa da Operação Ágata 9

Ministro da Defesa conheceu a estrutura da Operação Ágata VIGILÂNCIA. Mais de 40 órgãos de segurança e fiscalização estão envolvidos na 9a edição da operação O 34º Batalhão de Infantaria Motorizado de Foz do Iguaçu recebeu no dia 30 de julho a visita do ministro da Defesa, Jaques Wagner que veio conhecer em loco o planejamento e a estrutura da 9º edição da Operação Ágata, onde mais 40 órgãos de segurança e fiscalização, Exército Brasileiro, Polícia Federal e Marinha trabalham cobrindo toda a extensão da fronteira oeste do País, combatendo os chamados crimes transfronteiriços, como narcotráfico, contrabando de armas, munições e veículos, descaminho, crimes ambientais e garimpos ilegais. Estiveram presentes na recepção ao ministro, a prefeita em exercício Ivone Barofaldi, o secretário municipal de Segurança Pública Cleumar Farias, representantes das agências que participam da Operação Ágata 9, oficiais generais e personalidades civis. Em Foz do Iguaçu o ministro sobrevoou a cidade, participou de uma operação de patrulha na estrada, acompanhou uma exposição de equipamentos no 34º Batalhão de Infantaria Motorizado e realizou uma VISITANTES. General Eduardo Villas Boas, Ivone Barofaldi, ministro da Defesa Jaques Wagner e Jorge Samek visita à Itaipu Binacional.


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ABIPIR apresenta o Innovacities Latinoamérica Durante a última reunião plenária do CODEFOZ – Conselho de Desenvolvimento de Foz do Iguaçu, ocorrida em 24 de julho, no auditório do Hotel Bella Itália, foi apresentado o projeto Innovacities Latinoamérica – Encontro Global de Empreendedorismo para Cidades Alegres, Criativas, Humanas e Inteligentes (ICLA). Estiveram presentes cerca de 120 membros das câmaras técnicas e convidados, incluindo um representante do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento. Na oportunidade, todos conheceram mais sobre o evento que está agitando positivamente a comunidade da tríplice fronteira. Com mais de 80 parceiros colaborativos até o momento, o ICLA pretende instalar uma vitrine internacional para os talentos e melhores projetos do Paraná e região trinacional em inovações tecnológica, social, de educação, saúde, economia criativa, rural, automação e robótica, além de eventos internos organizados pelas principais instituições de ensino e pesquisa. A apresentação foi con-

duzida por Mariangela Lückmann e Celso Lückmann, diretora de Educação e Eventos e diretor Administrativo da ABIPIR – Associação Brasil Internacional de Inventores, Cientistas e Empreendedores Inovadores, respectivamente. Ambos os empresários, que são voluntários na ABIPIR e coordenam o office latino-americano da entidade e a primeira edição do ICLA no sul do Brasil, apresentaram o cativante vídeo do evento e convidaram o público a se engajar nesse movimento que objetiva contribuir para a transformação positiva da realidade do território do Iguassu a partir da inovação e da educação criativa empreendedora, somando-se a outras iniciativas de integração propostas e existentes. A repercussão ao final da apresentação foi bastante positiva, com votos de sucesso e o compromisso coletivo com o desenvolvimento trirregional corroborado pelos presentes. voluntários Empresários em Foz do Iguaçu há vinte anos, o casal registrou a essência do trabalho da ABIPIR e do evento

PROJETO BEIRA FOZ

Fotos: CODEFOZ Divulgação / Kiko Sierich

SUCESSO. Repercussão na plenária do CODEFOZ foi positiva. Presentes assumiram compromisso coletivo com o desenvolvimento trirregional

PALESTRA. Mariangela Lückmann, diretora de Educação e Eventos da ABIPIR, apresentou o projeto Innovacities para mais de 120 pessoas no auditório do Hotel Bella Itália

apresentado ao CODEFOZ: “Antes de tudo, somos cidadãos e voluntários conscientes dos desafios inerentes ao desenvolvimento territorial. Buscamos contribuir com todas as organizações que almejem os mesmos objetivos estratégicos para a melhor qualidade de vida nos aglomerados urbanos e rurais. A lição de casa começa em nosso próprio quintal,

especialíssimo por suas características multiculturais e geografia. Nossos instrumentos de ação fundamentam-se nas parcerias colaborativas para a exposição positiva internacional dos talentos que tiverem interesse em se mostrar, dos empreendedores e inovadores tecnológicos e sociais que desejam uma oportunidade de interagir, conhecer investidores CODEFOZ Divulgação / Kiko Sierich

Codefoz entrega masterplan do projeto a Ivone Barofaldi O Conselho de Desenvolvimento de Foz do Iguaçu entregou a versão final do masterplan do Projeto Beira Foz para a prefeitura, representada pela prefeita em exercício, Ivone Barofaldi (PSDB) na última plenária realizada pelo Conselho. Também foi apresentado o estudo de viabilidade do autódromo e a proposta de criação da Zona Especial de Interesse Turístico em Foz do Iguaçu. O presidente do Fundo Iguaçu (Fundo de Desenvolvimento e Promoção Turística do Iguaçu), superintendente de Comunicação Social da Itaipu e secretário do Codefoz, Gilmar Piolla, apresentou o plano aos presentes. Segundo Piolla, a prefeitura já encaminhou as especificações técnicas para a contratação da consultoria que apoiará a revisão do Plano Diretor. Ao receber o masterplan do Beira Foz, Ivone Barofaldi frisou que os grandes projetos estruturantes são fundamentais para o desenvolvimento de Foz do Iguaçu. “Antes diziam que existiam recursos públicos e investidores privados, mas a cidade não tinha propostas. Hoje essa realidade é diferente. A velocidade das ideias para as ações na prática é surpreendente”, observou,

e clientes, dos inventores que querem mostrar sua capacidade heurística. ” Mariangela informou também que iniciaram o desenvolvimento de parcerias voltadas à implementação de metodologia educacional criativa e empreendedora para estudantes e adultos, desenvolvida pelo presidente da ABIPIR, Marcelo Vivacqua, e com certificação internacional da IFIA – International Federation of Inventors’ Associations, o EducaInnova (www.ifia.com). Frisou ainda que “a ABIPIR optou por trazer o ICLA para Foz do Iguaçu para que, antes de tudo e todos, nós, cidadãos da região trinacional, possamos conhecer o que temos de melhor e mais inovador aqui e, a partir disso, investimentos sejam fomentados para os melhores projetos e talentos, desde a fase estudantil. É uma construção coletiva iniciada este ano, bem-sucedida já se considerarmos os 100% de aderência ao projeto que temos até o momento. Pretendemos propiciar a ambiência criativa necessária para transformar nossa região em referência internacional quanto a essas temáticas nos próximos anos”. (Enio Jorge Job – Assessor de Comunicação e Marketing da ABIPIR) PROJETO. Ivone Barofaldi, prefeita em exercício, recebe o masterplan, ladeada por Licério Santos, do Comtur, e Roni Temp, do Codefoz

600 hectares

O Projeto Beira Foz foi desenvolvido pela Arup, da Inglaterra, uma das maiores consultorias do mundo em projetos urbanísticos. É uma proposta estratégica de desenvolvimento urbano e ocupação pública e privada das margens do Rios Paraná e Iguaçu, que prevê uma plataforma de investimentos por meio de operações urbanas consorciadas e parcerias público-privadas (PPPs).

l A área-piloto abrange 600 hectares, com modelagem de sete operações urbanas consorciadas, priorizando a Beira Rio existente, no trecho de seis quilômetros já pavimentados, e a região do entorno da Ponte Internacional da Amizade, Jardim Jupira e Marco das Três Fronteiras. l A versão final inclui uma ampliação da definição, sugerida pelo presidente da Embratur, Vinicius Lummertz. Assim, o Beira Foz também passa ser definido como uma Área Especial de Interesse Turístico.


8 l cotidiano

Sexta-feira, 31 de julho de 2015

PORTAIS MUNICIPAIS

Ministério Público instaura 729 inquéritos Da redação com assessoria do MP - PR

VIABILIDADE. Modernização possibilita aumentar em até oito vezes o volume transportado

Kaefer defende extensão da Ferroeste até MS

O Ministério Público do Paraná instaurou 729 inquéritos civis para acompanhar a adequação dos portais da transparência das prefeituras e câmaras municipais ao que determina a Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011). Os procedimentos investigatórios alcançam 91,4% dos executivos e legislativos municipais do Estado - que totalizam 798. Dentre os procedimentos instaurados para promover a regularização dos sites dos 399 municípios em maio deste ano, 154 contêm TACs - Termos de Ajustamento de Conduta, firmados com 75 prefeituras e 79 câmaras no intuito de promover o efetivo acesso da população aos dados da gestão pública. Nesta etapa do projeto, o MP está priorizando a assinatura desses termos com o intuito de ajudar os gestores públicos a solucionar os problemas relacionados à divulgação dos dados públicos, antes de buscar a aplicação de sanções. Programa A verificação e a adequação dos portais de transparência estão sendo feitas dentro da segunda etapa do projeto Transparência nos Municípios. A primeira foi voltada ao desenvolvimento da plataforma digital para apoiar os entes públicos a regularizar seus portais. A terceira e última, será em setembro com a realização do encontro da Rede de Gestão Pública.

proposta. Novo traçado da ferrovia visa ampliar e agilizar o transporte de cargas e contempla até o país vizinho, o Paraguai

Trabalho árduo O MP terá um penoso trabalho pela frente, visto que não é incomum o cidadão se deparar com sites desenvolvidos tendo unicamente em mente confundir o usuário, com menus de difícil compreensão e dados escondidos propositalmente para que não sejam encontrados. Executivos e Legislativos pelo Paraná afora apresentam o que se poderia chamar de “portal para inglês ver”, nos quais as informações até existem, no entanto, é necessário que o usuário seja praticamente um cientista para que as encontre.

