Nova ASGAV v.2

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Editorial

Sumário

Uma operação para a avicultura em 2010 foi colocada em marcha pelas lideranças do setor e

Sustentabilidade

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Grãos

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orienta que um equilíbrio da produção nacional deva ficar em patamares condizentes com a reação dos mercados interno e externo. Ações para evitar erros clássicos, como o excesso de produção que perturba o mercado serão aplicadas e monitoradas pelos pró-

Capacitação

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prios dirigentes do setor através das instituições que estes integram. Os entraves têm sido muitos e terão

Tributos Avisulat

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que ser solucionados para garantir sustentabilidade à avicultura; é necessário, por exemplo, rever a tributação perversa de alimentos, o PIS/Cofins, que é de 9,75%. Apesar da crise financeira internacional, que em 2009 não afetou em 100% a avicultura brasileira (produzindo em 2008 10,966 milhões de toneladas - frango de

Especial

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Exportação

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corte) e fechou o ano estabilizada, com 10,962 milhões/toneladas. Quanto à exportação, o Brasil lidera o ranking mundial, repetindo, também, no ano passado, o volume exportado em 2008, de, aproximadamente, 3,6 milhões de toneladas. As principais dificuldades enfrentadas pelo setor em 2009 foram relacionadas a crédito, tanto para a exportação como ao mercado interno. Dificuldades para capital de giro das em-

Ovos

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presas, na exportação, o faturamento teve queda em 2009, em razão da valorização do real. Em 2008, isso gerou uma receita de US$ 7 bilhões, já em 2009, o valor caiu

Notícias Ciência

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para cerca de US$ 6 bilhões e a crise internacional provocou, também, queda no preço do frango no mercado externo. Os países ficaram com menos dinheiro para financiar ou para pagar as suas importações. Com o cenário que está se desenhando em 2010, temos que, todos os elos da cadeia produtiva juntos, trabalharmos para o crescimento do setor, com doses moderadas e inteligentes de desenvolvimento. Não

Meio Ambiente

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é momento de abusos e incrementos de impacto e larga escala, em várias etapas do ciclo produtivo. Luiz Fernando P. Roman Ross Presidente Asgav/Sipargs

Revista ASGAV Publicação da Associação Gaúcha de Avicultura Av. Mauá, 2011 - 9º andar CEP 90030-080 - Porto Alegre / RS Fone/Fax: +55 (51) 3228-8844 www.asgav.com.br Nº 17 - Ano 3 - setembro/2009 DIRETORIA ASGAV Diretoria Executiva: Luiz Fernando Pinedo Roman Ross (presidente); Joaquim Goulart Nunes; Nestor Freiberger; Aristides Vogt;Pedro Luiz Utzig; Roberto Khel; Daniel Bampi; Paulo Sthal dos Santos; Roberto Moreira; Raul Malmann; Pedro

Carrer (vice-presidentes); Conselho Superior: Rui Eduardo Saldanha Vargas; Francisco Sérgio Turra; Nery Fruhauf; Arno Kopereck; Elcides Luiz Sebben; Ricardo Menezes; Heitor José Müller; Ernani Moresco; Antônio Mário Penz Júnior; Paulo Vicente Sperb; Geraldo Carrer; Otávio Nienow; Hillmar Hollatz; Dirceu Bayer; Conselho Fiscal: Orlando Carrer; Celso Filippsen; Ari Gastão Petry; Elimar José Graff; Jose Alfredo Roehe; Diretoria Técnica: Antônio Pettini; José Luiz Kieling Franco; Eder Barbon; Mauro Gregory Ferreira (diretores) e José Eduardo dos Santos (secretário executivo ASGAV/SIPARGS). COORDENADOR GERAL: José Eduardo dos Santos

Expediente Francke - Comunicação Integrada Av. Carlos Gomes, 466/conj. 07 - Bela Vista Fone/Fax: +55 (51) 3388-7674 www.francke.com.br Editora: Mariza Franck (Reg. Prof. 8611/RS) Redação: Teresa Maria Schembri (Reg. Prof. 6240/25/91RS) e Sérgio Giacomel Capa/Direção de arte: Alex Pauleto da Cunha Mello Comercial: Fabiana Guarienti

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Sustentabilidade

mercado Exigente Tendências e linhas de crédito estimulam a modernização de aviários

As exigências da concorrência mundial estão cada vez mais elevadas e específicas, principalmente no campo alimentar, recaindo sobre a agroindústria a responsabilidade de encontrar formas de vencê-las. No setor avícola, por exemplo, um dos focos atualmente tem sido a modernização dos aviários, como forma de tornar mais produtiva e ao mesmo tempo sustentável a criação de aves. As integradoras hoje buscam se adaptar a demandas

