Revista FundsPeople setembro e outubro 2022

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UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022
UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022

DWS Invest Top Dividend

Porque a seleção de empresas que mantêm elevadas rentabilidades por dividendo e dividendos crescentes sustentados, pode ser uma das bases fundamentais de um portefólio de sucesso, mesmo em tempos de volatilidade.

Os investimentos estão sujeitos a risco

Mais informação

Apenas para investidores profissionais (Directiva MiFID 2014/65/UE Anexo II).

A distribuição a investidores privados/retalhistas é proibida. Este documento destina-se a ser uma comunicação de marketing. DWS é a marca sob a qual o DWS Group GmbH & Co. KGaA e as suas filiais desenvolvem a sua actividade. filiais fazem negócios sob. Os clientes receberão produtos e/ou serviços DWS através de uma ou mais entidades jurídicas identificadas na documentação relevante. Não pode haver garantías que qualquer meta ou objectivo de investimento pode ser alcançado. As previsões baseiam-se em hipóteses, estimativas, opiniões e modelos ou análises hipotéticas, que podem revelar-se imprecisas ou incorrectas ou incorrecta. As previsões não são um indicador fiável do desempenho futuro. Detalhes completos do fundo podem ser encontrados no prospecto e/ou identificação do prospecto, ao qual deve ser anexado o último relatório anual auditado e o relatório anual relevante. O último relatório anual auditado e, se mais recente do que o último relatório anual, o relatório semestral correspondente. Estes documentos são a única base vinculativa para a compra de unidades do fundo, compra de unidades do fundo. Se um produto financeiro for denominado numa moeda diferente da moeda do investidor, qualquer flutuação na taxa de câmbio pode afectar negativamente o preço ou o valor do produto financeiro ou o rendimento do mesmo. valor do produto financeiro ou dos rendimentos dele derivados, pelo que o investidor suporta o risco cambial total. O produto descrito neste documento pode não ser adequado para todos os investidores e antes da data deste documento pode não ser adequado para todos os investidores. Todos os investidores e antes de qualquer negociação ou transacção deverá

tomar medidas para garantir que compreenda totalmente a transacção e que tenha efectuado uma análise independente sobre a adequação da transacção. Análise independente da adequação da transacção aos seus próprios objectivos e circunstâncias, incluindo os potenciais riscos e benefícios de participar na transacção. Pode obter as informações acima referidas acima por via electrónica ou em cópia impressa gratuita do seu consultor financeiro, DWS International GmbH, Sucursal no Reino Unido, ou em www.dws.com. A empresa de investimento pode decidir para denunciar os acordos feitos para a comercialização deste fundo. CRC 091584. Agosto 2022

EDI TO RIAL

10 ANOS DE MUDANÇA

DE 2012 A 2022 CRIÁMOS UMA COMUNIDADE À QUAL QUEREMOS, ACIMA DE TUDO, AGRADECER. ESPERAMOS QUE OS PRÓXIMOS 10

ANOS TRAGAM PROSPERIDADE E SUCESSO A ESTE MERCADO.

Em setembro de 2012, a indústria de gestão de ativos nacional não sonhava ver-se refletida - e principalmente representada - numa publicação cuja capa não deixava margem para grandes dúvidas: FundsPeople. Era com as pessoas dos fundos de investimento que queríamos comunicar, mas queríamos sobretudo conhecer e dar a conhecer o seu trabalho, o seu negócio e as suas ambições.

10 anos depois podemos dizer que conseguimos. Todos juntos. Colocámos em contacto gestores de fundos, selecionadores, distribuidores, advoga dos, consultores, reguladores… Desse modo, a única coisa que hoje temos de importante a fazer é agradecer a todos os que ajudaram a trilhar este cami nho: os que apoiaram das mais variadas formas, os que contribuíram, os que aconselharam, e os que leram: a todos um agradecimento muito especial!

Não quisemos transformar esta edição especial da revista num epi táfio ou coisa que tal - pois ainda há muito para viver nesta indústria - mas quisemos, sobretudo, lembrar o caminho feito nestes 10 anos. Maiores ou mais pequenas, fomos sempre apoiando as entidades que apareciam no mercado, e tentando, também nós, dar o nosso con tributo para uma gestão de ativos mais transparente, independente, moderna e competitiva. Nas próximas páginas encontrará reflexões de muitos desses players nacionais, passando também pelos próprios reguladores e instituições que entram neste ecossistema.

Quisemos também colocar os holofotes sobre os profissionais mais destacados ao longo destes anos da nossa existência: os responsáveis de vendas de fundos de gestoras internacionais e os selecionadores de gestoras locais. Por isso, dedicamos-lhes um lugar de destaque nesta edição, lembrando os profissionais destacados pelo mercado nas votações que fizemos ao longo deste período. E como uma déca da é motivo mais do que suficiente para fazer importantes reflexões, mostramos-lhe como é que o mercado evoluiu e que produtos se des tacam numa retrospetiva de 10 anos.

Em 2012, a ambição da FundsPeople era ser a comunidade de referência da indústria de gestão de ativos em Portugal. Sem grande pretensão, creio que podemos dizer que o conseguimos: chegamos a mais de 3.000 pes soas com a nossa newsletter diária, a 3.500 pessoas com a nossa revista, criámos uma área de Redação & Análise que serve o mercado nacional e não só, criámos os eventos FundsPeople Talks… mas queremos mais.

A FundsPeople quer posicionar-se para lá do mundo das notícias e, por isso, cada vez mais nos afirmamos como uma plataforma de comunicação, mar keting e comercial para as gestoras. Contamos consigo por mais 10 anos?

SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 3
46 I SETEMBRO E OUTUBRO

Mais de 3.000 newsletters todas as manhãs

Mais de 200.000 profissionais do mundo da gestão*

*Soma global dos websites, segundo dados da Google Analytics.

Obrigado aos nossos partners... ...e a todos os que nos apoiaram nestes 10 anos

IN DI

PANORAMA

Rede de comunicação e influência com 20.000 profissionais

As caras da distribuição de fundos

O que é nacional é (muito) bom

A crème de la crème internacional

Década de expansão

Smart consensus – a roda viva dos gestores multiativos numa década

Barómetro do Rating FundsPeople

O que mudou no mercado de gestão de ativos e de fundos de pensões

Ranking do Rating FundsPeople

Uma década de crescimento no mercado europeu de fundos de investimento

TENDÊNCIAS

1 0 anos da melhor seleção de fundos em Portugal

Uma década de proximidade com o cliente

A s mudanças na estrutura de mercado dos fundos mobiliários portugueses

A s histórias da gestão de patrimónios nacional

Portugal - Um mercado titã em fundos estrangeiros, à sua própria escala

E tudo os bancos centrais mudaram...

Os fundos portugueses que melhor superaram os desafios da última década

V iagem ao universo dos fundos de pensões em Portugal

Os ventos que sopraram em torno da consultoria para investimento

Resiliência, propósito e inovação

Oportunidade única de dinamizar o panorama de gestão de ativos

3.600 dias de depositários

ENTREVISTAS

Mike Gitlin

Fernandes

Obe Ejikeme

Gabriela Figueiredo Dias

Michael Krautzberger

PRODUTOS

Tudo o que mudou em terras de Sua Majestade

Os movimentos das grande placas tectónicas que compõem os mercados emergentes

O boom do investimento sustentável

breve resumo da indústria de ETF na Europa

A arte de navegar num atribulado mar de conceitos

S ob que alicerces se construiu o mercado de fundos imobiliários nos últimos 10 anos?

ESTILO DE VIDA

Festa FundsPeople

de ativos

Volta ao mundo

o ponto de encontro da

6 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
CE
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14
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151 Um
154
158
164
:
gestão
170
em 10 anos 126 128 132 134 122 46 I SETEMBRO E OUTUBRO 2022

Investir num mundo melhor

Foco nos fatores ambientais, sociais e de governação corporativa (ESG) para melhorar os resultados dos clientes e impulsionar mudanças positivas. Agimos de acordo com o princípio de que onde investimos hoje vai determinar o mundo no qual viveremos amanhã.

Capital em risco.

abrdn.com

The power of investment

Portugal. Produzido pela abrdn Investment Management Limited, registada na Escócia (SC123321) com sede em 1 George Street, Edimburgo EH2 2LL e autorizada e regulada pela Financial Conduct Authority no Reino Unido. Exceto indicação em contrário, este conteúdo refere-se apenas às visões de mercado, análises e capacidades de investimento da entidade citada à data da publicação. Emitido pela abrdn Investments Ireland Limited. Registadana República da Irlanda (com o n.º 621721) com sede em 2-4 Merrion Row, Dublin D02 WP23. Regulada pelo Banco Central da Irlanda.

Apenas para investidores proissioanais

CO LABO RA DO RES

SÉRGIO BRITO

Analista, APFIPP

que mudou no mercado de

ativos

JOÃO PRATAS

Presidente, APFIPP

de fundos

MARCOS SOARES RIBEIRO

Presidente, CFA Society Portugal

se vai

FERNANDO MARTIN DEL AGUA

líder

prática de

Espanha, McKinsey

Portugal

propósito

ISABEL UCHA

Euronext Lisbon

anos de informação

inovação

investimento

os últimos 10 anos

projeção dos próximos

EMANUEL SILVA

executivo, IMGA

fatores que vão afetar a

de ativos nos próximos

PEDRO SIMÕES COELHO,

FILIPE COUTO E DIOGO BORDEIRA NEVES

Bancário & Financeiro, Vieira de Almeida e Associados

única de dinamizar

panorama de gestão de ativos

JORGE SILVEIRA BOTELHO

de Investimentos, BBVA AM

FundsPeople!

PUERTA DA COSTA,

direção, Associação

Analistas

RUI PINTO

Administrador, CMVM

Dez anos de fundos de investimento mobiliário –retrospetiva e um olhar sobre o futuro

CRISTINA BRÍZIDO

Responsável de Investimentos e administradora, Caixa Gestão de Ativos Últimos 10 anos de gestão de ativos em Portugal – mudanças e desafios

Nota de redação

• Primer Decil Consultores y Editores S.L. informa-o que os seus dados de carácter pessoal, obtidos na sua condição de subscritor da revista FundsPeople fazem parte do ficheiro 397084/2010 inscrito na Agência Espanhola de Proteção de Dados, sendo os mesmos apenas utilizados para os fins de envio desta revista e outras informações sobre produtos e/ ou atividades da entidade e/ou daquelas com as quais sejam celebrados acordos, assim como produtos e/ou atividades

JORGE SOUSA TEIXEIRA

BPI Gestão

GUERRA

de patrocinadores e/ou colaboradores da revista e/ou da entidade, incluindo-se o envio de comunicações comerciais através de meios de comunicação à distância, efetuando, de igual modo, resumos estatísticos e/ou históricos. O leitor tem reconhecidos os direitos de acesso, retificação, cancelamen to e oposição dos seus dados pessoais mediante comunica ção individual que deverá enviar para o seguinte endereço de correio electrónico: protecciondatos@fundspeople.com

• FundsPeople é uma revista dirigida exclusivamente a profissionais do sector financeiro e, em particular, a

VALDEMAR DUARTE

Diretor geral, Ageas Pensões

fundos de pensões em Portugal

DETLEF GLOW

pelo Research Lipper

Research, Refinitiv

breve resumo da indústria de

na Europa

PEDRO COELHO

Square Asset

década de transformações

indústria

entidades consideradas como contrapartes elegíveis ou investidores profissionais, ao abrigo da legislação apli cável. A informação sobre instituições de investimento coletivo ou outros instrumentos financeiros, constante da FundsPeople é apresentada unicamente com fins in formativos e ilustrativos e nunca deve ser interpretada como uma oferta de venda ou uma recomendação de investimento. A informaçao não constitui uma descrição completa das instituições de investimento coletivo ou de outros instrumentos financeiros, mercados, ou desenvol vimentos a que se faz referência.

8 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
CONTRIBUTOS DO MÊS 46 I SETEMBRO E OUTUBRO 2022
25
superados 30
O
gestão de
e
de pensões 44
Fundos de
portugueses –
e
10 53
Presidente
Os
gestão
10 anos 57 MANUEL
Presidente da
Portuguesa de
Financeiros Changes 80
CEO,
de Ativos O antes e o depois da FundsPeople 87 RUI
Sócio, Mercer Investment Consulting Viagem ao universo dos fundos de pensões em Portugal 102
Como
moldar o profissional de investimento na próxima década? 105
Sócio e
da
Wealth & Asset Management em
e
Resiliência,
e
110
Presidente,
10
com qualidade 113
CARLOS
Advogados,
Oportunidade
o
114
Diretor
Portugal Obrigado,
141
Os
147
Responsável
EMEA
Um
ETF
151
Vice-presidente,
Management Uma
estruturais na
dos OIC 163

Uma selfie desde

Fidelity Funds Sustainable Future Connectivity Fund A sério.
Marte. A sério? A tecnologia mudará a nossa forma de conectar-nos… e não só a partir deste este planeta. Graças à inovação constante que vive este setor, amanhã também poderemos conectar-nos à internet desde Marte. Invista no futuro da conectividade pela mão da Fidelity e do fundo Fidelity Funds Sustainable Future Connectivity Fund. O valor dos investimentos gerados podem subir ou descer, razão pela qual o investidor poderá não recuperar o montante investido. Os investimentos devem ser efetuados tendo em conta a informação no prospeto vigente e no documento de informações fundamentais para o investidor (DFI) que estao disponiveis a titulo gratuito juntamente com os relatorios anuais e semestrais através dos nossos distribuidores e do nosso Centro Europeu de Atenção ao Cliente: FIL (Luxembourg) S.A. 2a, rue Albert Borscette BP 2174 L-1021 Luxemburgo, assim como em https://www.fidelity.pt/fundos/documentoslegais. A Fidelity/FIL e a FIL LImited e as suas respetivas subsidiarias e empresas afiliadas. A Fidelity Funds é uma sociedade de investimento coletivo de capital variavel constituida no Luxemburgo. A comercialização em Portugal está autorizada pela CMVM. Fidelity, Fidelity International e o logotipo da Fidelity International e o simbolo F são marcas da FIL Limited. Emitido por FIL (Luxembourg) S. A. www.fidelity.pt CS1051 Fidelity Funds Sustainable Future Connectivity Fund

RIO

ÍNDICE DE EMPRESAS

46 I SETEMBRO E OUTUBRO 2022 ABC

BNY Mellon IM 32, 42, 50, 92

BPG 170

BPI Gestão de Ativos 44, 50, 67, 74, 83, 98, 118, 161, 163, 170

BPI Vida e Pensões 44, 83, 163

Brown Advisory 42, 50, 92

Caixa Central de Crédito Agrícola 118

Caixa Económica Montepio Geral 118

Caixa Geral de Depósitos 118

Caixa Gestão de Ativos 30, 44, 50, 74, 83, 99, 118, 163

Caixabank Asset Management 83, 99

Candriam 42, 50, 92

Capital Group 32, 42, 50, 90, 124

Capital Strategies 170

Carmignac 42, 50, 59, 90, 130

Carne Global Financial Services 50

Casa de Investimentos 44, 74, 84, 170

Cecabank 120

CGD Pensões 44, 153, 163

Columbia Threadneedle Investments 42, 50, 118

CPR AM 42

Credit Suisse AM 42, 50, 153

Crédito Agrícola Gest 44, 84, 170

DEF

DNCA Investments 42, 50

DPAM 42

Dunas Capital - Gestão de Activos 44

DWM - Millennium BCP 44, 67

DWS 32, 42, 50, 62, 90

E.I. Sturdza 92

Edmond De Rothschild AM 42, 50, 84, 92, 106

Eleva 40, 42, 50, 90

Epsilon Capital 42 Eurizon 40, 42, 50 Eurobic 118 Euronext Lisbon 113 Evli 42, 50

Fibeira Fundos 44 Fidelidade 44, 84

Fidelity International 42, 50, 73, 90, 153

First Eagle Investment Management 42 First Fund Box 44

Floresta Atlântica 44 Flossbach von Storch 40, 42, 50, 90

Første 107

Franklin Templeton Investments 42, 50, 90, 153 Fund Box - SGFII 44 Fundger 44 Fundiestamo 44 Fundsmith 42 Futuro 44

GHI

GAM 42, 50, 90

GAMCO Investors 90 Gesfimo 44

GFM Gestão de Ativos 44

GNB 84

GNB - SGFP 163

GNB Fundos Mobiliários 163

GNB Gestão de Ativos 42, 50, 67, 74, 98, 118, 153, 170

GNB Real Estate 44, 163 Golden Broker 84

Golden Wealth Management 82 Goldman Sachs AM 42, 50, 90

GQG Partners 50 Groupama AM 90 GSA Group 92 Haitong Bank 84, 170

Heed Capital 44, 84, 118, 126 IBCO 84

IM Gestão de Ativos 44, 50, 74, 95, 99, 163 IMGA 67, 118, 170 Imofundos 44 Imopolis 44 Imorendimento 44 Institutional Investment 44 Insula Capital 44 Interfundos 44, 163 Invesco 42, 50, 153 Invest Gestão de Activos 44, 74, 98, 118 iShares 62, 153

JKL

J.P. Morgan AM 32, 40, 42, 50, 73, 90, 153

Janus Henderson 42, 50, 90

Jupiter AM 40, 42, 50, 90

La Financiere De L’Echiquier 42, 50 La Française 92

Lantern Structured AM 62

Lazard AM 42, 50, 92

Legal & General IM 153 Libertas 44 Lifento 44

Liontrust AM 50, 138

LM Capital Wealth Management 42, 50, 84

Lonvia Capital 42, 50

Lumyna Investments 42, 50

LYNX Asset Managers 44, 84, 118 Lyxor 151

MN

M&G Investments 42, 50, 90

Main First AM 42 Man Group 42, 50, 92

Marshall Wace 42

MCH Investments Strategies 73 McKinsey 110 Mercer 42 Merrill Lynch 151 MFS IM 32, 40, 42, 50, 90 Millennium bcp 120, 170 Millennium Gestão de Ativos 74, 118 Mirabaud AM 50, 92 Mirae Asset 42, 92

Mobius Capital Partners 144 Montepio Gestão de Activos 44, 50, 84, 98, 118, 170 Montepio Valor 44

Morgan Stanley IM 40, 42, 50, 62, 90 Muzinich 42, 50, 90

Natixis IM 90 Neuberger Berman 42, 50 New Capital Funds 50 Ninety One Fund Managers 42, 50, 90 NN IP 42, 50 Nordea AM 42, 50, 90 Norfin 44 novobanco 84, 118

OPQ

Oddo BHF Asset Management 32, 50, 92 OFI AM 42, 93

Optimize Investment Partners 44, 74, 84, 98, 118, 170 Patris Gestão de Ativos 44, 84, 118 Pictet AM 42, 50, 73, 90 PIMCO 40, 42, 50, 90

Capital 42, 50

RST

Refundos 44 Robeco 40, 42, 50, 90 Ruffer 42, 50, 93

Fund 93

Santander AM 44, 50, 74, 84, 118, 163, 170

Santander Pensões

Seilern

Totta 120, 170

50 Selecta

- SICAFI,

UWXYZ

CEO

GONZALO FERNÁNDEZ gonzalof@fundspeople.com

REDAÇÃO & ANÁLISE

MARGARIDA PINTO, Editor Portugal margarida.pinto@fundspeople.com

NACIONAL

CATARINA VINAGRE, Reporter catarina.vinagre@fundspeople.com

INTERNACIONAL

ÓSCAR RODRÍGUEZ, Reporter orodriguez@fundspeople.com

REGINA RIVERA, Reporter regina.webb@fundspeople.com

FILIPPO LUINI, Reporter filippo.luini@fundspeople.com

GRETA BISELLO, Reporter greta.bisello@fundspeople.com

ANÁLISE

MIGUEL RÊGO, CFA, Global Head of Analysis miguel.rego@fundspeople.com

DIOGO VERDE, Fund Analyst diogo.verde@fundspeople.com

SAMUEL CAPUCHO, Fund Analyst samuel.capucho@fundspeople.com

SOLUÇÕES E INOVAÇÃO

CATARINA VINAGRE, Newsletter Content catarina.vinagre@fundspeople.com

MARIA FOLQUE, Head of Sustainability mfolque@fundspeople.com

LAURA REY, Learning Irey@fundspeople.com

COMERCIAL

IÑIGO IMBERT, Head of Sales iimbert@fundspeople.com

BEATRIZ DIEZ-BARTUREN, Senior Sales beatrizdiez@fundspeople.com

JORGE ROMERO, Senior Sales

DAVIDE PASIMENI, Head of Italy davide.pasimeni@fundspeople.com

DATA

RAQUEL ALONSO, Head of Data raquel.alonso@fundspeople.com

CAROLINA PÉREZ, Data carolina.perez@fundspeople.com

ADMINISTRAÇÃO administracion@fundspeople.com

ALICIA FRAGIO alicia.fragio@fundspeople.com

SANTIAGO FRANCO santiago.franco@fundspeople.com

CONSULTORIA: ANTONIO SALIDO, CEO, NUVIX CONSULTING SL.

PAGINAÇÃO: ANTONIO CAPA E RODRIGO PÉREZ, KEMBEKE ESTUDIO. FOTOGRAFIA E VÍDEO: VITOR DUARTE E MÁXIMO GARCÍA, OJIPLÁTICO

TRADUÇÕES: CRISTINA JAOUEN, FULLY INVESTED TRANSLATION. IMPRESSÃO: MONTERREINA

EDITADO por © Primer

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SUBSCRIÇÕES: pt.fundspeople.com

DEPÓSITO LEGAL M-48220-2008

REDAÇÃO MADRID

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10 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO DI RE
ABANCA 84 abrdn 42, 50, 90 Acatis 32, 42, 91 Aegon Asset Management 42, 50 Ageas Pensões 153, 163 Ageas Portugal 83 Alcentra 50 Alger 42, 50 AllianceBernstein 42, 50, 73, 90 Allianz Global Investors 32, 42, 50, 90, 170 Allsring Global Investments 50 Alvarium AM 67 Amundi 32, 42, 50, 90, 140, 153 Arcano 42, 50 Ask Patrimónios 84 Atlantic 44 Atrium 84 AXA IM 42, 50, 78, 90, 153 Baluarte Wealth Advisors 107 Banco Best 84 Banco BIC Português 84 Banco BPI 84, 118, 170 Banco Carregosa 84 Banco Comercial Português 84, 118 Banco Finantia 84 Banco Invest 84, 118 Banco Português de Gestão 84 Banco Santander Totta 84, 118 Bankinter 84, 118, 170 Bankinter GA- Suc. Portugal 44, 50, 76, 84, 118 Barclays 44, 50, 84, 118 BBVA AM 84, 118, 170 BiG - Banco de Investimento Global 67, 84, 120 Bison Bank 84, 120 BIZ Capital 44, 74 BlackRock 32, 40, 42, 50, 62, 73, 90, 136, 138, 153 Bluebay AM 42, 50, 90 BlueCrow Capital 106 BMO GAM 42, 50 BMO Portugal 84 BNP Paribas AM 42, 50, 90
Decil
S.L. Todos os direitos reservados.
Polar
Salar
44 Santander
Schroders 40, 42, 50, 73, 90
42,
44 Silar
SA 44 Silvip 44, 160 Sixty Degrees 44, 74, 118 Sonaegest 44 Square Asset Management 44, 161, 163, 170 State Street 151 Swisscanto 62 Sycomore 50 T. Rowe Price 42, 50, 90 Task Wealth Management 170 TF Turismo Fundos 44 Tikehau IM 44, 90
UB Asset Management 42, 50 UBP 93 UBS AM 42, 50, 90, 143, 170 Valadim Investimentos 44 Vanguard 42, 50 VidaCaixa 84 Vila Gale Gest 44 Vontobel AM 42, 50, 90 Wellington Management 42, 50, 90 William Blair Funds 93
Capital em risco. O valor dos investimentos e o rendimento deles resultante pode variar, aumentando ou diminuindo, não sendo garantido. Da mesma forma, o investidor pode não reaver o valor originalmente investido. Este conteúdo é emitido pela BlackRock (Netherlands) B.V. é autorizado e regulamentado por a Autoridade dos Países Baixos para os Mercados Financeiros. Escritório registado Amstelplein 1, 1096 HA, Amsterdão, Tel: 020 - 549 5200, Tel: 31-20-549-5200. Registo Comercial n.º 17068311. Para sua protecção, as chamadas telefónicas são geralmente gravadas. © 2022 BlackRock, Inc. Todos os direitos reservados. 2165599 Invista em algo maior. Sustentável e simplificado com os ETFs iShares. Consiga a visão clara de que necessita para constuir um portfólio mais sustentável. FATORES INVESTIMENTO ÉTICO FUNDOS INVESTIMENTOS ATIVOS INTEGRAÇÃO DE RELATÓRIOS ESGOBRIGAÇÕES SUSTENTÁVEIS SRI SCREENING AMBIENTAL VERDES DE SOCIAL COM GOVERNAÇÃOCONVERSÃO CO2 ÁGUA OTIMIZADA MUDANÇA CLAREZA PEGADA DECARBONO FATORES CLIMÁTICOS

DE TRANSFORMAÇÃO

UMA REDE DE COMUNICAÇÃO E INFLUÊNCIA, COM 20.000 PROFISSIONAIS NACIONAIS

Nestes 10 anos, a FundsPeople consolidou-se como uma referência no sul da Europa, mas também se reorganizou para ir ao encontro das expetativas e necessidades da nossa comunidade.

Nos últimos 10 anos, a FundsPeople afir mou-se como a rede de referência na co municação e serviços para o desenvolvimento da comuni dade de empresas e profissionais da gestão de ativos. Comprometidos em ajudar a criar conexões e relações de investimento, colocámos em contacto pessoas e interesses, desenvolvendo oportunidades num ecossistema vivo, diverso, aberto e sustentável.

Nestes anos, e nos três países em que a FundsPeople está presente atualmente - Portugal, Espanha e Itá lia - chegámos a uma rede de referência que liga 200.000 profissionais euro peus, 20.000 deles portugueses.

Nesta rede de comunicação, a FundsPeople afirmou-se como o es paço de informação que mantém os profissionais informados e atualizados. Em pt.fundspeople.com - o nosso web site - registámos na última década mais de 13 milhões de páginas vistas. A nos

sa Newsletter dá a conhecer as novida des da gestão de ativos a mais de 3.100 profissionais diariamente, enquanto as revistas físicas e digitais levaram in formação a mais de 3.500 pessoas. No nosso website, os utilizadores podem encontrar informação em português sobre mais de 3.100 profissionais, 430 empresas e mais de 1.000 fundos.

Em plena pandemia, quisemos li gar ainda mais a nossa comunidade e criámos o projeto Insights Portugal. Um portal com as principais ideias da gestão de ativos nacional, e onde pode encontrar uma fotografia simples, mas completa, de como se estrutura o negó cio no nosso país.

ALÉM DA NOTÍCIA

Mas as nossas soluções e serviços vão hoje em dia muito para lá das notícias.

A FundsPeople passou a ser uma pla taforma de comunicação, marketing e comercial para as gestoras. Em Portugal, temos vindo a conectar os profissionais da gestão nacional com profissionais in

ternacionais, através dos eventos Funds People Talks que já contam com seis edições e uma média de 60 profissionais reunidos por evento.

Por outro lado, em eventos mais inti mistas, colocamos em contacto gestoras internacionais e locais, através de busi ness breakfast com várias temáticas sub jacentes. Já são cerca de 35 nestes últimos 10 anos.

INOVAÇÃO E NOVAS ÁREAS

No último ano, a FundsPeople reorga nizou-se precisamente com o objetivo de oferecer soluções num sentido mais amplo, a partir do campo da inovação. Nesse trabalho está a ser essencial Ja vier Blanco, novo diretor de Talento e Desenvolvimento Organizacional da FundsPeople.

Constituímos a divisão de Redação & Análise, formada por quatro pessoas em Portugal, onde o trabalho de análise se estende à redação. A equipa é formada por Margarida Pinto, editora e responsá vel de Conteúdos, e Catarina Vinagre, re datora e responsável pela Newsletter. A equipa de Análise é liderada por Miguel Rêgo, que ocupa a posição de responsá vel global de Análise da FundsPeople.

À sua equipa juntou-se em junho Diogo Verde, como analista de fundos, vindo da gestora Golden Wealth Management.

Uma das principais novidades da FundsPeople é o departamento de Soluções & Inovação, onde vários especialistas em diferentes temas e ti pologias se encarregam de desenvolver soluções conjuntas com a indústria, tanto em termos de produtos comer ciais, como de produtos dirigidos à Redação & Análise. É o centro de ino vação da FundsPeople. María Folqué é a responsável global de Sustentabi lidade, uma área chave para o setor, e na qual está a desenhar novos serviços. Laura Rey é a responsável de soluções de Learning, tendo a seu cargo o desen volvimento do Glossário, uma área de dicada à literacia financeira. Catarina Vinagre, para além de redatora, é ainda a responsável por desenvolver soluções em torno da nossa Newsletter.

UMA DÉCADA
ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 12 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
PANORAMA ANIVERSÁRIO

SERVIÇOS A FundsPeople tem-se vindo a consolidar com vários serviços. Destaque, por exemplo, para a Newsletter diária que chega a mais de 3.000 pessoas, os eventos FundsPeople Talks, que já vão na sexta edição, ou os mais de 30 pequenos-almoços que temos vindo a realizar ao longo dos últimos 10 anos.

SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 13

AS CARAS DA

DISTRIBUIÇÃO DE FUNDOS

por uma revolução no seu negócio com a entrada em vigor da MiFID II, mas adaptaram-se e continuaram centrados em providenciar o melhor serviço possível aos seus clientes.

SEQUEIRA

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 14 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO ANTÓNIO LUNA VAZ BPI “Uma abordagem orientada para o cliente” Nº5 CARLOS ALVARES BANCO POPULAR “Uma cultura de proximidade e horizontalidade no que toca às hierarquias” Nº6 TIAGO EUSÉBIO BIG “Um crescimento estratégico: agências e financial advisors” Nº7 INÊS CORREIA DE OLIVEIRA E NUNO BOTELHO MILLENNIUM BCP “Temos uma posição equidistante entre todos os fornecedores” Nº9 CARLOS SANTOS LIMA BANCO POPULAR PORTUGAL “Ser reconhecido pelos clientes como uma referência no sector” Nº10 ANA
NOBRE DEUTSCHE BANK PORTUGAL “Somos assumidamente um Advisory Bank” Nº12 Passaram
As entidades são indicadas à data da publicação original. PANORAMA ANIVERSÁRIO

HELENA SERUCA

CARREGOSA

VICTOR BAROSA

EUROPA

HUGO CORREIA

BEST

PEDRO LUCAS COELHO

INVEST

RICO

ANTÓNIO CARNEIRO

TOTTA

OLO

LOURENÇO VIEIRA DE CAMPOS

TOTTA

SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 15
BANCO
“O acompanhamento ao cliente é feito numa perspetiva de Global Wealth Management” Nº13 DANIEL
BANKINTER “Pensar no cliente faz parte do ADN do Bankinter” Nº14
ATLÂNTICO
“Temos uma filosofia de banca de relação que assenta numa análise patrimonial global” Nº15
SANTANDER
“A nossa filosofia assenta na certeza de que cada cliente é único” Nº18
BANCO
“A MiFID II é uma oportunidade de crescimento e de afirmação” Nº21 RUI
ACTIVOBANK “O nosso modelo de negócio não está baseado em tendências de mercado” Nº22
BANCO
Trabalho autónomo e empresarial Nº23
SANTANDER
Confiança entre o cliente, o banco e o seu gestor Nº29

JOÃO PINA GOMES

RAÚL PÓVOA

LUÍS NASCIMENTO

BBVA, SUCURSAL EM PORTUGAL

PEDRO RODRIGUES

BISON BANK

ALEXANDRE MOTA E EMANUEL VIEIRA

LUIZ ESTRADA

BANCO ITAÚ

RUI COIMBRA

GONÇALO CÂMARA PESTANA

16 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
ABANCA “A nossa rede de produtos de investimento, se não é a melhor em Portugal, é uma das melhores” Nº30
BANCO INVEST “O Banco Invest não procura ser um hipermercado de fundos, mas sim disponibilizar os melhores fundos para cada classe de ativos” Nº32
“Procuramos ter uma grande diversidade das classes de ativos, mas não uma oferta em excesso” Nº33
PARTNERS2U A afinação do serviço de consultoria da Partners2U Nº34
“O sucesso da estratégia do Bison Bank centra-se no fator diferenciador dos serviços de Wealth Management” Nº37
“Podemos dizer que os fundos de gestão ativa são a espinha dorsal das nossas sugestões de alocação” Nº38
MILLENNIUM BCP “Preocupação com a sustentabilidade tem estado cada vez mais presente no momento de alocar capital” Nº40
BPI “Perante fundos com risco e retorno semelhante, temos por objetivo selecionar os que melhor se posicionam em sustentabilidade” Nº44 PANORAMA ANIVERSÁRIO

O QUE É NACIONALÉ(MUITO) BOM

Embora o mercado nacional não seja grande, os fundos de domícilio português ou geridos por equipas com ADN nacional não ficam atrás dos internacionais, e o mesmo acontece com a gestão de carteiras. Mostramos-lhe algumas das entrevistas a estes profissionais.

JOSÉ VALENTE

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 18 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO JOÃO ZORRO ESAF “Somos claramente competitivos” Nº4 PEDRO ALVES E PEDRO FERNANDES DUNAS CAPITAL “Acreditamos na diversificação” Nº5 DIOGO PIMENTEL SANTANDER ASSET MANAGEMENT “É muito fácil fazer perdurar a relação com os investor relations e Analistas” Nº6 FILOMENA OLIVEIRA E SOFIA TORRES CAIXAGEST “Um quarto de século na liderança dos fundos de investimento e gestão de carteiras” Nº11 PAULO MONTEIRO INVEST GESTÃO DE ACTIVOS Como as estrelas se alinham para o sucesso do Invest AR PPR Nº13
CRÉDITO AGRÍCOLA GEST “A questão não está em como se gera retorno, mas sim em como se gere o risco” Nº14
As entidades são indicados à data da publicação original. PANORAMA ANIVERSÁRIO

PAULO FIGUEIREDO

VASCO

RICARDO SEIXAS

VIRGÍLIO

SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 19 MADALENA TEIXEIRA ASK “Existe alguma irracionalidade nos mercados, tanto na subida como na descida” Nº15 PEDRO VIEIRA IMGA O resultado de todas as valência da IMGA Nº17 CARLOS PINTO OPTIMIZE IP Resultados consistentes assentes na diversificação Nº20
BMO GAM Gestão institucional de matriz canadiana Nº21
TELES GNB GESTÃO DE ATIVOS Abordagem simples de distribuição de risco Nº22 RUI NUNES CAIXAGEST “Clareza e simplicidade da estratégia de investimento são extremamente valorizadas pelos clientes” Nº24
FIDENTIIS GESTIÓN “Fazemos fincapé em gerir o nosso long/short de equity num lago em que sabemos pescar” Nº28
GARCIA SIXTY DEGREES “Acreditamos no sucesso da nossa proposta de valor” Nº29

RUI ARAÚJO E LUÍS

MIGUEL TALEDO DE SOUSA

ATIVOS PORTUGAL

RINA GUERRA

PEDRO COELHO E LUÍS DIAS

ASSET MANAGEMENT

RICARDO ALMEIDA

SEGUROS

MARTA PÉREZ

ASSET MANAGEMENT

EMÍLIA VIEIRA

INVESTIMENTOS

20 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
ALVARENGA BPI GESTÃO DE ATIVOS Disciplina e qualidade numa carteira de ações mundiais Nº30
BANKINTER GESTÃO DE
Disciplina e know how Nº32
BANCO CARREGOSA Investir no longo prazo em empresas de qualidade Nº33
SQUARE
Diversificação: a ambição do novo property core Real Estate Fund Nº35
REAL VIDA
“Temos um enviesamento visível para o tema do value” Nº37
CASA DE
“Não temos a necessidade de estar colados a um índice ou em estar certos todos os dias” Nº38
SANTANDER
“Um fundo que se gere em equipa com uma abordagem muito clara de sustentabilidade” Nº43 PANORAMA ANIVERSÁRIO

Um histórico consistente focado nos líderes mundiais do mercado europeu

Uma carteira de ações europeias das melhores ideias que investe em empresas de crescimento de qualidade com vantagens competitivas duradouras e a capacidade de gerar um rendimento sólido e sustentável.

n Centrado em empresas de elevada qualidade com vantagens competitivas comprovadas n Seleção de ações orientada em uma análise com vista a construir uma carteira de alta convicção

n Uma equipa experiente de ações europeias que administra ativos com valor de 41 bilhões de euros*

Riscos à ter em conta Este fundo está sujeito a uma série de riscos resultantes dos títulos em que investe e das técnicas que utiliza para atingir o seu objetivo. Os investidores deverão ler o Prospeto para obterem uma descrição completa de todos os riscos.

Riscos de investimento

O fundo está sujeito a riscos associados ao investimento em ações, concentração de carteiras e volatilidade.

Perfil do investidor típico

Este fundo é adequado para investidores que possam tolerar elevados níveis de risco e volatilidade e que tenham um horizonte de investimento a longo prazo.

fiáveis, mas a sua exatidão ou integralidade não podem ser garantidas. Os parâmetros concretos de investimento são acordados e estabelecidos no prospeto ou no contrato formal de gestão de investimento. Este material inclui declarações prospetivas, incluindo projeções de futuras condições económicas e financeiras. Nenhum dos administradores, diretores ou funcionários da Columbia Threadneedle Investments oferece garantias de qualquer natureza no sentido de assegurar que estas declarações prospetivas se revelem precisas. No EEE: Emitido pela Threadneedle Management Luxembourg S.A., matriculada no Registo do Comércio e das Sociedades (Luxemburgo), N.º de matrícula B 110242, 44, rue de la Vallée, L-2661 Luxembourg, Grão-Ducado do Luxemburgo. No Reino Unido: Emitido pela Threadneedle Asset Management Limited. Registada em Inglaterra e País de Gales, N.º de matrícula

de Conduta Financeira do Reino Unido. No Médio Oriente: Este documento é distribuído pela Columbia Threadneedle Investments (ME) Limited, que

Sede Social:

Threadneedle (Lux) European Select
*Fonte: FUM by Desk & Strategy spreadsheet Net European and Net UK Equity assets added together, Columbia Threadneedle Investments em 31.03.22. INFORMAÇÕES IMPORTANTES: Estes materiais só podem ser utilizados em apresentações individuais com investidores institucionais. A presente Proposta de Solução de Investimento nesta apresentação serve apenas fins ilustrativos e não pode representar participações efetivas na carteira. Uma proposta concreta será sujeita a negociações e o conteúdo deste documento não é vinculativo e permanece sujeito a um contrato. Para efeitos de marketing. Este material não deverá ser considerado como uma oferta, solicitação, conselho ou recomendação de investimento. Esta comunicação é válida na data da publicação e poderá estar sujeita a alterações sem aviso prévio. As informações de fontes externas são consideradas
573204.
78 Cannon Street, London EC4N 6AG, Reino Unido. Autorizada e regulada pela Autoridade
é regulada pela Autoridade dos Serviços Financeiros do Dubai (ASFD). Para os Distribuidores: Este documento destina-se a fornecer informações aos distribuidores sobre os produtos e serviços do Grupo, não devendo ser posteriormente distribuído. Para Clientes Institucionais: A informação contida neste documento não se destina a constituir aconselhamento financeiro, sendo apenas para pessoas com os conhecimentos adequados de investimento e que satisfaçam os critérios regulamentares de forma a serem classificados como Clientes Profissionais ou Contrapartes no Mercado, não devendo ser seguido por quaisquer outras Pessoas. Na Suíça: Emitido pela Threadneedle Portfolio Services AG, sede: Claridenstrasse 41, 8002 Zurich, Suíça. Columbia Threadneedle Investments é o nome da marca global do grupo de empresas Columbia e Threadneedle 05.22 | J32015 | 4330656 Esta comunicação é promocional. Consulte o prospeto do OICVM e o KIID antes de tomar qualquer decisão final de investimento. columbiathreadneedle.pt

MARK MOBIUS

YERLAN SYZDYKOV

PIONEER INVESTMENTS

ÁNGEL AGUDO

FRÉDÉRIC DUPRAZ

PICTET

BERNAR D HUNTER

A CRÈME DE LA

Ao longo destes 10 anos, os gestores com maior prestígio internacional partilharam com a FundsPeople as suas visões, perspetivas... e até algumas confissões.

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 22 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
FRANKLIN TEMPLETON Um cidadão do mundo Nº4
MICHAEL KRAUTZBERGER
BLACKROCK Um seguidor da gestão ativa diversificando estratégias no amplo mundo das obrigações Nº6
Mais oportunidades nas obrigações de empresas dos mercados emergentes Nº7
FIDELITY INTERNATIONAL “Para investir nos EUA é necessário ir além do mercado e ter imaginação” Nº10
AM Segurança: alguém vive sem pensar neste tema nos dias de hoje? Nº11
UBS AM High Yield europeu: relatório de danos e defesa da classe de ativos Nº13 Os cargos e entidades são indicados à data da publicação original.
INTERNACIONAL
CRÈME PANORAMA ANIVERSÁRIO

HENRIK STILLE

AMUNDI

WOOLNOUGH

JAMES CLUNIE

KLAUS KALDEMORGEN

JÖRG DE VRIES-HIPPEN

JAN

SHANE HURST

SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 23 MICHAEL SCHOENHAUT, J.P. MORGAN AM A nova derivada do JPM Global Income Nº19 RICHARD
M&G INVESTMENTS “O tamanho não é um problema para a rentabilidade do fundo. A chave está no quão corretas são as decisões de investimento” Nº23
JUPITER AM O único almoço grátis dos mercados: a diversificação Nº25
DWS As duas faces do DWS Concept Kaldemorgen Nº25
ALLIANZ GLOBAL INVESTORS “ Eu sou o tipo de gestor que compra as empresas mais aborrecidas que se possa imaginar” Nº26
WILLEM DE MOOR ROBECO “ Existem sectores em que é difícil encontrar empresas ESG” Nº29
LEGG MASON AM “As infraestruturas são uma classe de ativos incrível” Nº30
NORDEA AM “Um bloco essencial na construção de um portefólio equilibrado” Nº18 INTERNACIONAL
“Há sempre value no mercado”

NICOLAS JANVIER

HEMANT BAIJAL

RICHARD CARLYLE

GROUP

DIDIER SAINT-GEORGES

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 24 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
MARTIN
SKANBERG SCHRODERS O fundo bandeira de ações europeias da Schroders Nº42 PAUL BRAIN BNY MELLON INVESTMENT MANAGEMENT O cliente necessita de soluções em obrigações com rapidez Nº43
JOSH
DUITZ ABRDN Foco em empresas que pagam dividendos e em temáticas específicas Nº44
COLUMBIA THREADNEEDLE INVESTMENTS Uma estratégia de small caps que se comportou bem em 2020 Nº38
CARMIGNAC As mudanças no Carmignac Portfolio Patrimoine Nº38
JEREMIAH
BUCKLEY JANUS HENDERSON INVESTORS Os desafios superados pelo Janus Henderson Balanced Fund Nº41 TOM RILEY AXA IM Mais de uma década de experiência numa temática em constante evolução como é a robótica Nº32
INVESCO Para se aventurar em mercados emergentes, deve-se primeiro saber o que está a acontecer nos países desenvolvidos Nº34
CAPITAL
Manter posições significativas em empresas inovadoras e disruptivas Nº35 ALLIANCEBERNSTEIN Há que ter em mente a ideia de um cenário de menor crescimento FORAM VÁRIOS OS PRODUTOS E CLASSES DE ATIVOS EM FOCO NAS CONVERSAS DESTES PROFISSIONAIS COM A EQUIPA DA FUNDSPEOPLE PANORAMA ANIVERSÁRIO

DEZ ANOS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIORETROSPETIVA E UM OLHAR SOBRE O FUTURO

A poupança captada pela indústria de gestão de ativos não está a ser canalizada em proporção satisfatória para o financiamento da economia portuguesa. Reverter essa situação é uma das preocupações da CMVM.

Os últimos dez anos de atividade dos fun dos de investimento mobiliário (FIM) foram marcados por um crescimento significativo (55%) do seu valor sob gestão e por uma diminuição do número de fundos ativos, resultando numa obtenção de economias de escala e su bida da capitalização média dos fundos. O crescimento do valor sob gestão tem, em grande parte, resultado no investimento em unidades de participação de outros fun dos, em especial estrangeiros, que causou uma cascata de comissões para os mais de um milhão de participan tes, em grande parte de retalho. Apesar do crescimen to dos ativos sob gestão, é notória a reduzida expressão dos ativos nacionais, em especial das ações, nas carteiras dos FIM. Tal significa que a poupança captada pela in dústria de gestão de ativos não está a ser canalizada em proporção satisfatória para o financiamento da economia portuguesa. Espera-se que esta situação possa ser gra dualmente revertida, fruto da implementação de medi das resultantes das recomendações da OCDE de 2020 para a redinamização do mercado de capitais, nas quais a CMVM participou ativamente, ou do recente pacote fiscal de incentivo à poupança de longo prazo, proposto pela CMVM ao Ministério da Finanças.

Em 2020 a CMVM assumiu a supervisão prudencial das sociedades gestoras de fundos de investimento (SG), abandonando um regime prudencial fragmentado e me nos eficaz, com maiores custos regulatórios e demora no arranque de atividade, fruto da divisão de competências. No âmbito da transferência de competências, a CMVM bateu-se pela eliminação dos entraves a um maior dina mismo de mercado, seguindo princípios de simplificação, proporcionalidade, clareza, e remoção do gold-plating, assegurando a proteção dos investidores. Importa desta car a criação das Sociedades Gestoras de Organismos de Investimento Coletivo (SGOIC) e a implementação de um procedimento único de autorização, com prazos e formas de avaliação de idoneidade dos titulares de órgãos sociais e de participações qualificadas, alinhados com o regime europeu. Esta simplificação e calibragem regulatória re

fletiu-se num maior dinamismo do mercado e num au mento de novas entidades. De facto, se em dez anos fo ram autorizadas quatro SGOIC, no período de dois anos e meio, após a transferência de competências, o número de autorizações ascendeu a onze.

Nesta sequência, a CMVM procurou imprimir o mesmo ímpeto reformista na vertente dos Organismos de Inves timento Coletivo (OIC), o que culminou com a consulta ao mercado de 2022 sobre o projeto de um novo Regime da Gestão de Ativos (RGA), a qual recebeu um número elevado de respostas. Assim, foi proposta uma fusão en tre o Regime Geral dos Organismos de Investimento Co letivo e o diploma que disciplina atualmente a atividade de investimento em capital de risco, empreendedorismo social e investimento alternativo especializado.

O projeto de RGA reforça a competitividade e a atrativi dade do mercado nacional, gera coerência e proporcio nalidade no sistema e simplifica a regulação da atividade de gestão de ativos. Para tal, propõe-se uma mudança de paradigma, passando a dar primazia à supervisão à pos teriori, ficando essencialmente reservada, para os OIC de retalho, a supervisão ex ante. Ao nível dos gestores, propõe-se a criação de um regime simplificado para as sociedades gestoras de pequena dimensão, em linha com o regime europeu.

As medidas adotadas e as futuras, perspetivadas no pla no de ação da CMVM 2022 -2024, visam criar as condi ções para o desenvolvimento de um mercado de gestão de ativos competitivo, robusto e que represente uma al ternativa sustentável para a aplicação de poupança dos aforradores nacionais. Contudo, a responsabilidade últi ma pelo contributo que o setor tem a dar à economia na cional reside nos agentes de mercado. Apenas através da adoção de modelos de negócio viáveis e que se adaptem a um mercado em constante evolução, com destaque para a procura de investimento sustentável, bem como de um alinhamento com as melhores práticas de gover nação interna e de gestão do negócio, poderá o setor da gestão de ativos desenvolver-se de forma sustentável.

SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 25 Administrador, CMVM TRIBUNA RUI PINTO

DE TRANSFORMAÇÃO

EUA Janeiro de 2013

Legg Mason Capital Management integra boutique Clearbridge Julho de 2013

iShares chega a acordo para comprar negócio de ETF do Credit Suisse Outubro de 2014

BNY Mellon acorda compra da Cutwater Asset Management Agosto de 2015

BlackRock compra FutureAdvisor Fevereiro de 2016

J.P. Morgan lança plataforma centrada no ISR Maio de 2016

Columbia Threadneedle adquire a boutique de smart beta Emerging Global Advisors Outubro de 2016

Janus Capital e Henderson anunciam fusão Outubro de 2017

Invesco compra negócio de ETF da Guggenheim Partners Outubro de 2017

J.P. Morgan entra no mundo dos ETF Novembro de 2017

BNY Mellon IM funde três das suas boutiques (Mellon Capital Management, Standish e The Boston Company) Fevereiro de 2018

Invesco unifica todas as suas marcas sob o nome Invesco Março de 2018

NAM passa a chamar-se Ostrum AM Maio de 2018

Mark Mobius apresenta sua sociedade, a Mobius Capital Partners Abril de 2020

Morningstar anuncia a compra de 100% da Sustainalytics Agosto de 2021

Goldman Sachs compra NN Investment Partners Julho de 2020

Franklin Templeton compra a Legg Mason Junho de 2019 Nasce a NZS Capital Junho de 2020

Legg Mason funde as suas filiais Clearbridge e RARE Março de 2021

Morgan Stanley completa a compra da Eaton Vance Novembro de 2021

Wells Fargo AM inicia o seu caminho independente sob o novo nome Allspring Global Investments Novembro de 2021

Columbia Threadneedle fecha a compra de gestão de ativos da BMO na região EMEA

DÉCADA DE

CANADÁ

Maio de 2014

BMO completa aquisição da F&C Asset Management

AMSTERDÃO

Abril de 2021

Allfunds entra na bolsa Euronext Amsterdam

PENÍNSULA IBÉRICA

Setembro de 2014

Capital Group abre escritório ibérico Março de 2015

Muzinich abre escritório ibérico em Madrid Setembro de 2015

Neuberger Berman abre escritório na Península Ibérica Setembro de 2017

SYZ AM abre escritório na Península Ibérica Agosto de 2018

AllianceBernstein abre escritório na Península Ibérica

Dezembro de 2018

La Financière de L’Echiquier abre escritório na Península Ibérica Outubro de 2019

Hermes IM abre escritório na Península Ibérica Fevereiro ce 2022

Bluebay AM abre sucursal Ibérica

EXPANSÃO

UMA DÉCADA
ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
26 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO PANORAMA RADAR

FINLÂNDIA

Abril de 2021

Evli e EAB assinam pré-acordo para a sua possível fusão

ALEMANHA

Dezembro de 2017

Deutsche AM muda de marca e passa a DWS

SUÍÇA

Março de 2015

Vontobel AM compra 60% da Twenty Four AM

LUXEMBURGO Outubro de 2015 Bank Degroof e Petercam fundem-se

REINO UNIDO

Maio de 2012

Man Group completa compra da FRM Março de 2013

Schroders Compra Cazenove Capital Julho de 2014

Standard Life Investments compra Ignis IM Abril de 2017

Schroders compra Adveq Agosto de 2017

Aberdeen e Standard Life fundem-se Fevereiro de 2020 Jupiter compra Merian GI Setembro de 2020

Kames Capital passa a ser Aegon Asset Management Junho de 2021

Schroders unifica as suas capacidades em ativos privados sob a marca Schroders Capital Setembro de 2021

Aberdeen Standard Investments passa a chamar-se abrdn

ESPANHA

Abril de 2015

Allfunds Bank converte-se na maior plataforma de fundos europeia Janeiro de 2018

Allfunds compra a tecnológica Finametrix Agosto de 2022 MCH IS muda de nome para AMCHOR IS

FRANÇA Dezembro de 2016

Amundi compra Pioneer Investments Agosto de 2021

Natixis IM unifica vários dos seus negócios sob a divisão da Natixis Invesment Managers Solutions Dezembro de 2021

Amundi fecha a compra da Lyxor Março de 2022

Natixis IM e H2O AM acordam dissolver a sua parceria

ÁFRICA

Julho de 2018

AUSTRÁLIA

Novembro de 2017 ETF Securities vende o seu negócio de ETF europeus à Wisdom Tree

Old Mutual transforma-se em Merian Global Investors

EXPANSÃO

Fusões e compras foram a grande tónica da última década no negócio da gestão de ativos internacional. Em Portugal, o mercado redifiniu-se, mas não deixou de se expandir.

SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 27

PORTUGAL

Julho de 2012

Patris compra BPN GA Maio de 2013

Patris compra Real Vida Seguros Dezembro de 2014

Resolução do banco BES Meados de 2014

MCH Investments Srategies passa a ter presença em Portugal

Setembro de 2015

Haitong compra BESI Novembro de 2015

Sócios espanhóis entram no capital da Dunas Capital Maio de 2015

Millennium bcp vende Millennium GA ao Grupo CIMD Setembro de 2015

Bankinter compra operações do Barclays em Portugal Dezembro de 2015

Venda do Banif ao Santander Abril de 2016

Dunas Capital chega acordo para adquirir 100% da Selecta Dezembro de 2016

Patris entra na Alternext Abril de 2017

Gestão dos fundos mobiliários da CA Gest passa para a esfera da IMGA Fevereiro de 2017

Banco BPI passa a ser detido em 84,51% pelo CaixaBank Novembro de 2017

CaixaBank compra o segmento de gestão de ativos do Banco BPI

Dezembro de 2017

Santander compra Popular Março de 2018

Deutsche Bank vende operação em Portugal ao Abanca Meados de 2018

Bison Bank estabelece-se em Portugal Meados de 2018

Corum AM abre sucursal em Portugal Fevereiro de 2019

Golden Wealth Management assume posição maioritária na SGF

Agosto de 2019

Nasce a Sixty Degrees AM Novembro de 2019

Casa de Investimentos passa a ter licença para gerir fundos mobiliários

Agosto de 2020

BiG abre sucursal em Espanha Outubro de 2020

Nasce a Biz Capital Novembro de 2020

Nasce a Carregosa SGOIC Março de 2021

BMO Portugal deixa de gerir carteiras da Ageas Maio de 2021

APAX compra GNB Vida Outubro de 2021

Dunas Capital passa a designar-se Heed Capital Maio de 2022

Azimut abre escritório em Portugal Maio de 2022

Nordea AM oficializa abertura de hub em Portugal

A OPINIÃO DE

Co-gestor do JH Balanced Fund, Janus Henderson Investors

30 ANOS DE RESEARCH BOTTOM-UP E ALOCAÇÃO ATIVA

Juntamo-nos à celebração da FundsPeople porque a nossa estratégia JH Balanced Fund está também a celebrar o seu aniversário, o 30º. Desde 1992, esta estratégia tem navegado numa série de ambientes de mercado desafiantes, incluindo a bolha das dotcom, no início dos anos 2000, a crise financeira global em 2008, e a pandemia de COVID-19 em 2020.

Ao longo destas décadas, e através desses tempos desafiantes, a nossa equipa tem proporcionado aos clientes retornos semelhantes aos das ações americanas com uma volatilidade significativamente menor.

O nosso foco na seleção fundamental combinada com a alocação dinâmica de ativos tem sido fundamental para estes resultados, e a nossa abordagem tem três vertentes: gerimos ativamente o risco e as exposições dentro das alocações individuais de ações e de obrigações, e temos a capacidade de ajustar o nível global de alocação de ativos entre ações e obrigações. Esta flexibilidade permitiu-nos não só participar em mercados de valores mobiliários, mas também posicionarmonos defensivamente durante os drawdowns do mercado.

Estamos orgulhosos da nossa abordagem e estilo de gestão.

A nossa abordagem colaborativa combina ações e obrigações para construir uma das nossas principais estratégias - uma carteira central, diversificada de multiativos com a flexibilidade necessária para atingir através de mercados em mudança e ajudar a alcançar os seus objetivos a longo prazo.

PHIL GRONNIGER
28 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO PANORAMA RADAR

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publicitário destinado somente para investidores qualificados de acordo com a definição da MiFID. Fonte (salvo indicação em contrário): Nordea Investment Funds S.A. Período em análise (salvo indicação em contrário): 29/01/2019 - 31/08/2022. Retorno calculado NAV a NAV (líquido de taxas e impostos em Luxemburgo) na -moeda de referência da respectiva classe do sub-fundo, rendimento bruto e dividendos reinvestidos, excluindo as taxas de entrada e saída em (data). Comissões ou encargos de subscrição e resgate podem afetar o desempenho do sub-fundo. A rentabilidade apresentada é histórica. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e investidores podem não recuperar o montante total investido. O valor do seu investimento pode subir ou descer e poderá perder uma parte ou a totalidade do seu dinheiro investido. Se a moeda da respectiva classe de ações diferir da moeda do país onde o investidor reside, o retorno apresentado pode variar devido flutuação cambial. Os fundos mencionados fazem parte da Nordea 1, SICAV, uma sociedade de investimento de capital variável sediada em Luxemburgo (Société d’Investissement à Capital Variable), legalmente constituída conforme as leis de Luxemburgo e com a Diretiva2009/65/EC do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Julho de 2009. Este documento é material publicitário e não divulga todas as informações pertinentes relativas aos subfundos apresentados. Qualquer decisão de investimento nos subfundos deve ser feita com base no Prospecto em vigor e no documento de Informações Fundamentais Destinadas ao Investidor (KIID), que estão disponíveis, juntamente com os relatórios anual corrente e semi-anual do sub-fundo, por via electrónica em inglês e na língua local do mercado onde o mencionado OICVM está autorizado para distribuição, e poder ser solicitado, sem ônus, junto a Nordea Investment Funds S.A., 562, rue de Neudorf, PO Box 782, L-2017 Luxemburgo, representantes locais, agentes de informação, ou nossos distribuidores. Nosso Agente Pagador em Portugal é BEST - Banco Electrónico de Serviço Total, S.A., devidamente constituído sob as leis de Portugal e registado na CMVM como intermediário financeiro. Os documentos mencionados estão também disponíveis em português no site www.bancobest.pt. Publicado pela Nordea Investment Funds S.A., sita em 562, rue de Neudorf, P.O. Box 782, L-2017 Luxembourg, que é autorizada pela Comission de Surveillance du Secteur Financier (CSSF). O presente documento não poderá ser reproduzido ou divulgado sem autorização prévia, tal como não poderá ser cedido a investidores privados. Este documento contém informações destinadas apenas a investidores profissionais e consultores financeiros e não se destina para divulgação pública.

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Material

ÚLTIMOS 10 ANOS

GESTÃO DE ATIVOS EM PORTUGAL - MUDANÇAS E DESAFIOS SUPERADOS

Em balanço, pode dizer-se que os eventos da última década tornaram a indústria de gestão de ativos nacional mais forte e preparada para o que está para vir.

Nos últimos dez anos, a atividade de gestão de ativos em Portugal teve como pano de fundo um ambiente de mercado positivo para os ativos de risco, consubstanciado numa valorização anual média dos índices acionistas mundiais em torno de 13%. Nesse período, os ativos mobiliários detidos por Organismos de Gestão Coletiva em Portugal cresceram de um valor de 10.835 milhões de euros, no final de 2011, para 19.859 milhões de euros, no final de 2021. O crescimento anual médio desta rubrica foi de 6%, em linha com o crescimento apresen tado pelos ativos geridos por fundos de investimento na União Europeia .

Apesar deste panorama positivo e aparentemente está vel, nesse período, a indústria de gestão de ativos na cional navegou numa conjuntura económico-financeira inédita e exigente e enfrentou desafios estruturantes na sua forma de operar.

Em termos de envolvente económica e financeira, a última década iniciou-se com a crise da dívida soberana no seio da Europa, no rescaldo da recessão mais longa desde a transição para o Euro em 2002. A consequente adoção de políticas monetárias expansionistas por parte dos bancos centrais e uma melhoria das condições de financiamento culminaram numa recuperação económica nos anos se guintes, assente sobretudo na procura interna, e num mo vimento inédito de descida de taxas de juro com a yield a 10 anos da Alemanha a atingir valores negativos em 2016.

Em 2020, a pandemia COVID-19 marcou o fim de uma das maiores fases de expansão económica da história, tendo como resposta uma atuação extremamente acomodatícia por parte dos bancos centrais, visível nos cortes de ta xas de referência e nos programas de compra de ativos, e uma intervenção célere e robusta das autoridades fiscais.

Já em 2022, a eclosão do conflito militar na Ucrânia e a trajetória ascendente da taxa de inflação impuseram dificuldades acrescidas à gestão de carteiras.

Neste enquadramento, de níveis baixos de taxas de juro e em que a taxa de poupança das famílias teve uma su bida expressiva, houve uma aposta na inovação e me lhoria contínua de soluções de investimento que fossem ao encontro das necessidades dos nossos clientes. Tanto numa perspetiva de binómio rendibilidade/risco, com a construção de carteiras perfiladas, diversificadas e com controlo de risco, mas também integrando fatores de Sustentabilidade (ESG) na seleção dos nossos ativos e gestão das nossas carteiras de modo a que em cada elo de atuação do nosso processo de investimento estas con siderações estejam presentes.

Estas apostas exigiram naturalmente o investimento na formação das equipas e em desenvolvimentos tecnoló gicos, com uma atualização e integração dos nossos sis temas operacionais. Tudo isto, num contexto de aumen to de custos decorrente da cada vez maior exigência regulatória (com alterações ao nível de enquadramentos de referência, como a MiFID II, a UCITS ou a AIFMD) e de um movimento de descida das comissões de gestão.

Em balanço, podemos dizer que os eventos da última década tornaram a indústria de gestão de ativos nacio nal mais forte, preparada para os desafios futuros e com o seu papel reforçado de mecanismo de canalização eficiente das poupanças dos aforradores para os inves timentos das empresas, contribuindo para a satisfação das necessidades financeiras de ambos.

DE
1 Fonte: Bloomberg, MSCI ACWI Net Total Return EUR Index 31/12/2011-31/12/2021 2 Fonte: APFIPP Relatório Estatístico Trimestral Europa Dezembro 2021 e CMVM Indicadores Trimestrais de Gestão de Ativos 4ºTrimestre 2021 31/12/2011-31/12/2021 30 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO TRIBUNA CRISTINA BRÍZIDO Responsável de Investimentos e administradora, Caixa Gestão de Ativos

Good

things happen when experts come together FOR PROFESSIONAL INVESTORS ONLY. Provided by Natixis Investment Managers International or its branch office Natixis Investment Managers International S.A., Sucursal en España, Serrano n°90, 6th Floor, 28006 Madrid, Spain. Natixis Investment Managers International is a portfolio management company authorized by the Autorité des Marchés Financiers (French Financial Markets Authority - AMF) under no. GP 90-009, and a public limited company (société anonyme) registered in the Paris Trade and Companies Register under no. 329 450 738. Registered office: 43 avenue Pierre Mendès-France, 75013 Paris. Natixis Investment Managers International S.A., Sucursal en España is authorised and supervised by the Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV) in relation to its activities in Spain, and by the Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) in relation to its activities in Portugal. Registered office of Natixis Investment Managers International S.A., Sucursal en España: Serrano n°90, 6th Floor, 28006 Madrid, España. ADINT69-0922 Together, we’re experts in equities, bonds, ESG, thematics and alternatives. Experience The Expert Collective > IM.NATIXIS.COM MARKETING COMMUNICATION

SMART CONSENSUS A RODA VIVA DOS GESTORES MULTIATIVOS NUMA DÉCADA

Desde 2014 que a FundsPeople traz aos leitores a análise de uma carteira conjunta, constituída por alguns dos fundos mistos mais influentes do mercado internacional. O objetivo: manter os leitores a par dos novos movimentos de mercado e das opiniões dos gestores.

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 A carteira Smart Consensus é composta por fundos das categorias Mistos Mode rados, Mistos Cautelosos e Mistos Flexív eis que em 2022 cumpriam pelo menos um dos três critérios para ser classificado com Rating FundsPeople 2022 nos três países analisados (Portugal, Espanha e Itália). O resultado é um carteira composta por 10 fundos multiativos com o mesmo peso, seis deles moderados, dois flexíveis e dois cautelosos. Fonte: FundsPeople e Morningstar Direct. FUNDOS QUE COMPÕEM A CARTEIRA DE CONSENSO DA FUNDSPEOPLE EM 2022 (*) FUNDO CATEGORIA MORNINGSTAR Acatis Gané Value Event Fonds Mistos Moderados Allianz Income and Growth Mistos Moderados Amundi Funds - Multi-Asset Sustainable Future Mistos Cautelosos BlackRock Global Funds - Global Multi-Asset Income Fund Mistos Moderados BNY Mellon Global Real Return Fund Mistos Flexíveis Capital Group Global Allocation Fund Mistos Moderados DWS Concept Kaldemorgen Mistos Flexíveis JPMorgan Investment Funds - Global Balanced Fund Mistos Moderados MFS Meridian Funds - Prudent Wealth Fund Mistos Moderados ODDO BHF Polaris Moderate Mistos Cautelosos
por Diogo Verde
PANORAMA SMART CONSENSUS 32 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO

DISTRIBUIÇÃO

carteira e processo utilizados no Smart Consensus já sofreram alterações. Inicialmen te, a carteira era sele cionada e atualizada pelos analistas da Allfunds. Na nossa revista número 17, no 2º trimestre de 2017, alteramos esta dinâmica e começou a ser a equipa FundsPeople a construir a carteira de destaque. Para isso fizemo-nos va ler do desenvolvimento da equipa de Análise FundsPeople e dos Ratings FundsPeople

Posto isto, em revista de comemo ração de uma década de existência, pegamos na carteira Smart Consensus atual e analisamos os últimos 10 anos. Falamos com a grande maioria dos gestores dos fundos que incorporam a carteira e pedimos um comentário sobre os últimos 10 anos e perspetivas para os próximos 10.

