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um dia só Te recebia, sentia, quase passiva.
Hoje a gente trabalha junto, sou meio, instrumento. como poderia ajudá-los nesse encontro com o Cara lá de cima se fosse fria? sirvo/sigo ativa, da graça - que honra! - sou via.
E a gente não para, correria, mas (marta, marta) ei... sorria! e não esquece de aproveitar a melhor parte da Vida. (: 31/10 - 20:45, segunda-feira
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atípica
parece que nasci pra ser ímpar, a contra-protagonista, fico só de espectadora da vida. para que ser nasci pra ser única. não só protagoniza, não só narra, mas escreve as linhas.
e nesse ímpeto de gostar de controlar toda a história, sou sem igual, mas sem par. sou singular, mas sem um olhar pra fazer de lar.
quase acredito nessa solidão que tanto digo. se não vem, lamento; se vem, reviro.
14/10 - 00:11, sexta-feira
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se possível deixe de escrever no diminutivo
não sei porque sempre sou eu a que engole o choro, a que age com decoro, a que interpreta desapavoro dizendo que tá tudo bem. e a vida insiste em ser assim: me joga pro alto e, logo depois, tira o chão de mim. às vezes até me sinto forte, às vezes finjo que sim. e quando bate a melancolia recorro sempre a poesia, minha melhor companhia pra me ajudar a me curar de mim. rodeada de gente, pertenço. mas, até quanto tempo? no final das contas sempre me esquento só no meu próprio calor. no final das noites, explodo o sentimento que o dia todo ecoou dentro, e disse tanto, mas só o lápis e a caneta escutou. me dê fantasia? me dê anestesia? ou, me dê uma paixão viva! para eu me libertar daqui.
suspiro é o nome do caderno que escrevi. me orienta pela linha de bordo da pista quando a contramão da vida me cega, (e eu nunca sou vista!) mas me guio em Ti.
23/06/2022 - 21:17, quinta-feira
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tenho medo de me enganar nas palavras bonitas e ser poesia mas não ser verdade.
tenho medo de hipocrisia, de parecer cheia de ricas rimas e por dentro, futilidade.
não sou boa em soneto, nem tenho vocabulário rebuscado.
mas meu Poeta é melhor que Vinicius, que Cecília, que Gregório de Matos...
não deixa só sentimento, deixa O Coração. é que seu instrumento às vezes rabisca; atravessa pela linha; deixa a estrofe vazia. ...
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se for preciso escreve até com pressa sabe, em guardanapo. bota dentro de uma garrafa e lança no mar.
se for preciso escreve até com pressa sabe, em guardanapo. bota dentro de uma garrafa e lança no mar.
porque por mais nada que eu seja, meu Poeta é sempre Bom e algum dia vai que alguém que precise encontra aquele poeminha alimentado no Vinho e no Pão.
01/05/2021 - 23:10, sábado
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