TCC sobre A UTILIZAÇÃO DO REIKI NO TRATAMENTODE ANSIEDADE SOCIAL:UMA ALTERNATIVA PARA O BEM ESTAR

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INSTITUTO LOGOS SOLAR

ADRIANE TUCZYNSKY

A UTILIZAÇÃO DO REIKI NO TRATAMENTO DE ANSIEDADE SOCIAL: UMA ALTERNATIVA PARA O BEM ESTAR

CURITIBA/PR 2012 1


INSTITUTO LOGOS SOLAR

ADRIANE TUCZYNSKY

A UTILIZAÇÃO DO REIKI NO TRATAMENTO DE ANSIEDADE SOCIAL: UMA ALTERNATIVA PARA O BEM ESTAR Monografia apresentada como Trabalho de conclusão de curso (TCC) de requisito obrigatório ao Curso de Psicologia Holística, ministrado pelo Instituto Logos Solar. Orientadora: Prof. Gabriel Lopes

CURITIBA/PR 2012

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Tuczynsky, Adriane A utilização do Reiki no tratamento de ansiedade social: uma alternativa para o bem estar. Orientadora: Prof. Gabriel Lopes Monografia apresentada como Trabalho de Conclusão (TCC) de requisito obrigatório ao Curso Formação em Terapia Complementar do Espaço Anima Gestão em Terapias, ministrado pelo Espaço Anima Gestão em Terapias. 1. Ansiedade. 2. Terapia Complementar. 3. Terapia Holística. 4. Reiki. 5. Tratamento.

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TERMO DE APROVAÇÃO

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AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais e toda a minha família por acreditarem em mim. Agradeço especialmente a Silvia e Sirlei Tuczynsky, Mário Jorge de Sousa e Paulo Silva Nunes pelo incentivo e apoio para a elaboração deste trabalho. A Tamaris Fontanella pela orientação, estímulo e companheirismo durante este projeto. Agradeço aos meus colegas de turma: Cláudia, Gercinha e Lucélia e também das outras turmas: Paulo, Daniel, Guisela e Vera pela amizade, paciência, auxílio, inspiração, compreensão e sorrisos proporcionados por vocês. A todos o meu Muito Obrigado!

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EPÍGRAFE

“Se a ansiedade não dá sossego aos homens, os homens, em resposta, resolveram não dar sossego à ansiedade”. (Dractu e Lader, 1993)

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RESUMO A UTILIZAÇÃO DO REIKI NO TRATAMENTO DE ANSIEDADE SOCIAL: UMA ALTERNATIVA PARA O BEM ESTAR RESUMO: A cada século o ser humano sofre grandes mudanças. Na dualidade da natureza, a partir de um momento ele passou a ser visto com mente e corpo separados, um reflexo da fragmentação do seu ser. As pessoas passaram a viver cada vez mais ansiosas, sempre preocupadas com o futuro, antecipando os fatos antes de acontecerem, sejam eles reais ou imaginários, e estas preocupações interpretadas pelo organismo representam uma ameaça de perigo que aciona o instinto de sobrevivência, luta e fuga. Atualmente, pode-se notar uma grande procura pelos tratamentos naturais, terapias holísticas e complementares, como forma de cuidado para com a saúde. Esse trabalho tem como objetivo trazer informações sobre como obter melhor integração dos corpos sutis e o restabelecimento do equilíbrio energético através da técnica do Reiki como tratamento complementar da ansiedade social.

Palavras-chave: 1. Ansiedade. 2. Terapia Complementar. 3. Terapia Holística. 4. Reiki. 5. Tratamento.