“O programa foi muito positivo, veio

como rastreabilidade e bem-estar animal, em todas as etapas de produção. É certo que condições de conforto são diretamente ligadas a um melhor resultado. Então a combinação de modernização dos sistemas precisa estar aliada a novas tecnologias e a condições para sua aquisição. “Em geral atendemos o que eles nos pedem, de acordo com as normas e orientação do MAPA, mas cada um tem seu conceito”, conta o secretário executivo da Anfeas (As-

numa hora

sociação Nacional dos Fabricantes de Equipamentos Avícolas e de Suínos), Carlos Fuji.

importante,

industrial. Apesar da característica do setor de cada um ter seu jeito próprio, Fuji destaca

quando o

aves. Em 2012 deve entrar em vigor na União Europeia a lei que impede os produtores

É cada empresa que desenvolve sua linha de produção e criação, a partir de seu projeto como tendência de mudança o fim da utilização das gaiolas tradicionais na criação de locais de continuarem usando as gaiolas convencionais, devendo adotar modelo consi-

crédito estava escasso.”

derado de maior conforto. “Isso certamente vai se refletir aqui, pois deve haver pressão para que seja exigido também fora da comunidade e vai incluir o Brasil, certamente”, adianta ele. Além disso, outras condições de conforto e qualidade das aves e banimento de drogas serão igualmente refletidas aqui, a médio e longo prazos, para a produção de ovos; para a carne de frango, existem aspectos do período de pré-abatimento e espaçamento que irão sofrer modificações. O secretário da Anfeas conta que o programa Mais Alimentos, do governo federal, foi um incremento importante para seu segmento, negociando R$ 10 milhões, de agosto a dezembro de 2009. O esperado agora é que o Congresso aprove uma prorrogação de sua vigência. “O programa foi muito positivo, veio numa hora importante, quando o crédito estava escasso.” Para ele, a medida dá competitividade à pequena propriedade,

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Sustentabilidade

sobretudo, a de cunho familiar, ajudando a melhorar a renda e fixar o homem no campo. “Principalmente nesta época de negócios fracos.”

Estímulo Uma das formas de estimular a modernização da produção é através da concessão de linhas de crédito, como atua o BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), que repassa recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Dentre as 66 instituições financeiras credenciadas a operar linhas de financiamento, o BRDE ocupa 6ª posição em desembolsos no país. A linha Finame PSI do Programa Mais Alimentos, que permite a compra de máquinas, tratores e equipamento, tem um juro de 4,5% ao ano e um limite de crédito por produtor de R$ 250 mil, ou coletivo de até R$ 750 mil. A linha Pronaf de Agricultura Familiar tem o limite de R$ 100 mil e juros anuais de 1% a 5%. “Precisamos estimular a agricultura familiar”, diz o gerente de planejamento, Carlos José Ponzoni. Ele destaca que um terço das aplicações em agronegócio do banco são direcionadas às cooperativas produtores ou cooperativas de crédito. “Temos cerca de 4 mil clientes por ano e a demanda tende a crescer.” Em 2009, o BRDE contratou 6.343 operações, números que crescem a cada ano. “Os números são históricos, principalmente se considerarmos que foi um ano de forte crise”, aponta ele. “Temos como responsabilidade promover o desenvolvimento, que passa por modernizar os meios produtivos e ajudar a fixar o homem no campo, propiciando melhoria nas suas condições de trabalho.” O banco tem a previsão de trabalhar com um montante geral de R$ 2,2 bilhões em 2010, cerca de R$ 1 bilhão no 1º semestre e R$ 1,2 bilhão no segundo, divididos de forma igual entre os estados da Região Sul. No ano passado foram R$ 5,6 milhões.

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Grãos

safra de grãos deve atingir recorde no brasil

Não devem faltar grãos para abastecer o país este ano. Conforme o sétimo levantamento do ano para a produção no ciclo 2009/2010, divulgado em abril pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a estimativa de colheita no Brasil atinge a

“Se o produtor não plantar, não teremos

marca de 146,31 milhões de toneladas. Este é a melhor previsão histórica, que supera em 8,3% a safra do período anterior – de 135,13 milhões de toneladas –, e ultrapassa a produção recorde de 144,14 milhões de toneladas, registrada em 2007/2008. Acompanhando as tendências nacionais, o

matéria-prima.