Ao longo dos últimos 10 anos, a classe que reuniu sempre maior des taque nos fundos analisados foi, sem dúvida, a acionista. O gestor do BGF Global Multi-Asset Income Fund, Michael Fredericks, justifica este fe nómeno: “Os últimos 10 anos foram marcados por yields historicamente baixas e eventos macroeconómicos impactantes, como uma pandemia global e eventos geopolíticos de rele vo, e foi necessária uma diversificação do investimento e uma análise de

A DISTRIBUIÇÃO POR ATIVOS
GEOGRÁFICA DA COMPONENTE DE AÇÕES ALOCAÇÃO DA COMPONENTE DE OBRIGAÇÕES 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 20222012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 OBRIGAÇÕES AÇÕES LIQUIDEZ E OBRIGAÇÕES A CURTO PRAZO OUTROS (DIVISAS, ALTERNATIVOS E IMOBILIÁRIOS) EUROPA (INCLUI REINO UNIDO) AMÉRICA DO NORTE (EUA E CANADÁ) EMERGENTES (INCLUI PAÍSES ASIÁTICOS DESENVOLVIDOS) JAPÃO E AUSTRÁLIA
CORPORATIVAS
SOBERANAS CASH OUTRAS
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 33

DE TRANSFORMAÇÃO

Michael Fredericks

Gestor do BGF Global Multi-Asset Income Fund

“Os últimos 10 anos foram marcados por yields historicamente baixas e eventos macroeconómicos impactantes”

Peter Rieth

Gestor do ODDO BHF Polaris Moderate

“A gestão da alocação no segmento acionista foi decisiva”

risco muito atenta para gerar retorno para os investidores”.

A mesma interpretação é partilha da por Peter Rieth, gestor do ODDO BHF Polaris Moderate, mas este des taca os ajustes feitos em alturas de maior stresse. “Num cenário de bai xas taxas de juro, a gestão da alocação no segmento acionista foi decisiva. Utilizamos derivados para reduzir a exposição a ações em alturas de maior turbulência, como este ano, assim con seguimos flexibilidade para não perder uma recuperação”, explica o gestor.

Destacamos também uma outra época, em que os gestores foram pos tos à prova num cenário de stresse. Na segunda metade de 2018, os mercados acionistas passaram por momentos mais atribulados, parcialmente justi

ficados pela tensão entre os EUA e a China, o que levou a uma diminuição da exposição ao setor acionista. Outro fenómeno importante - que os gráficos não são capazes de reve lar - , foi o surgimento das políticas ESG. Para Joerg Moshuber, gestor do Amundi Multi-Asset Sustainable Future, os últimos 10 anos foram o pilar dos investimentos sustentáveis e responsáveis. Estes foram marcados por dois grandes eventos em 2015. “O Acordo de Paris e o nascimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Na ções Unidas”, recorda. O impacto nos mercados financeiros foi evidente, ex plica: “Por um lado, criou-se a neces sidade das empresas reorganizarem os seus negócios e práticas ambientais e,

UMA DÉCADA
ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
PANORAMA SMART CONSENSUS 34 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO

Joerg Moshuber

Gestor do Amundi Multi-Asset Sustainable Future

“O Acordo de Paris e o nascimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU foram dois marcos importantes”

Justin Kass

Co-gestor do Allianz Income and Growth

“Apesar da queda dos ativos de risco e das ações high yield, continua a haver boas oportunidades de investimento”

por outro, os investidores passaram de um foco puramente financeiro para uma prática de investimentos muito mais holística”.

Olhando para a distribuição geo gráfica da componente mais represen tativa dos portefólios, podemos des tacar o confronto entre a Europa e os EUA. Na primeira metade da década anterior, o destaque estava do lado dos mercados europeus. Apesar de contes tado, este domínio manteve-se até ao início de 2019, altura em que o merca do norte-americano ultrapassou o eu ropeu. O co-gestor do Allianz Income and Growth, Justin Kass, confirma a mais recente tendência no seu porte fólio: “Ao nosso principal objetivo, o de pagar uma elevada distribuição de dividendos dependente da classe de

ativos, juntámos o da apreciação do capital a longo prazo através do inves timento em ativos norte-americanos”.

Quanto ao estilo e setor de inves timento, podemos observar algumas mudanças de tendência, fruto da fle xibilidade dos instrumentos em aná lise. Catherine Doyle, parte da equipa do BNY Mellon Global Real Return, aponta a flexibilidade para se aprovei tar de oportunidades em vários setores e geografias como “a vantagem com petitiva do fundo”. Deixa ainda um exemplo: “Após o segundo bear mar ket mais rápido da história - durante o primeiro trimestre de 2020 - o fundo rapidamente identificou e investiu em empresas que iam sair beneficiadas do ciclo em questão, garantindo retornos para os investidores”.

A NÍVEL GEOGRÁFICO, PODEMOS DESTACAR O CONFRONTO ENTRE A EUROPA E OS EUA

SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 35

Catherine Doyle

Parte da equipa do BNY Mellon Global Real Return

“O nosso portefólio encontra-se posicionado defensivamente, no entanto, estamos atentos a uma inversão de tendência”

Gestores do JPM Global Balanced Fund

“Ao longo dos últimos 10 anos estendemos o nosso espectro de investimento a diferentes tipos de dívida”

DE TRANSFORMAÇÃO

ESTA DINÂMICA OBRIGOU OS GESTORES A

SEREM MAIS CRIATIVOS AUMENTANDO RISCO E INVESTINDO

EM SUBCLASSES MENOS CONVENCIONIAS

Atualmente, os investidores tendem a preferir empresas core, de grande capitalização e estão tendencialmen te mais investidos no setor tecnológi co e financeiro.

Como vimos anteriormente, o mercado de dívida passou por uma década, na sua generalidade, muito complicada. Com a forte intervenção dos bancos centrais, as taxas de juro desceram para níveis nunca vistos,

alcançando inclusive terreno negati vo. Esta dinâmica obrigou os gesto res a serem criativos na forma como obtiveram exposição a esta classe, aumentando risco e investindo em subclasses menos convencionais. Para a equipa de gestão do JPM Glo bal Balanced Fund, esta mudança de paradigma “só reforçou a necessida de de ser flexível e ter um portefólio diversificado”. “Ao longo dos últi mos 10 anos, alterámos a forma de investir neste mercado, aumentamos as regiões em que investimos e esten demos o nosso espectro a diferentes tipos de dívida”, explica o gestor.

Também para Justin Kass, o au mento de risco neste segmento foi uma necessidade: “Dadas as circuns tâncias de mercado e as nossas perspe

UMA DÉCADA
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PANORAMA SMART CONSENSUS 36 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO

Klaus Kaldemorgen

Gestor do DWS Concept Kaldemorgen

“Muitas vezes o avião funciona bem em piloto automático, mas ocasionalmente é necessária a experiência dos pilotos”

tivas de longo prazo, focamos o nosso investimento em três classes de ativos: ações, obrigações high yield e obriga ções convertíveis”.

OPORTUNIDADES

Resta apenas olhar para o futuro, onde os gestores se mostram confiantes, ape sar dos novos desafios que esperam. Michael Fredericks espera um am biente “de volatilidade elevada, fruto das expectativas de inflação, políticas monetárias e confrontos geopolíticos”. No entanto, mantém-se confiante que vão surgir oportunidades: “A nossa abordagem pode levar os investidores a encontrar novas oportunidades de re torno enquanto mantêm um portefólio diversificado e com risco controlado”. O gestor da Allianz, por sua vez, con

corda que apesar do “contexto de que da dos ativos de risco e das ações high yield, continuam a haver boas oportu nidades de investimento”.

A representante da BNY Mellon revela: “O nosso portefólio encontra -se posicionado defensivamente, com proteção através de derivados e cober turas indiretas, no entanto, estamos atentos a uma inversão de tendência e prontos para exercer a flexibilidade que nos é concedida”.

O consenso dos gestores é que cada um dos seus portefólios está prepa rado para os tempos difíceis que aí se aproximam, mas Klaus Kaldemorgen deixa um aviso: “Muitas vezes o avião - a carteira - funciona bem em piloto automático, mas ocasionalmente é ne cessária a experiência dos pilotos”.

A ENERGIA NUCLEAR, PRONTA PARA REVERTER A SUA IMAGEM NEGATIVA

A energia nuclear oferece uma série de vantagens face a outras tecnologias de energia limpa: proporciona uma energia de carga base - o nível mínimo de procura numa rede elétrica durante um determinado períodolimpa e fiável, algo que as fontes renováveis, que são menos fiáveis, podem ter dificuldades em fornecer. Também pode fornecer energia de forma fiável independentemente do dia e da meteorologia e necessita de menos materiais do que outras tecnologias de transição. Estas vantagens são essenciais para poder transformar por completo os nossos sistemas energéticos em energia livre de carbono. No entanto, a energia nuclear também é controversa. Resíduos radioativos e incidentes como o desastre da central nuclear de Fukushima em 2011 levaram à desconfiança em relação a esta tecnologia. O urânio enriquecido também pode ser utilizado no campo das armas nucleares, o que explica porque é que os programas nucleares de países como a Coreia do Norte, Irão e, claro, a Rússia suscitam tantas preocupações.

Contudo, os fatores positivos parecem ter mais peso do que os negativos, uma vez que a energia nuclear está a voltar a ganhar protagonismo.

JESS WILLIAMS Analista de carteiras, Investimento Responsável, Columbia Threadneedle Investments
A OPINIÃO DE RAPTREN PAR T NER
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 37

Alimente as inovações que impulsionam a economia limpa

O sub-fundo AXA WF ACT Clean Economy é um compartimento da AXA WORLD FUNDS, uma SICAV harmonizada e domiciliada no 49, avenue J.F Kennedy L-1885 Luxembourg. O a investidores profissionais, em conformidade com a legislação DMIF. A informação constante do mesmo tem fins exclusivamente publicitários e informativos e não se destina, em caso podem ser obtidos de forma gratuita em www.axa-im.com. O presente documento não pode ser interpretado como consultoria em matéria de investimento, promoção financeira ou recomendação garantia de rentabilidade futura de investimentos financeiros. O mercado financeiro é flutuante e está sujeito a variações, e as taxas de câmbio podem sofrer oscilações que afetam diretamente de risco da referida classe de acções é 6. Esta informação não considera os objetivos de investimento específicos, atuais ou futuros, a situação financeira ou tributária ou as necessidades https://funds.axa-im.com/clean-economy. A AXA Investment Managers não assume qualquer responsabilidade por atos ou omissões decorrentes do uso indevido ou incorreto da presente Majunga 6, Place de la Pyramide 92908, e está registada na CMVM em Regime de Livre Prestação de Serviços (LPS), como Sociedade gestora de organismos de investimento colectivo do

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Investir numa economia limpa faz sentido não só em termos ecológicos, como também em termos financeiros. As empresas que selecionamos estão na vanguarda dos transportes de baixo carbono, da energia inteligente, da tecnologia agrícola e da preservação de recursos. Estas empresas inovadoras podem ajudá-lo a conseguir retornos sustentáveis à medida que evoluímos para um mundo mais limpo.

O Investimento implica riscos, incluindo a perda de capital.

Invista num futuro melhor. Invista agora num futuro sustentável.

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depositário é a State Street Bank International GmbH, Luxembourg Branch e a sua sociedade gestora é a AXA Funds Management. O presente documento destina-se exclusivamente caso algum, a clientes não profissionais e/ou investidores finais. O prospeto e as informações fundamentais destinadas aos investidores, em língua inglesa e portuguesa, respetivamente, recomendação de investimento, não podendo constituir, por si só, uma base para a tomada de decisões de investimento. O presente documento não representa de modo algum uma diretamente a rentabilidade dos investimentos, tanto para cima como para baixo. A diversificação dos investimentos não garante ganhos nem proteção perante eventuais perdas. O nível necessidades pessoais de qualquer indivíduo específico. Para mais informações sobre o fundo AXA WF ACT Clean Economy da AXA IM, recomendamos que visite o nosso sítio na Internet, em presente informação, declinando toda e qualquer responsabilidade pelo uso incorreto ou inadequado do documento. A AXA INVESTMENT MANAGERS PARIS SA tem sede social em Paris, Tour do Espaço Económico Europeu e com Sucursal em Espanha, autorizada e registada na Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV) com o número 38.
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DESCUBRA OS FUNDOS COM RATING

São produtos que contam com o destaque dos analistas, sobressaem pela sua consistência ou se distinguem por serem blockbuster.

Num mercado como o português, que con ta com mais de 3.000 fundos registados para venda, a FundsPeople divulga os fundos com Rating Funds People 2022. São 687 produtos com o rating, que se destacam por um ou vários dos seguintes três critérios:

Favoritos dos Analistas. Fundos que acumulam um mínimo de cinco votos dos selecionadores dentro de cada questionário anual realizado em Portugal, Espanha e Itália, dirigido aos analistas de fundos, sobre os seus pro dutos favoritos. Existem 34 fundos que conseguem este Rating.

Blockbuster. São os super-vendas do mercado. Incluem-se os produtos com mais de 100 milhões de euros distribuí dos no mercado ibérico ou 50 milhões de euros no caso dos produtos nacio nais. Adicionalmente, a estes últimos exigem-se captações líquidas a três anos superiores ou iguais a um quarto dos AUM no fecho do ano: 493 fundos al cançam esta classificação.

Consistentes. A equipa de Análise da FundsPeople, dirigida por Maria Folqué, desenvolveu um modelo de seleção próprio para destacar os pro dutos mais consistentes em cada cate goria, a partir da base da Mornings tar Direct, com referência ao final do

último ano. São analisados os fundos registados para venda em Portugal, com uma antiguidade mínima de três anos à data de referência da análise.

De cada fundo é selecionada uma classe, a mais representativa segundo um conjunto de critérios. Esta classe selecionada será comparada com os restantes fundos da sua categoria atra vés de dois scorecards. No primeiro, são considerados critérios de rentabi lidade e volatilidade acumulada a 3 e 5 anos, e no segundo, dados individuais

dos últimos cinco anos civis. Em am bos os casos, a rentabilidade e a vola tilidade têm um peso de 65% e 35%, respetivamente. Do modelo resultam os fundos que se situam no primeiro quintil em ambos os scorecards. Há 274 fundos que cumprem os critérios.

Nos três casos são excluídas da análise as categorias de fundos com garantia de capital, target date, do mercado mone tário, obrigações de muito curto prazo e rentabilidade ou maturidade objetivo.

APENAS 15 FUNDOS OBTÊM A MÁXIMA DISTINÇÃO DO RATING FUNDSPEOPLE+ FUNDO CATEGORIA BlackRock Global Funds - ESG Multi-Asset Fund Moderate Allocation Eleva UCITS Fund - Fonds Eleva Absolute Return Europe Long/Short Equity Eleva UCITS Fund - Fonds Eleva European Selection Europe Equity Large Cap Eurizon Fund - Bond Aggregate RMB Asia Fixed Income Flossbach von Storch - Multiple Opportunities II Flexible Allocation JPMorgan Investment Funds - Global Macro Opportunities Fund Global Macro Jupiter Global Fund - Jupiter Dynamic Bond Global Fixed Income Man AHL TargetRisk Fund Moderate Allocation MFS Meridian Funds - European Value Fund Europe Equity Large Cap MFS Meridian Funds - Prudent Wealth Fund Moderate Allocation Morgan Stanley Investment Funds - Global Brands Fund Global Equity Large Cap PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset Fund Flexible Allocation PIMCO GIS Income Fund Global Fixed Income Robeco Global Consumer Trends Global Equity Large Cap Schroder International Selection Fund EURO Corporate Bond Europe Fixed Income 20 22 20 22 40 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO PANORAMA BARÓMETRO

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This material, issued by Capital International Management Company Sàrl (“CIMC”), 37A avenue J F Kennedy, L 1855 Luxembourg, is distributed for information purposes only CIMC is regulated by the Commission de Surveillance du Secteur Financier (“CSSF” Financial Regulator of Luxembourg) and manages the fund(s), which is a (are) sub fund(s) of Capital International Fund (CIF), organised as an investment company with variable capital (SICAV) under the laws of the Grand Duchy of Luxembourg and authorised by the CSSF as a UCITS

A full list of Paying Agents and Distributors is located on the website stated Facilities to investors (tasks according to Article 92 of the Directive 2019/1160, points b) to f ) are available at www eifs lu/CapitalGroup

The list of countries where the Fund is registered for distribution can be obtained at all times from CIMC

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us
t . w w w.c apit
/pt /en
or online at www capitalgroup com/europe Risk factors you should consider before investing: • This material is not intended to provide investment advice or be considered a personal recommendation. • The value of investments and income from them can go down as well as up and you may lose some or all of your initial investment • The Prospectus and Key Investor Information Document set out risks, which, depending on the fund, may include risks associated with investing in fixed income, derivatives, emerging markets and/or high yield securities; emerging markets are volatile and may suffer from liquidity problems.
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OS FUNDOS INTERNACIONAIS SUPER-VENDAS NA PENÍNSULA IBÉRICA

Para

CAPITAL GROUP

ROBECO

NORDEA

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GLOBAL

JANUS HNDRSNABSOLUTE

MFS

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ALLIANZ EUROPE

ROBECO

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JPM EUROPE EQUITY PLUS A PERF (ACC) EUR

CS (LUX) DIGITAL HEALTH EQUITY SB USD

AMUNDI FDS EUROLAND EQUITY E2 EUR C

ROBECO QI EUROPEAN CNSRV EQS €

PICTET TR - CORTO EUROPE I EUR

PICTET-USA INDEX P USD

JPM US TECHNOLOGY A (DIST) USD

MFS MERIDIAN EUROPEAN SMLR COMS A1 EUR

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JPM EUROPE DYNAMIC TECHS FD A (DIST) EUR

POLAR CAPITAL GLOBAL TECH I INC

GLOBAL

US ADVANTAGE I

VANGUARD U.S. 500 STK IDX $ ACC

FRANKLIN TECHNOLOGY A ACC USD

PICTET TR - ATLAS I EUR

ELEVA UCITS ELEVA EURP SEL I EUR ACC

ALLIANZ GLOBAL ARTFCL INTLGC W EUR

PICTET-SECURITY I EUR

INVESCO PAN EUROPEAN EQUITY A EUR ACC

BGF WORLD HEALTHSCIENCE A2

SEILERN WORLD GROWTH CHF H R

INVESCO JAPANESE EQ ADV C JPY ACC

BGF CONTINENTAL EURP FLEX E2 EUR

JPM US SELECT EQUITY A (ACC) USD

PICTET - ROBOTICS DY EUR

BNP PARIBAS AQUA C C

SCHRODER ISF EM MKTS A DIS USD AV

DPAM INVEST B EQS NEWGEMS SUST A DIS

FIDELITY EUROPEAN DYNAMIC GR A-DIS-EUR

ROBECO NEW WORLD FINANCIALS D €

PICTET-PREMIUM BRANDS I EUR

PICTET-GLOBAL MEGATREND SEL USD

AB SELECT US EQUITY A EUR H ACC

BGF WORLD TECHNOLOGY A2

MFS MERIDIAN GLOBAL EQUITY A1 USD INVESCO GLBL CONSMR TRNDS A USD ACC

WELLINGTON GLBL QUALITY GR USD S AC THREADNEEDLE (LUX) PAN EURP SMLRCOMS 3E

PICTET-WATER EUR

ELEVA UCITS ELEVA ABS RET EURP S EUR ACC

MFS MERIDIAN EUROPEAN RESEARCH A1 EUR

T. ROWE PRICE US SMLR CM EQ Q USD

PICTET-CLEAN ENERGY I USD

AMUNDI FDS EUROPEAN EQ VAL M2 EUR C

JPM US VALUE C (DIST) USD

FIDELITY EUROPEAN LGR COMS A-DIS-EUR

PICTET - GLOBAL ENVIR OPPS EUR

FIDELITY GLOBAL FINANCIAL SVCS A-DIS-EUR

FUNDSMITH EQUITY EUR ACC

SCHRODER ISF GLB CLMT CHG EQ C ACC USD

GS US CORE EQUITY BASE INC USD SNAP

JPM EUROPE STRATEGIC VALUE A (DIST) EUR

FRANKLIN US OPPORTUNITIES A(ACC)USD

ODDO BHF AVENIR EUROPE CR-EUR

ROBECOSAM SMART MATERIALS EQS I EUR

GS JAPAN EQUITY R INC GBP SNAP

JPM EMERGING MARKETS EQUITY A (DIST) USD

BNY MELLON LONG-TERM GLBL EQ USD C ACC

ROBECOSAM SMART ENERGY EQS D EUR

BGF SUSTAINABLE ENERGY A2

VONTOBEL US EQUITY A USD

FIDELITY EM MKTS A-DIST-USD

SCHRODER ISF EMERGING ASIA C ACC EUR

SCHRODER ISF ASIAN OPPORTS A DIS USD AV

MS INVF US GROWTH

MS INVF ASIA OPPORTUNITY Z

GS EM CORE EQ I ACC USD CLOSE

VANGUARD EUROPEAN STOCK IDX USD ACC

JANUS HENDERSON HRZN GLBLPTYEQSA2USD

VONTOBEL MTX SUST EMMKTS LDRS USD

PICTET-DIGITAL PUSD

BROWN ADVISORY US EQUITY GROWTH $ B

FIDELITY CHINA

BGF

DWS

DWS

SCHRODER

AB

■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

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BGF WORLD MINING A2

MAN GLG JPN COREALPHA EQ I JPY

FIDELITY WORLD A-DIS-EUR

JANUS HENDERSON HRZN EUROLAND A2 EUR

PICTET-NUTRITION I USD

CPR INVEST GLBL DSRPT OPP R EUR ACC

UBS (LUX) EF CHINA OPPO(USD) P USD ACC

AMUNDI IS S&P 500 ESG IE-C

M&G (LUX) GLOBAL LISTED INFRAS L USD ACC

VANGUARD GLB STK IDX $ ACC

LM CLEARBRIDGE INFRAS VALPRGBPHDISAPH+E

MS INVF GLOBAL PROPERTY

CARMIGNAC PF GRANDE EUROPE A EUR ACC

JPM EUROLAND EQUITY A (DIST) EUR

THREADNEEDLE (LUX) PAN EURP SMCPOPPS ZE

ALLIANZ EUROLAND EQUITY GROWTH W EUR

SCHRODER ISF JAPANESE EQ A DIS AV

BGF FUTURE OF TRANSPORT Z2 USD

VANGUARD PAC EX-JAPAN STK IDX USD ACC

AB INTERNATIONAL HC A ACC

JPM EM MKTS SMALL CAP A (ACC) PERF EUR VANGUARD EMERG MKTS STK IDX INV EUR ACC ROBECO BP US LARGE CAP EQUITIES I $

JPM GLOBAL FOCUS A (DIST) EUR

AMUNDI MSCI EMU ESG LDRS SEL IE-C

BNP PARIBAS SMART FOOD CAP

MS INVF GLOBAL SUSTAIN Z USD ACC ALLIANZ CHINA A SHARES AT USD

GS GLOBAL MILLENNIALS EQ I ACC USD

M&G (LUX) GLB DIVIDEND CI USD ACC

JPM GLOBAL NATURAL RESOURCES A (ACC) EUR

AXA ROSENBERG US ENH IDX EQ ALP A $ ACC

MIRAE ASSET ASIA GREAT CONSUMER EQ USD CANDRIAM SST EQ EM MKTS R € ACC

AB AMERICAN GR PTF C ACC AMUNDI FDS PIO US EQFUNDMGR M2 EUR C

AMUNDI IS MSCI NORTH AMERICA IE-C

BNP PARIBAS ENERGY TRANSITION C D

MS INVF EUROPE OPPORTUNITY Z

FIDELITY GLOBAL DIVIDEND I-ACC-EUR

SCHRODER ISF US LARGE CAP A DIS

FRANKLIN INDIA I(ACC)USD

ROBECOSAM SUSTAINABLE WATER EQS F EUR

PICTET-EUROPE INDEX P EUR

NN (L) US ENH CR CONCNTR EQ P DIS USD

BNP PARIBAS DISRPT TECH CL D

BNP PARIBAS CLIMATE IMPACT

AB SELECT ABS ALPHA S1 USD ACC

BNY MELLON MOBILITY INNOVATION USD E ACC

PICTET TR - MANDARIN I USD

FIDELITY AMERICA A-DIS-USD

■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

JPM THEMATICS GENETIC THRPS C2 ACC USD

SCHRODER GAIA EGERTON EQUITY C ACC EUR

PICTET SMARTCITY DM GBP

DWS INVEST ESG EQUITY INCOME LC

FIDELITY GLB DMGRPHCS Y-ACC-GBP

UBS (LUX) ES EURO COUNTRS INC€ P-ACC

AXAWF FRAM ROBOTECH G CAP USD

BMO RESPONSIBLE GLOBAL EQUITY INC EUR

DWS AKTIEN STRATEGIE DEUTSCHLAND LC

CPR INVEST EDUCATION E EUR ACC

JPM US SMALLER COMPANIES A (DIST) USD

JANUS HENDERSON GLB TECH&INNO H2 USD

THREADNEEDLE (LUX) GLOBAL FOCUS

THREADNEEDLE (LUX) UK EQS IG GBP ACC

JPM JAPAN EQUITY A (DIST) USD

AXA ROSENBERG GLB EQ ALPHA A USD ACC

FIDELITY GERMANY A-DIS-EUR

T. ROWE PRICE US EQ USD

GS EMERGING MARKETS EQ R INC GBP

AXAWF FRAMLINGTON DGTL ECOY CAP USD

FIDELITY IBERIA A-DIS-EUR

AB EUROZONE EQ PTF IX ACC

UBAM 30 GLOBAL LEADERS EQUITY AHC EUR

BNP PARIBAS EUROPE SMALL CAP I C

BGF EMERGING MARKETS A2

FIDELITY GLOBAL HEALTH CARE A-DIS-EUR

ROBECO EMERGING STARS EQUITIES D €

LEGG MASON CB US LG CP GR B USD DIS(A)

ABRDN JAPANESE EQUITY A ACC JPY

LEGG MASON RY US SMCP OPP A USD DIS(A)

THEMATICS SAFETY H-R/A GBP

JPM AMERICA EQUITY A (DIST) USD

JANUS HNDRSNCONTINEN EURP I2 EUR

GAM STAR CONTINENTAL EURP EQ INSTL £ ACC

AXA ROSENBERG US EQUITY ALPHA A USD ACC

JPM CHINA A (DIST) USD

VONTOBEL CLEAN TECHNOLOGY I EUR

BGF WORLD GOLD A2

THREADNEEDLE (LUX) EUR SMLR COM 9E EUR

AMUNDI IS MSCI JAPAN IE-C EUR

FIDELITY EUROPEAN

JANUS

MAINFIRST

NORDEA

JPM

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 20 22 42 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO PANORAMA BARÓMETRO
ser considerado um fundo super-vendas, os produtos internacionais devem alcançar os 100 milhões de euros de património distribuído no mercado ibérico. Fonte: gestoras e diferentes entidades distribuidoras. 500 1.000 500 1.000 500 1.000
NEW
(LUX) ZL
GLOBAL CONSUMER TRENDS D € MS INVF
BRANDS A USD
1 - GLOBAL CLIMATE & ENVIR BI EUR
BP US PREMIUM EQUITIES IH €
RETURN A2 GBP
MERIDIAN EUROPEAN VALUE A1 EUR
OPPORTUNITY Z
A-DIS-EUR
EQUITY GROWTH W EUR
BP
PREMIUM EQS B EUR MS INVF
CONSUMER Y-ACC-USD
NEXT GENERATION TECHNOLOGY Z2 USD
INVEST GLOBAL INFRAS FC ROBECO FINTECH USD
INVEST TOP DIVIDEND FC
ISF EURO EQUITY C DIS EUR
SICAV I STBL GLB TMTC PTF A
GLOBAL HEALTHCARE C (ACC) USD
CANDRIAM EQS L ONCLGY IMPCT I USD CAP BGF EUROPEAN SPECIAL SITUATIONS A2 PICTET-TIMBER I USD PICTET-JAPANESE EQUITY OPPS PJPY JPM EUROPE STRATEGIC GROWTH A (DIST) EUR MIRAE ASSET ASIA SECT LDR EQ K USD CAP CANDRIAM EQS L BIOTECH C USD CAP GS GLOBAL CORE EQ I INC USD SNAP THREADNEEDLE (LUX) GLOBAL TECH DU FIDELITY SUSTAINABLE ASIA EQ A-DIS-USD JPM ASIA PACIFIC EQUITY A (ACC) USD DWS DEUTSCHLAND LC JANUS HENDERSON HRZN GLBTECHLDRS A2USD T. ROWE PRICE US BLUE CHIP EQ A USD BGF EURO-MARKETS A2 JUPITER EUROPEAN GROWTH D EUR ACC FIDELITY FAST EUROPE A-ACC-EUR ABRDN EU SML COMP D ACC EUR
GROWTH A-DIS-EUR M&G (LUX) EURP STRAT VAL CI EUR ACC ABRDN ASIA PACIFIC EQ A ACC USD
HENDERSON HRZN PANEURPSMRCOMS A2€ BSF EUROPEAN OPPS EXTENSION A2 EUR
TOP EUROPEAN IDEAS C ALGER SMALL CAP FOCUS US SCHRODER ISF CHINA OPPS C ACC USD
1 - EMERGING STARS EQUITY BI EUR AXAWF FRAM SWITZERLAND F CAP CHF JPM US SELECT EQUITY PLUS A (ACC) EURH ROBECO QI EMERGING CNSRV EQS I € LEGG MASON CB US EQ SUST LDRS A EURH ACC ROBECO SUSTAINABLE EURP STARS EQS D EUR NINETY ONE GSF GLOBAL ENVIR ACC EUR CANDRIAM EQS L EURP INNOVT R EUR CAP T. ROWE PRICE GLB FOC GR EQ A USD ABRDN ASIAN SMLLR COMS A ACC USD ALLIANZ ORIENTAL INCOME P USD ECHIQUIER ARTIFICIAL INTELLIGENCE K EUR JPM GLOBAL SELECT EQUITY A (ACC) USD MFS MERIDIAN US VALUE A1 USD LAZARD GLOBAL LSTD INFRAS EQ A DIST GBP CS (LUX) SECURITY EQUITY BH CHF GS INDIA EQUITY I INC USD NEUBERGER BERMAN US MLTCP OPPS USD1 IACC INVESCO SUS PAN EURP STU EQ C € ACC ALLIANZ THEMATICA P EUR ABRDN EU SUS N RES INV EQ A ACC EUR ALLIANZ GLOBAL METALS AND MINING EUR MS INVF GLOBAL QUALITY Z CANDRIAM SST EQ WORLD R € ACC THREADNEEDLE (LUX) AMER SMLR COM 9U USD GS EUROPE CORE EQUITY BASE INC EUR MS INVF EMERGING LEADERS EQUITY A GAM MULTISTOCK EM EQUITY USD C TEMPLETON GROWTH (EURO) I(ACC)EUR JANUS HENDERSON GLB LIFE SCN I2 USD T. ROWE PRICE US LG CAP GR EQ USD GAM MULTISTOCK LUXURY BRANDS EQ USD C ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ 01 AÇÕES

CARMIGNAC

MUZINICH

PIMCO

JUPITER

BSF GLOBAL

AXAWF

SCHRODER

EURO

VONTOBEL EURO CORPORATE

JPM US AGGREGATE

JPM GLOBAL

NEUBERGER

FIDELITY EURO SHORT

VONTOBEL TWENTYFOUR STRATINC

CANDRIAM

CANDRIAM

EURO

MFS MERIDIAN EMERGING MKTS DBT A2 USD

JANUS HENDERSON HRZN EURO CORP BD A2 EUR

AXAWF GLOBAL INFL SH DUR BDS I CAP USD

INVESCO EURO SHORT TERM BOND Z EUR ACC

EURIZON BOND AGGREGATE RMB Z EUR ACC

GS EM CORP BD I ACC EUR HDG

EVLI SHORT CORPORATE BOND A

VANGUARD € GOVT BD IDX € ACC

MS INVF GLOBAL FIXED INCOME OPPS Z

ROBECO FINANCIAL INSTITUTIONS BDS I €

CARMIGNAC PF FLEXIBLE BOND A EUR ACC

AXAIMFIIS US CORP ITMT BDS A USD DIS

NN (L) US CREDIT P CAP USD

UBAM DYNAMIC US DOLLAR BOND AC USD AEGON EUROPEAN ABS B EUR ACC

FVS BOND OPPORTUNITIES EUR I

MS INVF EURO CORPORATE BD - DUR HGD Z

CANDRIAM BDS EURO HIGH YLD R EUR CAP

NORDEA 1 - EUROPEAN COVERED BOND BP EUR

PICTET-SHORT TERM EM CORP BDS I DY USD

ALLIANZ CREDIT OPPORTUNITIES IT13 EUR

DWS INVEST ESG EURO BONDS (SHORT) FC

JPM INCOME A (ACC) USD

BLUEBAY INVESTMENT GRADE BD R EUR

AXAIMFIIS EUROPE SHORT DUR HY A CAP EUR

AXAIMFIIS US SHORT DUR HY A CAP USD

BNP PARIBAS ENHANCED BOND 6M I C

NOMURA FDS US HIGH YIELD BOND I USD

PICTET-EUR SHORT TERM CORP BDS I

ROBECOSAM EURO SDG CREDITS I EUR

JPM GLOBAL CORP BD A (ACC) USD

BLUEBAY INV GRD EURO AGGT BD I EUR

PIMCO GIS GLB HI YLD BD INSTL USD ACC

MFS MERIDIAN PRUDENT CAPITAL I1 USD

DWS CONCEPT KALDEMORGEN EUR FC

M&G (LUX) OPTIMAL INCOME CI EUR ACC

JPM GLOBAL INCOME A (DIV) EUR

PICTET-MULTI ASSET GLOBAL OPPS I EUR

BGF GLOBAL ALLOCATION A2

JPM GLOBAL INCOME CNSRV C (ACC) EUR

NORDEA 1 - STABLE RETURN BP EUR

INVESCO PAN EUROPEAN HI INC A EUR QD

MFS MERIDIAN PRUDENT WEALTH I1 USD

BSF GLOBAL EVENT DRIVEN Z2 USD

PIMCO GIS DYN MLT-ASST INSTL EUR ACC PICTET TR - DIV ALPHA J EUR

BSF EUROPEAN ABSOLUTE RETURN A2 EUR AMUNDI FDS GLOBAL MA CNSRV C EUR C BNY MELLON GLBL RL RET (EUR) W ACC CARMIGNAC PF PATRIMOINE F EUR ACC PIMCO GIS CMDTY REAL RET INSTL USD ACC MAN GLG ALPHA SELECT ALT DLH EUR

■ ■ ■ ■

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ROBECO EURO CREDIT BONDS D €

INVESCO EURO CORPORATE BOND Z EUR ACC

ROBECO HIGH YIELD BONDS DH €

AXAWF US HIGH YIELD BONDS I CAP USD

DNCA INVEST - ALPHA BONDS

MUZINICH EMERGINGMKTSSHRTDUR HUSD ACC S

CARMIGNAC PF CREDIT FW EUR ACC

FIDELITY EUROPEAN HI YLD A-DIS-EUR

DWS INVEST EURO CORPORATE BDS FC

AMUNDI FDS PIO US BOND A2 EUR C

UBAM GLOBAL HIGH YIELD SOLUTION AC USD

CANDRIAM LONG SHORT CREDIT CLASSIQUE

ALLIANZ EURO CREDIT SRI W EUR

M&G (LUX) GLB FL RT HY CI USD ACC

T. ROWE PRICE DYN GLB BD I USD

LAZARD CREDIT FI SRI PVC EUR

AMUNDI RSPNB INVEST IMP GREEN BDS I C

JPM GLOBAL SHORT DURATION BD A(ACC)USD

AMUNDI FDS GLB SUBRDNTD BD I2 EUR C

BGF GLOBAL HIGH YIELD BOND C1 USD

CANDRIAM SST BD GLBL HI YLD R € ACC

JPM US SHORT DURATION BOND A (ACC) USD

BGF US DOLLAR SHORT DURATION BD A1 USD

JPM INCOME OPP A PERF (ACC) EURH

AMUNDI FDS GLBL AGGT BD I USD C

PIMCO GIS GLB BD INSTL USD ACC

NORDEA 1 - EUROPEAN HIGH YLD BD BI EUR

NINETY ONE GSF EM LCLCCYTLRTDT I ACC$

GS EM MKTS DBT BASE INC USD

JPM GLOBAL CONVERT (EUR) A (DIST) EUR

GAM STAR MBS TOTAL RETURN INSTL USD ACC

BGF EMERGING MARKETS LCL CCY BD A2

FIDELITY GLOBAL INFL-LINK BD A-ACC-USD

MUZINICH SHORTDURATIONHY HEUR ACC A NORDEA 1 - FLEXIBLE FIXED INCOME BI EUR

BGF CHINA BOND D3 USD

BNY MELLON GLB SHRTDTD HY BD USD W ACC

FIDELITY US HIGH YIELD A-DIS-USD

PIMCO GIS TTL RET BD INV USD ACC BGF EURO CORPORATE BOND A1 EUR

ALLIANZ ADVCD FXD INC S/D W EUR

AXAWF GLOBAL STRATEGIC BDS F CAP GBP H VANGUARD U.S. GOVT BD IDX $ ACC

LSF-ARCANO LW VOL EURP INC-ESG SEL CE-A

UBAM MEDIUM TERM US CORPORATE BD AC USD

EDRF BOND ALLOCATION B EUR INC

UBS (LUX) BS SHT TERMUSDCORPSST$P-ACC

JPM EURO GOVT SHORT DUR BD A (ACC) EUR

PIMCO GIS DIVERS INC INSTL USD ACC

AMUNDI FDS EM MKTS BD E2 EUR C

ABRDN EM CORP BD A ACC USD

GAM MULTIBOND LOCAL EMERGING BOND USD C

FVS - MULTI ASSET - DEFENSIVE I

FVS MULTIPLE OPPORTUNITIES II RT

JPM GLOBAL MACRO OPPS A (ACC) EUR

NINETY ONE GSF GLB MA INC A ACC USD BMO REAL ESTATE EQ MKT NETRL B ACC EUR ACATIS GANÉ VALUE EVENT FONDS A

FIDELITY GLB MLT AST INC A-ACC-USD

FRANKLIN K2 ALT STRATS I(ACC)USD

CANDRIAM RISK ARBITRAGE C

FIRST EAGLE AMUNDI INTERNATIONAL AU-C

JANUS HENDERSON BALANCED A2 USD ALLIANZ INCOME AND GROWTH I H2 EUR

M&G (LUX) DYNAMIC ALLOCATION CI EUR ACC

OFI FINCL INV PRECIOUS METALS I

RUFFER TOTAL RETURN INTL I GBP CAP

NEUBERGER BM UNCRLTD STRATS USD I5 ACC

MFS MERIDIAN GLOBAL TOTAL RET A2 USD

MAN AHL TREND ALTERNATIVE DNY H EUR ACC

ALLIANZ DYN MLTAST STGY SRI75 I EUR

■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■

FAVORITOS DOS ANALISTAS EUROPEUS EM 2022

INVESCO GLOBAL INV GRD CORPBD C USD AD

ROBECOSAM SDG CREDIT INCOME I USD

AB AMERICAN INCOME C INC

LAZARD CONVERTIBLE GLOBAL PC EUR

ABRDN EURO CORPORATE BD D ACC EUR

BNP PARIBAS EURO GOVERNMENT BD PRIVL C

BLUEBAY INV GRD EURO GOVT BD I EUR ACC

AB SHORT DUR HI YLD S1 USD ACC

GS GLBL HI YLD BASE INC USD

NN (L) EURO FIXED INCOME P CAP EUR

M&G (LUX) EM MKTS BD C USD ACC

PIMCO GIS GLINGD CRDT INSTL USD INC

LEGG MASON WA MCR OPPBD S USD ACC

AXAWF GLOBAL INFL BDS I CAP EUR

DWS INVEST EURO HIGH YIELD CORP LD

NN (L) GREEN BOND I CAP EUR

AMUNDI FDS PIO STRAT INC A USD C

NEUBERGER BERMAN EM DBTHRDCCY USD I C

VONTOBEL TWENTYFOUR ABS RETCRDT G GBP

AXAWF GLOBAL INFL BDS REDEX I ACC EUR

PIMCO GIS EM MKTS BD ESG INS USD ACC

MUZINICH LONGSHORTCREDITYLD HEUR ACC E

BLUEBAY FINANCIAL CPTL BD I USD

MERCER SHORT DUR GLBL BD 1 M-1 NOK HDG

SCHRODER ISF EURO BOND C DIS AV

JPM EMERG MKTS LCL CCY DBT A (ACC) USD

MUZINICH GLOBAL TACT CRDT HUSD INC FNDR

PIMCO GIS LOW AVRG DUR INSTL USD ACC

FRANKLIN US GOVERNMENT A(MDIS)USD

SCHRODER ISF EURO CRDT CONVCT C ACC EUR

NEUBERGER BERMAN CORP HYB BD EUR I5 ACC

VONTOBEL EMERGING MKTS DBT I USD

EDR SICAV FINANCIAL BONDS I EUR

JANUS HENDERSON HRZN EURO HY BD I2 EUR

FRANKLIN EURO SHORT DUR BD I(ACC)EUR

TEMPLETON GLOBAL BOND A(MDIS)USD

JANUS HENDERSON HRZN GLB HY BD I2 USD

ROBECOSAM GLOBAL SDG CREDITS IH $

BGF EURO BOND A2

NEW CAPITAL WLTHY NTN BD USD INST INC

NEUBERGER BERMAN ULTR S/T ER BD I EURINC

MS INVF GLOBAL ASSET BACKED SECS Z USD

PICTET-EMERGING LOCAL CCY DBT I USD

TEMPLETON GLOBAL TTL RET A(ACC)USD

MS INVF EMERGING MKTS CORP DEBT Z

PICTET-EUR SHORT TERM HIGH YIELD I EUR

NORDEA 1 - EUROPEAN FINCL DBT BI EUR

ABRDN EUCPBDS&RINV D ACC EUR

MFS MERIDIAN GLOBAL OPPC BD I1 USD

ROBECO ALL STRATEGY EURO BONDS D €

FRANKLIN EUROPEAN TTL RET A(ACC)EUR

EPSILON FUND EMERG BD TTL RET I EUR ACC

BGF ESG MULTI-ASSET E2 EUR

LUMYNA-MW TOPS (MN) UCITS USD B (ACC)

MAN AHL TARGETRISK D H EUR

LUMYNA PSAM GLOBAL EVENT EUR A

JPM GLOBAL MACRO A (ACC)

MW SYSTEMATIC ALPHA UCITS A

JPM GLOBAL BALANCED A (ACC)

BGF GLOBAL MULTI-ASSET INC

ALLIANZ DYN MLTAST STGY SRI15

GS ABSOLUTE RET TRKR I

M&G (LUX) INCOME ALLOCATION C EUR

ALLIANZ STRATEGY

ALLIANZ DYN MLTAST STGY SRI50 W EUR

AMUNDI FDS MLT ASST SUST FUT I EUR C

CAPITAL GROUP GLOB ALLOC (LUX) Z

EURIZON ABSOLUTE PRUDENT R ACC

NINETY ONE GSF GLB MAC

FVS MULTI ASSET -

NORDEA 1 -

IX ACC

I

FUNDO CATEGORIA

SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 43 500 1.000 500 1.000 500 1.000 500 1.000 500 1.000 500 1.000
PF SÉCURITÉ FW EUR ACC BGF EURO SHORT DURATION BOND A2 EUR
ENHANCEDYIELD S-T HUSD ACC A NORDEA 1 - LOW DUR EURP COV BD BC-EUR
GIS INCOME INSTL EURH ACC MS INVF EURO CORPORATE BOND A MS INVF SHORT MATURITY EURO BOND I
DYNAMIC BOND I EUR Q INC
ABSOLUTE RETURN BOND A2 EUR
EURO CREDIT SHORT DUR I CAP EUR
ISF
CORP BD C ACC EUR
BOND A EUR
BOND A (DIST) USD
STRAT BD A PERF (ACC) USD
BERMAN SHRT DUREM DBTUSD I ACC
TERM BOND Y-ACC-EUR
G GBP
BDS CRDT OPPS I EUR CAP
BDS
SHORT TERM C EUR CAP
ACC
USD
EUR
EUR
A2
AT EUR
ACC EUR HDG
ACC
15 CT EUR
ALLC
USD
BALANCED
ALPHA 10 MA FD BP EUR Fundos com mais de 1.000 milhões de euros nas mãos de clientes ibéricos. ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ 02 FIXED INCOME 03 MULTIATIVOS E ALTERNATIVOS OS
Entre parêntesis o número total de votos. FUNDO CATEGORIA Jupiter Dynamic Bond (26) Obrigações Nordea Global Climate and Environment (19) Ações Seilern World Growth (13) Ações Morgan Stanley Global Brands (11) Ações Eleva European Selection (10) Ações PIMCO GIS Income (10) Obrigações Capital Group New Prespective (9) Ações MFS Meridian Prudent Wealth (9) Multiativos Muzinich Enhancedyield Short-Term Fund (9) Obrigações Ruffer Total Return International (9) Multiativos Allianz Europe Equity Growth (8) Ações Fundsmith Equity Fund (8) Ações FUNDO CATEGORIA Pictet TR - Atlas (8) Alternativos DPAM Equities New Gems Sustainable (7) Ações Eleva Absolute Return Europe (7) Alternativo Lonvia Avenir Mid Cap Europe (7) Ações MFS European Value (7) Ações Robeco Global Consumer Trends (7) Ações BlackRock Global Funds - ESG Multi-Asset Fund (6) Multiativos BMO Real Estate Equity Market Neutral (6) Alternativos Eurizon Bond Aggregate RMB (6) Obrigações Flossbach von Storch - Bond Opportunities (6) Obrigações Man AHL Target Risk (6) Multiativos PIMCO Dynamic Multi Asset (6) Multiativos
Robeco Global Premium (6) Ações Wellington Enduring Assets (6) Ações BGF Continental European Flexible Fund (5) Ações Brown Advisory US Equity Growth (5) Ações Flossbach von Storch - Multiple Opportunities II (5) Multiativos GQG Partners Emerging Markets Equity (GEM) (5) Ações Janus Henderson Horizon Pan European Absolute Return Fund (5) Alternativos JPM Global Macro Opportunities Fund (5) Alternativos Morgan Stanley Asia Opportunity (5) Ações Schroder ISF EURO Corporate Bond (5) Obrigações 20 22

sua visão

olha

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 Com a
privilegiada, a APFIPP
para um antes e depois dos últimos 10 anos no segmento da gestão de ativos. Algumas entidades desapareceram e deram lugar a outras, enquanto as tipologias de fundos também se alteraram. O QUE MUDOU NO MERCADO DE GESTÃO DE ATIVOS E DE FUNDOS DE PENSÕES -300 -200 -100 0 100 200 300 400 500 600 15000 17500 20000 -60 -50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 1500 1625 1750 1875 2000
CAPTAÇÕES
LÍQUIDAS CAPTAÇÕES LÍQUIDAS
PATRIMÓNIO
PATRIMÓNIO AGOSTO 2021 AGOSTO 2021AGOSTO 2022 AGOSTO 2022
TOTAL
DE FUNDOS MOBILIÁRIOS FUNDOS DE CURTO PRAZO HARMONIZADOS por Sérgio Brito 44 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO PANORAMA FÓRUM APFIPP

FUNDOS DE

FUNDOS DE AÇÕES

FundsPeople celebra o seu décimo aniversário

e este é o pretexto para fazer um ponto de situa ção sobre o que mudou no mercado nacional de gestão de ativos e de fundos de pensões.

Em termos globais, o montante ge rido por Organismos de Investimento Coletivo Mobiliário e Imobiliário, por fundos de pensões e sob a forma de car teiras de gestão discricionária (gestão de patrimónios) recuou 6,1% para 83,8 mil milhões de euros (89,3 mil milhões de euros, em junho de 2012).

No entanto, ao analisar individual mente cada um dos segmentos represen tados pela APFIPP, é possível identificar diferenças significativas entre eles.

OIC MOBILIÁRIO

Tendo sido um dos setores mais preju dicados com a crise financeira de 20072008 e com as ondas de choque que se lhe se seguiram, os OIC Mobiliário geriam, em junho de 2012, pouco mais de 11 mil milhões de euros. O mercado era domi nado por entidades gestoras que integra vam os cinco maiores grupos financeiros

em Portugal e que, em conjunto, eram responsáveis por mais de 83% dos mon tantes geridos. Apenas três entidades não estavam inseridas em grupos bancários, representando 1,3% do total.

Uma década depois, as diferenças são notórias. No que diz respeito aos mon tantes geridos, verificou-se um cresci mento acumulado de 56%, para 17,3 mil milhões de euros.

No que respeita aos agentes neste segmento, desapareceram cinco gesto ras, duas gestoras mudaram de mãos: a IM Gestão de Ativos (anterior Mil lennium BCP Gestão de Activos) e a Bankinter Gestión de Activos (que substituiu a Barclays Wealth Mana gers Portugal) e surgiram quatro novas gestoras, todas independentes de gru pos bancários. No total, existem atual mente oito gestoras independentes,

FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO

OIC Mobiliário

OIC Imobiliário

Fundos de Pensões

Gestão de

TOTAL

que representam 22,8% dos montantes geridos por OIC Mobiliário.

Ainda assim, aumentou a concen tração dos montantes geridos nas cinco maiores entidades, que em conjunto re presentam quase 95% do mercado.

No que respeita à estrutura do mer cado, nota-se um aumento significativo do peso dos fundos de ações e dos fun dos multiativos. Em 2012, estes fundos pesavam 8,4% e 13,5%, respetivamente, passando para 17,7% e 36,2%, em 2022, ou seja mais de metade dos ativos sob gestão. Também os fundos PPR tive ram um incremento substancial, pas sando de 8,8% para 21,3%.

Em sentido inverso, evoluíram os fundos alternativos (designados por fundos especiais, em 2012), que repre sentavam 36,0% do total de OIC Mobi liário em 2012, e que, atualmente, não

JUNHO-2022

(%)

17.309,7 56,0%

10.797,1 -11,2%

21.822,6

33.907,7 -35,7%

83.837,1 -6,1%

A -80 -70 -60 -50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 2000 2500 3000 -150 -100 -50 0 50 100 150 200 250 5000 5500 6000 6500 7000 7500 8000 -30 0 30 60 90 120 150 2000 2500 3000 3500 4000 CAPTAÇÕES LÍQUIDAS CAPTAÇÕES LÍQUIDAS CAPTAÇÕES LÍQUIDAS PATRIMÓNIO PATRIMÓNIO PATRIMÓNIO AGOSTO 2021 AGOSTO 2021 AGOSTO 2021AGOSTO 2022 AGOSTO 2022 AGOSTO 2022
OBRIGAÇÕES FUNDOS MISTOS
JUNHO-2012
VAR.
11.095,7
12.159,6
13.330,9
63,7%
Patrimónios 52.733,2
89.319,5
Fonte: APFIPP, CMVM e ASF (Valores em milhões de euros) SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 45

Fundger 1.551,92 12,76 1.564,99 13,09 -0,84

Interfundos 1.213,25 9,98 1.129,42 9,45 7,42

ESAF - FI 1.012,79 8,33 1.108,43 9,27 -8,63

Fimoges 1.000,51 8,23 1.019,86 8,53 -1,90

Banif Gestão de Activos 755,39 6,21 716,54 5,99 5,42

Square Asset Management 755,09 6,21 586,97 4,91 28,64

BPN Imofundos 688,24 5,66 748,38 6,26 -8,04

Norfin 639,71 5,26 565,16 4,73 13,19

Santander Asset Management 591,75 4,87 629,02 5,26 -5,92

Gesfimo 587,00 4,83 502,50 4,20 16,82

Sonaegest 441,67 3,63 429,82 3,60 2,76

Finivalor 422,78 3,48 424,84 3,55 -0,49

MillenniumBCP Gestão de Activos 375,27 3,09 384,97 3,22 -2,52

Silvip 293,44 2,41 288,94 2,42 1,56

Selecta 253,03 2,08 253,16 2,12 -0,05

Fund Box - SGFII 237,73 1,96 257,03 2,15 -7,51

BPI Gestão de Activos 195,74 1,61 199,85 1,67 -2,06

Fundiestamo 189,48 1,56 186,21 1,56 1,76

TF Turismo Fundos 113,24 0,93 112,73 0,94 0,45

TDF 104,38 0,86 100,57 0,84 3,79

Refundos 94,23 0,77 94,03 0,79 0,21

Gef 90,34 0,74 82,16 0,69 9,96

Popular Gestão de Activos 90,03 0,74 100,91 0,84 -10,78

Imorendimento 89,93 0,74 89,12 0,75 0,91

Atlantic 69,62

FUNDOS

PensõesGere 3.733,75

S.G.F.P.

GESTÃO DE PATRIMÓNIOS JUNHO 2012 QUOTA (%) DEZEMBRO 2011 QUOTA (%) VAR. (%) 2012

Caixagest 17.374,85 36,62 16.671,28 32,94 4,22

F & C Portugal 13.232,48 27,89 14.491,28 28,64 -8,69

ESAF - Esp. Santo G.P. 5.262,94 11,09 7.401,15 14,62 -28,89

Santander Asset Management 4.786,80 10,09 4.446,41 8,79 7,66

BPI Gestão de Activos 4.288,40 9,04 5.043,55 9,97 -14,97

Crédito Agrícola Gest 1.221,57 2,57 1.122,24 2,22 8,85

Montepio Gestão de Activos 969,53 2,04 1.030,74 2,04 -5,94

BPN Gestão de Activos 211,07 0,44 307,87 0,61 -31,44

Orey Financial 58,03 0,12 54,02 0,11 7,43

MNF Gestão de Activos 17,56 0,04 17,55 0,03 0,05

BMF - SGP 14,65 0,03 14,95 0,03 -2,05

Dunas Capital - Gestão de Activos 8,94 0,02 5,38 0,01 66,18

Total 47.446,81 50.606,43 -6,24

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 ORGANISMOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO JUNHO 2012 QUOTA (%) DEZEMBRO 2011 QUOTA (%) VAR. (%) 2012
0,57 72,55 0,61 -4,03 MNF Gestão de Activos 57,35 0,47 59,11 0,49 -2,98 SGFI 54,75 0,45 53,58 0,45 2,19 Libertas 42,58 0,35 42,44 0,36 0,33 Imopolis 40,07 0,33 41,15 0,34 -2,64 Vila Gale Gest 31,88 0,26 31,40 0,26 1,52 Orey Financial 25,04 0,21 25,93 0,22 -3,42 Floresta Atlântica 20,86 0,17 21,65 0,18 -3,63 Invest Gestão de Activos 16,57 0,14 16,69 0,14 -0,72 Fibeira Fundos 10,95 0,09 5,92 0,05 84,98 Margueira 3,02 0,02 3,38 0,03 -10,47 Dunas Capital - Gestão de Activos 0,00 0,00 4,67 0,04 -100,00 Total 12.159,64 11.954,07 1,72
DE PENSÕES JUNHO 2012 QUOTA (%) DEZEMBRO 2011 QUOTA (%) VAR. (%) 2012
28,81 3.864,55 30,25 -3,38 CGD Pensões 2.124,48 16,39 2.074,86 16,24 2,39 BPI Vida e Pensões 1.735,85 13,39 1.573,60 12,32 10,31 ESAF - FP 1.554,22 11,99 1.547,00 12,11 0,47
Banco de Portugal 1.351,27 10,43 1.260,17 9,86 7,23 Futuro 1.046,88 8,08 1.039,37 8,14 0,72 Santander Pensões 756,79 5,84 760,36 5,95 -0,47 Banif Açor Pensões 256,19 1,98 253,00 1,98 1,26 BBVA Fundos 235,60 1,82 236,59 1,85 -0,42 Previsão 99,24 0,77 98,48 0,77 0,77 SGF 65,60 0,51 67,56 0,53 -2,90 Total 12.959,87 12.775,54 1,44 Nota: Dados (Fonte: ISP); Amostra = 97,2% do total gerido por Fundos de Pensões (Em junho 2012). FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO JUNHO 2012 QUOTA (%) DEZEMBRO 2011 QUOTA (%) VAR. (%) 2012 Caixagest 2.735,63 24,65 2.490,05 22,98 9,86 ESAF - F.I.M. 2.535,42 22,85 2.381,34 21,98 6,47 BPI Gestão de Activos 1.806,63 16,28 1.795,51 16,57 0,62 Millennium BCP Gestão de Activos 1.313,21 11,84 936,99 8,65 40,15 Santander Asset Management 849,96 7,66 1.396,43 12,89 -39,13 Banif Gestão de Activos 608,94 5,49 599,42 5,53 1,59 Barclays Wealth Managers Port. 275,23 2,48 275,70 2,54 -0,17 Montepio Gestão de Activos 267,17 2,41 266,06 2,46 0,41 Crédito Agrícola Gest 201,27 1,81 128,20 1,18 57,00 BPN Gestão Activos 154,73 1,39 203,10 1,87 -23,81 BBVA Gest 100,03 0,90 119,17 1,10 -16,06 Popular Gestão de Activos 77,78 0,70 74,47 0,69 4,44 Dunas Capital - Gestão de Activos 66,86 0,60 17,49 0,16 282,26 MNF Gestão de Activos 55,68 0,50 45,27 0,42 22,99 Optimize Investment Partners 21,32 0,19 18,23 0,17 16,98 MCO2 19,61 0,18 81,37 0,75 -75,90 Invest Gestão de Activos 6,29 0,06 6,51 0,06 -3,38 Total 11.095,74 10.835,30 2,40 FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO JUNHO 2012 DESDE INÍCIO DO ANO ÚLTIMOS 12 MESES BPI Gestão de Activos 22,936 -27,639 -360,804 Caixagest 22,687 159,783 -114,133 Montepio Gestão de Activos 7,910 4,712 -33,759 MNF Gestão de Activos 1,245 10,807 12,882 Crédito Agrícola Gest 0,743 17,623 36,263 Dunas Capital - Gestão de Activos 0,025 1,172 9,396 MCO2 0,000 0,000 0,000 Finivalor 0,000 0,000 -12,079 Invest Gestão de Activos -0,023 -0,183 -0,501 Banif Gestão de Activos -0,045 -7,103 -12,549 BPN Gestão Activos -0,183 -1,127 -1,625 Popular Gestão de Activos -1,146 -9,311 -35,434 BBVA Gest -4,138 -21,184 -51,530 Barclays Wealth Managers Portugal -5,212 -22,768 -112,888 Millennium BCP Gestão de Activos -19,906 -121,137 -298,751 ESAF - F.I.M. -56,324 106,010 380,863 Santander Asset Management -73,117 -123,092 -682,649 Optimize Investment Partners n.a. n.a. n.a. Total -104,548 -33,438 -1.277,297 Dados em milhões de euros ENTRADAS E SAÍDAS DOS FUNDOS MOBILIÁRIOS CAPTAÇÕES NO MÊS 1.500 1.250 1.000 750 500 250 0 -250 -500 -750 -1000 -1.250 -1.500 -1500 -1000 -500 0 500 1000 1500 FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO * JUNHO 2012 DESDE INÍCIO DO ANO ÚLTIMOS 12 MESES F.E.I. Monetários Curto Prazo 47,347 534,287 980,793 F. Acções Nacionais 0,589 -9,282 -23,661 F.E.I. Mistos 0,113 -7,676 2,444 F. Obrigações Tx Fixa Internacional 0,036 -2,311 -10,116 Fundos Índice -0,001 -0,141 -0,364 F. Obrigações Euro -0,115 -1,186 -2,570 F.E.I. de Acções -0,149 -1,340 -8,220 F. Mistos Predominantemente Acções -0,411 -2,705 -10,415 F. Mistos Pred. Obrigações -0,452 -3,174 -7,471 F. Acções Sectoriais -0,698 -4,691 -12,764 F. Mercado Monetário Euro -0,777 4,852 18,138 Fundos PPA -0,910 -4,606 -15,148 F.E.I. Imobiliários -0,947 -5,151 -11,492 F. Acções da América do Norte -1,480 -6,357 -49,532 F. Fundos Mistos -1,674 -12,938 -30,399 F. Fundos Pred. Acções -1,827 -10,269 -16,419 Outros F.E.I. -1,872 3,296 -17,508 F. Obrigações Tx Fixa Euro -2,401 -16,429 -42,946 F. Fundos Pred. Obrigações -2,870 -24,505 -64,148 Outros Fundos -3,992 -27,819 -64,605 Outros F. Acções Internacionais -4,388 -57,720 -148,207 F. Acções UE, Suiça e Noruega -5,988 -25,988 -69,083 F. Tesouraria Euro -6,659 -58,902 -332,907 F.E.I. Flexíveis -8,961 40,283 81,928 Fundos PPR -10,491 -86,918 -202,772 F.E.I. de Obrigações -12,585 60,468 -57,344 F.E.I. de Retorno Absoluto -19,154 -12,506 -44,718 F. c/ Protecção de Capital -19,663 -17,245 -266,870 F. Obrigações Tx Indexada Euro -19,691 -96,211 -300,899 Fundos Flexíveis -24,474 -180,554 -550,020 Total -104,548 -33,438 -1.277,298 * - Não inclui os Fundos geridos por 1 entidades (amostra = 99,81%). Dados em milhões de euros. AS GESTORAS EM JUNHO DE 2012 Nota: Amostra = 90,9% do total de activos da Gestão de Patrimónios (Em Junho de 2012). 46 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO PANORAMA FÓRUM APFIPP

EM AGOSTO DE

FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO AGOSTO 2022 QUOTA (%) DEZEMBRO 2021 QUOTA (%) VAR. (%) 2022

Caixa Gestão de Ativos 6.335,69 36,06 6.951,38 35,00 -8,86

IM Gestão de Ativos 3.720,65 21,17 4.306,14 21,68 -13,60

BPI Gestão de Ativos 2.977,63 16,95 3.404,78 17,14 -12,55

Santander Asset Management 2.817,97 16,04 3.287,60 16,55 -14,28

GNB Fundos Mobiliários 760,10 4,33 896,84

Bankinter

Optimize

Casa

Heed

FUNDOS

PENSÕES

Ageas - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões 6.139,28 28,46 6.657,80 27,92 -7,79

CGD Pensões 4.220,21 19,56 4.554,62 19,10 -7,34

BPI Vida e Pensões - Companhia de Seguros 3.084,88 14,30 3.389,71 14,21 -8,99

GNB - SGFP 2.271,26 10,53 2.633,34 11,04 -13,75

S.G.F.P. Banco de Portugal 1.888,02 8,75 2.231,57 9,36 -15,40

Futuro 1.798,61 8,34 1.943,21 8,15 -7,44

Santander Pensões 1.040,91 4,83 1.165,07 4,89 -10,66

BBVA Fundos 519,69 2,41 597,25 2,50 -12,99

Crédito Agrícola Vida - Companhia de Seguros 216,83 1,01 248,83 1,04 -12,86

Real Vida Seguros 206,30 0,96 237,46 1,00 -13,12

SGF 120,32 0,56 110,23 0,46 9,16

Previsão 65,61 0,30 78,96 0,33 -16,92

Victoria - Seguros de Vida 14,89 0,07 16,78 0,07 -11,26

Total 21.586,80 23.864,83 -9,55

Nota: Amostra = 98,9% do total gerido por Fundos de Pensões (Em junho 2022).