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SUMÁRIO

RESUMO .......................................................................................................................................................... 7 1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................................ 9 2. O QUE É ANSIEDADE? ........................................................................................................................... 11 3. O QUE É FOBIA SOCIAL? ..................................................................................................................... 14 4. O QUE É REIKI? ....................................................................................................................................... 17 4.1. A história da descoberta do Reiki ........................................................................................................ 18 4.2. Como atua o Reiki? ............................................................................................................................... 18 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................................................... 23 Referências Bibliográficas ............................................................................................................................ 24

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1. INTRODUÇÃO A cada século a forma de conceber o mundo sofre grandes mudanças, desde Sócrates o qual valorizou o “Conhece a ti mesmo” até Descartes com o “Penso, logo existo”. Descartes acreditava que todo o conhecimento humano dependia somente da

razão

ou

pensamento,

não

dando

atenção

ao

mundo

subjetivo

(imaginação/sensação). De acordo com Carli (2009), o filósofo compreendeu o ser humano de acordo com a dualidade da natureza, a matéria (res extensa) e pensamento (res cogitans), e acabou por considerar todos os corpos materiais, portanto, o ser humano passou a ser visto e tratado como máquina. Influenciados por esta concepção, o ser humano era visto com mente e corpo separados, em que atuam de modo independente, dividido pelas suas partes e com isto deixou-se de se analisar as interações entre elas, assim trazendo como reflexo a fragmentação do ser. Com a chegada do século XX, surge o paradigma holístico, o qual vê o ser humano como um todo, pelo seu conjunto, pela integração das partes que são compostas por seus aspectos físicos, espirituais, emocionais e mentais, as quais sempre atuam em interação. Carli (2009) explica que o paradigma mecanicista privilegia a individualidade, a luta, a competição. O paradigma holístico prefere o coletivo, o cooperativo, o complementar. Alguns autores consideram os tempos modernos como a “Idade da Ansiedade”, estes associam o acontecimento psíquico do estado de ansiedade ao sistema de vida capitalista no qual a sociedade está inserida, no sentido de supervalorizar, o conhecimento lógico, a competitividade social, econômica e profissional, o consumismo excessivo, focando sempre em produzir e acumular bens cada vez mais. A partir deste contexto, pode-se constatar que as pessoas estão vivendo cada vez mais ansiosas, estão sempre preocupadas com o futuro, antecipando os fatos antes de acontecerem, sejam eles reais ou imaginários, e estas

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preocupações são interpretadas pelo organismo com o mesmo significado de ameaça de perigo como foi nos tempos primitivos de nossos ancestrais, acionando sempre que necessário o instinto de sobrevivência, luta e fuga. Atualmente, pode-se notar uma grande procura pelos tratamentos naturais, como forma de cuidado para com a saúde, por estes não terem contra-indicações, o que são bastante prejudiciais ao organismo e também por trazerem ótimos resultados promovendo a saúde e ampliando a sensação do bem estar, razões pelas quais as terapias holísticas e complementares, venham a ganhar maior aceitação na presente sociedade. É importante ressaltar que as pessoas recorrem á elas como forma de tratamento complementar aos tratamentos médicos convencionais, visando obter melhor integração dos corpos sutis e o restabelecimento do equilíbrio energético. Portanto,

dentre

as

diversas

técnicas

existentes

para

tratamento

complementar da ansiedade social, o Reiki surge como uma alternativa visando sempre acalmar, relaxar e proporcionar uma maior sensação de bem estar ao indivíduo que sofre desta síndrome, assim restabelecendo o equilíbrio energético corporal do mesmo.

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2. O QUE É ANSIEDADE? Desde os primórdios da humanidade a ansiedade desempenha o seu papel, embora seja considerada um mal atual, está relacionada ao ritmo acelerado da vida moderna. Na

literatura

as

citações sobre

as

sensações desagradáveis

que

acompanham a ansiedade tem sido alvo de preocupação, curiosidade e do interesse humano desde tempos muito remotos. As primeiras reflexões sobre a ansiedade registradas encontram-se na Grécia clássica, sugerem a possível existência de uma relação entre experiências subjetivas (aquilo que se sente) e sintomas corporais (aquilo que o corpo mostra). A partir do final do século XIX a ansiedade passou a ter importância na vida ocidental. Segundo o professor Brandão 2008, a ansiedade pode ser definida como sendo: /.../ um estado subjetivo de apreensão ou tensão, difuso ou vago, frequentemente acompanhado por uma ou mais sensações físicas, como aumento da pressão arterial, da freqüência cardíaca, da respiração, urgência da micção ou defecação, induzidas pela expectativa de perigo, dor ou necessidade de um esforço especial. (BRANDÃO, p.10, 2008)