Rio Grande do Sul poderá ter, em 2010, uma safra

O ideal é que o

melhor da história do Estado. Os indicativos da CO-

produtor também

neste período 24,01 milhões de toneladas de grãos.

seja remunerado”

ideal de chuvas beneficiou especialmente as lavou-

recorde de grãos – e, segundo os prognósticos, a NAB são de que as terras gaúchas devem produzir O grande diferencial foi mesmo o clima: o regime ras de milho e soja, as maiores áreas cultivadas. Os temporais de verão que se abateram sobre o Rio Grande e causaram destruição foram os mesmos que proporcionaram o excelente desenvolvimento do milho, em função da boa umidade no solo e do calor. Mesmo com uma redução de quase 15% na área plantada, a cultura deve ter produção 24,3% maior que na colheita anterior, rendendo 5,28 milhões de toneladas. Já a soja teve um aumento de 4,2% da área de plantio. O estímulo à produção, graças ao preço favorável do produto no plantio, e a ajuda do clima elevam a estimativa de produzir 9,54 milhões de toneladas nesta safra – 20,6% a mais que em 2008/2009. As estimativas para os dois grãos estão praticamente definitivas, conforme informa a Companhia. A safra do arroz no Estado também apresenta indicativos de bons números. Ao contrário de milho e soja, o cereal foi prejudicado pelo excesso de chuvas, o que pode acarretar

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Grãos

em alguma quebra. No mês de abril, quando ocorre a colheita, o Instituto Riograndense do Arroz (Irga) tinha registrado 75,5% de área colhida, o que representa 796.560 hectares dos 1.054.724 semeados. Na safra anterior, nesta mesma época já haviam sido colhidos 90,3%. A Zona Sul do Estado já apresenta 85% de área colhida. Já a Depressão Central, mais atingida pelas chuvas, apresenta 55,7%. No Litoral Norte não deverá haver quebra significativa de produtividade, diferente de outras regiões que foram mais afetadas pelo excesso de chuvas. A média de grãos em casca inteiros por saca de 50 quilos é de 63%, enquanto em outros locais gira em torno de 57%. Conforme o Irga, o Rio Grande do Sul é o principal produtor de arroz do Brasil, sendo responsável por 62% da produção nacional. Para a safra de 2009/2010, cerca de 1,1 milhão de hectares foram semeados. A colheita se estenderá até maio.

Preços de milho e soja continuam baixos A boa expectativa do país e a tendência de elevada produção de grãos no mundo inteiro parecem já estar impactando diretamente nos preços para comercialização. Os valores de cotação dos grãos para venda continuam baixos. A estimativa de preços da CONAB para a saca de 60kg do milho no Rio Grande do Sul é entre R$ 15,11 e R$ 17. Para a soja, os valores estão entre R$ 33 e R$ 36. O milho e a soja são insumos principais na produção avícola. O presidente-executivo da Associação dos Produtores e Exportadores de Frango (ABEF), Francisco Turra, esclarece que a manutenção dos preços dos grãos é que mantém a competitividade.

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Capacitação

rico e funcional Orientação de especialistas sobre as vantagens de consumir ovos especiais Orientar sobre as vantagens do consumo de ovos é o que se propõe o programa da Granja Filippsen ao convidar profissionais da saúde para conhecer suas instalações. Em 17 de dezembro passado, foram recebidos estagiários de Nutrição do Instituto de Cardiologia de Porto Alegre, e, como explica o gerente Celso Filippsen, já foram recebidas turmas da Ufrgs, Pucrs e outras universidades. O grupo recebeu informações sobre ovos enriquecidos com a proteína – a partir da dieta fornecida às aves que a granja apresenta – da nutricionista Fabiane Michelin, que faz um estudo voltado para este alimento, em especial sobre o Ômega 3 (incidência

“O ovo por si só já é

e benefícios). “Nossos ovos são avaliados pelo laboratório de Campinas e têm dado mais de 260 miligramas, quando a taxa mínima é de 176 miligramas”, diz ele. A avaliação do ovo enriquecido do sistema Pufa é bimestral – sigla de Poly Unsaturated Fatty Acid do tipo Ômega 3 ou seja, ácido graxo poliinsaturado. Um ingrediente extraído de vegetais, algas

um alimento

marinhas e alguns peixes de água fria que, junto com outros nutrientes naturais, é adicio-

funcional

O laudo do resultado também é enviado ao MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e

nado à ração das aves poedeiras para a produção dos ovos especialmente enriquecidos. Abastecimento) que acompanha as verificações.