Enio Jorge Job com AI

REAJUSTE

Foto: Ferroeste

O deputado federal Alfredo Kaefer apresentou proposta de Emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015 visando contemplar a construção de trecho ferroviário ligando Maracaju (MS), aos municípios paranaenses de Cascavel, Guarapuava e Paranaguá. O deputado federal paranaense intenciona, com a emenda proposta, garantir transporte mais rápido e com redução significativa dos desgastes impostos à malha rodoviária, o que só ocorrerá com implantação da necessária infraestrutura ferroviária até o porto de Paranaguá, objetivo da rubrica orçamentária apresentada. “O traçado é uma reivindicação da sociedade paranaense e corrige a proposta apresentada no plano de concessões ferroviárias lançado recentemen-

te pelo governo federal, ligando Cascavel/Mafra/São Francisco do Sul/Paranaguá”, afirmou Kaefer (PSDB-PR). De acordo com o parlamentar, a modernização da linha ferroviária e a redução do traçado sinuoso permitirá ampliar o volume do transporte ferroviário até o Porto, dos atuais 10, para cerca de 80 milhões de toneladas. O Fórum Permanente Futuro 10, destinado a aperfeiçoar o Plano Estadual de Logística e Transportes do Paraná (PELP) para o ano de 2035, reúne as principais lideranças do Estado, e destaca a prioridade que deve ser dada ao projeto ferroviário que passa pela Ferroeste, entre Maracaju (MS) e Paranaguá. Embora a ferrovia que liga Maracaju (MS) a Paranaguá seja considerada uma obra preferencial no modal ferroviário, incompreensivelmente ela permanece no fim da

fila dos estudos de viabilidade técnica do governo federal. O novo traçado beneficiará as principais regiões produtoras de grãos do Paraná, com ênfase para a soja e o milho, ampliando a velocidade média de transporte de carga, dos atuais 15 km/h para 65 km/h. A construção do novo ramal ferroviário atenderá, além do Paraná e do Mato Grosso do Sul, os Estados do Mato Grosso e Goiás. Um segundo ramal interliga a ferrovia com Foz do Iguaçu e contempla o país vizinho, o Paraguai, até a cidade de Pilar. Não somente a velocidade do transporte será incrementada, como também a quantidade de vagões transportados, só possível com a adoção de um traçado menos íngreme e sinuoso. “Os paranaenses terão uma ferrovia construída em um ambiente competitivo que vai oferecer ao mercado o menor preço possível”, concluiu Kaefer.

Tarifa da água terá mais um aumento: 8% em setembro

O consumidor paranaense pode ir preparando o bolso para mais um aumento na conta de água e esgoto que vai ficar ainda mais cara a partir de setembro. A pedido da Sanepar, o governo do Estado concedeu o reajuste de mais 8% nas tarifas. A autorização foi publicada na quarta-feira (29) em Diário Oficial. Esse vai ser o terceiro aumento somente neste ano. Em março, as contas ficaram 6,5% mais caras e, em junho, o reajuste foi de mais 6%. Somando tudo, a tarifa de água e de esgoto já saltou 20,5% em 2015 na comparação com o ano passado. A revisão extraordinária nos valores foi feita pelo Instituto de Águas do Estado, que regula o saneamento no Paraná. O principal motivo, segundo o diretor financeiro da Sanepar, Gustavo Guimarães, foi a alta nos valores da energia elétrica. Ainda conforme a Sanepar, os três reajustes acumulados, neste ano, devem gerar gastos 88% maiores com a Copel se comparado com 2014. Mesmo assim, a bancada de oposição da Assembleia Legislativa do Paraná é contra o novo aumento. No dia 14 de julho, o grupo protocolou uma representação junto ao Ministério Público para tentar anular o novo percentual. O argumento é de que a alteração é ilegal porque contraria a Lei de Saneamento, que prevê apenas um aumento de tarifa por ano. O MP ainda não se manifestou sobre o assunto.


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Sexta-feira, 31 de julho de 2015

Edgar Bueno quer o resto das pedras da BR 163 l O que pensa o prefeito de cascavel?

NOVELA. Passados dois anos do tragicômico e polêmico “caso das pedras”, os envolvidos no “reaproveitamento da estrada inservível” reclamam o resto do material

Em declaração à imprensa, o prefeito comemorou, “O mais importante é que fomos inocentados no processo de improbidade administrativa. O outro passo é que estamos pleiteando a possibilidade de tirar o resto da pedra. Pretendo ir à Brasília e mostrar para o Ministro que a estrada é inservível e que não tem porque deixar o material lá por anos”. A prefeitura ainda não confirmou se já tem uma data agendada no Ministério dos Transportes. O trecho é federal e de responsabilidade do DNIT.

Da Sucursal - Cascavel Foto: arquivo/Enio Jorge Job

Em 2013 o vice-prefeito de prefeito de Cascavel, Maurício Theodoro, o “Magal”, foi flagrado retirando pedras de um trecho desativado da BR-163, o que exigiu a destruição do patrimônio da União, sem autorização do DNITDepartamento Nacional de Infraestrutura de Transporte. Quando o caso chegou ao conhecimento da polícia e da Justiça, cerca de meio quilometro de estrada já havia sido desmanchado, numa curiosa operação realizada às pressas, por uma força tarefa da Secretaria de Obras, com as máquinas trabalhando a todo vapor madrugada adentro. Na ocasião, foi constatado que as pedras foram levadas para o aeroporto, onde foram usadas como base na taxiway e até na entrada de propriedades particulares que margeiam o acesso ao aeroporto. Magal resolveu o problema da prefeitura, repondo pedras que o município já deveria ter eu seu poder e não sabe explicar onde foram utilizadas, e transformou a vida dos moradores das margens da rodovia destruída em um verdadeiro inferno. Desde então, o que sobrou da estrada, que tem cerca de um quilômetro, segue em uso precário, com os moradores se deslocando até a BR 277, onde costumam pegar o transporte coletivo para o trabalho, tendo que conviver com os buracos e muito barro, quando chove. Muitos que por ali vivem, trabalham em Cascavel. TRANSPORTE PÚBLICO

Cettrans começa a trocar abrigos Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. Foi mais ou menos isso que aconteceu para que a Cettrans – Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito, atendesse a população que faz uso do transporte coletivo urbano com a instalação de novos abrigos nos pontos de ônibus de Cascavel. A ação que comecou a semana passada faz parte do projeto que prevê a instalação de 100 novos abrigos. Os

l O que dizem os proprietários?

BURAQUEIRA. O trecho de aproximadamente meio quilômetro destruído pelo vice-prefeito “Magal” ficou assim

A polêmica A retirada das pedras da BR 163 gerou polêmica e até uma CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara de Vereadores, alcançando o Ministério Público e a Polícia Federal. Como havia sido prenunciado, a CPI dos vereadores acabou não dando em nada. Na Justiça, foram todos absolvidos do pretenso caso de improbidade. Até agora, a Polícia Federal não concluiu sua investigação. Passados mais de dois anos, o prefeito Edgar Bueno quer usar o resto das pedras em nova ampliação do aeroporto, mas desta vez pretende conseguir autorização primeiro. O caso das

pedras, muito provavelmente, jamais será esclarecido, pois nem o DNIT, tampouco o DER, que à época declararam publicamente não terem autorizado a retirada do material, tomaram qualquer medida para responsabilizar seja lá quem for. E tem mais. O trecho da estrada destruído está dentro do município de Santa Tereza do Oeste, que também não foi ouvida no caso da destruição da rodovia. Bueno não explicou como deslocou equipamentos públicos a outro município para destruir propriedade pública da União. A isso, soma-se o prejuízo às propriedades dos agricultores do entorno, desvalorizadas pela perda do acesso asfáltico.

Diante de nova ameaça de perderem o resto do trecho asfáltico, os proprietários de terras às margens da rodovia prometem agora, recorrer à Justiça. “Nos compramos o imóvel com a valorização do asfalto que corta nossas terras. Sem o asfalto o valor cai muito e não é justo, que destruam algo que está pronto, para atender e baixar custos de obras de uma outra cidade”, declarou um dos proprietários atingidos.

l Qual a opinião do Jornal do Iguassu?

Entendemos que se, não importa por qual motivo ou sob que justificativa, a Justiça interpretou que a retirada foi legal e dentro na normalidade, probidade e ética administrativa exigíveis de um prefeito, que essa mesma Justiça DEVE garantir a retirada do resto do material, afinal, não podem subsistir dois entendimentos diferentes sobre o mesmo tema. É, igualmente esperado, que a justa indenização pela desvalorização de suas propriedades seja garantida aos proprietários das terras adjacentes.

PMC/Divulgacao

bairros beneficiados até agora foram: Guarujá, Cascavel Velho e região do Núcleo Industrial Allan Charles Padovani. A Divisão de Transporte da Cettrans tem a dura missão de agradar os usuários, que a todo o instante estão expondo nas redes sociais a precariedade dos pontos. A ação, que ora se inicia, nao era realizada há muito tempo, o que motivou uma série de denúncias na midia local, fazendo com que a companhia tomasse providencias. Na Câmara o vereador Jorge Menegatti (PSC) já havia apresentado um minucioso levantamento, com fotos e demais informações, pedindo a

atenção do prefeito. A melhoria responde as denúncias dos usuários, que querem melhor

qualidade no transporte coletivo. “O preço da tarifa merece uma melhor oferta de quali-

COMODIDADE. Agora, Cascavel terá pontos de ônibus decentes

dade e comodidade para quem aguarda o ônibus”, comentou um usuário. Além da instalação de novos abrigos, a Cettrans está repondo os abrigos vandalizados. A Companhia pede à população que ao constatar qualquer ato de vandalismo, denuncie por meio do Ouvindo Cidadão – 156, ou acione a Polícia Militar. Assim como a campanha chama a comunidade para a denúncia, a comunidade continua no dever de denunciar a precariedade do serviço.


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Sexta-feira, 31 de julho de 2015

MEU FILHO é USUÁRIO DE DROGA, O QUE FAZER?