Ainda, conforme Brandão 2008, os sintomas fisiológicos da ansiedade podem aparecer como dor no peito, falta de ar, sufocamento, fraquezas, tremores musculares, sudoreses, palpitações, falta de sono, emagrecimento súbito ou aumento de peso. Qualquer que seja o fator desencadeante deste tipo de transtorno, traz grande sofrimento para o indivíduo, muitas vezes atrapalhando a realização de suas atividades habituais e prejudicando o curso normal da vida. Dentro da perspectiva de Possato (2006), a ansiedade significa não estar no aqui-e-agora, e que o fato de pensar em várias coisas ao mesmo tempo, trazem grandes dificuldades de nos centrar no momento presente. A autora também entende que a ansiedade não é necessariamente ruim, pois quando ocorre o

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deslocamento do aqui-e-agora para um tempo no daqui a pouco ou no futuro, o mecanismo da ansiedade será acionado, pois necessitamos dele para planejar ações, situações ou realização de metas futuras. /.../ a sensação de ansiedade negativa ocorre quando você se desloca para um tempo futuro e começa a pensar ou prever coisas negativas ou até mesmo catástrofes. Quando você se desloca para o passado, o que sente é angústia e medo de que coisas desagradáveis se repitam. A ansiedade aparece quando você começa a se cobrar para não repetir essas coisas desagradáveis, como se precisasse ter controle sobre tudo e todos. (POSSATO, p.21, 2006)

A ansiedade também pode ser percebida como um sentimento que acompanha um sentido geral de perigo, do qual surge para advertir de que há algo a ser temido no futuro. E que para avaliar a qualidade em que se manifesta, sendo uma ansiedade boa ou má dependerá essencialmente da proporção dela diante o perigo. "A ansiedade boa é aquela em que promove um enfrentamento do perigo de maneira saudável e a ansiedade má é aquela que se torna desproporcional á dificuldade e/ou a pessoa se torna improdutiva diante dela" (MASCI, p.06, 1997). /.../ é um estado de alerta em nossa mente com a finalidade de planejar nossas ações onde estaremos buscando saídas ou alternativas, seria a espécie de um ensaio mental para as futuras ações, ou seja, o enfrentamento ou a fuga. (POSSATO, p.22, 2006)

Ao explicar o processo da ansiedade ela leva-nos a compreender que o corpo responde conforme pensamos, e que normalmente nossos pensamentos ansiosos negativos, deslocam a mente do aqui-e-agora para uma situação a qual tememos ou que nos causa preocupação ou apreensão.

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"Ao pensarmos em algo que nos provoca a sensação de medo, o cérebro recebe a mensagem de que precisamos estar alerta e nos defender, mas o que ocorre é que a situação pode não estar acontecendo de fato, sendo apenas uma fantasia, mas mesmo assim acontecerá todo um preparo do corpo para atacar, reagir e se defender, porém esta energia não estará sendo empregada de forma útil, gerando a ansiedade negativa". (POSSATO, p.22, 2006).

