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ESPECIAL

capaz de transportar um carro. Lá dentro já estava instalado um ciclista Belga que alguns quilómetros atrás também pediu boleia por causa do vento. Fizemos os fiordes por trás da janela da auto­‑caravana até Bordalur. Etapa 7: Bordalur/Hvammstangi (81km) Saímos com vento contra mas com uma média de velocidade entre os 10 e os 15km/h e chegámos à capital das focas às 17h30, tendo sentido fortes dores no joelho direito, mas nada que um anti­ ‑inflamatório não resolvesse. Adorei esta vila piscatória. Daqui saem todos os dias excursões em barco para ver as baleias e

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as focas. Hoje foi dia de perder a cabeça e comprar umas belas costeletas de borrego para grelhar. Os outros campistas até ficaram de boca aberta quando viram a nossa carga, carregávamos bancos, tacho, fogão a gasolina, uma mesa, cafeteira, mas valeu bem pena carregar com tudo isto! Etapa 8: Hvammstangi/Varmahlid (108km) Saída às 09h00, depois do pequeno almoço que todos os dias consistia em muesli com leite e fruta que comprávamos no dia anterior no supermercado, pão com doce e café. Nunca tínhamos começado a pedalar com chuva mas, algum dia tinha de ser. Ves-

timos o fato 100% waterproof e arrancámos. O vento na Islândia é predominantemente no sentido horário, pelo que até chegarmos ao sul andamos a empurrar o vento. Lutas diárias contra o vento e a puxar pela bicicleta carregada fizeram as dores no joelho voltar. Tive que gerir a dor até ao final onde, quando faltavam 18km para o fim, apareceu uma subida com dez quilómetros e 10% de inclinação. Ao descer, o GPS indicava que a localidade estava já ali a cerca de 1km. mas não víamos nada. Ainda pensámos que o GPS estava errado, mas não estava. Chegámos e não existia ali nada, a não ser um posto de combustível servido de um minimercado. O que se via no mapa como


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