Arquivo

VÍCIo. O crack saiu das favelas para adentrar as luxuosas coberturas. Se este mal bateu à sua porta, procure ajuda

Fabiane Tavares

“Meu problema não é diferente do de muitas pessoas que têm no seio da família, um usuário de droga. Estou convivendo com isso e não sei até quando vou aguentar. Tenho feito de tudo para livrar meu filho do crack”. O desabafo é de uma mãe, que não vamos identificar para preservar a família e o filho dependente químico. Vamos chama-la de Maria. Maria nos contou sua história durante uma visita de trabalho que fez à sede do Jornal do Iguassu para tratar da nova decoração. Entre uma sugestão e outra, dividiu o seu drama com nossa equipe. “Tenho feito de tudo: internei, levei-o à igreja e em todos os lugares onde me davam uma esperança de retirá-lo desse mundo. Mas, não aguento mais”, confidenciou. Maria disse que procurou ajuda profissional até em outras cidades, com tratamentos caros que, no entanto, não surtiram efeito. “Ele fica internado por um período e volta a usar. Na tentativa de protege-lo, tenho feito vista grossa, e ele vem se drogando dentro de casa. Não quero perdê-lo, mas não tenho mais o controle sobre a minha vida. Em casa, não há dinheiro que chegue, e os objetos e eletrodomésticos viraram moeda de troca”. Há muito tempo que o crack chegou à chamada “alta sociedade”. Por ser uma droga com efeito bem mais rápido que as costumeiras: maconha e cocaína, temos ela como o limite do vício. A crise econômica também ajudou na migração dos usuários do asfalto que procuram pelo crack, nivelando os “Mauricinhos” aos “Josés”.

resistência ao tratamento. e agora? Em muitos casos o dependente químico não quer sair do vício. Tem consciência de que está agindo errado, mas não aceita ajuda. O que pode ser feito, quando ele não quer se tratar? Segundo Michele Arnold, psicóloga e pós-graduada em Saúde Mental, o mais importante nesse caso é o apoio e ajuda familiar de quem convive com o usuário, pois hoje a facilidade que se tem para encontrar ou aguçar a curiosidade no uso das drogas está muito maior. O que podemos fazer é um trabalho em conjunto. Não somente o profissional da psicologia, mas, médicos psiquiatras, assistentes sociais, enfermeiros, enfim, uma equipe multidisciplinar capaz de verificar o histórico do paciente e dos familiares, acompanhando e orientando o tratamento adequado. É necessário a intervenção familiar, e o direcionamento é o mais importante. Não julgar, nem criticar o usuário, e sim reconhecer que ele precisa de ajuda e apoio. Que está doente

e precisa de orientação. Principalmente amor e afeto dos que fazem parte da sua vida, da sua história. Recomenda Michele que, primeiramente, se evite o desespero. Tente acalmar-se. Seu filho está usando drogas e resta-lhe agora encontrar a solução. Somos seres humanos e é quase impossível não se desesperar numa situação como essa. No entanto, não devemos tomar nenhuma atitude quando estamos confusos, magoados ou frustrados. De fato, não estamos equilibrados emocionalmente para tomada de decisões. Em conversa com a psicóloga, ela nos colocou a seguinte situação: “Na descoberta do vício, palavras mal proferidas machucam muito e deixam marcas profundas em nossas vidas. Esse momento não é adequado para acusações, ofensas, MIchele aRNOlD. “na descoberta do vício, palavras mal proferidas machucam e deixam marcas profundas”


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tampouco sentimento de culpa”, alerta. Michele sugere que busquemos muita força e sabedoria para melhor lidar com a situação. “Há muitos pais que colocam os próprios filhos, usuários, para fora de casa, agridem fisicamente, como se isso levasse a uma solução repentina”. É imprescindível manter a calma e não demonstrar para ele toda sua frustração, mágoa e tristeza, com um diálogo franco e honesto, sem alteração de voz. O maior objetivo, nesse diálogo, é fazê-lo reconhecer que precisa de ajuda, e que não está sozinho. codependência “A família por sua vez, se torna ‘prisioneira’ do vício do dependente químico. A isso chama-se “codependência”, e é necessário tratá-la. Temos presenciado o sofrimento das famílias, e vemos que elas são tão afetadas tanto quanto o usuário, pelas drogas e seus efeitos. A família precisa buscar um tratamento adequado para ambos, pois assim como o usuário, os familiares também necessitam de orientação e suporte para lidar com o sofri-

mento e as possíveis recaídas. A união e o apoio de todos que fazem parte da vida do usuário é um fator muito importante”, frisa a especialista. SIM-PR Em Cascavel, essa ajuda pode ser encontrada no SIM-PR, que começou as atividades em fevereiro com uma equipe multidisciplinar de 50 profissionais, disponibilizando 37 leitos de atendimento noturno, para pacientes dos 25 municípios que integram a 10ª Regional de Saúde. A clínica está dividida em um Caps Ad III e duas Unidades de Acolhimento, sendo uma infanto-juvenil e outra para adultos, com capacidade de 150 atendimentos clínicos/dia. Já em Foz do Iguaçu, há uma unidade de atendimento no Caps Ad, com atendimento e acolhimento. Homens contam ainda com atendimento pela Sagrada Família, com a Irmã Célia, enquanto as mulheres têm uma unidade específica, na Casa de Apoio Feminina Reviver. Na região, ainda há Casas de Passagem em Toledo e Palotina.

Esteja atento(a) aos sinais

l Amar é também corrigir, e toda correção é dolorosa, tanto para quem corrige, quanto para quem é corrigido. l Dê responsabilidades, como pequenas tarefas domésticas, mesmo para os pequenos, por mais que você tenha suporte, como uma secretária do lar. Isso é muito importante, pois a falta de compromisso é uma das maiores fugas do usuário.

Veja algumas dicas para a prevenção

l Estabeleça limites, estipule horários, discipline o uso de internet, de videogames, celulares, horários para estudo, e para ajuda nos afazeres de casa, dê responsabilidades, adote regras. l E, o mais importante de tudo: dê amor, carinho e afeto ao seu filho, pois em um lar que tenha suporte afetivo e moral, será muito mais fácil evitar a aproximação com o mundo das drogas. l “Somente quando perdemos algo, é que damos valor. O sofrimento é a estrada, que nos conduz a rever nossos conceitos e valores’’.


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Sexta-feira, 31 de julho de 2015

Rorato entra no páreo e incendeia sucessão em Foz

PMFI - Divulgação

ELEIÇÃO. Político hábil, advogado solta as pedras no tabuleiro da sucessão municipal e obriga adversários a redefinir estratégias A briga pela sucessão do prefeito Reni Pereira estava numa letargia danada com apenas dois candidatos fortes correndo na raia: Reni Pereira tentando a reeleição; e, Paulo Mac Donald aglutinando as forças da oposição. O processo navegava em águas tranquilas e serenas até que surgiu um furacão chamado Cláudio Rorato. Político hábil e matreiro, ele soltou as pedras no tabuleiro da sucessão obrigando seus adversários a traçar novas estratégias. Advogado esperto, Rorato é hoje um próspero empresário do ramo turístico e imobiliário. Foi vice-prefeito de Samis da Silva e disputou uma cadeira na Câmara dos Deputados, totalizando mais de 70 mil votos. No mês passado, Rorato desfiliou-se do insignificante PTB e assumiu a presidência do PMDB em solenidade prestigiada por cerca de 500 simpatizantes e correligionários, tendo como padrinhos o poderoso senador Roberto Requião e o cacique local, Dobrandino Gustavo da Silva, que foi prefeito de Foz por duas vezes. “Em um dia chuvoso como esse, o partido reunir tanta gente é sinal que o PMDB

Arquivo pessoal Cláudio Rorato

CONFIANÇA. O ex-prefeito Mac Donald se diz preparado para enfrentar qualquer adversário

Paulo Mac Donald prepara-se para o enfrentamento

PREFEITURÁVEL. Rorato deverá ser o candidato do PMDB, contando com o importante apoio do senador Requião

está ressurgindo. Voltará a ser forte e unido como foi outrora. O partido terá candidatura própria. Temos um ano para decidir. Pode ser eu ou outro nome”, afirmou. No início do ano, Rorato dizia que não seria candidato se Paulo Mac Donald fosse disputar a Prefeitura. “Não vou jogar dinheiro fora” teria dito

ele a um amigo. Quatro meses depois, Rorato foi picado pela mosca azul e decidiu solidificar sua pré-candidatura. “Assim que coloquei meu nome à disposição, os apoios vieram aos borbotões. Lideranças da maioria dos partidos nos procuraram para hipotecar apoio e solidariedade”, comentou Rorato em uma roda de amigos.

Tão logo ficou sabendo que a candidatura de Rorato era para valer, o ex-prefeito Paulo Mac Donald passou a sair com mais frequência de seu bunker na rua Xavier da Silva e a andar com maior regularidade nos bairros da cidade. Agora ele é visto passeando pelas ruas e cumprimentando as pessoas, que interrompem suas caminhadas diárias para destilar veneno contra o atual prefeito e pedir o retorno de Mac Donald ao Palácio das Cataratas. Paulo reativou seu perfil na rede social Facebook, escrevendo artigos diários nos quais detona a atual administração, principalmente pelos seus “pecados” nas áreas da saúde e educação, pontos considerados fortes em seu governo, ocorrido entre 2005 e 2012. Mac Donald tem reunido seu diretório e busca a formação de uma chapa forte de vereadores para viabilizar a consolidação de uma maioria na Câmara, capaz de lhe dar sustentação, se for eleito por mais uma vez. Ele não esquece que durante oito anos sofreu como um condenado, por ter uma Câmara hostil comandada por Carlos Budel. O ex-prefeito também está em busca de novos espaços nos veículos de comunicação, com vistas a fortalecer seu projeto eleitoral. No entanto, sua maior preocupação é com a Justiça, devido à condenação no tão malfadado caso do Festival de Humor, realizado há alguns anos, que provocou dor de cabeça inclusive no “Menino Maluquinho” chamado Ziraldo Alves Pinto.


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Sexta-feira, 31 de julho de 2015

Reni aposta em reviravolta e se articula com o objetivo de garantir a reeleição Não é segredo para ninguém que a popularidade de Reni Pereira não é das melhores. Se a eleição fosse hoje, o atual prefeito passaria vergonha. Porém, todos sabem que Reni é um político experiente e muito bem articulado, que não medirá esforços para garantir a reeleição. Seus marqueteiros apostam que dará a volta por cima, e contam com algumas estratégias interessantes. A primeira é tentar dividir a oposição e garantir uma eleição com pouco mais de 30% dos votos. “O Reni não está morto e pode surpreender”, comentou um entendido em política. A segunda é tentar aglutinar um grande número de partidos, dominando a televisão e dessa forma sufocar seus adversários, que teriam um tempo reduzido no horário eleitoral gratuito. A terceira – e essa é a grande aposta – é alavancar sua

popularidade e a aprovação de seu mandato, com a inauguração de um respeitável volume de importantes obras no primeiro semestre do próximo ano. Entre essas obras destacam-se a duplicação e pavimentação de avenidas estratégicas como a Morenitas, a Javier Koelbl, a Andradina, a José Maria de Brito, a Felipe Wandscheer, a do Centenário, e as marginais da BR-277 e, claro, as creches e unidades de saúde. Se nenhuma das alternativas der certo, Reni certamente tem uma carta na manga. Esperto como uma raposa, o atual prefeito deve ter um bem planejado plano B. Se sua candidatura se tornar inviável, ele lançará a esposa deputada – que não tem nada a perder - ou apoiará outro candidato, desde que não seja o Mac Donald, do qual é notório desafeto.

