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meio para Com o placar histórico, Arthur Lira é reconduzido à presidência da Câmara

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Caderno G

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Kelly Hekally

As previsões se confirmaram. Com vitória dada como certa, Arthur Lira (PP-AL) é novamente presidente da Câmara dos Deputados. Reconduzido ao cargo com o aval do Palácio do Planalto, o deputado fica no cargo no biênio 2023-2024. O pleito ocorreu no começo de ontem (1º/2) e teve mais dois candidatos ao comando da Câmara: Chico Alencar (PSol) e Marcelo Van Hattem (Novo). Lira conquistou 464 vo - tos, contra 21 de Alencar e 19 de Marcelo. Cinco deputados votaram em branco. Quatro ausências foram registradas. Até hoje, os deputados eleitos com a maior votação para a presidência da Câmara foram Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), em 1991, e João Paulo Cunha (PT-SP), em 2003. Cada um teve 434 votos dos 513 possíveis em sua respectiva eleição. O placar é histórico nas eleições presidenciais entre deputados federais. A negociação, que de maneira exitosa manteve

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Lira como o mais forte entre seus 512 colegas de Casa, ocorreu inserindo negociações mais contemplativas com Republicanos, PL, União Brasil, PT, PSD e MDB, com espaços na Mesa Diretora, e presidências de comissões, cuja lista será definida ainda este mês.

Também foram confirmados Marcos Pereira (Republicanos); Sóstenes Cavalcante (PL); Luciano Bivar (União Brasil); Maria do Rosário (PT); Júlio César (PSD); e Lucio Mosquini (MDB).

Os deputados eleitos para a 13ª Legislatura da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) tomaram posse ontem (1º), em sessão no Palácio Tiradentes, antiga sede da casa.

A sessão, presidida pelo deputado Carlos Minc (PSB), decano da Casa, que inicia em seu décimo mandato, foi uma mera formalidade. O assunto principal, a eleição do novo presidente da Alerj, estava nas conversas no pé do ouvido, em adesivos colados nas roupas dos deputados e até na piada do Minc, que presidiu a sessão: “Vamos proceder a votação nominal! Brincadeira…”, disse.

A votação mesmo é somente hoje (2), às 15h. Os candidatos são do mesmo partido, o PL, e ambos são secretários do governador Cláudio Castro: Rodrigo Bacellar e Jair Bittencourt. Até poucos dias atrás, a eleição de Bacellar era dada como certa. Mas, a dificuldade para acomodar na chapa e nas comis- sões todos os pedidos dos deputados, deu origem a uma chapa alternativa. “Tem uma divergência partidária. Temos 17 deputados. Chapa adversária queria dar CCJ pra partido com 1 depurado. Casa e plural. Sou vice da Casa há 4 anos. Aqui se debate tem direita esquerda mas correção no trato e independência tem que ter. Eu, com confiança do governador, vim disputar eleição com insatisfação na composição na Alerj”, disse Bittencourt. Bacellar saiu colando adesivos em aliados, com a frase “fechados com Bacellar”. Nos últimos dias, o RJ2 apurou que Castro procurou deputados da base e cobrou fidelidade.

“Clima é o melhor possível. Tranquilidade montando a chapa pra mesa. Acho bom outra chapa se apresentar, mas não da forma que foi. Plural a casa ter conflito de ideias. Faz com que mandato de cada um cresça. Vencedor amanhã presidirá 69.

Eleição acaba amanhã sem revanchismo. Tudo pra reconstruir o Rio de Janeiro”, disse Bacellar.

A nova composição da Casa mostra um partido grande, mas dividido. O PL de Cláudio Castro e dos dois candidatos à presidência fez 17 parlamentares. É a maior bancada, fruto de um resultado impressionante nas urnas. Dos 15 mais bem votados nas urnas, 11 são do PL. Mais números da nova Alerj: renovação de 45,7% das cadeiras: são 32 novos parlamentares e 38 reeleitos; bancada feminina representa 21,4% do total de parlamentares – em 2018, eram 12 mulheres; Dani Balbi (PCdoB) é primeira transsexual a ter mandato na Assembleia; maior bancada é do PL, com 17 deputados; seguida pelo União Brasil, com 8; PT, com 7; PSD, com 6; PSOL, com 5; PP, com 4; Republicanos e Solidariedade, com 3. Os partidos com dois representantes na Alerj são PSB, PROS, MDB, PDT e Podemos. Avante, PMN, Patriota, Agir, PSC, PTB, PCdoB contam com um parlamentar cada legenda.

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