A Mediadora #6 - Crepúsculo

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Eu não tinha certeza se eu tinha ouvido direito. Ele tinha dito - era possível que ele poderia ter dito - o que eu achei que ele tinha dito? - Jesse. – Eu disse. – Eu acho que você não entendeu. Ele quer salvar você. Impedir que você...Que você morra naquela noite. - Eu entendo. – Jesse disse. – Eu entendo que Paul é um tolo, que pensa que é Deus. Eu não sei o que faz ele pensar que é certo brincar com meu destino. Mas eu sei que ele não irá ter sucesso. Não se eu puder impedi-lo. Minha circulação pareceu saltar para a vida. De repente, eu podia respirar outra vez. O alívio me purificou em ondas altas. Ele queria ficar. Jesse queria ficar. Preferia ficar a viver. Preferia ficar - comigo - a viver.

- Você não pode fazer isso. – Eu disse, minha voz soou freneticamente alta - até mesmo para meus próprios ouvidos. Aquele alívio que eu senti, me deixou volúvel. – Você não pode impedi-lo, Jesse. Paul irá... - E o que você pretende fazer, Suzannah? – Ele perguntou agudamente. E se eu não estivesse convencida antes da sinceridade de seu desejo de permanecer neste lugar e tempo, seu tom irritado, então, seria o bastante. – Conversar com ele sobre seu plano? Não. Isso é muito perigoso. Mas o amor tinha me dado a coragem que eu nunca soube que tinha. Eu vesti minha jaqueta de couro e disse: – Paul não me machucará, Jesse. Eu sou a razão para ele estar fazendo isso, se lembra? - Eu não quis dizer o Paul. – Jesse disse. – Eu quis dizer a viagem no tempo. Slaski disse que era perigoso? - Sim, mas... - Então você não irá fazer isso.


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