Pirituba25 01 2014

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De 24/01 à 30/01/2014

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ANIVERSÁRIO DE PIRITUBA

Pirituba completa 129 anos com destaque para o comércio local

Atendendo o dispositivo da lei municipal nº 9978, de 18 de outubro de 1985, assinada pelo então prefeito Mario Covas, que promulgou o projeto de lei nº 346 apresentado pelo vereador Almir Guimarães em 27 de novembro de 1984, que acolheu a proposta do sociólogo, jornalista, professor e pesquisador Nelson Américo de Godoy, para instituir, no Município de São Paulo, o Dia de Pirituba, a ser comemorado anualmente no dia 1º de fevereiro, com o objetivo de realizar promoções alusivas à relevância e a tradição do distrito de Pirituba. O território de Pirituba abrange em sua maior parte, as áreas então ocupadas pelas Fazendas Anastácio e Jaraguá, além de pequenos sítios, que no início do século XIX despertou o interesse dos pesquisadores estrangeiros, a exemplo do que relata o inglês John Maew, em “Viagem ao Interior do Brasil”, editado em 1813 na Inglaterra

e o missionário norte-americano Daniel Kidder, que permaneceu em nosso país durante 3 anos, e pode relatar sobre a vida e o trato nas fazendas de nossa região. Destaca ele, que o Coronel Anastácio de Freitas Trancoso cultivava além de cereais e café do qual exportava, também chá, mantendo em suas terras plantação superior a 25 mil pés, de todas as idades, de um a dez anos, que davam duas colheitas anuais. O Coronel Anastácio, que distinguiu-se pela sua bravura, serviu o Governo Provisório desde 1823 até a criação dos presidentes de Província em 1824, cultivava mandioca, algodão, banana e cana-de-açucar, além de vinho de fina qualidade. Daniel Kidder também destaca a amabilidade de dona Gertrudes Galvão de Moura Lacerda Jordão, viúva do Brigadeiro Manoel Rodrigues Jordão, proprietário da Fazenda Jaraguá. Mas na história de Pirituba, destacamos desde os seus pri-

meiros tempos, figuras exponenciais, que impulsionaram o seu progresso. Muitas das quais, radicaram-se em Pirituba, e tornariam nomes de destaque na sociedade paulista. Além do Coronel Anastácio e do Brigadeiro Jordão, ressaltamos: Francisco Pinto do Rego Freitas, Antonio Pinto do Rego Freitas, Rafael Tobias de Aguiar e sua mulher Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos, que adquiriram a Fazenda Anastácio em 9 de maio de 1856, pela quantia de quinze contos de reis. Doutor Luiz Pereira Barreto, comprou os seus primeiros terrenos em 1888, formando em Pirituba, o sítio Santa Carolina, notabilizando-se pela sua grande coleção de vinha, com aproximadamente 400 variedades. Outras personalidades históricas que acreditaram em Pirituba foram os irmãos Antonio e Victor Marques da Silva Ayrosa, Frederico Archer Upton,

Alexandre Martin Wellington, Coronel Bento Bicudo e Antonio Fidelis, que com grandes esperanças iniciaram e desenvolveram suas atividades nesta terra promissora. Mas foi com a inauguração da estação da então São Paulo Railway Company, em 1º de fevereiro de 1885, é que Pirituba se firmou com posição destacada, graças a todos que acreditaram no seu futuro. Além da agricultura, os empresários também deram crédito ao nosso território. O primeiro a instalar a sua indústria em Pirituba foi Domenico Campestrin, juntamente com seu sócio Henrique Booch, com a Fábrica de Colla Paulista no final de 1898. O produto industrializado chegava a ser melhor do que o importado, e sua produção anual atingia 30 mil quilos, que era comercializado para as tipografias e marcenarias. Outro estabelecimento agrícola que projetou Pirituba

Presos abriram a Av. Raimundo P. Magalhães em 1916 foi a Orchidea Brasileira, de Joaquim da Silva Teixeira, que cultivava plantas para jardins, árvores frutíferas além de inúmeras espécies de orquídeas, que chegaram a ser exportadas para o Reino Unido. Com o início das obras da Estrada São Paulo-Campinas, atual Avenida Raimundo Pereira de Magalhães,

em agosto de 1916 e a venda da Fazenda Anastácio em 1917 para a Companhia Armour do Brasil, o nosso distrito destaca-se na Cidade de São Paulo. Assim vieram para Pirituba, o Lanifício Pirituba, em 1927 e a Companhia Anglo Brasileira de Borracha, inaugurada em 1929. (Texto: Nelson Américo Godoy)


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