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Decisões controvertidas do Poder Judiciário
As constantes mudanças e decisões controvertidas do Poder Judiciário
Em uma sociedade complexa e com uma grande diversidade de situações é comum que o Poder Judiciário tenha dificuldade de padronizar decis es ou manter um determinado posicionamento.
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A investidura e independência do magistrado norteia basicamente nossos princípios democráticos que conferem ao Poder Judiciário a sua independência e neutralidade nas decisões que deve tomar, sem interferência ou suspeição.
Ou se a, o uiz por sua convicção e tão somente ela, baseando em lei pode decidir os casos encaminhados à sua análise através de uma demanda judicial.
O que fica evidente nos dias de ho e é que em um caso similar podem ocorrer duas decisões totalmente distintas. O mesmo assunto pode ser conduzido de forma oposta e cada vez mais isso se torna comum. O recurso e os Tribunais Superiores teriam a fundamentação de revisar e padronizar as quest es, tornando se assim sua função revisora de decis es e balizar questões da sociedade de forma uniforme, oferecendo-se assim uma segurança jurídica aos jurisdicionados de que determinado ato, fato ou ação, a Justiça entenderia daquele formato, criando-se então a jurisprudência.
Só que, infelizmente, devido ao grande volume de demandas e a constante mudança dos magistrados, as próprias decisões dos Tribunais se tornam divergentes e totalmente contraditórias. comum na ustiça verificar um mesmo magistrado decidir de forma totalmente diversa sobre o mesmo assunto, e pasmem, manter sua convicção em ambos os casos.
Isso evidencia um grande malefício à sociedade, que sem saber como se portar em determinado fato ou assunto, recorre sempre ao Judiciário para renovar os questionamentos, que acaba sempre na dúvida se irão manter ou reavaliar o posicionamento.
Essa insegurança urídica faz mal para a sociedade, as transações comerciais, a relação de emprego, as quest es familiares, discuss es criminais, enfim, não traz nenhum benefício sociedade e consequentemente aos próprios magistrados que vivem juntamente conosco, meros mortais.
A imparcialidade que a magistratura tem investido ao seu cargo deve ter um caráter que traga a todos nós uma segurança jurídica de lógica e coesão.
Thiago Massicano, especialista em Direito Empresarial e do Consumidor, sócio-presidente da Massicano Advogados e presidente da OAB Subseção Tatuapé. Acompanhe outras informações sobre o Direito Empresarial e do Consumidor no site www.massicano.adv.br, que é atualizado semanalmente.




BLOCO DE CONSTRUÇÃO
PROTAGONISTA DE “TRAVESSIA”, CHAY SUEDE RETORNA AO HORÁRIO NOBRE DA GLOBO
por Geraldo Bessa / TV Press
Quando está imerso em um novo trabalho, Chay Suede parte da ideia que tudo é importante. O ator acredita que a composição de um personagem está nos pequenos detalhes. No elenco de “Travessia”, nova novela das nove, Chay encontrou a construção do idealista Ari em momentos cruciais de sua viagem ao Maranhão, estado onde parte do folhetim do horário nobre é ambientado. “Vejo que nós, atores, somos uma esponjinha. A gente absorve tudo o que vê e o que não vê também. Então, essa viagem foi uma imersão total. A gente absorveu muito do ambiente para trazer coisas novas para os estúdios”, defende.
Na história escrita por Gloria Perez, Ari é filho de Núbia, papel de Drica Moraes. Estudou em São Luís, mas sempre passava as férias no interior, com a mãe. Prestes a se casar com Brisa, de Lucy Alves, com quem tem um filho, viaja para o Rio de Janeiro para recolher provas contra a demolição de um casarão histórico de São Luís. A viagem, no entanto, acaba mexendo com a vida do jovem rapaz, que se envolve com a mimada Chiara, interpretada por Jade Picon. “O Ari vai se despindo na frente do público enquanto vai se enxergando. É um personagem que tem muitas certezas e elas vão desafiando-o ao longo dessa história”, explica.
OS TRABALHOS DE “TRAVESSIA” COMEÇARAM PELAS GRAVAÇÕES NO MARANHÃO. QUAL FOI A IMPORTÂNCIA DE INICIAR A NOVELA PELA VIAGEM AO NORDESTE?
Foi importantíssimo em vários níveis. Um nível de percepção mesmo, sabe? A forma de falar, por exemplo. A gente viu muita referência que não acha na internet quando joga na busca “glossário Maranhão”. Pegamos muitas coisas atuais. Além disso, teve a conexão com a equipe, diretor e elenco. A gente é meio esponjinha, né? Então, acaba absorvendo coisas invisíveis, que a gente nem pensava em absorver. Mas eu só fui perceber toda essa importância quando cheguei no Rio. de Atins, dos Lençóis e de São Luís comigo. É como uma onda que vai levando você. Foi muito importante esse per o o no aran o A e ipe to a fi o junto, integrada, como uma família. E eu percebi isso na hora que chegamos nos estúdios do Rio. A gente trouxe histórias e memórias em comum. Fiquei muito próximo da Lucy. Querendo ou não, a gente acaba compartilhando memórias. E conseguimos transformar isso em memórias de Ari e Brisa. Foi uma das ia ens mais essen iais e fi e trabal o
O ARI NÃO É UM MOCINHO ROMÂNTICO CONVENCIONAL. ELE IRÁ PISAR NA BOLA EM ALGUNS MOMENTOS DA NOVELA. COMO VOCÊ TEM ENCARADO ESSA DUALIDADE DO PERSONAGEM?
