Relatório de monitorização universidade de aveiro 2015

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quadrados intervencionados (sobretudo ao nível do estrato 3);  Na zona de Caifás, nomeadamente na maior mancha de Pittosporum undulatum, observa-se uma excelente recuperação do subcoberto, com uma grande germinação de espécies nativas. Por outro lado, as plantações que têm sido levadas a cabo pela FMB, também apresentam um bom estado vegetativo, pelo que no conjunto, esta área fortemente intervencionada, parece apresentar bons sinais de recuperação ecológica;

cobertura significativa de musgos, que possivelmente aumentam a humidade do solo, favorecendo este tipo de correlação;  Em áreas limítrofes intervencionadas, há ocorrência de novas invasoras: Phytolacca americana e Conyza canadensis, sobretudo no Pinhal do Marquês;  À data do presente relatório, verifica-se a ocorrência de muitos exemplares (previamente descascados) já completamente secos e em risco de queda, que deverão ser objeto de remoção;

Até à data, relativamente à Tradescantia fluminensis, os levantamentos de coberturas de vegetação pósintervenção, realizados em todos os quadrados de 1m2 instalados na FR, permitiram observar através do tratamento estatístico em IBM SPSS Statistics 20, algumas diferenças significativas entre a % de cobertura pré-intervenção e pós-intervenção. No entanto, 9 meses após a ultima análise estatística, começam a surgir novos dados que levarão provavelmente a outros resultados estatísticos e/ou a novas interpretações. Neste sentido, no presente relatório, optou-se por indicar algumas evidências observáveis, e que atualmente podem ser classificadas como pontos fortes e pontos fracos (Tabela 1).

O ensaio relacionado com a realização de “camas” de Tradescantia fluminensis previamente arrancada e removida do solo (Foto 8), está a ser analisado, no sentido de perceber se esta técnica (que agiliza o trabalho moroso de remoção do material arrancado), trará implicações negativas na re-invasão. No entanto, e uma vez que as pilhas de material orgânico são reviradas periodicamente (a fim de evitar progressões vegetativas), aguarda-se pela evolução desta metodologia.

Para os quadrados de 100m2, onde são monitorizadas as invasoras em comunidades florestais, e após se ter verificado, através do último tratamento estatístico, uma ligeira tendência para algumas alterações da percentagem de cobertura do coberto arbóreo, os levantamentos mais recentes efetuados durante este ano, mostram algumas evidências abaixo indicadas:

Na lista das invasoras monitorizadas que parecem evidenciar maiores dificuldades de controlo, nomeadamente os indivíduos de média/grande dimensão, continua a evidenciar-se Prunus laurocerasus que até à data evidencia bom estado vegetativo após as ações de descasque, e Ailanthus altissima que após arranque manual de todos os indivíduos presentes no quadrado FR15, apresenta (após 5 meses) diversos exemplares de pequena dimensão a germinar novamente.

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) 3º RELATÓRIO DE MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DE RESULTADOS [AÇÃO E.2 ] p. 105


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