quando fornece

Pesquisadores avaliaram que a taxa de mortalidade da população de esquimós da Groenlândia era inferior em relação a outros povos, devido às grandes diferenças nas

uma série de nutrientes”

dietas dos esquimós que são enriquecidas em Pufa Omega 3, contidas em algas marinhas e peixes. Por equilibrar o metabolismo, o PUFA pode ter efeitos cardioprotetores, isto é, que ajudam a prevenir o desenvolvimento do colesterol ruim do sangue (LDL) e melhorar o funcionamento do sistema circulatório. Os benefícios do PUFA para a saúde humana foram constatados através de estudos científicos. Pesquisadores japoneses e norte-americanos observaram que as pessoas que adotam dietas ricas em peixes, como os povos orientais e os esquimós, apresentam baixa incidência de doenças cardiovasculares. Ao incorporar o Pufa aos ovos sua eficácia comprovou-se. Além de reduzir os níveis de triglicérides no sangue, também inibiu o aumento do nível do colesterol ruim (LDL), ao mesmo tempo em que reduziu o nível de pressão sanguínea. Outra vantagem dos ovos enriquecidos é o elevado nível de vitamina E presente (sete vezes maior do que

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Capacitação

num ovo convencional). Também conhecido como Tocoferol, este poderoso antioxidante retarda os efeitos do envelhecimento precoce, provocado por radicais livres, como polui-

Foto: profissionais no programa da Granja Filippsen

ção, fumo e raios ultravioleta, entre outros. Os ovos de galinha foram considerados por muito tempo grandes inimigos da alimentação saudável por serem uma grande fonte de colesterol. Contudo, estudos recentes em Nutrição Humana revelaram que o colesterol pronto (consumido via dieta) tem uma influência de 5%, no máximo, sobre a elevação do colesterol total do organismo de pessoas saudáveis. Esta descoberta alterou o conceito do consumo de ovos junto à Sociedade de Cardiologia norte-americana e resgata sua característica de alimento saudável, especialmente quando são enriquecidos. A Filippsen trabalha com este tipo de ovos especiais desde 2004, alcançando 4,5% de sua produção. “O ideal é chega a 20% do total em dois anos”, diz Celso, mas há ainda muita falta de informação no mercado sobre suas possibilidades. Esses ovos têm um valor agregado maior, porque oferecem mais vantagens. Nos países de Primeiro Mundo há um alto consumo deste produto diferenciado, “é um trabalho de campo, de formiga, se houvesse mais granjas divulgando o produto o mercado seria melhor, pois ele tem um valor técnico muito grande”, afirma o gerente. O Japão é um grande produtor e consumidor de ovos enriquecidos com Omega 3. O ovo por si só já é um alimento funcional quando fornece uma série de nutrientes, em especial a colina, que protege a retina da degeneração macular. “A sociedade precisa conhecer mais sobre os alimentos funcionais, a começar pelo ovo”, conclui a nutricionista.

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Tributos

a contabilidade nos novos tempos Silvio Borba,Contador e Consultor Empresarial

Infelizmente a profissão perdeu grande espaço no passado por ter sido transformada, não por vontade dos seus profissionais, em mero braço do Fisco. Por força disto, este importante instrumen-

A Contabilidade passa a assumir um novo e importante papel a partir da consolidação das normas internacionais.

to de gestão foi transformado em pesado centro de custo, ou seja, um mal necessário. Na prática, o cumprimento das obrigações fiscais continua sendo a maior taxa de ocupação do dia a dia do contador, mas existe uma mudança importante em termos conceituais. O empresariado brasileiro percebe cada dia mais que a Contabilidade é instrumento de transparência e informação da sua empresa, tanto externa como internamente. Os bancos exigem, os investidores, fornecedores e clientes avaliam, o empresário demonstra através da sua escrituração contábil a situação em que se encontra economicamente. Internamente softwares corporativos bem implantados e sistemas de informação mais ágeis e seguros permitem um replanejamento contínuo das operações e assertividade nas tomadas de decisão. Planejar não é acertar o alvo de primeira, mas continuamente corrigir a mira. A Informação Contábil formada pelo Fluxo de Caixa, pelo Custo Integrado, pelo Orçamento e pelos Balanços Projetados é o monóculo por onde o gestor enxergará o alvo. Tudo isto exigirá um maior aperfeiçoamento dos contadores e a troca do confortável posicionamento da execução sistemática de tarefas por uma nova Contabilidade, pensante e alinhada com padrões mundiais. O desafio é grande, mas a mudança irá oxigenar e revitalizar os profissionais e o meio acadêmico, resgatando do emaranhado de obrigações legais o ofuscado Profissional Contábil.