Square Asset Management 1.298,70 11,84 1.224,14 11,03 6,09

Interfundos 1.116,64 10,18 1.180,52 10,63 -5,41

GNB Real Estate 989,23 9,02 1.082,85 9,75 -8,65

Caixa Gestão de Ativos 888,20 8,10 891,75 8,03 -0,40

BPI Gestão de Ativos 631,40 5,76 631,60 5,69 -0,03

Silvip 563,47 5,14 510,34 4,60 10,41

LYNX Asset Managers 415,02 3,78 379,71 3,42 9,30

GEF 410,35 3,74 400,29 3,61 2,51

Montepio Valor 395,38 3,60 400,18 3,60 -1,20

Imofundos 347,87 3,17 367,39 3,31 -5,31

Sierragest 340,91 3,11 331,66 2,99 2,79

Libertas 328,83 3,00 334,56 3,01 -1,71

Fidelidade 306,75 2,80 286,08 2,58 7,23

Santander Asset Management 305,43 2,78 344,56 3,10 -11,36

Fundiestamo 283,85 2,59 275,17 2,48 3,16

Insula Capital 279,08 2,54 280,16 2,52 -0,38

Norfin 240,49 2,19 365,78 3,29 -34,25

First Fund Box 207,06 1,89 220,48 1,99 -6,08

Institutional Investment 190,15 1,73 248,13 2,24 -23,37

Violas Ferreira 183,03 1,67 178,21 1,61 2,71

TF Turismo Fundos 161,93 1,48 161,19 1,45 0,46

TIKEHAU Investment Management 149,48 1,36 139,91 1,26 6,84

Atlantic 110,76 1,01 50,49 0,45 119,38

ECS 105,40 0,96 102,37 0,92 2,97

Imopolis 103,66 0,95 100,49 0,91 3,16

Profile 98,36 0,90 115,13 1,04 -14,57

Imorendimento 79,83 0,73 74,80 0,67 6,73

Refundos 76,71 0,70 84,47 0,76 -9,18

Carregosa 71,68 0,65 63,24 0,57 13,35

Vila Gale Gest 66,58 0,61 62,45 0,56 6,61

Gesfimo 56,88 0,52 58,72 0,53 -3,14

GFM Gestão de Ativos 38,45 0,35 38,50 0,35 -0,11

Lifento, SAS 28,25 0,26 30,71 0,28 -8,01

Valadim Investimentos SICAFI Especial 26,36 0,24

Invest Gestão de Activos 22,79 0,21 22,20 0,20 2,66

Crédito Agrícola Gest 17,68 0,16 24,60 0,22 -28,11

Floresta Atlântica 17,42 0,16 23,80 0,21 -26,80

Silar 14,66 0,13 15,05 0,14 -2,58

Total 10.968,75 11.101,66 -1,20

GESTÃO DE PATRIMÓNIOS AGOSTO 2022 QUOTA (%) DEZEMBRO 2021 QUOTA (%) VAR. (%) 2022

Caixa Gestão de Ativos 8.451,61 33,33 9.476,19 33,40 -10,81

Santander Asset Management 5.288,78 20,86 5.900,22 20,80 -10,36

BPI Gestão de Ativos 4.066,12 16,04 4.315,52 15,21 -5,78

GNB - Gestão de Patrimónios 3.999,34 15,77 4.696,84 16,55 -14,85

Montepio Gestão de Activos 1.497,34 5,91 1.640,21 5,78 -8,71

Crédito Agrícola Gest 1.238,02 4,88 1.381,89 4,87 -10,41

Bankinter Gestion de Activos 700,52 2,76 769,73 2,71 -8,99

Optimize Investment Partners 77,12 0,30 148,71 0,52 -48,14

Heed Capital SGOIC 19,77 0,08 25,26 0,09 -21,70

LYNX Asset Managers 15,75 0,06 18,67 0,07 -15,64

Total 25.354,37 28.373,24 -10,64

Nota: Amostra = 74,2% do total de ativos da Gestão de Patrimónios (Em agosto de 2022).

-8,346 -3,941

-1,883 -5,200

ORGANISMOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO AGOSTO 2022 QUOTA (%) DEZEMBRO 2021 QUOTA (%) VAR. (%) 2021
DE
JUNHO 2022 QUOTA (%) DEZEMBRO 2021 QUOTA (%) VAR. (%) 2022
4,52 -15,25
Gestion de Activos 314,20 1,79 358,35 1,80 -12,32 Invest Gestão de Activos 188,54 1,07 184,06 0,93 2,43 Montepio Gestão de Activos 169,31 0,96 175,80 0,89 -3,69
Investment Partners 134,88 0,77 142,88 0,72 -5,60
de Investimentos 42,75 0,24 29,20 0,15 46,40
Capital SGOIC 33,24 0,19 33,37 0,17 -0,38 Crédito Agrícola Gest 18,47 0,11 19,87 0,10 -7,01 LYNX Asset Managers 16,74 0,10 19,65 0,10 -14,78 GFM Gestão de Ativos 15,38 0,09 19,55 0,10 -21,35 BIZ Capital 14,38 0,08 19,25 0,10 -25,29 Sixty Degrees 11,48 0,07 10,29 0,05 11,52 Total 17.571,41 19.859,00 -11,52 FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO JUNHO A AGOSTO 2022 DESDE INÍCIO DO ANO ÚLTIMOS 12 MESES Caixa Gestão de Ativos 10,114 72,796 668,980 Casa de Investimentos 8,742 18,891 27,261 Invest Gestão de Activos 6,582 23,477 46,154 Montepio Gestão de Activos 2,146 6,397 16,731 Optimize Investment Partners 1,905 8,944 -22,576 GFM Gestão de Ativos 0,000 0,000 0,000 Crédito Agrícola Gest 0,000 0,000 0,000 LYNX Asset Managers -0,328 -0,539 1,472 Heed Capital SGOIC -0,418 0,083 0,846 BIZ Capital -0,510 -3,190 -2,928 Bankinter Gestion de Activos -5,308 -4,272 58,865 GNB Fundos Mobiliários -16,093 -60,207 7,089 Santander Asset Management -38,684 -114,962 50,261 IM Gestão de Ativos -46,285 -275,278 94,795 BPI Gestão de Ativos -49,534 -122,075 72,140 Sixty Degrees n.a. n.a. n.a. Total -127,671 -449,934 1.019,090 Dados em milhões de euros ENTRADAS E SAÍDAS DOS FUNDOS MOBILIÁRIOS JUNHO A AGOSTO 2022 1.500 1.250 1.000 750 500 250 0 -250 -500 -750 -1000 -1.250 -1.500 -1500 -1000 -500 0 500 1000 1500 FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO * JUNHO A AGOSTO 2022 DESDE INÍCIO DO ANO ÚLTIMOS 12 MESES Fundos de Acções Globais 100,989 306,342 578,968 F. Mercado Monetário Euro 26,386 23,861 3,542 F. Multi-Activos Equilibrados 7,583 18,796 123,606 Fundos de Acções Nacionais 6,240 12,430 91,983 Fundos de Acções Sectoriais 3,851 7,515 11,856 F. Acções da América do Norte 1,726 7,979 18,984 F. Multi-Activos Agressivos 0,830 -1,715 15,200 FIA Multi-Activos 0,023 0,197 3,170 FIA de Retorno Absoluto 0,000 -0,029 -0,029 Outros Fundos 0,000 0,000 75,471 F. Mercado Monetário Internacional -0,136 1,033 1,553 FIA Flexíveis -0,325 -0,426 1,610 Outros F. Acções Internacionais -0,355
Fundos de Acções Ibéricas -0,370
Fundos de Acções Europeias -0,540 -7,045 -10,827 Outros FIA -0,578 -7,665 -10,067 FIA de Obrigações -0,721 -1,617 -2,659 Fundos de Obrigações Internacional -6,451 -16,680 -33,018 Fundos Flexíveis -17,148 -10,514 115,314 F. Multi-Activos Defensivos -22,030 -70,119 -11,275 F. Obrigações Taxa Indexada Euro -25,501 -107,116 -117,392 F. Multi-Activos Moderados -25,959 -61,707 319,647 Fundos PPR -43,023 -74,247 364,061 Fundos de Curto Prazo Euro -59,113 -252,581 -267,063 Fundos de Obrigações Euro -73,050 -206,396 -244,405 Total -127,671 -449,934 1.019,090 * - Não inclui os Fundos geridos por 1 entidades (amostra = 99,93%) Dados em milhões de euros. AS GESTORAS
2022
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 47

580,2 -103,8 1.158,7

Crédito

Optimize

-17,9

-0,3 -228,2 -285,8

20,0 0,0 0,0 0,0 0,0 311,3

1,2 4,4 12,2 14,6 29,7 32,1 60,0 18,8 175,3

n.d. n.d. n.d. 16,7 18,6 17,3 5,1 6,7 9,1 -13,1 8,2 68,5

Casa de Investimentos 5,2 22,0 13,6 40,7

Bankinter G. Activos - Suc. Port. 8,2 78,9 -283,9 -79,5 8,6 61,4 12,3 15,7 53,8 156,9 -4,8 27,6

BIZ Capital 3,7 16,3 -2,9 17,1

GFM Gestão de Ativos 13,2 0,0 13,2

Heed Capital 34,3 36,8 8,9 -41,8 -17,4 -3,6 1,2 -2,3 -6,2 -4,9 0,4 5,6

LYNX Asset Managers 13,5 -4,8 -6,3 3,3 -13,6 -13,5 -6,7 -1,1 2,9 2,1 -0,2 -24,4

Montepio Gestão de Activos 64,7 -21,1 9,3 -140,3 -41,1 -16,8 -21,9 39,2 -26,7 6,7 6,9 -141,0

GNB Fundos Mobiliários 364,6 -917,4 -1.102,8 -629,8 -54,2 10,5 36,2 177,8 79,3 204,0 -52,2 -1.884,1

GFM Capital 5,0 0,0 0,0 5,0

Popular Gestão de Activos -16,4 31,7 39,7 19,1 -13,3 18,0 -38,0 -38,8 -13,1 -11,1

MCO2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -15,5 -15,5

BBVA Gest -35,1 38,1 16,4 -154,8 -135,4

Patris Gestão de Activos -2,2 -10,1 -158,0 0,3 -8,1 -178,0

Profile -12,8 14,4 -32,7 -48,0 -312,8 -53,0 0,0

-7,8 2,6 1,7 102,8 -38,1 76,6 108,6 163,4 11,7 291,9 8,6 722,0

Fundos de Curto Prazo Euro 235,3 465,5 -265,7 -21,8 414,4 434,8 -603,0 -388,1 193,6 319,2 -216,0 568,3

Fundos de Obrigações Euro 4,7 17,9 20,1 -121,2 -1,5 134,1 17,9

Fundos

F. Multi-Activos

F. Merc. Monetário

F. Acções

-6,5 -21,2

América

Fundos de Acções

-22,4 -12,5

0,0 2,0 -1,6 0,0 3,0 0,2 -25,1

6,2 -54,9

-38,5

-0,4 -21,4 -8,6

-7,2 -7,3 -9,6 -6,5 -1,6 -7,6

-2,6 -1,4 -281,4

-0,1 -342,5

-7,3 -466,9

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 CATEGORIAS APFIPP 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 1º SEM 2022 ACUMULADO Fundos PPR -138,2 -50,7 -22,1 395,2 149,2 707,2 -21,5 284,7 463,6 1.138,2 -59,5 2.846,1 F. Multi-Activos Defensivos -8,8 93,5 28,7 601,5 -103,2 365,1 283,9 409,0 355,6 452,7 -61,2 2.416,9 F. Mercado Monetário Euro 165,0 610,8 374,7 473,3 -495,8 -54,9 13,8 7,2 173,2 -87,8 2,6 1.182,0 Fundos de Acções Globais 588,5 234,3 822,8 F. Multi-Activos Moderados 877,5 -57,8 819,7 Outros F. Acções Internacionais -82,1 -14,1 -41,9 74,0 46,3 65,3 168,8 221,9 192,4 154,0 -9,0 775,6 F. Multi-Activos Equilibrados
195,0 222,0 -52,2 -155,7 281,2
de Obrigações Intern. 0,0 -0,6 16,0 21,6 -25,6 130,6 -19,0 -6,6 3,5 48,1 -13,1 155,1
Agressivos 13,5 -11,2 -10,8 1,4 7,7 -8,8 44,4 -1,8 34,4
Internacional 4,2 4,4 1,4 10,0 Fundos de Acções Ibéricas -0,8 -1,0 -4,3 -5,1 -4,9 -1,5 -17,6 Fundos de Acções Nacionais -12,3 31,2 24,1 -40,4 -26,0 -6,2 -9,2 -15,9 -5,8 30,1 6,7 -23,7 FIA Multi-Activos -21,7 -3,6 -0,9 0,0 -2,6
da
do Norte
-1,4
3,3 2,4
31,2
Sectoriais
-1,3
5,9 6,5 -63,6 FIA de Retorno Absoluto -9,6 -67,6 -4,9 -3,9 -5,1 -11,3 -1,4 -8,8 0,0 0,0 0,0 -112,6 Fundos de Acções Europeias -34,8 -21,0 -2,8 -52,3 -25,9 9,5 -16,7 -4,4 -24,4 48,6 -5,5 -129,7 Fundos Flexíveis -320,3 -234,0 -93,9 -208,9 -104,3 -22,2 39,4 243,9 128,6 379,6 -13,1 -205,2 Outros Fundos -41,9 -9,4 18,1 -35,6 -12,1 -16,3 9,4 36,1 -130,8 -25,2 0,0 -207,7 FIA de Obrigações 360,4 -242,0 -116,9 -37,9 -270,8 6,5 20,4 4,9 -2,2
FIA Flexíveis -61,4 -284,0 2,6 -0,3 -11,6 0,6 -6,3 -0,7 3,6 15,3
Outros FIA 60,4 185,5 -313,6 -23,0 -114,2 -66,1 -78,7 -50,5 -53,2 -6,2
F. Obrigações Taxa Indexada Euro -107,1 123,2 -106,0 -550,3 -12,4 247,8 -130,3 58,6 2,5 7,2 -89,9 -556,7 F. Fundos Predomin. Obrigações -41,9 141,7 466,7 566,6 F. Obrigações Taxa Fixa Euro -14,1 -1,2 112,4 97,1 F. Fundos Mistos -21,9 15,4 83,4 76,9 F. Fundos Predomin. Acções -15,4 0,3 13,0 -2,1 Fundos Índice -0,2 0,0 0,2 -2,1 -2,1 F. Obrigações Taxa Fixa Internac. -9,0 -9,0 FIA de Acções -8,4 -4,2 -3,3 -3,1 -0,1 -0,1 -1,8 -21,0 Fundos PPA -16,9 -17,4 -8,3 -7,9 -3,6 -1,9 -0,9 -0,3 -0,3 -0,7 -58,0 FIA Imobiliários -7,2 -9,7 -130,0 -146,9 F. Estruturados 0,0 0,0 0,0 -51,2 0,0 -130,1 -181,3 FIA Monetário Curto Prazo 0,0 123,9 -102,1 105,9 -14,4 -271,0 -98,8 -256,6 FIA de Curto Prazo 1.087,5 -224,5 -664,5 -48,4 30,2 -142,0 -200,1 -196,7 -358,6 FIA Monetário 0,0 111,5 13,2 -44,7 -184,0 -512,7 --616,6 Fundos  c/ Protecção Capital -243,7 -878,7 -170,7 -195,7 -71,7 -6,1 -73,5 -1.640,1 TOTAL 659,9 -173,4 -875,3 331,7 -922,6 907,2 -599,7 955,0 1.477,8 4.260,3 -426,4 5.594,5 SOCIEDADES GESTORAS 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 1º SEM 2022 ACUMULADO Caixa Gestão de Ativos 385,4 94,6 345,3 452,2 -730,6 309,0 -84,3 290,6 268,7 1.587,6 44,5 2.963,1 IM Gestão de Ativos -39,6 480,1 -97,1 157,1 33,2 88,9 -247,1 367,9 805,5 992,5 -254,0 2.287,4 Santander Asset Management -144,0 0,2 235,2 -91,5 -65,8 453,9 -62,9 350,7 143,9 636,8 -100,8 1.355,8 BPI Gestão de Ativos 16,3 -46,2 -26,5 885,3 247,9
119,7
Agrícola Gest 23,2 50,7 174,9
21,6 38,8
Invest Gestão de Activos -0,3 0,4 2,3
Invest. Partners
-0,3 -445,2 Sixty Degrees n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. TOTAL 659,9 -173,4 -875,3 331,7 -922,6 907,2 -599,7 955,0 1.477,8 4.260,3 -426,4 5.594,5 SUBSCRIÇÕES E RESGATES FUNDOS MOBILIÁRIOS Dados em milhões de euros AUMENTOU A CONCENTRAÇÃO DOS MONTANTES GERIDOS EM FUNDOS MOBILIÁRIOS NAS CINCO MAIORES ENTIDADES, QUE EM CONJUNTO REPRESENTAM QUASE 95% DO MERCADO 48 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO PANORAMA FÓRUM APFIPP

chegam aos 2%. Destaque, ainda para os fundos com proteção de capital, que em 2012 representavam mais de 14%, sem que, em 2022, exista qualquer OIC com essas características.

OIC IMOBILIÁRIO

No segmento dos OIC Imobiliário, veri ficou-se uma redução de 11,2% nos mon tantes geridos: em junho de 2012, o total sob gestão ascendia a 12,2 mil milhões de euros, que compara com os 10,8 mil mi lhões de euros, em junho de 2022.

O mercado dos OIC Imobiliário sempre foi caracterizado pela existên cia de um maior número de entidades gestoras e por uma maior dispersão dos ativos sob gestão. Em 2012 existiam 35 entidades gestoras, sendo que as cinco maiores representavam apenas 45,5% do mercado. Em 2022, o número de gestoras ascendia a 38 e as cinco maiores representavam 44,8%.

O segmento do OIC Imobiliário, ape sar da redução dos montantes, tem evi denciado um grande dinamismo, desde logo ao nível das entidades gestoras. Na última década oito entidades cessaram a sua atividade e existem 11 novas en tidades gestoras, das quais três gestoras estrangeiras e três SICAFI auto-geridas.

Tem-se assistido a um aumento ex pressivo do número de OIC Imobiliário

constituídos sob a forma societária (SI CAFI). Para além das três SICAFI au togeridas, há mais 35 em atividade (em junho de 2022) e várias outras em pipeli ne para serem constituídas.

FUNDOS DE PENSÕES

No que respeita aos Fundos de Pensões, a última década fica marcada por uma su bida acentuada dos montantes sob gestão (mais de 63%).

Em 2012, estava-se na ressaca da pas sagem de parte dos montantes afetos aos Planos de Pensões da Banca para a Segu rança Social, o que significou a saída de mais de 6 mil milhões de euros, fazendo os montantes cair para 13,3 milhões de euros. Atualmente, o montante gerido ascende a 21,8 mil milhões de euros.

GESTÃO DE PATRIMÓNIOS

O segmento da gestão de patrimónios foi severamente afetado na última década, em resultado, essencialmente, de alguns grandes clientes de gestão de patrimó nios terem decidido internalizar a gestão das suas carteiras. Assim, o montante ge rido por este segmento reduziu-se mais de 35%, para 33,9 mil milhões de euros (52,7 mil milhões de euros, em 2012) e uma das maiores gestoras a atuar no mercado nacional cessou a sua atividade (BMO Portugal).

COMPANHEIROS DE VIAGEM

Antes de mais, parabéns à FundsPeople pelo seu 10.º aniversário em Portugal! Neste período, tornou-se o meio de informação de referência para a indústria da gestão de ativos do país e um companheiro de viagem imprescindível para as gestoras internacionais.

Curiosamente, há 10 anos eu próprio assumia a direção da Invesco em Espanha e Portugal. Talvez por isso tenha testemunhado em primeira mão a revolução que temos vivido: a indústria portuguesa de hoje não é nada parecida com a que a FundsPeople viu nascer há uma década.

A concorrência multiplicou-se e, com ela, houve uma importante redução das margens das gestoras. A gestão indexada ganhou presença nas carteiras e os mandatos discricionários cresceram em importância até gerirem dois terços dos ativos totais da indústria, especialmente entre os investidores institucionais (dados da EFAMA).

Do ponto de vista dos investidores também temos vivido um período histórico, com taxas de juro próximas de zero ou mesmo negativas, um facto que teve um impacto muito significativo num mercado dominado pelas ações como a classe de ativos favorita para investimento. Tudo isto impulsionou a eficiência e competitividade do setor, o que beneficiou, sem dúvida, os clientes. Abrem-se agora novos desafios, derivados de um cenário económico desconhecido na última década e da implementação definitiva da regulamentação ESG na Europa.

IÑIGO ESCUDERO Diretor para Espanha, Portugal, América Latina e Israel, Invesco
A OPINIÃO DE RAPTREN PAR T NER
ESTRUTURA DE MERCADO POR CATEGORIA PROTEÇÃO DE CAPITAL 14,1% MERCADO MONETÁRIO / CURTO PRAZO 14,1% OBRIGAÇÕES 11,9% OBRIGAÇÕES 13,3% TESOURARIA 7,3% MULTIATIVOS 36,2% MISTOS 13,5% PPR 8,8% PPR 21,3% AÇÕES 8,4% AÇÕES 17,7% F.E.I. 36,0% F. I. A. 1,8% Fonte: APFIPP. JUNHO 2012 JUNHO 2022 SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 49

Asia Fixed Income

Eurizon Bond Aggregate RMB Z EUR Acc 8,03 11,36 6,05

BGF China Bond D3 USD 5,99 5,78 5,27 0,54 5,43

Schroder ISF Asian LclCcy Bd C Acc USD 3,48 4,25 1,72 2,33 6,74

Emerging Markets Fixed Income

Pictet-Short Term Em Corp Bds I dy USD 4,34 2,46 7,18 8,46

Muzinich EmergingMktsShrtDur HUSD Acc S 4,59 2,33 4,90 8,89

Neuberger Berman Shrt DurEM DbtUSD I Acc 4,14 1,84 4,85 8,49

Jupiter Glbl Em Mkt Crp Bd I USD Acc 4,10 0,60 (3,78) 10,52

Nordea 1 - Emerging Mkt Corp Bd BP EUR 4,74 3,56 0,35 (6,65) 13,21

MS INVF Emerging Mkts Corp Debt Z 5,02 2,60 (0,58) (3,64)

abrdn EM Corp Bd A Acc USD 4,42 2,67 (0,99) (4,15) 12,16

Pictet-Emerging Local Ccy Dbt I USD 0,22 0,81 (1,11) 0,95 9,97

abrdn SLI EmMkLclC D D Acc USD (0,43) (1,17) (3,23) 10,08

Capital Group EM Local Debt (LUX) Z 1,05 0,86 (1,62) (3,46) 10,22

M&G (Lux) Em Mkts Bd C USD Acc 4,78 1,83 (1,90) (7,07) 10,92

Capital Group EM Debt (LUX) Z 2,27 1,13 (1,96) (7,67) 10,66

Nomura Fds Emerging Market LC Debt I USD 0,38 (2,15) (1,54) 9,42

JPM Emerg Mkts Lcl Ccy Dbt A (acc) USD -0,28 0,03 (2,40) (2,29) 9,20

abrdn Frntr Mkts Bd X Acc USD 2,33 (2,44) (12,25) 13,57

Ninety One GSF EM LclCcyTlRtDt I Acc$ 0,91 (2,59) (5,78) 8,09

T. Rowe Price Em Lcl Mkts Bd I USD 0,55 (0,01) (2,74) (4,56) 9,72

Amundi Fds Em Mkts Bd E2 EUR C 4,10 1,16 (2,79) (9,38) 14,32

MFS Meridian Emerging Mkts Dbt A2 USD 2,43 0,88 (2,88) (9,60) 10,81

BGF Emerging Markets Lcl Ccy Bd A2 -0,28 (1,51) (2,98) (3,72) 11,02

GAM Multibond Local Emerging Bond USD C 0,60 (0,07) (2,98) (1,48) 9,72

New Capital Wlthy Ntn Bd USD Inst Inc 3,80 1,76 (3,48) (12,37) 9,56

PIMCO GIS Em Mkts Bd ESG Ins USD Acc 2,99 0,89 (3,89) (13,18) 10,92

Epsilon Fund Emerg Bd Ttl Ret I EUR Acc -0,39 (2,76) (3,99) (14,77) 5,77

BlueBay EMkt Inv Grd Corp Bd I EUR (AID) -0,29 (2,06) (4,05) (16,69) 8,42

Allianz Em Mkts Shrt Dur Bd AM H2 EUR (2,53) (4,40) (16,12) 7,47

GS EM Corp Bd I Acc EUR Hdg 1,26 (1,99) (4,41) (19,29) 11,49

GS Em Mkts Dbt Base Inc USD 2,24 (0,59) (4,87) (13,30) 13,23

GlobalAccess EM Lcl Ccy Dbt A Dis EUR H (4,98) 6,67 13,04

Vontobel EM Debt I USD (0,40) (5,18) (15,87) 15,01

Neuberger Berman EM DbtHrdCcy USD I C (0,20) (5,30) (15,91) 12,53

BlueBay Emerging Mkt Aggt Bd M EUR (5,78) (21,05) 12,20

JPM Emerg Mkts Inv Grd Bd A (acc) EURH -0,83 (3,15) (6,37) (21,62) 8,67

Europe Fixed Income

BNP Paribas Enhanced Bond 6M I C

BNP Paribas Euro Government Bd Privl C

MS INVF Euro Corporate Bd - Dur Hgd Z

NB Subordinated Debt I EUR Inc (15,19)

BlueBay Financial Cptl Bd I USD 6,45 2,93 (8,38) 14,49

Carmignac Pf Credit FW EUR Acc 4,58 (0,23) (15,59) 11,50

Pictet-CHF Bonds P 1,72 1,10 (0,55) (1,48) 7,00

Lazard Credit Fi SRI PVC EUR 3,84 0,85 (0,57) (12,28) 9,69

Nordea 1 - Low Dur Eurp Cov Bd BC-EUR (0,61) (3,16) 1,15

Franklin Euro Short Dur Bd I(acc)EUR (0,46) (0,71) (3,23) 2,09

Allianz Credit Opportunities IT13 EUR (0,22) (1,12) (4,25) 2,44

Carmignac Pf Sécurité

Vanguard

IMGA Euro

Infl-Lnkd

AXAIMFIIS Europe

Neuberger

DWS

NB

Carmignac

Bankinter

LSF-Arcano

MS

Scor

Invesco Euro Short Term Bond Z EUR Acc 0,28 (1,05) (1,99) (6,69) 2,72

ODDO BHF Euro High Yield Bond CI-EUR 3,08 (0,44) (2,02) (12,63) 9,79

BNP Paribas Euro High Yld Bd I C 2,89 (0,25) (2,11) (16,04) 10,76

Fidelity Euro Short Term Bond Y-Acc-EUR 0,29 (1,01) (2,12) (7,36) 2,98

Pictet-EUR Short Term High Yield I EUR 1,27 (1,00) (2,15) (8,43) 8,95

Evli Short Corporate Bond A 0,72 (1,01) (2,28) (8,55) 5,69

Allianz Advcd Fxd Inc S/D W EUR (1,23) (2,32) (7,12) 2,66

Candriam Bds Euro High Yld R EUR Cap 3,78 (0,07) (2,35) (14,06) 8,59

EdRF Bond Allocation B EUR Inc 1,61 (1,39) (2,39) (12,61) 6,34

BGF Euro Short Duration Bond A2 EUR -0,15 (1,67) (2,48) (6,55) 2,53

Pictet-EUR Short Term Corp Bds I (1,48) (2,58) (8,20) 3,62

IMGA Rendimento Semestral A FIMA 0,21 (1,50) (2,66) (8,34) 4,09

DWS Invest Euro High Yield Corp LD 3,23 (1,03) (2,77) (14,44) 11,58

BGF European High Yield Bond A2 EUR (0,64) (2,91) (17,16) 10,99

EdR SICAV Financial Bonds I EUR 3,45 (0,74) (3,13) (15,81) 10,24

Nordea 1 - European Fincl Dbt BI EUR 5,18 (0,38) (3,22) (17,24) 11,54

Schroder ISF EURO Crdt Abs Rt C Acc EUR (1,35) (3,27) (13,89) 6,96

Amundi Fds Glb Subrdntd Bd I2 EUR C (0,44) (3,33) (18,18) 12,55

Janus Henderson Hrzn Euro HY Bd I2 EUR (0,51) (3,40) (16,67) 11,57

T. Rowe Price Euro Corp Bd Z EUR 2,06 (0,68) (3,54) (13,66) 6,90

NB Rendimento Plus FIMAO 2,48 (0,75) (3,57) (12,77) 7,24

Fidelity European Hi Yld A-Dis-EUR 2,49 (1,34) (3,61) (16,89) 11,53

Nordea 1 - European High Yld Bd BI EUR 3,63 (1,01) (3,64) (16,01) 11,23

NB Corporate Euro A 1,17 (1,83) (3,78) (14,15) 7,11

Invesco Euro Corporate Bond Z EUR Acc 1,63 (1,05) (3,78) (14,51) 7,36

Neuberger Berman Corp Hyb Bd EUR I5 Acc (1,29) (3,99) (17,27) 9,78

BNY Mellon Rspnb Hrzn Euro Corp Bd X€Acc (1,16) (4,03) (15,20) 7,37

Robeco Financial Institutions Bds I € 3,42 (1,14) (4,27) (17,07) 9,17

IMGA Rendimento Mais FIMA 0,17 (2,51) (4,45) (12,95) 5,53

BlueBay Investment Grade Bd R EUR 0,82 (1,59) (4,50) (17,11) 8,08

Nordea 1 - European Covered Bond BP EUR 1,43 (1,28) (4,65) (13,82) 4,06

RobecoSAM Euro SDG Credits I EUR 0,91 (1,84) (4,80) (15,77) 7,27

Schroder ISF EURO Crdt Convct C Acc EUR (1,48) (4,84) (19,15) 9,29

Robeco Euro Credit Bonds D € 0,83 (1,98) (4,87) (15,72) 7,25

Franklin European Ttl Ret A(acc)EUR 1,36 (1,79) (4,90) (16,06) 6,56

abrdn Euro Corporate Bd D Acc EUR 1,04 (1,91) (4,98) (15,79) 7,57

Schroder ISF EURO Corp Bd C Acc EUR 1,93 (1,65) (5,03) (18,59) 8,62

MS INVF Euro Corporate Bond A 1,19 (2,16) (5,05) (16,90) 7,97

Janus Henderson Hrzn Euro Corp Bd A2 EUR 0,91 (1,95) (5,06) (16,59) 7,14

DWS Invest Euro Corporate Bds FC 1,31 (1,83) (5,07) (17,06) 7,97

Franklin European Corp Bd I(acc)EUR 1,05 (2,06) (5,08) (16,60) 7,04

abrdn Euro Corp Sus Bd D Acc EUR (2,07) (5,24) (16,12) 7,83

BlueBay Inv Grd Euro Aggt Bd I EUR 2,73 (0,94) (5,27) (17,46) 6,99

Vontobel Euro Corporate Bond A EUR 1,23 (2,36) (5,57) (18,26) 8,55

Eurizon Bond Aggregate EUR Z EUR Acc (1,50) (5,61) (17,72) 6,91

BGF Euro Corporate Bond A1 EUR 0,77 (2,28) (5,62) (17,09) 7,51

Robeco All Strategy Euro Bonds D € 0,64 (2,11) (5,80) (17,61) 6,13

Allianz Euro Credit SRI W EUR 1,60 (2,08) (5,82) (21,32) 9,99

BlueBay Inv Grd Euro Govt Bd I EUR Acc 2,60 (0,99) (6,07) (16,89) 6,23

MS INVF Euro Bond I 0,82 (2,19) (6,28) (17,02) 5,97

0,72 (0,55) (1,24) (6,89) 3,81

2,26 0,91 (1,30) (10,06) 8,46

0,51 (0,89) (1,44) (4,47) 2,70

1,82 (0,49) (1,49) (7,05)

(1,52) (8,16)

(1,53) (5,41)

(1,56) (12,61)

(1,56) (13,43) 6,85

(1,02) (1,57) (4,54) 4,07

(1,62) (9,90) 8,75

-0,05 (0,95) (1,62) (4,73)

3,25 (0,13) (1,64) (13,83) 10,54

JPM Euro Govt Short Dur Bd A (acc) EUR -0,10 (1,02) (1,72) (3,79) 1,13

AXAWF Euro Credit Short Dur I Cap EUR 0,34 (0,97) (1,79) (5,77) 3,07

NB Euro Bond 6,32 3,86 (1,84) (11,16) 8,51

BlueBay High Yield ESG Bond R EUR 2,45 (0,06) (1,87) (13,93) 9,94

Candriam Bds Euro Short Term C EUR Cap -0,06 (1,17) (1,91) (4,66) 1,92

Vanguard € Govt Bd Idx € Acc 1,01 (1,94) (6,43) (17,05) 6,27

Invesco Euro Bond Z EUR Acc 1,48 (2,17) (6,44) (19,42) 7,56

BGF Euro

Schroder

Caixa

NN

Alcentra

0,84 (2,53) (6,69) (17,69) 6,43

0,90 (2,44) (6,87) (19,85) 6,70

0,57 (2,58) (6,89) (17,36) 6,41

(2,80) (7,97) (21,34) 8,54

PANORAMA BARÓMETRO 50 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
FW EUR Acc
€z
Bd Idx € Acc
Taxa Variável A FIMA
Short Dur HY A Cap EUR
8,21
Berman Ultr S/T Er Bd EUR IInc
4,00
Invest ESG Euro Bonds (Short) FC 0,36 (1,01)
2,02
Obrigações Europa FIMAO 5,60 3,76
9,18
Pf Flexible Bond A EUR Acc 0,45 (0,60)
Rendimento PPR/OICVM A FIMA
Lw Vol Eurp Inc-ESG Sel CE-A
INVF Short Maturity Euro Bond I
Sustainable Euro High Yield C EUR
Bond A2
ISF EURO Bond C Dis AV
Obrigações LP FIMAO
(L) Green Bond I Cap EUR
NN (L) Euro Fixed Income P Cap EUR -0,14 (3,63) (8,41) (21,53) 7,33 Fixed Income Miscellaneous Millesima 2026 CR (11,27) BlueBay Divers Alt Crdt I Pf USD Acc 13,62 20,76 Franklin Gulf Wealth Bond I(acc) USD 7,72 4,66 2,18 10,12 MS INVF Global Asset Backed Secs Z USD 5,14 2,92 9,71
European Loan II-A EUR Acc 3,88 1,83 1,58 (2,22) 10,27 Arcano Eurp Sr Secu Ln ESG Sel B1 - Acc 0,78 (0,46) (4,68) 8,64 Aegon European ABS B EUR Acc 3,10 (0,21) (1,01) (4,60) 3,26 Arcano European Income ESG Sel BD 2,64 (0,17) (1,42) (9,93) 8,51 20 22 DADOS A 30/09/2022FUNDOS COM RATING FUNDSPEOPLE EM 2022 VOLAT. 3 ANOS VOLAT. 3 ANOS RETORNO ANUALIZADO RETORNO ANUALIZADO FUNDO 5 ANOS 5 ANOS10 ANOS 10 ANOS3 ANOS 3 ANOS1 ANO 1 ANO

China

Um Eldorado para as estratégias de valor relativo

Estamos a assistir a uma transição fundamental no mercado de capitais chinês historicamente este mercado caracterizou-se pela sua volatilidade e rentabilidades, mas atualmente este mercado oferece grandes oportunidades para gerar valor através de estratégias de valor relativo. Acreditamos que as estratégias de ações que utilizam posições longas e curtas, conhecidas como estratégias Long Short, estão numa posição privilegiada para tirar partido desta nova conjuntura.

COMO É QUE AS RECENTES REFORMAS REGULATÓRIAS NA CHINA ESTÃO A AFETAR O MERCADO?

As autoridades chinesas concentraram-se nos últimos anos na reforma do seu sector financeiro, o que está a criar oportunidades que eram inexistentes até agora para os investidores. As novas reformas facilitam a negociação de posições curtas e promovem um aumento significativo da liquidez no mercado onshore (também conhecido como mercados domestico ou ações A). Estas novas reformas permitem explorar as ineficiências no mercado não só através de posições longas mas também através de posições curtas.

Estas reformas mudaram as regras do jogo para os investidores. Historicamente, o investimento em estratégias de valor relativo na China limitava-se à exposição a empresas chinesas cotadas nos mercados ocidentais, também conhecido como o mercado offshore, e produtos de gestão indexados, ETFs, cujo desempenho depende mais das dinâmicas do mercado a curto prazo do que propriamente dos fundamentais das empresas. Esta situação mudou radicalmente com o aumento da flexibilidade na negociação no mercado onshore, hoje em dia é possível aos investidores negociar posições curtas numa série de ativos que não estavam disponíveis até agora.

O MERCADO ONSHORE CHINÊS CARACTERIZA-SE PELA PREDOMINÂNCIA DO PEQUENO INVESTIDOR?

Sim, e esse é um fator determinante na atratividade do mercado onshore chinês.

A predominância do pequeno investidor favorece comportamentos em massa, mudanças dramáticas no mercado e desvios importantes nas valorizações, esta instabilidade por ser arbitrada por gestores profissionais para gerar valor, usando posições longas e curtas, concentrando-se nos fundamentais das empresas e não assumindo necessariamente uma exposição com risco de mercado. Além do mais a rotação no mercado onshore, e consequente liquidez, está a crescer, o que também beneficia as estratégias de valor relativo.

COMO É QUE A FALTA DE COBERTURA DE ANALISTAS INFLUI NAS OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO NA CHINA?

Atualmente não há uma grande cobertura por parte dos analistas financeiros no mercado “onshore”, particularmente no que se refere a empresas de pequena e media capitalização. De acordo com a Reuters, quase 70% das empresas são cobertas por três analistas ou menos, um nível muito inferior se compararmos com os mercados ocidentais. Além disso, apenas uma pequena parte dessa análise é feita em inglês, cerca de 400 empresas, o que representa uma percentagem muito baixa em relação ao mercado total. Acreditamos que as sociedade gestoras locais, familiarizadas com a língua e a cultura, vão ter uma vantagem competitiva importante para acaparar todo o potencial deste mercado.

EM CONCLUSÃO

Os fatores:

- Elevada participação de pequenos investidores; - Melhor liquidez; - Reformas que permitem posições curtas; - Baixa cobertura por parte de analistas financeiros; Combinaram-se para criar um Eldorado para as estratégia de valor relativo na China. Estas dinâmicas deverão permanecer a médio prazo e estamos convencidos de que as sociedades gestoras com uma presença local estarão numa melhor posição para implementar estratégias de valor relativo.

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DIOGO GOMES, senior CRM da UBS AM Iberia

Global Fixed Income

BSF Global Absolute Return Bond A2 EUR

T. Rowe Price Dyn Glb Bd I USD 7,11 9,70 25,51 7,87

MS INVF Global Fixed Income Opps Z 73,70 28,76 7,62 7,75 8,24

AXAWF Global Infl Sh Dur Bds Cap USD 6,22 5,98 16,31 6,92

M&G (Lux) Glb Fl Rt HY CI USD Acc 6,04 4,83 12,57 12,29

Jupiter Strategic AbsRt Bd I € H Acc 3,82 3,06 2,85

AB Short Duration High Yield S1 USD 5,86 5,73 3,82 5,79 9,53

Muzinich Enhancedyield S-T HUSD Acc A 5,21 5,41 3,70 10,68 8,15

DNCA Invest Alpha Bonds I EUR 3,55 3,65 5,17

JPM Global Strat Bd A perf (acc) USD 4,16 4,54 3,41 10,53 6,59

BNY Mellon Glb ShrtDtd HY Bd USD W Acc 5,40 3,29 10,12 9,42

JPM Global Short Duration Bd A(acc)USD 3,50 4,44 3,18 14,40 6,93

AXAWF Global Infl Bds Redex I Acc EUR 2,84 2,77 4,89

Muzinich Global Tact Crdt HUSD Inc Fndr 5,28 2,60 5,48 7,34

Fidelity Global Infl-Link Bd A-Acc-USD 1,76 3,55 2,52 3,43 6,25

T. Rowe Price Glb HY Bd Z USD 6,86 5,13 2,30 0,47 11,13

BlueBay Global Hi Yld ESG Bd I USD 5,27 2,28 1,64 9,63

Legg Mason BW Glb Inc Opt A USD Acc 4,61 2,07 (1,44) 7,42

Nomura Fds Global Dynamic Bond I USD 5,94 1,99 (3,31) 9,09

BNY Mellon Global Credit USD W Acc 5,07 1,96 (0,48) 8,71

UBAM Global High Yield Solution AC USD 7,25 4,80 1,82 5,02 9,49

PIMCO GIS Glb Hi Yld Bd Instl USD Acc 6,42 4,70 1,81 1,27 9,96

RobecoSAM SDG Credit Income I USD 1,49 (0,03) 8,76

Janus Henderson Hrzn Glb HY Bd I2 USD 4,90 1,15 (2,61) 11,18

PIMCO GIS Glb Bd Instl USD Acc 5,06 4,28 1,06 3,08 6,89

GS Glbl Hi Yld Base Inc USD 4,62 3,64 1,03 (1,68) 11,82

Candriam Bds Global Hi Yld R EUR Cap 3,87 1,73 1,01 (9,45) 7,89

Amundi Fds Glbl Aggt Bd I USD C 5,23 4,28 0,92 5,68 8,11

Muzinich LongShortCreditYld HEUR Acc E 2,44 0,92 0,81 (7,17) 3,69

MFS Meridian Global Oppc Bd I1 USD 4,48 0,41 2,37 7,42

Candriam Long Short Credit Classique 0,62 0,14 0,34 (0,96) 1,75

BGF Global High Yield Bond C1 USD 4,23 2,74 0,05 (3,22) 10,15

RobecoSAM Global SDG Credits IH $ (0,06) (3,41) 8,54

JPM Global Corp Bd A (acc) USD 4,28 3,52 (0,10) (2,28) 8,34

PIMCO GIS Divers Inc Instl USD Acc 5,00 3,31 (0,98) (6,26) 8,86

Invesco Global Inv Grd CorpBd C USD AD 4,86 3,05 (1,15) (5,13) 9,18

PIMCO GIS GlInGd Crdt Instl USD Inc 4,32 3,09 (1,21) (3,47) 8,96

Candriam Sst Bd Glbl Hi Yld R € Acc (1,30) (12,62) 7,81

MFS Meridian Global Credit I1 USD 2,37 2,34 (1,31) (10,74) 8,81

Legg Mason WA Mcr OppBd S USD Acc 2,07 (1,44) (10,69) 12,35

FvS Bond Opportunities EUR 3,45 0,97 (1,56) (12,01) 7,50

Candriam Bds Crdt Opps I EUR Cap 1,90 (0,73) (1,77) (7,56) 4,08

Aegon Strategic Global Bd B Inc EUR Hdg 0,94 (0,40) (1,93) (20,01) 10,82

PIMCO GIS Income Instl EURH Acc (0,82) (1,95) (12,92) 7,74

Invesco Global Ttl Ret EUR Bd Z EUR Acc 1,54 (0,05) (2,05) (9,95) 5,38

Fidelity Global Bond A-Dis-USD 1,39 1,53 (2,18) (8,34) 6,71

MS INVF Global Bond I 2,26 1,48 (2,29) (6,97)

Vontobel TwentyFour StratInc G GBP (0,25) (2,43) (19,93) 12,45

Capital Group Glob Bond (LUX) Z 1,40 1,10 (2,60) (7,31) 5,92

AXAWF Global Strategic Bds F Cap GBP H 0,32 (0,53) (2,75) (15,64) 8,77

Nordea 1 - Flexible Fixed Income BI EUR (0,82) (2,79) (9,69) 4,08

JPM Aggregate Bond C (dist) EURH 0,73 (0,94) (3,01) (12,18) 4,34

Templeton Global Bond A(Mdis)USD 1,28 (0,36) (3,05) 4,10 6,68

Robeco High Yield Bonds DH € 2,44 (1,12) (3,07) (14,98) 10,27

Mercer Short Dur Glbl Bd 1 M-1 NOK Hdg (2,10) (3,15) (10,42) 14,30

M&G (Lux) Glb Corp Bd CI H EUR Acc (1,01) (3,18) (16,79) 7,50

Vanguard Global Credit Bond Ins EURH Acc (0,47) (3,29) (17,65) 7,88

BlueBay Glbl Inv Grd Corp Bd I EUR (1,28) (3,57) (20,12) 9,38

AXAWF Global Infl Bds I Cap EUR 0,54 (0,99) (3,84) (16,33) 8,39

New Capital Glbl Val Crdt GBP Acc -0,06 (1,71) (4,05) (20,64) 10,91

Jupiter Dynamic Bond EUR Q Inc 2,00 (1,72) (4,54) (18,52) 7,33

Amundi Rspnb Invest Imp Green Bds I C (2,81) (6,78) (20,50) 7,39

Templeton Global Ttl Ret A(acc)USD 0,32 (3,62) (7,13) (6,86) 7,77

Sterling Fixed Income

Vontobel TwentyFour Abs RetCrdt G GBP 0,13 (1,10) (9,96) 7,64

US Fixed Income

GAM Star MBS Total Return Instl USD Acc 5,97 5,06 17,45 12,55

Nomura Fds US High Yield Bond I USD 7,38 5,54 4,01 1,52 11,74

UBAM Dynamic US Dollar Bond AC USD 3,73 4,83 3,84 17,40 7,43

AXAIMFIIS US Short Dur HY A Cap USD 5,27 5,38 3,48 9,53 8,02

JPM US Short Duration Bond A (acc) USD 3,31 4,57 3,44 12,32 6,83

AXAWF US High Yield Bonds I Cap USD 6,51 5,39 3,34 3,39 9,40

CS (Lux) Corporate Short Dur USD Bd A 3,83 4,48 3,04 11,13 6,99

UBS (Lux) BS Sht TermUSDCorpSst$P-acc 3,48 4,26 2,85 10,83 6,95

Neuberger Berman Strat Inc I JPY Acc 4,59 2,80 2,32 8,83

Fidelity US High Yield A-Dis-USD 6,10 4,93 2,76 3,38 10,53

PIMCO GIS Low Avrg Dur Instl USD Acc 3,48 4,02 2,54 10,85 6,63

BGF US Dollar Short Duration Bd A1 USD 3,41 3,95 2,43 10,20 7,10

JPM Income A (acc) USD 5,23 2,10 5,78 8,71

AXAIMFIIS US Corp Itmt Bds A USD Dis 4,61 4,50 1,88 3,50 7,39

Amundi Fds Pio Strat Inc A USD C 3,92 3,45 1,37 0,98 9,19

Amundi Fds Pio US Bond A2 EUR C 3,81 3,34 0,48 0,09 7,81

UBAM Medium Term US Corporate Bd AC USD 3,73 3,30 0,47 2,10 7,22

JPM US Aggregate Bond A (dist) USD 3,31 3,41 0,35 1,99 6,98

Vanguard U.S. Govt Bd Idx $ Acc 3,12 3,46 0,31 3,05 7,48

Allspring (Lux) WW $ IG Crdt I USD Acc 4,16 0,29 (3,46) 8,19

GS US Mortgg Bckd Secs I Acc USD 3,12 0,27 1,98 7,06

Vanguard USTrs InfProtSecsIdxSel EURHAcc 0,21 0,26 (9,19) 5,51

NN (L) US Credit P Cap USD 4,87 3,83 0,07 (5,31) 8,88

PIMCO GIS Ttl Ret Bd Inv USD Acc 3,24 2,77 (0,43) (2,30) 6,89

Franklin US Government A(Mdis)USD 2,09 2,07 (0,67) 3,20 7,11

JPM Income Opp A perf (acc) EURH 0,06 (1,03) (0,88) (2,17) 2,71

AB American Income C USD 3,52 2,75 (1,00) (2,04) 9,19

Muzinich ShortDurationHY HEUR Acc A 0,50 (0,95) (1,69) (8,93) 6,89

Legg Mason WA US Core+ Bd A USD Acc 3,13 2,07 (1,81) (5,53) 7,59

Nomura Fds Select US High Yield Bd IEURH (2,65) (15,84) 11,33

JPM Global High Yield Bond A (acc) EURH 1,60 (1,07) (2,83) (14,97) 10,20

MFS Meridian US Corporate Bond IH1 EUR (2,38) (5,25) (20,81) 8,98

Amundi Fds Pio US Corp Bond G EUR H C (2,82) (5,61) (22,25) 10,39

Asia Equity

Allianz Oriental Income P USD 10,80 10,89 12,35 (18,14) 20,41

JPM Pacific Equity A (dist) USD 8,85 4,93 2,75 (22,79) 15,24

Asia ex-Japan Equity

New Capital Asia Future Ldrs USD Sdr Acc 9,14 (22,10) 15,61

Polar Capital Asian Stars S Acc 7,91 (21,40) 17,73

Schroder ISF Emerging Asia C Acc EUR 9,22 6,68 7,30 (12,24) 16,65

Fidelity Asia Pacific Opps A-Acc-EUR 9,79 8,74 6,34 (13,59) 17,31

Mirae Asst Sst Asia Sect Ldr Eq K USDCap 8,77 4,26 5,95 (14,18) 16,62

UBS (Lux) ES As Smlr Coms (USD) P-acc 8,80 4,50 5,15 (19,57) 15,53

Schroder ISF Sust Asn Eq C Acc USD 5,02 (12,88) 15,48

Schroder ISF Asian Ttl Ret C Acc USD 7,92 4,28 4,90 (15,89) 16,18

JPM Asia Pacific Equity A (acc) USD 7,12 4,01 3,58 (14,84) 15,98

Fidelity Sustainable Asia Eq A-Dis-USD 6,32 4,78 3,10 (15,76) 15,12

abrdn Asia Pacific Sust Eq A Acc USD 4,02 3,70 2,48 (16,25) 15,44

T. Rowe Price Asn ex-Jpn Eq I USD 6,22 4,04 2,32 (19,12) 15,21

Schroder ISF Asian Opports A Dis USD AV 7,06 3,07 2,14 (16,48) 16,08

Vanguard Pac ex-Japan Stk Idx USD Acc 5,55 4,32 2,10 (4,08) 19,79

CS (Lux) Asia Pacific Income Eq A USD 3,89 1,89 (13,47) 13,37

MS INVF Asia Opportunity Z 6,48 1,71 (20,71)

abrdn Asian Smllr Coms A Acc USD 3,19 2,32 1,38 (15,53) 18,92

Consumer

Energy

BNP

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 PANORAMA BARÓMETRO 52 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
Mirae Asset Asia Great Consumer Eq I USD 7,30 2,95 (1,82) (22,78) 17,12
Goods & Services Sector Equity Pictet-Premium Brands I EUR 9,79 11,10 10,50 (9,15) 21,84 GAM Multistock Luxury Brands Eq USD C 9,26 8,65 6,11 (11,84) 19,92 BNP Paribas Smart Food I Cap 4,21 3,24 (12,90) 17,94 Invesco Glbl Consmr Trnds A USD Acc 11,50 3,63 (0,24) (38,89) 25,51
Sector Equity
Paribas Energy Transition C D 19,63 (33,15) RobecoSAM Smart Energy Eqs D EUR 11,31 14,67 17,83 (9,65) 24,69 Pictet-Clean Energy I USD 10,92 11,26 15,11 (6,78) 25,67 BGF Sustainable Energy A2 10,81 11,03 15,07 (10,14) 21,38 FUNDOS COM RATING FUNDSPEOPLE EM 2022 20 22 DADOS A 30/09/2022 VOLAT. 3 ANOS VOLAT. 3 ANOS RETORNO ANUALIZADO RETORNO ANUALIZADO FUNDO 5 ANOS 5 ANOS10 ANOS 10 ANOS3 ANOS 3 ANOS1 ANO 1 ANO

FUNDOS DE INVESTIMENTO PORTUGUESESOS ÚLTIMOS 10 ANOS E PROJEÇÃO DOS PRÓXIMOS 10

A última década ficou marcada por uma produção legislativa intensa, mas a mais desafiante no futuro é sem dúvida a que envolve o tema ESG. Contudo, existe a certeza de que a indústria saberá, como aconteceu até aqui, colocar em primeiro lugar os interesses dos seus clientes.

Se olharmos para Portugal em 2012, a imagem que temos é a de um país a passar por uma gravíssima crise financeira, que teve a sua génese no exterior, e a ter que aplicar um programa de assistência financeira, o que acabou por nos afetar de uma forma muito dura. Foi uma crise mundial de liquidez que determinou que as instituições financeiras tudo fizessem para atrair valores em depósito. Quer pelas necessidades sentidas pela população em geral, quer pela grande atratividade dos depósitos durante a crise financeira, os fundos de investimento mobiliários portugueses, ao contrário dos imobiliários que se mantiveram mais ou menos estáveis, tiveram uma redução extremamente elevada: em 2006 o valor global era de 29.137,7 milhões de euros; em 2011 era de 10.835,3 milhões de euros.

Apesar da crise, a produção legislativa não diminuiu, quer a nível europeu quer a nível nacional. Destacam-se neste contexto:

- A Diretiva dos Gestores de Fundos de Investimento Alternativo (entra em vigor em 2013), que em conjunto com a Diretiva UCITS, constituem os diplomas basilares da Indústria;

- O novo regime de tributação dos OIC nacionais (entra em vigor em 2015), semelhante ao praticado nos principais mercados Europeus;

- O MIFID II (entra em vigor em 2018) com impacto significativo na distribuição de fundos.

Apesar de o panorama mundial se ter alterado significativamente em termos de liquidez - passámos de um período de escassez para um período de excesso - e de as taxas de juro dos depósitos terem visto os seus valores aproximarem-se de zero, os portugueses mostraram-se muito renitentes em voltar a investir nos mercados.

A recuperação do montante sob gestão dos OIC, apenas se veio a verificar a partir de 2019, conjugando o aumento das subscrições líquidas com o fator de capitalização dos mercados. Depósitos bancários não remunerados, aumento da taxa de poupança e o bom desempenho dos mercados financeiros acabaram por atrair os portugue-

ses. O estranho acontecimento que dominou o mundo a partir de 2020 acabou por também ter um efeito positivo sobre o setor, já que gerou um comportamento de maior poupança nos portugueses.

Se no início do ano em curso o volume investido em fundos dava algum ânimo à indústria, os acontecimentos dramáticos que cedo se desenrolaram vieram trazer ventos de enorme incerteza e preocupação.

A invasão da Ucrânia veio com grande probabilidade alterar de uma forma muito duradoura a organização geopolítica mundial. No que respeita à Rússia, cuja economia não é muito significativa em termos de volume, o impacto comercial é especialmente sentido relativamente aos combustíveis. Mas a questão que vai suscitar grandes incertezas nos tempos próximos é a de saber se em relação à China vai ou não verificar-se, também, uma significativa redução nas relações comerciais com o ocidente. Essa eventual redução poderia ter efeitos impactantes sobre a economia mundial.

O regresso da inflação fruto de todas as ajudas prestadas pelas economias ocidentais primeiro para fazer face à crise do subprime e depois ao covid (ajudas estas que continuam (v.g. PRR), será um elemento igualmente desestabilizador para a nossa economia. Estes são, pois, dias desafiantes para quem gere ativos e tem que procurar valorizar os patrimónios de clientes.

Do ponto de vista regulamentar, em particular na nossa indústria, importa salientar o enorme trabalho que vai existir durante os próximos anos para todos os gestores, com a implementação das regras ESG. Temos verificado a dificuldade que tem sido a elaboração do regime legal face à enorme complexidade das matérias.

E uma vez completo o quadro legal, teremos longos anos para o apreender na sua totalidade e para o aplicar plenamente.

Neste contexto de turbulência e de elevada exigência regulamentar, estou certo de que esta indústria irá nos próximos anos, fazer o que sempre fez nos anos passados: cuidar diligentemente do património dos seus clientes.

SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 53 Presidente, APFIPP TRIBUNA JOÃO PRATAS

Equity Miscellaneous

BNP Paribas Aqua C C

RobecoSAM Sustainable Water Eqs F EUR 11,88 8,71 8,93 (13,06) 19,39

Pictet-Water I EUR 11,17 9,64 8,83 (6,80) 18,98

Pictet-Nutrition I USD 6,02 5,05 2,76 (15,89) 16,11

Europe Emerging Markets Equity

Amundi Fds Russian Equity A EUR C 5,89 6,51 9,65 14,29 23,30

Europe Equity Large Cap

BSF European Opps Extension A2 EUR 15,05 5,93 6,97 (19,17) 22,23

AXAWF Switzerland Eq F Cap CHF 11,00 7,64 6,64 (7,90) 15,51

BSF European Unconstrained Eq A2 EUR 6,20 (14,77) 19,19

M&G (Lux) Eurp Strat Val CI EUR Acc 7,35 2,73 5,21 (3,68) 21,35

Candriam Eqs L Eurp Innovt R EUR Cap 9,29 5,72 5,16 (21,75) 18,53

GAM Star Continental Eurp Eq Instl £ Acc 7,74 2,65 5,10 (20,01) 18,52

BGF Continental Eurp Flex E2 EUR 8,80 4,10 4,86 (27,42) 21,72

Eleva UCITS Eleva Eurp Sel I EUR acc 4,01 4,60 (12,20) 18,69

JPM Europe Sustainable Equity I (acc)EUR 3,86 4,31 (13,11) 20,13

CM-AM Convictions Euro S 8,84 3,41 4,07 (17,40) 18,06

Candriam Sst Eq Euro R Acc € 4,60 3,96 (13,78) 18,26

UBAM Swiss Equity UC CHF 10,20 5,28 3,73 (18,43) 16,81

Carmignac Pf Grande Europe A EUR Acc 5,67 4,21 3,72 (21,98) 18,87

Janus HndrsnContinen Eurp I2 EUR 8,01 3,38 3,36 (14,86) 17,95

Fidelity FAST Europe A-ACC-EUR 7,00 7,42 3,28 (14,59) 17,62

JPM Europe Strategic Growth A (dist) EUR 10,12 4,42 3,09 (16,77) 19,21

Schroder ISF European Sus Eq C Acc EUR 2,80 (18,63) 19,23

JPM Europe Equity Plus A perf (acc) EUR 7,88 2,26 2,75 (5,87) 20,23

Candriam Sst Eq EMU R € Acc 2,97 2,49 (16,56) 20,16

MGI Eurozone Equity M1 EUR 9,15 3,44 2,47 (20,46) 19,32

Threadneedle (Lux) European Select IE 6,39 3,73 2,41 (22,13) 18,81

Vanguard European Stock Idx USD Acc 6,41 2,77 2,10 (10,79) 17,81

Amundi Fds Euroland Equity E2 EUR C 6,52 1,17 2,05 (14,40) 21,49

MFS Meridian European Value A1 EUR 8,15 4,74 1,93 (14,41) 17,31

Pictet-Europe Index P EUR 6,16 2,43 1,68 (11,22) 17,89

Allianz Europe Equity Growth W EUR 7,31 2,45 1,63 (32,55) 23,42

BGF Euro-Markets A2 6,10 0,20 1,59 (22,30) 22,94

Echiquier Positive Impact Europe A 6,85 2,36 1,56 (22,91) 18,38

abrdn European Sstnb Eq A Acc EUR 5,32 4,25 1,46 (19,26) 17,98

GS Europe CORE Equity Base Inc EUR 6,94 1,28 1,39 (13,10) 19,66

MS INVF Europe Opportunity Z 3,32 1,28 (41,44)

BGF European Equity Income A2 6,30 1,56 0,81 (11,43) 18,27

T. Rowe Price Eurp Eq I EUR 6,68 2,71 0,76 (19,16) 18,07

Invesco Pan European Equity A EUR Acc 5,16 (0,84) 0,68 (10,67) 22,65

Robeco QI European Cnsrv Eqs I € 6,44 2,53 0,57 (8,78) 14,85

BGF European Special Situations A2 7,41 2,22 0,51 (26,64) 20,84

Fidelity European Dynamic Gr A-Dis-EUR 8,60 4,64 0,36 (19,52) 17,70

Schroder ISF EURO Equity C Dis EUR 6,73 (0,30) 0,28 (18,36) 21,13

Threadneedle (Lux) Pan Eur Eq Dv 9G GBP 5,42 1,21 0,21 (17,33) 20,50

Janus Henderson Hrzn Euroland A2 EUR 6,99 (0,84) 0,08 (19,79) 22,88

abrdn Europe (ex-UK) Sus Eq Fd 6,04 3,96 0,06 (22,74) 19,18

MFS Meridian European Research A1 EUR 6,42 2,78 0,02 (13,69) 16,50

Jupiter European Growth D EUR Acc 8,60 4,15 (0,16) (23,76) 19,20

Amundi MSCI EMU ESG Ldrs Sel IE-C 6,51 0,75 (0,22) (16,95) 19,94

JPM Euroland Equity A (dist) EUR 6,80 0,11 (0,26) (17,03) 22,41

Amundi Fds European Eq Val M2 EUR C 6,07 (0,36) (0,46) (13,27) 25,16

Robeco Sustainable Eurp Stars Eqs D EUR 5,72 1,17 (0,78) (12,55) 16,76

Invesco Sus Pan Eurp Stu Eq C € Acc 5,99 0,06 (0,89) (13,09) 17,22

AXA IM Euro Sélection A 7,24 1,14 (0,97) (22,79) 19,95

Montepio Acções

JPM Europe Strategic

Fidelity European Lgr

FIMAA 3,91 (1,08) (1,05) (14,94) 17,84

(dist)

4,77 (1,86) (1,06) (10,28) 25,47

A-Dis-EUR 4,88 (0,05) (1,78) (14,83) 18,43

DWS Aktien Strategie Deutschland

8,06 (1,91) (1,82) (29,14) 26,35

MainFirst Top European Ideas C 5,67 (2,48) (2,04) (33,05) 26,61

Allianz Euroland Equity Growth W EUR 5,95 (0,55) (2,15) (35,53) 23,34

Santander Acções Europa CA FIMAA 3,36 (1,72) (2,22) (18,67) 20,82

Fidelity European Growth A-Dis-EUR 4,77 (0,36) (2,26) (16,21) 18,50

AB Eurozone Eq IX EUR 7,44 (1,24) (2,83) (19,72) 22,38

Fidelity Germany A-Dis-EUR 6,08 (0,97) (3,85) (24,45) 20,98

Fidelity Iberia A-Dis-EUR

4,16 (2,80) (5,01) (18,80) 19,41

DWS Deutschland LC 4,78 (5,41) (5,63) (32,07) 26,76

UBS (Lux) ES Euro Countrs Inc Sust €Pacc (2,92) (6,49) (18,42) 16,91

Europe Equity Mid/Small Cap

BNP Paribas Europe Small Cap I C

Lonvia Avenir Mid-Cap Euro Clean (36,86)

Eleva UCITS Eleva Ldrs SMCap Eurp I€ acc 5,12 (25,46) 19,53

Janus Henderson Hrzn PanEurpSmrComs A2€ 9,45 0,97 4,68 (25,58) 28,18

IMGA Ações Portugal A FIAA 4,60 0,51 3,23 0,82 22,51

CM-AM Small & Midcap Euro RC 9,22 1,75 1,46 (26,12) 19,95

Sycomore Fund Europe Happy@Work I EUR (0,19) 0,68 (23,47) 18,52

abrdn Eu Sml Comp D Acc EUR 10,07 1,40 (0,21) (39,08) 26,50

Threadneedle (Lux) Eur Smlr Com 9E EUR 8,64 1,58 (0,33) (33,19) 22,47

Echiquier Agenor SRI Mid Cap Europe A 7,93 1,53 (1,41) (30,03) 19,58

Threadneedle (Lux) Pan Eurp SmCpOpps ZE 8,33 0,94 (1,92) (37,36) 24,06

MFS Meridian European Smlr Coms A1 EUR 6,96 0,69 (2,61) (25,55) 20,17

Threadneedle (Lux) Pan Eurp SmlrComs 3E 7,16 0,05 (3,15) (37,12) 23,34

UBAM Swiss Small And Mid Cap Eq AHC EUR (2,30) (3,63) (37,35) 20,01

Oddo BHF Avenir Europe CR-EUR 6,22 (2,30) (5,03) (31,63) 20,50

Financials Sector Equity

Fidelity Global Financial Svcs A-Dis-EUR 9,38 5,28 5,80 (10,42) 20,73

Robeco New World Financials D € 9,44 5,13 3,01 (18,20) 23,88

Global Emerging Markets Equity

MS INVF Emerging Leaders Equity A 80,12 38,40 25,92 (26,92) 21,79

Polar Capital Em Mkts Stars S USD Acc 5,70 (21,82) 18,97

GQG Partners Emerging Mkts Eq I EUR Acc 5,10 4,93 (12,42) 15,28

Wellington Emerg Mkt Devpmt USD D Ac 4,19 4,03 (21,49) 17,12

Capital Group New World (LUX) Z 6,76 5,38 3,63 (16,93) 16,45

GS EM CORE Eq I Acc USD Close 5,58 2,06 3,39 (14,67) 16,71

JPM Em Mkts Small Cap A (acc) perf EUR 7,18 3,99 3,37 (15,51) 18,43

Candriam Sst Eq Em Mkts R € Acc 5,35 2,71 3,13 (23,63) 17,30

JPM Emerging Markets Div A (acc) EUR 4,26 4,18 2,70 (12,25) 16,38

GS Emerging Markets Eq ESG I Acc USD 1,96 (24,43) 17,36

Capital Group EM Growth (LUX) Z 4,03 3,01 1,69 (24,48) 16,22

Nordea 1 - Emerging Stars Equity BI EUR 5,87 2,00 1,38 (27,60) 17,45

GS Emerging Markets Eq R Inc GBP 5,80 1,99 1,26 (25,04) 17,73

Vanguard Emerg Mkts Stk Idx Inv EUR Acc 3,50 1,65 1,19 (14,77) 15,90

Robeco QI Emerging Cnsrv Eqs I € 4,28 2,82 0,94 (2,69) 14,13

BGF Emerging Markets A2 3,85 2,66 (0,20) (23,09) 17,91

Schroder ISF Em Mkts A Dis USD AV 3,38 1,03 (0,33) (20,70) 16,93

JPM Emerging Markets Equity A (dist) USD 4,30 2,44 (0,53) (25,22) 17,60

GAM Multistock EM Equity USD C 4,62 (0,22) (1,01) (20,95) 18,26

Vontobel mtx Sust EmMkts Ldrs I USD 6,69 0,94 (1,24) (17,47) 14,70

Templeton BRIC I(acc)USD 3,88 1,82 (1,34) (21,00) 19,34

Robeco Emerging Stars Equities D € 3,96 0,38 (1,39) (16,84) 18,50

UBS (Lux) Eq Fd EM Sst Ldrs (USD) P 4,23 1,94 (1,52) (24,51) 14,81

Fidelity Em Mkts A-DIST-USD 4,31 0,12 (1,58) (28,10) 17,64

American Century Em Mkts Eq I USD (0,49) (1,80) (25,44) 16,70

NB Mercados Emergentes FIMAA 0,69 (0,99) (2,46) (18,75) 14,85

Global Equity Large Cap

Thematics Safety H-R/A GBP (40,50)

MS INVF Global Brands A USD 290,27 74,91 37,01 (3,13)

AMP Capital Global Companies I USD Acc 22,89 16,84 14,77

MS INVF Global Quality Z 64,22 20,98 (5,72) 15,91

Ninety One GSF Global Envir I Acc EUR 14,11 (11,57) 21,87

Schroder ISF Glb Disruption C Acc USD 12,41 (17,55) 19,96

Schroder ISF Glbl Sust Gr C Acc USD 12,76 12,91 12,13 (8,94) 16,05

Schroder ISF Glb

DPAM B Eqs NewGems Sust

Allianz Thematica

C Acc USD 11,73 10,63 11,70 (16,30) 19,89

Dis 10,42 12,35 11,67 (17,48) 20,00

EUR 11,90 11,45 (12,50) 17,44

JPM Global Focus A (dist) EUR 10,43 9,33 11,22 (4,50) 19,38

Schroder ISF Global Eq

JPM Global

New Capital

Schroder ISF Global

Vontobel Clean

EUR 10,63 10,21 11,21 (7,10) 16,00

11,16 10,21 10,92 (2,72) 18,76

11,53 10,72 (16,27) 16,72

11,33 10,57 10,57 (8,28) 16,58

11,89 8,38 10,37 (13,64) 20,15

54 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO PANORAMA BARÓMETRO
Europa A
Value A
EUR
Coms
LC
Clmt Chg Eq
A
P
Alp C Acc
Select Equity A (acc) USD
Glbl Eq Convict USD Inst Acc
Eq C Acc USD
Technology I EUR
20 22 FUNDOS COM RATING FUNDSPEOPLE EM 2022 VOLAT. 3 ANOS VOLAT. 3 ANOS RETORNO ANUALIZADO RETORNO ANUALIZADO FUNDO FUNDO 5 ANOS 5 ANOS10 ANOS 10 ANOS3 ANOS 3 ANOS1 ANO 1 ANO DADOS A 30/09/2022

PANORAMA BARÓMETRO

T. Rowe Price Glb Foc Gr Eq A USD 13,95 11,91 10,27 (21,58) 19,93

AB Sustainable Glb Thematic A USD 11,08 10,03 9,92 (15,79) 20,00

Pictet - Global Envir Opps I EUR 11,69 9,77 9,84 (12,38) 19,84

Capital Group New Pers (LUX) ZL 12,29 10,64 9,53 (14,07) 18,64

Threadneedle (Lux) Global Focus ZU 13,55 12,71 9,41 (12,96) 17,97

American Century Concntr Glb Gr Eq I USD 13,08 13,28 9,35 (11,70) 17,66

MS INVF Global Opportunity Z 310,48 44,82 9,04 (33,85) 22,59

Candriam Sst Eq World R € Acc 9,99 8,68 8,85 (6,85) 18,09

BPI GIF Opportunities I 6,20 9,83 8,71 (8,36) 18,26

M&G (Lux) Glb Dividend CI USD Acc 9,23 8,16 8,60 (2,88) 20,37

Candriam Eqs L Glbl Demography C EUR Cap 8,37 8,36 (9,07) 16,26

Vanguard Glb Stk Idx $ Acc 10,94 9,23 8,29 (4,99) 17,60

Allianz Global Sustainability P EUR 10,55 9,33 8,23 (8,92) 17,71

Nordea 1 - Global Portfolio BP EUR 10,86 10,51 8,20 (10,15) 17,76

Nordea 1 - Global Stars Equity BP EUR 10,30 8,16 (9,44) 16,61

CT (Lux) Rspnb Global Equity I Inc EUR 11,42 9,69 8,03 (12,93) 18,59

M&G (Lux) Positive Impact LI EUR Acc 7,80 (8,82) 18,92

Ninety One GSF Glb Qual Div Gr IX Inc $ 9,93 8,68 7,52 (1,65) 14,81

AB Global Equity Blend S1 USD 10,42 7,53 7,41 (12,15) 17,96

GS Global CORE Eq I Inc USD Snap 11,95 7,53 7,31 (7,78) 18,43

Fidelity Sust Dmgrphcs Y-Acc-GBP 11,44 8,84 7,06 (13,53) 16,65

GS Global Millennials Eq I Acc USD 10,52 9,82 6,86 (29,79) 20,80

Caixa Ações Líderes Globais FIMAA 9,29 6,70 (8,09) 15,77

Fundsmith Equity I EUR Acc 14,62 10,71 6,59 (11,62) 15,50

Fidelity World A-Dis-EUR 11,12 7,33 6,52 (9,39) 17,36

MS INVF Global Sustain Z USD Acc 6,50 (6,62)

Wellington Glbl Quality Gr USD S Ac 14,55 10,71 6,42 (12,63) 16,17

AXA IM Global Equity QI A USD Acc 10,19 7,28 6,37 (4,41) 17,97

Robeco BP Global Premium Eqs B EUR 9,29 5,53 6,18 (0,22) 19,37

CS (Lux) Security Equity BH CHF 9,76 7,36 6,14 (19,54) 23,37

NB Momentum Sustentável FIMAA 6,76 6,10 5,70 (9,66) 15,33

DWS Invest ESG Equity Income LC 7,22 5,66 0,56 13,73

BNY Mellon Long-Term Glbl Eq USD C Acc 10,24 9,63 5,63 (9,29) 16,68

Pictet-Global Megatrend Sel I USD 10,33 7,33 5,61 (14,91) 18,20

Pictet-Security I EUR 11,44 8,64 5,48 (18,75) 19,70

NSF SICAV Wealth Defender Glbl Eq USD 9,66 5,23 (12,72) 17,08

Seilern World Growth CHF H R 12,30 9,80 5,20 (21,74) 22,92

UBAM 30 Global Leaders Equity AHC EUR 6,76 4,56 (21,48) 19,62

Fidelity Global Dividend I-Acc-EUR 9,57 7,22 4,03 (1,69) 13,28

Mercer Passive Global Equity M2 EUR H 4,22 3,85 (17,45) 18,78

DWS Invest Top Dividend FC 7,50 5,22 3,80 6,55 13,32

MFS Meridian Global Equity A1 USD 9,45 6,27 3,65 (10,25) 17,76

Mirabaud Sust Glbl Hi Div A USD Acc 6,56 3,14 (7,25) 16,87

CPR Invest Glbl Dsrpt Opp R EUR Acc 5,96 2,37 (32,72) 21,82

Robeco Global Consumer Trends D € 11,22 7,80 2,14 (29,17) 19,80

Templeton Growth (Euro) I(acc)EUR 5,56 0,35 0,33 (9,23) 15,29

Pictet SmartCity I dm GBP 5,99 4,06 (0,04) (19,46) 19,61

Global Equity Mid/Small Cap

Fisher Invts Instl Glbl Small Cp Eq $

Nordea 1 - Global Climate & Envir BI EUR 14,39 11,71 14,28 (5,84) 19,85

BNP Paribas Climate Impact Cl C 10,03 7,46 7,77 (18,24)

CPR Invest Education E EUR Acc (2,10) (16,09) 20,11

Greater China Equity

Allianz China A Shares AT USD 15,63 11,95 12,05 (21,58) 19,74

Schroder ISF Taiwanese Equity C Acc USD 10,63 10,25 10,57 (15,26) 19,30

Schroder ISF All China Equity C Acc USD 9,41 (17,23) 18,36

JPM China A (dist) USD 8,63 5,32 3,46 (27,73) 21,21

Schroder ISF China Opps

USD 8,47 2,85 3,33 (18,87) 18,87

Schroder ISF Hong Kong Eq A Acc HKD 5,99 0,77 (0,08) (14,79) 15,31

BNP Paribas China Eq Cl C 5,88 2,43 (0,09) (28,34) 19,36

Ninety One GSF All China Eq

Candriam Eqs L Onclgy Impct I USD Cap 14,39 (1,90) 15,14

Candriam Eqs L Biotech C USD Cap 14,61 7,39 14,02 4,06 18,52

Janus Henderson Glb Life Scn I2 USD 16,04 11,63 13,70 3,41 15,17

AB Intl Health Care A USD 14,15 12,75 13,41 4,78 14,48

BGF World Healthscience A2 14,74 12,36 11,58 6,90 13,49

Fidelity Sust Glb Hlthcare A-Dis-EUR 12,44 11,57 9,97 (0,33) 14,91

CS (Lux) Digital Health Equity SB USD 9,43 (32,77) 27,77

India Equity

Ashoka India Opps A USD Acc 24,33 3,69 23,57

GS India Equity I Inc USD 14,22 11,27 17,04 1,11 24,72

Nomura Fds India Equity Z USD 14,54 12,33 15,83 7,07 23,98

Franklin India I(acc)USD 11,31 9,33 13,73 2,74 23,45

Schroder ISF Indian Opports C Acc USD 10,10 10,56 (3,60) 22,69

Industrials Sector Equity

RobecoSAM Smart Materials Eqs EUR 9,39 4,29 7,02 (15,01) 22,73

Infrastructure Sector Equity

Wellington Enduring Assets GBP G A1 Di 8,68 9,83 16,89 11,58

M&G (Lux) Global Listed Infras L USD Acc 4,99 2,97 20,12

DWS Invest Global Infras FC 8,64 7,49 4,97 7,43 17,20

LM ClearBridge Infras ValPRGBPHDisAPH+e 5,83 4,64 4,61 (0,05) 19,87

Lazard Global Lstd Infras Eq A Dist GBP 8,49 2,53 1,02 (4,36) 19,14

Japan Equity

BNP Paribas Japan Sm Cp Cl C

GS Japan Equity Ptnrs I Acc EUR Hdg 7,06 8,66 (17,09) 17,15

Man GLG Jpn CoreAlpha Eq I JPY 8,59 2,04 2,31 (3,16) 20,07

GS Japan Equity R Inc GBP Snap 8,68 4,56 2,21 (19,19) 16,63

Jupiter Japan Select D USD Acc 8,57 5,41 2,02 (17,93) 16,25

Invesco Japanese Eq Adv C JPY Acc 9,48 4,89 1,75 (13,44) 16,97

Pictet-Japanese Equity Opps PJPY 8,19 2,95 1,33 (18,00) 16,04

Amundi IS MSCI Japan IE-C EUR 7,59 3,05 0,77 (16,46) 15,03

Schroder ISF Japanese Eq A Dis AV 6,44 1,71 (0,27) (16,82) 14,55

JPM Japan Equity A (dist) USD 9,09 4,02 (1,14) (33,00) 20,94

abrdn Japanese Sust Eq Sus A Acc JPY 5,49 0,20 (1,16) (24,86) 16,47

Latin America Equity

DWS Invest Latin American Eqs LC 8,22 5,18 13,35 31,85

Schroder ISF Latin American C Acc EUR 0,93 3,88 3,51 17,36 31,45

Long/Short Equity

Janus Henderson Hrzn PanEurpAbsRetI2 EUR

Alger Dynamic Opportunities A US 10,14 10,86 (10,71) 12,37

AB Select Absolute Alpha S1 USD 8,88 10,24 10,18 10,60 9,23

Pictet TR - Mandarin I USD 9,72 6,93 8,05 (3,93) 8,60

GAM Star Alpha Technology EUR Inc 6,31 6,35 5,22 (9,49) 12,72

Eleva UCITS Eleva Abs Ret Eurp S EUR acc 4,84 4,77 (0,97) 4,06

Pictet TR - Atlas I EUR 2,91 4,59 (2,84) 3,17

Pictet TR - Corto Europe I EUR 3,93 1,40 3,02 (1,57) 3,52

Janus HndrsnAbsolute Return A2 GBP 2,60 0,55 1,14 (5,78) 7,74

Schroder GAIA Egerton Equity C Acc EUR 5,15 1,24 (0,37) (14,91)

Acc$ 1,02 (1,58) (21,04) 15,98

Fidelity China Consumer Y-Acc-USD 7,25 (0,94) (3,59) (23,26) 19,44

UBS (Lux) EF China Oppo(USD) P USD acc 11,08 0,99 (5,95) (21,40) 15,40

Healthcare Sector Equity

JPM Thematics Genetic Thrps C2 Acc USD (22,58)

JPM Global Healthcare C (acc) USD 15,30 13,07 15,57 6,82 15,34

Precious

Technology

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 56 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
C Acc
IX
13,52 BSF Emerging Coms Abs Ret A2 EUR H (1,59) (21,61) 11,97 Natural Resources Sector Equity BGF World Mining A2 1,67 11,22 16,98 9,57 27,75 JPM Global Natural Resources A (acc) EUR 0,49 9,40 13,44 26,45 26,95 Allianz Global Metals and Mining I EUR -0,44 6,87 10,87 6,13 28,84 Pictet-Timber I USD 8,53 6,78 10,86 (6,92) 23,29
Metals Sector Equity DWS Invest Gold and Prec Mtl Eqs FC -3,72 7,21 1,72 (5,94) 35,30 BGF World Gold A2 -4,85 0,85 (2,91) (10,69) 34,34 Real Estate Sector Equity Janus Henderson Hrzn GlblPtyEqsA2USD Janus Henderson Hrzn PanEurpPtyEqs A2EUR Nordea 1 - Global Real Estate BP EUR 6,87 5,23 (0,71) (11,28) 21,93 MS INVF Global Property I 49,34 1,33 (13,36) (11,66) 23,78
Sector Equity BPI GIF Technology Revolution M EUR (39,33) Allianz Global Artfcl Intlgc W EUR 16,28 19,37 (26,93) 28,34 BGF Future of Transport Z2 USD 17,97 (12,58) 25,06 20 22 FUNDOS COM RATING FUNDSPEOPLE EM 2022 VOLAT. 3 ANOS VOLAT. 3 ANOS RETORNO ANUALIZADO RETORNO ANUALIZADO FUNDO FUNDO 5 ANOS 5 ANOS10 ANOS 10 ANOS3 ANOS 3 ANOS1 ANO 1 ANO DADOS A 30/09/2022

OS FATORES QUE VÃO AFETAR A GESTÃO DE ATIVOS NOS PRÓXIMOS ANOS

Muita coisa aconteceu nos últimos 10 anos: da crise do subprime em 2013, passando pelo aparecimento de uma guerra na Europa em 2022 . Para as entidades de gestão de ativos, há vários pontos a preparar para os próximos 10 anos.

Aanálise da evolução da década compreendida entre 2012 e 2022 é repleta de acontecimentos marcantes e de volatilidade extrema nos mercados financeiros: em 2012 e 2013 a crise de subprime e da dívida soberana.

De 2014 a 2019 assistimos a alguma recuperação económica na Europa, tendo o ano de 2017 registado um dos maiores crescimentos económicos da década com 2,5% YoY. Em 2020, o planeta foi fustigado com o tema da pandemia Coronavírus, originando um processo inédito de confinamento mundial e de quase paralisação das economias.

O início do ano de 2021 continuou a evidenciar as dificuldades globais em combater a pandemia e em promover a abertura gradual das economias, apesar das dificuldades sentidas no retomar das cadeias de abastecimento a nível mundial. No início de 2022, a atividade económica continuou a evidenciar a perspetiva de recuperação das atividades e consequente impacto económico, o qual foi subitamente interrompido com a invasão Russa da Ucrânia, originando um conflito com elevadas repercussões económicas, e um maior atraso nas cadeias de abastecimento a nível global. Seguiu-se um aumento generalizado de preços e um consequente aumento da inflação, incorporando assim a necessidade de os bancos centrais aumentarem de forma rápida as taxas de juro, procurando controlar um eventual flagelo inflacionário, mas conduzindo as economias para uma perspetivada recessão económica, sobre a qual ainda não se conhece a sua verdadeira dimensão.

Foi neste cenário macroeconómico que a indústria de fundos de investimento mobiliários português foi desenvolvendo a sua atividade, tendo crescido dos aproximadamente 12,3 mil milhões em 2012 para praticamente 19,9 mil milhões no final de 2021.

O crescimento registado deveu-se fundamentalmente ao cenário de taxas de juro de depósitos negativas e de uma crescente consciencialização dos investidores sobre a efetiva necessidade de promover a poupança para os dias mais difíceis que se podem avizinhar; neste sentido, as famílias procuram alternativas para os seus investimentos e os bancos promoveram a colocação de produtos fora de balanço, originando assim um importante crescimento de mais de 61 % em termos acumulados entre finais de 2012 e final de 2021.

Embora este crescimento não nos coloque ainda na senda de crescimento em investimento de fundos mobiliários verificado noutros mercados europeus, estas são, no entanto, excelentes notícias. Permitem à indústria portuguesa continuar a investir no sentido de manter os níveis de crescimento que têm sido registados, pese embora o ano de 2022 registe uma contração dos ativos sob gestão de aproximadamente 10%.

Por classe de ativos, verificamos que os fundos que registaram maior crescimento foram a rubrica de outros fundos (multiativos), na qual tínhamos no final de 2012 mais de 1,2 mil milhões de euros sob gestão, e à data de 31 de dezembro de 2021 fechou com mais de 8,9 mil milhões.

Igual destaque, merece a classe de ações, tendo crescido de 962 milhões em 2012 para mais de 3,3 mil milhões de euros no final de 2021.

Tendo em conta a evolução que tivemos na década passada e as perspetivas e incertezas sobre a evolução futura das economias, temos de fazer um exercício de preparação da atividade para os próximos anos. Hoje temos todos de ter presente que estes fatores vão afetar a nossa atividade:

1. Prolongamento das tensões geopolíticas a nível mundial;

2. Aumento dos impactos ambientais a nível planetário, com consequências imprevisíveis para todo o planeta.

3. Crescente processo de digitalização das economias com um impacto importante ao nível laboral e empresarial.

4. Maior literacia e conhecimentos específicos por parte dos investidores, obrigando a um forte investimento em infraestruturas de apoio aos investidores.

5. Aumento das exigências regulamentares e normativas para as atividades de investimento, obrigando a uma constante verificação da capacitação das entidades gestoras.

6. Maior exigência de produtos diferenciadores e de qualidade por parte dos investidores, passando o processo de seleção do investimento a ser mais escrutinado.

A gestão destes diferentes fatores será determinante para o sucesso da atividade e para a oferta de soluções de investimento. Estamos certos que apesar da dimensão do mercado português quando comparada com o mercado internacional, existem condições e capacitação para ser realizada uma oferta de soluções de investimento de qualidade e com resultados francamente positivos a médio e longo prazo.

SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 57 Presidente executivo, IMGA TRIBUNA EMANUEL SILVA

PANORAMA BARÓMETRO

Threadneedle (Lux) Global Tech DU 18,43 16,57 17,57 (10,91) 24,01

Fidelity Global Technology A-Dis-EUR 19,59 18,59 17,48 (8,85) 18,45

BGF World Technology A2 17,89 17,54 14,49 (27,96) 25,44

JPM US Technology A (dist) USD 17,65 18,26 14,47 (26,84) 27,87

BNP Paribas Disrpt Tech Cl D 16,70 17,37 14,03 (14,30) 20,95

BGF Next Generation Technology Z2 USD 13,41 (39,24) 30,15

BNY Mellon Mobility Innovation USD E Acc 12,24 (19,44) 24,40

EdRF Big Data N EUR 11,15 11,69 (6,08) 19,29

Franklin Technology A Acc USD 16,78 14,84 11,17 (29,31) 25,02

Polar Capital Global Tech I Inc 17,45 14,69 10,68 (22,96) 20,33

Janus Henderson Glb Tech&Inno H2 USD 17,68 15,07 10,12 (26,02) 22,36

Pictet - Robotics I dy EUR 11,55 10,02 (21,01) 23,09

Janus Henderson Hrzn GlbTechLdrs A2USD 14,30 12,12 9,51 (21,20) 20,28

AXAWF Fram Robotech G Cap USD 9,43 8,75 (21,51) 22,59

JPM Europe Dynamic Techs Fd A (dist) EUR 14,91 8,07 7,98 (26,60) 24,65

AXAWF Framlington Dgtl Ecoy I Cap USD 7,89 (27,97) 21,18

Wellington Asia Technology USD D Ac 6,76 (31,44) 21,41

Echiquier Artificial Intelligence K EUR 5,74 (43,96) 33,35

UBAM Tech Global Leaders Equity IHC EUR 5,29 (34,93) 24,87

Pictet-Digital PUSD 10,98 4,17 (0,22) (27,88) 16,99

Robeco FinTech I USD (2,63) (34,56) 23,42

UK Equity Large Cap

Liontrust GF Spec Sits C3 Instl Acc £ 3,40 0,53 (18,37) 20,06

Threadneedle (Lux) UK Eqs IG GBP Acc 4,19 (1,29) (3,49) (14,56) 22,72

BGF United Kingdom E2 3,55 0,07 (3,52) (24,85) 20,44

US Equity Large Cap Blend

Schroder ISF US Large Cap A Dis $ AV 13,30 13,00 14,24 (0,56) 16,76

JPM US Select Equity A (acc) USD 13,83 13,23 13,57 (1,57) 19,03

JPM America Equity A (dist) USD 14,07 13,53 13,12 0,91 19,54

Amundi IS S&P 500 ESG IE-C 14,09 13,07 12,06 0,94 18,52

Vanguard U.S. 500 Stk Idx $ Acc 14,00 12,73 11,46 (0,53) 18,31

AXA IM US Enhanced Index Eq QI A $ Acc 13,74 12,37 11,44 (0,34) 17,94

GS US CORE Equity Base Inc USD Snap 13,49 11,63 11,43 (1,49) 18,45

Amundi IS MSCI North America IE-C 13,44 12,38 11,26 (2,54) 18,68

T. Rowe Price US Eq I USD 14,32 12,66 11,08 1,13 17,76

Pictet-USA Index P USD 13,71 12,37 11,07 (0,87) 18,30

BNY Mellon Dynamic U.S. Equity USD W Acc 11,00 (2,42) 18,72

IMGA Ações América A FIAA 10,36 11,09 10,49 (1,77) 16,40

AXA IM US Equity QI A USD Acc 12,78 10,97 9,96 0,34 19,02

Amundi Fds US Pioneer C EUR C 12,16 11,72 9,66 (4,96) 17,96

NN (L) US Enh Cr Concntr Eq P Dis USD 12,21 10,62 8,80 (1,53) 18,78

JPM US Select Equity Plus A (acc) EURH 9,52 6,44 7,93 (18,55) 20,92

Neuberger Berman US MltCp Opps USD1 IAcc 13,52 10,34 7,73 (4,11) 20,10

Legg Mason CB US Eq Sust Ldrs A EURH Acc 7,74 6,11 (20,75) 19,46

AB Select US Equity A EUR H 8,42 5,71 5,80 (15,43) 19,16

Allianz Best Styles US Equity AT H2 EUR 4,52 4,76 (19,09) 19,96

MS INVF US Growth I 318,64 69,17 19,86 (49,34) 35,56

US Equity Large Cap Growth

AB Sustainable US Thematic A USD 15,22 13,65 12,21 (9,37) 19,74

Amundi Fds Pio US EqFundmGr M2 EUR C 14,57 13,74 11,26 (4,71) 19,40

AB American Growth C USD 15,28 13,90 11,05 (11,76) 19,19

T. Rowe Price US Lg Cap Gr Eq I USD 16,53 13,98 10,56 (17,71) 21,80

BPI América D FIAA 10,65 11,06 9,19 (5,40) 18,70

Franklin US Opportunities A(acc)USD 13,02 11,39 8,01 (23,00) 22,88

Allspring (Lux) WW USLrgCpGr IEUR Acc 14,85 13,71 7,79 (20,13) 21,86

Janus Henderson US Forty A2 USD 13,59 12,51 7,41 (22,87) 20,55

Vontobel US Equity A USD 13,18 11,23 7,12 (1,67) 17,23

New Capital

Legg

T.

Brown

MS

Robeco BP US Large Cap Equities I $ 11,87 9,44 9,57 8,96 19,74

Fidelity America A-Dis 11,44 8,31 9,30 12,82

MFS Meridian US Value A1 USD 10,71 7,74 6,62 4,20 17,30

Robeco BP US Premium Equities IH € 8,45 3,02 4,62 (11,24) 21,26

US Equity Mid Cap

BL-American Small & Mid Caps B EUR Hdg 7,20 5,13 (19,69) 19,83

US Equity Small Cap

Threadneedle (Lux) Amer Smlr Com 9U USD 14,20 11,95 13,73 (6,64) 21,91

Legg Mason RY US SmCp Opp A USD Dis(A) 11,67 8,02 12,78 (8,62) 28,93

T. Rowe Price US Smlr Cm Eq Q USD 15,05 13,46 10,82 (7,19) 19,79

Fisher Invst Instl US SmCp Cr Eq ESG USD 9,36 7,85 (20,14) 23,56

JPM US Smaller Companies A (dist) USD 11,67 7,33 6,29 (7,18) 21,54

Alger Small Cap Focus I US 7,54 (2,41) (37,12) 24,65

Convertibles

BNP Paribas Europe Sm Cp CnvrtI C

Franklin Glbl Convert Secs I(acc)EUR 10,55 12,32 11,48 (4,03) 13,78

Lazard Convertible Global PC EUR 7,98 6,01 4,04 (15,31) 12,81

OFI Fund RS Glbl Convert Bond I C EUR 2,74 0,21 0,99 (20,46) 12,04

JPM Global Convert (EUR) A (dist) EUR 1,53 (2,05) (2,39) (34,95) 17,04

Allianz Convertible Bond AT EUR 1,29 (2,04) (3,92) (16,34) 8,58

Commodities Broad Basket

StructGSQrtxMdfdStgyBlmbrgCmdIdxTR I$ 1,72 12,57 19,83 32,93 15,83

PIMCO GIS Cmdty Real Ret Instl USD Acc 1,22 11,76 18,84 25,17 20,16

Commodities Specified

Ofi Fincl Inv Precious Metals I -2,29 3,83 2,66 (5,87) 17,46

Alternative Miscellaneous

Schroder GAIA BlueTrend C Acc EUR Hedged 10,43 14,32 31,07 14,79

ThomasLloyd Sust Infras Inc R USD Acc 3,70 5,28 5,29

Man AHL Trend Alternative DNY H EUR Acc 5,22 5,69 3,15 14,81 14,37

Global Macro

Polar Capital Global Abs Rt S EUR H Acc 5,75 (3,29) 8,28

JPM Global Macro A (acc) USD 6,47 5,54 4,41 11,01 7,27

Schroder GAIA WellingtonPagosa C AccEURH 3,51 2,49 4,08

GS Global Absolute Ret IO Acc USD 3,47 2,05 4,08 7,23

JPM Global Macro Opps A (acc) EUR 4,53 0,54 0,21 (11,10) 5,38

Eurizon Absolute Prudent R Acc 0,32 (0,72) (1,07) (5,64) 2,22

Market Neutral

Lumyna-MW TOPS (MN) UCITS USD B (acc)

BSF Global Event Driven Z2 USD 8,03 6,73 15,44 8,00

Man GLG Alpha Select Alt DLH EUR 5,89 5,54 5,70 8,08 3,99

MW Systematic Alpha UCITS A EUR 3,62 4,51 5,97 4,74

BSF European Absolute Return A2 EUR 2,65 3,70 4,50 3,46 6,41

Lumyna PSAM Global Event EUR A Acc 3,74 2,63 2,86 (6,47) 8,98

CT Real Estate Eq Mkt Netrl B Acc EUR 2,78 2,79 0,85 2,77

BPI GIF Alt Fund Iberian Eq L&S I 1,53 2,01 (0,62) 3,20

Candriam Risk Arbitrage C 0,37 (0,10) (0,06) (1,02) 2,23

Multialternative

NN (L)

Neuberger

6,35 8,18 9,60 12,17 6,84

8,36 8,57

6,60 6,79 (32,30) 27,31

13,48 10,36 6,42 (17,69) 20,59

14,11 10,97 6,20 (23,18) 22,78

13,08 13,37 5,78 (22,26) 20,66

42,33 (4,59) (45,78) 30,91

Santander Acções América CA FIMAA 3,86 (2,86) (10,98) (41,79) 26,84

US Equity Large Cap Value

DWS Invest CROCI US Dividends USD LC 12,44 12,42 13,42 17,94

JPM US Value C (dist) USD 12,13 10,92 11,20 7,99 18,86

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 58 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
US Growth GBP Acc 10,31
Mason CB US Lg Cp Gr B USD Dis(A)
Rowe Price US Blue Chip Eq A USD
Advisory US Equity Growth $ B
INVF US Advantage I 214,08
Alternative Beta I Cap USD
Bm Uncrltd Strats USD I5 Acc
35,57 10,96 Franklin K2 Alt Strats I(acc)USD 5,23 4,03 8,91 7,42 Nordea 1 - Alpha 10 MA Fd BP EUR 3,48 2,28 2,54 (5,77) 7,71 Nordea 1 - Alpha 7 MA Fd BC EUR 1,64 (3,98) 5,26 Pictet TR - Div Alpha J EUR (0,63) (0,31) (7,08) 3,42 GS Absolute Ret Trkr I Acc EUR Hdg 1,28 (0,62) (1,20) (10,14) 7,70 Aggressive Allocation Allianz Dyn MltAst Stgy SRI75 I EUR 9,47 6,64 7,15 (8,22) 13,84 GS Global MA Gr I Acc USD 6,53 6,13 (2,10) 13,83 CS (Lux) Portfolio Growth CHF B 5,11 3,65 3,10 (7,39) 12,32 Barclays GlobalBeta Port 4 A Acc GBP 4,43 4,16 3,06 (10,19) 14,46 First Eagle Amundi International AU-C 5,96 4,42 2,80 (0,97) 13,29 BSF Managed Index Port Growth A2 EUR 3,47 2,24 (14,60) 15,18 Santander Select Dinâmico A FIMA 0,61 0,32 (11,54) 10,43 IMGA Alocação Dinâmica A FIMA 2,98 0,65 (0,09) (13,66) 14,96 Allocation Miscellaneous GS US RlEstt Bal R USD (MDist Cap (MBS)) 4,59 2,99 13,93 20 22 FUNDOS COM RATING FUNDSPEOPLE EM 2022 VOLAT. 3 ANOS VOLAT. 3 ANOS RETORNO ANUALIZADO RETORNO ANUALIZADO FUNDO FUNDO 5 ANOS 5 ANOS10 ANOS 10 ANOS3 ANOS 3 ANOS1 ANO 1 ANO DADOS A 30/09/2022

Cautious Allocation

Caixa Defensivo PPR/OICVM FIA (10,66)

U Asset Allocation Enhancement USD Acc 4,59 3,16 3,10 6,31

Ninety One GSF Glb MA Inc A Acc USD 4,79 3,13 9,72 6,82

GS Global MA Cnsv I Acc USD 4,77 2,84 (1,20) 8,82

Schroder ISF Glbl MA Bal C Acc EUR 2,05 1,34 1,35 (11,19) 10,12

CS (Lux) Portfolio Yield CHF B 2,44 1,98 0,87 (4,54) 8,08

ODDO BHF Polaris Moderate Cl EUR 2,29 1,09 0,28 (8,10) 6,52

BPI Moderado FIAF (0,25) (0,09) (7,50) 4,92

Pictet-Multi Asset Global Opps I EUR 0,30 (0,91) (11,14) 5,74

Caixa Wealth Defensivo D FIMA (1,32) (11,21) 6,08

Santander Poupança Valorização FPR FIAA 1,27 (0,56) (1,63) (9,18) 5,39

Bankinter 50 PPR/OICVM A FIMA (1,11) (1,65) (14,78) 11,01

FvS - Multi Asset - Defensive I 2,60 0,42 (1,69) (8,27) 7,14

Amundi Fds Global MA Cnsrv C EUR C (0,48) (1,76) (13,19) 7,08

Caixa Seleção Global Moderado FIMA 1,39 (0,57) (1,92) (14,35) 8,13

Amundi Fds Mlt Asst Sust Fut I EUR C 3,34 0,61 (1,94) (12,12) 7,21

Invesco Pan European Hi Inc A EUR QD 3,45 (0,74) (2,30) (14,18) 10,61

Allianz Dyn MltAst Stgy SRI15 AT EUR 2,57 (0,26) (2,44) (11,97) 5,80

Invest Alves Ribeiro PPR FIMA 6,67 0,55 (2,54) (13,97) 10,36

NB PPR/OICVM FIMA 4,65 2,03 (2,69) (12,62) 10,10

Caixa Seleção Global Defensivo FIMA (1,63) (2,86) (10,85) 4,54

JPM Global Income Cnsrv C (acc) EUR (1,01) (3,08) (15,29) 7,59

Bankinter 25 PPR/OICVM A FIMA -0,17 (1,88) (3,13) (13,96) 8,60

IMGA Alocação Conservadora A FIMA 0,42 (1,59) (3,20) (15,35) 8,60

Caixa Inv Socialmente Resp FIMA (1,03) (3,21) (14,18) 9,53

Santander Sustentável FIMA (3,47) (11,63) 5,66

BPI Reforma Investimento PPR/OICVM FIAPR -0,32 (2,26) (3,95) (14,92) 8,40

M&G (Lux) Optimal Income CI EUR Acc 1,50 (2,00) (4,00) (17,18) 9,10

Allianz Strategy 15 CT EUR 2,01 (1,21) (4,51) (13,10) 5,07

Santander Poupança Prudente FPR FIAA -0,15 (2,87) (5,65) (15,69) 6,71

Flexible Allocation

Ninety One GSF Glb Mac Allc IX Acc USD 9,33 9,91 10,75 13,48 10,27

Ruffer Total Return Intl I GBP Cap 5,51 6,63 10,44 4,80 9,30

BL-Global Flexible USD B 7,10 8,01 5,47 2,88 8,92

DWS Concept Kaldemorgen EUR FC 4,40 2,81 2,18 (1,91) 7,05

PIMCO GIS Dyn Mlt-Asst Instl EUR Acc 1,19 1,85 (12,88) 6,75

M&G (Lux) Dynamic Allocation CI EUR Acc 4,11 0,21 1,50 (6,24) 11,85

BL-Global Flexible EUR B 4,05 3,80 1,49 (6,24) 9,09

FvS Multiple Opportunities II RT 5,27 3,20 1,25 (9,04) 10,26

BNY Mellon Glbl Rl Ret (EUR) W Acc 2,10 2,13 0,67 (9,39) 8,68

Moderate Allocation

Caixa Arrojado PPR/OICVM FIA (17,82)

Caixa Moderado PPR/OICVM FIA (14,24)

Capital Group American Bal (LUX) Z 10,21 8,47 6,74 1,59 10,93

Janus Henderson Balanced A2 USD 8,75 8,89 5,94 (0,69) 12,07

BGF Global Allocation A2 6,46 5,90 5,93 (4,37) 11,30

Allianz Income and Growth I H2 EUR 6,06 4,86 5,46 (15,30) 15,12

T. Rowe Price Glb Alloc I USD 7,27 5,26 (2,93) 11,11

Acatis Gané Value Event Fonds A 5,90 5,01 4,38 (8,27) 14,07

Capital Group Glob Alloc (LUX) Z 5,97 4,32 (2,17) 9,56

MFS Meridian Prudent Wealth I1 USD 8,17 6,86 4,05 (4,43) 6,91

Carmignac Pf Patrimoine Europe A EUR Acc 3,56 (11,91) 7,79

BGF ESG Multi-Asset E2 EUR 3,97 3,88 3,53 (8,21) 9,92

Allianz Dyn MltAst Stgy SRI50 W EUR 6,38 3,68 3,31 (9,42) 10,11

MFS Meridian Global Total Ret A2 USD 5,95 4,37 2,71 (2,33) 10,58

MFS Meridian Prudent Capital I1 USD 5,68 2,34 (2,28) 6,41

Jupiter Merlin Intl Bal D EUR Acc 4,27 3,66 2,24 (9,88) 11,16

CT (Lux) Sust Mul Ast Inc I Inc EUR 2,31 0,88 2,02 (11,70) 8,71

BGF Global Multi-Asset Inc A2 5,23 4,15 1,87 (0,53) 9,55

Barclays GlobalBeta Port 3 A Acc GBP 3,16 2,64 1,22 (11,76) 12,80

BPI Dinâmico FIAF 0,46 0,94 (9,29) 7,44

Carmignac Pf Patrimoine F EUR Acc 1,69 (0,48) 0,65 (14,24) 7,43

Bankinter 75 PPR/OICVM A FIMA 1,54 (0,20) (0,11) (16,20) 13,44

JPM Global Balanced A (acc) EUR 3,36 1,07 (0,41) (16,49) 10,42

Caixa Wealth Moderado D FIMA (0,56) (15,65) 9,95

Nordea 1 - Stable Return BP EUR 2,47 0,01 (0,63) (8,57) 6,80

Fidelity Glb Mlt Ast Inc A-Acc-USD 2,89 (0,64) (3,67) 9,21

FvS Multi Asset - Balanced I 4,16 1,56 (0,81) (8,99) 9,33

M&G (Lux) Income Allocation C EUR Acc 1,07 (0,84) (11,37) 11,89

Caixa Seleção Global Arrojado FIMA 1,24 0,27 (1,24) (17,96) 11,89

IMGA Alocação Moderada A FIMA 1,42 (0,43) (1,26) (13,71) 10,74

Man AHL TargetRisk D H EUR 3,01 (2,05) (17,04) 9,91

Santander Select Moderado A FIMA (0,85) (2,06) (10,58) 6,68

PM Global Income A (div) EUR 2,16 (0,96) (2,64) (15,72) 11,50

Santander Rendimento FIMA (3,48) (13,04) 8,87

Durante a última década, a mudança mais significativa para as casas de gestão ativa foi sem dúvida o aumento dos fundos low-cost indexados. À medida que a quota de mercado dos fundos passivos

tem crescido, o mesmo acontece com os gigantes desse tipo de gestão. Mas a gestão ativa é vital para a eficiência dos mercados. Portanto, nesse sentido, é decisivamente necessária. Dito isto, os gestores ativos precisam de demonstrar a sua capacidade de desempenho a longo prazo e em diferentes cenários de mercado. Assim, estou convencida que a abordagem de boutique – especialização e excelência em áreas concretas - é muito significativa. O segmento que creio estar em grande risco é o que está entre estas duas abordagens.

Outra tendência é a crescente importância do ESG. Considerando que o efeito de fatores não financeiros nos investimentos não é novo - na

Carmignac é uma parte não negociável da gestão ativa - a dura realidade dos desafios ambientais e sociais que enfrentamos significa que muitos investidores consideram agora o impacto dos seus investimentos para além dos retornos financeiros. É preciso ser seletivo e ativo para ter um impacto, o que a gestão passiva simplesmente não pode fazer. Isto deu lugar a uma série de novos produtos e regulamentação centrada no ESG. O apetite para os investimentos com critérios ESG cresceu exponencialmente, mas o espaço ainda é novo e o debate sobre os seus benefícios e desafios continua. Para navegar com um rumo, os gestores ativos devem permanecer humildes e transparentes.

SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 59
20 22
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA – É PRECISO AGIR JÁ! A OPINIÃO DE RAPTREN PAR T NER MAXIME CARMIGNAC Diretora-geral, Carmignac UK FUNDOS COM RATING FUNDSPEOPLE EM 2022 VOLAT. 3 ANOS VOLAT. 3 ANOS RETORNO ANUALIZADO RETORNO ANUALIZADO FUNDO FUNDO 5 ANOS 5 ANOS10 ANOS 10 ANOS3 ANOS 3 ANOS1 ANO 1 ANO DADOS A 30/09/2022

Barómetro na Europa

UMA DÉCADA DE CRESCIMENTO NO MERCADO EUROPEU DE FUNDOS DE INVESTIMENTO

Apesar de o panorama macroeconómico atual não oferecer perspetivas muito promissoras, o mercado europeu de fundos passou a última década a crescer… step by step. E o resultado está à vista. A indústria vale hoje mais 6,8 biliões do que no início de 2012.

Oano não está a ser fácil. Disso ninguém tem dúvidas. O ambiente macroeconómico está a tornar-se cada vez mais sufocante. Além das incertezas em torno da guerra na Ucrânia e da crise energéti ca, que por si só são dois fatores com uma forte influência no mercado, a inflação descontrolada tem levado os bancos cen trais a reagir, e são cada vez mais as vozes que alertam para uma recessão iminente.

Foi precisamente com o objetivo de lutar contra a inflação que o Banco Cen tral Europeu surpreendeu em julho ao dar um murro na mesa. Não só subiu as taxas pela primeira vez em 11 anos como

também o fez de forma agressiva. Um aumento de 50 pontos base, algo que não acontecia há 20 anos. A atitude do BCE está em linha com a postura adotada pela Reserva Federal, que já em junho tinha aumentado as taxas em 75 pontos base, movimento que repetiu em julho.

O mercado europeu de fundos de investimento não esteve imune a este ce nário de incerteza. Uma vez mais, voltou a ressentir-se e sofreu uma nova queda. Embora tenha crescido ligeiramente em julho para os 12,31 biliões de euros, em agosto voltou a tombar para os 12,02 bi liões de euros. Olhando para a distribui ção das captações líquidas na Europa, o panorama também não é auspicioso.

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 JUL. AGO. SET OUT. NOV. DEZ. JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. JUL. AGO. SET OUT. NOV. DEZ. JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO.
15.000.000 14.000.000 13.000.000 12.000.000 11.000.000 10.000.000 9.000.000 150.000 100.000 50.000 0 -50.000 -100.000 PATRIMÓNIO CAPTAÇÕES LÍQUIDAS PATRIMÓNIO E CAPTAÇÕES DE FUNDOS UCITS NA EUROPA (Em milhões de euros, inclui monetários) MÊS COM ENTRADAS LÍQUIDAS MÊS COM SAÍDAS LÍQUIDAS CAPTAÇÕES LÍQUIDAS PATRIMÓNIO 2020 2021 PATRIMONIO 9000000 10000000 11000000 12000000 13000000 14000000 15000000 CAPTACIONES NETAS Con monetarios Sin monetarios -100000 -50000 0 50000 100000 150000
2020 2021 60 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO JULHO E AGOSTO por Catarina Vinagre PANORAMA O SETOR EM NÚMEROS

A OPINIÃO

DISTRIBUIÇÃO DO PATRIMÓNIO NA

EM AGOSTO

MERCADO OBRIGAÇÕES AÇÕES OUTROS MISTOS MONETÁRIOS TOTAL

Internacional (*) 2.037.912 2.915.508 278.972 704.479 976.264 6.913.134

Reino Unido 200.093 835.532 25.388 203.856 28.650 1.293.520

Alemanha 131.120 220.418 63.193 104.515 318.459 837.706

França 53.885 241.683 154.698 123.431 4.907 578.605

Suíça 189.379 275.132 31.321 50.607 28.047 574.486

Itália 78.028 335.773 3.221 69.523 0 486.545

Suécia 92.027 49.356 15.953 81.845 9.388 248.569

Espanha 44.275 29.720 3.349 125.495 3.306 206.146

TOTAL 3.079.782 5.254.591 658.865 1.641.371 1.390.306 12.024.915

DISTRIBUIÇÃO DAS CAPTAÇÕES LÍQUIDAS NA EUROPA EM JULHO E AGOSTO

MERCADO OBRIGAÇÕES AÇÕES OUTROS MISTOS MONETÁRIOS TOTAL

Internacional (*) -7.491 -23.134 -9.051 -2.062 15.353 -26.385

Reino Unido 2.308 -9.668 -811 -86 2.085 -6.171

Alemanha -472 -1.442 607 -165 -4.662 -6.133

França -539 -890 251 -201 -160 -1.538

Suíça 1.962 1.064 -34 161 1.774 4.927

1.080

Itália 1.809 -616 11 -125

Suécia 1.309 90 143 -670 351 1.223

Espanha -723 298 -163 -1.458 -80 -2.127

-1.836 -34.297 -9.046 -4.607

*Os dados do Luxemburgo incluem os fundos domicíliados em Dublin. Os monetários dinâmicos incluem-se em outros.

POR QUE INVESTIR EM AÇÕES COM ALTA RENTABILIDADE POR DIVIDENDO NUM CONTEXTO COMO O ATUAL?

Os dividendos devem sempre ser uma consideração importante para os investidores dado que proporcionam um sinal de valorização eficaz, ao mesmo tempo que constituem uma percentagem significativa da rentabilidade total. A nível mundial, a rentabilidade por dividendo representa 33% da rentabilidade média anual desde 1969. Além disso, pensamos que num contexto como o atual é favorável este tipo de estratégias. Em contextos de mercado inflacionários anteriores, tanto as ações com alta rentabilidade por dividendos como as ações com crescimento de dividendos evoluíram bem. As empresas que pagam dividendos tendem a apresentar características de maior qualidade que o mercado. Tendem a ser negócios bem estabelecidos, com um forte posicionamento no mercado e um modelo de negócio apropriado. Os valores de alta rentabilidade por dividendo tradicionalmente operam em setores que foram castigados nos últimos anos, como os bancos e os seguros, por exemplo, que vão beneficiar do aumento das taxas de juro. As empresas de crescimento de dividendos por sua vez tendem a ser de maior qualidade por natureza, com sólidas franquias a partir das quais podem transmitir para os consumidores qualquer aumento dos custos.

SET. OUT. NOV. DEZ. JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ. JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. 2022
0
TOTAL
14.661 -35.124
EUROPA
LUCÍA GUTIÉRREZ-MELLADO Diretora de Estratégia para Portugal e Espanha, J.P. Morgan AM
DE RAPTREN PAR T NER 2022 SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 61

Apenas a categoria de monetários resiste em terreno positivo.

AUGE DA GESTÃO PASSIVA

O crescimento da gestão passiva está a acelerar no mercado europeu. O seg mento de ETF tem registado entradas recorde e está a ter um ano particular mente proveitoso a este nível. Embora os investidores mostrem uma clara pre dileção por ações, as obrigações também têm ganho terreno com produtos como o Xtrackers II ESG EUR Corporate Bond ETF, da Xtrackers (DWS), ou o iShares JP Morgan $ EM Bond ETF, da iShares (BlackRock), a alcançarem captações lí quidas acima de 900 milhões de euros em julho e agosto, respetivamente.

Também os ETF sustentáveis se têm revelado uma tendência. Basta olhar para o Top de captações para ver uma verda deira onda verde entre os produtos de ações. Só em julho, estes produtos capta ram mais de 2.800 milhões de euros.

EM JULHO

Xtrackers

EM OBRIGAÇÕES

FUNDO VOL.

NO MÊS

EM MULTIATIVOS E OUTROS

FUNDO VOL.

EM AGOSTO

iShares

No terreno dos multiativos e outros, verificou-se alguma propensão para o risk-off. Os investidores procuraram subscrever produtos que os ajudem a mitigar o risco e a protegerem-se contra a volatilidade que se avizinha.

Olhando agora para os grupos in ternacionais que mais captaram, a BlackRock destacou-se em julho ao alcançar os 6.064 milhões de euros em subscrições líquidas no segmento que inclui os monetários. Em agosto foi a Morgan Stanley que sobressaiu.

No segmento sem monetários, há duas surpresas. A Swisscanto, que al cançou captações na ordem dos 1,427 milhões de euros em julho, e a Lantern Structured AM, que ultrapassou os 2.600 milhões de euros.

10 ANOS VOLVIDOS…

As recentes quedas sentidas no mer cado contrastam com o crescimento verificado na última década. Em 2012,

COM MONETÁRIOS

GRUPOS

QUE MAIS

CAPTAM NO MÊS

EM JULHO

Invesco

Allianz

DWS Concept

Eurizon

Exane

Lyxor

PIMCO

Lumyna-MW

EM AGOSTO

Allianz

Neuberger

BGF

Glbl Mlt-Asst

DWS Concept

Allianz

altura em que a FundsPeople nasceu, o mercado europeu de fundos de in vestimento valia 5,1 biliões de euros. Hoje, 10 anos depois, a indústria vale 12,02 biliões de euros, um estrondoso crescimento de 6,8 biliões.

Porém, nem todo o percurso foi um mar de rosas. Houve alturas em que o mercado passou por períodos voláteis e incertos, como a crise da dívida públi ca da zona euro em 2012, as quedas nos mercados de ações em 2018 ou a pande mia de COVID-19.

Mas não foram só desaires. Ano após ano o mercado foi crescendo. Entre 2018 e 2019, a indústria deu um salto de 1,70 biliões de euros. Também entre 2020 e 2021, o mercado europeu teve um cres cimento de 684 mil milhões de euros. Nestes 10 anos, apenas entre 2021 e 2022 houve uma variação interanual negativa, já que o mercado caiu 1,5 biliões euros. Esperemos que este não seja um pressá gio para os próximos 10 anos.

Con monetarios Sin monetarios

SEM MONETÁRIOS

NEGÓCIO INTERNACIONAL
EM JULHO BlackRock 6.064 Goldman Sachs 4.923 abrdn 2.804 Federated 2.229 AXA 1.743 EM AGOSTO Morgan Stanley 7.961 HSBC 3.389 Natixis 2.808 Lantern Structured AM 2.617 Crédit Mutuel Alliance F. 2.552
EM JULHO Swisscanto 1.427 Eurizon 1.099 BNP Paribas 799 CaixaBank 728 BBVA 534 EM AGOSTO Lantern Structured AM 2.617 HSBC 962 Swedbank 756 Lumyna 754 Sydinvest 687 OS FUNDOS INTERNACIONAIS UCITS QUE MAIS CAPTAM
Fonte: Morningstar E JPMorgan AM. Em milhões de euros.
EM AÇÕES FUNDO VOL. EM JULHO Xtrackers ESG MSCI USA UCITS ETF 951 iShares MSCI USA ESG Enhanced ETF 848 iShares MSCI EM ESG Enhanced ETF 738 Xtrackers S&P 500 Swap ETF 509 iShares Japan Index Fund (IE) 479 Eurizon Equity North America LTE 452 SPDR® S&P US Technology Select Sect ETF 431 Goldman Sachs China A-Share Equity Port 421 abrdn China A Share Sus Equity Fund 348 Amundi IS S&P 500 ESG 347 EM AGOSTO UBS FS MSCI ACWI SF ETF 1.304 iShares Europe ex-UK Index Fund (IE) 739 UBS FS MSCI ACWI SF ETF 724 iShares UK Index Fund (IE) 407 iShares Core MSCI World ETF 355 MS INVF Global Brands Fund 350 Dimensional Global Targeted Value 323 RobecoSAM Smart Energy Equities 275 Lyxor MSCI USA ESG Broad CTB (DR) ETF 268 BNP Paribas US Growth 254
II ESG EUR Corporate Bond ETF 950 Invesco US Treasury Bond ETF 604 iShares $ Corp Bond ETF 524 UBS (Lux) FS Blombg EURTreasury1-10 468 iShares € Corp Bond ESG ETF 423 PIMCO GIS Dynamic Bond Fund 412 Xtrackers II Eurozone Govt Bond ETF 371 iShares € High Yield Corp Bond ESG ETF 370 Invesco Euro Corporate Bond Fund 314 iShares Euro Government Bd Idx Fd (IE) 305
JP Morgan $ EM Bond ETF 989 iShares $ Corp Bond ETF 807 PIMCO GIS Income Fund 706 Schroder GAIA Cat Bond 591 Lumyna Global Debt Government UCITS Fund 509 AB American Income Portfolio 499 HSBC Global Aggregate Bond Index Fund 479 Lumyna Global Debt Government UCITS Fund 466 JPM Income Fund 392 PIMCO GIS Dynamic Bond Fund 379
Physical Gold ETC 231
Income and Growth 163
Kaldemorgen 105
Azioni Strategia Flessibile 82
Funds 2 Exane Pleiade Fund 76
Epsilon Global Trend Fund 67
GIS Dynamic Multi-Asset Fund 61 Wellington
Trgt Ret II Fd 60 Epsilon Fund Q-Flexible 59
ESG (MN) TOPS UCITS Fd 57
Income and Growth 393
Berman Uncorrelated Strats Fd 278 abrdn Global Risk Mitigation Fund 125
ESG Multi-Asset Fund 119
Kaldemorgen 106 Lazard Rathmore Alternative Fund 89
Income and Growth 87 Ruffer Total Return International 77 Franklin Income Fund 75 Assenagon Alpha Volatility 71 62 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO PANORAMA O SETOR EM NÚMEROS

Olhar para o future investindo em saúde

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Exclusivamente para profissionais de investimento. Não se destina a distribuição ou consulta pelo público em geral. O valor de um investimento pode diminuir ou aumentar e os investidores podem não recuperar o valor total investido. O capital está em risco. Esta informação é publicada pela AllianceBernstein (Luxembourg) S.à

Société

Autorizada

www.alliancebernstein.com/go/healthcareportfolio-pt
AB International
r.l.
à responsabilité limitée, R.C.S. Luxembourg B 34 305, 2-4, rue Eugène Ruppert, L-2453 Luxemburgo.
en Luxemburgo y regulada por la Commission de Surveillance du Secteur Financier (CSSF). IC20220034

10 ANOS

DA MELHOR SELEÇÃO DE FUNDOS EM PORTUGAL

Ao longo dos anos, a FundsPeople foi desafiando os responsáveis de vendas das gestoras internacionais a revelarem quem consideram ser os selecionadores de fundos portugueses que mais se destacam. Todas estas votações tiveram um denominador comum: os rasgados elogios que os representantes das entidades gestoras deixam aos profissionais portugueses.

Na última década, a FundsPeople in quiriu os vendas das gestoras inter nacionais nove vezes para descobrir quem são os selecionadores de fun dos portugueses que mais se desta cam pelo brio e profissionalismo com que realizam o seu trabalho. Neste período, o mercado da ges

tão de ativos passou por vários períodos, dos mais prósperos aos mais tempestuosos. Porém, a facili dade com que os selecionadores de fundos portu gueses ultrapassaram os obstáculos que surgiram e a calma com que enfrentaram os momentos mais difíceis mereceram o elogio dos representantes das gestoras internacionais.

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
2012
64 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO TENDÊNCIAS CAPA
por Catarina Vinagre
2015 2016 SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 65

2019

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 2018
2020 TENDÊNCIAS CAPA 66 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO

OS MAIS MENCIONADOS

Ao longo dos anos, muitos foram os nomes que ficaram gravados nas páginas da FundsPeople, mas houve cin co profissionais que estiveram em grande destaque em pelo menos seis das nove votações. São eles: André Ama do Pinto (atualmente na Alvarium Invesments e ante riormente na BPI Gestão de Ativos); Carla Veiga (GNB

Gestão de Ativos); Rui Broega (BiG); Inês Castro (DWM do Millennium bcp); Marta Martins (atualmen te na IMGA e anteriormente na GNB Gestão de Ativos). 10 anos depois, a FundsPeople falou com estes profissio nais para descobrir o que consideram que foi o mais grati ficante no trabalho de seleção de fundos na última década.

ANDRÉ AMADO PINTO

“Trabalhar nesta área nestes últimos 10 anos permitiu-me ter acesso ao que há de melhor na indústria e não podia estar mais grato. Tive a possibilidade de conhecer alguns dos melhores gestores do sector e ter acesso a diferentes visões de mercado, o que no fim permite-nos perceber um pouco melhor o mundo, algo essencial para o nosso trabalho”.

MARTA MARTINS

“Face a uma década tão desafiante, enquanto selecionadora, foi muito gratificante conseguir adaptar a seleção de fundos aos diferentes contextos de mercado e verificar que essas decisões se materializaram em escolhas bemsucedidas e geradoras de valor.”

CARLA VEIGA

“O contacto permanente com diversas casas de investimento, com diferentes culturas e formas de gestão, tem-me permitido adquirir conhecimentos técnicos e, essencialmente, formas de pensar e de gerir ativos que dificilmente obteria de outra forma. Como sou também gestora de carteiras multiativos é muito gratificante sentir o impacto direto das decisões que tomo ao nível da seleção dos fundos a incluir nas carteiras, assim como conseguir aplicar o que vou aprendendo e as ideias que vão surgindo no contacto com as diferentes casas de investimentos. Por último, não poderia deixar de referir o privilégio de ter a possibilidade de conhecer novas pessoas e de manter contacto com culturas que, por vezes, são tão diferentes da minha!”

INÊS CASTRO

“Foi desenvolver a capacidade analítica e crítica num ambiente em constante mutação (mercado), procurando novas formas de melhorar o processo e o contacto com uma diversidade de gestores com formas diferentes de pensar e que procuram constantemente se superar.”

RUI BROEGA

“O melhor de cada etapa são as pessoas. É disso que se trata. A nossa análise recai sobre processos e resultados concretizados consistentemente por pessoas (equipas). E foi com elas que caminhámos, aprendemos e partilhámos a evolução desta indústria. Estou grato por isso”.

SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 67

ENERGIA: UMA DÉCADA PARA UMA REVOLUÇÃO

A urgência é crescente e o tempo começa a escassear para consolidar a revolução energética indispensável às metas de emissões estabelecidas para 2030. O que falta? Apesar dos progressos, falta mais suporte político e investimento.

Seja na geração de energias limpas, no seu transporte e distribuição, ou na mobilidade elétrica, incluindo infraestrutura de carregamento e redes de hidrogénio, o investimento atual é ainda insuficiente para alcançar as metas estabelecidas para final da década e as da neutralidade carbónica, em 2050.

Com níveis de investimento adequado, veremos um importante reforço na geração de energia solar e eólica, com claros benefícios no médio prazo. Num horizonte mais vasto, será o hidrogénio a merecer maior atenção, sobretudo pelo papel que pode desempenhar nas áreas mais críticas de emissões: a indústria e os transportes.

As infraestruturas de mobilidade verde, com soluções de transporte e distribuição de energia, incluindo hidrogénio, é uma das áreas onde se prevê um aumento do investimento mais representativo até final da década.

Os mercados em desenvolvimento, cujo crescimento implica aumento do consumo energético, estão em boas condições para reforçar as energias limpas, eólica e solar, enquanto nas infraestruturas de mobilidade são os desenvolvidos, que estão a abrir caminho, os mais atrativos. E a China tem em toda esta revolução um papel relevante, tanto na criação de infraestruturas como no fornecimento de equipamentos, que impacta todo o setor.

MÁRIO
PIRES Diretor
de clientes institucionais e do mercado português, Schroders
A OPINIÃO DE RAPTREN PAR T NER 2021 2022 68 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO TENDÊNCIAS CAPA

EQUILÍBRIO ENTRE SIMPLICIDADE E FLEXIBILIDADE

Flexível. Defensivo. Dinâmico.

Há 30 anos que a estratégia

Balanced oferece uma combinação simples e otimizada de ações e obrigações concebida para captar as melhores oportunidades em cada ciclo do mercado.

A data de início da estratégia representativa é 01/09/1992. O fundo foi lançado em 24/12/1998.

Para mais informações sobre o fundo, aviso legal e performance, visite

Apenas para investidores profissionais. Comunicação promocional. A Janus Henderson Capital Funds Plc é um UCITS constituído sob a lei irlandesa, com responsabilidade segregada entre fundos. Observe que quaisquer diferenças entre as moedas dos títulos em carteira, moedas das classes dos fundos e custos a serem pagos ou representados em moedas diferentes da sua moeda local irão expô-lo a riscos cambiais. Os custos e retornos poderão aumentar ou diminuir como resultado de flutuações da moeda e da taxa de câmbio. Por favor não deixe de consultar o prospecto do UCITS e KIID (ou’ IFI – Informações Fundamentais Destinadas aos Investidores) antes de tomar qualquer decisão final de investimento. Os resultados passados não são uma garantia de resultados futuros. Este documento não constitui qualquer tipo de aconselhamento financeiro ou oferta para vender, comprar, ou uma recomendação, e não deve ser usado como base para tomar (ou parar de tomar) qualquer decisão, sobre títulos, diferente do contratado em consonância com as leis, regras e regulamentos aplicáveis. Relativamente a aspectos de sustentabilidade, por favor consultar janushenderson.com. Os investimentos subjacentes a este produto financeiro (referido como o Fundo) não têm em conta os critérios da UE aplicáveis às atividades económicas ambientalmente sustentáveis. O Gestor de Investimentos não considera os impactos adversos das decisões de investimento sobre fatores de sustentabilidade, tal como previsto no regulamento SFDR em relação ao Fundo, porque não está classificado nos termos do Artigo 9 ou do Artigo 8 do Regulamento (UE) 2019/2088. A data de início da estratégia representativa é 01/09/1992. O fundo foi lançado em 24/12/1998. O Rating Morningstar é aplicável à classe H2 HEUR (código ISIN: IE00BD860H78) a partir de 30 de junho de 2022. © 2022 Morningstar. Todos os direitos reservados. As informações contidas neste documento: (1) são propriedade da Morningstar e/ou dos seus fornecedores de conteúdos; (2) não poderão ser copiadas nem distribuídas; e (3) não são garantidas como sendo precisas, completas ou atualizadas. Nem a Morningstar nem os seus fornecedores de conteúdo são responsáveis por quaisquer danos ou perdas resultantes de qualquer uso desta informação. Os resultados anteriores não são uma garantia de resultados futuros. Emitido na Europa pela Janus Henderson Investors. Janus Henderson Investors é o nome sob o qual são fornecidos produtos e serviços de investimento pela Janus Henderson Investors internacional limited (reg no. 3594615), Janus Henderson Investors UK limited (reg no. 906355), Janus Henderson fund management UK limited (reg. No. 2678531). Henderson Equity Partners Limited (reg. no.2606646), todas elas registradas em Inglaterra e no País de Gales em 201 Bishopsgate, London EC2M 3AE e reguladas pela Financial Conduct Authority) e a Henderson Management S.A. (n.º reg. B22848 em 2 Rue de Bitbourg, L-1273, Luxemburgo e regulada pela Commission de Surveillance du Secteur Financier). Uma síntese dos Direitos dos Investidores está disponível em inglês em https://www.janushenderson.com/summary-of-investors-rights-english. A Henderson Management SA pode decidir encerrar os acordos de comercialização deste Instrumento de Investimento Coletivo nos termos da regulamentação adequada. Janus Henderson, Knowledge Shared e Knowledge Labs são marcas comerciais da Janus Henderson Group plc ou de uma das suas subsidiárias. © Janus Henderson Group plc. Anúncio emitido em 29/09/2022.

janushenderson.com/pt/balanced
200-99-120303 08-22

UMA DÉCADA

DE PROXIMIDADE COM O CLIENTE

Passaram 10 anos, mas o objetivo continua o mesmo. Para os vendas das gestoras internacionais é crucial manter o cliente como prioridade.

E isso nota-se no feedback que os selecionadores de fundos portugueses oferecem quando, periodicamente, a FundsPeople os questiona sobre o desempenho destes profissionais.

Muitos foram os obstáculos que surgi ram na jornada dos representantes das gestoras internacionais ao lon go da última década: o crescente uso da tecnologia que permite uma certa distância e até desvinculação; uma pandemia que obrigou a colocar em pausa a proximidade física;

altos e baixos no mercado… Mas a capacidade que estes profissionais demonstraram de contornar as pe dras no caminho e arranjar sempre uma maneira de manter uma linha de comunicação fluída com cliente de forma a que todos os seus pedidos sejam corres pondidos, valeu-lhes nada mais do que uma torrente de elogios ao longo dos anos.

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
2014
70 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO TENDÊNCIAS CAPA
2017 2019 2018 SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 71

2021

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 2020
2022 72 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO TENDÊNCIAS CAPA

10 ANOS DEPOIS…

Passou uma década, mas há profissionais que se man têm na linha da frente graças à qualidade do seu tra balho. Em destaque em pelo menos seis das sete vo tações realizadas pela FundsPeople estiveram Ana Carrisso (Fidelity International); André Themudo (BlackRock); Mário Pires (Schroders); Miguel Lu

zarraga (atualmente na AllianceBernstein e ante riormente na J.P. Morgan AM); Tiago Forte Vaz (Pictet AM); e Vasco Jesus (MCH Investments). A FundsPeople falou com estes profissionais para des cobrir quais consideram ser as principais diferenças entre o trabalho hoje e há 10 anos.

ANA CARRISSO

Ao longo desta década, evoluiu a forma em que ouço, respondo e filtro a informação, mas sempre tentando manter a proximidade com o cliente e dar resposta às suas necessidades.

Passámos a gerir o nosso tempo de forma diferente, há mais concorrência e uma maior especialização.

MIGUEL LUZARRAGA

A preparação de um samurai antes de um combate, bem como a de um enólogo para criar um bom vinho, não diferem muito da de um vendedor de fundos.

Este trabalho requer uma preparação que pode passar despercebida, mas que faz toda a diferença na hora de conectar com o cliente.

O cliente deve ser sempre o nosso foco. Se seguirmos este princípio, veremos como, com o tempo, virão até nós nos momentos de alegria e de queda do mercado.

A preparação de um samurai, de um enólogo, ou de um vendedor há 10 anos não deverá ter mudado, mas sim evoluído; adquirindo maior conhecimento como o samurai e gerando produtos adaptados às necessidades atuais do cliente como o enólogo. Obrigado por votarem em mim estes anos e um brinde a mais 10!

ANDRÉ THEMUDO

Instituições mais globais, maior sofisticação de produto e aumento da digitalização, fizeram com que tenhamos que estar mais presentes e melhor coordenados internamente. A penetração em produtos alternativos torna o processo de acompanhamento cada vez mais próximo.

TIAGO FORTE VAZ

Na realidade o mundo mudou muito nos últimos 10 anos, mas a nossa atividade na essência não mudou. A nossa atividade na essência continua a ser o que era, ou seja, a constante busca de soluções para os desafios que os nossos clientes enfrentam. Mudam os mercados, mudam as tendências, mudam as estratégias, às vezes até alguns protagonistas, mas a essência essa continua a ser a mesma.

A tecnologia veio ajudar e tornar mais eficiente a forma como chegamos aos outros e os outros chegam até nós, mas o fator Humano segue e soma. A indústria de gestão de ativos é e continuará a ser uma atividade de pessoas para pessoas.

MÁRIO PIRES

A crescente oferta de fundos de investimentos e maior complexidade dessa oferta traduziu-se numa necessidade de maior especialização. O trabalho de vendas tem vindo a evoluir para um trabalho mais consultivo onde a base de partida é o cliente e não o produto.

VASCO JESUS

Uma das principais diferenças entre o trabalho de vendas de hoje e o de há 10 anos tem principalmente a ver com a composição do mercado, ou seja, nestes 10 anos houve uma redução significativa do número de clientes , e um aumento significativo dos parceiros de indústria.

Outra enorme diferença tem a ver com a questão da presença física e dos fluxos de comunicação. Com a crise pandémica todo o modus operandi no que diz respeito à interação com o cliente mudou. Muitas das nuances dessa mudança vieram para ficar e, portanto, teve e tem que haver toda uma reformulação na dinâmica da interação com o cliente. Outra mudança que também aconteceu está relacionada com a quantidade de decisões quantitativas, ou seja, há 10 anos diria que a balança pendia bastante mais para o lado qualitativo enquanto hoje em dia a balança pende claramente mais para o lado quantitativo.

SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 73
UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 Nos últimos 10 anos muita coisa mudou no mercado de fundos mobiliários nacional, desde as entidades que operam no mercado, aos ativos geridos e até ao tipo de produtos disponíveis. 2022 vs 2012: como se repartiu o negócio das gestoras nos últimos 10 anos? por Samuel Capucho AS MUDANÇAS NA ESTRUTURA DE MERCADOPORTUGUESES DOSFUNDOSMOBILIÁRIOS (PATRIMÓNIO GERIDO PELAS 5 MAIORES ENTIDADES GESTORAS PORTUGUESAS EM PORTUGAL E NO LUXEMBURGO. DEZEMBRO DE 2012 VS JUNHO DE 2022) 2012 25% 33% 16% 19% 16% 15% 23% 20% 11% 7% 9% 6% ESAF (ESAF IM) CAIXA GESTÃO DE ATIVOS BPI GESTÃO DE ATIVOS (BPI GIF MANAGEMENT) BPI GESTÃO DE ATIVOS (CAIXABANK AM) OUTROS SANTANDER ASSET MANAGEMENT CAIXAGEST IM GESTÃO DE ATIVOS SANTANDER ASSET MANAGEMENT OUTROS MILLENNIUM GESTÃO DE ATIVOS GNB GESTÃO DE ATIVOS (GNB IM) 2022 74 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO TENDÊNCIAS NEGÓCIO

Onegócio da gestão de fundos mobiliários em Portugal passou por inú meros desafios nos últi mos 10 anos. Algumas gestoras nacionais mantiveram-se no mercado durante este período, outras reconfiguraram-se ou desapareceram. Os anos mais recentes foram verdadei ros impulsionadores para este negócio, sendo que foi quando o mercado, no seu agregado, cresceu com maior afin co. Aliás, poderia dividir-se a evolução deste mercado em dois períodos. Um primeiro período, de 2012 a 2018, de estagnação – se olharmos para o total gerido pelas casas nacionais nestes seis anos, o volume cresceu apenas 1%. Já o segundo período, de 2019 a 2022, foi de expansão – nestes três anos, o montan te gerido cresceu 31%.

Uma das razões deste crescimento foi o facto de muitas entidades terem instalado alguns dos seus produtos de

eleição no Luxemburgo. A importân cia desta praça financeira é reforçada pelos números. Com referência a ju nho de 2022, o património sob gestão em fundos mobiliários domiciliados no Luxemburgo e em Portugal ultrapas sava os mil milhões de euros. Em 2012, era apenas de 500 milhões de euros.

Mas como terá evoluído este ne gócio nos últimos 10 anos? Apresen tamos a evolução do montante gerido por cada casa gestora, pelas categorias de investimento que mais cresceram em termos de património, e ainda em termos de oferta de estratégias. Foram considerados os produtos domiciliados em Portugal e no Luxemburgo - in cluindo aquelas estratégias que se ex tinguiram ao longo dos últimos 10 anos -, com informação sobre o património no final de cada um dos anos analisados segundo a base de dados da Mornings tar. É de salientar que a classificação dos fundos em cada categoria não foi

estáticas ao longo dos anos. Conside ramos a classificação mais recente.

TRÊS ANOS DE OURO

Em retrospetiva, o número de entida des a operar no mercado com fundos mobiliários em Portugal e no Luxem burgo não se alterou. Tanto em 2012 como em 2022 contamos 17 gestoras de fundos mobiliários. Contudo, este número foi oscilando nestes 10 anos. A verdade é que o mercado assistiu ao nascimento de entidades, como a BIZ Capital, a Sixty Degrees ou a Casa de Investimentos. Apesar da manuten ção do número de entidades, os ativos sob gestão, quando consideramos os fundos domiciliados no Luxemburgo, passaram de 12 mil milhões em 2012 para 17 mil milhões em junho de 2022. Neste período, o valor sob gestão má ximo atingido aconteceu no final de 2021, com um montante que rondava os 21 mil milhões de euros,

sendo EVOLUÇÃO DOS ATIVOS SOB GESTÃO (EIXO) E RESPETIVO NÚMERO DE FUNDOS CATEGORIAS GLOBAIS 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 ALOCAÇÃO ALTERNATIVOS AÇÕES OBRIGAÇÕES DIVERSOS MERCADO MONETÁRIO 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 JUN/2022 ATIVOS SOBRE GESTÃO (MILHÕES DE EUROS) Fonte: Morningstar Direct. Produtos de gestão nacional domiciliados em Portugal e no Luxemburgo. 75 75 70 71 69 63 68 75 79 85 92 3 3 3 3 3 3 3 2 2 4 4 74 69 68 64 61 56 54 52 44 41 40 67 69 57 50 44 39 37 41 41 39 41 34 18 12 6 4 2 2 2 2 2 2 9 8 8 8 7 6 4 3 3 3 3 SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 75

DOS

SOB GESTÃO (EIXO) E RESPETIVO

ANOS

DE TRANSFORMAÇÃO

que o valor mínimo foi registado pre cisamente no final de 2012. Nestes 10 anos, a taxa de crescimento anual do património das entidades gestoras de fundos mobiliários foi de 4,3%.

Na verdade, o património total geri do por estas entidades não cresceu em apenas três destes 10 anos. Aliás, até meados de 2018, poderia mencionar -se que a indústria se encontrava com dificuldades em ultrapassar a barreira dos 12 mil milhões de euros. Contudo, 2019, 2020 e 2021 foram verdadei ros anos de ouro: o total de ativos sob gestão das gestoras nacionais cresceu 15,4%, 12,7% e 33,4%, respetivamente.

TRÊS ENTIDADES DOMINAM

A gestora que, no período em análise, mais frequentemente dominou o merca do nacional em termos de património foi a Caixa Gestão de Ativos, com um patri mónio gerido desde 2012 sempre supe rior a 2,8 mil milhões de euros. De facto, chegou quase a contar com 7 mil milhões de euros em ativos sob gestão em 2021.

Neste período, a Caixa GA apenas não liderou em três anos: 2012, 2016 e 2017. Há 10 anos era precisamente a ex-ESAF (atual GNB Gestão de Ati vos) que dominava o mercado, com mais 174 milhões de euros em ativos sob gestão do que a Caixa GA. Contu do, logo em 2013, esta entidade via-se a ser ultrapassada pela atual líder de mercado. Depois de um período de queda, a verdade é que a GNB GA con seguiu crescer entre 2018 a 2022. Para esta gestora, os fundos domiciliados no Luxemburgo são de extrema impor tância, e de 2015 para 2016, por exem plo, foi com base nestes produtos que a gestora aumentou o seu património.

Já em 2016 e 2017, foi a BPI Gestão de Ativos que alcançou a maior quota de mercado em fundos mobiliários, impulsionada pelos seus produtos do miciliados no Luxemburgo. Ainda as sim, a Caixa GA andou sempre muito próxima da liderança nestes anos.

Entre as entidades de menor dimen são que não figuram no Top 3, desta

que para o constante crescimento ao longo dos anos da sucursal do Bankin ter GA em Portugal, da Optimize IP, da Atrium Investimentos, da Invest GA e, mais recentemente, da Casa de Investimentos.

HEGEMONIA

Em termos de número de fundos, em 2012 contávamos com muito mais pro dutos do que em 2022. Há 10 anos exis tiam 262 produtos no mercado. Atual mente estão registados na Morningstar 182 fundos mobiliários.

A fotografia do número de fundos por classe de ativos é também algo dis tinta da atual. Em 2012 contávamos 75 fundos de alocação (29%), 74 de ações (28%) e 67 de fixed income (26%), sen do a restante percentagem distribuída entre fundos alternativos, diversos e monetários. Atualmente estão regis tados na base de dados da Mornings tar 92 fundos de alocação (51%), 40 de ações (22%) e 41 de fixed income (23%). Por um lado, estes números

UMA DÉCADA
ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
EVOLUÇÃO
ATIVOS
NÚMERO DE FUNDOS CATEGORIA ALOCAÇÃO 8.000 7.000 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 0 ALOCAÇÃO AGRESSIVA ALOCAÇÃO DI VERSOS ALOCAÇÃO CAU TELOSA ALOCAÇÃO FLEXÍVEL ALOCAÇÃO MODE RADA 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 JUN/2022 ATIVOS SOBRE GESTÃO (MILHÕES DE EUROS) Fonte: Morningstar Direct. Produtos de gestão nacional domiciliados em Portugal e no Luxemburgo. 7 7 5 7 7 7 7 8 9 11 11 8 6 6 6 4 4 4 4 4 4 4 27 27 25 26 25 22 24 27 27 25 27 14 13 13 10 12 11 12 12 13 18 19 19 22 21 22 21 19 21 24 25 27 27 76 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO TENDÊNCIAS NEGÓCIO
EVOLUÇÃO DOS ATIVOS SOB GESTÃO (EIXO) E RESPETIVO NÚMERO DE FUNDOS CATEGORIA AÇÕES EVOLUÇÃO DOS ATIVOS SOB GESTÃO (EIXO) E RESPETIVO NÚMERO DE FUNDOS CATEGORIA FIXED INCOME 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 5.500 4.500 3.500 2.500 1.500 500 -500 FUNDOS DE AÇÕES REGIONAIS RENDIMENTO FIXO EUROPA FUNDOS DE AÇÕES SETORIAIS RENDIMENTO FIXO DIVERSO AÇÕES LARGE CAP EUROPEIAS RENDIMENTO FIXO GLOBAL AÇÕES MID/SMALL CAP EUROPEIAS MERCADO MONETÁRIO AÇÕES MERCADOS EMERG. GLOBAIS AÇÕES LARGE CAP GLOBAIS AÇÕES LARGE CAP BLEND/GROWTH DE EUA 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 JUN/2022 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 JUN/2022 ATIVOS SOB GESTÃO (MILHÕES DE EUROS) ATIVOS SOB GESTÃO (MILHÕES DE EUROS) Fonte: Morningstar Direct. Produtos de gestão nacional domiciliados em Portugal e no Luxemburgo. Fonte: Morningstar Direct. Produtos de gestão nacional domiciliados em Portugal e no Luxemburgo. 75 75 70 71 69 63 68 75 79 85 92 75 75 70 71 69 63 68 75 79 85 92 75 75 70 71 69 63 68 75 79 85 92 75 75 70 71 69 63 68 75 79 85 92 75 75 70 71 69 63 68 75 79 85 92 75 75 70 71 69 63 68 75 79 85 92 75 75 70 71 69 63 68 75 79 85 92 54 53 42 41 40 35 33 36 36 34 36 12 14 13 7 3 3 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 2 3 3 3 3 9 8 8 8 7 6 4 3 3 3 3 SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 77

PAR T NER

RAPTREN

A OPINIÃO DE

demonstram que as gestoras nacionais foram-se adaptando à procura dos in vestidores nacionais, com o lançamen to de mais fundos de alocação, pois são o tipo de fundos que mais capta dinhei ro em Portugal. Por outro lado, é clara a perda de espaço no mercado pelos fun dos de ações e de fixed income.

Olhando mais especificamente para a categoria de alocação, vemos que tanto aumentou a oferta ao nível de produtos agressivos, como dos mais flexíveis ou moderados. Contudo, destaca-se o au mento da oferta de fundos multiativos moderados, com o número de produtos a aumentar de 19 em 2012, para 27 em 2022.

Já relativamente à categoria de ações, perderam-se, principalmente, fundos de ações focados em geografias específicas. A única categoria acionista que escapa à tendência decrescente na oferta de fundos é a de ações globais lar ge cap. Ainda assim, só está registado mais um fundo pertencente a esta cate goria face a 2012.

Em obrigações, de destacar que, em 2012, não existiam fundos a operar na categoria rendimento fixo global. Con tudo, em 2013, foi lançado um produto para o mercado que se inseriu nesta ca tegoria e, a partir de 2019, esta cresceu ainda mais com o lançamento de mais dois produtos. No entanto, esta foi a única categoria de fixed income que viu um aumento do número de produtos. Só na categoria que agrega os fundos de

obrigações focados na região europeia perderam-se 18 produtos face a 2012. Paralelamente, perdeu-se a total repre sentação de fundos focados em merca dos emergentes.

CRESCIMENTO NAS AÇÕES

Mas terá este decréscimo do número de fundos nas categorias de ações e obri gações traduzido-se numa diminuição do património? Se, por um lado, na ca tegoria de ações vemos um aumento do património em 157%, por outro lado, na categoria obrigacionista, vemos um decréscimo de 9%. O crescimento na categoria acionista foi mais saliente após o ano de 2018, enquanto na cate goria de fixed income os valores foram -se mantendo estáveis. Ainda assim, na sua totalidade, a categoria de fixed income continua a agregar mais ativos sob gestão do que a categoria de ações.

Já na categoria de alocação é eviden te o crescimento dos ativos sob gestão. Atualmente, no total, os 92 fundos de alocação agregam mais de 9 mil mi lhões de euros, fazendo desta a maior categoria em número de fundos e em património. Este é um movimento que nasceu durante os últimos 10 anos, já que, em 2012, a maior categoria era a obrigacionista.

Contudo, este desenvolvimento da categoria de alocação também não foi homogéneo. Por exemplo, os produtos mais agressivos foram os que mais cres ceram percentualmente desde 2012, passando de 51 milhões de euros sob gestão em 2012 para mais de 378 mi lhões em 2022. Já os fundos cautelosos, que eram os que detinham maior volu me sob gestão em 2012, continuam a merecer esse destaque em 2022.

Na próxima década, não sabemos que evolução está reservada à indústria de fundos mobiliários nacional. Mas a avaliar pelos 10 anos que passaram, seguramente que novas tendências de mercado irão surgir… e cá estaremos para as reportar!

COMO PRESERVAR O PODER DE COMPRA DOS NOSSOS CLIENTES

Apesar da mudança de rumo das políticas monetárias dos bancos centrais, a inflação continua com números elevados e persistentes. Neste contexto, a AXA Investment Managers, com mais de 30 anos de experiência em gestão de fundos de obrigações indexados à inflação e com cerca de 35.000 milhões de dólares sob gestão (a 30/06/2022) procura oferecer soluções que permitam limitar o impacto do aumento dos preços, como o fundo AXA WF Euro Inflation Plus, que fará um ano nos próximos dias. Trata-se de um fundo de retorno total, gerido ativamente e que utiliza as várias estratégias que as obrigações indexadas à inflação permitem. As obrigações indexadas à inflação são um ativo de obrigações complexo de gerir. São afetadas não só pela duração e curva das taxas, mas também pela inflação realizada e expetativas da mesma (breakevens).

Mas estas variáveis são, por sua vez, a oportunidade de alcançar o objetivo do fundo: tentar vencer a inflação europeia1 anualmente em euros, incluindo os seus elementos mais voláteis, a energia e as matérias-primas.

JONATHAN BALTORA Responsável de Dívida Soberana, Inflação e Divisas, AXA IM
1 Inflação da zona euro determinada pelo IPC, excluindo o tabaco, despesa líquida recorrente NA CATEGORIA DE AÇÕES, PERDERAMSE PRINCIPALMENTE FUNDOS FOCADOS EM GEOGRAFIAS ESPECÍFICAS 78 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO TENDÊNCIAS NEGÓCIO

Investir no combate às alterações climáticas exige inteligência

As alterações climáticas constituem um dos maiores desafios que se deparam à nossa sociedade. Por esse mundo fora, porém, existem empresas dinâmicas que estão a enfrentar o desafio com abordagens inovadoras, criando oportunidades multissetoriais para investidores que queiram fazer parte da solução.

Para mais informações digitalize o nosso código QR

O seu capital poderá estar em risco.

LV-JPM53369 | 03/22 | 09ql222903091954

CHANGES

Nestes 10 anos, a análise financeira mudou bastante, o que se refletiu num número crescente de certificações nesta área. Tal como 2012 o foi, seria importante que 2022 marcasse um ponto de partida para uma recuperação dos mercados, mas também do país em geral.

Turn and face the strange, Don´t wanna be a richer man, Turn and face the strange, Just gonna have to be a different man, Time may change, But I can´t trace time (David Bowie, Changes, 1971)

P ortugal mudou bastante desde 2012: 2022 será o ano de maior crescimento nominal do século, depois de 21 anos de crescimen to miserável e anos de crescimento negati vo. Não somos mais um patinho feio, nem o P entre PIGS, há países europeus que enfrentam desafios bem mais preocupantes que o nosso e o destino do Euro continua a despertar as prosas de muitos analistas políti cos, tal como há 10 anos atrás.

Os mercados financeiros mudaram em várias dimensões nestes 10 anos, com retornos sustentadamente positivos na maioria das classes de ativos, seja ações, obrigações ou imobiliário, quando há 10 anos as yields portugueses atin giam máximos na Crise do Euro e algumas economias do sul da Europa sofriam para se financiarem antes de Draghi pronunciar a sua famosa frase do whatever it takes.

Também a reforçar a visão optimista, a informação sobre as atividades de gestão de ativos em Portugal e sobre os mercados mudaram decididamente ao longo destes 10 anos após o aparecimento de uma publicação e uma ini ciativa de grande qualidade, calibre e reputação como foi a FundsPeople em 2012.

Como presidente da APAF-Associação Portuguesa dos Analistas Financeiros orgulho-me de dizer que a análi se financeira também mudou bastante, pois temos hoje muitos mais diplomados CFA-Chartered Financial Analyst (mais de 150) , CEFA- Certified European Financial Analyst (mais de 300) e CESGA- Certified in Environmental Social and Governance Analyst (cerca de 70), do que alguma vez Portugal teve, estando por isso as nossas empresas muito mais equipadas com conhecimentos especializados dos seus recursos humanos do que estavam há 10 anos atrás. Mas nem tudo mudou para melhor, o mundo tal como o conhecíamos mudou bastante; antes havia uma paz que a

queda do Muro de Berlim parecia ter assegurado, e agora temos uma guerra na Europa de que não se vislumbra um fim, uma inflação galopante e uma crise energética ao es tilo da década de 70 do século anterior. O mundo é mais inseguro e ambientalmente mais complexo e desafiante, apesar de Portugal ter saído de uma crise financeira bri lhantemente, e estar a atrair estrangeiros como se fosse a Flórida dos EU da Europa. Na verdade os mercados fi nanceiros globais só agora, em 2022, estão a dar sinais de que o famoso ciclo económico não desapareceu, apenas tinha sido adormecido à sombra de políticas monetárias ultra-agressivas e de estímulos fiscais desproporcionados para salvar as pessoas e as economias do COVID. Foram 10 anos de constantes mudanças, que muitos gráficos re fletirão bem, mas que todos os que vivemos no mercado, sabemos que foram acompanhados ao detalhe pela equi pa da FundsPeople

A mudança é o mote da melhoria contínua em que todos vivemos. Estou certo que os próximos 10 anos trarão para a FundsPeople, para o mercado financeiro português e para o nosso país em geral, um conjunto de alterações que se revelarão ainda mais positivas do que aquelas que já vivemos desde 2012. O país está equipado de talento humano (tal como a FundsPeople), tem melhores univer sidades do que antes tinha, tem melhores empresas líde res em temas de sustentabilidade energética, e se souber aproveitar todo o restante capital que dispõe terá uma menor dependência de dívida por vezes não sustentável e que nos obrigou aos sacrifícios de há 10 anos atrás.

Era bom que a história não se repetisse e que 2022 não fosse um ano de partida para uma recuperação como foi o de 2012 e que só foi alegrado pela audácia e ambição do arranque do projeto FundsPeople!

Espero estar por aqui em 2032 para vos dar, a todos, os pa rabéns pelo vigésimo aniversário de tão celebrado evento.

80 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO Presidente da direção, Associação Portuguesa de Analistas Financeiros TRIBUNA MANUEL PUERTA DA COSTA

Hidrógenio Um grande passo para os seus investimentos e para a transição energética.

CPR Invest - Hydrogen, uma oportunidade para criar valor investindo em todo o ecossistema do hidrogénio: um mercado inovador com grande potencial;

Estima-se que irá cobrir cerca de 17% de todas as necessidades energéticas até 2050**; Poderá ajudar a reduzir as emissões globais de gases com efeito de estufa. amundi.pt

é dirigido a qualquer “Pessoa dos EUA”, tal como definido na Securities Act de 1933 e no prospecto. A KIID, que o proponente do investimento deve entregar antes de assinar, e o Prospecto estão disponíveis gratuitamente nos escritórios dos agentes de colocação, bem como no website https://www.amundi.com/globaldistributor/. Um resumo da informação sobre os direitos

*Fonte: IPE “Top 500 Asset Managers” publicado em Junho 2022 com dados de Dezembro de 2021. **ETC (Energy Transition Commission), “Making the Hydrogen Economy Possible”, Abril 2021. Esta é uma comunicação de marketing, sem valor contratual. Consulte o Prospecto e a KIID antes de tomar uma decisão final de investimento. A CPR Invest - Hidrogénio (doravante também “Fundo”) é um Subfundo da CPR Invest SICAV, gerido pela CPR Asset Management, uma empresa do grupo Amundi. A CPR Asset Management é autorizada em França e regulamentada pela Autorité des Marchés Financiers (AMF). O Subfundo é autorizado no Luxemburgo e supervisionado pela Commission de Surveillance du Secteur Financier (CSSF). Os potenciais investidores devem examinar se os riscos associados ao investimento no Fundo são adequados à sua situação, e devem também assegurar-se de que compreenderam plenamente este documento. Em caso de dúvida, recomenda-se que consulte um consultor financeiro. O valor do investimento pode diminuir ou aumentar. O Fundo não oferece qualquer garantia de retorno. O investimento envolve riscos. O desempenho passado não é uma garantia nem indicativo de resultados futuros e não existe qualquer garantia de que se obtenham retornos iguais no futuro. O presente documento não representa uma oferta de compra ou uma solicitação de venda. Não
dos investidores e os mecanismos de recurso colectivo pode ser encontrado em inglês no seguinte link: https://about.amundi.com. A sociedade de gestão pode decidir retirar a notificação das disposições tomadas para a comercialização de unidades de participação, incluindo, quando apropriado, em relação a categorias de acções, num Estado-Membro ao qual tinha previamente notificado. - Setembro de 2022. | Lider Europeu em Gestão de Activos*

AS HISTÓRIAS DA GESTÃO DE PATRIMÓNIOS NACIONAL

O mercado nacional de gestão de patrimónios não viu, certamente, a sua melhor década no período de 2012 a 2022. Pelo menos no que se refere aos ativos sob gestão totais. Contudo, sabemos bem que este

número é frequentemente enganador e não reflete na plenitude a grandeza destas entidades.

Osegmento de gestão de patrimónios pode ser es pecialmente enganador para quem o olha su perficialmente. Existem duas formas através das quais estas en tidades prestam os seus serviços, gestão discricionária - reportado ao regulador nas estatísticas que agregámos - e con sultoria para investimento. Esta segun da modalidade acaba por se ver refletida noutros números que não os reportados, em estatísticas de mera execução de ins tituições financeiras, por exemplo, ou encontrarem-se reportados em alguma jurisdição que não Portugal, escapando aos números reportados pelo super

visor nos rankings deste segmento de mercado. Um bom exemplo do quan to a responsabilidade destas entidades pode estar subestimada vê-se nas divul gações de resultados da Golden Wealth Management. A entidade gestora de patrimónios do Porto divulgava 1,1 mil milhões de euros em ativos sob acompa nhamento no final de 2021, enquanto a CMVM reporta menos de 500 milhões na mesma data.

DESLOCAMENTOS

Contudo, os dados reportados refletem uma série de grandes movimentos re levantes nos últimos anos da década. Movimentos que fizeram com que a

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
por
Miguel Rêgo
82 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO TENDÊNCIAS NEGÓCIO

2020 na gestão discricionária e consultoria para investimentos, foi um ano de mudanças. Segundo a APFIPP, a Caixa Gestão de Ativos verificava um “levantamento parcial de um cliente institucional de grande dimensão”.

tendência de crescimento da indústria, que se vê nos primeiros dois terços do período em análise, se interrompesse.

Um desses movimentos, no primei ro trimestre de 2020, esteve relaciona do com a “transferência de montantes consideráveis de carteiras de gestão in dividual de um operador para a esfera seguradora”, como indica a CMVM no seu Relatório sobre os Mercados de Valores Mobiliários desse ano. Na prática, a Fidelidade, com uma relação histórica relevante com a gestão de ati vos da Caixa Gestão de Ativos passou a ter sob a sua responsabilidade a ges tão de uma parte significativa das suas carteiras, que antes se encontravam

geridas pelo atual líder de mercado. Nesse ano, perderam-se mais de 13 mil milhões de euros de ativos sob gestão neste segmento de mercado.

Outro aconteceu no final do pri meiro semestre de 2021. Nesta altura a BMO Portugal, a então maior enti dade gestora de patrimónios nacional, deixava de gerir as carteiras do grupo Ageas Portugal (seguradoras vida, não-vida e saúde e gestão de fundos de pensões, com as marcas Ocidental, Ageas e Médis), o seu único cliente relevante em Portugal. A entidade seguradora e gestora de fundos de pensões comunicou a sua intenção de passar a executar internamente a

sua gestão de ativos. Esta decisão le vou a que em 2021 se registasse uma quebra de mais de 11 mil milhões de euros nos ativos sob gestão da gestão de patrimónios.

Já em 2019, a redução dos ativos sob gestão da BPI Gestão de Ativos teve também um impacto relevante na di mensão do mercado. Foram mais de 3.500 milhões de euros em ativos sob gestão que a entidade deixou de reportar de um para o outro ano. “Na sequência da aquisição da BPI Gestão de Ativos e da BPI Vida e Pensões pelas congéneres espanholas do Grupo Caixabank (Cai xabank Asset Management e VidaCai xa), tem ocorrido a assumpção pelas

https://bit.ly/3yenqIY
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 83

Caixa Gestão

RANKING POR ATIVOS SOB GESTÃO

8.513,9 9.476,2 9.791,5 21.993,2 22.527,2 21.814,4 21.927,9 22.331,1 21.527,3 19.589,4 19.470,2

Santander Asset Management 5.325,7 5.900,2 5.795,1 6.008,5 5.309,7 4.328,0 3.845,6 4.352,9 5.073,4 4.312,6 4.932,1

Banco Comercial Português 4.977,0 5.377,5 2.927,2 2.867,2 2.501,0 2.546,6 2.187,6 1.902,1 1.522,6 996,1 547,5

BPI Gestão de Ativos 4.065,1 4.315,5 3.453,2 3.194,6 6.928,3 7.039,2 6.563,9 8.176,3 6.960,1 4.779,5 4.329,2

GNB 3.994,5 4.696,8 5.136,8 6.194,4 5.610,9 5.778,7 6.659,2 7.629,0 2.773,8 8.914,1 6.414,6

Montepio Gestão de Activos 1.497,6 1.640,2 1.607,1 1.514,7 1.382,9 1.397,4 1.537,7 1.464,4 1.356,2 1.200,9 1.049,0

Crédito Agrícola Gest 1.255,1 1.381,9 1.367,4 1.411,8 1.620,2 1.971,9 2.142,1 2.156,2 1.993,7 1.673,6 1.366,0

LM Capital Wealth Manag. 998,9 1.099,2 983,5 862,7 782,7 - - - - - -

Bankinter Gestión de Activos 678,4 769,7 564,5 546,0 500,8 - - - - - -

Golden Wealth Management 483,0 462,1 367,7 303,2 427,5 683,9 587,5 540,9 546,0 528,6 606,0

Banco de Investimento Global 433,5 447,3 358,0 340,5 308,0 441,4 372,0 136,8 45,4 44,3 39,7

Banco Santander Totta 317,3 387,9 391,1 449,7 457,9

Atrium Investimentos 298,6 312,6 289,9 319,1 426,4 750,8 847,0 869,2 802,7 762,8 811,1

Banco L.J. Carregosa 173,0 197,7 160,1 149,5 137,7 166,1 124,9 115,4 93,0 61,9 35,5

Haitong Bank 147,3 147,5 197,5 145,5 89,1 71,7 157,4 232,9 223,4 196,2 142,4

Bankinter 104,9 114,3 86,6 66,5 55,3 722,8 605,6 - - - -

IBCO 96,3 96,8 87,6 92,6 86,4 104,4 92,1 97,7 103,0 82,0 75,2

Casa de Investimentos 92,8 143,2 127,6 131,8 89,5 95,9 88,5 65,9 60,8 40,7 16,5

Ask Patrimónios 91,3 195,1 14,7 13,4 9,6 9,3 6,4 6,5 6,0 5,3 4,9

ABANCA 80,2 69,4 28,7 27,7 - - - - - - -

Optimize Investment Partners 74,0 148,7 90,2 107,2 102,9 116,4 111,6 107,4 85,0 65,4 52,4

BBVA 71,2 82,1 93,3 122,1 166,8 281,9 262,4 308,9 302,3 278,2 299,8

Banco BPI 57,2 64,2 - - 25,1 50,2 52,0 - - - -

Heed Capital SGOIC 23,4 25,3 23,2 15,6 11,7 12,5 8,0 17,6 23,2 21,5 11,1

LYNX Asset Managers 15,3 18,7 7,0 5,4 7,3 11,1 13,0 14,4 20,6 17,4 16,8

Banco Invest 13,3 15,1 10,4 6,8 4,7 5,4 4,4 4,6 3,4 2,1 1,2

Banco Português de Gestão 12,9 14,7 17,5 17,6 14,5 14,2 5,4 7,0 4,5 3,4 7,4

BEST 7,0 12,8 13,1 13,7 13,4 16,2 174,6 191,5 168,0 91,9 55,3

Golden Broker 6,1 5,1 3,1 2,9 2,8 1,7 1,8 3,0 5,4 6,7 3,4

Bison Bank 2,6 4,3 4,7 0,2 - - - - - - -

Banco Finantia 0,6 0,8 - - - 17,9 17,4 18,4 17,1 16,9 24,0

BMO Portugal - - 14.762,9 15.353,5 14.410,3 14.728,7 13.029,4 13.647,8 14.034,4 13.758,9 14.272,6

Biz Valor - - 44,3 51,3 49,6 56,4 59,8 44,1 42,7 37,9 32,2

Luso Partners - - 19,7 19,5 18,1 22,1 6,2 6,0 6,1 6,9 7,1

InvestQuest 5,0 4,6 6,3 50,4 55,4 87,3 26,6 6,1

Dif Broker - - - 0,4 2,9 4,6 7,8 12,7 11,1 12,4 14,2

D. Bank Aktiengesellschaft - - - - 37,3 51,1 49,1 45,3 26,9 22,8 36,1

Orey Financial - - - - 4,8 5,4 5,2 4,7 6,4 54,9 54,5

Banco BIC Português - - - - 2,2 3,1 4,9 5,9 3,9 1,0 -

Banco Popular Portugal - - - - - 136,5 142,6 137,1 104,5 67,5 65,1

St. Galler Kant. AG - Portugal - - - - - 5,6 74,1 170,4 157,4 133,2 101,4

Banif - Banco de Investimento - - - - - - 300,5 306,8 304,9 279,5 267,6

Edmond de Rothschild Europe - - - - - - 197,4 222,0 208,5 210,7 216,7

Patris Gestão de Activos - - - - - - 185,0 204,0 195,1 227,3

Barclays

GGH

Novo

Banque

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
DAS ENTIDADES GESTORAS DE PATRIMÓNIOS NACIONAIS ENTIDADE GESTORA JUNHO 22 DEZEMBRO 21 DEZEMBRO 20 DEZEMBRO 19 DEZEMBRO 18 DEZEMBRO 17 DEZEMBRO 16 DEZEMBRO 15 DEZEMBRO 14 DEZEMBRO 13 DEZEMBRO 12
de Ativos
224,6 Pedro Arroja - - - - - - 1,9 2,2 3,1 3,6 3,3
Bank PLC - - - - - - - 36,0 33,8 28,4 31,5
Partners Portugal - - - - - - - 0,4 1,0 2,0 18,9
Banco - - - - - - - - 564,1 699,2 2.100,8
Privée Espirito Santo - - - - - - - - 13,9 47,0 41,7 Sartorial - - - - - - - - 1,0 2,1 20,9 Altavisa - - - - - - - - 0,2 0,9 1,0 BMF 5,4 12,8 Grow Investimentos - - - - - - - - - - 0,7 Fincor - - - - - - - - - - 0,6 TOTAL 33.907,7 37.623,4 48.830,3 62.353,5 64.131,8 63.463,4 62.510,4 65.651,0 59.522,9 59.319,8 57.842,0 Fonte: CMVM. Dados em euros. Os nomes indicados das entidades são os nomes à data mais recente disponível. 84 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO TENDÊNCIAS NEGÓCIO

“A BMO GAM continuará a fornecer os serviços normalmente até que a transição seja concluída em julho de 2021”, confirmavam então da entidade gestora à FundsPeople.

empresas portuguesas de atividades até agora delegadas entre empresas do Gru po BPI. Deste modo, a redução mensal do volume sob gestão decorre da gestão direta de algumas carteiras de seguros da BPI Vida e Pensões, anteriormen te delegada à BPI Gestão de Ativos”, explicava a Associação Portuguesa de Fundos Pensões e Patrimónios (APFI PP) numa nota mensal.

Descendo na escala do tamanho, con tamos a história daquela que é a maior entidade gestora de patrimónios in dependente nacional, a LM Capital Wealth Management. A entidade nas ceu em 2018, muito embora uma parte dos ativos desta entidade nas estatísti cas não sejam novos. Na prática, a enti dade resultou de uma reorganização no âmbito do grupo a que pertencia, a

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SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 85

Na sequência da aquisição da BPI Gestão de Ativos e da BPI

Vida e Pensões pelas congéneres espanholas do Grupo Caixabank (Caixabank Asset Management e VidaCaixa), ocorreu a assunção pelas empresas portuguesas de atividades até então delegadas entre empresas do Grupo BPI.

DUAS FORMAS ATRAVÉS

sucursal portuguesa do banco suíço St. Galler Kantonalbank, que tomou a de cisão estratégica de se retirar gradual mente do mercado português. A LM Capital iniciou a sua atividade junho de 2018 e ajudou a reforçar os ativos reportados da gestão de patrimónios em Portugal em mais de 600 milhões de euros, face aos montantes máximos que o banco suíço reportava.

Um pouco mais abaixo, a Bankinter Gestión de Activos, sucursal em Por tugal da entidade gestora espanhola, iniciou a sua atividade em 2018 tam bém. Um volume relevante de ativos que antes se encontravam na esfera do banco, passaram então para a esfera da entidade gestora de patrimónios com

um efeito relativamente neutro nos to tais da indústria.

Muitas outras histórias marcam a evolução da gestão de patrimónios nacional desde 2012, mas estas são al gumas das mais marcantes em termos do impacto que tiveram na estrutura e dimensão do mercado. A verdade é que a evolução global da gestão de ati vos nacional tem sido muito positiva ao longo dos anos e especialmente nos mais recentes. Também é verdade que a grande parte destes movimentos não tiverem um impacto na dimensão total de investimento institucional em Por tugal como fica evidente noutros temas desta revista especial de aniversário da FundsPeople

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
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86 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO TENDÊNCIAS NEGÓCIO

O ANTES E O DEPOIS DA FUNDSPEOPLE

A FundsPeople permite trocas de impressões dentro do mercado, e abriu a porta ao networking nesta indústria: algo pouco comum até ao seu aparecimento.

L embro-me, como se fosse hoje, do incrível evento do 1º aniversário da FundsPeople , onde talvez tenha sido a primeira vez que tantas pessoas dos fundos se encontra ram: gestores de fundos (nacionais e in ternacionais), distribuidores, investidores institucionais e até reguladores, numa noite quente e animada, num roof-top de Lisboa.

A entrada da FundsPeople no mercado português não deixou ninguém indiferente, e mudou muito o mercado. Com uma história de mais de 30 anos, a BPI Gestão de Ativos teve a oportunidade de ter presenciado o antes e o depois da FundsPeople

Ao longo destes 30 anos, foram muitos os eventos que marcaram a nossa história e que tiveram impacto dire to nos mercados financeiros e na sociedade em geral. A globalização dos mercados de capitais, as sucessivas crises e o new normal levaram as gestoras de ativos a terem de se adaptar às novas exigências do mercado que foram surgindo. Desde novas legislações, diretivas, novos produtos, até mais pressão concorrencial entre outras consequências, que aliadas a informação pou co disseminada e pouco partilhada entre os diferentes players, tornou a atividade das gestoras mais complexa e desafiante.

Temos o exemplo da DMIF que apareceu em meados dos anos 2000, e num momento em que a difusão de informação entre os vários players era escassa e não existiam muitos mecanismos de difusão pública. Já na DMIF II e com o aparecimento de novos parceiros, entre os quais a FundsPeople , existiram muitas oportunida des de troca de impressões bem como disseminação

de opiniões por várias vias, web, revista física e eventos presenciais, que acabou por contribuir de forma impor tante na tomada de decisão e modo de atuação das gestoras. Tem sido ao longo destes anos um contributo muito relevante para o mercado.

Mas este contributo da FundsPeople não se limita a te mas regulatórios. No momento do lançamento de novos produtos ou de alteração de produtos, os participantes de mercado têm a informação do quê, como e quando – e até o quem - no dia em que chegam ao mercado, ou poucos dias depois. Esta partilha de informação tem ajudado a promover uma concorrência saudável e a fo mentar a inovação.

Outra dimensão que vemos como muito importante, e que a FundsPeople nos trouxe, é o networking. Ter mos a oportunidade de estar frente-a-frente em fóruns com os nossos clientes, parceiros e concorrentes, e de os conhecer melhor, é muito relevante e cria valor para todos pois faz expandir o mercado de gestão profis sional de ativos. O mérito é todo da FundsPeople que, através do seu trabalho e empenho, cria as condições para que aconteça.

Mas nem tudo gira à volta dos fóruns, das notícias, dos artigos de opinião, do linkedin… a FundsPeople presen teia-nos anualmente, no seu aniversário, com um evento onde está todo o mercado nacional e em que o único re quisito é divertir-nos e convivermos. Uma oportunidade única de fomentarmos boas relações entre todos.

Parabéns FundsPeople por estes 10 anos de dedicação ao mercado nacional! Estamos expectantes pelo que nos vão trazer nos próximos 10 anos, que vão ser com certe za de muito sucesso.

SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 87 CEO, BPI Gestão de Ativos TRIBUNA JORGE SOUSA TEIXEIRA

PORTUGAL UM MERCADO TITÃ EM FUNDOS ESTRANGEIROS,À SUA PRÓPRIA ESCALA

O nosso mercado cresce, com espaço para as entidades gestoras de fundos estrangeiros construírem e consolidarem o seu negócio.

Adinâmica do negócio das entidades gestoras estrangeiras no nosso país fica evidente nas estatísticas que têm sido partilhadas pelas diferentes entidades supervisoras. O peso dos fundos es trangeiros nos fundos de investimento nacionais, na gestão de patrimónios ou nos balanços das seguradoras eviden ciam que os profissionais de investi mento nacionais confiam mais e mais ativos sob gestão a veículos de investi mento internacionais.

Em 2021 e com dados de 2020, a FundsPeople divulgava a sua própria estimativa daquela que era a dimensão do volume que os fundos estrangeiros agregavam em Portugal. O veredicto era então de 26,29 mil milhões de eu ros, o que comparava com a estimativa da European Fund and Asset Manage ment Association (EFAMA) de 32 mil milhões. E surpresa… um ano depois, a mesma associação europeia de fundos estimava um crescimento desse valor em 2021 de, nada mais nada menos, 10 mil milhões de euros. Falamos de mais 30% de crescimento. Novamente desafiamos este número e construímos

a nossa própria estimativa daquela que é a pool de negócio para tantas gestoras internacionais que olham com interes se para o nosso mercado.

A estimativa foi construída com base nos dados divulgados pela Co missão do Mercado de Valores Mo biliários (CMVM) e pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), como reguladores dos cinco grande blocos de investi mento institucional no nosso país. Contudo, revelam-se preciosos os detalhes agregados e divulgados pela Associação Portuguesa de Fundos, Pensões e Patrimónios (APFIPP) para acrescentar alguma minúcia a esta estimativa.

Esmiuçamos então os diferentes segmentos institucionais analisados:

1. GESTÃO DE PATRIMÓNIOS

A gestão de patrimónios nacional é um segmento que tem visto os seus ativos decrescer significativamente por via das mudanças na estrutura de mercado. Isso, contudo, não tem tido um impac to relevante na dimensão de ativos sob gestão (AuM) de agentes investidores institucionais nacionais. Estes AuM

que se perderam nestas estatísticas são reportados ainda nos relatórios da ASF.

No final de 2021, a gestão de patri mónios acumulava um total de 37,63 mil milhões de euros em ativos geridos, sendo que, destes, 14,15 mil milhões de euros diziam respeito a unidades de participação de fundos de investi mento. Aprofundando a análise, com recurso aos dados da APFIPP, vemos que pelo menos 604,8 milhões de euros dizem respeito a fundos domésticos e 316,07 milhões a fundos imobiliários, pelo que estimamos um total aproxi mado de 13,23 mil milhões de euros de fundos de investimento mobiliários estrangeiros, nas carteiras deste seg mento investidor no final de 2021. O mesmo exercício, executado a junho de 2022, depois de toda a turbulência que tomou conta dos mercados financeiros, leva-nos a um ajuste na estimativa para um total de 11,89 mil milhões de euros.

2. GESTÃO DE FUNDOS MOBILIÁRIOS

Já no que diz respeito aos fundos mo biliários domésticos, a verdade é que o peso das unidades de participação de fundos estrangeiros tem vindo a crescer ao longo do tempo. O sucesso

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
por
Miguel Rêgo,
CFA 88 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO TENDÊNCIAS NEGÓCIO

VALOR TOTAL DO MERCADO PORTUGUÊS DE FUNDOS ESTRANGEIROS NO FINAL DE 2021

comercial dos fundos de fundos na cionais, muitos deles PPR, explica em parte este crescimento.

Neste segmento investidor, a CMVM desagrega as rubricas de unidades de participação pela sua nacionalidade e o valor reportado no final de 2021 ascendia a, nada mais nada menos, 7,22 mil milhões de eu ros. Já a junho de 2022, este montan te sofreu uma quebra de 16% para os 6,07 mil milhões de euros.

3. DISTRIBUIÇÃO

A distribuição direta de fundos es trangeiros é outro segmento que tem mostrado um crescimento impressio nante ao longo do tempo. Na última década passou de menos de mil mi lhões de euros, para um valor supe rior a 7 mil milhões no final de 2021. Mais precisamente, 7,57 mil milhões de euros.

Destes, no entanto, algumas centenas de milhão já se encontram refletidas nas estatísticas de gestão de patrimónios, nomeadamente os montantes em fun dos geridos por entidades gestoras de patrimónios em fundos no Luxembur go distribuídos em Portugal. Um valor que no seu total ascenderá a pouco mais de mil milhões de euros, repartido nos diferentes segmentos de gestão de ati vos. Dada a dificuldade em distinguir o valor com a perícia adequada e con siderando a imaterialidade no total da estimativa, não o consideramos.

Por outro lado, o segmento da dis tribuição também não ficou imune à turbulência de 2022 e fechou o semes tre nos 6,45 mil milhões de euros.

4. SEGURADORAS

As companhias seguradoras são o maior investidor institucional portu guês, no seu agregado. Os fundos pró

prios e as provisões para as diferentes categorias de seguros e soluções de investimento somavam 51,38 mil mi lhões de euros no final de 2021. Apesar desta dimensão, de entre os segmentos analisados, não são o investidor ins titucional que mais aloca a fundos de investimento como resultado de uma elevada componente de investimento direto caraterístico da sua gestão. Con tudo, o volume destes veículos no total das carteiras de investimento tem cres cido também de forma significativa, com especial destaque para as carteiras de unit linked ao longo de 2021.

No final desse ano, o total de inves timento em fundos de investimento amontoava a 11,2 mil milhões de eu ros. Dados de 2021 da ASF mostram, na desagregação desta rubrica, que a alocação a unidades de participação de fundos imobiliários é imaterial. Já o montante alocado a fundos domésti

ESTIMATIVA MIL MILHÕES DE EUROS 40,92 SEGURADORAS 11,2 10,30 7,69 GESTORAS DE PATRIMÓNIOS FUNDOS DE PENSÕES DISTRIBUIÇÃO DE FUNDOS ESTRANGEIROS FUNDOS MOBILIÁRIOS NACIONAIS 14,15 13,23 13,23 8,68 7,34 5,21 7,57 7,57 7,57 7,22 7,22 7,22 VALOR BRUTO VALOR AJUSTADO* VALOR LÍQUIDO 2021 2,61 8,49 2,13 Cerca 25% dos AuM das Seguradoras são geridos pela gestão de patrimónios Cerca de 29% dos AuM dos Fundos de Pensões são geridos pela gestão de patrimónios Em milhões de euros. Não inclui mandatos de gestão. Fonte: CMVM, ASF, APFIPP e FundsPeople. * Valor ajustado para fundos mobiliários domésticos e fundos imobiliários. SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 89

FUNDOS ESTRANGEIROS COM MAIS DE 50 MILHÕES DE EUROS DISTRIBUÍDOS ENTRE INVESTIDORES PORTUGUESES

GESTORA

FUNDO

AB Select Absolute Alpha Portfolio AllianceBernstein

Aberdeen Standard SICAV I Japanese Sust.Equity abrdn

Allianz Advanced Fixed Income Euro Allianz GI

Allianz Capital Plus Allianz GI

Allianz China A-Shares Allianz GI

Allianz Dynamic Multi Asset Strategy SRI 15 Allianz GI

Allianz Dynamic Multi Asset Strategy SRI 50 Allianz GI

Allianz Dynamic Multi Asset Strategy SRI 75 Allianz GI

Allianz Enhanced Short Term Euro Allianz GI

Allianz Euroland Equity Growth Allianz GI

Allianz Europe Equity Growth

Allianz GI

Allianz Floating Rate Notes Plus Allianz GI

Allianz Global Artificial Intelligence Allianz GI

Allianz Global Sustainability Allianz GI

Allianz Income and Growth Allianz GI

Allianz Strategy 15 Allianz GI

Amundi Enhanced Ultra Short Term Bond Amundi AM

Amundi Euro Liquidity Short Term Amundi AM

Amundi Funds Emerging Markets Bond Amundi AM

Amundi Funds European Equity Value Amundi AM

AXA Rosenberg Global Equity Alpha Fund AXA IM

AXA WF Euro Credit Short Duration AXA IM

BBVA Multi-Asset Moderate EUR Fund BBVA AM

BGF Emerging Markets Local Currency Bond Fund BlackRock

BGF Euro Corporate Bond Fund BlackRock

BGF European Special Situations Fund BlackRock

BGF Global Multi-Asset Income Fund BlackRock

BGF Sustainable Energy Fund BlackRock

BGF World Healthscience Fund BlackRock

BlueBay Investment Grade Bond Fund BlueBay AM BlueBay Investment Grade Euro Government Bond BlueBay AM

BNP Paribas Funds USD Money Market BNP Paribas AM

BNP Paribas Insticash BNP Paribas AM

BNP Paribas Mois ISR BNP Paribas AM

BSF European Absolute Return Fund BlackRock

Capital Group New Perspective Fund Capital Group Carmignac long short european equities Carmignac Carmignac Securité Carmignac

DWS Concept Kaldemorgen DWS

DWS Floating Rate Notes DWS

ELEVA Absolute Return Europe ELEVA Capital

ELEVA European Selection ELEVA Capital

Fidelity European Dynamic Growth Fund Fidelity

Fidelity Global Multi Asset Income Fund Fidelity Fidelity Global Technology Fund Fidelity Flossbach von Storch Bond Opportunities Flossbach von Storch Flossbach von Storch Multi-Asset Defensive Flossbach von Storch Flossbach von Storch Multiple Opportunities II Flossbach von Storch

GAM Local Emerging Bond GAM Investments

FUNDO GESTORA

Janus Henderson Global Technology and Innovation Janus Henderson

Janus Henderson Horizon Euro Corporate Bond Fund Janus Henderson

JPMorgan Funds Asia Pacific Equity Fund J.P. Morgan AM

JPMorgan Funds EU Government Bond Fund J.P. Morgan AM

JPMorgan Funds Euroland Equity Fund J.P. Morgan AM

JPMorgan Funds US Aggregate Bond Fund J.P. Morgan AM

JPMorgan Funds US Value Fund J.P. Morgan AM

JPMorgan Investment Funds Europe Select Equity J.P. Morgan AM

JPMorgan Investment Funds Global Income Fund J.P. Morgan AM

Jupiter Dynamic Bond Jupiter AM

Legg Mason Royce US Small Cap Opportunity Fund Franklin Templeton Invest.

M&G European Credit Investment Fund M&G

MFS Meridian Emerging Markets Debt Fund MFS IM

MFS Meridian European Research Fund MFS IM

Mirova Euro Sustainable Equity Fund Natixis IM

MS INVF Euro Corporate Bond Duration Hedged Morgan Stanley IF

MS INVF Euro Corporate Bond Fund Morgan Stanley IF

MS INVF Global Property Fund Morgan Stanley IF

MS INVF US Advantage Fund Morgan Stanley IF Muzinich Enhancedyield Short Term Muzinich & Co.

Ninety One European Equity Ninety One

Ninety One Global Multi-Asset Income Ninety One

NN (L) Alternative Beta I Cap EUR Hedged Goldman Sachs AM

NN (L) Green Bond I Cap EUR Goldman Sachs AM

Nordea European High Yield Bond Fund Nordea AM

Nordea Global Climate and Environment Fund Nordea AM

Nordea Stable Return Fund Nordea AM

Ossiam Shiller Barclays CAPE® US Sector Value Natixis IM

Pictet TR-Atlas Pictet AM

Pictet-Global Megatrend Selection Pictet AM

Pictet-Multi Asset Global Opportunities Pictet AM

Pictet-Security Pictet AM

Pictet-Short Term Emerging Corporate Bonds Pictet AM

PIMCO GIS Euro Income Bond Fund PIMCO

PIMCO GIS Income Fund PIMCO

PIMCO GIS US High Yield Bond Fund PIMCO

PIMCO GIS US Investment Grade Corporate Bond PIMCO Robeco BP Global Premium Equities Robeco

Schroder ISF EURO Corporate Bond Schroders

Schroder ISF EURO Equity Schroders

Schroder ISF EURO High Yield Schroders

Schroder ISF EURO Short Term Bond Schroders

Schroder ISF Global Credit Income Schroders

Schroder ISF US Large Cap Schroders

T Rowe Price Japanese Equity T. Rowe Price

T Rowe Price US Blue Chip Equity T. Rowe Price

Tikehau Short Duration Tikehau Capital

UBS (Lux) Strategy Fund Balanced Sustainable UBS AM

UBS (Lux) Strategy Fund Yield Sustainable UBS AM

GAMCO Merger Arbitrage

GAMCO Investors Groupama Entreprises Groupama AM Groupama Monétaire IC Groupama AM

GS Emerging Markets Equity Portfolio Goldman Sachs AM

iShares Euro Aggregate Bond Index Fund BlackRock

iShares Euro Government Bond Index Fund BlackRock

Janus Henderson Absolute Return Fund Janus Henderson Janus Henderson Balanced Fund Janus Henderson

Fonte:

Vontobel Fund Commodity Vontobel AM

Vontobel

Vontobel

Vontobel

Wellington

Wellington

Wellington

Vontobel

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
Fund EURO Corporate Bond
AM
Fund TwentyFour Strategic Income Fund Vontobel AM
mtx Sustainable Emerging Markets Leaders Vontobel AM
Commodities Fund Wellington Management
Emerging Markets Research Equity Fund Wellington Management
US Research Equity Fund Wellington Management
Estimativa FundsPeople ou dados providenciados pelas próprias entidades gestoras. À data de 30 de junho de 2022. Fundos ordenados alfabeticamente, Alguns fundos listados poderão não estar registados para venda em Portugal.
90 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO TENDÊNCIAS NEGÓCIO

Um mercado de fundos estrangeiros de dimensão relevante, mas em que os ativos estão ditribuídos por muitas diferentes estratégias de várias entidades gestoras. Só fundos com mais de 50 milhões de euros entre investidores portugueses são mais de 110.

cos ascende a pouco menos de mil mi lhões de euros, resultando num valor ajustado de 10,3 mil milhões.

A junho de 2022, a rubrica de fun dos de investimento estrangeiros in cluía 9,31 mil milhões de euros.

5. FUNDOS DE PENSÕES

Terminamos com os fundos de pensões. No fecho de 2021, esta categoria de in vestidor institucional agregava 24,12 mil milhões de euros em ativos sob gestão. Deste total, a ASF reportava que 36% se encontrava alocado a fundos de investi mento, o que representa 8,68 mil milhões de euros. À semelhança do setor segura dor e considerando os dados mais atuais disponíveis, cerca de 10% do total deste montante refere-se a fundos imobiliários - segundo a ASF -, pelo que seguimos o caminho de uma estimativa conservado ra e aplicamos este ajustamento, apesar

de os dados da APFIPP apontarem para uma ponderação inferior. A distribuição por nacionalidade dos fundos mostra -nos que cerca de 6% das unidades de participação em carteira são de fundos domésticos, pelo que consideramos o montante total restante na estimativa: 7,34 mil milhões de euros.

No fecho do mais recente semes tre, o valor bruto era de 8,07 mil mi lhões de euros, ou 6,66 mil milhões depois de ajustamentos.

DUPLICAÇÕES

A soma de todos os dados enunciados acima permite-nos chegar a uma esti mativa aproximada de 45,67 mil mi lhões de euros de ativos em fundos es trangeiros. Não obstante, um segundo nível de ajustamentos é necessário para que a nossa estimativa esteja o mais aproximada possível da realidade.

FUNDOS ESTRANGEIROS COM MAIS DE 10 MILHÕES DE EUROS DISTRIBUÍDOS ENTRE INVESTIDORES PORTUGUESES

FONDO GESTORA

AB American Growth

AB Eurozone Equity

AB International Health

Aberdeen Standard SICAV

Aberdeen Standard SICAV

Aberdeen Standard SICAV

Aberdeen Standard SICAV

Aberdeen Standard SICAV

ACATIS GANÉ

Allianz

Amundi

Amundi

Amundi

Amundi

Amundi

Amundi

Amundi

Amundi

Aviva

AXA

AXA

AXA

AXA

BBVA

BBVA

BGF Asian Growth

European Sust.

Markets

AllianceBernstein

Allianz

Amundi

Fund BlackRock

BGF China Bond Fund BlackRock

BGF Continental European Flexible Fund BlackRock

BGF ESG Global Bond Income Fund BlackRock

GESTORA

BGF ESG Multi-Asset Fund BlackRock

BGF Euro Bond Fund BlackRock

BGF Euro Short Duration Bond Fund BlackRock

BGF European High Yield Bond Fund BlackRock

BGF European Value Fund BlackRock

BGF Global Allocation Fund BlackRock

BGF Global Corporate Bond Fund BlackRock

BGF Global High Yield Bond Fund BlackRock

BGF United Kingdom Fund BlackRock

BGF US Basic Value Fund BlackRock

BGF US Dollar Bond Fund BlackRock

BGF US Dollar High Yield Bond Fund BlackRock

BGF US Flexible Equity Fund BlackRock

BGF World Energy Fund BlackRock

BGF World Mining Fund BlackRock

BGF World Technology Fund BlackRock

BlackRock Sustainable Fixed Income Strategies Fund BlackRock

BlueBay Financial Capital Bond Fund BlueBay AM

BlueBay Global High Yield Bond Fund BlueBay AM

BlueBay Investment Grade Euro Aggregate Bond Fund BlueBay AM

BNP Paribas Funds Aqua

BNP Paribas AM

BNP Paribas Funds Climate Impact BNP Paribas AM

BNP Paribas Funds Energy Transition BNP Paribas AM

BNP Paribas Funds Euro Government Bond BNP Paribas AM

BNP Paribas Funds Euro Money Market BNP Paribas AM

BNP Paribas Funds Green Tigers BNP Paribas AM

BNP Paribas Funds Sustainable Enhanced Bond 12M

BNP Paribas InstiCash

BNY Mellon Emerging Markets

Debt Fund

Portfolio
Portfolio AllianceBernstein
Care Portfolio AllianceBernstein
I Diversified Income Fund abrdn
I
Equity abrdn
I Frontier
Bond abrdn
II Euro Corporate Bond abrdn
II Eur. Smaller Companies abrdn
Value Event Fonds ACATIS Investment
Cyber Security
GI
Euro Liquidity
AM
Funds Emerging Markets Short Term Bond Amundi AM
Funds Global Multi-Asset Conservative Amundi AM
Funds Multi-Asset Sustainable Future Amundi AM
Funds Pioneer Strategic Income Amundi AM
Funds Pioneer US Bond Amundi AM
Funds Pioneer US Eq. Fundamental Growth Amundi AM
Ultra Short Term Bond Amundi AM
Investors UK Equity Unconstrained Aviva Investors
IM FIIS US Short Duration High Yield AXA IM
WF Euro Inflation Plus AXA IM
WF Global Inflation Short Duration Bonds AXA IM
WF US High Yield Bonds AXA IM
Global Best Ideas Fund BBVA AM
Multi-Asset Defensive BBVA AM
Leaders
FONDO
BNP Paribas AM
BNP Paribas AM
Corporate
BNY Mellon IM
OS FUNDOS COM MAIS ATIVOS DE INVESTIDORES PORTUGUESES 50 MILHÕES DE EUROS SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 91

FONDO

BNY Mellon Global Credit Fund

GESTORA

BNY Mellon IM

BNY Mellon Global High Yield Bond Fund BNY Mellon IM

BNY Mellon Global Real Return Fund

BNY Mellon IM

BNY Mellon Long-Term Global Equity Fund BNY Mellon IM

Brown Advisory US Equity Growth Fund Brown Advisory

BSF Americas Diversified Equity Absolute Return Fund BlackRock

BSF European Opportunities Extension Fund BlackRock

BSF Global Event Driven Fund BlackRock

BSF Managed Index Portfolios Moderate BlackRock

Candriam Absolute Return Equity Market Neutral Candriam

Candriam Bonds Euro Short Term Candriam

Candriam Sustainable Bond Euro Corporate Candriam

Candriam Sustainable Bond Global High Yield Candriam Candriam Sustainable Equity Emerging Markets Candriam

Capital Group Global Allocation Fund Capital Group Carmignac Patrimoine Carmignac

Cleome Index Europe Equities Candriam

DWS Fixed Maturity Global Bonds Dynamic Plus 2024 II DWS AM

DWS Invest Artificial Intelligence DWS AM

DWS Invest CROCI Japan DWS AM

DWS Invest ESG Equity Income DWS AM

DWS Invest Euro Corp Bonds DWS AM

DWS Invest Euro HY Corp DWS AM

DWS Invest Global Infrastructure DWS AM

DWS Invest Short Duration Income DWS AM

DWS Invest Top Dividend DWS AM

DWS USD Floating Rate Notes DWS AM

E.I. Sturdza Strategic European Silver Stars E.I. Sturdza

EdR Credit Very Short Term Edmond de Rothschild AM

EdR Fund Big Data Edmond de Rothschild AM

EdR Fund Bond Allocation Edmond de Rothschild AM

Fidelity America Fund Fidelity

Fidelity Asia Pacific Opportunities Fund Fidelity

Fidelity China Consumer Fund Fidelity

Fidelity Euro Corporate Bond Fund Fidelity Fidelity Euro Short Term Bond Fund Fidelity Fidelity Global Dividend Fund Fidelity

Fidelity Global Financial Services Fund Fidelity

Fidelity Global Health Care Fund Fidelity

Fidelity Japan Advantage Fund Fidelity

Fidelity Sustainable Consumer Brands Fund Fidelity Flossbach von Storch Multi-Asset Defensive Flossbach von Storch

Flossbach von Storch Multiple Opportunities II Flossbach von Storch

Franklin Biotechnology Discovery Fund Franklin Templeton Invest.

Franklin Euro Short Duration Bond Fund Franklin Templeton Invest.

Franklin Gulf Wealth Bond Fund Franklin Templeton Invest.

Franklin India Fund

Franklin K2 Alternative Strategies Fund

Franklin Strategic Income Fund

Franklin Technology Fund

Franklin U.S. Opportunities Fund

Franklin Templeton Invest.

Franklin Templeton Invest.

Franklin Templeton Invest.

Franklin Templeton Invest.

Franklin Templeton Invest.

GAM Commodity GAM Investments

GAM Star Credit Opportunities

GAM Star MBS Total Return

Groupama Trésorerie

FONDO GESTORA

GS Japan Equity Partners Portfolio Goldman Sachs AM

GS US CORE Equity Portfolio Goldman Sachs AM

GSA Coral Student Portfolio S.C.A. SICAV-SIF GSA Group

Harris Associates Global Equity Fund Natixis IM

iShares Developed World Index Fund BlackRock

iShares Euro Credit Bond Index Fund BlackRock

iShares Europe ex-UK Index Fund BlackRock

Janus Henderson Horizon Euro High Yield Bond Fund Janus Henderson

Janus Henderson Horizon Global High Yield Bond Fund Janus Henderson

Janus Henderson Horizon Global Property Equities Fund Janus Henderson

JPMorgan Funds Emerging Markets Equity Fund J.P. Morgan AM

JPMorgan Funds Europe Equity Fund J.P. Morgan AM

JPMorgan Funds Global Bond Opportunities Fund J.P. Morgan AM

JPMorgan Funds Global Focus Fund J.P. Morgan AM

JPMorgan Funds Japan Equity Fund J.P. Morgan AM

JPMorgan Funds Pacific Equity Fund J.P. Morgan AM

JPMorgan Funds US Smaller Companies Fund J.P. Morgan AM

JPMorgan Investment Funds Global Dividend Fund J.P. Morgan AM

JPMorgan Investment Funds Gl. Income Conservative J.P. Morgan AM

JPMorgan Investment Funds Global Macro Opport. J.P. Morgan AM

JPMorgan Investment Funds US Bond Fund J.P. Morgan AM

JPMorgan Investment Funds US Select Equity Fund J.P. Morgan AM

Jupiter European Growth Jupiter AM

Jupiter Strategic Absolute Return Bond Jupiter AM

La Française Sub Debt La Française

Lazard Convertibles Global è 40 Lazard AM

Lazard Credit Opportunities

Lazard AM

Lazard Rathmore Alternative Fund Lazard AM

Lazard Small Caps Euro Lazard AM

Legg Mason Brandywine Global Income Optimiser Fund Franklin Templeton Invest.

Legg Mason ClearBridge Infrastructure Value Fund Franklin Templeton Invest.

Legg Mason ClearBridge US Large Cap Growth Fund Franklin Templeton Invest. Legg Mason Western Asset Macro Opportunities Bond Franklin Templeton Invest.

Legg Mason Western Asset Structured Opportunities Franklin Templeton Invest.

