Repórter Capixaba 93

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Curtiss P-40 Warhawk

O Curtiss P-40 Warhawk foi um avião monomotor de asa baixa norte-americano. Construído completamente em metal como avião de ataque ao solo, voou pela primeira vez em 1938 e foi usado em grande número durante a Segunda Guerra Mundial. Seu protótipo foi o primeiro caça dos EUA a exceder as 300 mph (482 km/h). Quando a produção terminou, em Novembro de 1944, 13 738 unidades tinham sido produzidas. O P-40 foi usado pelas forças aéreas de 28 países, inclusivo o Brasil. Warhawk foi o nome que o United States Army Air Corps (USAAC) adotou para todos os modelos, fazendo com que todos os P-40 nos EUA tivessem esse nome. As forças aéreas do Império Britânico nomearam de Tomahawks os modelos P-40B e P-40C, e Kittyhawk as modelos P-40E e versões posteriores. A falta de compressor de dois estágios fez com que o P-40 obtivesse um desempenho bastante inferior aos caças da Luftwaffe nos combates em altas altitudes. Por este motivo, foi pouco usado no teatro de operações do noroeste da Europa. No entanto, entre 1941 e 1944, o P-40 teve um papel crucial com as forças

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aéreas aliadas em cinco grandes teatros da guerra: China, Mediterrâneo, Sudeste da Ásia, Sudoeste do Pacífico e na Europa Oriental. O P-40 teve o seu batismo de fogo com os esquadrões na Força Aérea do Deserto do Império Britânico, em agosto de 1942. A fraca performance em grandes altitudes do P-40 não era crítica no Norte da África e Médio-Oriente, onde a sua capacidade de transporte de bombas, blindagem e grande raio de ação o tornavam muito valioso. O 112º Esquadrão da R.A.F. foi o primeiro a pilotar Tomahawks no Norte da África. Este esquadrão copiou as famosas bocas de tubarão, utilizadas pelos caças-bombardeiros Messerschmitt Me 110 Zerstörer, da Luftwaffe, e a marca foi posteriormente adotada pelos P-40 pertencentes ao famoso grupo de voluntários americanos - Os Tigres Voadores - que ajudou a combater a Força Imperial Japonesa na China. Durante a segunda guerra mundial (1939-1945) todos

conhecem a atuação dos pilotos brasileiros do 1º Grupo de Caça na Itália, com seus Republic P-47D Thunderbolt, motivo de orgulho para a Força Aérea Brasileira, mas o que poucos sabem é que o 2º Grupo de Caça, equipado com Curtiss P-40, estava sendo preparado para ser enviado no Teatro de Operações do Pacífico lutar contra os japoneses. Seus pilotos ficaram conhecidos como “Os 33 do Pacífico” porém, antes que pudessem embarcar, a guerra terminou. Ao término do conflito, todos os P-40 da Força Aérea Brasileira foram concentrados em Canoas (Rio Grande do Sul) no 1º/14º Grupo de Aviação Esquadrão “Pampa”, unidade que teve o privilégio de usar os Warhawks por uma década até a sua desativação.


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Repórter Capixaba 93 by Frédéric Decatoire - Issuu