3 minute read

GP Brasil de Fórmula 1 de 1976

Next Article
Yamaha

Yamaha

Um ano difícil

Carro de seis rodas, acidente de lauda e uma prova final polêmica

Advertisement

Jody Sheckter e o novo Tyrrel P34 de seis rodas no GP da Alemanha de 1976

Antes de falar como foi 1976 para a Fórmula 1, devo esclarecer que, nessa época, eu acompanhava a categoria como um verdadeiro “tifoso”, desde que meus ídolos correram em Interlagos naquela prova extra-campeonato, em 1972. Até então, eu me dedicava ao automobilismo nacional e, da F1, era fã de Jim Clark e Jackie Stewart. Mas aquela corrida mudou tudo. Eu passei a fazer álbuns de recortes com os pilotos e sabia tudo o que estava acontecendo. Emerson era meu ídolo. Nas etapas de Interlagos eu ia para os boxes com meu pai e lembro que o clima era muito tranquilo, cheguei a sentar no pneu de um dos carros da prova esperando meu pai terminar a conversa com o piloto. Só não lembro qual era a equipe.

Acompanhei os anos 80 não tão de perto e torci muito pelo Ayrton durante toda a sua carreira. Depois dele, a Fórmula 1 acabou, para mim.

A temporada de 1976 foi cheia de emoções e surpresas, com a primeira prova justamente em Interlagos. A saída de Emerson da McLaren, para apoiar e equipe brasileira de seu irmão, deixou uma vaga, que foi ocupada por James Hunt, piloto playboy que acabou sagrando-se campeão nesse ano, auxiliado por uma série de fatores. O principal deles foi o acidente de Niki Lauda, o mais provável campeão até então, o que deixou Hunt à vontade para marcar muitos pontos nas três provas em que Lauda não pontuou. O outro foi a cautela de Lauda na última prova, no Japão, que se retirou de uma prova essencialmente perigosa e deixou Hunt livre para tentar o campeonato. Ele conseguiu, por pouco.

Foi nesse ano, também, que a Tyrrel estreou seu carro de seis rodas, o Tyrrel o P34, Lella Lombardi estreou com March e a Ligier fez sua primeira corrida, com o piloto francês Jacques Laffite. E o britânico John Watson venceu pela primeira vez na F1, no GP da Áustria, dando a única vitória da Penske na Fórmula 1. l

Emerson fittipaldi e o Copersucar no GP de mônaco

John Watson e a única vitória da Penske na f1, no GP da Áustria

Emerson fittipaldi nos testes do Copersucar, em Interlagos

Vencedores de cada um dos GP´s de 1976

GP do Brasil (Interlagos) - Niki Lauda (Ferrari) GP da África do Sul (Kyalami) - Niki Lauda (Ferrari) GP dos EUA/Oeste (Long Beach) - Clay Regazzoni (Ferrari) GP da Espanha (Jarama) - James Hunt (McLaren-Ford) GP da Bélgica (Zolder) - Niki Lauda (Ferrari) GP de Mônaco (Monte Carlo) - Niki Lauda (Ferrari) GP da Suécia (Anderstop) - Jody Scheckter (Tyrrell-Ford) GP da França (Le Castellet) - James Hunt (McLaren-Ford) GP da Inglaterra (Brands Hatch) - Niki Lauda (Ferrari) GP da Alemanha (Nurburgring) - James Hunt (McLaren-Ford) GP da Áustria (Österreichring) - John Watson (Penske-Ford) GP da Holanda (Zandvoort) - James Hunt (McLaren-Ford) GP da Itália (Monza) - Ronnie Peterson (March-Ford) GP do Canadá (Mosport) - James Hunt (McLaren-Ford) GP dos Estados Unidos (Watkins Glen) - James Hunt (McLaren-Ford) GP do Japão (Monte Fuji) - Mario Andretti (Lotus-Ford) Niki lauda e o ferrari 312

James Hunt e o mclaren m23

James Hunt e Niki lauda era muito amigos fora das pistas

This article is from: