A chave de hiram

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A Evidência Física. Fomos capazes de reconstruir as circunstâncias do interrogatório de Molay porque uma importante peça de evidência ainda sobrevive até os dias de hoje. O sudário em estilo qumraniano/maçônico que foi tirado do Templo de Paris dos Templários e usado para envolver a figura danificada do Grão-Mestre viajou com Molay para a casa de Geoffroy de Charney, onde foi lavado, dobrado e guardado dentro de uma gaveta. Exatamente cinqüenta anos mais tarde, em 1357, essa peça de linho com quatro metros e meio de comprimento foi tirada de seu lugar e exposta publicamente em Livey. Não estamos certos se foi exibida ou não por ter cinqüenta anos de idade, mas temos certeza dos motivos pelos quais gerou tanto interesse público. O corpo fervente de Molay havia sido baixado da cruz, abandonado em um frio e úmido porão de um calabouço, onde os fluídos mórbidos do homem ferido - suor e sangue com alto teor de ácido lático haviam corrido livremente em volta de seu corpo, manchando o pano onde o contato havia sido mais firme. O trauma da crucificação fez com que o corpo de Jacques de Molay "pintasse" a imagem de seu sofrimento em seu sudário "maçônico". A família de Charney havia removido o sudário e pensado nas feridas, e deve ter gasto muitos meses trazendo Molay a um estado razoavelmente próximo da saúde. O sudário foi guardado na casa da família sem que se lhe desse mais atenção. O sobrinho de Geoffroy de Charney, também chamado de Geoffroy, foi morto pelos ingleses em 1356 (um ano antes da exibição do sudário) na Batalha de Poitiers, e parece bem provável que o conhecimento da verdadeira origem do sudário tenha morrido com ele. A imagem no sudário era fenomenalmente clara. A marcas do sangue de Molay haviam sido impressas no pano pelo ácido lático do sangue que corria livremente, reagindo com o incenso que era usado como agente branqueador, por ser rico em carbonato de cálcio. O nariz longo, o cabelo com comprimento abaixo dos ombros e partido ao meio, a barba longa que se abria na base e o corpo de um metro e oitenta de altura combinam perfeitamente com a imagem conhecida do último Grão-Mestre dos Cavaleiros Templários As primeiras pessoas que viram o sudário pensaram reconhecer a imagem porque ela combinava com seu conhecimento de um homem que havia sofrido um destino similar por volta de mil e trezentos anos antes: eles pensaram que estavam olhando a face de Jesus, e essa peça de pano é hoje chamada de o Sudário de Turim. A imagem que o mundo cristão aprendeu a amar como a face de Deus na verdade é a face de um homem torturado e assassinado em nome de Deus, não pelos romanos, mas sim por um rei francês avarento com o apoio da Igreja Católica. Muitos têm buscado as origens do Sudário de Turim: acreditamos ter encontrado a solução exatamente porque não estávamos procurando por ela. Todas as teorias previamente apresentadas negam algum aspecto das evidências apresentadas, mas em nossa busca por Hiram, o Sudário era apenas mais uma peça do quebra-cabeça que estávamos completando. Em 1988, o Vaticano permitiu a realização de testes científicos que foram feitos em três laboratórios de datação por carbono 14 separados e independentes: esses testes foram conclusivos em mostrar que o linho do Sudário não tem datação anterior a 1260 d.C. Se pensarmos que o Sudário já teria alguns anos de uso, as datas são rigorosamente no alvo. Estranhamente, as datações de Carbono 14 foram publicadas em 13 de outubro, o mesmo dia no ano em que Molay foi preso e crucificado! Há uma chance em trezentas e sessenta e cinco de que isso tenha sido uma coincidência, mas não pudemos deixar de pensar se não existe mais do que podemos ver. O Vaticano sempre negou que o Sudário seja uma relíquia sagrada, porque a Igreja conhece as suas origens: pode ser que Roma ache adequado provar esse ponto exatamente no aniversário da criação do Sudário? Os ensinamentos de Jesus efetivamente "morreram" com ele, para serem substituído pela fórmula helenística de mistérios criada por Paulo, o "Derramador de Mentiras", mas ainda assim os ensinamentos "ressurrectos" foram dados ao mundo uma vez mais pela crucificação de Jacques de Molay. Durante os mil duzentos e setenta e quatro anos que separam as duas crucificações, os verdadeiros ensinamentos de Jesus permaneceram "mortos e enterrados" sob o Templo de Jerusalém. Mas, uma vez lançados ao mundo, os conceitos de igualdade, responsabilidade social e poder do conhecimento humano reemergiram para dar fim ao vácuo intelectual da muito propriamente denominada Idade das Trevas. O poder político que o Império Romano vinha perdendo nos primeiros três séculos d.e. foi mantido


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