Boletim #3 | Em defesa da Greve Geral

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PARA DERRUBAR AS “REFORMAS” DE TEMER E DO CONGRESSO

30 DE JUNHO É GREVE GERAL! O

desemprego em massa, os serviços públicos cada vez mais sucateados e o preço dos alimentos nas alturas estão destruindo a já penosa vida dos trabalhadores. Segundo o IBGE, somos mais de 14 milhões de desempregados. Raro quem não tem na família algum parente em busca de emprego. E raros são aqueles que seguem no mercado de trabalho sem o medo constante da demissão, redução salarial e cortes nos direitos trabalhistas. Caso as contrarreformas da previdência e trabalhista sejam aprovadas, como pretende o governo ilegítimo de Temer e o Congresso Nacional, a situação será ainda pior. Ficará mais difícil se aposentar e mais difícil preservar os mínimos direitos conquistados após anos de luta (leia no verso!). Mas, felizmente, nos últimos meses a indignação da população contra uma crise que recai apenas sobre o povo vem se transformando em protestos nas ruas e nos locais de trabalho. Nos dias 15 e 31 de março, importantes paralisações nacionais envolveram trabalhadores de diversos cantos do país, abrindo caminho para a construção da maior greve nacional já realizada nos últimos 20 anos, em 28 de abril. Greve esta que abriu caminho para outra mobilização, a ocupação de Brasília, no último dia 24 de abril, que reuniu mais de 100 mil pessoas. No entanto, se queremos derrotar Temer e suas contrarreformas precisamos de muito

mais. Por isso, devemos nos dedicar a fundo na construção da GREVE GERAL de 30 de Junho, que tem a participação e organização de todas as centrais sindicais brasileiras. É muito importante que esta nova Greve Geral seja ainda mais forte que a realizada no dia 28 de abril. Além de causar impacto nas cidades, com a paralisação de serviços como transporte público, bancos, escolas e repartições públicas, é importante que dessa vez os trabalhadores também afetem, em cada local de trabalho, a produção. Ou seja, o lucro dos patrões os maiores interessados na aprovação das contrarreformas. Nesse sentido, aumenta a responsabilidade de todas as entidades sindicais para o trabalho de preparação da greve em suas categorias. Todos os caminhos possíveis para tentar dialogar com o governo já foram percorridos e não surtiram efeito. Não há espaço para diálogo, somos ignorados ou, pior ainda, recebidos com uma brutal violência policial quando nos manifestamos. Sem qualquer autoridade política e moral para impor os ajustes que vem tentando aplicar, Temer e este Congresso não têm mais condições de governar os rumos do país. É preciso que a classe trabalhadora entre em cena com a melhor ferramenta que temos para barrar os ataques: a greve geral! POR ISSO, DIA 30 DE JUNHO VAMOS PARAR O BRASIL!

Muitos devem se perguntar: se não é possível confiar no governo, no Congresso, no Senado, e nem mesmo na Justiça, em quem confiar? Em nós mesmos, respondemos. Só a luta nas ruas e nos locais de trabalho podem barrar o desmonte de nossos direitos. Eles são centenas, nós somos milhões. Um punhado de políticos corruptos não falam em nosso nome, não nos representam. Só a luta muda a vida!

JUNHO DE 2017 | INFORMATIVO DA FRENTE SINDICAL CLASSISTA DA BAIXADA SANTISTA

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“AS REFORMAS”

SAIBA COMO TEMER ARTICULA ATAQUES À APOSENTADORIA E DIREITOS TRABALHISTAS COM A REFORMA DA PREVIDÊNCIA, homens e mulheres só poderão se aposentar quando tiverem 65 anos. Hoje, é possível a mulher se aposentar aos 55 e homens aos 60. Igualando a idade, a mulher será ainda mais prejudicada. Além disso, para se aposentar terá de comprovar pelo menos 25 anos de contribuição. Hoje, a exigência é de 15 anos. O pior é que só terá direito ao benefício integral quem, com 65 anos, comprovar que também contribuiu 49 anos à Previdência, de forma ininterrupta. Além disso, trabalhadores rurais, trabalho insalubre e em condições especiais, pessoas com deficiências

