Gazeta Niteroiense • Edição 38

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Semana de 5 a 11 de maio de 2012 | www.gazetanit.com.br

Feliz com o sucesso de Bernardo, Ana Paula conta como a história de ator começou e enfatiza a importância dos estudos na vida do filho. GN: Quem teve a iniciativa de lançar Bernardo no mercado? Ana Paula: Tudo começou com um book fotográfico. Quando ele ia fazer cinco anos, tivemos a ideia de fazer as fotos, até mesmo para guardar de recordação. Ele sempre gostou de ser fotografado, sempre foi fotogênico, fazia posse, trocava de roupa. Depois disso, ele externou a vontade de ser ator. Mandamos o material para algumas agências e foram pintando os testes. Uma coisa puxou a outra, mas devo confessar que nunca imaginei que ele chegaria a fazer um trabalho como esse.

termina às 12h, eu saio às 11h30 e vou direto para as gravações, vou dormindo no carro. Continuo a mesma pessoa de antes. Quando tenho tempo, brinco com os meus amigos no play do meu prédio ou com a Mel (atriz que fez a personagem Rita quando criança) no set de gravação, somos grandes amigos. Adoro jogar futebol.

Luciana Estrella

Gazeta Niteroiense: Como é estar num set de gravação? Bernardo Simões: É ótimo. Primeiro eu já tenho que chegar tomando água por que lá no lixão é muito calor, os personagens têm que usar quatro meias e uma bota para não machucar o pé por causa dos arames e ferros. GN: Vocês filmaram alguma vez no próprio lixão de Gramacho? Bernardo: Só no cinematográfico. Levaram catadores de lixo lá e eles falaram que estava tudo igual ao original. Menos o cheiro, é caro, porque o material do cenário é todo reciclável. GN: Você teve alguma preparação para fazer o personagem de catador de lixo? Bernardo: A minha mãe me mostrou alguns vídeos de catadores para eu aprender e fazer igual a eles. Eu acho que fiz direitinho. Eu gosto de atuar e faço isso com prazer.

Rita (Mel Maia) com Batata (Bernardo Simões) na cena da novela Avenida Brasil

GN: Houve testes em que ele não selecionado. Como foi para ele, uma criança, lidar com o não? AP: Ele sempre foi competitivo, embora não tenha encarado os testes como uma competição. É preciso aprender desde criança a perder. Hoje ele já tem maturidade para entender isso. Sempre falei para ele que toda criança é boa, mas que o perfil tem que casar com o personagem. Ele sempre entendeu isso.

GN: Como você iniciou a sua carreira?

GN: Como foi a sua ajuda para a construção do personagem “batata”?

Bernardo: Acho que como a maioria, fiz um book e me colocaram em uma agência. Esse foi o meu primeiro passo para ser ator. Desde pequeno, eu não tinha vergonha e já tinha a pretensão de atuar e chegar onde estou. Eu cheguei a fazer teatro, no começo fiz muitos flashes de novelas da Globo. Meu primeiro elenco fixo foi na novela Cordel Encantando.

AP: Eu mostrei vídeos sobre o tema para ele se familiarizar com esse mundo que é diferente do dele. Assisti com ele “Quem quer ser um milionário” e “A Lagoa Azul”. A intenção foi mostrar a exploração das crianças e a proteção familiar, que era uma das coisas que a preparadora de elenco destacava no personagem dele. Eu fiz o que pude para ajudá-lo, inclusive pesquisas.

GN: E a escola como fica em meio às gravações?

GN: É verdade que depois da novela ele passou a ser assediado?

Bernardo: No começo, às vezes eu fazia quatro gravações por semana, mas como diz a minha mãe, “o estudo vem sempre em primeiro lugar”. A aula

Bernardo Simões vest Mini Beni

AP: Ontem ele me disse que não tinha lanchado no recreio porque as meninas pediram para ele autografar fotos que tinham tirado com ele. As meninas são apaixonadas, brigam umas com as outras. Às vezes, ele está jogando na internet e elas o descobrem, aí ficam pedindo o telefone. Eu tenho que ficar de olho no Facebook, fico por perto, vejo tudo o que ele faz. Tenho que orientá-lo bem, porque o Bernardo é uma criança. GN: E quanto aos estudos? AP: Eu cobro muito dele. Ele não gosta de fazer dever, é uma tortura. Mas graças a Deus o Bernardo é um bom aluno. A professora me falou que nas provas ele foi excelente. A maior preocupação é que ele tinha que decorar textos, saía mais cedo da escola. Mas está dando tudo certo.


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