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GAZETA RIO

Fundado em 1997

O Trem Do Lula Partiu

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Ouvi algumas vezes Brizola comparar as ações da política ao trem da Central do Brasil. Numa linguagem bem popular o governador Brizola explicava que mal o trem abria as portas na estação os passageiros entravam. Era uma correria danada. No entanto, era só botar o pé dentro do vagão o trem já dava a partida. O maquinista não esperava ninguém se acomodar dentro do trem.. Necessitava chegar logo ao destino. Esperar mais em cada estação não era possível. Todos tinham que procurar onde colocar os pés, as mãos, onde segurar, como acomodar suas bolsas, com o trem em movimento. Não havia tempo de espera. Todos compreendiam que essa era a dinâmica da vida.

Brizola mostrava que estava cumprindo o papel do condutor e cabia dar a partida, tinha uma viagem por fazer. Cabia a todos os passageiros a acomodação individual pra fazer a viagem. O objetivo maior era a chegada na estação destino de cada um. A maioria queria a Central do Brasil.

Hoje, depois de observar muitos anos da reflexão do Brizola, me surpreendo com a fala do Lula dizendo que a roda gigante da economia já está funcionando e que não vai parar. Tanto Brizola quanto Lula demostram senso de liderança e responsabilidade, aliás, podemos chamar de governo. Digo: não é só a roda-gigante que está funcionando no governo Lula, mas parodiando Brizola é o trem da Central do Brasil que já deu partida, passando por todas as estações do inferno que o Bolsonaro deixou e resgatando as vidas que ainda podem ser salvas. A propósito, doeu passar na estação do Yanomani, doeu muito, muito mesmo. Fooi uma tentativa de eliminar a nossa essência e nosso começo. Mas é bom reforçar que no trem do Lula tem na condução um grupo comprometido com o Brasil para todos, enquanto, o do desgoverno Bolsonaro era um trem sem comando e a cada estação um grupo de saqueadores modernos tirava o que podia e o que não podia.

Nós, viajantes desse trem chamado Brasil, precisamos fincar os pés na democracia e na crença de que o representante do extermínio de pessoas, ideias, ciência e, por fim, do povo brasileiro, não mais assuma o poder. Porque o poder só pode ser exercido pela democracia, pelo conhecimento, pela ciência e pelo respeito ao próximo.

O Brasil é um país de todos que contribuem com a multiplicidade, com a diversidade enaltecendo o começo, que é a nossa origem, legado dos povos originários; o meio, legado dos africanos e portugueses e a continuidade que é a grande união entre todos. Os povos precisam ser repeitados pela origem, meio e continuidade. Esse é o recado das urnas.

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