Edição Nº 326

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Crateús - Sábado, 15 de outubro de 2011

Artigos ECONOMIA

RECESSÃO MUNDIAL: E eu com isso? Tereza Fernandes

Reconhecida pelos ganhos financeiros e sociais nos últimos anos, a Europa vive um período de instabilidade que ainda é reflexo da crise de 2008. O Brasil não está blindado contra a crise, mas pode ter muitas oportunidades de se desenvolver com os investimentos que devem migrar das regiões de instabilidade para os países emergentes e de economias mais estáveis. Além disso, o País pode contribuir no momento de incertezas. A nosso favor estão a economia aquecida, o consumo interno intenso em virtude do enriquecimento da população e do volume de crédito. Além disso, o país possui um bom nível de reservas internacionais e investimento estrangeiro crescente. No entanto, com a desvalorização mundial do dólar, o real continua elevando seu valor, o que pode comprometer a capacidade exportadora do País. A produção

industrial também poderá começar a reduzir. Se os efeitos se agravarem, o brasileiro poderá ter efeitos negativos como o mercado de ações volátil, viagens internacionais adiadas ou canceladas, endividamento e até perda do emprego em empresas exportadoras.

Crise Grega

A situação mais complicada é a da Grécia. A dívida pública do País chegou a 273,4 bilhões de euros, o que representa 115% do PIB (237,5 bilhões de euros). O avanço da dívida deixou investidores relutantes em emprestar mais dinheiro ao país. Para receber ajuda financeira internacional, o país europeu terá de cumprir uma série de determinações da União Europeia, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu. O déficit orçamentário da Grécia deverá atingir 8,5% do Produto Interno Bruto

(PIB) este ano, longe dos 7,6% acordados com especialistas da Comissão Europeia, do FMI e do Banco Central Europeu. Para 2012, as previsões apontam para um déficit de 6,8% do PIB, embora a meta fosse 6,5%. Além da Grécia, outros países europeus, como Portugal e Espanha, também estão com suas contas em descontrole. A conjuntura abala a confiança dos mercados e os investimentos de risco e fluxo de moeda ficam cautelosos, segundo o professor do curso de relações internacionais das Faculdades Integradas Rio Branco, Sérgio Marques dos Santos. “Por mais que tenhamos mecanismos para nos protegermos, imune não ficamos porque boa parte da produção brasileira é envolvida pelo capital internacional e estrangeiro”, destacou.

Brasil na solução

Com melhor situação financeira e estabilidade, o

Brasil também poderá contribuir para evitar a derrocada dos países europeus. A presidenta Dilma Rousseff defendeu que a comunidade internacional deve buscar de forma conjunta uma solução para os impactos gerados pela crise econômica internacional. Dilma disse ainda que o Brasil está à disposição dos europeus para colaborar nas medidas que forem necessárias a fim de impedir uma piora na situação. No entanto, não mencionou valores nem a possibilidade de repasses financeiros. Para a presidenta, a solução para a crise econômica internacional passa por uma reavaliação do sistema financeiro mundial. Segundo ela, classificado como um “sistema ineficaz”, que se comprovou com o fato de a crise ter se acentuado. Dilma disse também que é fundamental aliar políticas macroeconômicas com a geração de emprego e renda.

ESPIRITUALIDADE

O FALAR E O OUVIR Tereza Neumam Araújo

Dirigente nacional do trabalho público da Escola da Rosacruz Áurea

Nossa linguagem compreende um vasto conjunto de palavras e conceitos que vão dos mais concretos aos mais abstratos, traduzindo os sentimentos e os pensamentos daqueles que a utilizam. Assim, a linguagem vai-se transformando lado a lado com a consciência da humanidade. Ou seja: o campo energético a partir do qual as pessoas vivem vai mudando, e a linguagem vai acompanhando essa mudança. Palavras que antigamente tinham apenas uma interpretação, hoje podem ter dezenas de outros sentidos – e até mesmo significados totalmente opostos. Quando alguém fala, dá testemunho de seus pensamentos, princípios e valores. As palavras podem semear confusão, consolar, apaixonar, informar. Seus efeitos dependem de intenções. O orador dá de presente seus pensamentos e sentimentos envolvidos em palavras, e o ouvinte recebe esse presente sob a forma de energias transmi-

tidas. Portanto, as palavras podem elevar ou envenenar o interlocutor, por estarem cheias de amor, ou de ódio mortal! Elas podem ser extraordinariamente sanadoras ou extraordinariamente nocivas. São uma bênção ou uma maldição. Quando falamos, emitimos um som. Esse som é uma vibração que se faz imediatamente presente no ambiente em que estamos. Se alguém entrar nesse ambiente logo em seguida, mesmo sem ter ouvido o que tenhamos dito, poderá sentir, por algum tempo ainda, a qualidade daquilo que foi pronunciado. Portanto, temos que cuidar para que as palavras pronunciadas tenham a melhor qualidade possível! Muitos tentam se livrar de sua inquietude e de seus problemas entrando em contato com outras pessoas. Para se libertarem de suas tensões, promovem conversas intermináveis. E, se não houver ninguém por perto, usam o telefone ou a internet. É assim que a tensão se propaga. [ Opinião ]

Por isso, precisamos estar atentos para não nos tornarmos vítimas de desconhecidos que derramam sobre nós diariamente uma verdadeira avalanche de palavras. Na maioria das vezes, mesmo

Muitas vezes não conseguimos reconhecer os erros dos outros, simplesmente porque nossos erros são exatamente os mesmos. Nesse sentido, cada momento de crítica é, ao mesmo tempo,

hesitar em se analisar profundamente. Afinal, mesmo que a crítica seja velada, devemos supor que a pessoa criticada percebe seu tom – considerando a questão vibratória do som que foi

sem lhes dar ouvidos, uma parte de nossa energia é gasta, inconscientemente, sem que o percebamos.

uma oportunidade para nos observarmos interiormente. Quem se surpreende falando mal de alguém não deve

articulado. Assim, a crítica vai qual uma flecha contra o peito do criticado. Claro que isso resultará numa reação

[ Política ]

[ Cidade ]

[ Geral ]

[ Cultura ]

[ Sociedade ]

imediata da vítima e a flecha certamente, além de feri-lo, também voltará ao agressor. Se pudéssemos ver tudo isso, quantas e quantas flechas não cruzariam à nossa frente? Já pensaram, alguma vez, o quanto já prejudicaram ou foram prejudicados pelo uso indevido da palavra? Quantas conversas inúteis poderiam ser canceladas? A maioria dos seres humanos não tem controle sobre a própria língua! A esse respeito é dito na Escritura Sagrada: “Não é o que entra pela boca, mas o que dela sai, que suja o ser humano”. Não é por acaso que as escolas espirituais procuram transmitir ao buscador a Sabedoria Universal para que ele a reconheça e a acolha em si mesmo. Essa antiquíssima Sabedoria nos mostra que o Homem-Alma que realmente procura Deus e quer entrar em ligação com o Espírito pouco falará e dará ouvidos a poucas coisas: ele falará o essencialmente necessário.

[ www.gazetacrateus.com.br ]


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