imagem e memória: do sensível ao possível

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imagem e memória do sensível ao possível



imagem e memória: do sensível ao possível


Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Imagem e memória do sensível ao possível [livro eletrônico] / organização Gabriel Bicho. -Porto Alegre, RS : Fernanda Fedrizzi Loureiro de Lima, 2021. PDF ISBN 978-65-00-35068-5 1. Artistas brasileiros 2. Artes visuais 3. Colagem 4. COVID-19 - Pandemia 5. Fotografias 6. Imagem I. Bicho, Gabriel. 21-90536

CDD-779 Índices para catálogo sistemático:

1. Fotografias : Artes

779

Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129


essa publicação apresenta um ensaio coletivo que floresceu a partir da oficina imagem e memória: do sensível ao possível, realizada em parceria com o sesc rondônia; são trabalhos que juntos, propõem uma aproximação entre os distintos universos de oito artistas brasileires, territorializades em porto velho [ro], palmas [to] e fortaleza [ce]; a partir da exploração de seus arquivos pessoais-familiares ou revisitando históriasfatos vividos durante a pandemia, o resultado que se vê é uma experiência visual homogênese e lotada de sensibilidade, intrigante e mergulhada em inquietações, gabriel bicho


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06-09_ahily maiara 10-13_cláudio zarco 14-17_elysmeire pessôa 18-21_nágila goncalves 22-25_karine araujo 26-29_angel lima 30-33_flaviana ox 34-37_joilson arruda 38-39_informacões & créditos



a ma


ahily aiara


1995, artista e graduanda em licenciatura em artes visuais pela universidade federal de rondônia, vive e trabalha em porto velho-ro,

'saudades,
 uma memória nostálgica
 de quem longe está...
 lembranças, na mente e no olhar
 no coração, entre erros e acertos,
 o horizonte,
 num apaixonado observar'... alexandre mota



'

cla z


audio zarco


licenciado em teatro [unir]; mestrando em artes cênicas [ufop] e aluno do curso de formação em arte pela faop. integrante da beradera cia de teatro, núcleo curare em porto velho; e do núcleo de investigações em dança anticorpos em ouro pretomg. atualmente, desenvolve pesquisas abrangendo os estudos sobre o corpo como estratégia de problematização do ‘normativo’ através do diálogo das linguagens da performance, da dança-teatro, da fotografia e do desenho,

'assim como muites, sou uma planta que simplesmente nasceu no lugar errado'



elysm pes


meire ssoa ^


mulher amazônida, nascida em porto velho-ro. portadora de doenças ocupacionais, busca na arte a possibilidade de cura e equilíbrio emocional. escritora, poeta e fotógrafa amadora, segue inspirada pela natureza de seu entorno e pelas narrativas e memórias de seus antepassados. graduada em economia, turismo, artes visuais e filosofia; é mestranda do ppg mel da unir,

amarelo sol - estrela vida luz, calor e energia infâncias e vir-a-ser tesouro precioso memória de ouro azul céu - teto dos astros e planetas água - equilíbrio e fonte de vida vida que flui infinita e universal por rios de lembranças, histórias e lendas rios, casa e caminho; memória e emoção! branco lua - em fases divididas - como a vida na seiva sagrada, leite e deleite nas praias e margens, trilhas e encontros escolhas e destinos seguem novos caminhos que chegaram até mim vermelho sangue - sagrado e tantas vezes profanado sina que singra e ainda sangra as veias amazônicas sangria humana e inumana tingem o chão e marcam corpos saltando aos olhos a indiferença rubra e o alheamento dos que navegam e transitam sobre tantos sangues plurais!



na gonca s


'

agila alves


artista visual e arte educadora, graduanda em licenciatura em artes visuais pelo instituto federal de educação, ciência e tecnologia do ceará - ifce; investiga comunicação visual, arte educação no brasil em espaços culturais e escreve sobre leitura de imagem. em produção cultural, é uma das realizadoras da foto conferência carcará. em educação, integra o grupo de investigação e sensibilização poética pela imagem - gispi, onde as imagens fazem parte do processo de ensino, a partir da reflexão sobre os cenários, os sujeitos e a paisagem em volta,

[...] distante de tudo, a oeste do fim do mundo longe da chuva e perto do sol há incontáveis dias de marcha a partir da praia havia um lugar guardado pelos jucás [...] somos feitos da mesma matéria de anhamum líder da resistência [...] [...] somos uma raça de sangue mestiço fruto de amores como os da casa do umbuzeiro [...] [...] uma gente forjada no meio do gado que se tivesse por fé o paganismo ostentaria o boi no topo de seu altar nossa alma carrega a solidão daquelas casas pioneiras isoladas na imensidão sertaneja.
 [...] nossa essência ainda habita as quatro vilas arneiroz, saboeiro, cococi e tauá. inhamuns - robinson cavalcanti



ka ar


arine raujo


nascida e residente na periferia de fortaleza-ce. é experimentadora e atuante em artes visuais, produção cultural, arte-educação e curadoria. colabora na idealização da carcará foto conferência e contribui no grupo tamain [grupo com artistas indígenas de território cearense]; em seus percursos mais recentes, utiliza a arte como espaço e ferramenta de experimentação no processo de retomada de consciência da sua memória indígena,