Quando a gente vai fazer um personagem, a gente busca compreender sem julgar. Temos de ser os últimos a julgar um personagem para que o público faça isso. Eu tento não julgar as motivações do Ari. Isso, inclusive, me trouxe muitas reflexões e outras coisas sobre a psiquê dele mesmo. Acho que a paternidade, por exemplo, é um ponto que abre caminho para outras questões.
DE QUE FORMA?
A paternidade que ele pratica, que é bem diferente da minha visão de paternidade, mostra muito como o Ari vê o mundo. Precisei me afastar da minha visão de paternidade e no que acredito como pai para compor o Ari. Acho que o Ari vai descobrindo as prioridades dele junto com o público. Ele vai se despindo diante do público, se enxergando. Ele tem muitas certezas e essas certezas são uma espécie de desafio para ele. Vai gerando dúvidas. A paternidade está no meio dessa loucura.
ANTES DO INÍCIO DAS GRAVAÇÕES, ELENCO E DIREÇÃO SE ENCONTRARAM NOS ESTÚDIOS GLOBO, NO RIO DE JANEIRO, PARA UM PERÍODO DE PREPARAÇÃO. COMO FOI ESSA RETOMADA DOS TRABALHOS DE PRÉ-PRODUÇÃO “IN LOCO”?
Divulgação
O personagem de Chay Suede, Ari, ficará dividido entre dois amores ao longo dos capítulos de “Travessia”

Foi muito bom ter esse contato corpo a corpo novamente. Acho que foi um mês mais ou menos de encontro nos Estúdios Globo. Foi um período importantíssimo para o texto ganhar vida, sabe? Poder ter contato com o texto em exercício mesmo. A gente se conheceu mais, se entendeu mais. Tivemos o auxílio do preparador Eduardo Milewicz. Ele foi uma espécie de guia inicial para todos. Pode não parecer, mas esse contato inicial faz toda a diferença. Bom voltarmos a ter esse contato presencial e sem muitas restrições.
APESAR DE TER UMA RELAÇÃO ANTIGA COM A BRISA, O ARI ACABA SE ENCANTANDO PELA CHIARA NO RIO DE JANEIRO. DE QUE FORMA ESSA CONFUSÃO DE SENTIMENTOS IRÁ IMPACTAR O PERSONAGEM?
O personagem é um cara que se apaixona muito pelo que está na frente dele. Isso pode ser uma característica de volatilidade, mas também alguém que se encanta com facilidade. Quando ele está com a Brisa, ele só vê a Brisa, não existe ninguém além dela. Mas, quando se afasta e encontra a Chiara, essa postura de encantamento já é redirecionada para outro espaço, no caso, uma pessoa. Ele trabalha apenas com o que o olho vê. Acho até que é algo meio infantil, sabe? Tipo uma criança de dois anos que só vê o pai quando está com o pai. Quando o pai está longe do alcance dos olhos, o pai não existe. Acho o Ari um dos personagens mais distantes de mim. As grandes características dele não se encontram em mim.
ENTRE OS ANOS DE 2019 E 2021, VOCÊ ESTEVE ENVOLVIDO COM OS TRABALHOS DE “AMOR DE MÃE”, NOVELA QUE FOI ATROPELADA PELA PANDEMIA DE COVID-19. QUAL A IMPORTÂNCIA DESSE TRABALHO TÃO ATÍPICO NA SUA TRAJETÓRIA?
Antes de qualquer coisa, “Amor de Mãe” foi um projeto muito legal. O fato de a gente ter parado e voltado foi algo completamente surreal. A volta foi algo muito especial. Tivemos muitos sentimentos envolvidos dentro e fora de cena. Sem dúvida, é um trabalho que jamais vou esquecer. Foi algo muito inédito para todo mundo.
O QUE MAIS MARCOU VOCÊ NESSE RETORNO DAS GRAVAÇÕES APÓS A FASE MAIS AGUDA DO ISOLAMENTO SOCIAL?
Eu achava esse retorno um pouco invisível e inalcançável. Como gravar uma novela sobre afeto sem toque, contato físico, beijos e abraços? Como realizar isso sem perder a qualidade. Eu não entendia mesmo. Quando voltamos, estávamos com muitas saudades, sabe? Todo mundo queria abraçar e beijar, mas não era possível por conta dos protocolos restritos. Todo mundo de máscara e com acrílico entre a gente nas cenas. Hoje, olhando para trás, penso em como era algo totalmente surreal. Mas sei que nossas melhores cenas foram feitas naquela reta final.