Quem serão os nanicos e laranjas? Candidatos nanicos, de alto teor esquerdista e que tentam vender o peixe do finado marxismo-leninismo, sempre participaram dos pleitos em Foz do Iguaçu. Aliás, de qualquer pleito neste Brasil de dimensões continentais. Nunca faltam, também, os “laranjas” a serviço de candidatos poderosos, que preferem uma campanha “de alto nível”. Nesse quadro serão muito prováveis as candidaturas de Dilto Vitorassi (PV), José Elias Aiex Neto (Psol) e José Reis Cazuza (PROS). Todos são nanicos. Ninguém sabe ainda quem será laranja.

Trio Los Panchos Tanto a oposição, quanto a situação, fazem seus blocos para valorizar seus passes. Sairam na frente nesta empreitada os vereadores Luiz Queiroga (DEM), Gessani da Silva (PP) e Nilton Bobato (PCdoB). Os três formaram um bloco “forte e indissolúvel”, para negociar espaço. Sua opção preferencial é pela candidatura de Mac Donald, de quem já foram aliados por oito anos. Mas, como ele é um osso duro de roer, o trio não descarta a possibilidade de se “cair” no colo de Claudio Rorato. Para tanto, há de ser quebrada uma resistência forte de Nilton Bobato.

PSD de camarote

SURPRESA. Reni tem fôlego de maratonista nigeriano e pode virar a mesa na campanha eleitoral

Quem assiste a tudo de camarote é o PSD. Wanderley Teixeira e Emerson Wagner, que mandam no partido, possuem um trunfo enorme. O deputado Chico Brasileiro, detentor de mais de 60 mil votos na última eleição para prefeito, e eleito deputado com sobra de votos. Teixeira, dono de uma grande corretora de seguros, costuma ir na direção do vento. Só que ele não tem votos. Em uma análise otimista, teria o dele e de sua família. Portanto, terá de ir na sombra de Chico Brasileiro. Agora, se por qualquer motivo Mac Donald não viabilizar sua candidatura, Chico Brasileiro virá com tudo e será um Deus nos acuda, com três candidaturas fortes: Rorato, Reni e Chico.


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Sexta-feira, 31 de julho de 2015

Nuevo récord de turistas para las Cataratas

Archivo personal

TURISMO. El Parque Iguazú supera en este julio de 2015 en más del 70% la cantidad de visitantes recibida para el mismo mes del año pasado DONATIVO. En la camioneta lleváran su ayuda a la Escuela de las 2 mil hectáreas

Amigos se juntaron para ayudar a los que más necesitan SOLIDARIDAD. Se identifican como “Tornado Cataratas” y ya llevaron su ayuda al Hogar de Ancianos y a la Escuela de las 2 mil hectáreas RECORD. El intendente Marcelo Sánches entregando un presente al turista 160.113

Puerto Iguazu - Las Cataratas del Iguazú quebraron el récord de visitantes registrado para un mes de julio, recibiendo en la mañana de miércoles, 29, su turista Nº 160.113 en lo que va del corriente mes, en el marco de una temporada de invierno inigualable para el destino Iguazú, superando todas las expectativas. La marca anterior había sido establecida por el mes de julio de 2012, con 160.112 turistas. Alrededor de las 10:30 hicieron su arribo al Parque Nacional Iguazú y provenientes de la ciudad de Avellaneda, provincia de Buenos Aires, el Sr. Claudio Alberto Fernan-

dez junto con su esposa y sus dos hijos, quienes fueron sorprendidos por el recibimiento y el agasajo del Intendente del Parque Nacional Iguazú, Sergio Arias Valdecantos, el Intendente dela ciudad de Puerto Iguazú, Marcelo Sánchez, y el Sr. Alcides Capra, Gerente General de la concesionaria del Área Cataratas, Iguazú Argentina. Claudio y su familia es la tercera vez que visitan las Cataratas del Iguazú, pero en este 2015 decidieron venir para que su hija las conociera. Recuerdan que en su primera visita en diciembre de 2001, “cuando estacionábamos

el automóvil, no había nada más alrededor. La vez anterior, en mi primer regreso, me sorprendió la infraestructura que se ha desarrollado, el nivel de los servicios que se le brindan al turista y la atención de quienes trabajan aquí. Sin duda alguna, nuestra decisión para este invierno fue volver al lugar más lindo de la Argentina”. El Parque Nacional Iguazú supera en este julio de 2015 en más del 70% la cantidad de visitantes recibida para el mismo mes del año pasado, y se encamina inclusive a superar al mes de mayor concurrencia de este año, que fue enero, con 167.611 turistas.

Puerto Iguazu - Nació como un grupo de amigos que se juntaban a comer todos los miércoles. Luego surgió la idea de recorrer distintos lugares de la provincia. Y al ver las necesidades que había en algunos lugares que visitaban, decidieron comenzar a juntar todo tipo de ayuda: ropa, alimentos no perecederos, frazadas, de todo. Se identifican como “Tornado Cataratas” y ya llevaron su ayuda al Hogar de Ancianos y a la Escuela de las 2 mil hectáreas. Anibal Schereiner, vocero del grupo, contó que la idea surgió un grupo de amigos, que tenían la intención de pasear por la provincia y cuando fue la inundación en El Soberbio nació la idea de juntar algunas cosas para la gente que necesitaba. “No pudimos llevar las cosas en moto, fuimos en camioneta y seguimos agrandando el grupo, se fueron sumando chicos, paseamos por todo misiones y, a la vez, tratando de ayudar un poco a la gente. Nos contactamos con gente de Buenos Aires y nos trajeron ropa, remedios, alimentos no perecederos, que repartimos entre el hogar de ancianos y la escuela de las 2 mil hectáreas”, contó. Los que se quieran sumarse pueden hacerlo a través del Facebook “tornado cataratas”. Hoy ya son alrededor de 30 personas, “un grupo de amigos que nos juntamos para ver de qué manera podemos ayudar y donde podemos ir en la provincia a pasear un poco y llevar nuestra ayuda”.

TRISTE FINAL

Le habían dado el alta y se murió en la puerta del Hospital Por La Voz de Cataratas – Puerto Iguazu - Una de esas mañanas cuando todo se mueve en la ciudad turística de Iguazú y mientras muchos disfrutan de las maravillas, un hombre vivía y dormía en la calle desde hacia mucho tiempo. Nadie lo vio? Nadie se enteró? Nadie se hizo cargo. Siquiera se acercó a preguntar. No sabemos como, ni cuan-

do llegó al Samic de Iguazú. Lo cierto es que una de esas vecinas conocidas por ayudar lo vio en la guardia y le preguntó que hacia allí, ya que estaba acostado en el piso. El hombre, Gregorio, le dijo que le habían dado el alta pero como no tenía a donde ir, y no tenia parientes se quedo. Marga, la vecina buscó una silla de ruedas y logró sentarlo.

Esa misma noche a las 22:30hs falleció allí sentado en la silla. Triste final como muchos, que si no se publica nadie se entera, nadie sabe, pero que todos comentan, todos opinan y todos juzgan. La responsabilidad de todos nosotros del por qué Gregorio estaba en la calle, y no nos interesamos por saber si estaba enfermo, si necesitaba ayuda, si tenia para comer.

El hombre descansó. Pero esto no justifica que donde deben curar a los enfermos se lo deje tirado sin atención. En la mañana de hoy no había respuestas del hecho desde el Samic Local. En comunicación telefónica con el ministro de Salud Oscar Herrera, se enteraba de lo sucedido, “esto no puede ser, voy a abrir una investigación y habrá sumarios

a los responsables de lo sucedido” dijo a Lavoz, indignado por el hecho. Desde el Samic de Iguazú no recibimos respuesta. Por trascendidos “Gregorio habría llegado a la mañana del martes, lo internaron le aplicaron suero y el mismo se fue”. Más interrogantes y pocas respuestas. Lo que si sabemos es que ninguno de nosotros hizo nada.


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Sexta-feira, 31 de julho de 2015

Suspenden cirugías por falta de camas en IPS de CDE SITUACIÓN DE COLAPSO. En la previsional también informaron que no cuentan con suficientes medicamentos e insumos Por Vanguardia Foto: Vanguardia

Ciudad del Este - El IPS de Ciudad del Este sigue en situación de colapso, algunas cirugías programadas tuvieron que ser suspendidas, por falta de espacio en la previsional. Esto según lo mencionó el director médico Hugo Casartelli, quien añadió que la falta de medicamentos es a causa de la burocracia de la central de Asunción. A falta de camas, actualmente se suspendieron las cirugías programadas en el IPS de Ciudad del Este. Así también informaron que no cuentan con suficientes medicamentos

e insumos. Hugo Casartelli, director médico, dijo que para paliar la situación se están realizando refacciones por la falta de espacio en la previsional. “Actualmente estamos refaccionando, lo que es la parte de pediatría y lo que va ser el área de cirugía, se están mejorando gracias a la colaboración de la empresa. Esto se está realizando luego de 40 años. No se hacen cirugías programadas porque no hay espacio, tanto para la parte de maternidad como de cirugía programada, que son tres salas que se están refaccionando y esperando que se cumpla la promesa que nos dieron que es darnos el personal suficiente”, explicó el galeno.

Añadió que también están en falta medicamentos e insumos. “Tenemos faltantes tanto en medicamentos como en insumos, por la burocracia que tiene el IPS para la adquisición de medicamentos, actualmente estamos sin insumos básicos. Hoy en día falta más, porque la cantidad de medicamentos que se manda es insuficiente”, remarcó. Agregó que en la previsional pasan más de 2.400 pacientes para consultar, por lo que queda pequeña la infraestructura para la cantidad de pacientes. “Lo bueno que es que para la próxima semana tendremos más camillas en urgencias, en adulto va pasar de 2 a 7, pediatría de 3 a 5”, mencionó.

reformas viales

Prevén inicio del “Cruce Tres Ríos” en el km 4 de CDE

PACIENTES. En la previsional de Ciudad del Este pasan más de 2.400 pacientes para consultar

El nuevo hospital estaría listo en el 2016

Vanguardia

Vanguardia

Por Vanguardia

Ciudad del Este - Los trabajos de reformas viales, en los kilómetros 4 y 5,5 de Ciudad del Este, avanzan conforme al cronograma establecido por la empresa Tecnoedil S.A., e Itaipu, según informó el departamento de prensa de la binacional. Asimismo, para esta semana se prevé que se inicien las fundaciones para la construcción del valor agregado, conocido como “Cruce de Tres Ríos”, que le dará un toque modernista al renovado viaducto del km 4. Actualmente, las tareas se centran en el montaje de las losetas prefabricadas, que servirán de encobrado para el tablero de los nuevos viaductos (tanto norte como sur) en el km 4, además de las excavaciones para la construcción del sistema de desagüe pluvial (cruce de alcantarillas) en el km 5,5.

