GameBlast Nº 27

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ANÁLISE

De tudo que foi dito, resta a forte impressão de que Final Fantasy XV é um jogo que precisava de mais tempo de desenvolvimento para atingir seu grande potencial. Esse título que foi entregue provavelmente está sendo desenvolvido há bem menos tempo do que acreditamos. Fica latente que tanto na exploração quanto no desenvolvimento de personagens e do enredo, o jogo se valeria de adições. Mas é um jogo muito mais sobre possibilidades perdidas, do que efetivamente ruim. Ele passa longe disso, inclusive. É um jogo bom, que traz aspectos muito bem trabalhados, e outros que se sustentam mesmo com as falhas. Um mundo convidativo e bem criado, cuidado na construção dos cenários e da exploração, sistemas e mecânicas que levam em consideração a ideia da amizade dos quatro protagonistas,

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uma batalha agradável e que gera momentos de forte apelo visual, trechos tocantes de uma história simples e pouco desenvolvida, se unem a um conteúdo pós-fim vasto, ainda que também repetitivo (as dungeons extra, por exemplo, possuem o mesmo layout, só alternando os inimigos), para entregar uma experiência satisfatória. Consigo ver FF XV agradando um vasto número de jogadores, de fãs à novatos na franquia. E acredito que esse título seja um bom apontador de caminhos, um primeiro capítulo de uma nova fase da série. Há muito coisa competente no jogo, tantas outras que patinam, e algumas que precisam de sérias mudanças. No fim das contas, Final Fantasy XV é, sobretudo, mais um importante e competente jogo da série, talvez o primeiro de muitas pessoas, e com certeza não o meu último.

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