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Barómetro na Europa OS AVANÇOS E RECUOS DO MERCADO EUROPEU DE FUNDOS

A indústria europeia de fundos começou 2022 a valer 13,5 biliões de euros, mas com adversidades como a inflação, a subida de taxas ou o impacto da guerra, acabou por fechar dezembro com menos 1,62 biliões de euros.

2022 foi palco de alguns dos acontecimentos mais marcantes do primeiro quarto do século XXI. O regresso da guerra à Europa ou a morte da ilustre Rainha Isabel II, são apenas alguns exemplos. Também em 2022, o terceiro ano de Christine Lagarde à frente do BCE, foi levado a cabo o início do tapering, a par daquela que foi primeira subida de taxas em 11 anos e a mais agressiva dos últimos 20.

Num ano tão eventful os dois últimos meses não fugiram a esta tónica. Em novembro, a Reserva Federal voltou a subir as taxas em 75 pontos base numa altura em que o país se aproximava das eleições intercalares que acabaram por deixar o Congresso dividido. Porém, os dados relativos à inflação restauraram a esperança de um abrandamento do ritmo de subidas do banco central.

E, em dezembro, a Fed não desiludiu. Após meses de subidas agressivas de 0,75%, no último mês do ano cumpriu um aumento de 50 pontos base. Deste lado do Atlântico, o Banco Central Europeu seguiu a mesma tendência do seu congénere americano e acal-

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*Os dados do Luxemburgo incluem os fundos domiciliados em Dublin. Os monetários dinâmicos incluem-se em outros.

A pergunta que todos fazemos ao iniciarmos este novo ano é se a inflação começará a diminuir à medida que a atividade económica abranda. Se assim for, os bancos centrais deixarão de aumentar as taxas ao ritmo do ano passado e as recessões, se ocorrerem, serão provavelmente mais moderadas. Se a inflação não começar a abrandar, estaremos perante um cenário mais difícil. Felizmente, acreditamos que já há sinais convincentes de que as previsões inflacionistas estão a diminuir e que assim continuarão em 2023. É possível que a inflação não regresse rapidamente aos 2%, mas pensamos que os bancos centrais ficarão satisfeitos por abrandar o ritmo, desde que a inflação vá na direção certa. No nosso cenário central pensamos que em 2023 continuaremos num contexto de desaceleração do crescimento económico a nível global devido às condições financeiras mais restritas, a uma política fiscal menos favorável nos EUA, a incertezas geopolíticas e à perda do poder de compra das famílias. Como nos mantemos num contexto invulgar, continua a ser importante, como sempre, estar atento aos riscos que possam surgir.

mou o ritmo das subidas de taxas para 50 pontos base.

Com a inflação longe de estar controlada e com os restantes obstáculos enfrentados ao longo do ano, o mercado europeu de fundos ressentiu-se. Embora tenha começado 2022 a valer 13,5 biliões de euros, acabou por cair para valores de 2020. Em dezembro, a indústria valia 11,8 biliões de euros, o que se traduz num retrocesso de 14,81% face a janeiro. Se olharmos para a distribuição de captações nos meses em análise, as notícias são mais animadoras, já que a maioria se encontra em terreno positivo, o que nem sempre aconteceu ao longo do ano.

Ishares Brilha

Em novembro e dezembro, voltou a ser claro o interesse dos investidores pelos fundos de gestão passiva, em particular pelos produtos da iShares. Quer no domínio das ações, quer no das obrigações, a entidade conseguiu captações líquidas que catapultaram vários dos seus fundos para o Top 10 dos produtos que mais captaram a nível europeu. No somatório dos dois meses, a entidade alcançou os 3.597 milhões de euros no segmento das ações e 5.637 milhões de euros no campo das obrigações.

Do lado dos multiativos e outros, há uma maior dispersão de fundos e de temáticas. Alguns dos preferidos investem em ouro, alumínio, energia ou petróleo. Contudo, o Allianz Income and Growth, um produto sob a alçada da Allianz Global Investors, continua a ser um dos fundos que mais subs- crições líquidas encaixa. No conjunto dos dois meses, chegou aos 817 milhões de euros.

As Tr S Grandes

Olhando para as gestoras, é claro o destaque da J.P. Morgan AM no segmento que inclui os monetários. No total, a firma americana encaixou 24,323 milhões de euros em novembro e dezembro.

No caso do segmento que exclui os monetários, a iShares e a Mercer Global Investments dividiram espaço sob as luzes da ribaltaEm novembro, o braço de ETF da BlackRock destacouse ao captar 8,718 milhões de euros. Em dezembro, foi a vez da Mercer brilhar ao conseguir captações na ordem dos 5,825 milhões de euros.

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