a


angel lima


1981, natural de anápolis-go; vive e trabalha em palmas-to; mulher, jornalista e artista.seu trabalho fotográfico, ora experimental, ora documental, é um registro da natureza e da cultura popular. sua poética tem como foco as africanidades, relações de gênero, reflexões sobre a essência humana e sua expressão no mundo,

masculino e feminino; homem ou mulher são, antes de tudo, seres humanos. dentre inúmeros fatores, o desequilíbrio entre masculino e feminino [dentro de cada indivíduo ou coletivamente, em sociedade] tem a ver como o “enaltecimento” de um dos gêneros em detrimento ao outro, a dualidade feminismo x machismo limita as relações; e, por vezes, promove implicações que desarmonizam o humano e sua humanidade. é na busca da completude que o ser humano constrói e reconstrói sua história e a história, uma das ‘trincheiras’ da sociedade atual é que os gêneros se opõem ao invés de se complementarem e buscarem um crescimento e evolução juntos de forma que toda a terra se beneficie dessa união, a fotografia é a técnica/arte de escrever com a luz. neste trabalho, imagens em preto e branco das mãos de um homem e de uma mulher foram capturadas para apresentar um recorte sobre a beleza e completude do humano quando masculino e feminino estão harmonizados e/ou em sintonia, este trabalho é um clamor, uma celebração aos nossos femininos e masculinos em harmonia à plenitude, nos proporcionando inteireza e unidade,



flav ox


viana


mestre em comunicação e semiótica pela puc-sp, especialista em fotografia pela uel-pr e graduada em artes visuais pela ufg-go. fotógrafa e designer há mais de vinte anos, atua em palmas-to na área de fotografia cênica e design cênico para diversos grupos da cidade, ministra aulas de fotografia e processo criativo no agulha cenas centro de artes e é diretora de arte do grupo de teatro um ponto dois,


...vó, vou te maquiar. por enquanto um batom pra gente começar a conversar. sei que você gosta de maquiagem. que você esquece tuas dores quando se maquia e faz as unhas...


jo ar


ilson rruda


fotógrafo no projeto ‘açaí, pérola negra’. professor de língua portuguesa no instituto federal de rondônia e mestre em estudos literários pela universidade federal de rondônia,

pela casa, na cama ou no sofá...



ahily maiara família [re]unida colagem manual e interferência digital 2021

cláudio zarco ervas daninhas fotocolagem 2021

elysmeire pessôa esferas-memórias em amarelo, azul, branco e vermelho instalação com fotografias e objetos 2021

nágila goncalves para não quebrar: casa corpo em memória anhanum fotografia 2020

karine araujo mácula fotografia digital 2021

angel lima ying yang fotografia 2018

flaviana ox vó maria fotografia digital/manipulação e interferência 2021

joilson arruda saudade das rosas fotografia 2021


mediacão e curadoria gabriel bicho

projeto gráfico, diagramação e produção editorial gabriel bicho

artistas ahily maiara cláudio zarco elysmeire pessôa nágila goncalves , karine araujo angel lima flaviana ox joilson arruda

convidadas gabriela paiva maria sucar

agradecimentos betania avelar fernanda fedrizzi/editora certerrada

fotografia da capa ubiratan suruí

arte da capa gabriel bicho

apoio sesc rondônia


gabriel bicho artista, curador e a[dor]a-dor; graduando em museologia pela ufpel, técnico em processos fotográficos e formado em agente cultural pelo senac sp. possui em sua trajetória exposições individuais realizadas na secult [pelotas/rs], galeria de arte sesc [rio branco/ac], galeria de arte do teatro aracy balabanian [campo grande/ms], salão angelim - furb [blumenau/sc] e galeria canizares da eba-ufba [salvador/ba]; em 2018 venceu o farofa - festival de fotografia com o trabalho têmpora in ngô meitire; além de ter participado de diversas exposições coletivas como a lll bienal do sertão, festival de la luz no centro cultural recoleta [buenos aires], salão nacional de fotografia pérsio galembeck, goyazes festival de fotografia e centre culturel du brésil [paris]; em 2017 foi um dos brasileiros a terem uma obra exibida na 57ª bienal de veneza; já participou de residências artísticas em belém e porto velho, suas obras integram publicações nacionais e internacionais, possui obras em acervos de museus como o mar - museu de arte do rio [rj] e o mapa museu de artes plásticas de anápolis [go]; como curador já trabalhou com as artistas samira alvim e thiéle elissa, em 2020 coordenou, produziu e assinou a curadoria do projeto ismp - imagens sensíveis de memórias possíveis, contemplado pela lei aldir blanc através da secult-pelotas [rs], e em 2021 foi convidado pelo festival rio grande photofluxo para fazer a curadoria da convocatória foto única; atualmente produz e coordena o projeto muluca | mundo-lugar-casa, contemplado no prêmio museu é mundo,


sobre publicacão semente, colhida na plantacão feita , , a partir da oficina imagem e memória: do sensível ao possível, realizada pelo sesc rondônia em agosto de 2021,

este e-book utilizou as fontes sans-serif, tamil sangam mn e arabic ui text, é composto em pdf no formato retangular e orientacão vertical,





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