Loomis Sayles Short Term Emerging Markets Bond Fund Natixis IM

M&G (Lux) Dynamic Allocation Fund M&G

M&G (Lux) Global Floating Rate High Yield Fund M&G

M&G (Lux) Income Allocation Fund M&G

M&G (Lux) Optimal Income Fund M&G

Man AHL Trend Alternative Man Group

Man GLG

Sustainable European Income Man Group

MFS Meridian European

MFS

MFS

Mirabaud

Mirae

MS

MS

NN

GAM Investments

Investments

Groupama AM

Groupama Ultra Short Term Bond IC Groupama AM

GS Emerging Markets Debt Portfolio

GS Europe CORE Equity Portfolio

GS Global CORE Equity Portfolio

Sachs AM

Goldman Sachs AM

Sachs AM

Nordea

Nordea

Nordea

Nordea

Nordea

Nordea

ODDO

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
GAM
Goldman
Goldman
RI
Value Fund MFS IM
Meridian Global Total Return Fund MFS IM
Meridian Prudent Wealth Fund MFS IM
Sustainable Convertibles Global Mirabaud
Asset Asia Great Consumer Equity Fund Mirae Asset Global Invest.
INVF Global Brands Fund Morgan Stanley IF
INVF Global Opportunity Fund Morgan Stanley IF Muzinich Europeyield Muzinich & Co.
(L) Euro Credit Goldman Sachs AM NN (L) First Class Multi Asset Goldman Sachs AM NN (L) US Credit Goldman Sachs AM
Alpha 10 MA Fund Nordea AM
Alpha 15 MA Fund Nordea AM
European Covered Bond Fund Nordea AM
European Financial Debt Fund Nordea AM
Global Listed Infrastructure Fund Nordea AM
Low Duration European Covered Bond Fund Nordea AM Oddo BHF Avenir Europe
BHF Asset Manag. FUNDOS ESTRANGEIROS COM MAIS DE 10 MILHÕES DE EUROS DISTRIBUÍDOS ENTRE INVESTIDORES PORTUGUESES 92 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO TENDÊNCIAS NEGÓCIO

FONDO

OFI Financial Investment – Precious Metals

OFI RS Monétaire

Pictet - Clean Energy

Pictet - EUR Short Term High Yield

Pictet - Global Environmental Opportunities

Pictet - Nutrition

Pictet - Premium Brands

Pictet - Robotics

Pictet - Short-Term Money Market

Pictet - SmartCity

Pictet - Sovereign Short-Term Money Market

Pictet - USA Index

GESTORA

OFI AM

OFI AM

Pictet AM

Pictet AM

Pictet AM

Pictet AM

Pictet AM

Pictet AM

Pictet AM

Pictet AM

Pictet AM

Pictet AM

Pictet - Water Pictet AM

Pictet TR - Mandarin

Pictet AM

PIMCO GIS Dynamic Multi-Asset Fund PIMCO

PIMCO GIS Global High Yield Bond Fund PIMCO

PIMCO GIS Global Investment Grade Credit Fund PIMCO

PIMCO GIS Low Average Duration Fund PIMCO

PIMCO GIS Total Return Bond Fund PIMCO

RAM (Lux) Systematic Funds Emerging Markets Equities RAM AI Robeco All Strategy Euro Bonds Robeco

Robeco BP US Premium Equities Robeco Robeco Euro Credit Bonds Robeco Robeco Financial Institutions Bonds Robeco

Robeco New World Financials Robeco

RobecoSAM Euro SDG Credits Robeco RobecoSAM SDG Credit Income Robeco RobecoSAM Smart Energy Equities Robeco RobecoSAM Sustainable Water Robeco

Ruffer Total Return International Ruffer Salar Fund Salar Fund Schroder GAIA Cat Bond Schroders

Schroder GAIA UK Dynamic Absolute Return Fund Schroders

Schroder ISF Emerging Markets Schroders

Schroder ISF EURO Credit Conviction Schroders

Schroder ISF EURO Government Bond Schroders

Schroder ISF Global Climate Change Equity Schroders

Schroder ISF Global Corporate Bond Schroders

Schroder ISF Global Equity Alpha Schroders

Schroder ISF Greater China Schroders

T Rowe Price Emerging Markets Local Bond T. Rowe Price

T Rowe Price US Aggregate Bond T. Rowe Price

T Rowe Price US Equity T. Rowe Price

T Rowe Price US Smaller Companies Equity T. Rowe Price

Templeton Asian Growth Fund

Franklin Templeton Invest.

Templeton Global Bond Fund Franklin Templeton Invest.

Templeton Global High Yield Fund Franklin Templeton Invest.

Templeton Global Total Return Fund Franklin Templeton Invest.

UBAM Global High Yield Solution UBP AM

UBS (Lux) Bond SICAV EUR Corporates Sustainable UBS AM

UBS (Lux) Equity Fund European Opport. Sustainable UBS AM

UBS (Lux) Strategy Fund Growth Sustainable UBS AM

Vontobel Fund Emerging Markets Debt Vontobel AM

Wellington Emerging Local Debt Advanced Beta Fund Wellington Management

Wellington Global Bond Fund Wellington Management

Wellington Global Quality Growth Fund Wellington Management

William Blair US Small-Mid Cap Growth William Blair Funds

Fonte: Estimativa FundsPeople ou dados providenciados pelas próprias entidades gestoras. À data de 30 de junho de 2022. Fundos ordenados alfabeticamente, Alguns fundos listados poderão não estar registados para venda em Portugal.

OS FUNDOS QUE ULTRAPASSAM O PATAMAR DOS 10 MILHÕES DE EUROS DE INVESTIMENTO LUSO

O patamar dos 10 milhões de euros de ativos de investidores portugueses é um patamar que claramente reflete já um interesse muito relevante por parte dos investidores lusos. O número de fundos que ultrapassam este valor entre investidores portugueses, mas que fica aquém dos 50 milhões é maior que 220.

A APFIPP, que representa e divulga informações sobre cerca de 75% dos AuM geridos por entidades gestoras de patrimónios, indica-nos que o seu uni verso é responsável pela gestão de uma percentagem significativa de ativos de fundos de pensões e seguradoras do mésticas. Cerca de 25% dos ativos das companhias de seguros e 29% dos ati vos dos fundos de pensões estão dire tamente refletidos no total gerido pelas gestoras de patrimónios. Neste sentido aplicamos o devido ajustamento, nessa escala, aos montantes reportados em cada um destes segmentos, mantendo o foco da estimativa na entidade gestora ao invés de no dono do capital.

RESULTADOS

Portugal revela-se, assim, e consolida -se como um gigante dos fundos de in vestimento internacionais à sua própria escala. Uma pool de negócio que tem atraído cada vez mais entidades gesto ras estrangeiras para o nosso país. Uma pool que atingia os 40,92 mil milhões de euros no final de 2021 e um valor que compara com, e é bastante aproximado aos 42 mil milhões de euros que indica va a EFAMA recentemente.

Refazendo o cálculo com dados ao fecho de junho, vemos que o montante reduz-se um pouco, por via do efeito de desvalorização dos ativos e fluxos de saída. Chegamos então ao montante de 36,12 mil milhões de euros no fecho do semestre, um montante robusto e que se revela como um incentivo para cada entidade gestora fazer crescer a sua fa tia no mercado português.

10 MILHÕES DE EUROS SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 93

JOÃO ZORRO

GESTOR DO NB RENDIMENTO PLUS

“OS BANCOS CENTRAIS OBRIGARAM OS INVESTIDORES A NOVOS COMPORTAMENTOS, TENDO INCLUSIVE RETIRADO ESPAÇO À TRADICIONAL ANÁLISE FUNDAMENTAL E DANDO LUGAR A UM COMPORTAMENTO MAIS OPORTUNISTA”

AMIT MAUGI

GESTOR DO IMGA RENDIMENTO MAIS

“A CAPACIDADE DE ANÁLISE E INTEGRAÇÃO DOS AMBIENTES DE ELEVADA VOLATILIDADE EXIGIU UMA MAIOR ASSERTIVIDADE E RAPIDEZ NA DECISÃO, ISTO SÓ FOI POSSÍVEL ATRAVÉS DE EQUIPAS DE ESPECIALISTAS COM AVANÇADO CONHECIMENTO TÉCNICO E MUITA EXPERIÊNCIA”

E TUDO OS BANCOS CENTRAIS MUDARAM…

Não há dúvida de que os bancos centrais vieram reformar a maneira como os investidores olham para o mercado obrigacionista. Nos últimos 10 anos, assistimos pela primeira vez a um cenário de taxas de juro negativas, cenário este que ficou recentemente para trás. O que dizem os especialistas?

Numa revista dedicada à última década, os ges tores portugueses de fundos de obrigações não podiam ficar de fora. O resumo: seis fundos, cinco gestores, três entidades diferentes e duas per guntas a responder. Quais as principais mudanças que se destacam no merca do obrigacionista nos últimos 10 anos? Qual o outlook para os próximos 10? Perguntamos a quem mais percebe.

Encontramos um consenso: os bancos centrais vieram reformular a forma como os investidores olham para o mercado obrigacionista. João Zorro, gestor do NB Rendimento Plus, afirma: “A principal mudança que destacaria seria, sem dú vida, a entrada ativa e estruturalmente significativa dos bancos centrais como in tervenientes no mercado obrigacionista”.

Para Amit Maugi, gestor do IMGA Rendimento Mais, “os últimos 10 anos foram desafiantes”. O gestor explica o

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
94 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
por Diogo Verde
TENDÊNCIAS GESTÃO

JOEL CARVALHEIRA

GESTOR DO CAIXA OBRIGAÇÕES

LONGO PRAZO

“EM SUMA, FOI UMA DÉCADA DE BOAS RENTABILIDADES PARA O MERCADO OBRIGACIONISTA”

VASCO TELES

GESTOR DO NB FCP EURO BOND E DO NB OBRIGAÇÕES EUROPA

“EXISTE O PERIGO DO EURO SE TORNAR UM PROMOTOR DA DESINTEGRAÇÃO EM VEZ DE UM INSTRUMENTO DE COESÃO ECONÓMICA”

impacto das políticas monetárias expan sionistas - como programas de quantati ve easing - implementadas pelos bancos centrais: “Estas políticas resultaram na queda acentuada das taxas de juro, crian do o desafio de gerir carteiras de investi mento num novo paradigma de taxas de juro negativas e ajustando os prémios de risco para níveis inferiores”. João Zorro afirma que esta alteração “obrigou os investidores a novos comportamentos, tendo inclusive retirado espaço à tradi cional análise fundamental e dando lugar a um comportamento mais oportunista”.

Para além do extremar de políticas monetárias, outros marcos macroeconó micos tiveram impacto na forma como se perceciona este mercado. Vasco Te les, gestor do NB FCP Euro Bond e do NB Obrigações Europa, expõe situações mais específicas: “A saída do Reino Uni do da Comunidade Europeia, a guerra pela supremacia económica entre EUA e China, a transição energética e o res

surgimento da inflação são alguns outros exemplos de acontecimentos que impac taram o mercado obrigacionista”.

ESPAÇO PARA INOVAÇÃO

Apesar das autoridades regulatórias apertaram o cinto, houve espaço para a criação de novos instrumentos. O ges tor do fundo NB Corporate Euro, Hugo Custódio, toca neste ponto: “A alteração do ambiente regulatório obrigou a um ní vel de reporte e controlo de risco superior o que resultou no aparecimento de novas classes de ativos, como, por exemplo, as obrigações verdes ou mesmo novos níveis de dívida subordinada”. Amit Maugi, gestor da IM Gestão de Ativos, acrescenta ainda que “a introdução de uma legislação mais exigente, derivada da crise financeira e da crise de dívida pública europeia, potenciou a inovação financeira no mercado obrigacionista, através do aparecimento de novos tipos de instrumentos de investimentos como

dívida híbrida, capital contingente e dí vida senior bail-in”.

Todos os acontecimentos indicados anteriormente exigiram muito das equi pas de gestão. “A capacidade de análise e integração dos ambientes de elevada vo latilidade exigiu uma maior assertividade e rapidez na decisão, e isto só foi possível através de equipas de especialistas com avançado conhecimento técnico e muita experiência”, congratula Amit Maugi. É verdade que assistimos a uma alteração de dinâmicas e que os gestores foram sur preendidos por uma presença forte dos bancos centrais, ainda assim, este mer cado conseguiu dar alegrias aos investi dores. Joel Carvalheira, gestor do Caixa Obrigações Longo Prazo, partilha uma reflexão positiva: “Neste período, o mer cado de obrigações de dívida pública, em euros, obteve rentabilidades positivas em todos os anos civis, com exceção de 2021 (e possivelmente de 2022). A ren tabilidade anualizada foi de quase 4%.

SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 95

HUGO CUSTÓDIO

GESTOR DO NB CORPORATE EURO

“PARA OS PRÓXIMOS ANOS, A SUSTENTABILIDADE E CRITÉRIOS ESG VÃO GANHAR CADA VEZ MAIS PESO NOS PROCESSOS DE INVESTIMENTO”

Se analisarmos o universo de obrigações de dívida privada, este também conse guiu rentabilidades positivas, embora ligeiramente inferiores. Em suma, foi uma década de boas rentabilidades para o mercado obrigacionista”.

E OS PRÓXIMOS 10 ANOS?

Também aqui os gestores concordam: prevê-se uma mudança de paradigma. Joel Carvalheira antecipa “ciclos de cres cimento mais curtos à medida que os bancos centrais se tornam mais imprevi síveis na condução da política monetária e mais dependentes dos dados económi cos. O mercado obrigacionista deverá ser caraterizado por maior volatilidade.”

Amit Maugi também concorda com a mudança de paradigma. Para o gestor, os “próximos 10 anos diferirão dos últimos 10, uma vez que vamos assistir à contra ção das políticas monetárias expansionis tas implementadas na última década. O aparecimento dos conflitos geopolíticos e crises energéticas conduzirão a ambientes mais inflacionistas e, por consequência, a taxas de juro mais elevadas”.

No que lhe concerne, Vasco Teles enu mera três principais fatores a que deve mos estar atentos: “O ressurgimento da inflação, a reversão ou estagnação do pro cesso de globalização e a sustentabilidade do euro”. Sobre o primeiro ponto, o ges tor aponta com certeza uma mudança, com efeitos diretos na subida de taxas de juro. A reversão do processo de globali zação deve levar a “uma menor liberdade de capitais e de comércio internacional”. O terceiro ponto é causada pelo insucesso das reformas nos países mais vulneráveis da união europeia, dado que passados 10 anos a generalidade dos países encon tra-se com níveis de endividamento su periores e existe uma maior divergência económica. Vasco Teles alerta: “Existe o perigo do euro se tornar um promotor da desintegração em vez de um instrumento de coesão económica”.

Em jeito de conclusão, João Zorro e Hugo Custódio apontam para uma “ma nutenção dos bancos centrais como árbi tro e jogador” e a um “aumento da impor tância da sustentabilidade e de critérios ESG no peso da tomada de decisão”.

RESPONDEMOS A TRÊS QUESTÕES-CHAVE PARA

O RESTO DE 2022

Há três questões-chave nas três principais regiões económicas que acreditamos irão influir no desempenho das diferentes classes de ativos durante o último terço de 2022:

A Fed vai insinuar alguma possibilidade de inverter o rumo da subida das taxas de juro? Não. O mais provável é que a Fed continue a comunicar que as taxas permanecerão em território restritivo para atenuar as pressões inflacionistas. A inflação no setor dos serviços, relativamente resiliente, deverá manter-se muito acima do objetivo de final do ano, e mesmo que haja um alívio a curto prazo no preço das matérias-primas e bens essenciais, não será suficiente para inverter a situação.

Quão negativo será o inverno da Europa, numa perspetiva de crescimento? As perspetivas são bastante pobres e há um elevado grau de incerteza. O dilema para os investidores que olham para os ativos europeus é que o leque de estimativas para o quão negativo este inverno será numa perspetiva económica e de resultados é demasiado amplo.

O abrandamento económico da China vai acabar? Sim. Mas a estabilização só será suficiente para ajudar o mercado interno e das matérias-primas – não será suficiente para ter repercussões positivas a nível global. A nossa opinião é que o otimismo deve manter-se moderado porque acreditamos que o governo chinês estará bastante reticente em inverter o rumo das políticas que procuram corrigir os desequilíbrios no mercado imobiliário.

DIOGO GOMES Gestor sénior de clientes, UBS AM Iberia
A OPINIÃO DE RAPTREN PAR T NER
96 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO TENDÊNCIAS GESTÃO

ALLIANZ CYBER SECURITY

A CIBERSEGURANÇA É UMA NOVA PRIORIDADE

7,8 biliões de pessoas no mundo cada vez mais conectadas. Nos últimos anos, a digitalização cresceu a uma velocidade inesperada, tornando-se uma megatendência.

Do trabalho ao tempo livre: estamos “sempre ligados”. A transformação digital facilita nossa vida, mas nos torna mais vulneráveis a possíveis ataques cibernéticos.

A forte expansão do cibercrime aumenta a demanda por proteção de organizações, empresas e indivíduos.

O Allianz Cyber Security investe em empresas ativas na defesa contra crimes cibernéticos: recuperação de desastres, treinamento de usuários finais, segurança cibernética são apenas alguns exemplos.

Da ameaça à oportunidade: uma importante temática de investimento em crescimento.

Possibilidade de transferência da equipa de investimento para a Voya IM nas próximas semanas, sem alterar a composição da equipa, a filosofia de investimento ou o processo de investimento. A Allianz Global Investors e a Voya IM anunciaram a sua intenção de firmar uma parceria estratégica de longo prazo.

*Allianz Cyber Security foi classificado como um Artigo 8 sob SFDR: EU Sustainable Finance Disclosure Regulation. Informação exacta no momento da publicação.

Os investidores devem ter em conta todas as características e/ou objectivos do fundo tal como descritos no seu prospecto e no KIID (regulatory.allianzgi.com).

O investimento no Fundo envolve riscos. Os investimentos no Fundo e o rendimento obtido poderão oscilar para cima e para baixo, dependendo dos valores ou previsões existentes no momento do investimento e, portanto, poderá não recuperar o seu investimento na íntegra. O Allianz Cyber Security é um subfundo da Allianz Global Investors Fund SICAV, uma sociedade de investimento aberta de capital variável constituída de acordo com a legislação luxemburguesa. O valor das unidades de participação/ações, que pertencem às Categorias de Unidades de Participação/Ações do Subfundo denominadas na divisa base, poderá estar sujeito a volatilidade bastante elevada. É possível que a volatilidade de outras Categorias de Unidades de Participação/Ações seja diferente. O desempenho anterior não garante resultados futuros. Os investimentos em uma moeda diferente da do país onde reside o investidor, podem estar sujeitos a flutuações cambiais, ascendentes ou descendentes. O presente documento tem efeitos meramente informativos e não constitui uma proposta ou um convite a realizar uma oferta, a celebrar um contrato, a comprar ou vender quaisquer valores mobiliários. Os produtos ou valores mobiliários aqui descritos poderão não estar disponíveis para venda em todas as jurisdições ou para certas categorias de investidores. Esta informação tem apenas como fim a sua divulgação, de acordo com a legislação aplicável, e não está disponível para residentes e/ou cidadãos dos Estados Unidos. As oportunidades de investimento aqui descritas não têm em conta objetivos de investimento específicos, a situação financeira, o conhecimento, a experiência ou necessidades específicas de qualquer indivíduo em particular e não oferecem garantias. A sociedade gestora pode decidir pôr termo às formas previstas para a comercialização dos seus organismos de investimento coletivo, nos termos do os regulamentos de desnotificação aplicáveis. Os pontos de vista e opiniões expressas neste documento refletem o entendimento da sociedade gestora na data da publicação e estão sujeitos a alterações a qualquer momento e sem aviso prévio. Os dados facultados neste documento provêm de várias fontes e são considerados corretos e fiáveis na data da publicação. Prevalecerão os termos de qualquer oferta ou contrato subjacente que tenha sido ou venha a ser celebrado. Para obter uma cópia gratuita do prospecto, documentos de constituição, cotações diárias, informações fundamentais destinadas aos investidores e últimos relatórios financeiros anuais e semestrais, entre em contacto com a entidade gestora Allianz Global Investors GmbH no país onde o fundo está sediado (Luxemburgo), ou com a entidade emitente no endereço abaixo indicado ou em regulatory.allianzgi.com. Por favor leia atentamente estes documentos antes de investir, os quais são obrigatórios. Este material promocional foi elaborado pela Allianz Global Investors GmbH, www.allianzgi.com, uma sociedade de investimento de responsabilidade limitada, constituída na Alemanha, com sede em Bockenheimer Landstrasse 42-44, 60323 Frankfurt/M, com número de registo no tribunal local de Frankfurt/M, HRB 9340, autorizada pelo Bundesanstalt für Finanzdienstleistungsaufsicht (www.bafin.de). O resumo dos direitos dos investidores está disponível em inglês, francês, alemão, italiano e espanhol em https://regulatory.allianzgi.com/en/investors-rights. Não é permitida a duplicação, publicação ou transmissão do conteúdo deste documento, independentemente da forma de transmissão considerada. Março 2022. Admaster 2098485.

“Esta é uma comunicação promocional. Consulte o prospeto do OICVM e o documento de informações fundamentais destinadas aos investidores antes de tomar quaisquer decisões de investimento finais.”

Fundo classificado como um Artigo 8 sob SFDR *
Value.Shared

OS FUNDOS PORTUGUESES QUE MELHOR SUPERARAM OS DESAFIOS DA ÚLTIMA DÉCADA

Nos últimos 10 anos passámos por diversos momentos de mercado. Em geral, a maioria dos fatores e estilos de investimento navegaram com vento pelas costas e providenciaram aos gestores a oportunidade de entregar retorno aos seus investidores.

Em revista de aniversário, não podíamos deixar de fa zer uma análise aos fundos portugueses com uma ida de superior ao projeto da FundsPeople em Portugal e que se destacaram nos últimos 10 anos em termos de rentabilidade. Façamos um exercício: qual dos fundos de cada ca tegoria nos geraria maior retorno, caso tivéssemos investido e mantido o in vestimento aquando do ano de nasci mento da FundsPeople?

Para esta análise selecionamos os fundos com ADN português que ope ram nas diferentes categorias há mais de 10 anos. Decidimos destacar o Top 10 dos fundos multiativos com melhor rentabilidade, os dez fundos mais ren táveis a operar no mercado acionista e os 10 que se destacam no mercado obri gacionista. Analisamos também o rácio de retorno/risco associado a cada um.

A informação que apresentamos foi re colhida da Morningstar à data de 31 de julho de 2022.

QUEM MELHOR NAVEGOU?

A classe dos multiativos destaca-se pela exposição a várias classes de ativos

e diferentes ponderações. É um con junto de fundos pouco homogéneo, pelo que a comparação apenas pelo re torno poderá não ser a mais direta.

Contudo, em primeiro da lista, apa rece o PPR gerido pela Invest Gestão de Activos. O Invest Alves Ribeiro PPR conseguiu um retorno acumulado a dez anos superior a 120%. O gestor, Pau lo Monteiro, destacava recentemente como fator de sucesso a capacidade de trabalho e organização da sua equipa, bem como a capacidade de adaptação a novas situações.

A colmatar o Top 3, surge o NB PPR, da GNB GA e o Optimize Glo bal Flexible, da Optimize IP, com retornos acumulados de 69,28% e 51,70% respetivamente.

Apesar de os dois primeiros fundos serem considerados pela Mornings tar como fundos mistos de alocação defensiva, a categoria global mais re presentada na lista apresentada é a da alocação moderada. Destaca-se ainda a presença de dois fundos multiativos de alocação flexível.

A liderança da entidade gestora com mais fundos no Top 10 é partilhada entre a Montepio Gestão de Ativos e a

Optimize Investment Partners (quan do incluindo os fundos geridos pela gestora no Luxembrugo) com três pre senças no nosso Top. Com duas entra das surge a BPI Gestão de Ativos.

Mas como referido, dado o facto de os fundos multiativos não serem dire tamente comparáveis, como resultado da diferente ponderação de classes de ativos mais ou menos defensivas, olha mos agora para o retorno por unidade de risco (RR). A esse nível é o Invest

Alves Ribeiro o fundo que também melhor remunera o risco dos investi dores, com uma rentabilidade de 0,83 por unidade de risco. Nesta métrica, destaca-se também o Montepio Glo bal. O fundo da Montepio GA, apesar de rentabilidades inferiores, aparece em segundo lugar no que diz respeito à remuneração por unidade de risco.

ESTADOS UNIDOS LIDERAM

O Top de rentabilidade de fundos de ações geridos por entidades portu guesas apresenta diferentes temas e focos geográficos, como se pode ob servar na tabela.

O fundo com maior rentabilidade nos últimos 10 anos apresenta um

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 por Diogo Verde
98 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO TENDÊNCIAS ESTRATÉGIAS

MULTIATIVOS DE GESTÃO NACIONAL

RENTABILIDADES DOS FUNDOS DE AÇÕES DE GESTÃO NACIONAL

Caixa Ações EUA

BPI América

IMGA Ações América

US Equity Large Cap Blend Caixa Gestão de Ativos 187,29% 11,54% 0,77

US Equity Large Cap Growth BPI Gestão de Ativos 173,02% 11,59% 0,55

22 US Equity Large Cap Blend IM Gestão de Ativos 169,06% 11,04% 0,83

NB America Growth Fund US Equity Large Cap Blend

IMGA Global Equities Selection

- International Management 149,24% 8,41% 0,49

Equity Large Cap IM Gestão de Ativos 131,52% 9,37% 0,64

BPI Portugal Europe Equity Mid/Small Cap BPI Gestão de Ativos 123,94% 8,60% 0,55

BPI GIF Iberia Europe Equity Large Cap CaixaBank AM (BPI Gestão de Ativos) 115,91% 8,26% 0,52

BPI GIF Opportunities

Montepio Euro Healthcare

NB Momentum Sustentável

Fonte: Morningstar, dados a 31 de julho de 2022.

RENTABILIDADES

Global Equity Large Cap CaixaBank AM (BPI Gestão de Ativos) 107,41% 8,49% 0,36

Sector Equity Montepio Gestão de Activos 102,26% 6,84% 0,46

Equity Large Cap

Gestão de Ativos 101,61% 7,68% 0,50

DE OBRIGAÇÕES DE GESTÃO

IMGA

Fonte: Morningstar,

15,19% 1,39% 0,64

13,53% 1,30% 0,55

RENTABILIDADES DOS FUNDOS
NOME DO FUNDO RATING FUNDSPEOPLE 2022 CATEGORIA GLOBAL ENTIDADE GESTORA RETORNO ACUMULADO A 10 ANOS RETORNO A 10 ANOS ANUALIZADO RETORNO/ RISCO A 10 ANOS Invest Alves Ribeiro PPR 20 22 Alocação Defensiva Invest Gestão de Activos 122,76% 8,68% 0,83 NB PPR/OICVM Alocação Defensiva GNB Gestão de Ativos 69,28% 5,34% 0,72 OPTIMIZE Global Flexible - Alocação Flexivel Optimize Investment Partners (Andbank AM) 51,70% 5,30% 0,25 Montepio Multi Gestão Dinâmica - Alocação Agressiva Montepio Gestão de Activos 46,66% 3,97% 0,30 BPI Universal Alocação Moderada BPI Gestão de Activos 44,22% 3,84% 0,39 BPI Selecção - Alocação Moderada BPI Gestão de Activos 39,38% 3,74% 0,34 OPTIMIZE Europe Value - Alocação Flexivel Optimize Investment Partners (Andbank AM) 38,82% 3,86% 0,17 Optimize Capital Reforma PPR/ OICVM Ativo - Alocação Moderada Optimize Investment Partners 37,08% 3,96% 0,31 Montepio Multi Gestão Equilibrada - Alocação Moderada Montepio Gestão de Activos 35,32% 3,11% 0,36 Montepio Global - Alocação Moderada Montepio Gestão de Activos 35,30% 2,93% 0,42 Fonte: Morningstar, dados a 31 de julho de 2022.
DOS FUNDOS
NACIONAL NOME DO FUNDO RATING FUNDSPEOPLE 2022 CATEGORIA GLOBAL ENTIDADE GESTORA RETORNO ACUMULADO A 10 ANOS RETORNO A 10 ANOS ANUALIZADO RETORNO/ RISCO A 10 ANOS NB Euro Bond Obrigações Europa GNB - International Management 100,00% 7,11% 1,10 NB Obrigações Europa 20 22 Obrigações Europa GNB Gestão de Ativos 84,70% 6,43% 0,92 NB Rendimento Plus Obrigações Europa GNB Gestão de Ativos 38,67% 3,39% 0,63 Montepio Taxa Fixa Obrigações Europa Montepio Gestão de Activos 33,43% 3,20% 0,45 BPI GIF High Income Bond Obrigações Europa CaixaBank AM (BPI Gestão de Ativos) 28,81% 2,77% 0,26 Caixagest Oportunidades Obrigações Europa Caixa Gestão de Ativos 21,10% 2,01% 0,37 NB Corporate Euro 20 22 Obrigações Europa GNB - International Management 20,68% 2,06% 0,27 Caixa Obrigações LP Obrigações Europa Caixa Gestão de Ativos 17,79% 1,91% 0,15 Caixagest Obrigações Obrigações Europa Caixa Gestão de Ativos
CA Rendimento Obrigações Europa IM Gestão de Ativos
dados a 31 de julho de 2022.
NOME DO FUNDO RATING FUNDSPEOPLE 2022 CATEGORIA GLOBAL ENTIDADE GESTORA RETORNO ACUMULADO A 10 ANOS RETORNO A 10 ANOS ANUALIZADO RETORNO/ RISCO A 10 ANOS
20 22
20
GNB
Global
20 22
Healthcare
20 22 Global
GNB
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 99

foco no mercado americano. O Caixa Ações EUA alcançou uma rentabili dade acumulada de 187,29%. Ao todo, são quatro os fundos a operar no mer cado americano, três deles com um es tilo de investimento misto e o que sobra com um foco em empresas de elevado crescimento.

Segundo a equipa de gestão da Caixa Gestão de Ativos a carteira do fundo é diversificada pelos setores económicos mais representativos dos EUA e está exposta a risco cambial.

O IMGA Global Equities Selection é o fundo que opera no mercado global com maior rentabilidade (131,52%) dos três representados. Já a nível do mercado europeu, temos um fundo que opera apenas em Portugal e outro com foco na Península Ibérica.

Destacamos ainda a presença do Montepio Euro Healthcare, com uma rentabilidade de 102,26%. O fundo que foca no setor da saúde é o único fundo temático presente no Top 10 de fundos de ações.

Desta vez, o fundo que melhor pre meia o risco não é o líder em rentabi lidade acumulada absoluta. Este lugar

é ocupado pelo IMGA Ações América com um rácio RR de 0,83. A seguir, aparece o Caixa Ações EUA e, a fechar o Top 3, o fundo IMGA Global Equi ties Selection.

Por fim, dos 10 fundos destacados, quatro contam com Rating Funds People 2022

A EUROPA É RAINHA

Falta apenas apresentar os fundos de obrigações que mais retorno propor cionam a 10 anos.

Primeiro, importa sobressair que todos os fundos presentes atuam no setor obrigacionista europeu. Este do mínio no ranking está diretamente li gado com a oferta nacional de fundos de obrigações, que conta com um claro foco no mercado europeu.

A liderar o Top 10 surge o NB Euro Bond, fundo luxemburguês da GNB GA. O fundo conseguiu um retorno acumulado de 100% ao longo dos úl timos 10 anos, sendo também o fundo com melhor rácio RR com 1,10. Em ambos os rankings, segue o NB Obri gações Europa, o equivalente portu guês do fundo anterior, com 84,70% de retorno acumulado e um rácio de 0,92. Ambos os fundos mencionados são geridos por Vasco Teles. O gestor da GNB Gestão de Ativos segue os mes mos princípios de investimento em ambos os fundos.

A GNB Gestão de Ativos é mesmo a entidade com mais fundos presentes, com quatro, seguida pela Caixa Gestão de Ativos, com três.

Termina assim a análise dos fun dos que mais se destacaram em ter mos de rentabilidade. Resta-nos aguardar para perceber se estes se vão conseguir adaptar às exigências dos próximos 10 anos, ou se vamos ter novos líderes, caraterizados por um estilo de gestão completamente diferente e inovador.

INVESTIR CONTRA NUM BEAR MARKET: SE SE SENTIR DESCONFORTÁVEL, É PROVAVELMENTE UMA COISA BOA

No atual clima de tensão internacional, o medo é generalizado, criando numerosas oportunidades de investimento contrarian, uma vez que muitos investidores se deixam seduzir pelas narrativas dominantes nos mercados e isso leva-os a seguir as mesmas ações. Embora isto possa parecer fácil do ponto de vista psicológico, geralmente não conduz a um alfa sustentável a longo prazo porque as posições consensuais tendem a ter pouca vantagem.

O investimento contrarian exige uma mentalidade diferente. O ponto-chave é encontrar uma vantagem face ao mercado quando este estiver demasiado positivo ou negativo. Existem preconceitos cognitivos muito enraizados nos investidores cada vez que o mercado se excede ou não é suficiente, permitindo à disciplina contrarian continuar a descobrir oportunidades.

Os investidores contrarian profissionais devem ser resilientes face a um forte preconceito negativo. É difícil fazer isto sem uma análise profunda e um alto nível de convicção. O meu ponto de partida é simples: perguntar sempre o que mais pode correr mal. Se puder tolerar a resposta enquanto tenho exposição a um forte potencial ascendente, então é uma ideia de investimento atrativa. Ser um investidor contrarian deixa-o muitas vezes desconfortável, mas isso é um bom sinal.

O FUNDO DA MONTEPIO GA QUE FOCA NO SETOR DA SAÚDE É O ÚNICO FUNDO TEMÁTICO PRESENTE NO TOP 10 DE FUNDOS DE AÇÕES A OPINIÃO DE RAPTREN PAR T NER ANA CARRISSO Gestora de Vendas sénior, Fidelity International
100 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO TENDÊNCIAS ESTRATÉGIAS

A Importância da Qualidade

Por que investir em marcas globais?

1 Empresas de Alta Qualidade

Com foco em empresas de alta qualidade aquelas com capacidade de compor consistentemente a riqueza dos acionistas no longo prazo e na gestão do risco de carteira negativa, o Fundo oferece fortes características de desempenho e risco há mais de duas décadas.

2 Marcas Poderosas

A equipe International Equity busca empresas de alta qualidade construídas em ativos intangíveis difíceis de replicar, como marcas, licenças ou redes. Essas muitas vezes têm vendas recorrentes que levam a sustentabilidade e resiliência, bem como fortes equipes de gestão que alocam capital de forma eficiente.

3

Defesa Forte

O Fundo tem um histórico de redução da participação negativa em mercados fracos, proporcionando desempenho quando mais é necessário, como a Crise Financeira Global e o 1º trimestre de 2020.

NOTAÇÃO GERAL DA MORNINGSTAR™ CLASSE Z AÇÕES

A melhor maneira de compor a riqueza dos acionistas ao longo do tempo é investir em empresas de alta qualidade administradas por equipes de gestão de alta qualidade, compradas pelo preço certo.

O valor dos investimentos e o rendimento deles podem cair, assim como para cima, e um investidor pode não receber de volta o valor investido. 1 Classificações a partir de 28-Fev-2022. Dos 3665 fundos. Com base no retorno ajustado de risco. Classe Z Ações: 3yr. rating 5 Estrelas; 5yr. classificação 5 Estrelas; 10yr. classificação 5 Estrelas. Esta é uma comunicação de marketing. As solicitações de ações no Fundo não devem ser feitas sem antes consultar o Prospecto atual e o KIID, disponíveis no idioma oficial de sua jurisdição local em morganstanleyinvestmentfunds.com. Um resumo dos direitos do investidor está disponível em inglês no mesmo site. Caso a sociedade gestora do fundo relevante decida encerrar seu acordo de comercialização desse fundoem qualquer país da Área Econômica Europeia onde ele esteja registrado para venda, ela o fará de acordo com as regras UCITS pertinentes.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES

EMEA: Essa comunicação de marketing foi emitida pela MSIM Fund Management (Ireland) Limited. A MSIM Fund Management (Ireland) Limited é regulamentada pelo Banco Central da Irlanda. A MSIM Fund Management (Ireland) Limited é regulamentada pelo Banco Central da Irlanda e está constituída na Irlanda como uma sociedade privada por ações com responsabilidade limitada, com o número de registro de empresa 616661, e tem sua sede social em The Observatory, 7-11 Sir John Rogerson’s Quay, Dublin 2, D02 VC42, Irlanda.

Visite www.morganstanley.com/im MORGAN STANLEY INVESTMENT FUNDS (MS INVF) GLOBAL BRANDS FUND
COMUNICAÇÃO DE MARKETING © 2022 Morgan Stanley. Todos os direitos reservados. CRC 4231747 Exp. 31/01/2023 10209539
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VIAGEM AO UNIVERSO DOS FUNDOS DE PENSÕES EM PORTUGAL

Nos últimos 10 anos, os fundos de pensões cresceram em cerca de 50% o seu volume gerido. Diversas variáveis contribuíram para este crescimento, mas o debate sobre a sustentabilidade da segurança social continua a aportar oportunidades para os produtos.

Os fundos de pensões re presentam uma das for mas de poupança para a reforma. Já vai distante o ano de 1987 com a constituição dos primeiros fundos de pensões em Portugal e, desde essa al tura, muito mudou na legislação, nos incentivos à sua constituição, ao tipo de benefício e aos investimentos dos fun dos de pensões. Independentemente destas alterações, mantém-se o desafio e a necessidade de este tipo de veículos representar uma forma de poupança para a reforma.

Nos últimos 10 anos, e consideran do o período entre dezembro de 2012 e junho de 2022, verificou-se um au mento de cerca de 50% do volume de ativos financeiros sob gestão, passando

de 14,5 mil milhões de euros para 21,8 mil milhões de euros.

Apesar de uma parte significativa deste montante se ter devido a valori zação de mercados e refletir contribui ções resultantes de planos de benefício definido (planos mais antigos, nomea damente da banca e de ex-empresas públicas), é interessante verificar que os ativos financeiros dos fundos aber tos (que financiam, em grande parte, planos mais novos de contribuição definida/capitalização) quase que tri plicaram, passando de 1,3 mil milhões de euros para 3,4 mil milhões de euros.

O crescimento dos ativos sob gestão dos fundos de pensões abertos é tam bém consequência do número de fun dos de pensões abertos disponíveis. Se no passado cada entidade gestora dis

ponibilizava um ou dois fundos aber tos com estratégias de investimento diferentes, atualmente é comum a dis ponibilização de três ou quatro fundos com alocações de ativos que vão de uma exposição maioritária a obrigações a uma exposição predominante a ações, permitindo uma amplitude de escolha maior. Este facto é particularmente importante dado que o perfil de risco, normalmente correlacionado com o horizonte temporal até à reforma, é di ferente de pessoa para pessoa.

Verificamos também que o núme ro de fundos de pensões abertos nos últimos 10 anos aumentou de 73 para 107 fundos (em tendência contrária aos fundos de pensões fechados que re duziram de 155 para 133). Da mesma forma, o número de adesões coletivas

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
por Rui Guerra
102 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO TENDÊNCIAS PLANIFICAÇÃO

ATIVOS SOB GESTÃO DO MERCADO DE FUNDOS DE PENSÕES

FUNDOS

PENSÕES

(adesões de empresas que financiam os seus planos de pensões através de fun dos de pensões abertos) quase que du plicou, passando de 669 em 2012 para 1.274 em 2022.

EVOLUÇÃO DA ALOCAÇÃO

Também ao nível da alocação de ati vos os fundos de pensões registaram uma alteração relevante. Essa altera ção foi no sentido de uma maior di versificação e da alteração dos veículos financeiros utilizados. Ao longo dos últimos 10 anos, foram-se colocando diferentes desafios. Se numa primei ra fase ações e obrigações proporcio naram rendibilidades elevadas, mais recentemente surgiu uma busca de yield, com os investidores a procu rarem classes de ativos alternativas.

Essa situação refletiu-se numa maior utilização de fundos de investimento para aceder a classes de ativos como hedge-funds, high-yield ou mercados emergentes, entre outras classes. Isso explica o crescimento dos fundos de investimento, aumentando de 25% em 2012 para 37% em 2022.

O investimento em obrigações go vernamentais e privadas manteve-se praticamente estável (ligeiro aumen to), essencialmente devido ao facto de continuar a existir, como referi, um peso grande de fundos de pensões que financiam planos de benefício definido e cujo matching com as responsabili dades favorece um peso elevado a esta classe de ativos.

Atualmente, a rendibilidade dos fundos de pensões é dificilmente repre

sentada por um único valor. A existên cia de políticas de investimento muito distintas entre os fundos de pensões que, como referido, se podem situar desde maioritariamente alocados a obrigações a maioritariamente aloca dos a ações implica que existam rendi bilidades representativas de vários uni versos de fundos de pensões consoante o seu asset allocation ou perfil de risco.

Se analisarmos o mercado em ter mos globais, verificamos que nos úl timos 10 anos os perfis mais conser vadores (maior peso em obrigações) registaram uma rendibilidade mediana acumulada de aproximadamente 25%, enquanto que os perfis com maior peso em ações registaram rendibilidades acumuladas de perto de 80%. Estes números evidenciam a relevância

2012 13,2 18,4 1,3 3,4 14,5 21,82022
(Milhões de Euros) Fonte: ASF
DE
FECHADOS FUNDOS DE PENSÕES ABERTOS TOTAL
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 103

DE TRANSFORMAÇÃO

deste tipo de investimento, quer no caso dos planos de benefício definido, em que as rendibilidades contribuem para a redução do esforço financeiro das empresas para financiar as respon sabilidades com pensões, quer no caso dos planos de contribuição definida em que as rendibilidades contribuem para uma maior acumulação na conta indi viduais e, consequentemente, acesso a um maior valor de complemento de pensões aquando da reforma.

DESAFIOS

A discussão sobre a sustentabilidade da segurança social tem suscitado di ferentes sensibilidades e opiniões. Mas tem sido generalizada a noção de que, no futuro, a pensão da segurança social representará uma proporção (taxa de substituição) menor do último salário. Assim sendo, a poupança individual

para a reforma (3º pilar) e a poupança através de planos de pensões patroci nados pelas empresas (2ºpilar) serão es senciais para que se consiga manter ou até mesmo incrementar os rendimentos após a idade de reforma e, dessa forma, assegurar que as pessoas mantêm um nível de vida adequado a esse período.

Para tal, é fundamental reforçar a cultura de literacia financeira e de ne cessidade de poupança ao longo do ciclo de vida de cada pessoa nas organizações.

Os fundos de pensões contribuirão certamente para o aumento da pou pança para a reforma no âmbito do 2º e 3º pilar, nomeadamente pela sua efi ciência, transparência e independência patrimonial. É por isso muito impor tante a existência de produtos que vão ao encontro dos objetivos de diferentes gerações e de uma fiscalidade favorável para a sua constituição e reforço.

A INDÚSTRIA DA GESTÃO DE ATIVOS 2.0

Há mais de quatro décadas que os investimentos têm atendido ao binómio rentabilidade/risco. No entanto, com a evolução da indústria de gestão de ativos, e face a uma mudança de paradigma nesta década, foi incorporado um terceiro eixo ao binómio rentabilidade/risco, a sustentabilidade.

Aqui entra em jogo uma importante variação na nossa forma de pensar sobre o investimento sustentável e a rentabilidade.

A indústria já teve de lidar com mudanças no passado, como a globalização, a utilização da Big Data ou a aprendizagem automática, mas agora trata-se de compreender a sustentabilidade.

Para onde nos dirigimos? Uma das principais tendências que identificamos é conjugar os objetivos de sustentabilidade com as necessidades de rentabilidade.

Um inquérito do CFA Institute intitulado O profissional de investimento do futuro já o antecipava, no sentido em que o gestor de fundos tem de saber mais do que apenas maximizar o alfa, nomeadamente a integração de aspetos substanciais de sustentabilidade na tomada de decisões de investimento, incluindo nesses trabalhos orçamentos de custo do carbono e avaliação das repercussões externas.

Uma segunda grande tendência é a importância de saber avaliar o impacto sobre o mundo real que as decisões de investimento da indústria de gestão de ativos terão. Como dizia Albert Einstein sobre o conceito de juro composto: “Aquele que o entender, ganhá-lo-á, aquele que não entender, pagá-lo-á”.

UMA DÉCADA
ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
ANA CLAVER Diretora-geral para a Península Ibérica, América Latina e EUA Offshore, Robeco
A OPINIÃO DE RAPTREN PAR T NER
2012 2022 NÚMERO DE FUNDOS ABERTOS NÚMERO DE ADESÕES COLETIVAS 73 107 1.274 669 PANORAMA DE FUNDOS ABERTOS E ADESÕES COLETIVAS Fonte: ASF 104 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO TENDÊNCIAS PLANIFICAÇÃO

COMO SE VAI MOLDAR O PROFISSIONAL DE INVESTIMENTO NA PRÓXIMA DÉCADA?

Um bom profissional tem a responsabilidade de evoluir com o mercado e um estudo recente levanta o véu sobre o percurso a seguir na próxima década.

C omo líder desta associação tenho enfatiza do muito a mensagem de que o papel da indústria de investimentos e de nós, como o fator humano em que assenta essa indústria, tem um propósito social importante: contri buir para o bem-estar através da criação de riqueza. Posto isto, e respondendo ao desafio da FundsPeople para dar a minha opinião acerca de como é que podemos continuar a cumprir com este nobre propósito na próxima década, destaco algumas das conclusões de um recente estudo desenvolvido pelo CFA Institute - The Future of Work in In vestment Management: Skills an Learning - que ilumina um pouco mais o caminho que a profissão terá que percorrer.

A verdade é que a nossa profissão esteve e está em cons tante evolução. Os mercados os instrumentos financeiros adaptam-se às novas realidades e evoluem no sentido de satisfazer novas necessidades. Por isso, uma carreira no mundo dos investimentos traz sempre consigo mui tas oportunidades para ultrapassar desafios intelectuais e para imprimir um impacto positivo na sociedade. Uma indústria de investimentos que dê prioridade às compe tências, à ética e à capacidade de adaptação estará bem posicionada para prosperar.

Acerca do que se pode esperar da profissão, as novas fon tes de dados, por exemplo, irão afetar as competências necessárias para a tomada de decisões de investimento. Segundo o CFA Institute, as competências que a maioria dos profissionais estão interessados em obter, de olhos no futuro da profissão, incluem uma compreensão funda mental da inteligência artificial e machine learning, bem como o conhecimento em matérias de sustentabilidade. Nós, na Europa, temos que estar especialmente atentos e preparados para enfrentar e dominar esta última área de competência. Mais do que voluntária, esta tornou-se mandatória, quando as instituições supranacionais passa ram a exigir que se dessem passos na integração da sus tentabilidade nas decisões dos negócios e investimentos.

Claro que toda esta evolução não vem sem os seus desa fios para aqueles líderes que têm que combinar de forma funcional equipas multidisciplinares. Os líderes devem en contrar as melhores formas de potenciar as competências especializadas e as mais generalistas, e combinar as duas de forma eficaz. Profissionais com competências em for ma de T - uma combinação de competências transversais com o domínio aprofundado de uma determinada temá tica - podem ajudar a colmatar lacunas no entendimento entre diferentes especialidades e com profissionais de investimento mais genéricos. Por exemplo, um especialis ta em temas ESG pode e deve ter competências em for ma de T para conectar os temas de investimento com as questões de sustentabilidade.

Por fim, ao nível das soft skills, o profissional do futuro mostrar-se-á, provavelmente, interessado em desenvol ver a sua capacidade de comunicação, influência, per suasão e negociação, bem como a capacidade para gerir bem o recurso mais limitado que enfrentamos, o tempo. Tornou-se especialmente importante que os profissionais e líderes mostrem a capacidade para adaptar as suas soft skills num ambiente de trabalho que se tornou, repentina mente e recentemente, mais flexível e disperso.

Muito mais haveria para escrever e muitas outras con clusões se podem encontrar no estudo supracitado, mas não queria concluir, sem reforçar o quanto a indústria de investimento depende do fator humano. Os líderes da in dústria devem reconhecer o valor do investimento contí nuo em capital humano e o seu impacto na elevação dos padrões de prática profissional para criar uma indústria de investimento mais eficaz e adaptável, para o benefício último da sociedade.

Por fim, não posso concluir sem, também, dar os para béns pelos 10 anos da FundsPeople em Portugal e pelo seu papel ativo de promoção da indústria de gestão de ativos e investimentos.

SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 105 Presidente, CFA Society Portugal TRIBUNA MARCOS SOARES RIBEIRO

OS VENTOS QUE SOPRARAM EM TORNO DA CONSULTORIA PARA INVESTIMENTO, NA ÚLTIMA DÉCADA

São poucas as consultoras para investimento independentes em Portugal mais antigas que o projeto da FundsPeople no país. No entanto, algumas já convivem com os desafios que este negócio encerra, num mercado de pequena escala como o nosso, há algum tempo, e têm muito para contar.

Estas entidades têm muito para contar acerca dos ven tos desfavoráveis que en contraram no caminho de consolidação do seu negócio. Foram algumas dessas consultoras que a FundsPeople, no contexto de um ThinkTank em colaboração com a Edmond de Rothschild AM, sen tou à mesa para fazer uma radiografia do passado e contar os seus principais desafios, mas também alguns ventos favoráveis da década.

António Mello Campello, da Blue Crow Capital, considera que os pri meiros anos foram os mais difíceis.

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
por Miguel Rêgo , CFA O Think Tank - Portugal é uma iniciativa da FundsPeople, em colaboração com a Edmond Rotschild AM. Durante o ano de 2022 são promovidos três encontros, nos quais se analisam vários temas de mercado e de negócio, com profissionais nacionais. THINK TANKPORTUGAL 106 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO TENDÊNCIAS ADVISORY

“Foi muito difícil para o mercado e para o regulador perceberem o que é a consultoria para investimento”, in troduz. A incerteza regulatória, com a MiFID II no centro, as crises e a concorrência dos bancos, “os players habituais do mercado”, foram tam bém temas que ocuparam espaço na sala das preocupações das sociedades consultoras para investimento, se gundo o profissional. “Hoje em dia, no entanto, considero que o espaço da consultoria para investimento está bastante consolidado. É um servi ço que funciona bem num conjunto muito alargado de situações, desde a relação com clientes privados à relação com clientes institucionais”, explica.

O VENTO DAS SINERGIAS

Os desenvolvimentos regulatórios mais recentes, nomeadamente em Por tugal, com o Regime das Empresas de Investimento trouxe, para António Mello Campello, “alguma simplifica ção” e pela sua experiência, “também alguma sedimentação”. “Existem muitas entidades consultoras para investimento e o conjunto está ainda muito fraco para ser um negócio com futuro. É por isso que considero que os próximos 10 anos vão continuar a ser anos de consolidação. Anos em que se vai separar o trigo do joio e onde, qui çá, se vão criar sinergias com os players existentes, sejam eles nacionais ou in ternacionais”, projeta o responsável da BlueCrow. António Mello Campello destaca, no entanto, o quão diferentes são os modelos e negócio das consul toras nacionais. “Nunca me encontrei em competição direta com um cliente de uma consultora concorrente. Isto mostra o potencial que o mercado por tuguês tem”, explica.

Pedro Assis, da Baluarte Wealth Advisors, viu o início da sua atividade de forma um pouco distinta de Antó

ANTÓNIO MELLO CAMPELLO Diretor executivo, BlueCrow Capital

“Considero que os próximos 10 anos vão continuar a ser anos de consolidação. Anos em que se vai separar o trigo do joio e onde, quiçá, se vão criar sinergias com os players existentes, sejam eles nacionais ou internacionais”

nio Mello Campello. “Aquilo que sen timos quando chegamos ao mercado é que o modelo de consultoria para in vestimento era algo já bastante neces sário. Víamos como bastante esgotado o modelo assente em mera execução e em gestão discricionária e, por isso, achámos que foi muito fácil explicar o conceito. Não obstante, também tive mos que atravessar os desafios de cres cimento inerentes a um negócio novo”.

OS BANCOS CENTRAIS

Já no que diz respeito aos desafios, o profissional realça temas mais ligados aos mercados financeiros. “De todos

SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 107

DE TRANSFORMAÇÃO

PEDRO ASSUNÇÃO

Diretor de investimentos, Første

“[O contexto da última década] foi um contexto de mercado com taxas e volatilidade exageradamente baixas onde a maré levantou os barcos todos e foi difícil distinguir os diferentes tipos de serviço”

dade destas carteiras, em total respei to pela tolerância de risco original do cliente”, explica.

Já no aspeto regulatório, Pedro As sis considera que os desenvolvimentos da última década foram muito positi vos. “Hoje em dia temos um mercado muito mais transparente do que o era antes da diretiva de 2014. Essa trans parência é extremamente importante para deixar evidente a diferença entre aquilo que é, efetivamente, um aconse lhamento, e o que é uma venda de um produto financeiro”, expõe.

O VENTO DA REGULAÇÃO

os desafios, aqueles que mais nos preo cupam são os que de alguma maneira ameaçam e condicionam o andamento das carteiras dos nossos clientes”, diz. Por esta perspetiva, para Pedro Assis o grande vento desfavorável da última década foi “gerir carteiras com perfis mais conservadores num contexto que, após 2008, foi de taxas de juro muito, muito baixas”. “Foi necessária uma disciplina muito grande para conseguir encontrar soluções de investimento que conseguissem manter a rentabili

Pedro Assunção, da Første, considera que nos últimos dez anos o verdadei ro repto foi vender o serviço de con sultoria para investimento. “Mesmo passado todo este tempo, não acho que se tenha tornado muito mais fá cil. Em parte devido à concorrência bastante desleal de uma parte rele vante das instituições financeiras”, introduz. Para o profissional, esta concorrência é algo que tem vindo a tornar-se mais equilibrado, com os desenvolvimentos regulatórios, mas está longe de estar resolvido.

Por outro lado, Pedro Assunção considera que, não obstante, os resul tados positivos que a regulação teve no equilíbrio de mercado, trouxe consigo um desafio adicional para o negócio.

“A adoção de MiFID II, para as socie dades consultoras, trouxe consigo um aumento desproporcional do peso do compliance, dos custos e necessidade

UMA DÉCADA
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“Hoje em dia temos um mercado muito mais transparente do que o era antes da diretiva de 2014. Essa transparência é extremamente importante para deixar evidente a diferença entre aquilo que é, efetivamente, um aconselhamento, e o que é uma venda de um produto financeiro”

OPINIÃO DE

de recursos associados, dada a reduzida dimensão que estas têm em Portugal e a baixa complexidade do negócio”, ex plica. O diretor de investimentos alerta também, no que à regulação diz respei to, para alguma duplicação de esforços entre as instituições financeiras e as so ciedades de consultoria que poderia ser mais equilibrada.

Já no que se refere às condições de investimento dos últimos dez anos, Pedro Assunção está de acordo com Pedro Assis no que à relevância deste

tema diz respeito, e elenca esse desafio com a dificuldade em passar a men sagem do valor da consultoria para o cliente. “Foi um contexto de mercado com taxas e volatilidade exagerada mente baixas onde a maré levantou os barcos todos e foi difícil distinguir os diferentes tipos de serviço”, expõe. “Nesta fase em que estamos a entrar, podemos encontrar um mercado mais difícil, mas mais compensador para quem presta um serviço de aconselha mento diferenciado”, conclui.

COVERED BONDS – O SEU INVESTIMENTO OBRIGACIONISTA FORA DO COMUM

As tensões geopolíticas, o regresso aos elevados níveis de inflação e a alteração de estratégia por parte do Banco Central atingiram fortemente não apenas os mercados acionistas, mas também os mercados de obrigações. Mesmo o segmento de alta qualidade, como as obrigações soberanas, enfrentou condições adversas.

As Covered Bonds, uma parte às vezes esquecida do universo obrigacionista, foram também impactadas. A sua credibilidade creditícia, contudo, permanece sólida. Estes instrumentos oferecem uma proteção creditícia única apoiada pela entidade emitente e adicionalmente por uma cover pool de ativos altamente regulados que garantem os pagamentos se o emitente não o conseguir fazer. Isto significa que estes instrumentos têm não só um nível creditício alto, sendo vistos como uma verdadeira alternativa às obrigações soberanas, na maioria dos casos, mesmo com um rating mais forte do que o do país. É uma base sólida para que continuem o seu historial de mais de 200 anos sem incumprimentos. Como maior gestora de Covered Bonds da Europa, temos executado com sucesso uma série de estratégias sólidas desde 2012, apresentando diferentes perfis de risco de taxa de juro e níveis de exposição ao crédito, e oferecendo oportunidades no espaço obrigacionista que vão para lá do caminho trilhado pela dívida soberana.

LAURA DONZELLA Responsável de Distribuição Institucional e de Retalho para a Península Ibérica, América Latina e Ásia, Nordea AM
A
RAPTREN PAR T NER SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 109

DE TRANSFORMAÇÃO

RESILIÊNCIA, PROPÓSITO E INOVAÇÃO

Após ano recorde na gestão de ativos europeia, estes são os pontos-chave para um ambiente em mudança.

OMcKinsey 2022 Glo bal Asset Management Survey mostra que a indústria está a enfren tar este ambiente tão in certo a partir de uma posição de força - 2021 foi o melhor ano para a gestão de ativos europeia desde 2007. No ano passado, assistimos a um crescimento de 8% de AUM e 12% dos lucros, ele vando as margens operacionais para 44% - este crescimento cimentou qua se 10 anos consecutivos de melhoria das margens operacionais, incluindo apenas o segundo ano de expansão dos receitas dos últimos 10 anos.

Dito isto, as margens operacionais não recuperaram completamente para os níveis prévios à Crise Financeira Global ou da bolha tecnológica. Isto apesar das semelhanças deste ciclo com esta última crise em termos de valorização em nomes de tecnologia e crescimento.

Embora o crescimento europeu tenha sido robusto em relação a outros mer cados desenvolvidos, existem também diferenças marcadas por país, com a Itália e a Alemanha a liderar o cres cimento nos últimos três anos (par ticularmente no que diz respeito ao crescimento dos clientes de retalho), enquanto que a França se atrasou tanto no desempenho do mercado como no desempenho orgânico (em parte devi do ao seu mix mais institucional).

A história da indústria a nível global foi igualmente forte, com registos alar gados em AuM, receitas agreagadas e lucros agregados. É notável que as mar gens operacionais permaneçam muito estáveis entre as diferentes geografias, com a Ásia a liderar as margens de lucro seguidas pela Europa ocidental.

Em termos de estratégias de inves timento, nas ativas tradicionais per manecem 68% dos ativos, diminuindo ligeiramente desde há 10 anos. A alo

cação de ativos mudou entre rendi mento fixo e ações. O rendimento fixo atingiu fluxos líquidos de 2,8 biliões de euros desde 2011, mas a sua quota de ativos de terceiros diminuiu 7 pp.

Contrastando com as ações, onde as ações passivas e ativas tiveram fluxos líquidos de pouco menos de 1 bilião de euros em 2011.

MARGENS E RECEITAS

Mencionámos anteriormente que a indústria teve 10 anos consecutivos de melhoria nas margens operacionais.

Em anos anteriores, o crescimento dos custos da indústria ultrapassou pere nemente o crescimento das receitas orgânicas, e tende a estar mais correla cionado com o beta do mercado.

Esta tendência poderá continuar, dado que o crescimento dos custos tem sido dominado pelo crescimento da compensação variável e dos gastos em tecnologia, embora, como um fator

UMA DÉCADA
ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 TENDÊNCIAS I+D
110 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO

França 4.463

4,3%

Alemanha 4.383 10,3% 4,1% 6,2%

Itália 2.493 10,8% 5,5% 5,3%

Suiça 2.489 10,3% 3,2% 7,1%

Reino Unido 7.635 10,2% 2,8% 7,4%

Escandinávia1 2.431 13,3% 3,2% 10,1%

Europa Ocidental 28.486 9,7% 3,1% 6,6%

América do Norte 55.869 15,7% 2,5% 13,2%

Japão e Austrália 7.185 9,1% 2,6% 6,5%

China 8.853 12,7% 7,7% 5,0%

Índia 703 17,1% 6,8% 10,3%

América Latina 1.258 9,0% 3,0% 6,0%

CCG 1.423 7,0% 0% 7,0%

EMBORA O CRESCIMENTO EUROPEU TENHA SIDO ROBUSTO EM RELAÇÃO A OUTROS MERCADOS DESENVOLVIDOS, EXISTEM TAMBÉM DIFERENÇAS MARCADAS POR PAÍS TAXA DE CRESCIMENTO ANUAL COMPOSTA NA EUROPA OCIDENTAL DE 2018 A 2021 POOLS DE LUCROS INDEXADOS A 2007, COM AUM TRADICIONAIS1 100 173 181 200 215 100 156 162 174 195 2007 2018 2019 2020 2021 100 139 147 163 195 100 168 181 211 241 100 154 162 172 200 2007 2018 2019 2020 2021 100 144 148 157 210 100 239 257 285 316 100 311 337 353 407 2007 2018 2019 2020 2021 100 253 278 284 349 Fonte: McKinsey Performance Lens Global Growth Cube. (1) Inclui a Noruega, Suécia, Dinamarca e Finlândia. Fonte: McKinsey Performance Lens Global Growth Cube, McKinsey Performance Lens Global Asset Management Survey. 1. Inclui 25 países/regioes da América do Norte (2). Europa Ocidental (12), Ásia desenvolvida (2) e resto da Ásia (9); a análise nao inclui países do CCG (1), CEE (6), América Latina (4), África, Bélgica, Irlanda, Portugal, Luxemburgo. 2. Com base em estimativas de negócios de terceiros da Europa Ocidental. PAÍS /REGIÃO AUM 2021 MM€ CRESCIMENTO GLOBAL CAGR A 3 ANOS = EFEITO DOS FLUXOS LÍQUIDOS CAGR A 3 ANOS + EFEITO DO DESEMPENHO CAGR A 3 ANOS
5,1% 0,8%
EUROPA OCIDENTAL2 Média AUM Pool de receitas Pool de lucros Margem operacional AMÉRICA DO NORTE ÁSIA 44% 33% 52%39% 31% 43%40% 30% 43%41% 30% 42%44% 35% 45% SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 111

DE TRANSFORMAÇÃO

VEMOS UMA DISPERSÃO SIGNIFICATIVA NO DESEMPENHO FINANCEIRO DAS GESTORAS COM CLAROS VENCEDORES E DESFASADOS EM TERMOS DE CRESCIMENTO E RENTABILIDADE

IRÁ O RETORNO ABSOLUTO REGRESSAR?

positivo, a taxa de crescimento dos cus tos tenha abrandado acentuadamente nos últimos cinco anos (vs. os cinco anteriores), sugerindo que os gestores têm estado um pouco mais vigilantes na gestão do crescimento dos custos.

Os custos operacionais diminuíram à medida que os gestores se apercebe ram dos benefícios da externalização (que normalmente se atrasam dois -cinco anos com base no nosso estudo), enquanto que o crescimento dos gastos tecnológicos continua a ser o maior im pulsionador, com quase 10%.

DISPERSÃO SIGNIFICATIVA

Vemos uma dispersão significativa no desempenho financeiro das gestoras com claros vencedores e desfasados em termos de crescimento e rentabilidade

Apesar do desempenho recorde da indústria, apenas 25% dos intervenien tes apresentaram um crescimento ren tável ao longo do tempo.

Múltiplos são os fatores de sucesso entre vencedores e vencidos.

Em primeiro lugar, o quão bem alinhados estavam com as correntes estruturais dos mercados - maior ex posição à distribuição de retalho/in termediário, menor exposição a gestão passiva, dada a concorrência de preços e a necessidade de escala maciça para contribuir significativamente para uma economia firme; e exposição a competências ativas de alfa mais espe cializadas e mais elevadas.

Segundo, eficácia nas vendas e esca labilidade - 70% maior produtividade

de receitas por vendedor, e 100% maior alavancagem das funções de middle e back office.

Em terceiro lugar, os líderes inves tiram significativamente mais em tec nologia e estão a subcontratar de for ma mais agressiva, com uma quota de subcontratação 5pp superior ao longo de cinco anos.

As condições económicas e geo políticas mudaram rapidamente em 2022. Os investidores em ações man tiveram-se relativamente expostos ao risco, enquanto que o rendimento fixo enfrentou o seu primeiro teste real de grandes fluxos de saída à medida que as pressões inflacionárias aumentaram a incerteza da política monetária.

O que se deve ter em mente neste ambiente de mudança?

Construir resiliência - capturar a sua justa quota-parte de dinheiro em movimento e posicionar-se em corren tes de clientes e produtos de fluxo mais rápido (passar para fundamental/va lor, multiativos de rendimento, alter nativos, particularmente ativos reais).

Reforçar o propósito - utilizar esta oportunidade para articular um senti do de propósito a longo prazo

Inovar para o crescimento - procurar converter ativos não geridos em ativos geridos (personalização, casos de uso com soluções e resultados diferentes), alinhando estratégias de investimento para grandes mudanças económicas estruturais, e aplicar a tecnologia, não para substituir o raciocínio humano, mas para o melhorar.

Agora que tanto as obrigações como as ações tradicionais estão a deixar para trás a tendência de crescimento em que se encontram há anos, podemos estar perante uma mudança de regime que poderá traduzir-se em rentabilidades agregadas mais baixas, sublinhando a necessidade de procurar alfa em outras áreas.

Certas estratégias de investimento já não podem depender de fatores como a macroeconomia ou a política monetária, que sustentaram as rentabilidades do mercado na última década. Os bancos centrais estão a subir as suas taxas de juro a partir de mínimos históricos e a gestão desta transição para um ambiente de restrição quantitativa e de menor liquidez gera mais incerteza.

Estas mudanças, juntamente com a incerteza política, podem dar lugar a diversos resultados económicos e de investimento, enquanto a volatilidade resultante pode aumentar a dispersão de valorizações ou criar anomalias de preços atrativos que podem ser capturados pelos investidores.

Daí o ressurgimento de estratégias de retorno absoluto, que podem funcionar neste contexto, uma vez que o seu objetivo é gerar rentabilidades positivas independentemente da direção dos mercados através da sua capacidade para cobrir as exposições e adotar posições curtas.

UMA DÉCADA
ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 TENDÊNCIAS I+D
A OPINIÃO
DE
RAP
T
REN
PAR T NER
ANDY CAWKER Gestor do BNY Mellon Absolute Return Equity Fund, BNY Mellon Investment Management
112 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO

10 ANOS DE INFORMAÇÃO COM QUALIDADE

A indústria de fundos continuará no centro da estratégia da Euronext, que pretende ser um parceiro cada vez mais relevante no desenvolvimento de um mercado europeu de investimento.