A autora acima referida, ainda ressalta sobre o mecanismo de prontidão e defesa do organismo conhecido como resposta de luta ou fuga, na qual oferece a opção de enfrentar ou de fugir da situação, visando a autopreservação. Porém esta resposta provoca mudanças corporais como: taquicardia, tremores, vertigens, sintomas devido á secreção de alguns hormônios específicos, cita-se a adrenalina, que ao entrar na corrente sanguínea, prepara o corpo para uma resposta, porém, como a situação de medo ocorre somente na cabeça e não havendo uma ameaça real, a energia toda descarregada passará a se concentrar em

algum

ponto

nevrálgico,

deste

modo

desenvolvendo

sintomas

psicossomáticos. De acordo com a visão de Masci (1997), a ansiedade pode ser considerada uma herança do período pleistoceno, a idade da pedra, período em que a humanidade precisava enfrentar perigos reais e imediatos no dia-a-dia, e esta é a memória que carregamos até os dias de hoje, criando a necessidade de anteciparse, preocupar-se, de modo que este estado de alerta nos leve a garantir a sobrevivência.

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3. O QUE É FOBIA SOCIAL? A palavra fobia se origina do latim científico e do grego, phobia, significando “medo intenso, ou irracional aversão instintiva, hostilidade ou uma reação mórbida no confronto de qualquer coisa.” (PERES, p. 48, 2006). De acordo com a Wikipedia (2010), dentro dos quadros fóbico-ansiosos destacam-se três tipos: 1. Agorafobia - Medo de estar em lugares públicos concorridos; 2. Fobia Simples - Medo circunscrito diante objecos ou situações concretas; 3. Fobia Social - Medo perante situações em que a pessoa possa estar exposta a observação dos outros, e ser vítima de comentários ou passar perante uma situação de humilhação em público. As fobias mencionadas acima estão relacionadas aos transtornos de ansiedade, pois possuem a característica especial de só se manifestarem em situações particulares, portanto, será abordado especificamente a Fobia Social. De acordo com o DSM-IV-TR 2000, a característica principal da Fobia Social é um “medo acentuado e persistente de situações sociais ou de desempenho no qual o individuo poderia sentir vergonha ou vir a se sentir ridicularizado por terceiros” (DSM-IV, p.437, 2000). Normalmente os indivíduos com Fobia Social, como descrito no DSM-IV_TR 2000, experimentam sintomas de ansiedade como: palpitação, tremores, sudorese, diarréia, tensão muscular, reconhecem que o medo é excessivo e irracional, mesmo assim, passam a ter comportamento de evitação ou poderão suportar com muita ansiedade e intenso sofrimento diante das situações temidas, assim podendo interferir significativamente na sua rotina. Segundo Peres (2006), a fobia ocasiona um estado de angústia, impossível de ser dominado, que se traduz por violenta reação de evitamento e que sobrevém de modo relativamente persistente, quando certos objetos, tipos de objetos ou situações se fazem presentes, imaginados ou mencionados. A fobia se caracteriza pela desproporção entre a emoção sentida diante de uma situação de

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exposição ao fator estressor; sensação de medo sem uma explicação razoável; ausência de controle e tendência a evitar algum tipo de situação. O que difere a fobia da ansiedade é o tempo de duração do episódio de ansiedade, a quantidade de ansiedade experimentada pela pessoa, e o nível de comportamento. A fobia social vem a ser uma intensa ansiedade gerada quando o cliente/paciente é submetido à avaliação de outras pessoas. Essa ansiedade, ainda que generalizada, não se estende a todas as funções que uma pessoa possa desempenhar: /.../ passa a ser considerada patológica a vergonha ou timidez a partir do momento em que a pessoa sofre algum prejuízo pessoal por causa dela, como deixar de concluir um curso ou uma faculdade por causa de um exame final que exige uma apresentação pública ou diante de avaliadores. O indivíduo sente-se muito incomodado todas as vezes que alguém observa, por exemplo, escrevendo, a intensidade dessa reação de ansiedade é desproporcional ao nervosismo que essa situação exigiria das pessoas em geral e isso é reconhecido pelo paciente, então a pessoa começa a evitar certas situações sociais. (PERES, p. 49, 2006)