Vanguardia

100 CAMAS. Para el año que viene se entrega la obra Por Vanguardia

LOSETAS. El montaje se inició tras culminar el acoplamiento de las vigas

El montaje de losetas se inició tras culminar el acoplamiento de las vigas trasversales y longitudinales, cuyos prefabricados llegaron semanas atrás, provenientes de Capiatá. Además de este trabajo, las fundaciones del muro de tierra, armada para la construcción de las rampas de acceso y descenso, también comenzaron.

“Pese a la inclemencia del tiempo se sigue avanzando, si bien no con la rapidez que se hubiese querido, pero apenas se dan las condiciones, estamos realizando los trabajos correspondientes. Diariamente realizamos alguna que otra tarea, que nos permita el tiempo”, mencionó el ingeniero Carlos Machuca.

Ciudad del Este - Un gran avance se puede observar en las obras de la nueva sede del Hospital Regional del Instituto de Previsión Social (IPS) de Ciudad del Este. Según el cronograma de la empresa adjudicada para la construcción, Tecnoedil, la obra se estaría entregando en julio o agosto del 2016. De acuerdo a las informaciones, la nueva infraestructura contaría con 100 camas. Actualmente la prevional del Este cuentan con 46, camas, además de 6 de terapia intensiva y 3 de terapia neonatal.

Más de 100 mil aportantes de la capital del décimo departamento abonan mensualmente a la institución. Por su parte, el director médico, Hugo Casartelli, dijo que la obra se entrega el año, pero que no se sabe, cuando estará funcionando al 100% de su capacidad. “La obra en sí está avanzando como está en el cronograma, tenemos entendido que para el año que viene entre abril y agosto se entrega la obra. Ahora que funcione el hospital es otra cosa, creo que aún falta para eso, porque se debe equipar, así también contar con los profesionales de la salud que se requiere”, explicó.


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Sexta-feira, 31 de julho de 2015

Giro social

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casal Aristarcho Pompeu e Maria Luiza, de Curitiba, em mais um passeio às maravilhas da cidade das cataratas, aproveitaram a oportunidade para visitar o velho amigo Rosalvo Tavares e parabeniza-lo pelo lançamento do Jornal do Iguassu. O momento serviu para os amigos anteciparem a comemoração do aniversário de Aristarcho, que ocorre no próximo dia 2, com um delicioso almoço. Claro que o local não poderia ser outro: o Chef Lopes.

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tradicional restaurante Chef Lopes foi cenário, na noite do dia 25, da comemoração do enlace matrimonial de Laysa Helena Reis Modos e de Matheus Cardoso Rocha. A recepção, impecável, coroou a união dos jovens em grande estilo.

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Ecoworking, em Foz do Iguaçu, em julho foi palco para um workshop de apresentação e vivência da Metodologia EducaInnova, com a capacitação introdutória em mentoria neuroeducacional, ministrado pelo neuromentor, dr. Marcelo Vivacqua, ao fundo com o violão. A turma recebeu participantes até do RS.

ilusionista brasileiro, internacionalmente conhecido, que é considerado um dos melhores quatro do mundo, esteve em visita às Cataratas e monopolizou a atenção dos visitantes, brasileiros e estrangeiros. Até as borboletas cederam ao encanto do mágico.


Sexta-feira, 31 de julho de 2015

reflexões Pedras I

l Um assunto voltou à mídia na última semana com força total: as pedras da BR 163. Para que o povo de pouca memória possa recordar, no início de 2013 uma força tarefa da prefeitura de Cascavel, comandada pelo prefeito interino, Maurício Theodoro, “o Magal”, retirou quase meio quilômetro de estrada federal, logo no início do entroncamento com a BR 277. A operação chamou a atenção por ter sido realizada num final de semana, com as máquinas virando a noite para quebrar o trecho. O material subtraído da lá foi utilizado no aeroporto Cel. Adalberto Mendes da Silva, aquele em que raramente pousa um avião, e em propriedades particulares ás margens do acesso.

Pedras II

l Dessa papagaiada toda que, segundo o Magal foi para agradar a presidenta Dilma, resultou uma CPI, uma denúncia no MP e um inquérito na Polícia Federal. Moral da história: a CPI era de compadres, o MP cumpriu seu papel, a PF ainda não concluiu o inquérito e Thêmis, cega e surda, falou que estava tudo certo.

Pedras III

l E, como quem ganha um cafuné da Thêmis fica viciado, o prefeito Bueno quer é se esbaldar. Para ele, que mora em local central e privilegiado, a rodovia que ele não precisa utilizar é “inservível”. Como diria o saudoso Jânio Quadros: “Pouco se me dá que a zêmola claudique. Eu quero é rosetar”!

Havia muitas pedras no caminho

l Os Buenos têm uma ligeira queda por pedras. Primeiro, as pedras da BR 163 e, em breve terá o petit pavê do calçadão. Alguém duvida que após retiradas para dar lugar ao milionário projeto do PDI, sejam consideradas inservíveis (só que dessa vez para o município)?

Que pedreira, hein, Grolli?

Por falar em pedras, o MP investiga uma possível irregularidade num recapeamento que a secretaria de obras realizou na sede da Coopavel. Conta a lenda que um entrou com as máquinas e o outro com as pedras. Isso tudo acontecendo depois que o Grolli esteve na prefeitura anunciando grandes investimentos da Coopavel na cidade. O que têm a ver as pedras da BR 163 com isso? Talvez nada... Talvez...

Fiscal de alta credibilidade

l O deputado linha dura, que propalou austeridade no comando da Câmara, ainda não explicou a contratação de uma empresa de rent a car durante sua campanha a deputado. Está certo que a “denúncia” não vem lá de fonte digna de muita confiança, mas que Pacheco precisa dar uma satisfação aos seus eleitores, isso é inquestionável. Parece que as estratégias nada éticas e totalmente imorais vão começar bem antes do período eleitoral.

Biometria

l Anda a passos de tartaruga a implantação da biometria pelo Fórum Eleitoral de Cascavel. Os agendamentos pela internet não funcionam e os idosos não têm seus direitos respeitados. Mas, a intimidação dos eleitores continua, e assim vão colocando o cabresto: “Se não fizerem o cadastramento para a biometria, perderão o direito de votar, de fazer financiamentos (inclusive o FIES), de receber as Bolsas, dentre outros direitos”. O pior é que nem os atendentes acreditam no sucesso da biometria. “Não teremos tempo para cadastrar os 200 mil eleitores de Cascavel”, confidenciou uma atendente.

A volta

l O vereador Marcos Rios (Solidariedade) volta a ocupar sua cadeira na Câmara de Cascavel. Sai o suplente, Luiz Amélio Burgarelli (PDT). Volta um que ninguém notou a falta e sai um que ninguém notará.

Haja confete

l Durante a assinatura do contrato de R$ 6,5 milhões entre o Ministério dos Esportes e o Município de Cascavel para a reforma do Estádio Olímpico Regional os Buenos dominaram a cena. O Bueno prefeito rasgou seda prá mais de metro e jogou confete multicolorido no Bueno vereador. O Bueno prefeito creditou e empréstimo à atuação do Bueno vereador, afirmando que Gugu (o Bueno, não o da Vila Sésamo) mostrou capacidade de articulação e foi decisivo junto à Ricardo Gomyde. Por ironia do destino a licitação foi vencida pelo petista Nestor Dalmina, que terá 8 meses para executar o serviço. O que será que deu errado na licitação?

análise l 17


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Sexta-feira, 31 de julho de 2015

Bancários estarão reunidos em Foz

Foto: G1

Encontro. Bancários discutem propostas sistematizadas, que visam principalmente as negociações salariais reivindicadas para 2015/16 foto: AEN

TRANSFERÊNCIA. Na manhã de ontem, “Pitonho” foi transferido para Foz sob forte esquema desegurança

POLÍCIA

Vereador comandava o tráfico no Oeste

ENCONTRO. Gladir Basso é o presidente do sindicato para Foz e região

A cidade de Foz do Iguaçu sedia, neste final de semana, o encontro nacional dos bancários realizado pela Contec - Confederação Nacional dos Bancários. Neste Encontro Nacional, dirigentes bancários de todo país estarão discutindo as propostas sistematizadas no Pré-Encontro Nacional, realizado há cerca de 15 dias em Brasília. O presidente do Sindicato dos Bancários de Cascavel e região, Gladir Basso, explica que essas propostas resultaram dos

encontros regionais e estaduais. Gladir afirma que as definições desta reunião serão negociadas com a Fenaban - Federação Nacional dos Bancos, que representa os bancos privados, e com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, no Encontro Nacional em Foz, e que servirão de base para as negociações da campanha salarial 2015/2016. Conforme ficou definido no Pré-Encontro, nesta campanha salarial 2015/16 os bancários deverão reivindicar 5%

de aumento real mais INPC dos últimos doze meses (setembro de 2014 a agosto de 2015), piso salarial dos bancários com base no valor calculado pelo Dieese; maior participação nos lucros e resultados; fim das metas abusivas; fim do assédio moral; fim das terceirizações; fim das demissões nos bancos; melhoria da segurança nas agências para bancários e população e melhoria no ambiente de trabalho para prevenir e combater as doenças ocupacionais.

Biblioteca é incendiada com coquetel “Molotov” A polícia de Foz do Iguaçu continua procurando os bandidos que atearam fogo na biblioteca do colégio Flávio Warken, localizado na Vila C. O crime foi registrado por câmeras de segurança, mas a filmagem não mostra os autores do incêndio. A escola teve parte da biblioteca destruída por um incêndio e ficou fechada durante um dia. A pe-

rícia constatou que um quinto dos livros foi perdido no incêndio. O fogo começou ainda de madrugada, e foi notado pelos funcionários que chegaram por volta das 6h da manhã. “Fique com o coração na mão e acionamos os bombeiros”, disse uma servidora. De acordo com a chefe do núcleo regional de educação de Foz do Iguaçu, Ivone Müller, o incêndio pode ter sido criminoso, já que os autores

sabiam os pontos em que as câmeras de segurança não conseguiam filmar. As primeiras investigações revelam que o autor do incêndio tenha pulado o muro da escola e atirado uma garrafa com líquido inflamável, o chamado “Coquetel Molotov”. Nas imagens internas da biblioteca, dá para ver o fogo se espalhando entre as estantes e os livros.