Ao longo da história, as bolsas e outras infraes truturas de mercado de capitais, têm sido, e continuarão a ser, infraestruturas críticas para o crescimento e desenvolvimento da indústria de fundos de investimento. Por um lado, por que os fundos precisam de investir em ativos admitidos a mer cados regulados, transparentes, seguros e com mecanismos adequados de formação de preços. Adicionalmente, porque os próprios fundos beneficiam de ser cotados e transacio nados nestes mercados seguros e eficientes, recorrendo aos índices de referência que as bolsas produzem. E, finalmente, porque as infraestruturas de mercado de capitais continuarão a proporcionar um conjunto de serviços, que são, cada vez mais, relevantes numa indústria em consolidação e, crescente mente, em arquitetura aberta no que se refere à distribuição.

1) Importância da transparência, liquidez e formação de preço Na eficiente gestão de carteiras, os profissionais do setor procuram transparência, segurança, liquidez, e adequada formação de preço dos ativos em que investem. A admis são em Bolsa de títulos oferece, desde logo, uma garantia de prestação suficiente e regular de informação, para a boa escolha dos instrumentos. Depois, a gestão dos portfolios exige boa execução de operações de compra e venda, com rapidez e segurança. E, adicionalmente, a concentração de liquidez que os mercados proporcionam, bem como a efi ciência dos seus algoritmos, é uma garantia da melhor for mação de preço. Assim, as infraestruturas de mercado têm sido, e continuarão a ser, fundamentais ao desenvolvimento da indústria de fundos.

Adicionalmente, a admissão em mercado de fundos tam bém continuará a beneficiar deste ambiente, regulado, se guro e eficiente que as bolsas proporcionam. Por exemplo, a Euronext oferece hoje mais de 1.400 ETF para negociação nos seus mercados, nos quais a liquidez é alavancada pela participação ativa de 15 market makers. Os ETF propor cionam uma oferta muito diversificada de perfis, temas, e estilos de investimento, que podem cobrir um leque muito variado de ativos, incluindo ações, obrigações ou commo dities, e mais recentemente, também cripto.

2) Crescente relevância dos índices benchmark, incluindo ESG

A gestão de carteiras, seja ela de natureza mais ativa ou mais passiva, recorre, em geral, a índices de refe rência (os designados benchmark). Ora, as bolsas têm

sido, e continuarão a ser, as principais produtoras de índices de referência no mercado.

A Euronext produz hoje mais de 900 índices de muitas as dimensões e perfis, incluindo os índices de referência na cionais, como o PSI em Portugal ou o CAC40 em França, mas também índices regionais, europeus ou mais globais, como a Euronext 100 ou o Next 150. A estes índices estão indexados mais de 15.000 ETF, fundos, warrants, certifica dos, futuros e opções, que captam muitos milhares de mi lhões de euros de ativos sob gestão.

Em particular, no que se refere ao investimento sustentá vel, é crescente e continuará a ser cada vez mais relevante a inclusão de critérios ambientais, sociais e de bom go verno (o designado ESG) na gestão de carteiras, quer por exigências regulatórias, quer sobretudo por pressão da procura dos investidores. Esta tendência tem levado as in fraestruturas de mercado a oferecer um volume crescente dos designados índices ESG, com diferentes temáticas e abordagens. E a Euronext oferece hoje mais de 100 índi ces ESG, incluindo versões ESG dos seus índices de refe rência nacionais (e.g. CAC40 ESG ou MIB ESG), ou índices Europeus como o Low Carbon 100 ou o ESG Large 80 ou o Climate Europe, entre outros.

3) Consolidação e novos modelos de distribuição

No quadro de um modelo europeu, no qual a arquitetu ra aberta de distribuição de fundos ganha importância crescente (por oposição aos modelos em silo dentro do mesmo grupo financeiro), as centrais de liquidação e cus tódia vão tornar-se parceiros cada vez mais relevantes da indústria de fundos. Em Portugal, por exemplo, a Euronext Securities Porto (Interbolsa), tem registado um interesse crescente pelo seu serviço de Order Routing para fundos de investimento.

A indústria de fundos continuará no centro da estratégia da Euronext, que pretende ser um parceiro cada vez mais relevante no desenvolvimento de um mercado europeu de investimento, mais integrado, mais eficiente, e mais inova dor, contribuindo também para canalizar mais poupança para os grandes desafios do desenvolvimento sustentável.

Parabéns, FundsPeople, pelo trabalho desenvolvido nos últimos 10 anos, dando voz a um tema que em muito be neficia com a sua divulgação e discussão públicas. Ve nham muitos mais.

SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 113 Presidente, Euronext Lisbon TRIBUNA ISABEL UCHA

OPORTUNIDADE ÚNICA DE DINAMIZAR O PANORAMA DE

GESTÃO DE ATIVOS

Na última década, o cenário legal e regulatório nacional não esteve, claro, alheio ao que ia acontecendo na Europa. Mostramos-lhe 10 peças regulatórias marcantes durante esse período, mas com a certeza de que as grandes oportunidades vivem no futuro.

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
114 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO TENDÊNCIAS LEGAL por
Pedro Simões Coelho, Carlos Filipe Couto e Diogo Bordeira Neves

ALTERAÇÕES À DIRETIVA OICVM (UCITS)

Na UE, os Organismos de Investimento Coletivo em Valores Mobiliários (OICVM) são regulados desde a primeira versão da Diretiva OICVM, introduzida em 1985. Longe da primeira Diretiva OICVM, a Diretiva 2014/91/UE de 23 de julho de 2014 (Diretiva OICVM V) pretendeu fazer face a determinadas discrepâncias identificadas, sendo parcialmente transposta para o ordenamento jurídico português pela Lei n.º104/2017, de 30 de agosto, a qual procedeu à alteração do Código dos Valores Mobiliários e do Regime Geral de Organismos de Investimento Coletivo.

AIFMD E DEMAIS REGULAMENTAÇÃO EUROPEIA E NACIONAL

Em 2009, no rescaldo da crise financeira, foi expressa a vontade política de adotar uma Diretiva que regulasse a gestão de organismos de investimento alternativo (i.e., fundos de capital de risco, fundos de investimento mobiliário não harmonizados, fundos de investimento imobiliário, entre outros), surgindo como resposta a Diretiva AIFMD, conforme complementada pelos respetivos regulamentos delegados e de execução.

DMIF II

O quadro legal composto pela Diretiva dos Mercados de Instrumentos Financeiros II e pelo Regulamento dos Mercados de Instrumentos Financeiros (respetivamente, DMIF II e RMIF) foi equacionado com o claro objetivo de harmonização dos mercados financeiros na União Europeia (e à tendente criação do mercado único europeu de serviços financeiros). A entrada em vigor da DMIF II e a posterior introdução de várias medidas de Nível 2 tiveram impacto também ao nível dos OI, no que respeita, a título de exemplo, a avaliação da adequação, categorização de clientes, normas de conduta no âmbito da atividade de comercialização de OIC, entre outros.

RGOIC

A Lei n.º16/2015, de 24 de fevereiro, que, com as suas múltiplas alterações, compõe o Regime Geral dos Organismos de Investimento Coletivo (RGOIC), transpôs parcialmente para a ordem jurídica nacional a Diretiva AIFMD e a Diretiva UCITS, procedendo à revisão do regime jurídico dos organismos de investimento coletivo e à alteração ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras e ao Código dos Valores Mobiliários. O RGOIC é regulamentado pelo Regulamento da CMVM n.º 2/2015.

32 4

Nos últimos dez anos, o mercado europeu de fundos de investimento procurou cultivar uma imagem de robustez e fiabilidade. São de assinalar desen volvimentos vários em matéria de gestão de ativos, desde logo com a publicação da AIFMD a dar corpo à vontade política de uma regulação mais intensa dos fundos de investi mento alternativo, no rescaldo da cri se financeira, em relação à qual estes foram tidos como co-responsáveis.

Volvida uma década, o plano da regu lação na gestão de ativos fica também marcado pelo objetivo de harmoni zação dos mercados financeiros na União Europeia e, com isso, com a criação de quadros legais orientados para esse objetivo (alterações à Direti va OICVM, DMIF II, publicação da AIFMD, entre outros).

Como seria de esperar, o plano le gal e regulatório nacional não perma neceram alheios aos desenvolvimentos ocorridos a nível europeu, destacando -se o surgimento do Regime Jurídi

O PLANO DA REGULAÇÃO NA GESTÃO DE ATIVOS

FICA MARCADO PELO OBJETIVO DE HARMONIZAÇÃO DOS MERCADOS NA UNIÃO EUROPEIA

1
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 115

CÓDIGO DOS VALORES MOBILIÁRIOS

Aprovado pelo DecretoLei n.º 486/99, de 13 de novembro, o Código dos Valores Mobiliários veio – e continua - a ser alvo de múltiplas alterações com direta relevância na gestão de fundos.

REGIME JURÍDICO DO CAPITAL DE RISCO, EMPREENDEDORISMO SOCIAL E INVESTIMENTO ESPECIALIZADO

Aprovado pela Lei n.º 18/2015, de 4 de março, o Regime Jurídico do Capital de Risco, Empreendedorismo Social e Investimento Especializado, alterado subsequentemente, toma como referência a AIFMD, abrangendo organismos de investimento alternativo, incluindo os fundos de capital de risco.

REGIME DOS PERITOS AVALIADORES DE IMÓVEIS

Nasce pela Lei n.º 153/2015, de 14 de setembro, e regula o acesso e o exercício da atividade dos peritos avaliadores de imóveis que prestem serviços a entidades do sistema financeiro nacional, abrangendo entidades do sistema financeiro da área bancária, mobiliária, seguradora e resseguradora e dos fundos de pensões.

PASSAGEM DE COMPETÊNCIAS PARA A CMVM

Pelas mãos do DecretoLei n.º 144/2019, de 23 de setembro, são transferidas para a CMVM as competências de supervisão sobre as sociedades gestoras de fundos de investimento e de fundos de titularização de créditos, eliminando-se sobreposições na supervisão destas sociedades, e reduzindo-se exigências burocráticas e atos autorizativos excessivos que prejudicavam o setor. Almeja-se uma atuação mais rápida e uma fiscalização mais intensa do supervisor, tendo em vista melhorar a eficácia dessa supervisão.

5 76 8

DESTACA-SE A REVISÃO TRANSVERSAL

A OPERAR PELO NOVO REGIME DA GESTÃO DE ATIVOS COM CLARAS PROPOSTAS DE SIMPLIFICAÇÃO E HARMONIZAÇÃO DOS VÁRIOS REGIMES

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
116 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO TENDÊNCIAS LEGAL

TEMAS ESG

Resultado da crescente consciencialização da sociedade para temáticas ambientais, sociais ou referentes a uma boa gestão corporativa ou política de investimento, a produção legislativa e regulamentar orientada para temas ESG assume já uma marca indelével no que respeita à gestão de fundos de investimento e aos próprios produtos comercializados, com a criação, a título de exemplo dos fundos sustentáveis. Neste âmbito, destaca-se o Regulamento (UE) 2020/852 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de junho de 2020 relativo ao estabelecimento de um regime para a promoção do investimento sustentável, mais conhecido como o Regulamento Taxonomia, bem como as demais medidas de nível dois.

NOVO RGA

O Regime da Gestão de Ativos (RGA), cujo projeto se encontra disponível após conclusão pela CMVM da fase de consulta pública, pretende rever de forma integral o RGOIC e o RJCRESIE, ambicionando simplificar e conferir proporcionalidade à regulação do setor da gestão de ativos, por forma a fomentar a competitividade e o desenvolvimento do mercado, salvaguardando a proteção dos investidores.

9 10

co dos Organismos de Investimento Coletivo (RGOIC) e do Regime Jurí dico do Capital de Risco, Empreende dorismo Social e Investimento Espe cializado (RJCRESIE), assim como, as várias alterações de relevo ao Código dos Valores Mobiliários.

Quanto aos próximos anos, ante cipa-se um crescimento contínuo da importância das temáticas ambien tais, sociais e da boa governação so cietária, no setor da gestão de ativos, à

luz do paradigma ESG europeu. Ade mais, destaca-se a revisão transversal a operar pelo novo regime da gestão de ativos, o qual concentrará num único diploma o RGOIC e o RJCRESIE, com claras propostas e vantagens de simplificação e harmonização dos vá rios regimes e, com isso – espera-se –de aproveitamento de uma oportuni dade única para dinamizar, de forma competitiva, o panorama nacional da gestão de ativos.

O DESAFIO DA INFLAÇÃO

A inflação representa um enorme desafio, porque nenhum modelo de inflação é suficiente para dar aos investidores ou aos decisores políticos um alto grau de confiança na trajetória futura dos preços. Embora as perspetivas sobre a inflação sejam razoavelmente fiáveis ao longo do tempo, tendem a funcionar ao longo de décadas e não de meses. Por exemplo, temos argumentado durante anos que o populismo crescente e a desglobalização conduziriam a uma inflação mais elevada no futuro - mas é a inflação de hoje o que antecipámos? Não. Esperávamos que a inflação fosse ligeiramente acima dos níveis pré-pandémicos no futuro, mas não antecipámos o recente pico maciço dos preços, nem atribuiríamos esse pico principalmente ao populismo ou à desglobalização. Embora a inflação exerça muita pressão sobre a economia global, acreditamos que isto também irá passar. Os banqueiros centrais estão a tomar as medidas para baixar a inflação. Embora esse processo seja doloroso, julgamos que terá sucesso. Mesmo durante os próximos meses difíceis, há razões para esperar que a próxima recessão seja menor face às anteriores. As finanças das famílias, impulsionadas pelo estímulo da pandemia, são robustas, os balanços das empresas são fortes, e o sistema financeiro global não parece vulnerável a bolhas de preços de ativos. Assim, não esperamos uma desaceleração acentuada, mas uma mais branda e esmagadora que persiste durante vários trimestres, mas não causa o mesmo ruído económico e social das últimas recessões.

MIGUEL LUZARRAGA
Responsável
de Negócio para a Península Ibérica, AllianceBernstein
A OPINIÃO DE RAPTREN PAR T NER
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 117

3.600 DIAS DE DEPOSITÁRIOS

Um repasso aos rankings das entidades depositárias de fundos mobiliários em Portugal nos últimos 10 anos. Em traços gerais, pouco ou nada mudou, mas um olho mais observador verá que o mercado tem segmentos bastante competitivos.

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 A RELAÇÃO DOS DEPOSITÁRIOS COM AS ENTIDADES GESTORASDE FUNDOS MOBILIÁRIOS NACIONAIS EM 2015 ENTIDADE DEPOSITÁRIA NÚMERO DE FUNDOS ENTIDADE GESTORA 2015 (2022) ATIVOS SOB GESTÃO (MILHÕES DE EUROS) Banco BIC (EuroBic) 4 Dunas Capital (Heed Capital) 103 Banco BPI 24 BPI GA 1.908 Banco Comercial Português 18 Millennium GA (IMGA) 1.467 Banco Invest 17 Fundbox 7 Invest GA 11 MNF GA (Lynx AM) 45 Optimize IP 66 Patris GA 9 Banco Popular (Santander) 10 Popular GA 138 Banco Santander Totta 24 Santander AM 1.669 Banif 11 Banif Gestão de Ativos 495 Barclays 8 Barclays 110 BBVA 6 BBVA AM 151 Caixa Geral de Depósitos 32 Caixagest (Caixa Gestão de Ativos) 3.662 Crédito Agrícola 7 CA Gest 396 Montepio 21 Montepio GA 351 novobanco 26 GNB GA 965 Total Geral 208 11.553 Fonte: CMVM e Morningstar, janeiro de 2015.
2015 118 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO TENDÊNCIAS FUNDS SERVICES por Miguel Rêgo, CFA

A

C omo já se terá apercebido ao longo de diversos arti gos nesta revista, o pano rama nacional da indústria de gestão de ativos mudou muito na última década. As entidades gestoras, o mix de fundos na oferta, as pessoas, mas não só. Num espaço menos iluminado do mundo da gestão de ativos, os bancos depositários representam uma peça muito importante nas operações que rodeiam a gestão de fundos mobiliários e também não ficaram imunes à mudança, mas numa escala pouco pronunciada.

Em 2015, na Revista número 8 do primeiro trimestre do ano, a FundsPeo ple destacava que a grande maioria das gestoras de ativos nacionais pertencia a grupos financeiros e, por isso mesmo, era comum que a entidade depositária dos fundos de investimento mobiliários fosse a própria instituição bancária do grupo. O ranking de então assim o mostrava.

Já os bancos depositários que se re lacionavam com as sociedades gestoras independentes davam mais que falar. Diogo Teixeira, então administrador da Optimize Investment Partners, co

mentava que “as gestoras independentes procuram as melhores condições para os seus produtos em todos os bancos, em bora os maiores bancos nacionais se recu sem a entrar neste campeonato. Por isso é natural que os bancos mais pequenos sejam as opções prediletas das gestoras de fundos fora dos grupos bancários”.

O Banco Invest conquistava assim, em 2015, a posição de banco depositário preferido das entidades gestoras inde pendentes. A Fundbox - hoje em dia não gere fundos mobiliários -, a MNF Ges tão de Ativos - atual Lynx Asset Mana gers - e a Optimize Investment Partners, selecionavam assim um banco depositá rio mais pequeno como seu parceiro de negócios. A Dunas Capital - atualmente Heed Capital - capitalizava na sua rela ção próxima com o EuroBic na gestão de fundos mobiliários e elegia esta institui ção financeira para sua depositária, como aliás o faz até aos dias de hoje.

CINCO ANOS DEPOIS

Anos depois, em 2020, na Re vista FundsPeople de maio e ju nho, regressávamos a este tema

RELAÇÃO DOS DEPOSITÁRIOS COM AS ENTIDADES GESTORASDE FUNDOS MOBILIÁRIOS NACIONAIS EM 2020 ENTIDADE DEPOSITÁRIA NÚMERO DE FUNDOS ENTIDADE GESTORA 2020 (2022) ATIVOS SOB GESTÃO (MILHÕES DE EUROS) Banco BPI 23 BPI GA 2.433 Banco Comercial Português 21 IMGA 1.956 Banco Invest 2 Invest GA 82 Banco Santander Totta 25 Santander AM 2.099 Popular GA (Santander AM) 77 Bankinter 5 Bankinter GA 136 Caixa Geral de Depósitos 34 Caixa GA 3.669 Optimize IP 125 Sixty Degrees 5 Crédito Agrícola 3 IMGA 299 EuroBic 8 Dunas Capital (Heed Capital) 38 IMGA 14 Montepio 17 Montepio GA 157 novobanco 13 GNB GA 504 Total Geral 128 9.159 Fonte: Morningstar, março de 2020. Nesta data, os dados da Lynx AM não se encontravam disponíveis na Morningstar. 2020 A CONCENTRAÇÃO DOS ATIVOS NOS MAIORES GRUPOS BANCÁRIOS, É ALGO QUE NÃO MUDOU EM 10 ANOS SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 119

DE TRANSFORMAÇÃO

e construíamos um novo ranking. Explicava-se então que os bancos de positários, são a terceira perna do tri pé sob o qual assenta, genericamente, a atividade da gestão de ativos. Uma “perna importantíssima, por sinal, pois entre as suas competências e funções encontra-se a de operar pe didos de subscrição e de resgate das unidades de participação, assim como garantir o cumprimento do re gulamento de gestão do fundo e ser responsável pela custódia dos ativos sob gestão”, lia-se no artigo de então. Nestes cinco anos que passaram, o Banco Invest perdeu a sua hegemonia entre as entidades independentes. A Caixa Geral de Depósitos conquis tou a Optimize IP, mas também a

entidade gestora que nasceu no ano anterior, a Sixty Degrees. De resto, as relações mantiveram-se sensivel mente inalteradas, à exceção da IM Gestão de Ativos e da Popular Ges tão de Ativos.

As diversas operações corporativas que marcaram o percurso da maior entidade gestora independente na cional impactaram o ranking. A rela ção histórica com o Millennium bcp reflete-se na concentração do grosso do negócio junto deste como banco depositário. Contudo, a passagem dos fundos mobiliários da CA Gest para o universo IMGA, bem como o lan çamento de novos fundos com marca EuroBic, justificam a tríade de bancos depositários

que se relaciona.

UMA DÉCADA
ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
com
Fonte: Morningstar, agosto de 2022 2022 A RELAÇÃO DOS DEPOSITÁRIOS COM AS ENTIDADES GESTORAS DE FUNDOSMOBILIÁRIOS NACIONAIS EM 2022 ENTIDADE DEPOSITÁRIA NÚMERO DE FUNDOS ENTIDADE GESTORA ATIVOS SOB GESTÃO (MILHÕES DE EUROS) Banco Comercial Português 20 IMGA 3.708 Banco de Investimento Global 12 Casa de Investimentos 36 Optimize IP 128 Banco Invest 7 Invest GA 180 Lynx AM 10 Banco Santander Totta 18 Santander AM 2.797 Bankinter 6 Bankinter GA 305 Bison Bank 3 BIZ Capital 14 Caixa Geral de Depósitos 27 Caixa GA 6.062 Sixty Degrees 11 Cecabank 28 BPI GA 2.968 Crédito Agrícola 3 IMGA 225 EuroBic 8 Heed Capital 32 IMGA 20 Montepio 13 Montepio GA 169 novobanco 12 GNB GA 754 Total Geral 157 17.420 O MERCADO CONFIGURA-SE RELATIVAMENTE COMPETITIVO NO QUE AOS PEQUENOS PLAYERS DIZ RESPEITO 120 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO TENDÊNCIAS FUNDS SERVICES

Já a Popular GA a surgir atualmente no universo Santander resulta da bem sabi da aquisição de todo o grupo financeiro por parte do seu concorrente espanhol.

FAST FORWARD

Fast forward para os dias de hoje (a fe cho do semestre para ser mais preciso) e vemos algumas mudanças significativas face a 2020.

Antes de mais, duas novas entidades depositárias fazem parte do conjunto de entidades domésticas que trabalham com os fundos mobiliários de domicílio português. O Bison Bank, por um lado, que trabalha com os fundos da BIZ Ca pital, e o BiG, que tem sob a sua alçada o fundo da Casa de Investimentos e os fundos domésticos da Optimize IP.

A Optimize IP foi a única entidade gestora que mudou de depositário no pe ríodo, da Caixa Geral de Depósitos para o BiG, como anteriormente referido. O Santander, com extinção da marca Popu lar, concentra agora apenas a Santander Asset Management sob a sua responsa bilidade de depositário.

Todavia, uma das mudanças mais re levantes neste curto período foi a transfe rência de todos os fundos da BPI Gestão de Ativos da alçada do banco depositário BPI para o Cecabank. Aliás, esta institui ção depositária espanhola tem um acordo de prestação de serviços a todos os fundos do universo CaixaBank, incluindo, natu ralmente, a BPI GA.

A concentração dos ativos nos maio res grupos bancários, é algo que não mudou em 10 anos. Também a relação privilegiada entre entidades gestoras e depositárias do mesmo grupo económi co, ou com uma relação histórica com o grupo, não é novidade. O que sim, foi novidade, foi o surgimento de novas en tidades gestoras e depositárias que têm retocado ligeiramente a fotografia do ne

PAR T

RAPTREN

A OPINIÃO DE

O FIXED INCOME OFERECE UMA NOTÁVEL

OPORTUNIDADE

O serviço integrado de wealth management, banco depositário, custódia e banca de investimentos do Bison

BiG passa a diponibilizar serviço de banco depositário a fundos mobiliários

gócio de depósito de fundos mobiliários em Portugal. A opção de algumas pela colaboração com novos e mais pequenos prestadores deste serviço vem em linha com o que dizia Diogo Teixeira em 2015. Por outro lado, a opção da Sixty Degrees pela CGD como depositário valida a gi gante Caixa Geral de Depósitos como alternativa para pequenas boutiques.

O mercado configura-se assim re lativamente estático no que se refere a grandes volumes de ativos supervi sionados, mas relativamente compe titivo no que aos pequenos players diz respeito. Um maior desafio para novas entidades que querem dar os primeiros passos no negócio de depósito de fundos mobiliários, não obstante, um caminho que mostram querer fazer.

Este é um dos períodos mais difíceis na memória dos que investem em fixed income, uma vez que tanto as yields como os spreads perderam dinheiro em 2022. Os principais bancos centrais estão a canalizar toda a sua energia para o combate à inflação. Continuamos a defender que a economia global está apenas no início de um acentuado abrandamento, que vai acabar por conter a inflação e forçar os bancos centrais a abandonar a sua tendência restritiva. Isso deverá levar a uma queda das yields e por sua vez a uma recuperação dos ativos de fixed income. Assistimos a uma situação semelhante pouco antes da crise financeira global. Em meados de 2008, a inflação situava-se em quase 6%, mas, em julho de 2009, a deflação já tinha chegado. A história repete-se. Por agora, esperamos que a Reserva Federal se mantenha hawkish, uma vez que a inflação ainda está em alta e o mercado laboral forte. A pressão política antes das eleições intercalares é outro motivo pelo qual o Fed pode manter esse rumo. À medida que avançamos para o resto deste ano e para 2023, esperamos que o abrandamento acelere, e que haja uma reviravolta na inflação. Reconhecemos um importante valor no fixed income, com yields muito atrativas em relação ao risco subjacente. Esta é uma ótima oportunidade para investir em fixed income.

https://bit.ly/3LNBcHT
https://bit.ly/3DWX6qf
NER
ARIEL BEZALEL E HARRY RICHARDS Gestores de investimentos de rendimento fixo, Jupiter Asset Management
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 121
UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 por Regina R. Webb 122 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO ENTREVISTAS GURU

Na opinião de Mike Gitlin, o rendimento fixo tem quatro papéis a desempenhar numa carteira: diversificação das ações, gerar rendimentos, proteger face à inflação e preservar capital. Quatro alavancas que a classe de ativos não tem conseguido ativar nos últimos meses. Mas apesar de nos termos sentado com ele poucos dias antes das históricas subidas de taxas de juro na Europa e EUA, a mensagem que envia ao mercado é positiva. Depois do período mais duro para as obrigações em 40 anos, sobreviveu ao seu período de redenção. Agora chegou o momento de construir as carteiras de obrigações para os próximos cinco anos. É o que estão a fazer no Capital Group High Income Opportunities (LUX).

DE NEGÓCIO DE OBRIGAÇÕES

RESPONSÁVEL
RAP
TREN PAR T NER
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MAIS OPORTUNIDADES NA PRÓXIMA DÉCADA

Para Mark Gitlin, a última década foi de “políticas monetárias experimentais”, com “os participantes de mercado a acostumaram-se a taxas artificialmente baixas resultantes da política monetária”. Agora, explica, “veremos taxas de juro acima de zero, que encontrarão os seus novos níveis neutrais, e spreads de crédito que refletem riscos apropriados no mercado, e não uma put option de um banco central”. Na próxima década, por seu lado, acredita que os investidores vão beneficiar de rendimentos mais elevados e de mais oportunidades nos mercados de rendimento fixo.

DE TRANSFORMAÇÃO

investidor de obrigações encontra-se hoje num cenário muito distinto face ao de há seis meses. A primeira metade de 2022 foi um período difícil, como reconhece Mike Gitlin. Ter qualquer mínimo de duração na carteira tem sido doloroso. Mas o responsável de Ne gócio de Obrigações do Capital Group não duvida da mensagem que quer lançar aos clientes. “Estamos num momento muito mais atrativo para a classe de ativos”.

São simplesmente contas. Há 12 meses as obrigações high yield tinham uma yield de 4%. Hoje essa mesma es tratégia entrega 9%. Em obrigações corporativas invest ment grade, cerca de 4,5%-5%. Em dívida de mercados emergentes, cerca de 10%. Com os bancos centrais a subi rem as taxas de juro e os spreads de crédito a aumentarem gerou-se um ponto de partida mais atrativo. É algo que Gitlin quer deixar muito claro. “No que temos que pensar agora é em que ponto se encontram as rentabilidades das obrigações atualmente e, com isso, onde estarão as opor tunidades dentro de cinco anos”, insiste.

Não é que o especialista esteja a tentar prever o solo da correção ou que 2023 vá ser um ano fantástico. Vai mais longe. “Mas se se tem um horizonte a cinco anos e olhamos para o histórico de todos os índices de obri gações, observa-se que quando a yield inicial foi tão alta como a atual, a rentabilidade composta num pra zo tão longo geralmente é positiva”, afirma. Embora os spreads possam continuar a alargar, considera que estes níveis oferecem um rendimento suficiente para proteger o capital. Um colchão.

Gitlin não está alheio da dificuldade dos investidores de olhar mais além das significativas perdas que têm acu mulado as obrigações. Na sua opinião, a correção é re sultado de uma combinação de três fatores: o ponto de partida das yields, o ritmo a que subiram as yields e a magnitude desses movimentos.

Apesar disso, defende a necessidade de colocar a liqui dez a trabalhar. “Especialmente com a inflação aos níveis

a que está. Cada dia que não se está a investir em estraté gias de maior income está a perder-se poder de compra”, ressalta. É um discurso muito distinto face aquele que ti nha dado em janeiro, reconhece. “Agora os mercados de obrigações já consideram no preço uma política monetá ria mais restritiva. As obrigações corporativas, inclusive, estão a começar a descontar uma recessão”, afirma.

É uma postura suportada por uma visão macroeco nómica relativamente construtiva. No cenário base que gere a gestora não descartam uma recessão no curto prazo, mas de caráter mais técnico, pouco profunda. Nesse caso, opina Gitlin, é pouco provável que as obrigações gover namentais continuem a corrigir. Na verdade, é precisa mente o movimento que se começava a refletir no preço quando nos sentámos com ele em meados de julho, com o bund alemão a viver um pequeno rally.

ATERRAGEM COMPLICADA

O especialista é muito consciente da incerteza que rodeia os mercados. “A maioria dos bancos centrais estão a ten tar aterrar um avião em condições meteorológicas nefas tas”, reconhece. Mas, de novo, propõe ao investidor olhar para a outra face da moeda. O ponto de partida das yields em obrigações, historicamente, tem sido um bom indica dor adiantado dos retornos futuros. A estes níveis, o sinal que estão a enviar convida a que se seja oportunista. “O verdadeiro risco atualmente é não aproveitar as obriga ções a estes níveis”, sentencia.

Assim, as carteiras de obrigações da Capital Group estão a mover-se. No início do ano a gestora estava posicionada com uma subponderação em duração e crédito e sobrepon derados a obrigações ligadas à inflação e dólar norte-ameri cano. Agora, conta Gitlin, estão a voltar a acrescentar dura ção e crédito, já que ambos ganharam atratividade.

“A análise própria é realmente o núcleo do nosso pro cesso de investimento e é fundamental para navegar na atual volatilidade do mercado”, afirma Gitlin. Através de uma seleção de títulos bottom-up, o fundo Capital Group

UMA DÉCADA
ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
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VERDADEIRO RISCO ATUALMENTE É NÃO APROVEITAR AS OBRIGAÇÕES

A ESTES NÍVEIS”

High Income Opportunities (LUX) identifica oportuni dades, tanto em mercados high yield como nos emer gentes, duas áreas que têm sido capazes de proporcionar yields reais num contexto de elevada inflação sustentada. “A combinação única de ambas as classes de ativos que

o fundo faz tem ajudado a proporcionar aos investidores um retorno mais diversificado ao longo dos seus 23 anos de trajetória”, explica Gitlin. “O fundo também adotou recentemente a categorização do artigo 8 sob o Regula mento de Divulgação de Finanças Sustentáveis (SFDR) da EU, que sabemos que é importante para os nossos clientes na Península Ibérica e noutros sítios da Europa”.

Para Gitlin, as obrigações têm quatro papéis a de sempenhar numa carteira: diversificação das ações, gerar rendimentos, proteger face à inflação e preservar o capi tal. Na sua opinião, depois do período mais duro para as obrigações em 40 anos, a classe de ativos sobreviveu ao seu período de redenção. Agora, insiste, chegou a hora de construir as carteiras para os próximos cinco anos.

“O
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DE TRANSFORMAÇÃO

Pedro Fernandes

RESPONSÁVEL DE INVESTIMENTOS, HEED CAPITAL

“É IMPORTANTE QUE A EQUIPA SE MANTENHA FIEL À SUA FILOSOFIA

E, NESSE SENTIDO, OS PRÓXIMOS 10 ANOS NÃO DEVERÃO SER MUITO DISTINTOS DOS ÚLTIMOS 10”

O ano de 2012 não foi, de longe, o melhor contexto para o negócio de gestão de ativos, mas a Heed Capital viu nesse ano o momento para lançar o Heed Património. Dez anos depois, Pedro Fernandes descreve os movimentos que marcaram o fundo neste período.

Em 2012 estávamos no pós-crise financeira e em plena crise de dívida europeia - se é que ambas não são uma mesma crise - e foi um contexto em que no mercado de fundos por tuguês não se via um fulgor de nova atividade notável. Muito poucos fundos foram lançados em 2012, mas um deles, o Heed Património, da Heed Capital, partilha com a FundsPeople o seu décimo aniversário em 2022.

Perante esta efeméride, Pedro Fernandes, CIO na en tidade gestora, explicou os momentos que marcaram os 10 anos do fundo e o quão consistente foi a forma como a equipa abordou a sua gestão. “O que nos tem sido mais grato e é mais importante para nós é a consistência. Não somos uma casa que faz um ano excelente, seguido de um ano muito mau, mas sim uma casa consistente. Para isso ajuda termos mantido a mesma equipa desde o princípio e entendemo-nos maravilhosamente”, expõe.

Crise de dívida soberana, taper tantrum em 2013, bolha das ações chinesas em 2015, Brexit em 2016, guerra comercial em 2018, pandemia em 2020 e inflação em 2022… São muitos os eventos que impactaram o dia a dia da equipa, mas que se revelaram muitas vezes como oportunidades, segundo Pedro Fernandes. Tudo isto com as mãos dos bancos centrais firme mente a segurar o mercado de ações e a espremer o mercado de obrigações. Mas, para a equipa, a consistência e a disciplina revelaram-se um valor acrescentado.

Numa análise do que foi o trabalho de gestão ao longo destes anos, Pedro Fernandes é categórico ao afirmar que “foram anos incríveis em termos de dificuldades no merca do. Nos 30 anos da minha experiência profissional, talvez tenha sido a época mais difícil”, diz. A razão? Uma em par ticular: a experimentação dos bancos centrais com o quanta tive easing e as taxas negativas. “Estamos pela primeira vez em muito tempo a comprar crédito e a assumir duration nas carteiras, depois de muitos anos a tomar decisões que nos deixavam muito pouco confortáveis nos mercados de dívida como foi investir em emissões com taxas nulas”, explica. Em contraste, “o fundo nunca teve tanta duration como atual mente”, diz o CIO da Heed Capital.

UM NOVO CONTEXTO DE MERCADO

Assim, como diz, este fecho da década está finalmente a abrir portas a “oportunidades que fazem sentido” no mer cado de obrigações. No entanto, claro, não esquece outro momento interessante no mercado de dívida que marcou a atividade do fundo, mais especificamente o seu princí pio. Nessa altura, os spreads de dívida pública da periferia

UMA DÉCADA
ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
126 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO ENTREVISTA ENTREVISTA GESTOR por Miguel
Rêgo

DEPOIS DO TRABALHO

Para Pedro Fernandes, a jardinagem funciona como um descompressor da tensão dos mercados.

proporcionaram uma oportunidade de investimento sem paralelo. “Não sem os seus riscos, claro. Nos primeiros tempos do fundo reduzimos a nossa exposição a ações para equilibrar o risco que advinha do investimento em dívida pública periférica”, diz Pedro Fernandes.

Desde então, o peso das ações manteve-se sempre perto do máximo de 50%. “É curioso que, desde esse momento, as ações que selecionamos, em geral, pareceram-nos sempre baratas. Os resultados têm sido ótimos ao longo do tempo e, no entanto, os índices, excluindo as empresas tecnológicas norte-americanas, não têm tido um comportamento coeren te”. Evidentemente, há que realçar que a equipa de gestão da Heed não alinha em modas, no que se refere ao investimento em ações. “Se há uma coisa que as últimas grandes crises nos mostraram é que surge sempre um momento em que há uma grande disponibilidade de liquidez para comprar as ações mais sexy. Nós não temos qualquer problema com essas em

presas, mas sim com o preço que se paga por elas”, exclama. “Queremos manter o fundo com uma estrutura confortável e que nos defenda em todos os cenários”, acrescenta.

A DISTORÇÃO ESG

Já no que se refere à tendência mais recente do mercado, a integração de fatores ESG, o CIO não vê que seja, para a equipa, “um problema ou limitação”. Vê, isso sim, um mo vimento que “distorceu o mercado, criando oportunidades em alguns setores e dirigindo o dinheiro para os setores, pretensamente, mais verdes”.

Em suma, foram 10 anos difíceis, mas recompensadores, para Pedro Fernandes. “Isso refletiu-se no nosso posiciona mento em termos de retorno e risco face à concorrência. É im portante que a equipa se mantenha fiel à sua filosofia e, nesse sentido, os próximos 10 anos não deverão ser muito distintos dos últimos 10”.

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UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 por Margarida Pinto 128 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO ENTREVISTAS GURU

“Então e o S?”, ouvimos e perguntamos muitas vezes quando se analisa um fundo ESG. No novo Carmignac Portfolio Human Xperience podemos esquecer essa pergunta por completo. A componente social é o motor de arranque do novo fundo da gestora francesa, e Obe Ejikeme não tem dúvidas de que a fórmula cliente e colaborador feliz resulta em empresas mais rentáveis. O trabalho de análise de dados para chegarem a essas empresas é grande, mas no terreno também há trabalho a fazer, uma das razões pelas quais a Carmignac se uniu à Shareaction’s Workforce Disclosure Initiative.

PAR T NER

TREN

GESTOR
DO FUNDO CARMIGNAC PORTFOLIO HUMAN XPERIENCE
RAP
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O ESG PODE DAR LUGAR AO BOM INVESTIMENTO

Desafios e incertezas é o que mais tem marcado a vida do ESG na última década. Contudo, Obe Ejikeme acredita que nos próximos 10 anos o ESG será a norma. “O acrónimo pode até desaparecer e ser considerado apenas como bom investimento”, diz o responsável. O gestor acredita que “as gestoras de ativos precisam de se adaptar às expetativas das próximas gerações e aproveitar essa oportunidade estrutural para inovar”.

DE TRANSFORMAÇÃO

Então e o S? É uma das questões mais colo cadas quando se analisa um fundo ESG. A verdade é que, muitas vezes, o S aparece como o parente pobre da sigla. A compo nente difícil de medir, de investir, onde os dados, por vezes, mais divergem, etc. Obe Ejikeme, à fren te de um dos novos fundos da Carmignac, mostra-nos que não tem de ser assim. Aliás, o Carmignac Portfolio Hu man Xperience não assenta em nenhuma destas premissas.

Pelo contrário. O novo fundo da gestora francesa olha pre cisamente para a componente de investimento social. “O produto foca-se nas empresas que demonstram uma forte satisfação do consumidor e do colaborador”, começa por descrever o gestor em entrevista à FundsPeople

E as tais dificuldades de investimento nesta componen te parecem não existir para a gestora. No processo de in vestimento usam “uma base de dados proprietária única e extensa de fatores relacionados com a componente social”, e tiram partido de outras fontes de informação, como os “questionários a clientes”, “o feedback dos empregados”, “fluxos de notícias”, bem como “relatórios financeiros”.

As empresas eleitas para entrar em carteira têm então um rating atribuído às suas contribuições sociais, após entrar em jogo a avaliação dos especialistas de setor da Carmig nac, que analisam o potencial de retorno e risco. “O resul tado é um portefólio concentrado, com baixo turnover, e cerca de 40 posições de todo o espetro de mercados de ações globais que vão ao encontro dos nossos restritos critérios de entrada, e que usam o melhor de dois mundos: a análise quantitativa e a qualitativa”, explica Obe Ejikeme.

MENOS ATENÇÃO, MAIS OPORTUNIDADES

Obviamente que esta convicção da entidade na importân cia da componente social não acontece por acaso. Antes do lançamento do Carmignac Portfolio Human Xperien ce, a entidade realizou um back-test relativamente aos principais fatores sociais, e concluiu que as “empresas que demonstram elevados níveis de satisfação dos clien

tes e trabalhadores têm melhor desempenho ao longo do tempo”. Mas este não é um trabalho de um dia só, como se costuma dizer. As contínuas melhorias nos da dos relativos a funcionários e clientes ajudará, acredita a Carmignac, a conseguirem “identificar as empresas bem sucedidas, com a cultura certa implementada para gerar retornos sustentáveis”.

Neste novo fundo classificado como artigo 9º da SFDR, o desafio passa mesmo por tirar partido e entender “os conjuntos de dados únicos disponíveis”, interpretar os que têm maior materialidade, e depois então selecionar as empresas que consideram que vão ser mais lucrativas. “A análise de fatores sociais está a ganhar momentum junto dos investidores, apesar de serem menos tangíveis do que os fatores ambientais”, confessa Obe Ejikeme. Mas esta pouca atenção que ainda é dada ao S acaba por ser frutífe ra, de certo modo, pois conduz a equipa a “oportunidades de investimento subestimadas”.

Embora a entidade não classifique o produto como um fundo de impacto, este é classificado como artigo 9º, e tem deliberadamente um objetivo de investimento sustentá vel, pois o objetivo final é tornar-se “líderes nas ideias de investimento neste novo espaço em rápido crescimento”, encorajando a outros a sê-lo também. E são setores como as utilities, a energia e as finanças que, na opinião do ges tor, poderão beneficiar mais deste foco no aspeto social. “Embora tenham feito progressos na melhoria do seu am biente de trabalho, continuam a sofrer com os fracos ní veis de atendimento ao cliente, pelo que ainda têm muito trabalho pela frente”, elenca.

Por outro lado, os setores de tecnologia e o consumo básico estão “aptos a demonstrar que é possível focarem -se em cuidar tanto dos consumidores, como do bem-es tar dos seus funcionários, sendo por isso um bom ben chmark para alguns dos setores mais atrasados”, aponta. Mas dentro de um mesmo setor há diferenças grandes, e Obe Ejikeme mostra-nos um exemplo concreto. “A Southwest Airlines é líder em termos sociais e investe

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“A ANÁLISE DE FATORES SOCIAIS ESTÁ A GANHAR MOMENTUM JUNTO DOS INVESTIDORES, APESAR DE SEREM MENOS TANGÍVEIS DO QUE OS FATORES AMBIENTAIS”

significativamente na experiência do consumidor, tendo um score mais elevado de satisfação, enquanto o seu con corrente na Europa, a Ryanair, mostra um considerável menor nível de satisfação dos clientes. Durante o nosso período de back-test (2011-2021), a Southwest Airlines entregou um retorno 50% maior do que a Ryanair, con siderando os ajustes cambiais”, descreve o responsável.

CONSEGUE MEDIR, CONSEGUE GERIR

Mas não é só a análise dos dados que faz parte do trabalho da gestora. O engagement com as empresas é fundamen tal, e não apenas neste fundo: em todos. “Temos um com promisso com os representantes das empresas, incluindo com a equipa de gestão e os conselhos de administração, mas também na manutenção de diálogos com especialis tas da indústria e outros stakeholders chave”, apresenta.

Mais concretamente, a entidade estabelece três tópi cos principais quando o assunto é o engagement com as empresas nas quais investem: mudança climática, empo

deramento e liderança. Obe Ejikeme explica que na parte social - ou seja na componente de empoderamento - são crentes de que o funcionário, quando bem tratado, é o ativo mais valioso de uma empresa. Desse modo, incentivam as empresas nas quais investem a “gerir de forma eficiente os seus recursos humanos”, e assim aumentar o envolvimento com clientes e funcionários, mas também encorajam essas empresas a “divulgar dados sociais mais standardizados tendo em mente que o que se consegue medir (e comparar) consegue também ser gerido”. A Carmignac impulsiona portanto as empresas em que investem a irem mais além: a darem poder à sua força de trabalho através das suas ope rações, mas também através das cadeias de fornecimento. Obe Ejikeme conclui com um exemplo do que a sua firma defende: “Ao juntarmo-nos à Shareaction’s Workforce Disclosure Initiative intensificamos o nosso compromisso e iremos trabalhar com outros investidores para melhorar a transparência corporativa e a responsabilidade nas métri cas S no ESG”, concluiu.

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DE TRANSFORMAÇÃO

Gabriela Figueiredo Dias

“A REVISÃO DO REGIME JURÍDICO DA GESTÃO DE ATIVOS ERA UMA DAS MEDIDAS MAIS IMPORTANTES DE DINAMIZAÇÃO DO MERCADO”

Terminou o seu mandato na CMVM antes da finalização do projeto de revisão do Regime Jurídico da Gestão de Ativos, mas com a sensação de missão cumprida neste campo. Agora ocupa um cargo internacional, e fala-nos da sustentabilidade como o grande desafio regulatório da próxima década.

De 2016 a 2021, Gabriela Figueiredo Dias teve a seu cargo as rédeas da CMVM. Um papel que certamente a fez destacar-se no campo internacional, e assim levá-la ao seguinte desafio profissional: a presidência do Inter national Ethics Standards Board for Accountants (IESBA). Ocupa o cargo desde o início de 2022, e foi entre viagens e uma agenda ocupada que conseguimos colocar-lhe algumas ques tões sobre como vê a gestão de ativos em Portugal atualmente.

A liderança do regulador deu seguramente a Gabriela Figueiredo Dias a noção dos grandes desafios que a gestão de ativos enfrenta. Os da última década são, para a profissio

nal, bem claros. Por um lado a crise financeira. Na sua ótica, “colocou uma enorme pressão sobre a indústria, com um decréscimo significativo dos ativos sob gestão nos primei ros anos na última década e uma diminuição da dimensão do setor muito preocupante”. Releva, por exemplo, alguns eventos financeiros decorridos, que acabaram por ter as suas consequências, e que deixaram a descoberto “algumas fra gilidades do setor”, mais concretamente no que diz respeito “ à adoção de condutas adequadas de gestão”. A pandemia foi outro momento desafiante, mas superado com distinção. A atual presidente da IESBA recorda a grande pressão de liquidez que a indústria nacional enfrentou, que acabou por não se materializar “em qualquer evento de liquidez”, ou “incapacidade de satisfação de pedidos de resgate”.

A própria regulação acabou por ser um desafio para a ges tão de ativos. Gabriela Figueiredo Dias recorda aquele que foi “um esforço importante de adaptação do setor a alterações re gulatórias importantes, como foi o caso da Diretiva AIFMD, que para além do impacto nos gestores de fundos alternativos, acabou por chegar a outros profissionais. Esta diretiva “esten deu-se aos gestores de fundos UCITS por via de uma opção nacional de alinhamento por cima dos requisitos aplicáveis aos fundos UCITS e AIFMD, que se veio a revelar despro porcional”, comenta, acabando por se revelar um obstáculo ao desenvolvimento do setor que se pretendeu superar com a proposta de revisão do RGOIC.

DOIS GRANDES MARCOS REGULATÓRIOS

Precisamente a diretiva AIFMD foi um dos marcos regula tórios da última década, na opinião da profissional, nomeada mente pelo papel que teve em “elevar de forma significativa os requisitos de preparação prudencial e de governação dos gestores, reforçando a respetiva resiliência”. No entanto, são dois aqueles que considera os importantes marcos regulató rios nacionais dos últimos 10 anos: o reforço do quadro regu latório relativo aos requisitos de adequação da gestão de topo nestas entidades, por um lado, e, por outro, a transferência de competências de supervisão prudencial do Banco de Portugal para a CMVM. Sobre o primeiro tema - as chamadas regras de fit & proper - reforça o quão importante foi o progressivo reforço da “boa governação, da cultura e da ética na gestão de ativos”. Sobre a transferência de competências, Gabriela Figueiredo Dias não tem dúvidas dos benefícios trazidos à in dústria. Não só as entidades gestoras passaram a lidar com um único supervisor - agilizando assim a supervisão - como essas mesmas entidades gestoras, deixaram de estar a obrigadas “a cumprir um conjunto de obrigações aplicáveis aos bancos, mas que não fazem sentido na gestão de ativos”.

Embora tenha saído antes da sua finalização ao nível da decisão política, a revisão do Regime Jurídico da Gestão de Ativos foi uma das grandes bandeiras do mandato da pro

UMA DÉCADA
ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
PRESIDENTE, INTERNATIONAL ETHICS STANDARDS BOARD FOR ACCOUNTANTS (IESBA)
132 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO por
Margarida Pinto
ENTREVISTA 5 MINUTOS

SUSTENTABILIDADE

Para a profissional, este será o grande desafio da próxima década. Um tema onde “está quase tudo por fazer”, e onde faltam “dados e métricas credíveis e consistentes”, mas não só.

fissional na CMVM. Confessa mesmo que este era o “prin cipal desafio e projeto regulatório” a que se propôs quando aceitou o cargo. “Por razões de diversa natureza, internas e externas, só no penúltimo ano do mandato foi possível de senvolver esse projeto e entregar a respetiva proposta aos decisores políticos”, recorda. Embora tenha saído antes de o projeto ver o dia , a presidente da IESBA considera que “deixou o trabalho feito”, e não tem dúvidas: “Esta era uma das mais importantes medidas de dinamização do mercado e em particular, da gestão de ativos”.

Da próxima década também não ficarão de fora novos desenvolvimentos regulatórios. A profissional destaca o impacto das “alterações previstas para a AIFMD, ou a implementação do regime do Produto Individual de Re

forma Pan-Europeu”, mas, na sua opinião, será a susten tabilidade o “principal fator de transformação do contexto regulatório e do próprio setor”. O mercado sofrerá grandes transformações por via deste tema, mas, nas suas palavras “está quase tudo por fazer” nesta temática. “Faltam dados e métricas credíveis e consistentes, a informação disponí vel está muito longe de ser satisfatória, de um modo geral, e menos ainda comparável. Não está, por agora, sujeita a qualquer tipo de confirmação de qualidade (assurance), e aquela que é praticada numa base voluntária segue crité rios e metodologias ad hoc e escassamente confirmáveis”, concluiu. No entanto, a sustentabilidade poderá ser, sem dúvida, o motor de transformação positiva do setor e do próprio mercado de capitais

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UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 por Samuel Capucho 134 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO ENTREVISTAS GURU

As dinâmicas no mercado de fixed income sofreram muitas alterações desde o começo do ano. Agora, na visão de Michael Krautzberger, pode ser um bom momento para tirar partido das ineficiências do mercado. O BlackRock Sustainable Fixed Income Strategies Fund, classificado como artigo 8 da SFDR, pretende gerar alpha aos investidores expondo-se a empresas que geram externalidades positivas para a sociedade. Neste processo, o rigoroso e disciplinado research é fundamental.

FUND

GESTOR DO BLACKROCK SUSTAINABLE FIXED INCOME STRATEGIES
RAPTREN PAR T NER
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GREENIUMS

Michael Krautzberger acredita que a evolução e o aumento de emissões de obrigações verdes irá permitir acompanhar os greeniums com mais dados, ilustrando as diferenças ao longo do tempo em termos setoriais e de emitentes. Vê este tipo de emissões como uma oportunidade de melhorar o desempenho da sua carteira.

DE TRANSFORMAÇÃO

Um produto que combina a componente obrigacionista com a vertente sustentá vel. Com mais de 4 mil milhões de euros em património, o BlackRock Sustainable Fixed Income Strategies Fund, distingui do com Rating FundsPeople, tem um track record que remonta a 2009. Contudo, é agora, com a anormalidade (ou com o retomar à normalidade) das taxas de juro, que os investidores voltam a olhar com outros olhos para uma classe de ativos que, nos últimos anos, tem vindo a ficar para trás nas suas preferências no processo de alocação.

“Consistente em todos os fundos de fixed income eu ropeus, a nossa abordagem reconhece estratégias de va lor relativo como o veículo ideal para capturar alpha efi ciente em termos de risco”, começa por explicar Michael Krautzberger. Para alcançar sucesso em tal abordagem, o gestor conta que acredita que existem dois ingredientes fundamentais na receita: a volatilidade e o tempo. “A vo latilidade para mover os preços para fora do seu intervalo tradicional, e o tempo para permitir a reversão de volta aos seus níveis históricos”, explica. Diz também acreditar que a combinação de um rigoroso e disciplinado research fundamental bottom-up com research económico top -down é crucial para aproveitar as ineficiências do mer cado de forma a gerar alpha.

A RELEVÂNCIA DA SUSTENTABILIDADE

É no processo de alocação de ativos que a integração da sustentabilidade desempenha um papel fundamental no fundo. Classificado como artigo 8º no âmbito da SFDR, “o produto aplica o enquadramento de externalidades da BlackRock, proporcionando uma forma transparen te e quantificável de medir e analisar a sustentabilida de em todo o universo do rendimento fixo”, assegura Michael Krautzberger. Para garantir a excelência na análise, “a cada um dos títulos em carteira, quer sejam asset backed securities, obrigações soberanas ou cor porativas, é atribuída uma pontuação que permite uma

revisão holística das credenciais de sustentabilidade do fundo”, explica o profissional.

Nesta vertente, o objetivo da equipa de gestão é claro: favorecer os emitentes que demonstrem externalidades positivas, e excluir os que demonstrem externalidades negativas. O profissional dá como exemplo as “empre sas em que a sua atividade gera um benefício ambiental e social para terceiros, aumentando os benefícios tangí veis do ESG para os clientes”. Em termos de composição da carteira, Michael Krautzberger apresenta que esta é composta por obrigações verdes, sociais e sustentáveis (GSS), títulos com objetivos baseados na ciência, alinha dos com iniciativas de transição, ou ainda pelas empresas melhor classificadas dentro do seu setor. “As obrigações verdes são selecionadas com base nos projetos financia dos pelas suas receitas”, enuncia. “Os projetos em que se considera que colocam o mundo em direção a uma econo mia net-zero, ou seja, os projetos de energias renováveis, recebem as pontuações mais elevadas em comparação com aqueles que produzem apenas melhorias marginais em relação ao consumo de energia de base, tais como os projetos de edifícios verdes”, explica.

Para além de todo este processo, juntam-se os filtros que aplicam na decisão de investir ou não numa empresa. Mais concretamente, procuram definir um score mínimo ao ní vel do rating ESG da MSCI, não investem em emitentes que violem o Pacto Global das Nações Unidas (UNGC), e aplicam exclusões setoriais. Com isto conseguem eliminar do seu universo de investimento as empresas que produ zem custos sociais e ambientais altos para a sociedade.

O profissional exemplifica o processo de evolução para artigo 8º com base nas diferenças materiais dos ativos que compõem a carteira. “No final de julho de 2021, o fundo detinha 2,6% em GSS, 11,5% em emitentes com metas com base científica e a pontuação ESG da carteira do MSCI era de 5,5. Após um ano, as exposições a medi das de sustentabilidade aumentaram significativamente; as participações de GSS em 11,7%, 17,1% em emitentes

UMA DÉCADA
ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
136 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO ENTREVISTAS GURU

com metas com base científica e a carteira detinha uma pontuação de 7,1 na MSCI”, ilustra.

NOVA ERA PARA O FIXED INCOME?

Como gestor ativo, Michael Krautzberger acredi ta que o atual ambiente de mercado pode oferecer boas oportunidades aos investidores, quer seja em termos se toriais ou de títulos. Na verdade, diz que “o fixed income é atualmente muito diferente do que era no início do ano, com produtos de curta duração a oferecer yields positivas após anos de yields negativas”. Nomeadamente, vê opor tunidade nas curvas de taxas a curto prazo, nos ativos de spread de elevada qualidade, incluindo as agências sobe ranas, supranacionais ou obrigações cobertas, e também nos greeniums (green premiums).

Relativamente às recentes alterações nas políticas mo netárias por parte dos bancos centrais, o próprio comenta que esse movimento irá “coloca maior ênfase nos funda mentais de um emitente e na sua capacidade de angariar capital nos mercados”, alterando assim a dinâmica do

mercado. Para o profissional, o resultado será uma maior dispersão em setores, com as preferências dos investidores a evoluírem à medida que passam pelas várias fases do ciclo económico. “Combinando este fator com a recente tendên cia de maior volume de dívida pendente vs. balanços sau dáveis, a velocidade dos movimentos de ativos é suscetível de aumentar. Isto já é evidente com o ritmo de mudança dos spreads de crédito, salientando a forma como a liquidez limitada acelera a mudança dos preços”, explica.

Conclui ao mencionar o posicionamento atual do fundo: curto nas taxas americanas, preferindo setores de alta qualidade – como o setor bancário – e, em termos de duração, oscila em torno de neutro, sendo que a cur to prazo mostra um viés para flatteners. Em suma, está confiante que a sua estratégia poderá trazer resultados positivos para os clientes. Contudo, avisa que “é im portante considerar a imprevisibilidade dos mercados. Mostrar humildade e avaliar decisões está enraizado na equipa de gestão e este é um processo que continuará à medida que os mercados evoluem”.

“NO FIXED INCOME, É PROVÁVEL QUE O ESG GANHE MUITO MAIS DESTAQUE NOS PRÓXIMOS 10 ANOS. O IMPACTO FÍSICO DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E A MUDANÇA DEMOGRÁFICA DOS INVESTIDORES CONTINUARÃO A IMPULSIONAR A PROCURA POR SOLUÇÕES ESG” SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 137

TUDO O QUE MUDOU EM TERRAS DE SUA MAJESTADE

Foi em 1386 que Portugal oficialmente celebrou aliança com Inglaterra. Após 636 anos, esta relação orgulha-se agora de ser a aliança internacional, ainda em vigor, mais antiga. Nesta edição especial da Revista olhamos para os últimos 10 anos dos fundos que operam no mercado acionista do Reino Unido.

OReino Unido há mui to se estabeleceu como uma das principais economias mundiais. Atualmente detém o quinto maior produto interno bruto do mundo e apresenta-se como a segunda maior economia no espaço europeu, atrás apenas da Alemanha. Assim sendo, o mercado financeiro britânico sempre foi uma referência mundial e alvo de muita cobiça.

Cabe aos gestores dos fundos anali sarem as melhores oportunidades den tro deste mercado para gerar retorno para os seus investidores. Vemos agora como três fundos que operam exclusi vamente neste mercado geriram os seus portefólios nos últimos 10 anos. Muito mudou, mas… como reagiram os ges

tores aos principais eventos? Quais as principais diferenças nas carteiras?

Para a análise selecionamos os três fundos com Rating FundsPeople 2022, em Portugal, que se encaixam na categoria UK Equity Large Cap da Morningstar. Deste filtro resultou o BlackRock GF Kingdom Fund, o Liontrust GF Special Situations Fund e o Threadneedle UK Equities. Os da dos foram recolhidos da Morningstar Direct, à data de 31 de agosto de 2022.

Olhando para o estilo de investi mento, é já possível observar algumas alterações. Os investidores procura ram aumentar exposição a um estilo de investimento focado em empresas de alto crescimento, parcialmente devido às correntes positivas que este estilo proporcionou. Em 2012 estas empre

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
138 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO PRODUTOS CARTEIRAS por Diogo Verde

ESTILO DE INVESTIMENTO

09/30/2012 12/31/2012 03/31/2013 06/30/2013 09/30/2013 12/31/2013 03/31/2014 06/30/2014 09/30/2014 12/31/2014 03/31/2015 06/30/2015 09/30/2015 12/31/2015 03/31/2016 06/30/2016 09/30/2016 12/31/2016 03/31/2017 06/30/2017 09/30/2017 12/31/2017 03/31/2018 06/30/2018 09/30/2018 12/31/2018 03/31/2019 06/30/2019 09/30/2019 12/31/2019 03/31/2020 06/30/2020 09/30/2020 12/31/2020 03/31/2021 06/30/2021 09/30/2021 12/31/2021 03/31/2022 06/30/2022

sas representavam 32,2% das carteiras, no entanto, este valor foi aumentan do e em meados de 2018 já ascendia a 61,10% do total investido. Mais recen temente, a tendência tem-se invertido e este estilo representa agora 33,91% dos fundos analisados. O estilo de investi mento misto é agora o mais represen tado, com 45,93% dos portefólios. Por sua vez, o estilo value registou o mo vimento inverso, atingindo o mínimo também em meados de 2018, 16,13%.

AS DARLINGS INGLESAS

As diferenças são também visíveis no que concerne os setores de investimento.

Em 2012, os três principais setores eram o setor energético, industrial e de consumo de bens essenciais. No setor energético, havia nomes comuns aos

três fundos como as petrolíferas BP e Shell. A nível do setor industrial desta cava-se o Compass Group e a Rentokil Initial que contavam com posições re presentativas nos portefólios. Por fim, no último setor, os destaques iam para a Unilever, detentora de marcas como Ben & Jerry’s e a Lipton, e a British American Tobacco.

Com o passar dos anos é possível perceber algumas tendências. O setor que perdeu mais representatividade nos 10 anos foi o da energia, cerca de 11%. Seguiu-se o setor das matérias -primas e o das utilities. Do outro lado, os dois setores que ganharam mais re presentatividade foram o setor tecno lógico e o da indústria.

Em 2022, das mencionadas ante riormente, apenas uma empresa se

O SETOR QUE

PERDEU MAIS

REPRESENTATIVIDADE NOS 10

ANOS FOI O DA ENERGIA, CERCA DE 11%

70 60 50 40 30 20 10 Os últimos 10 anos dos fundos de ações com Rating FundsPeople em Portugal que investem em ações do Reino Unido Fonte: Morningstar Direct. Agosto de 2022 VALUE CORE GROWTH
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 139

ALOCAÇÃO SETORIAL

ENERGIA

BENS DE CONSUMO

SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO

DE TRANSFORMAÇÃO

mantém muito relevante no portefólio. Atualmente, as ações com maior des taque nas carteiras são a Shell, o RELX Group e a Diageo.

O BREXIT

Por fim, importa analisar um período que marcou os últimos 10 anos deste país, a saída da União Europeia. Este acontecimento, apesar de previsto an teriormente, consumou-se a 31 de ja neiro de 2020. O referendo oficial, que resultou na vitória do Brexit, ocorreu em junho de 2016. Como prepararam os gestores tal evento? Ocorreram vá rias alterações nos portefólios.

Em relação ao trimestre anterior, em junho de 2016 houve uma subi da de aproximadamente 13 pontos

percentuais no investimento em empresas de elevada capitalização. Também a nível dos setores houve mudanças algo radicais, com desta que para a redução de 5 pontos per centuais no consumo discricionário e de 3,70 pontos percentuais no setor financeiro. Ainda durante este perío do, as empresas que mereceram mais destaque por parte dos fundos em análise foram a Shell, a British Ame rican Tobacco e a Unilever.

O Reino Unido enfrenta agora, à semelhança do resto do mundo, um cenário económico turbulento. Aguar damos para ver como estes gestores vão responder aos desafios que se aproxi mam e que oportunidades se encon tram ao virar da página.

AS OBRIGAÇÕ ES ESTÃO DE VOLTA! DIVERSIFICAÇÃO, CURTO PRAZO E ESG!

Num contexto de taxas ascendentes, de bancos centrais a recalibrar balanços e de dúvidas sobre o crescimento económico, as formas tradicionais de aumentar a rentabilidade - como aumentar a duração, usar derivados ou recorrer aos mercados emergentesacarretam riscos implícitos. Para compensar estes riscos, na Amundi contamos com uma ampla gama de soluções monetárias e de obrigações a curto prazo que procuram isolar a sensibilidade às taxas de juro, sem renunciar à yield e com diferentes vencimentos que vão de 90 dias a três anos. Estas estratégias caracterizam-se por uma gestão ativa da exposição ao crédito e à duração, por um foco na qualidade de crédito e na diversificação; e por um controlo rigoroso do risco e da liquidez. Soluções que, além disso, são classificadas como artigo 8 SFDR e algumas como artigo 9 SFDR.

Uma gama monetária e de obrigações a curto prazo à procura de retornos consistentes ajustados ao risco, resiliência e marca ESG, beneficiando de todos os recursos de gestão, análise de crédito, ESG e engagement de uma empresa como a Amundi, a maior gestora europeia1 e líder em fundos monetários e soluções para a liquidez com mais de 30 de experiência.

1. Fonte: IPE Top 400

UMA DÉCADA
ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
asset managers, publicado em junho de 2020 e baseado na AUM de dezembro de 2021.
CRISTINA CARVALHO Gestora de Vendas Corporativas e Institucionais, Amundi
A OPINIÃO DE RAPTREN PAR T NER
09/30/2012 12/31/2012 03/31/2013 06/30/2013 09/30/2013 12/31/2013 03/31/2014 06/30/2014 09/30/2014 12/31/2014 03/31/2015 06/30/2015 09/30/2015 12/31/2015 03/31/2016 06/30/2016 09/30/2016 12/31/2016 03/31/2017 06/30/2017 09/30/2017 12/31/2017 03/31/2018 06/30/2018 09/30/2018 12/31/2018 03/31/2019 06/30/2019 09/30/2019 12/31/2019 03/31/2020 06/30/2020 09/30/2020 12/31/2020 03/31/2021 06/30/2021 09/30/2021 12/31/2021 03/31/2022 06/30/2022 Fonte: Morningstar Direct, dados à data de 31 de agosto de 2022 100 80 60 40 20 0
Variações nos últimos 10 anos da alocação setorial
MATÉRIAIS-PRIMAS INDUSTRIAIS CONSUMO DISCRICIONÁRIO
SAÚDE FINANCEIRAS TECNOLÓGICAS
UTILITIES REAL ESTATE 140 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO PRODUTOS CARTEIRAS

OBRIGADO, FUNDSPEOPLE!