Ainda, conforme Peres (2006), é importante frisar que os sintomas que caracterizam a fobia social é o desencadeamento dos sintomas sempre que a pessoa é submetida á observação externa enquanto executa uma atividade. Fisiologicamente apresenta tremores, suor, sensação de bolo na garganta, dificuldade para falar, dores abdominais, diarréia, tonteiras, falta de ar, vontade de sair do local onde se encontra. Na visão de ANDRE (2008, p. 186-189), a fobia social é caracterizada por: 

Sentimento de desconforto em situações sociais, manifestando de uma simples vergonha ao pânico;

Temor exagerado do olhar ou do julgamento alheio sobre sua pessoa ou comportamento;

Tendência a focar em si mesmo, no que pensa ou sente diante de uma determinada situação social. São as mais diversas situações sociais que podem gerar medo ou

apreensão, André (2008) agrupou-as em cinco categorias: 15


Situações de performance: na qual se teme ser explicitamente julgado;

Situações

de

observação:

quando

o

indivíduo

está

exposto

involuntariamente á observação ou sendo o foco da atenção dos outros; 

Situações em que necessita defender sua posição: são àquelas as quais o individuo precisa dizer um não, pedir aumento salarial, etc.

Situações de revelação de si: aquelas em que necessita revelar um pouco de sua intimidade pessoal e psicológica;

Situações de interações sociais: em que se trata de conversar coisas prosaicas como falar sobre o tempo, sol ou a chuva. O autor acima salienta que os medos sociais, geralmente estão

acompanhados de fortes emoções negativas, do qual surge um sentimento antecipado de medo o qual muitos que as sentem confundem o medo com a ansiedade. Deste modo, uma forma de aprender a diferenciar as duas sensações está: /.../ na distância do perigo: na ansiedade: o motivo de preocupação está no futuro; no medo a ameaça está próxima. Quando se sente ansiedade, o indivíduo consegue agir racionalmente e planejar o enfrentamento do perigo com calma, e já no medo, as reações básicas são as mesmas de um animal acuado, que decide se enfrenta a ameaça ou se foge rapidamente dela. (HUECK, 2008, p. 68-69)

Para André (2008) "a maioria dos medos sociais antecedem o medo de ser julgado negativamente. mais pelo efeito de nossas próprias convicções do que pela a realidade, já não é mais o medo que nos domina, é a vergonha".

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4. O QUE É REIKI? Conforme Araújo (2009), a palavra Reiki resulta da união dos fonemas, onde REI significa energia sutil que permeia tudo e a todas as coisas animadas e inanimadas e está disponível em todo o Universo, ela ingressa no ser humano através dos chakras, transformando-se em KI, ou seja, energia vital. O Reiki é o encontro destas duas energias REI (natural) e KI (processada) através de um método simples de energização com toques sutis e pontos específicos, deste modo, trabalha o ser humano no aspecto holístico e energético equilibrando o individuo nos planos físico, mental, emocional e espiritual. Na visão de Peres (2006), Reiki é um método de cura natural pelas mãos. Também podendo ter a seguinte definição de ser a arte e a ciência de ativação, do direcionamento e da aplicação da Energia Vital Universal para promover o completo equilíbrio energético. Stein (1995), o Reiki é um sistema de cura pelo toque das mãos de incompatível simplicidade e eficácia. Coelho (2010), já define o Reiki como a junção da energia universal (REI) com a nossa força vital (KI) canalizada através de um terapeuta reikiano iniciado. Em outras culturas esta mesma energia é conhecida por Chi, Prana, Mana, Bioplasma, etc. Trata-se de uma terapia em que o praticante capta a energia universal (Chi) e a transmite a um outro ser vivo pela imposição das mãos, a fim de trazer relaxamento, autoconhecimento e até a cura física. (ROQUE, p. 03, s.b.)