A prisão do presidente da Câmara de Vereadores de São Miguel do Iguaçu, Valdir da Silva, conhecido como “Pitonho” continua repercutindo em toda a região Oeste. Ele e mais outras 15 pessoas foram presas, acusados de tráfico de drogas, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Três delas continuam foragidas. Gravações feitas pela polícia, com autorização judicial, comprometem o vereador Pitonho até o pescoço. A operação, denominada “Rodovia”, foi desencadeada pela Divisão Estadual de Narcóticos (DENARC), de Foz do Iguaçu, chefiada pelo delegado William Assunção. Foram cumpridos 19 mandados de prisão em Foz, São Miguel, Palotina, Cascavel, Toledo e Céu Azul. Além das 16 prisões, os policiais apreenderam uma arma de fogo e R$ 28 mil em dinheiro. No percurso das investigações também foram apreendidas cerca de uma tonelada de maconha e mais cinco quilos de cocaína. O delegado Assunção disse que as investigações começaram há um ano: “Conseguimos identificar e prender algumas pessoas envolvidas com o tráfico de drogas na região. Essa operação tirou de circulação toneladas de drogas”, lembrou o delegado. GRAVAÇÕES COMPROMETEDORAS As gravações telefônicas comprovam o envolvimento de Pitonho também em outros crimes. Em uma das conversas, gravada no final do ano passado, o vereador fala com um suspeito, que é considerado foragido pela Justiça. Durante a ligação o homem pede um “negócio” para o vereador. Conforme o Ministério Público, ele se referia a uma arma para assaltar um empresário do ramo de saúde. A gravação coincide com o dia do assalto. O promotor de Justiça Heric Stilben, informou à imprensa que Pitonho dava suporte para que o grupo cometesse os crimes. “Ele fornecia, por exemplo, a pedreira de sua propriedade para os encontros, para que fossem escondidos determinados objetos ilícitos, fossem drogas ou armas. Era quem fornecia a arma para a prática do roubo, que era para financiar o tráfico, como foi o roubo ao empresário”, comenta o promotor. Em outra gravação um dos envolvidos com o esquema diz que “tinha um negócio bom para Pitonho”. As conversas continuam sendo degravadas. A polícia espera encontrar novos culpados. Valdir nega que a empresa dele tenha sido usada para planejar as ações da quadrilha. “No decorrer do processo eu vou provar minha inocência. A pedreira é aberta, mas eu tenho certeza que isso é só conversa. Tudo isso é só ideia”, diz Valdir.


direito l 19

Sexta-feira, 31 de julho de 2015

Estamos todos preparados? ANÁLISE. Facilitando o diálogo entre as partes: a mediação como resolução de conflitos sociais Danielle Magnabosco

O novo Código de Processo Civil, que entrará em vigor em 2016, trouxe grande destaque aos mecanismos consensuais de resolução de conflitos sociais, dentre eles, a mediação. A mediação é conhecida como uma forma de resolução de conflitos em que um terceiro, o mediador, facilita o diálogo entre as partes e cria um ambiente consensual e favorável ao entendimento dos mediados. É bem verdade que o atual Código de Processo Civil tem no seu bojo a utilização da conciliação por meio de audi-

ências, tanto nas ações de procedimento sumário, quanto nas de procedimento ordinário. Igual previsão está contida na Lei 9.099/95, que trata dos Juizados Especiais. Ocorre que, na prática, essas audiências são pouco ou

inadequadamente utilizadas, uma vez que as ações de procedimento sumário, via de regra, são convertidas ao procedimento ordinário; e as audiências preliminares de conciliação, muitas vezes não se realizam por desinteresse, ou falta de cultura conciliatória das partes, ou pelo pouco empenho (também cultural) dos operadores do Direito que, no geral, se limitam a saber se as partes possuem proposta ou não de composição, ou tentam a qualquer custo a realização de acordo sem, contudo, levar em consideração aquilo que nos difere enquanto indivíduos, ou seja, as características psicológicas, sociais, cultu-

rais, econômicas, etc.; não observam com sensibilidade nem o problema, nem a pessoa, o que acaba por prolongar por anos a fio um processo que poderia ter solução mais rápida e eficiente para todos os envolvidos. A questão é, sem dúvida, cultural. Autor e réu, advogados, juízes, serventuários e todos os demais envolvidos com o Poder Judiciário brasileiro são habituados à litigiosidade. Hábito este ratificado pela falta de respostas plausíveis por parte das instituições estatais, ante as expectativas geradas não só pela criação de novos direitos, mas também perante a realidade econômica e social na qual os conflitos estão inseridos. Poucos estão acostumados, e quiçá, preparados para a utilização da mediação, sob o argumento, muitas vezes de não se permitir “perder tempo” para construir um diálogo positivo, qualitativo; fazer uso de uma conversa mais amistosa com os litigantes, com empatia, confiança, boa vontade, bom senso, valorização e reconhecimento dos pontos de vista do outro, respeito às diferenças e com a escuta ativa. Preparar-se para mediar não é mera questão de forma-

lidade. É a linha que sustenta o instituto da mediação. E, quando damos conta de que os mediadores e os demais são colocados a ouvir, entender e mover questões tão íntimas das partes mediadas fica fácil compreender que o preparo de todos não é mero formalismo: é respeito com o ser humano. Como se percebe, o novo CPC traz um desafio muito maior do que a leitura de seus dispositivos pode indicar. É preciso repensar. É preciso mudar. Adaptar-se à realidade. Preparar-se, enquanto sociedade, enquanto pessoa, enquanto profissional. Restaurar o senso de Justiça na comunidade envolvida e gerar estabilidade nas relações sociais é necessidade latente, reduzindo o congestionamento de processos em tramitação no Poder Judiciário (atualmente na ordem de 100 milhões de ações) em clara crise do Estado que atinge o cidadão naquilo garante a defesa da sua dignidade humana: um Poder Judiciário atuante, presente, efetivo. * Danielle Magnabosco é advogada, especialista em direito do consumidor e atua na Procuradoria do Município de Foz do Iguaçu

Administração das divergências A mediação carece de ser vista como consciência plena da parcela de responsabilidade que todos nós temos pelos conflitos que geramos e/ou surgem em nossas vidas e finda por refletir em toda a sociedade. De fato, o conflito faz parte do processo de evolução da humanidade, é caminho para o desenvolvimento e o crescimento de qualquer organização social. Contudo, enquanto uma nova forma de agir e de pensar não for absorvida pela sociedade, por você que está lendo esse artigo, não há como esperar que o novo Código ou o Poder Judiciário consiga promover a pacificação das contendas e demandas. Desde já, reflita: ter habilidade na administração das divergências é separar as pessoas do problema. É focalizar os interesses e não as posições. É criar opções para o benefício mútuo. É insistir no uso de critérios objetivos. Sobretudo, é ter sensibilidade às questões pessoais dos envolvidos, à origem verdadeira e oculta dos conflitos em si. Por exemplo, é comum nos depararmos com uma pessoa que se opõe à conciliação porque espera, além da reparação do dano, o perdão, um reconhecimento de ordem diversa, o respeito da outra parte.


20 l esportes

Sexta-feira, 31 de julho de 2015

1ª rodada do Amadorzão teve muitos gols e surpresas SHoW. Os atacantes se sobressaíram e dois goleiros decepcionaram. O público gostou e a expectativa é de que lote os estádios a cada rodada Da redação com RPc TV Fotos: Neri Ribeiro

O Campeonato de Futebol Amador da Primeira Divisão começou no domingo passado, tendo como primeiro jogo o confronto entre Vila Miranda e São Francisco, no Estádio do E.C. Três Lagoas. Estreante na primeirona o time da Vila Miranda dominou o jogo, fez 2 x 0 e sobrou na partida, contando com uma pequena mas entusiasta torcida que agitou o tempo todo a bandeira laranja e preto, que são as cores do time. O primeiro gol saiu aos 37 minutos da etapa inicial. Cabeça recebeu o lançamento de Fernando e testou para as redes, sem chances para o goleiro Marcelo Vaca. Na etapa final coube a Leandrinho dar números finais ao placar. O time mandante, o Vila Miranda, saiu jogando com Pastor; Batatinha, Marquinhos, Xiru e Pedrinho; Ezequias, Fabrício e Leandrinho; Diego, Fernando e Cabeça. O time inicial do São Francisco foi: Marcelo Vaca; Robinho, Tiago, Marcos e Baiano; Zóio, Daniel, Deivid e Rafael; Edinho e Piacentini. A arbitragem foi de Padre; Roni e Mara. caMPeãO TROPeçOU Jogando no reduto adversá-

rio, o Jardim São Paulo, atual campeão, foi até o Parque Imperatriz enfrentar o CRG 14, no jogo mais esperado da rodada, por se tratar de um confronto sempre difícil para ambos. O Jardim São Paulo surpreendeu os donos da casa e logo aos 16 minutos e 30 segundos, saiu na frente com um gol marcado pelo estreante Paulinho, que aproveitou um cruzamento para a segunda trave e mandou para as redes. As equipes se equivaliam em campo e boas jogadas surgiam de parte a parte, até que aos 38 minutos, após cobrança de escanteio, Diego Silva tocou de calcanhar, a bola foi direto nas mãos do camisa 10 Neto, capitão do time; o árbitro Juan Graona assinalou a marca do pênalti. Aos 39, Diego Silva cobrou e empatou o jogo de forma definitiva. Depois sobraram faltas, reclamações com a arbitragem e ânimos um tanto exaltados, mas tudo terminou bem, com cartões para Mondragon, José, Formiga, Léo Pinheiro e Rafael Musselini, do CRG 14 e vermelho para o massagista Daniel do Jardim São Paulo, logo aos 6 minutos de jogo. O CRG 14 empatou em casa com: Mondragon; Muriel (Pica-Pau), Bruno, José e Formiga; Diogo (Clayton), Leone e Rafael Musselini (Iúri), (Zezão); Alex Franco e Léo Pi-

nheiro; Diego Silva (Rodrigo). O Jardim São Paulo mandou a campo: Orelha; Sandrinho, Sid, Dodô e Sosa (Marcelo); Iago (Marquinhos), Wagner (Manga) e Neto; Paulinho (Gleison), Gleizer e Luan. A arbitragem foi de Juan Gaona, auxiliado por Rita de Cássia e Ademir Particelli. OUTROS DeSTaQUeS Os números do campeonato informam que serão 22 rodadas, durante cinco meses, 12 equipes, mais de 80 jogos, 250 jogadores. Na primeira rodada foram marcados 15 gols. No Estádio do Três Lagoas jogaram Três Lagoas 0 x 2 Vila Borges (Valtinho 2). Na partida com maior número de gols, o Aparecidinha, jogando em casa, goleou por 5 x 3 ao time do Pilar, marcaram: Marcelo Vitorassi, Inácio, contra; Dionatan, Leitão e Íris (olímpico) para o Aparecidinha; descontaram Mercado (olímpico); Guilherme e Claudir, para o Pilar. Os goleiro Elton e Murilo deram uma mãozinha para os atacantes, ambos cometeram erros que acabaram em gols. A Vila Paraguaia venceu ao União Vila C por 1 x 0, gol de Mallorquin. Vila C e Canarinho foi único jogo sem movimentação do placar.