e aposentadorias por incapacidade perderão aposentadoria especial. Na proposta do Governo, não será mais possível acumular aposentadoria e pensão por morte, por exemplo. A REFORMA TRABALHISTA acaba com direitos históricos. Ficará estipulado que o negociado, entre patrão e sindicato, irá se sobrepor ao legislado, à lei. Com isso, será o fim da CLT. Os patrões terão caminho livre para impor acordos prejudiciais aos trabalhadores. No caso do banco de horas individual, o que era ruim vai ficar pior. Hoje, o banco de horas é coletivo. Com a reforma, a empresa poderá pressionar

individualmente os trabalhadores a aceitarem o banco de horas. Além disso, os trabalhadores poderão ficar à disposição do patrão o dia todo e receber só o que ele considerar que tenha sido trabalho efetivo. A TERCEIRIZAÇÃO PRECARIZA O TRABALHO. E agora foi aprovada uma lei que “libera geral”. Foi legalizado terceirizar atividades fim. Na prática, significa trabalho com salários mais baixos, maior jornada, menos direitos trabalhistas e péssimas condições de trabalho, resultando em mais acidentes, doenças e mortes por acidente de trabalho. Reformas? Não, ataques!

DEPUTADOS FEDERAIS DA REGIÃO TRAEM OS TRABALHADORES! ELEITOS COM OS VOTOS E A BOA FÉ DE ELEITORES DA BAIXADA SANTISTA, BETO MANSUR (PRB), JOÃO PAULO PAPA (PSDB) E MARCELO SQUASSONI (PRB) VOTAM A FAVOR DOS ATAQUES AO POVO

BETO MANSUR (PRB)

JOÃO PAULO PAPA (PSDB) MARCELO SQUASSONI (PRB)

O governo Temer vem contando com o apoio irrestrito, e vergonhoso, dos deputados federais eleitos pelo povo da Baixada Santista. Em todas as votações já realizadas sobre as reformas da previdência e trabalhista, e sobre a já aprovada lei da terceirização, Beto Mansur, Papa e Squassoni vem votando a favor dos ataques contra os trabalhadores. Não esqueceremos e o povo não perdoará. Traídores!

ASSINAM ESTE JORNAL

Associação de Base dos Trabalhadores do Judiciário do Estado de São Paulo - ASSOJUBS; Oposição Servidores Municipais de Cubatão; Oposição Servidores Municipais de São Vicente; Sindicato dos Advogados de São Paulo; Sindicato dos Bancários de Santos e Região; Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista; Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista; Sindicato dos Servidores Municipais de Santos; Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo - SINTRAJUD; Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Judiciário Estadual na Baixada Santista, Litoral e Vale do Ribeira do Estado de São Paulo - SINTRAJUS

ILEGÍTIMO, TEMER NÃO PODE RETIRAR NOSSOS DIREITOS Temer tem 4% de aprovação. O Congresso, cheio de parlamentares envolvidos em esquemas de corrupção, virou um grande balcão de negócios. O Senado, por sua vez, aprovou para o Conselho de Ética da casa senadores investigados na Lava Jato. É muita cara de pau. São esses políticos, sem nenhuma autoridade moral para definir os rumos de nossas vidas, que tentam aprovar as “reformas” que visam única e exclusivamente beneficiar os grandes empresários. A grande maioria não legisla em favor do povo, mas sim para a elite nacional e internacional. E o povo sabe disso: segundo levantamento CUT/Vox Populi, 93% dos brasileiros são contra o aumento da idade mínima de aposentadoria e 80% reprovam a Lei de Terceirização - projetos que visam agradar ao mercado financeiro. Com raras exceções, sabemos que as eleições reproduzem um grande jogo de cartas marcadas. Muitos dos políticos que hoje dizem nos representar são na realidade representantes dos empresários que financiam suas campanhas com cifras milionárias - a maior parte fruto de corrupção, de desvio de dinheiro público. Por sua vez, a elite do Judiciário até agora passa ilesa a toda crise, mas nem por isso merece nossa confiança. O ministro Gilmar Mendes, por exemplo, tem um currículo pra lá de suspeito. Além de sua família fornecer carne para a corrupta JBS, foi revelado que sua ex-mulher assina parecer da defesa de Temer em processo no TSE que julga a cassação da chapa Dilma-Temer. Isso sem falar na relação íntima com o corrupto Aécio Neves. Com isso, fica claro que a Justiça também tem lado e atua politicamente de acordo com os seus interesses, que não é o do povo. Na realidade, atuam para preservar seus próprios interesses e privilégios.


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