A chave de hiram

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Comitê de Caridade, inclusive direito de ouvir as próprias reclamações antes que qualquer um deles fosse levado à Grande Loja. Na mesma reunião uma coleta foi feita para ser distribuída aos Maçons em dificuldades, e encorajá-los a fundar uma nova colônia na Georgia. Durante o ano, vários Deputados foram indicados para abrirem Lojas em Hamburgo e na Holanda. Em 1738 James Anderson (então Grande Secretário) publicou um revisadíssimo Livro das Constituições. É esse trabalho sobre a história da Ordem que fez com que certos autores a ele atribuíssem a criação da Maçonaria Simbólica. Nessa época os regulamentos foram introduzidos para conseguir que, se uma Loja deixasse de se reunir por mais de doze meses, fosse apagada das listas e perdesse a sua antiguidade. Também se fixou nessa época que todos os futuros Grão-Mestres seriam eleitos pela Grande Loja de Diáconos, para encorajar os cavalheiros a ocupar esse cargo, enquanto se passavam resoluções sobre o que era descrito como sendo "Convenções ilegais" de Maçons. Isso removeu o direito democrático dos Irmãos de eleger quem eles achassem mais aptos a liderálos. O território da Grande Loja de York foi encampado pelas garantias dadas às Lojas do Lancashire, Durham e Northumberland, que como se sabe causaram a interrupção de todas as relações de amizade entre as duas Grandes Lojas. Por esse tempo já haviam sido expedidas garantias para organizar Lojas em Aubigny, em França, Lisboa, Savanah, na Georgia, na América do Sul. Gambay e Oeste da África. Grão-Mestres Provinciais haviam sido indicados para a Nova Inglaterra, Carolina do Sul e Cape Coast Castle na África. Durante o ano de 1737 o dr. Desaguliers (past Grão-Mestre de 1719) iniciou Frederico, príncipe de Gales, em uma Loja especial arranjada para esse propósito em Kew mais tarde no mesmo ano, elevando-o ao 2° Grau e então o exaltando ao sublime Grau de Mestre Maçom. Na comunicação da Grande Loja, sessenta Lojas estavam representadas e foram indicados Grão-Mestres Provinciais para Montserrat, Genebra, a Costa da África, Nova York e as Ilhas da América. Em 1738 mais duas Províncias viram a Luz: a das Ilhas do Caribe e a província de Yorkshire, West Riding, que foi considerada como mais um encampamento dos direitos da Grande Loja de York. Isso aumentou em muito a brecha já existente entre as duas Grandes Lojas e resultou em um total rompimento de relações. A 15 de agosto de 1738 a Grande Loja da Escócia teve uma importante vitória na disputa por antiguidade entre as Grandes Lojas, ao iniciar Frederico, o Grande, da Prússia em uma Loja reunida em Brunswick com esse propósito. Frederico a partir disso organizou uma Grande Loja em Berlim sob a Constituição Escocesa. O Desenvolvimento da Maçonaria na América. Já havíamos alcançado a história registrada da Ordem e de alguma forma a busca estava completa, mas ainda tínhamos uma curiosidade fora do comum sobre o destino em longo prazo da terra da estrela chamada Mérica. Para completar nosso quadro decidimos olhar sem muito aprofundamento para o desenvolvimento dos Estados Unidos da América. Não é segredo que a Maçonaria foi uma grande força por trás da Revolução Americana e da fundação da República dos Estados Unidos da América. A demonstração contra os impostos britânicos conhecida como ''A Festa do Chá de Boston" foi organizada em 1773 pelos membros da Loja St Andrews, que tinha entre seus membros indivíduos famosos como Samuel Adams e Paul Revere. A Loja, que se reunia na Taverna do Dragão Verde (Green Dragon Tavern) em Boston, não foi a organizadora da "Festa do Chá", mas seus membros fundaram um clube chamado Causus Pro Bono Publico, do qual Joseph Warren, o Venerável da Loja - e que mais tarde se tornou Grão-Mestre de Massachusetts - era uma das grandes forças. De Henry Purkett se declarava estar presente à "Festa do Chá" como espectador, e em desobediência ao Venerável Mestre da Loja St Andrews, que estava ativamente presente. Os homens que criaram os Estados Unidos da América ou eram eles mesmos ativos Maçons ou estavam em contato constante com os Maçons. Eles usavam os pensamentos que haviam se desenvolvido na Inglaterra durante o século anterior como blocos para a construção de sua própria Constituição. Eles não sabiam, mas com sua devoção aos princípios maçônicos de Justiça, Verdade e Igualdade para seu novo país, estavam fazendo uma tentativa de construir uma terra que seria guiada por Ma'at redescoberta: um Estado moderno que fosse o herdeiro genuíno da grandeza do Antigo Egito. De várias maneiras os arquitetos dos Estados Unidos alcançaram esse objetivo: mas na grande maioria delas eles, até agora, falharam.


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