VIla MIRaNDa. a equipe passou pelo Chicão sem dificuldades

SeGUndona

Flamengo e ABC fizeram o clássico dos cartões na manhã do domingo um bom público compareceu ao estádio pedro Basso para prestigiar o clássico mais antigo e famoso da cidade – Flamengo e aBC, valendo pelo mata-mata das quartas de final da segunda divisão de amadores. Como era de esperar, o jogo foi truncado, nervoso, com algumas divididas mais fortes e muitas faltas e mais um festival de cartões. o aBC marcou primeiro com um gol do veloz tuquinha, que saiu na cara do gol e só teve o trabalho de chutar para as redes e comemorar, isso aos 23 minutos do primeiro tempo, após um lançamento primoroso de Buiú, placar do primeiro tempo. na etapa final o Flamengo empatou e virou; paulinho empatou aos 6’25’’, tocando de cabeça para as redes e numa cobrança de falta lindíssima, Jean Carlos fez o gol da virada aos 44 minutos. o Flamengo terminou a partida com 10 jogadores, porque o árbitro expulsou o zagueiro Cris, ex-goleiro da adeafi Futsal. do aBC foram expulsos dois; Marcão e Wendel, que desfalcam o time no próximo domingo no jogo da volta no aBC. outros cartões, todos amarelos: Jeferson e dotto, do Flamengo. litro, Samer, Buiú e turcato, do aBC FC.

eQUIPeS

Flamengo: alessandro; Maik, Jeferson, Cris, Coelho (Clodoaldo) e Bruninho; Messinho (dotto), (Wilbur); Bruce (léo Flor) e Jean Carlo; paulinho (rodrigo) e Cadu (andré). aBC: elisson; amaral, Marcão, litro e Claudinho (rato); Bráulio, Samer (Xandi), Buiú (turcato) e Wendel; thiago Martins (Catinha) e tuquinha. arbitragem de elton nascimento, auxiliado por avelino louvera e rita de Cássia.

Próximos jogos Domingo, 02 de agosto de 2015 15:00 - Jd. São paulo X aparecidinha 15:00 - União Vila C X três lagoas 13:30 - Vila Borges X CrG 14 15:00 - São Francisco X Vila C Fut. Clube 15:00 - Canarinho X Vila paraguaia 15:00 - pilar X Vila Miranda


esportes l 21

Sexta-feira, 31 de julho de 2015

Rally dos Sertões terá chegada em Foz do Iguaçu LARGADA. Início da 23ª edição da tradicional prova será na cidade de Goiânia e os vencedores serão conhecidos no próximo dia 8 Assessoria e Fotos: Rally dos Sertões

A Dunas Race divulgou o roteiro inédito do Rally dos Sertões 2015, que será disputado entre Goiânia (GO) e Foz do Iguaçu (PR), de 1 a 8 de agosto. Os participantes das categorias motos, carros, quadriciclos e UTV's terão pela frente trilhas e estradas localizadas nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. A 23ª edição da maior prova off-road do Brasil terá 2.917 quilômetros de percurso total, incluindo os 60 km do Prólogo, que define a ordem de largada da primeira etapa, e 1.487 km de trechos cronometrados (especiais). "O roteiro ficou muito bonito, bastante técnico. As lombadas e lombas serão predominantes, proporcionando saltos incríveis. A rota é de poucas serras, com bastante região de planície, o que contribuirá para velocidades médias altas, acima dos anos anteriores", adianta Marcos Moraes, organizador da competição. A navegação é outro ponto forte da 23ª edição. "Nós te-

CHUVA. Na pista, muito esforço para segurar os carros

SEIS ETAPAS

Iguaçuenses correm na categoria “Metropolitano de Marcas N” Da redação Fotos: Arquivo pessoal Guilherme Machado

PERCURSO. O Rally deste ano inclui 4 estados, com 6 cidades estreantes

remos muitas referências bem próximas umas das outras, onde é muito fácil errar", disse Marcos. "Esse ano realmente será um rali diferente e pilotos e equipes devem estar preparados para o frio nos três últimos dias", prevê. Com exceções de Goiânia e Rio Verde, em Goiás, que voltam a sediar o Rally dos Sertões, mas a caravana do rali passará pela primeira vez por outras seis cidades: Itumbia-

ra (GO), São Simão (GO), Euclides da Cunha Paulista (SP), Três Lagoas (MS), Umuarama (PR) e Foz do Iguaçu (PR). Das sete etapas em disputa, destaque para o trecho entre Três Lagoas (MS) e Euclides da Cunha Paulista (SP), que receberá a etapa maratona, no dia 6 de agosto. Nela, os participantes não podem ter ajuda das equipes de apoio na manutenção dos equipamentos.

O empresário Guilherme Machado de Souza, juntamente com o colega Fabio Grenteski ingressaram na disputa da categoria Campeonato Metropolitano de Marca N, cujas corridas são disputadas no autódromo de Cascavel, Gilmar Beux, em seis etapas durante o ano. Segundo Guilherme, a próxima corrida será a segunda da dupla, já que eles ingressaram quando já haviam sido realizadas três etapas. Na primeira corrida disputada a TERCEIROS. Guilherme e Fábio dupla ficou em ter- subiram ao pódio ceiro lugar na classificação geral, numa prova que foi realizada debaixo de muita chuva. A dupla foi formada em dezembro de 2014, mas Fábio já andava sozinho e se classificou em 4º lugar ao final do campeonato. Neste ano de 2015 a dupla demorou a começar a correr, porque os afazeres profissionais de Guilherme não lhe permitiam, porem com esforço e muita correria, ele conseguiu participar de uma etapa e promete estar de volta na próxima, que acontecerá no próximo dia 9. Correndo com um Ford Escort, motor original, carburado e potência de 118 cavalos. (HP). A expectativa para essa nova etapa é muito grande, pois a dupla avalia que andou muito bem e houve uma boa preparação do carro inclusive com a participação de um mecânico profissional que trabalha com caminhões da Fórmula Truck. Para o Cascavel de Ouro a equipe está confiante e inclusive desenvolvendo um novo motor para chegar à prova em condições reais de vitória.

Patrocinadores

FRONTEIRA. Terra das Cataratas assistirá um verdadeiro show de perícia

A dupla conseguiu angariar bons patrocinadores e fechou com a Compubrás, Master 10, a Nave Informática, Nave Shop e Intova, fabricante de câmeras para modalidades esportivas. No que se refere à premiação, depende muito da disposição dos patrocinadores, que destinam prêmios aos primeiros colocados, bem como cada piloto consegue galgar melhores postos no ranqueamento da categoria, não significando, necessariamente, uma premiação em dinheiro, estando mais para a modalidade amadora, onde os pilotos bancam os custos por amor ao automobilismo.


22 l umas & outras

Sexta-feira, 31 de julho de 2015

Uma fartura l O Conselho de Saúde fez uma análise profunda e constatou que existe uma “fartura” na Fundação de Saúde, que administra o Hospital Municipal. “Farta” médico, “farta” remédio, “farta” funcionário, “farta” vergonha e óleo de peroba... Dizem que “farta” tudo. Por outro lado, quem tá mesmo “farta” é a população.

Grrrr... O dono do cachorro O perro malfeitor e megalomaníaco não para de falar asneiras. Sua sorte é que não temos por hábito bater em vira-latas sarnento. Muito pelo contrário, vamos cuidar com toda atenção de seu dono, que é useiro e vezeiro em comandar as mais diversas maracutaias, como: sonegação de impostos, furto de energia elétrica, falsificação de guias de IPTU e de depósitos judiciais, invasão de propriedade, descumprimento de contratos. Dizem até que tem envolvimento com um tal de book rosa, será?

Empresa de ônibus

Uma das mais tradicionais empresas de transporte coletivo foi “vendida” neste ano. Um novo milionário que se mantém no anonimato, apesar da propalada crise econômica que assola a Nação, adquiriu a empresa por uma respeitável fortuna. Mais que arrojado, o empresário misterioso é muito corajoso, pois junto com os ônibus vêm um passivo de dar inveja ao Eike Batista. Até agora somente se descobriu que o investidor trabalha em Foz. Essa semana, provavelmente, se descobrirá onde.

À beira da falência l Se a Fundação de Saúde já estava mal das pernas, imaginem como vai ficar com essa multa de R$ 96 milhões, aplicada pela Justiça do Trabalho. Jornal do Iguassu I

Depois de marchas e contramarchas, resolvemos participar do mercado editorial e publicitário, que está em expansão, apesar da crise econômica que assola o nosso país. Durante dois anos fizemos parte da gloriosa imprensa iguaçuense, compartilhando muitas alegrias com nossos colegas de trabalho e amigos (claro que tinha os “da onça”, também), contando sempre com o prestígio do empresariado e das autoridades. É evidente que muito faltou por fazer e, por isso mesmo, voltamos a este mercado para atender um chamado da sociedade trinacional.

Jornal do Iguassu II

Com muita humildade, assumimos este compromisso, cientes da importância de Foz e do Território Transfronteiriço do Iguassu, que exige e merece muito mais. Começamos com este semanário, circulando às sextas-feiras, já com um grande desafio cumprido que é a edição do Caderno de Inovação, Ciência, Tecnologia e Meio ambiente, em parceria com a ABIPIR – Associação Brasil Internacional de Inventores, Cientistas e Empreendedores Inovadores. A meta é circularmos diariamente. Para tanto, estamos planejando a implantação de um parque gráfico à altura do que merece o Território do Iguassu.