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4.1. A história da descoberta do Reiki O Reiki foi redescoberto por Sensei Mikao Usui no século XIX, diretor de escola e sacerdote da Universidade Doshisha, em Quioto, ao ser questionado por seus alunos sobre os métodos de cura usados por Jesus e Buda este não soube o que responder para eles. Mestre Usui começou a pesquisar as escrituras budistas e os sutras, em japonês, depois aprendeu chinês para poder ler as escrituras relacionadas ao assunto, mais tarde aprendeu sânscrito e somente assim descobriu a fórmula para a cura, ele encontrou os símbolos, porém deu-se conta de que não teria poder de cura, então, em sua busca decidiu ir jejuar por 21 dias na montanha de Kurayama, próximo a Quioto. Ao amanhecer, Usui viu uma luz no horizonte que converteu-se num facho branco brilhante atingindo-o entre os olhos, tamanha foi a força que ele caiu inconsciente. Ao recobrar a consciência, olhou para o céu e viu uma tela branca brilhante onde continha os símbolos que encontrou nas escrituras sânscritas, ao vibrarem em sua frente, o uso e significados foram transmitidos a ele. (BORÄNG, p. 20-23, 1998)

4.2. Como atua o Reiki? O Reiki atua, segundo Peres (2006), no nível da raiz da causa, e como tal trata o corpo como um todo, é holístico por natureza, e não sendo necessário ter habilidade em diagnosticar por parte do terapeuta. O que diferencia o Reiki dos outros sistemas que fazem uso da imposição das mãos para curar é a iniciação. "Ela tem como objetivo abrir e expandir o Ki, ao colocar a pessoa em contato direto com a fonte do Ki, estará aumentando a sua energia" (STEIN, p.37, 1995). Para Stein (1995), o ato de impor as mãos sobre o corpo humano, ou seja, um animal para transmitir bem estar e aliviar a dor é tão antigo quanto o instinto: “quando sentem dor, a primeira coisa que as pessoas fazem é colocar as mãos sobre a região dolorida” (STEIN, p.37, 1995), e “quando uma criança cai e machuca o joelho /.../ o toque humano transmite calor, serenidade e cura. Também transmite carinho e amor /.../” (STEIN, p. 38, 1995).

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Complementa Carli (2009), que as mãos são nossas dádivas, pois através delas podemos canalizar energia para aliviar o sofrimento. O autor também afirma que nossas mãos,são o mais íntimo e o mais poderoso dos meios de comunicação e que o impulso universal e natural do ser humano de levar as mãos em direção a algum ferimento tem verdadeiro valor terapêutico. Afirma STEIN (1995), que o Reiki apenas influenciaria a forma como o corpo gera as suas próprias reservas de energia, ajudando-o a compensar-se e equilibrar-se. E que ao equilibrar-se o corpo garantiria o processo da autocura, prolongando assim a longevidade, e que não existe nenhuma conotação de cura dentro do sentido religioso e sim de restabelecimento energético do corpo complementando os métodos terapêuticos tradicionais.

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REIKI NO TRATAMENTO DE ANSIEDADE SOCIAL – UMA ALTERNATIVA PARA O BEM ESTAR. O tratamento por Reiki, citado por Araújo (2009), fundamenta-se em toques sutis das mãos em si e nos outros, sendo considerada uma jornada de retorno á origem, levando a um caminho de desenvolvimento pessoal, de autoconhecimento e maior aceitação das vulnerabilidades ou patologias. Conforme Peres (2006), o tratamento para ansiedade social, geralmente se faz com medicamentos, lembrando-se que o cliente deve sempre procurar médicos especializados como psiquiatras e psicólogos para que seja por eles realizada uma avaliação do caso. Porém, atualmente, estão sendo procuradas as terapias complementares como forma de tratamento alternativo para a ansiedade social. O Reiki pode ser usado sozinho ou combinado com o tratamento médico. Ele não interfere no uso de medicamentos nem em outros procedimentos; ao contrário, ele os torna mais eficazes e o paciente se sente melhor. (STEIN, p.50, 1995)