Em plena atuação da Troika em Portugal, entrava em atividade a FundsPeople, e foi um veículo essencial para um maior internacionalização dos portefólios em Portugal.

P assaram dez anos desde que Mario Draghi forçou uma clarificação do projeto euro peu, que se assim não fosse dificilmente te ria resistido à crise soberana da altura, do tando-o agora de capacidade para superar um Brexit, conviver com uma pandemia e de agora lidar com uma guerra. Foi também em 2012 que a China rele vou o seu ensejo de se assumir como uma potência mun dial sobre a alçada da nova liderança de Xi Jinping, que a modernizou em todos os campos na última década, re forçando o poder do país em termos económicos, sociais e geopolíticos, com criação de uma estratégia sustentada de subida do nível e da qualidade de vida da população e da introdução de um projeto arrojado de multi depen dências económicas, a nova rota da seda, que alargou manifestamente o perímetro de influências da China. Mas foi também em 2012 que em Portugal, em plena Troika, em fase de um pesado ajustamento económico, de gran de descredibilização do sistema financeiro e debaixo de um pessimismo generalizado, que surgiu como uma lufa da e ar fresco, a FundsPeople em Portugal.

A FundsPeople apresentou-se em Portugal há dez anos atrás, com a equipa jovem e dinâmica, apostada em ofe recer informação global do mundo financeiro, de forma independente e transversal, procurando criar um espaço único de partilha de conhecimento em Portugal, onde se agrega, informação pertinente para os reguladores, para as entidades gestores de ativos e para os investido res, sejam estes institucionais ou particulares.

Em plena crise económica e financeira em Portugal, a FundsPeople foi um veículo essencial para um maior in ternacionalização dos portefólios em Portugal, dando a

conhecer um maior leque de opções e uma melhor di versidade de processos e de estratégias de investimento e abrindo espaço para um conhecimento mais aprofun dado de novas classes de ativos.

A FundsPeople também se soube afirmar com um instru mento de literacia financeira para os diferentes segmen tos do mercado financeiro, num país que dentro da zona euro se encontra em último lugar nesta matéria (Fonte: BCE). Apostando em ter um departamento de análise próprio para o mercado português e, simultaneamente, optando sempre por uma linha editorial independente, pondo de lado o sensacionalismo barato dos grandes titulares, que tantas vezes a volatilidade do mercado financeiro oferece, pautando ao invés, por convidar os diferentes especialistas do setor a enquadrarem devi damente essa volatilidade. A verdadeira informação dos mercados financeiros é aquela que procura com rigor explicar a volatilidade, ou seja, aquela que enquadra os genuínos riscos de mercado para que as decisões sejam tomados de forma fundamentada e não de forma força da, desinformada e puramente emocional.

Desde há muitos anos que tenho tido o privilégio de es crever com regularidade artigos de opinião, nos quais a única premissa que a linha editorial da FundsPeople me exige é que seja uma opinião íntegra. Quando esses va lores são comuns entre quem escreve e quem publica, torna-se fácil emitir uma opinião, na medida em que, também sentimos que estamos a contribuir para algo melhor, num país em que há muito ainda por fazer em matéria de literacia financeira.

Obrigado, FundsPeople em Portugal!

SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 141 Diretor de Investimentos, BBVA AM Portugal TRIBUNA JORGE SILVEIRA BOTELHO

OS MOVIMENTOS DAS GRANDE

PLACAS TECTÓNICAS QUE COMPÕEM OS MERCADOS EMERGENTES

Nos últimos 10 anos muito mudou nos mercados emergentes. Assistimos a um crescimento radical da China, que se assumiu como uma das principais potências mundiais. Vemos agora como os gestores de fundos de ações de mercados emergentes se adaptaram a esta e outras mudanças.

Uma economia de mercados emergentes carateriza-se tipicamente por se encon trar num período de tran sição. Estes países lutam para aumentar o seu produto interno bruto, através da industrialização e da abertura ao comércio em mercados globais, enquanto procuram melhores condições de vida para os seus habi tantes. A estas perspetivas de cresci mento estão normalmente associados retornos de capital elevados para os in vestidores, mas sempre com um risco acrescido inerente.

É nestes investidores que focamos este artigo, mais especificamente nos fundos que operam nestes mercados há mais de 10 anos. Visamos perceber como evoluiu a alocação das carteiras, a nível geográfico, setorial e de estilo de investimento. Para isso, selecionamos a classe Morningstar Global Emerging Markets Equity e filtramos os fundos com 10 ou mais anos de histórico que possuem Rating FundsPeople 2022 em Portugal, Espanha e Itália. Com estes fundos, construímos uma cartei ra que será analisada de 30 de junho de 2012 a 30 de junho de 2022.

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 142 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
por Diogo Verde PRODUTOS EMERGENTES

Há 10 anos, a carteira analisada era constituída por quatro principais blo cos. A Ásia (desenvolvida e emergen te) representava 62,87% dos portefó lios dos investidores, com a China e a Coreia do Sul a dominarem o inflow de investimentos no continente, 18,96% e 15,33% respetivamente. O Brasil destacava-se no segundo continente mais representado, a América do Sul. O país, na altura liderado por Dilma Rousseff, representava 10,75% (de um total de 15,52% do continente) das car teiras dos fundos em análise. Por últi mo, contamos com a presença do bloco emergente europeu, liderado pela Rús sia com 5,74% de alocação.

Voltando ao presente, podemos ver muitas alterações no panorama da dis tribuição do investimento, tanto moti vadas por questões económicas, como por questões políticas. É de destacar um maior crescimento do continente asiático, este agora representa 80,71% das carteiras. Para este fenómeno, mui to contribuiu o crescimento da China que representa agora 34,13% do total investido pelos fundos. Já em 2017, em entrevista à FundsPeople, Projit Chatterjee - especialista de produto da UBS AM - deu o mote para este aumen to expressivo de representação chinesa. Na revista FundsPeople número 16, o gestor de portefólios afirmou que “pelo seu tamanho e pela transformação do seu modelo económico, a China

BlackRock

PROJIT CHATTERJEE DEU O MOTE:

tamanho e pela

do seu modelo

as melhores oportunidades de

FUNDOS DE MERCADOS EMERGENTES COM RATING FUNDSPEOPLE

NOME ISIN
Global Funds - Emerging Markets Fund LU0047713382 Capital Group Emerging Markets Growth Fund (LUX) LU0100551646 Fidelity Funds - Emerging Markets Fund LU0307839646 Goldman Sachs Emerging Markets Equity Portfolio LU0133267202 JPMorgan Funds - Emerging Markets Equity Fund LU0053685615 Nordea 1 - Emerging Stars Equity Fund LU0602539271 Schroder International Selection Fund Emerging Markets LU0248178492 UBS (Lux) Equity Fund - Emerging Markets Sustainable Leaders LU0106959298 Vontobel Fund - mtx Sustainable Emerging Markets Leaders LU0571085330 Fonte: Considerados os fundos que atuam na clase Morningstar Global Emerging Markets Equity, com 10 ou mais anos de histórico e que possuam Rating FundsPeople 2022 nos três países. 20 22 Nº16 EM 2017,
“Pelo seu
transformação
económico, a China apresenta
investimento do mundo emergente” PODEMOS VER MUITAS ALTERAÇÕES NO PANORAMA DA DISTRIBUIÇÃO DO INVESTIMENTO, TANTO MOTIVADAS POR QUESTÕES ECONÓMICAS, COMO POR QUESTÕES POLÍTICAS SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 143

ALOCAÇÃO GEOGRÁFICA DA CARTEIRA: O MOVIMENTO DAS PRINCIPAIS PLACAS TECTÓNICAS

apresenta as melhores oportunidades de investimento do mundo emergen te”. Explicou ainda que “as oportuni dades surgem pela divergência entre sectores e empresas e ainda pela dife rença na qualidade entre empresas. O facto de ser tão grande e estar a desen volver-se, cria oportunidades em áreas como o consumo discricionário, servi ços educativos, tecnologia e seguros”. E assim aconteceu.

BRASIL DECRESCE

É possível também ver a tendência de crescente da importância do Brasil no panorama de investimentos em mer cados emergentes. Após várias crises políticas e económicas que deixaram o país aquém das expectativas, este representa agora apenas 6,18% do total

investido. Para Mark Mobius, conside rado o guru dos mercados emergentes e o primeiro gestor de um fundo a atuar neste segmento, tal não foi uma sur presa. Em entrevista à FundsPeople em 2014, o investidor lendário e atual diretor da Mobius Capital Partners, deixou um aviso: “O Brasil está agora a viver uma fase de aprendizagem, não pode despender muito dinheiro com o mundial e com os jogos olímpicos”. Para o especialista, o governo brasi leiro “terá de começar a mudar a sua política para conseguir retomar o ca minho do crescimento”. O mesmo não aconteceu e o país entrou mesmo numa recessão que só acabou por ultrapassar em 2016, o que contribuiu para a sua queda de importância no panorama dos mercados emergentes.

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 144 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
100 80 60 40 20 0 Set 2012 Mar 2013 Set2014 Mar 2014 Set 2015 Mar 2016 Set 2016 Mar 2017 Set 2017 Mar 2018 Set 2018 Mar 2019 Set 2019 Mar 2020 Set 2020 Mar 2021 Set 2021 Mar 2022 Fonte: Morningstar Direct
AMÉRICA
DO
NORTE
AMÉRICA LATINA REINO UNIDO EUROPA DESENVOLVIDA EUROPE EMERGENTES ÁFRICA/MÉDIO
ORIENTE
AUSTRALÁSIA JAPÃO
ÁSIA
DESENVOLVIDA ÁSIA EMERGENTE
É POSSÍVEL VER A TENDÊNCIA DECRESCENTE DA IMPORTÂNCIA DO BRASIL, NO PANORAMA DOS MERCADOS EMERGENTES PRODUTOS EMERGENTES

Por fim, destacamos a Rússia, este país teve uma evolução praticamente constante no universo analisado, até ao início de 2022. Com o início do conflito geopolítico entre a Rússia e a Ucrânia, e com as consequentes sanções económicas aplicadas pelos restantes países, a Rússia passou de representar 5,77% para representar cerca de 0,02% (exposição apenas por interesses económicos de empresas de outros países).

À data de 30 de junho de 2012, no que toca a mercados emergentes, os investi dores preferiam investir o seu dinheiro em três principais setores: financeiro (22,24%), tecnológico (15,73%) e con sumo discricionário (15,61%). Ao todo, estes setores representavam 53,58% do total dos portefólios.

OS SETORES QUE OS GESTORES PREFEREM 100 80 60 40 20 0 Set 2012 Mar 2013 Set2014 Mar 2014 Set 2015 Mar 2016 Set 2016 Mar 2017 Set 2017 Mar 2018 Set 2018 Mar 2019 Set 2019 Mar 2020 Set 2020 Mar 2021 Set 2021 Mar 2022 Fonte: Morningstar Direct ENERGIA MATERIAIS INDUSTRIAL CONSUMO DISCRI CIONÁRIO CONSUMO BÁSICO SAÚDE FINANCEIRO TECNOLOGIA SERVIÇOS DE COMUN. UTILITIES REAL ESTATE Nº4 EM 2014: “Os países desenvolvidos precisam dos mercados emergentes, sobretudo devido à sua tecnologia” SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 145

DE TRANSFORMAÇÃO

Passados 10 anos, apesar de o Top 3 ser o mesmo, estes setores represen tam agora 63,95% do total. Este cres cimento deu-se à custa da representa tividade de outros setores como, por exemplo, o da energia. Parcialmente justificado pelo desenvolvimento tec nológico dos países emergentes e pela mudança dos destinos do capital dos fundos, este observou a sua represen tação reduzir de 10,52% para 2,02%. Também o investimento em bens de consumo foi reduzido em 436 pontos -base e o de matérias-primas em 249 pontos-base. O principal beneficiário destes movimentos foi o setor tecno lógico, que representa agora mais 7,74 pontos percentuais. Ainda nessa mes ma entrevista, Mark Mobius também destacava a importância do setor tec nológico dos mercados emergentes: “Os países desenvolvidos precisam dos mercados emergentes, sobretudo devido à sua tecnologia”.

Atualmente o Top 10 de posições inclui quatro empresas que atuam neste setor. A Taiwan Semiconduc

tors lidera com uma exposição média de 6,88%, enquanto a Samsung apa rece em segundo lugar com 4,28%. A fechar este Top surge a Tencent, a empresa de telecomunicações conta com uma representação de 3,58%. No Top 10 podemos ainda ver três em presas que atuam no setor financeiro e duas que operam no setor de consu mo discricionário.

Decidimos terminar com mais uma citação de um dos principais especia listas da área. Em 2014, Mark Mobius afirmou que “os mercados emergentes lideram a economia global, sobretu do porque estes mercados conseguem crescimentos muito rápido, onde a inovação é a chave para o sucesso. Os investidores não precisam de ter medo destes mercados, sobretudo porque o growth está lá e a caminho do value”. O investidor profetizou um crescimen to destes mercados que permitia aliar rápidos níveis de crescimento, assentes em métricas financeiras sólidas, como resultado da importância dos mercados emergentes na economia global.

DÉCADA DE TRANSFORMAÇ ÃO

Aproximamo-nos do nosso 10.º aniversário ibérico. Nestes anos, a transformação no setor foi impressionante.

Houve uma democratização do investimento. Hoje qualquer pessoa pode começar a investir com menos de um euro, graças às novas tecnologias. Os investimentos apenas acessíveis às instituições, estão agora disponíveis de forma generalizada.

Na abrdn, alargámos o acesso ao imobiliário, a infraestruturas e a fundos de crescimento dinâmico: os ativos necessários para diversificar as carteiras.

Aprendemos que algumas pessoas querem investir através de plataformas ou com robô-advisors, mas muitas recorrem à consultoria.

Por isso, estamos a ver decisões mais informadas e podemos oferecer produtos mais especializados e personalizados para satisfazer as suas necessidades.

Na região, a procura por consultoria financeira cresceu 20%, graças a uma confiança renovada no setor. Entre 2008 e 2011, a confiança nos serviços financeiros era muito reduzida e os danos provocados por alguns bancos afetaram todo o setor. Porém, esta confiança foi restabelecida à medida que os bancos, os governos e os bancos centrais foram agindo rapidamente para oferecerem o apoio necessário na sequência da pandemia.

O ISR também se tornou mais proeminente nesta década, devido à procura por parte dos investidores e ao reforço da regulamentação.

Em sintonia com esta conjuntura, continuamos a desenvolver produtos ISR para oferecermos aos investidores mais oportunidades de investirem num mundo mais sustentável.

UMA DÉCADA
ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 146 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
ALVARO
ANTÓN LUNA Responsável de negócio para a Península Ibérica, abrdn A OPINIÃO DE RAPTREN PAR T NER OS AUM DOS FUNDOS EM ANÁLISE MAIS DO QUE DUPLICARAM NOS ÚLTIMOS 10 ANOS Fonte: Morningstar Direct. AUM 2012: € 14 814 033 693 AUM 2022: € 30 481 656 893 PRODUTOS EMERGENTES

OS FUNDOS DE PENSÕES EM PORTUGAL

Os últimos 10 anos, o presente e as perspetivas para os próximos 10 anos deste mercado.

Os fundos de Pensões nasceram em Portugal há 35 anos acompanhados de um regime fis cal extraordinário de duplo crédito fiscal para as contribuições realizadas em 1987 e 1988. Os primeiros fundos de pensões na sua maioria ti veram origem em ex-empresas públicas para financiamento de planos de pensões resultantes da contração coletiva, assu miam a forma de benefício definido e eram na sua maioria in tegrados ou substitutivos da Segurança Social de que o caso mais significativo é o do setor bancário.

Mas após a forte dinâmica inicial a evolução dos fundos de pensões em Portugal foi reduzida e contrasta com a evolução positiva que se tem verificado neste mesmo pe ríodo em muitos dos países da OCDE e da União Europeia com um crescimento assinalável e com vários países a te rem valores de ativos sob gestão próximos dos 100% do PIB, chegando mesmo, no caso da Holanda, a uma per centagem próxima dos 200%.

O fraco interesse das empresas e particulares pelos fun dos de pensões em Portugal resulta em muito de um posicionamento do Estado, que transmite uma imagem de que a segurança social é suficiente para prover a to talidade das pensões futuras o que é reforçado com um enquadramento fiscal pouco atrativo.

Na última década, não sendo rigoroso na consideração de um período de 10 anos, vou destacar alguns dos fatores que, na minha perspetiva maior impacto tiveram no mercado dos fundos de pensões, a saber: o princípio do final do primeiro pilar no setor bancário; a CES Contribuição Extraordinária de Solidariedade; a redução das taxas de desconto; os CERR nos planos de pensões de contribuição definida contributivos; o reforço da legislação e por último as pensões flexíveis.

Presentemente, estamos num momento em que se torna im perioso alterar o posicionamento público pois, em termos de demografia, tendo por base a informação do último Ageing Report 2021 da Comissão Europeia, com a situação atual e projeções para 2070, para Portugal destacam-se os seguintes indicadores, que genericamente se encontram entre os mais gravosos de todos: a esperança de vida aos 65 anos a aumen tar 5 anos, a taxa de dependência (relação entre pessoas em idade de reformados e em idade ativa ativos) a quase duplicar dos atuais 37,3% para 67,3% e a taxa de substituição (relação

entre a primeira pensão e o último salário) a passar de 74% para 41,7%. Para agravar esta situação a taxa de participação nos planos de pensões, com 3,5% é a segunda pior da europa. As perspetivas para o futuro são quase certas no sentido do reforço da importância dos fundos de pensões, mas este re forço tanto pode ser moderado conforme tem acontecido, como pode ser exponencial o que é indispensável para fazer face às perspetivas traçadas no Ageing Report 2021. Para o forte crescimento dos fundos de pensões é necessário que as autoridades reconheçam de forma clara e inequívoca a importância de poupar para a reforma, mas é também indis pensável estimular com medidas fiscais e não fiscais pois, sem esses estímulos, a continua pressão do presente, numa popu lação com salários baixos, e a miopia sobre o futuro, consti tuem um travão a esse desenvolvimento.

Para o desenvolvimento do mercado das reformas comple mentares em Portugal existem dois instrumentos promovidos pela Comissão Europeia e que são fulcrais para o cumprimen to desse objetivo: o PEPP - Pan European Pension Product, produto inovador exclusivamente para a reforma destinado à poupança individual de III pilar e o Auto-enrolment, solução de inscrição de contribuições quase obrigatórias para a pou pança de âmbito profissional do II pilar.

No âmbito do processo de regulamentação nacional do PEPP, está a ser apresentado ao governo pela primeira vez de forma conjunta pelas três principais associações do setor financeiro: APB, APS e APFIPP, uma proposta fiscal que, si multaneamente cumpre estes dois objetivos: - atribuir uma dedução à coleta significativa, sem limitações para as contri buições individuais, para os produtos exclusivamente para a reforma, ou seja o PEPP, os fundos de pensões ou certificados de reforma do estado e - majorar a dedutibilidade das contri buições das empresas para benefícios exclusivamente de re forma em que confiram direitos adquiridos individualizados. Caso a proposta fiscal das Associações APB, APS e APFIPP, venha a ser implementada podemos, sem um impacto dema siado elevado em termos de despesa, estar perante um ver dadeiro ponto de inflexão para os próximos anos no sentido de Portugal começar a convergir para a média europeia em termos de poupança para a reforma e, simultaneamente, co meçar a poder traçar perspetivas menos pessimistas quanto às pensões de reforma para as gerações futuras.

SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 147
Diretor geral, Ageas Pensões
TRIBUNA VALDEMAR DUARTE

DE TRANSFORMAÇÃO

O BOOM DO INVESTIMENTO SUSTENTÁVEL

Nos últimos dez anos fomos testemunhas da explosão e da popularização do investimento sustentável. Com a Europa na linha da frente, este segmento viu não só um enorme crescimento do seu volume de ativos sob gestão, como também se expandiu para mais classes de ativos.

Agestão dos investimen tos e do dinheiro de acordo com padrões éti cos e convicções sociais é uma prática com uma longa história. No setor da gestão de ativos, o Pioneer Fund já selecionava investimentos em função das proibi ções religiosas em 1928. Porém, só em 1971 é que se considera que foi estabelecido primeiro fundo moder no de ISR, o Fundo Mundial PAX, foi criado em resposta à exigência dos investidores de excluir as empresas americanas ligadas à Guerra do Viet name das suas carteiras. A Europa veio um pouco mais tarde, com a cria ção do fundo britânico Friends Pro vident Stewardship Fund em 1984. Na década de 80, a rejeição do apar theid na África do Sul, bem como as catástrofes ambientais de Chernobyl e Exxon Valdez, impulsionaram uma tendência que cristalizaria nos anos 90 com a popularização de fundos que seguem critérios ESG (ambien tal, social e de governance).

Os últimos dez anos testemunha ram a explosão e a popularização do

investimento sustentável, em parte graças ao forte impulso dos Acordos de Paris sobre alterações climáti cas (COP 21, 2015) e ao lançamen to dos ODS (PNUD, 2015). Estes dois marcos históricos significaram uma mudança de paradigma para o investimento no desenvolvimento sustentável e a implementação de estratégias que possam enfrentar a luta contra as alterações climáticas e o cumprimento da Agenda 2030.

Como podemos ver na figura 1, o volume sob gestão de fundos sus tentáveis tem crescido de forma constante nos últimos dez anos, ace lerando na sequência da pandemia de COVID-19, ultrapassando os 2,5 biliões de dólares no final de 2021, de acordo com os dados da Mor ningstar. Se o conjunto de ativos de investimento sustentáveis for consi derado, a GSIA (Global Sustainable Investment Alliance) calcula que representam 35,9% do total de ativos sob gestão no mundo (GSIA, 2020). Com os dados atualizados no final de junho de 2022, os ativos globais de fundos sustentáveis caíram 13,3%,

UMA DÉCADA
ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
MarÍa Folqué PRODUTOS ISR 148 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO

FUSÕES E AQUISIÇÕES NA INDÚSTRIA DE DADOS ESG

Vigeo e EIRIS fun dem-se OUT 2015

RiskMetrics compra a Innovest

FEV 2009

Thomson Reuters compra a Asset 4 NOV 2009

SET 2009 Sustainalytics e Janzi Research Inc. fundem-se

Bloomberg compra a New Energy Finance DEZ 2009

NOV 2009 RiskMetrics Group compra a KLD

GMI e The Corporate Library fun dem-se JUL 2010 MSCI adquire a GMI Ratings JUN 2014

ISS compra a IW Financial JAN 2017

Morningstar compra 40% da Sustainalytics JUL 2017 Sustainalytics compra alguns ativos da Solaron Sustainability Services MAR 2018

Thomson Reuters adqui re FC Business Intelligence, matriz da Ethical Corporation

Moody´s adquire posição maioriária na Four Twenty Seven (dados de clima)

JUL 2018

OUT 2019 RobecoSAM transfere a SAM ESG Ratings e Ben chmarking para a S&P Global NOV 2019

MAR 2010 MSCI compra a RiskMetrics Group

JUN 2012 Sustainalytics adquire a Responsible Research

SET 2015 ISS adquire a Ethix SRI Advisors

OUT 2016 Standard & Poor´s com pra aTrucost

JUN 2017 ISS adquire a South Pole Group´s Investment Climate Data Division

MAR 2018 ISS adquire Oekom Research

ABR 2019 Moody´s adquire uma posição maioritária na Vigeo Eiris

JAN 2019 Sustainalytics adquire GES International

SET 2019 MSCI adquire a Carbon Delta, fintech ambiental e de análise de dados

ABR 2020 Morningstar compra os 60% restantes da Sustai nalytics

para 2,47 biliões de dólares em junho de 2022, face aos 2,84 biliões de dó lares do final do primeiro trimestre. Esta é a maior queda desde o primei ro trimestre de 2020, mas os ativos de fundos sustentáveis aguentaram me lhor do que o mercado global de fun dos, que viu os seus ativos recuarem 14,6% nos três meses até junho de 2022. A Europa continua a ser líder no universo de fundos sustentáveis,

com 82% dos ativos globais. Mante ve-se também, de longe, o mercado ESG mais desenvolvido e diversifi cado, seguido dos Estados Unidos.

DOMÍNIO EUROPEU

O domínio europeu é explicado em grande parte pela dinâmica da re gulação na zona euro. O Plano de Ação da Comissão Europeia para o Financiamento Sustentável (2018)

visa fomentar o papel do investi mento sustentável (IS), o processo de investimento que tem um impacto potencialmente positivo no desen volvimento sustentável através da in tegração de investimento extra finan ceiro em decisões de investimento. O resultado deste plano é a ambiciosa agenda legislativa da UE, (conheci da como o tsunami regulamentar) da qual fazem parte as Taxonomias

PATRIMÓNIO E NÚMERO DE FUNDOS SUSTENTÁVEIS (2010-2021)
3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 0 Fonte: Unctad com dados da Morningstar. Fonte: Delaney and Stewart (2020). EUROPA EUA RESTO DO MUNDO NÚMERO MILHARES DE MILHÕES DE USD 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 165 30 158 28 189 31 222 40 277 49 262 51 302 63 40 389 82 56 428 89 68 673 140 91 1.460 236 94 2.231 357 156 1.304 5.932 SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 149

DE TRANSFORMAÇÃO

Sociais e Climáticas, a Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade das Empresas (CSRD), a SFDR sobre a classificação de produtos sustentá veis e a alteração da MIFID II.

As mudanças nos últimos dez anos não se limitaram ao aumento do pa trimónio. Também houve alterações na terminologia. O termo mais utili zado até há pouco tempo era ISR, in vestimento socialmente responsável, mais ligado à CRS. Depois vieram os critérios ESG e, finalmente, com a mudança que a COP 21 e os ODS implicaram, investimentos susten táveis. Uma evolução que chegou às estratégias. Coexistem, mas avançam e as suas diferenças são também re conhecidas em regulamentos como a SFDR. Embora a prática mais básica, a da exclusão, continue a ser a mais popular, a verdade é que tem vindo a perder terreno como estratégia úni ca. As práticas mais contemporâneas completam-se com a utilização de best in class, engagement, investi mento temático e, desde 2015, com investimento de impacto. Esta es tratégia, cuja origem estava no ca pital privado, está a ganhar um for te impulso entre os ativos cotados, graças em grande parte ao quadro de referência que encontram nos ODS e nas ações de mitigação das altera ções climáticas. Nesta evolução, é de salientar que o investimento sus tentável tem vindo a expandir o seu campo de ação para mais classes de

ativos. Hoje, as carteiras de fundos sustentáveis não se limitam a ações, mas podem incluir instrumentos de rendimento fixo de diferentes clas ses, entre os quais as obrigações ver des ou a dívida soberana se destacam com as suas diferentes classificações em termos de sustentabilidade.

Essa mudança nas estratégias para práticas mais sofisticadas com objeti vos concretos também tornou o inves timento sustentável mais dependente dos dados. Um ecossistema rico em fornecedores de dados, agências de rating e provedores de índices surgiu nesta área. Um ecossistema que tam bém sofreu uma profunda transfor mação nestes anos, dando origem a uma atividade empresarial frenética, como se pode ver no gráfico em cima. Precisamente esta multiplicidade de metodologias, a heterogeneidade dos dados e a falta de correlação entre muitas das classificações, são alguns dos principais desafios que a indústria de investimento sustentável enfrenta. Os reguladores tomaram algumas me didas para impulsionar uma maior ho mogeneidade (como a regulação da ta xonomia), mas esta está muito longe. E ter medidas fiáveis é de importância vital, uma vez que o investimento sustentável é chamado a ser, cada vez mais, um investimento eficaz, que procura e produz alterações, efeitos que devem fazer a diferença entre uns fundos e outros, para além da compa ração das rentabilidades.

DARWINISMO DIGITAL: A NOVA DISRUPÇÃO

A disrupção existiu sempre, mas estamos a avançar para uma nova era digital na qual apenas os mais fortes sobreviverão – e assim o demonstra a

FundsPeople, que cumpre a primeira década de atividade em Portugal. É hora de reformularmos o que pensávamos que sabíamos sobre a disrupção. No início, estava associada principalmente ao setor tecnológico, nomeadamente às novas plataformas que abalavam os meios tradicionais de transporte, aluguer e entrega de refeições ao domicílio, entre outras áreas. Hoje, os avanços em hardware e software e a proliferação massiva dos dados, estão a impulsionar, mais do que nunca, uma transformação em mais setores e âmbitos das nossas vidas, a um ritmo exponencial.

Esta evolução está a traduzir-se numa espécie de darwinismo digital que poderá até afetar a ordem geopolítica mundial. Neste âmbito, identificamos três temas-chave de investimento essenciais para abraçar a nova disrupção com uma estratégia de sucesso e geradora de alfa: Clima e tecnologia, Dados e conetividade e O homem e a máquina.

Tal como Charles Darwin e outros naturalistas avançaram uma teoria da evolução baseada na lei do mais forte, estamos a assistir a um ambiente competitivo redefinido pela capacidade de empresas concretas se adaptarem e prosperarem. A título de exemplo, no atual contexto de baixas rentabilidades e de iminente emergência climática, os investidores devem, não só repensar a forma como são elaboradas as carteiras, como adotar uma abordagem diferente para considerar os investimentos temáticos e os alinhados com os ODS da ONU.

UMA DÉCADA
ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
ROMUALDO TRANCHO Diretor de Desenvolvimento de Negócio para Portugal, Allianz Global Investors
A OPINIÃO DE RAPTREN PAR T NER
AINDA QUE A PRÁTICA MAIS BÁSICA, A EXCLUSÃO, CONTINUE COMO A MAIS POPULAR, O CERTO É QUE TEM PERDIDO TERRENO COMO ESTRATÉGIA ÚNICA
PRODUTOS ISR 150 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO

ETF NA EUROPA UM BREVE RESUMO DA INDÚSTRIA DE

Este artigo traz um resumo da história da indústria de ETF na Europa, desde sua origem até aos dias de hoje, com referência a vários eventos e marcos importantes na sua evolução.

Em 11 de abril de 2000, eram listados na Deutsche Börse, na Alemanha, os dois pri meiros ETF europeus. Lan çados pela Merryll Lynch International, que com esta iniciativa visava trazer ao mercado europeu um produto que já circulava nos Estados Unidos desde 1993, estes ETF basea vam-se nos índices EURO STOXX 50 e STOXX Europe 50. Ainda neste mesmo ano, deu-se início à comercia lização de ETF também na Suécia, na Suíça e no Reino Unido.

Apesar da boa receção inicial, nin guém poderia imaginar quão relevante esta linha de produtos se tornaria para a Europa vinte anos depois.

Inicialmente, os produtos disponí veis eram relativamente simples e re sumiam-se a ETF que tinham como referência um índice de ações multi mercado. No entanto, o cenário ra pidamente evoluiu. Em 2001, a State Street lançou o primeiro ETF voltado para uma indústria específica, e a fran cesa Lyxor ETF trouxe para o mer cado o primeiro ETF sintético, que utlizava um swap para simular o perfil de risco-retorno do índice de referên cia. Em 2003, surgiu o primeiro ETF voltado para o mercado de títulos de rendimento fixo e em 2005 o primei ro ETF voltado para commodities. Finalmente, em 2007, a db x-trackers lançou um ETF baseado no índice

SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 151 PRODUTOS ETF por Detlef Glow

ATIVOS SOB GESTÃO NA INDÚSTRIA DE ETF NA EUROPA

HISTÓRICO DE ENTRADAS DE CAPITAL NA INDÚSTRIA DE ETF NA EUROPA, POR ANO

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0
Milhares de milhões de euros. Fonte: Refinitiv Lipper. Year to date em 2022. 1400 1200 1000 800 600 400 200 0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
Milhares de milhões de euros Fonte: Refinitiv Lipper 152 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO PRODUTOS ETF

EONIA (Euro Overnight Index ave rage), criando então o primeiro ETF associado a money markets.

Com o mercado a evoluir rapida mente, não demorou muito para que a primeira aquisição ocorresse. Em 2007 a Indexchange foi comprada pela ges tora Barclays Global Investors (BGI), e todos os seus produtos foram incor porados na família iShares (nome dado à linha de ETF da BGI).

Devido à popularidade dos ETF e à ampla linha de produtos à disposição, em abril de 2008 o volume de ativos sob gestão na Europa ultrapassou pela pri meira vez a marca dos €100 mil milhões. Este número não pararia de crescer.

Ainda em 2008 o primeiro ETF misto era lançado no mercado, e em 2009 o primeiro ETF voltado para hedge funds. Também em 2009, duas movimentações importantes no mer cado: a Blackrock comprava a gestora BGI - a transação, que incluía a linha iShares, transformou a BlackRock na maior gestora de ativos no mundo – e a AXA Investment Managers transferia o controle operacional de 22 dos seus ETF para a gestora do BNP Paribas.

O ano 2013 começou com um big bang quando o quarto maior promotor de ETF na Europa, o Credit Suisse, vendia sua linha de ETF (XMatch) à BlackRock, que integrou a plataforma do banco no portefólio de ETF iShares.

OS 500 MIL MILHÕES

Em 2016, os ativos sob gestão na in dústria europeia de ETF ultrapassa ram 500 mil milhões, encerrando o ano com ativos globais sob gestão de € 514,5 mil milhões.

A compra da Source (oitava maior gestora de ETF na Europa) pela Inves co Power Shares em abril de 2017 mar

cava a próxima grande movimentação no mercado. Ainda em 2017 a Legal & General Investment Management (LGIM) anunciava a compra da plata forma Canvas da ETF Securities.

O sucesso dos fundos ETF na Euro pa atraiu o interesse de grandes nomes da indústria de fundos de investimen tos, que viram nos ETF um meio de otimizar a penetração dos seus prin cipais produtos no mercado. Sendo assim, a entrada no mercado de nomes como Fidelity, Franklin Templeton e J.P. Morgan AM era já esperada, dada a presença destas gestoras no mercado americano de ETF. Ainda assim, a en trada das principais casas de gestão ati va no mercado de ETF tinha potencial para alterar completamente a indústria.

Em janeiro de 2018 a VanEck comprou a holandesa Think ETF Asset Management BV, expandindo seu portefólio dentro e fora da Eu ropa, e a Société Générale adquiriu a gestora Comstage, consolidando a Lyxor ETF como uma das principais gestoras do continente. Quatro anos depois, a Lyxor ETF era vendida à Amundi, que com a aquisição subia à segunda posição. Com entradas líquidas de 106,7 mil milhões de eu ros ao longo de 2019, a indústria eu ropeia de ETF ultrapassou os 100,0 mil milhões de euros de inflows pela primeira vez na história.

Em 2021 a indústria europeia che gava a um marco histórico de um bilião de euros sob gestão: foram necessários 16 anos para que a marca de 500 mil milhões fosse atingida, mas apenas cinco para que este número duplicasse.

No final de 2021, mais uma marca histórica, com o volume de entradas de capital a ultrapassar pela primeira vez os 150 mil milhões de euros num ano.

RAPTREN

A OPINIÃO DE

UM OLHAR RETROSPETIVO PARA ABORDAR O FUTURO COM OTIMISMO

Dez anos são muito tempo. É um período em que as indústrias e modelos podem ser completamente transformados, em que novos desenvolvimentos podem ser incorporados e as práticas que se tornaram dominantes podem ser condenadas à sua obsolescência. Em suma, uma década é um período suficientemente longo para medir o progresso. O que está por detrás das alterações? Esta resposta tem múltiplos derivados: desenvolvimento da tecnologia, uma melhor literacia financeira, criação de novos instrumentos de investimento, etc. Mas há uma que queremos salientar devido ao enorme potencial de transformação (parte da qual já se concretizou) que oferece à indústria: plataformas digitais de distribuição. Estas novas empresas abriram as portas das indústrias a praticamente qualquer pessoa, o que se traduziu numa forma fantástica de captar poupanças e pô-las a render, especialmente as dos jovens.

Um dos pontos fortes destas plataformas é a negociação de ETF, pelo que esperamos que a sua popularidade, ao mesmo tempo que democratiza o investimento, ajude também a alimentar um dos grandes desenvolvimentos na indústria da gestão de ativos.

ANDRÉ THEMUDO Responsável para Portugal, BlackRock
PAR T NER
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 153

Draghi

quantitative easing

centrais

poupança

PEPP

Draghi

whatever it takes taxas de

dívida pública

whatever it

iliteracia financeira dívida pública

segurança social

PEPP

Draghi

responsabilidades

covid covid covid

responsabilidades

risco

PEPP

iliteracia financeira

incentivos fiscais

dívida pública guerra guerra liquidez

incentivos fiscais quantitative

quantitative easing

quantitative easing

covid

Draghi

risco risco risco reporte reporte

bancos centrais

A ARTE DE NAVEGAR NUM ATRIBULADO MAR DE CONCEITOS

A última década não foi fácil para quem teve em mãos a responsabilidade de gerir fundos de pensões: poucas oportunidades de investimento, alterações regulatórias, bancos centrais expansionistas… Os 10 anos que se seguem serão diferentes?

taxas de juro taxas de juro

yields yields

poupança

risco

iliteracia financeira responsabilidades yields

segurança socialregulação guerra

poupança

Os fundos de pensões são um produto financeiro essencial para uma so ciedade como a portu guesa, onde as perspe tivas demográficas não apontam para um futuro risonho no que à reforma diz respeito. A indústria que se de dica à gestão destes produtos acabou junho de 2022 com um montante sob gestão de 21.586 milhões de eu ros, um avanço significativo face aos

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
por Margarida Pinto
Draghi
poupança
iliteracia
bancos
154 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO PRODUTOS INSTITUCIONAL

iliteracia financeira

juro

pública

de juro

reporte

responsabilidades

financeira

it takes

bancos centrais

incentivos

whatever it takes

financeira

guerra

risco

PEPP

quantitative easing

segurança social yields

Draghi

yields yields

pública regulação

pública

Draghi

dívida pública

iliteracia financeira

yields yields

covid covid

financeira dívida pública

it takes

taxas de juro

regulação

guerra

social

12.959 milhões de euros de 10 anos antes, o que se traduz num cresci mento de 66%.

A indústria profissionalizou-se ainda mais nesta década, o montante gerido adensou-se, mas na retrospe tiva de hoje queremos ir além dos va lores. Queremos centrar-nos no per curso feito pelas maiores entidades gestoras deste segmento, e perceber que desafios se interpuseram na ges tão, de 2012 a 2022. Por outro lado,

com um contexto de recessão iminen te, que cenário é que os responsáveis destas entidades vislumbram para a próxima década?

DESAFIOS DE MERCADO

Em grande medida, os desafios foram os mesmos para a indústria na última déca da. João Eufrásio, da direção de Investi mentos da Ageas Pensões, recorda, por exemplo, que “os mercados financeiros foram fortemente influenciados e

iliteracia financeira dívida pública

pública

Draghi risco

reporte

iliteracia financeira

guerra

risco reporte poupança iliteracia financeira

A INDÚSTRIA DE GESTÃO DE FUNDOS DE PENSÕES

AINDA MAIS

ÚLTIMA DÉCADA

PROFISSIONALIZOUSE
NA
whatever
fiscais
segurança
Draghi
Draghi
risco
reporte
reporte poupança poupança poupança poupança
PEPP PEPP PEPP
de
taxas
responsabilidades iliteracia
responsabilidades responsabilidades liquidez
yields
iliteracia
iliteracia
dívida
dívida
dívida
dívida
regulação regulação guerra
guerra
regulação
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 155

DE TRANSFORMAÇÃO

JOÃO EUFRÁSIO AGEAS PENSÕES

“ESTE NOVO CONTEXTO VAI MARCAR OS PRÓXIMOS ANOS E PROMOVER NOVAS ALTERAÇÕES NA FORMA DE ABORDAR OS INVESTIMENTOS”

RITA MONTE PEGADO CGD PENSÕES

“É EXPECTÁVEL QUE NUM FUTURO PRÓXIMO POSSAM OCORRER ALTERAÇÕES NA SEGURANÇA SOCIAL QUE IRÃO FORÇAR A CONSTITUIÇÃO DE POUPANÇAS PARA A REFORMA”

condicionados pelas crises financeiras e de dívida soberana que os antecederam”. A intervenção dos bancos centrais tam bém lhe vem à memória. Elenca mesmo que “o principal desafio que os gestores de fundos de pensões enfrentaram nos últimos anos foi o domínio da arte de navegar entre bancos centrais predis postos a manter o status quo, perpetuan do níveis de taxas de juro artificialmente baixos, ao mesmo tempo que os gestores mantinham adequados os níveis de risco das suas carteiras”.

É a esses mesmos desenvolvi mentos que recua também João Pina Pereira, administrador executivo da GNB Gestão de Ativos. O profissio nal da entidade aponta dois eventos que foram essenciais na gestão de fundos de pensões. Por um lado, há

10 anos, o muito famoso whatever it takes de Mário Draghi. O segundo, em 2015, foi o quantitative easing, também mencionado por João Eu frásio. Como resultado de ambos os eventos, João Pina Pereira recorda que “tivemos taxas de juro indicati vas negativas pela primeira vez, e um muito significativo encurtamento dos spreads de crédito, especialmente da dívida pública periférica”.

Rita Monte Pegado, diretora ad junta da CGD Pensões, vai mais lon ge, e para além dos acontecimentos de mercados, fala da “iliteracia financeira associada a taxas de substituição de sa lários por pensões que têm permitido fazer face ao nível de vida na reforma”, e que “conduziram a baixas taxas de constituição de poupanças para a refor

ma”. Por outro lado, aponta “o aumen to da carga de reporte e prestação de informação decorrentes de alterações regulatórias, num negócio com pouca escala”, como um desafio nas funções que executaram na última década.

OPORTUNIDADES, MAS...

As alterações regulatórias não ficam, no entanto, no passado. Aliás, João Pina Pereira aponta mesmo que um dos desafios que se seguem no médio prazo, será precisamente o da maior carga de regulação, ao mesmo tempo que se espera uma “maior clarificação do que é investimento sustentável”.

Neste exercício de olhar para um fu turo a 10 anos, Rita Monte Pegado não deixa de fora da equação a Segurança Social. As alterações que vão acontecer

UMA DÉCADA
ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
156 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO PRODUTOS INSTITUCIONAL

JOÃO PINA PEREIRA GNB GESTÃO DE ATIVOS

“MAIS REGULAÇÃO E UMA MAIOR CLARIFICAÇÃO DO QUE É O INVESTIMENTO SUSTENTÁVEL SÃO AS NOSSAS PRINCIPAIS EXPETATIVAS PARA O FUTURO PRÓXIMO”

no sistema, acredita, “irão forçar a cons tituição de poupanças para a reforma”, e se a esse nível estiverem associados “verdadeiros incentivos fiscais, poderá constituir-se uma oportunidade para este negócio”. Não esquece também os PEPP (Produto Individual de Reforma Pan-europeu). Na opinião da direto ra adjunta, a entrada destes produtos comunitários regulados no mercado “poderá também ser uma oportunidade para dinamizar este mercado”.

Para João Eufrásio, o facto de nos últimos 10 anos se ter injetado muita li quidez no mercado, com o crescimento exponencial dos balanços dos Bancos Centrais, levou à “redução do retorno esperado nas classes de ativos tradicio nais”. Poucas alternativas de investi mento foram deixadas “em carteiras

onde a taxa de juro tem um papel pre ponderante na cobertura das respon sabilidades”. Num cenário que, como diz, “nunca foi verdadeiramente rever tido”, existiu a necessidade de “rever ou alterar alguns dos pressupostos de investimento dos fundos de pensões”. Com o novo contexto de uma guerra na Europa, inflação elevada e taxas de juro a crescer, o profissional vê muitos desa fios no horizonte. “Este novo contexto vai, sem dúvida, marcar os próximos anos e promover novas alterações na forma de abordar os investimentos”.

Sem bola de cristal na mão, a verda de é que o tom que paira no ar é de que a próxima década não será menos desa fiante do que a anterior. Daqui a 10 anos, que soundbites estaremos a recordar dos responsáveis dos bancos centrais?

QUEDAS CRIAM OPORTUNIDADES PARA INVESTIDORES QUE PERMANECEM CALMOS

As bolsas de valores de todo o mundo entraram em território de queda. O MSCI ACWI desceu mais de 20% durante os seis meses que terminaram a 30 de junho de 2022. Hoje, muitos investidores estão focados na probabilidade de uma recessão e de mais dor.

Ninguém sabe quando esta queda vai acabar, mas estou confiante que acabará, por isso encorajo-vos a não se deixarem levar pelo pessimismo. Se tomarmos boas decisões em tempos de stress, podemos potencialmente estabelecer os próximos anos para obter fortes retornos.

Atualmente, há economistas ponderados e experientes e investidores profissionais que lhe podem dar argumentos bem fundamentados sobre a razão deste bear market, dos problemas económicos serem diferentes, e porque é que desta vez as coisas podem piorar. Mas enquanto alguns poderão dizer: “Desta vez é diferente”, a nossa mensagem é: “Já vimos isto antes”.

Não sei se a atual queda terá lugar no panteão dos antigos bear markets. Mas o que sei é que todos os períodos de queda acabaram e o mercado recomeça.

Com o tempo, os mercados financeiros têm demonstrado uma capacidade notável de antecipar um amanhã melhor, mesmo quando as notícias de hoje são negativas. Embora ninguém possa prever o futuro e nenhum declínio do mercado seja igual, já experienciamos isto antes e aprendemos a sobreviver e a prosperar quando os mercados começam a recuperar.

DON O’NEAL Gestor de carteiras, Capital Group
A OPINIÃO DE
RAP
T
REN
PAR T NER
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 157

SOB QUE ALICERCES SE CONSTRUIU O MERCADO DE FUNDOS IMOBILIÁRIOS NOS ÚLTIMOS

10 ANOS?

Mudanças legislativas, questões sobre a tipologia de fundos, altos e baixos no montante gerido: muita coisa se viveu na construção do mercado de fundos imobiliários na última década. Mostramos-lhe um resumo, que pode dar pistas para as questões que vão surgir nos próximos 10 anos.

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
PRODUTOS ALTERNATIVOS 158 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO

27 DE NOVEMBRO DE 2013

Fundos de investimento imobiliário: a falta de oportunidade na redução de IMI e IMT

De 2012 a 2022 muito acon teceu. E no campo dos fundos imobiliários na cionais não foi exceção.

Mudanças regulatórias e fiscais acabaram por ter influência nes tes produtos, mas a própria conjuntura - nomeadamente as políticas mone tárias em vigor nesta última década - também marcou a vida e a evolução dos fundos imobiliários.

Neste artigo, recordamos-lhe como é que os players do mercado enfren taram estes 10 anos, mas também as principais novidades que foram im pactando este setor.

REDUÇÃO PARA METADE DA ISENÇÃO DE IMI E IMT - 2014

Uma das alterações mais marcantes no panorama dos fundos imobiliários du rante este período, pode-se dizer que

7 DE JUNHO DE 2014

presente “envenenado” da regulação: o que se espera de 2014

foi a redução para metade do IMI e do IMT sobre os imóveis detidos/ad quiridos pelos fundos abertos e fundos fechados de subscrição pública (ante riormente estes imóveis usufruiam de isenção total destes impostos), corria o ano de 2014.

A verdade é que as sociedades de ad vogados que iam sendo consultadas pela FundsPeople, ainda a proposta apenas constava do Orçamento de Estado para esse ano, já davam conta do insucesso que a medida representaria. “Quem acabará por ser indiretamente atingido por esta alteração serão os particulares que investiram as suas poupanças neste tipo de fundos e que suportarão a menor rentabilidade dos mesmos”, referia An tónio Castro Caldas, advogado da Uría Menéndez Proença de Carvalho.

Em 2014, a FundsPeople reunia pela primeira vez numa mesma re

O
https://bit.ly/3y6pym5 https://bit.ly/3SrGBXE A REDUÇÃO PARA METADE DO IMI E DO IMT (FACE À INSENÇÃO TOTAL) SOBRE OS IMÓVEIS DETIDOS OU ADQUIRIDOS PELOS FUNDOS FOI UM DOS MOMENTOS MAIS TENSOS DA DÉCADA SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 159

portagem os principais players des ta indústria, e este foi um dos temas abordados. Por exemplo, António Serralha Ferreira, da Silvip, assinalava que o impacto destas medidas fiscais representaria uma redução de cerca de 0,1% nas taxas de rentabilidade anual dos produtos.

Mas esta não era a única dificuldade que o mercado enfrentava. Da entidade falavam também da falta de liquidez, da dificuldade em atrair investidores e das sucessivas alterações fiscais.

QUEDA DE ATIVOS

Em 2015, os ativos geridos pelos fun dos imobiliários não apresentaram a sua melhor forma. Aliás, o decrésci mo no volume gerido vinha a decair desde 2014, e manteve-se durante boa parte do ano seguinte. O que jus tificava estas quedas? Como resolver

este cenário? No terceiro trimestre de 2015, as entidades falaram à Funds People num artigo da Revista. Falta de constituição de novos fundos e liquidação de um volume significativo de produtos apareciam como razões, mas não eram as únicas. A indústria falava também da própria conjuntura. Existiam dificuldades no mercado de construção imobiliária, e algumas alterações legislativas eram prejudiciais. Contudo, havia espe rança. Referiam que o Novo Regime Fiscal dos Fundos e as alterações fei tas nos regulamentos dos Organismos de Investimento Alternativo podiam trazer alguma atratividade, mais con cretamente ao nível do investimento estrangeiro, com a introdução de be nefícios fiscais. Outro marco impor tante, diziam, foi a tributação à saída nos fundos, na esfera do participante,

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 VÁRIAS DIFICULDADES FORAM SENDO REPORTADAS PELOS PLAYERS AO LONGO DOS ANOS: FALTA DE LIQUIDEZ OU DIFICULDADE EM ATRAIR INVESTIDORES, FORAM ALGUMAS
REVISTA Nº4 Adaptação e criatividade na rota das gestoras de fundos imobiliários
160 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO PRODUTOS ALTERNATIVOS

Imobiliários

“Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”

à semelhança do que acontecia com os mobiliários.

DIFERENÇAS DE REGIMES, FUNDOS FECHADOS VS. ABERTOS E REITS

A verdade é que a sobrevivência e as caraterísticas da indústria de fundos de investimento imobiliários sempre foram sendo amplamente debatidas entre os vários players. Por exemplo, em 2017, Manuel Puerta da Costa, da BPI GA, aquando da decisão do Brexit no Reino Unido, fazia um exercício de comparação com o regime por tuguês, abordando a questão dos fundos imobiliários abertos vs. fe chados, um paradigma desde há muito comentado na indústria. “A escolha de fechar um fundo de investimento imobiliário deve ser entendida à luz da necessidade de se classificar este

veículo (OIC) como um instrumento de investimento de longo prazo, para captação de poupança de longo prazo, num ativo que tem um ciclo longo de investimento e retorno”, referenciava.

Depois de um debate que durou ain da alguns anos, o mercado assistiu em 2019 à aprovação em território nacional do regime das SIGI, o equivalente ao REIT (Real Estate Investment Trust) em Portugal. Entre as entidades ges toras de fundos imobiliários o tema foi sendo interpretado com poucas certe zas. Num pequeno-almoço realizado no início desse ano, Rui Alpalhão, da Fun dBox, tinha dúvidas sobre a eficácia do produto, não acreditando que existisse “uma base de investidores que acorra ao mercado para subscrever o veículo”. Olhar semelhante tinha Pedro Coelho, da Square AM, que numa conferên cia sobre imobiliário, destacou de

REVISTA Nº10 Pedro Coelho (Square AM): “Só quando os REIT tiverem um track record demonstrado, é que os investidores particulares alocarão poupanças a esses veículos” https://bit.ly/3fyagjC REVISTA Nº17, “To close or not to close”
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 161

OPINIÃO

DE TRANSFORMAÇÃO

forma contundente: “No caso dos in vestidores particulares e de baixo rendi mento, só daqui a muitos anos – quando os REITs já tiverem o devido track re cord – é que poderão aplicar pequenas poupanças nesses veículos”.

DESCORRELACIONAR

Em 2020, mais um desafio para o setor: a pandemia chegou, e o papel do imo biliário nas carteiras ganhou outros contornos. Nesse mesmo ano, preci samente Pedro Coelho falava-nos da necessidade de encarar o imobiliário como uma classe de ativos alternati va e não correlacionada. “Mais uma vez o imobiliário irá surgir como uma

classe de refúgio para toda a espécie de investidores”, referia.

Na mesma tónica, e já em 2022, com o panorama de política monetá ria a mudar, discutiu-se numa mesa redonda protagonizada pela Corum AM, como é que o imobiliário se pode comportar e ter um papel de relevância nas carteiras. E a conclusão foi só uma: o papel do imobiliário é, por esta al tura, muito relevante.

Posto isto, é certo que não sabemos como é que esta classe de ativos se com portará no futuro, mas este resumo dos últimos 10 anos leva-nos a crer que o mercado de fundos imobiliários está, talvez, mais vivo do que nunca.

A POLÍTICA MONETÁRIA DOS BANCOS CENTRAIS MARCA O RITMO DO RENDIMENTO FIXO

Nos últimos anos, a política monetária dos bancos centrais concentrou-se em fornecer liquidez ao setor corporativo através de baixas taxas de juro e compras de títulos.

No entanto, o primeiro semestre do ano foi marcado por uma elevada volatilidade e fortes correções nas várias classes de ativos, bem como pelo aumento da inflação com a qual os bancos centrais estão a lidar com subidas contínuas das taxas de juro.

O rendimento fixo, o ativo mais conservador por definição, também não conseguiu escapar do atual ambiente de mercado que muitos definem como uma possível recessão. A diversificação entre classes de ativos torna-se mais importante em ambientes de incerteza e correções, e apesar de ser um ativo punido, existem segmentos do rendimento fixo que podem ajudar-nos a otimizar os nossos portefólios.

Em linha com o exposto, atualmente optamos por floating bonds. Neste tipo de obrigações, o cupão é reposto trimestralmente, tornando a obrigação insensível aos movimentos das taxas de juro.

Outro fator a ser considerado é o prazo médio da carteira. Quanto menor o vencimento, menor o impacto de uma potencial destruição do mercado, já que o título, à medida que o vencimento se aproxima, tende a ser negociado ao par, de modo que a sua queda de preço será menor e a sua recuperação mais rápida.

UMA DÉCADA
ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21
A
DE RAPTREN PAR T NER
ISABEL DE LINIERS, Vendas sénior, DWS Ibéria
REVISTA Nº32 O imobiliário como classe de ativos alternativo e não correlacionado 7 DE JUNHO DE 2022 Inflação e taxas de juro crescentes: qual o papel do imobiliário? https://bit.ly/3T1YvR1 PRODUTOS ALTERNATIVOS 162 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÕES ESTRUTURAIS NA INDÚSTRIA DOS OIC

Nos últimos 10 anos, Portugal tem passado por várias alterações estruturais. Como é que essas alterações se vão acentuar na próxima década?

Aúltima década veio acelerar, de uma forma significativa, o que já se previa ser uma mu dança disruptiva no setor financeiro em ge ral e Portugal não fugiu à regra.

Na sequência da crise financeira de 2008 (seguida da entrada da Troika em 2011), assistimos a uma década de juros estrutural e historicamente baixos (mui tas vezes negativos), só recentemente interrompidos pela subida da inflação (excessiva face ao propósito da polí tica monetária), também decorrente da pandemia e da interrupção das cadeias de abastecimento, assim como do conflito na Ucrânia.

É neste enquadramento que, em Portugal, se podem ob servar alterações estruturais e significativas nesta indús tria, alterações essas que, na nossa opinião, se irão acen tuar na próxima década.

Para termos uma ideia, vejamos o volume e o ranking das cinco principais sociedades gestoras por categoria:

1. Fundos de Pensões

2. Fundos de Investimento Mobiliário

3. Fundos de Investimento Imobiliário

Da informação apresentada, podemos retirar várias con clusões:

1. Nos FP e FIM, os ativos sob gestão praticamente dupli caram nos últimos 10 anos. Na nossa opinião, isto deve -se ao aumento da liquidez disponível e da poupança, por via do efeito das taxas de juro e dos depósitos a prazo a zero.

2. A estabilização dos volumes dos FII ficou a dever-se à desvalorização dos ativos em fundos de reestruturação e não valorização em ativos predominantemente de serviços (não residenciais), bem como à liquidação de fundos ligados a bancos extintos ou intervencionados.

3. Se em 2011 em todas as categorias de OIC, o Top 5 era composto por sociedades gestoras cujo acionista principal era o banco, em 2022 a liderança nos FP e FII e vice-liderança nos FIM pertencem a entidades inde pendentes dos grupos bancários e que apresentam, de forma consistente, bons números de gestão.

4. Finalmente, importa salientar que em 2011 o maior FIM em volume era um FEI de Obrigações com cerca de 500 milhões de euros. Mais de 10 anos depois (2022) encontramos um Fundo de Ações Global que vale cer ca de 2.000 milhões de euros.

Foi neste contexto de profundas mudanças que a revista FundsPeople surgiu há 10 anos. Com rigor e transparên cia, preencheu um espaço que o mercado já ansiava há muito e até exigia, passando a ser uma publicação de referência.

Numa altura em que temos uma guerra na Europa, uma inflação em máximos de 30 anos, é por demais evidente que, mais do que nunca a informação referente às apli cações das poupanças é fundamental para se tomarem as decisões mais acertadas.

Estamos certos de que daqui a 10 anos, quando se efe tuar o balanço da década seguinte, algumas das tendên cias atrás verificadas irão acentuar-se.

SOC. GESTORA DATA 12/11 SOC. GESTORA DATA 06/22 Pensões Gere 3 864 Ageas Pensões 6 439 CGD Pensões 2 074 CGD Pensões 4 408 BPI Pensões 1 573 BPI Pensões 3 297 ESAF 1 547 GNB - SGFP 2 559 SGFP B Portugal 1 260 SGFP B Portugal 2 172 Mercado 12 775 Mercado 23 125
SOC. GESTORA DATA 12/11 SOC. GESTORA DATA 06/22 Caixagest 2 490 Caixa GA 6 171 ESAF FIM 2 381 IM GA 3 692 BPI GA 1 795 BPI GA 2 968 Santander GA 1 396 Santander AM 2 796 Millennium GA 937 GNB Fundos Mobiliários 754 Mercado 10 817 Mercado 17 296
SOC. GESTORA DATA 12/11 SOC. GESTORA DATA 06/22 Fundimo 1 565 Square AM 1 268 Interfundos 1 129 Interfundos 1 126 ESAF 1 110 GNB Real Estate 922 BPN Imofundos 748 Caixa GA 890 Banif GA 716 BPI GA 628 Mercado 11 267 Mercado 10 527 Fonte APFIPP. Milhões de euros
SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 163 Vice-presidente, Square Asset Management TRIBUNA PEDRO COELHO

FESTA FUNDSPEOPLE

O PONTO DE ENCONTRO DA GESTÃO DE ATIVOS

Só a pandemia de COVID-19 impediu a realização da Festa FundsPeople, que todos os anos reuniu mais de 150 profissionais da indústria num mesmo espaço. De 2012 a 2022, deixamos-lhe os melhores momentos.

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO ANOS ENTREVISTAS MICHAEL KRAUTZBERGER, BLACKROCK PEDRO FERNANDES, HEED CAPITAL NEGÓCIO PORTUGAL- MERCADO TITÃ EM FUNDOS DE INVESTIMENTO ESTRANGEIROS ESTRATÉGIAS OS FUNDOS PORTUGUESES MAIS RENTÁVEIS NA ÚLTIMA DÉCADA ESTILO VOLTA AO MUNDO EM 10 ANOS 10 ANOS DE FESTA FUNDSPEOPLE NÚMERO 46 SETEMBRO E OUTUBRO 2022 27/09/2022 12:21 COM ESTILO FESTA
2012 164 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
2013 2014 SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 165
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2017 2018 SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 167
2019 2022 COM ESTILO FESTA 168 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO
To find out more, email: sales.esp@morningstar.com Learn more: https://www.morningstar.com/ en-uk/company/mifid-iiregulation Need help complying with MiFID II Sustainability Preferences? From 2 August 2022, a client’s sustainable preferences must be included in the suitability process. Morningstar can help you navigate these upcoming changes. The core MiFID II principles of investor protection, transparency, governance, and now sustainability, are fundamentals of our company mission. Let’s seize this new compliance opportunity to transform your business for the future. ©2022 Morningstar nc. All rights reserved.

A VOLTA AO MUNDO

10 ANOS

São 39 os profissionais da indústria da gestão de ativos que nos últimos 10 anos nos contaram as suas experiências nos mais variados cantos do mundo.

SUDOESTE

CARLOS PINTO

OMAHA

EMÍLIA VIEIRA

ARGENTINA

DUARTE

SANDRA COSTEIRA

PATAGÓNIA

ZIMBABWE

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EM
GALIZA Nº 3 PAULO GUERREIRO Espírito Santo Invesment Bank AÇORES Nº 16 JORGE SILVEIRA BOTELHO Diretor de investimentos, BBVA AM Portugal SÃO MIGUEL Nº 41 INÊS FERNANDEZ Responsável de Produto e Marketing, Santander AM ILHA DA MADEIRA Nº 45 SOFIA JESUS MARQUES Gestora de carteiras júnior, BPI GA MARRAKECH Nº 2 PEDRO COUTINHO Administrador, Patris Investimentos SÃO TOMÉ Nº 20 CATARINA ROSEIRA Responsável de Investimento e Marketing, Private Banking, Santander Totta COSTA RICA Nº 30 ISABEL HROTKO Analista, DWM do Millennium bcp ÁFRICA NEGRA Nº 17 ALEXANDRE CASTRO NUNES Responsável de Vendas, Invesco Portugal
E MOÇAMBIQUE Nº 26 INÊS CASTRO DWM - WMU - seleção de fundos, Millennium bcpARGENTINA Nº 27
Gestora de carteiras sénior, Gestão Discricionária, GNB GA
E CHILE Nº 9 RICARDO
SILVA Gestor e selecionador de fundos, CA Gest LONDRES Nº 13 JOÃO FREIRE Vendas para Portugal, Allianz Global Investors ISLÂNDIA Nº 40 TATIANA MONTEIRO Gestora de clientes, Capital Strategies Partners LUBERÓN Nº 2 CLAIRE TEIXEIRA Administradora, Optimize Investment Partners FORMENTERA Nº 2 SANDRA COSTEIRA Gestora de fundos UnitLinked, ESAFInvestors NOVA IORQUE Nº 21 LUÍS CARVALHO Diretor de investimentos, Crédito Agrícola Gest
DOS EUA Nº 12
FERREIRA Direção de Investimentos, IMGA
Nº 39
Chairman & CEO, Casa de Investimentos
Nº 34 ANDREIA LOURENÇO BRITO Analista financeira da direção de Private Banking, Banco BPI 170 FUNDSPEOPLE I SETEMBRO E OUTUBRO ESTILO DE VIDA VIAGEM

ZURIQUE

CAMINHOS

IRÃO

CATARINA ROSEIRA Gabinete de

de

TURQUIA

CÓRSEGA

ÁFRICA

JOÃO

ZANZIBAR

DUBAI

JOÃO CAIANO

Banking,

Totta

JAPÃO Nº 35

JAPÃO Nº 38 MARGARIDA GONÇALVES

Analista financeira - Private Banking Internacional, Banco BPI

ITÁLIA

MACAU

22

PAULO PACHECO Direção de mercados financeiros, BPG

ESTÊVÃO OLIVEIRA Equipa de Análise Quantitiva de Gestão de Ativos, Haitong CHINA Nº 28

ANTÓNIO MELLO CAMPELLO Sócio, Bluecrow Capital Partners

JAPÃO Nº 8 SALVADOR ROQUE DE PINHO Banqueiro privado, Credit SuisseSucursal Portugal

JAPÃO Nº 33 CRISTIANA TORRES Gestão Discricionária, Departemento de Investimentos Mobiliários, GNB Gestão de Ativos

VIETNAME

SYDNEY Nº 29

ADELAIDE MARQUES CAVALEIRO Diretora executiva, BBVA AM Portugal

Nota: a empresa que é indicada é a entidade onde o profissional trabalhava na altura da reportagem.
Nº 2 MIGUEL SILVA Gestor, Popular Gestão de Ativos
DE SANTIAGO E MAR VERMELHO Nº 44 DIOGO GOMES Sénior CRM, UBS AM Iberia
Nº 45 LUÍS DIAS Diretor, Square AM
Nº 24 ANA ONOFRE Gestora de investimento indireto, Montepio Gestão de Activos VENEZA Nº 2 ANA ONOFRE Equipa de ações, Montepio Gestão de Activos
Nº 18 LUÍS SANCHO Gestor de carteiras, BBVA AM Portugal
Nº 36 MIGUEL TALEDO DE SOUSA Diretor de Investimentos, Bankinter GAPartners
Nº 32 MARTA CARVALHEIRO Diretora executiva, Haitong BankInvestors
DO SUL E QUÉNIA Nº 31
CARO SOUSA Gestor de carteiras, BPI Gestão de Ativos
Nº 43
Sócio-diretor, Task Wealth Management
Nº 10
gestão
ativos do Private
Santander
NAMÍBIA Nº 37 ARTUR VIEIRA Analista de investimentos sénior, Mercer SETEMBRO E OUTUBRO I FUNDSPEOPLE 171

Investir num mundo melhor

Foco nos fatores ambientais, sociais e de governação corporativa (ESG) para melhorar os resultados dos clientes e impulsionar mudanças positivas.

Agimos de acordo com o princípio de que onde investimos hoje vai determinar o mundo no qual viveremos amanhã.

Capital em risco.

The power of investment

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