Cítricos nas garras do Gaeco

Está voltando à moda o velho costume de explorar empresas durante décadas, tirando delas tudo o que é possível, enquanto se agiganta um passivo impagável. Então, os “notórios e respeitáveis empresários”, num passe de mágica, encontram um milionário e desconhecido investidor, que não tinha até o dia anterior nem um pardal para dar água e “vendem” a empresa, cujo patrimônio nesse momento, não passa de sucata e imóveis sem valor ou penhorados, e um amontoado de dívidas. Se a moda pega, vai faltar laranja na tríplice fronteira.


umas & outras l 23

Sexta-feira, 31 de julho de 2015

Multa absurda

A multa que a Fundação Municipal de Saúde levou é fora de qualquer contexto. R$ 96 milhões é algo completamente surreal. Pelo menos no Brasil. Já passou da hora de ser estabelecido algum tipo de critério que se baseie em um mínimo de bom senso. Foram 100 reais por dia para cada funcionário. Será que quem deu o canetaço achou mesmo que há uma mínima possibilidade de tal multa ser paga? Claro que o Biesek pisou na bola ao não comparecer à audiência, deixando o caso ser julgado à revelia. Agora que o caso já transitou em julgado, a Fundação só pode recorrer depositando os 96 milhões em garantia. Como ela não tem grana nem para comprar um melhoral, o barco está à deriva.

Quiseram reinventar a roda

O Hospital Municipal funcionava muito bem quando administrado pela OS Pró-Saúde. Tinha uma despesa entre 3,5 a 4 milhões por mês. Quiseram reinventar a roda, fizeram mil peripécias, deram ouvidos para quem não entende patavina nenhuma sobre gestão de saúde e acabaram criando o caos. Agora devem 30 milhões para o Costa Cavalcanti e outros 25 a fornecedores, além dessa multa de 96 milhões. A ordem foi acabar com as terceirizações, em especial através das OSCIPs porque, dizem, era muita mão na cumbuca. Se isso é verdade, o que está ocorrendo, então?

Dengue mata

A dengue já matou este ano 24 pessoas no Paraná. E olha que recém estamos entrando no mês de agosto. No ano passado foram 23. Isso revela o descaso de nossas autoridades, que não tomaram as providências adequadas para controlar esse terrível mosquito. O aedes Aegipty precisa picar o bumbum desses prefeitos para ver se eles pegam no tranco.

Sicredi

Enquanto as cooperativas de crédito vêm conquistando o mercado financeiro com credibilidade e muito trabalho, a cooperativa Sicredi anda na contramão, não zelando pelos seus cooperados. Exemplo claro disso é não devolver o capital aplicado por ocasião da abertura da conta, prática disfarçada de quota de capital. Vale todo e qualquer subterfúgio para não atender aos clientes “sócios”, quando estes querem reaver os valores compulsoriamente aplicados. Coincidentemente à uma substancial perda de associados, surgiram boatos de que justamente a Caixa, um dos maiores bancos públicos do planeta, estaria falida. Tal boato levou muitos poupadores a migrar para outras instituições bancárias, inclusive para a própria Sicredi. A concorrência é salutar, em qualquer ramo de atividade, desde que seja leal.

Radioatividade l Não está escapando nada nesta Operação Lava Jato. Na terça-feira pegaram o pessoal da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobrás. Na ação, batizada de “radioatividade”, agentes federais cumpriram mandados nas cidades do Rio, Niterói, Brasília, São Paulo e Barueri. Cerca de 180 policiais cumpriram mais de 30 mandados judiciais. Essa radioatividade pode pegar muita gente. Prefeito tucano caiu do cavalo

Aviso aos navegantes

O Jornal do Iguassu está localizado na Avenida Pedro Basso, nº 246, com acesso fácil em local privilegiado. A poucas quadras do Fórum, das Polícia Federal e Civil, da Receita Federal, das Justiças Estadual e Federal, nos sentimos em total segurança, tanto que ninguém se sentirá constrangido com a presença ostensiva de seguranças à nossa porta. Esperamos os amigos, clientes, parceiros e curiosos, para uma visita e aquele tradicional cafezinho. Todos são muito bem-vindos.

O Tribunal de Contas do Estado do Paraná condenou o ex-prefeito de Candói, Elias Farah Neto, ao pagamento de multa de R$ 1,4 mil por promoção partidária. Onze carros da prefeitura foram emplacados com o número 45, que é o mesmo do partido político do ex-prefeito, o PSDB. A condenação foi divulgada na terça-feira (28) pelo Tribunal, porém o julgamento foi no início de julho. Segundo o TCE-PR, a sequência 4545 nas placas da frota oficial fazia referência ao partido político do ex-gestor.


24 l vida moderna

Sexta-feira, 31 de julho de 2015

Book Rosa também existe na fronteira SEXO. Cafetinas e cafetões de finíssimo trato sempre aliciaram jovens para atender os “novos ricos”, além de “visitantes ilustres” que chegam à Terra das Cataratas Há cerca de três décadas um jovem de boa aparência circulava com desenvoltura nas altas rodas da tríplice fronteira. O “bom vivant”, cujas iniciais eram G.R. tinha trânsito livre entre autoridades e empresários, especialmente um grande hoteleiro que costumava receber autoridades e artistas internacionais. Esse rapaz, na verdade, era um grande cafetão, que aliciava belas jovens (algumas modelos) e oferecia aos “peixes graúdos” que moravam ou visitavam a tríplice fronteira. Era a versão antiga do “book rosa”, ou “book acompanhante”, tema de matéria nos jornais e grandes revistas depois que a novela “Verdades Secretas” passou a ser exibida. O jovem, que costumava vestir roupa das melhores grifes, sempre andava acompanhado de belas mulheres radicadas em Foz do Iguaçu, Ciudad Del Este e Puerto Iguazú. “Às vezes ele trazia umas polaquinhas de Medianeira”, comentava seu melhor “amigo” que também aceitava fazer programas. De uma hora para outra, como num passe de mágica, o cafetão desapareceu da fronteira. Uns dizem que ele mudou seu domicílio (e seus serviços) para Assunção, sua terra natal. Outras acreditam que ele passou a chantagear seus “clientes” e acabou “dormindo com os peixes” no fundo do caudaloso Rio Paraná. Afinal, ele sabia demais e o arquivo precisava ser queimado. Book Rosa em Foz Mesmo com o desaparecimento misterioso de G.R., o serviço continuou sendo feito por outras pessoas. Cafetinas e cafetões de finíssimo trato sempre aliciaram jovens para atender os “novos ricos”, além de “visitantes ilustres” que chegavam à Terra das Cataratas. Hoje, o esquema é mais sofisticado. Os clientes recebem o book – que muitas vezes não tem capa rosa ou até mesmo é digital – com antecedência, para escolher a garota de sua preferência. Em Foz do Iguaçu o esquema é muito bem organizado e oferece no “cardápio“ fotos de loiras, morenas do bumbum arrebitado, asiáticas e outras para atender a vasta e rica clientela. São muitos os detentores do “book rosa” em Foz do Iguaçu e o serviço é tão sigiloso que as autoridades ainda não conseguiram colocar as mãos nas cafetinas e cafetões que dominam essa arte como na novela “Vidas Secretas”.

Internet / Divulgação

PROPOSTA. Indianara Carvalho confessou ter recebido proposta que lhe permitiria quitar suas dívidas

Miss Bumbum já fez book rosa?

A miss bumbum Indianara Carvalho contou à revista Ego que, mesmo antes de ser famosa por causa do concurso que a elegeu o bumbum mais bonito de 2014, já era bastante assediada quando era modelo em Santa Catarina, mas que nunca sucumbiu. A proposta derradeira veio no final do ano passado. Já famosa, mas com problemas financeiros, ela ouviu que poderia ter suas dívidas liquidadas em um passe de mágica se topasse uma noite de sexo. Já a modelo e ex-BBB Fani Pacheco chegou a ser assediada para fazer o book rosa, mas não aceitou. Veja o que ela disse ao jornal Diário: “Em 2007, quando saí do ‘BBB’, fiz minha primeira presença vip em um show numa cidade grande, intermediado por uma grande amiga e conceituada promoter do meio artístico. Ela me perguntou: ‘O governador disse que quer jantar com você’. Nesse dia, eu fiquei sabendo o que era o book rosa”, fala. E esclarece: “Eu não faço, nunca fiz e tenho nojo de quem faz e diz que não faz”.

Nesta atividade lucrativa, o segredo é a alma do negócio Não adianta perguntar. No mundo da prostituição de alto luxo não existem nomes. Ou pelo menos, eles não devem ser revelados. O segredo é a alma do negócio, e foi em nome dele que dois agenciadores do Rio toparam contar como funciona o mundo do book rosa, a expressão que ganhou as ruas por causa da novela das onze da Rede Globo. Nele, além de modelos, figuram também atrizes iniciantes e assistentes de palco de programas de TV. O primeiro agenciador começou no ramo por acaso. Trabalhava como motorista de um empresário e, de tanto ir buscar meninas para o patrão, acabou ficando amigo de algumas delas. Terminado seu contrato de trabalho, ele montou uma espécie de sociedade com moças do book rosa. Levava para os programas, devolvia em casa e, em alguns casos, até defendia a profissional em caso de alguma furada. ENFRENTANDO Situações de alto risco “Já tive que tirar duas meninas das mãos de traficante. Um deles marcou encontro dizendo que queria um programa e, chegando lá, tinha mais seis caras na jogada para barbarizar. Esse dia foi complicado”, lembra ele, acrescentando que esse tipo de situação é exceção. Em geral, as complicações giram em torno do abuso de estimulante sexual e álcool. O agente conta ainda que trabalha mais com modelos de nomes conhecidos e badalados no mercado, com aparições na TV. Elas figuram no book de outros três cafetões. “Elas têm medo que esse tipo de coisa vaze, e só confiam em mais uma ou duas pessoas que sabem que elas fazem book rosa”, revelou à Revista EGO. “Presente” pode chegar a 3 mil reais por hora O agenciador disse à revista EGO, do Rio de Janeiro, que as jovens não dizem que recebem pagamento. “Dizem que recebem um presente de A ou B. E elas sempre gostam de um bom presente”, diz ele, revelando que uma moça que coloca o rosto na TV pode receber um bom presente de até R$ 3 mil por hora. Modelos chamadas “capa de revista”, mas sem fama, costumam ganhar “presentes” de R$ 400 por hora. Mas festinhas que duram horas, e até dias, podem render até R$ 10 mil.


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