Nas suas mais variadas formas de tratamento das quais as terapias complementares dispõem, Araújo (2009) descreve que o método Reiki apresenta– se como um grande aliado como tratamento complementar á medicina convencional, pois ele acalma, relaxa e promove o equilíbrio energético humano através da energização dos corpos sutis pela imposição das mãos, harmonizando o indivíduo em seus aspectos holístico, ou seja, corporal, mental, emocional e espiritual: "a energia diminui a dor, relaxa as tensões musculares e acalma as emoções" (STEIN, p.48, 1995). Para HONERVOGT (2006), a energia Universal Reiki, é transformadora de sentimentos de baixas frequências (negativos) em sentimentos de altas frequências (positivos), agindo como o amor, a maior força curadora que existe, não se limitando em curar somente o corpo físico, mas também a mente e a alma. O Reiki ajuda-nos a aprender a amar e a confiar em nós mesmos, e a relaxar mais profunda e absolutamente, conectando-nos com o âmago do nosso ser e tornando-nos mais calmos e serenos. (HONEVOGT, p.114, 2006)

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Segundo Coelho (2010), essa energia quando aplicada vitaliza o sistema orgânico e nos faz entrar num estado de profundo relaxamento, aumenta a freqüência vibratória do corpo, desintoxica e dissolve os bloqueios energéticos irradiando a sensação de bem estar e harmonia devido à normalização do fluxo da energia vital “Ki” em todos os níveis corporais. Também contribui para que o organismo restabeleça seu funcionamento, ativando glândulas, revitalizando o sistema nervoso e reativando o sistema imunológico. O Reiki só pode manifestar através do amor. Por ser uma força inteligente, o Reiki vai aonde o corpo necessita, não apenas para a área onde o praticante coloca as mãos. (BORÄNG, p. 09, 1998)

Para Boräng (1998), o tratamento por Reiki normalmente é feito com a imposição das mãos, também se usa o tratamento á distância. Pede-se para o cliente/paciente deitar-se de costas sobre a mesa de massagem ou sobre um acolchoado no chão, ou se preferir pode-se sentar-se numa posição confortável com a coluna ereta, sem estar rígida, de modo que a energia possa fluir mais livremente. Não é necessário se despir, pois a energia passa através das roupas. Pode cobrir a pessoa com um cobertor se caso o cliente/paciente venha a sentir frio proporcionando uma sensação de segurança. Recomenda HONERVOGT (2006), para tratamento do medo, se efetuar uma sequência de sete posições para as mãos, com um tempo mínimo para cada posição das mãos de aproximadamente cinco minutos, segue abaixo: Posição Frontal 1: mãos em formato de conchas na altura do terceiro olho; Posição Dorsal 2: mãos na posterior da cabeça; Posição Frontal 3: mãos sobre o peito; Posição Frontal 4: mãos em ambos os lados do umbigo; Posição Dorsal 5: mãos sobre os rins; Posição 6: uma das mãos sobre a testa e a outra na parte posterior da cabeça; Posição 7: manter uma mão na testa e a outra deslizar até o plexo solar.

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Desta forma, Honervogt (2006) salienta que, a energia Reiki ajudará a eliminar o medo, estimulando o indivíduo a entrar em contato com seus sentimentos de confiança e a alegria, assim fortalecendo o seu sistema nervoso e relaxando as glândulas adrenais responsáveis pela reação luta e fuga. /.../ em momentos de relaxamento, você simplesmente está aí, descansando em sua energia: a mente se aquieta e os pensamentos - e portanto a energia - não se projetam para o futuro e nem se voltam para o passado. É como se o momento basta-se a si mesmo /.../. O fluxo de energia Reiki relaxa o corpo e a mente e ao mesmo tempo revitaliza e rejuvenesce todo o corpo. (HONERVOGT, p. 92, 2006)

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CONSIDERAÇÕES FINAIS Conforme visto nas literaturas descritas pelas as autoras Stein (1995) e Honervogt (2006) a energia Reiki traz excelentes resultados acalmando a mente e reduzindo os efeitos fisiológicos em situações de ansiedade social, pois o toque humano transmite calor, amor, serenidade, carinho e cura. O toque humano contribui significativamente para a integração mente e corpo, normaliza as funções fisiológicas, acalma todo o corpo e tranqüiliza os pensamentos, traz uma profunda sensação de relaxamento, acalma os pensamentos e aumenta a saúde e bem estar nos casos de ansiedade social, propiciando ao indivíduo uma melhor clareza interior, permitindo assim, uma avaliação mais sensata de suas sensações de medo, aumentando o seu controle emocional, trazendo a possibilidade de uma interpretação proporcional diante dos eventos externos geradores da ansiedade e da intensa sensação de medo, e deste modo, o próprio cliente/paciente, promoverá sua auto-cura. Portanto, o simples ato de impor as mãos sobre o indivíduo, este que é á base de toda a técnica Reiki, visa restabelecer o fluxo da energia vital interrompida pela liberação de hormônios, das quais entre elas está a glândula supra-renal que é responsável por secretar a adrenalina, a qual prepara o individuo para uma possível reação as situações de luta ou fuga. Conclui-se que, a aquisição de conhecimentos sobre a aplicação de terapias complementares como um método alternativo para o controle da ansiedade social, tem se mostrado efetivo e vem sendo um grande aliado aos tratamentos convencionais, principalmente nos casos de ansiedade social.

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Referências Bibliográficas ANDRÉ, Christophe. PSICOLOGIA DO MEDO: como lidar com temores, fobias, angústias e pânicos. 2. ed. Editora Vozes: Petrópolis/RJ, 2008. ARAÚJO, Cícero Ribeiro de. Reiki como forma terapêutica, a arte de cura através das mãos. Monografia – Curso de Pós-Graduação em Terapia Transpessoal, INCISA: Salvador, 2009. BORÄNG, Kajsa Krishini. FUNDAMENTOS DO REIKI. Editora Avatar: São Paulo, 1998. BRANDÃO. O que é Ansiedade. Curso de Neurobiologia da Ansiedade. Apud apostila de curso Portal da Educação: www.portaldaeducacão.com.br. 2008 COELHO, Eduardo. Manual para iniciados. http://www.scribd.com/doc/7357166/ Usui-Shiki-Rioho-REIKI. Acesso em 30/04/2010. DE’ CARLI, Johnny. REIKI: Amor, Saúde e Transformação - 4. ed. rev. e ampl. Editora Madras, 2009. HONERVOGT, Tanmaya, REIKI PARA A CURA EMOCIONAL – Editora: Pensamento Cultrix: São Paulo/SP, 2006. HUECK, Karin. Ansiedade. Revista Super Interessante: Ed. 258. nov/2008. Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, DSM-IV-TR - 4ª edição- Texto Revisado, American Psychiatric Association, Artemed, Porto Alegre/RS: 2000. MASCI, Ciro. Fórum Internet Estresse e Transtornos de Ansiedade. Clinica CYRO MASCI: 1997 PERES, Márcia Jacqueline Nunes. UM LIVRO DIFERENTE. Editora Sociedade Vicente Pallotti: Santa Maria/RS: 2006. POSSATO, Lourdes. ANSIEDADE SOB CONTROLE: dicas e técnicas de relaxamento, meditação, alfagenia e biodança; Editora Lúmen: São Paulo, 2006. ROQUE, Thiago. REIKI. Revista Novo Astral: Ano 2. No 2. s.d. STEIN, Diane. REIKI ESSENCIAL: Manual Completo sobre uma antiga arte de cura. Editora Pensamento Cultrix: São Paulo, 1995.

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WIKIPEDIA. Fobia. http://pt.wikipedia.org/wiki/Fobia. Acessado em 30/04/2010.

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