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Avisulat 2010

comissão organizadora intensifica ações de parceria

A Comissão Organizadora do AVISULAT 2010 realizou em março diversas audiências com instituições que fomentam o agronegócio, do governo estadual e federal. O Evento, que acontece este ano nos dias 17,18 e 19 de novembro, vai para a segunda edição e promete

“Tudo indica que o

AVISULAT 2010 complementará a

integrar a lista dos principais eventos do agronegócio brasileiro, pois alguns diferenciais favorecem este projeto, como a união de três segmentos de relevante importância no agronegócio e a organização e promoção a cargo de entidades comprometidas com as cadeias produtivas. Dando continuidade na série de audiências que a comissão planejou, na reunião com o presidente da Fiergs, Paulo Tigre, foi feito pedido oficial de apoio da FIERGS ao AVISULAT2010 e a provável participação do SESI E SENAI, interagindo no Congresso e na Feira do Evento com seus técnicos, serviços e outras informações de interesse dos setores. A realização da primeira edição mostrou ao Brasil e ao Estado do Rio Grande do Sul a

lista de grandes

necessidade de ações e movimentos estratégicos como o Avisulat, que congrega segmentos

eventos do

As palestras que farão parte da programação oficial do evento serão divulgadas nos

Agronegócio Brasileiro.”

de relevante importância para o agronegócio brasileiro. próximos meses e contarão com temas envolvendo a produção, tecnologias, sanidade, meio ambiente, mercado e comércio exterior, assuntos âncoras do Avisulat 2010. O evento contará também com uma programação técnico-científica com temas de interesse dos setores envolvidos, além da mostra e concurso de trabalhos científicos. A segunda edição do Avisulat contará com a participação de empresários, representantes, técnicos e funcionários das agroindústrias envolvidas e também com participação de produtores ligados às atividades de avicultura, suinocultura e laticínios. Terá a participação especial de Instituições como a FETAG (Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Rio Grande do Sul), ACSURS (Associação do Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), FARSUL (Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul), entidades de destaque no agronegócio que estão inseridas no projeto AVISULAT 2010 como apoiadores Premium, uma modalidade de destaque especial no Projeto. A Feira, que acontecerá paralelamente ao Congresso, deverá contar com fornecedores

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Avisulat 2010

de serviços, equipamentos e tecnologias para os setores envolvidos, além de uma área especial reservada para participação de setores de máquinas e implementos agrícolas. “Estamos abrindo um espaço e convidando empresas e instituições ligadas à área de máquinas e implementos agrícolas, pois nosso objetivo é aproximar cada vez mais os setores consumidores de grãos e similares com os setores que fomentam a produção de grãos no campo. Assim, iremos planejar melhor as necessidades e demandas de acordo com a estrutura atual e a projeção de crescimento dos setores envolvidos”, diz Eduardo Santos, coordenador-geral Avisulat 2010. Até agora, a feira que possui uma área de 5 mil m², já está com 70% de sua área vendida com a adesão de diversos fornecedores, instituições e universidades. O evento já tem o apoio oficial do governo do Estado do Rio Grande do Sul e instituições bancárias que fomentam o agronegócio, pois o Estado está em plena campanha de retomada do crescimento e destaque no ranking nacional da produção de aves, suínos e lácteos. Como convidado especial nesta segunda edição o AVISULAT 2010 contará também com a participação da Indústria de bovinos de corte, através do SICADERGS (Sindicato de Carnes e Derivados), entidade que representa a categoria no Estado. Com estas adesões, tudo indica que o AVISULAT 2010 complementará a lista de grandes eventos do Agronegócio Brasileiro. A comissão organizadora deverá desencadear uma série de ações para mobilização das agroindústrias, cooperativas e produtores que atuam nestes segmentos, e a feira Avisulat deverá ser um dos momentos de integração e negócios em um período em que as cadeias produtivas definem seus investimentos para o ano seguinte. O AVISULAT 2010, será um momento de planejamento e negócios para todos os envolvidos nas cadeias produtivas, é no mínimo recomendada a participação no evento, pois as instituições bancárias que fomentam o agronegócio estarão de plantão para fomentar aquisições, investimentos e gerar muitos negócios. Informações podem ser acessadas através do site do Evento: www.avisulat.com.br - fone: (55)-(51) 3067-7002.

Foto: Fenaparque, em Bento Gonçalves

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Avisulat 2010

depoimentos O AVISULAT 2010 é a melhor oportunidade para conhecer as novas tecnologias e através das palestras, com técnicos altamente qualificados, adquirir informações para melhor gerir os seus negócios. No AVISULAT 2010, os participantes terão a oportunidade de obter informações nas três cadeias de proteína animal: avicultura, suinocultura e laticínios. Também serve como ponto de partida para ampliação e implantação de novos negócios, oportunidade de conhecer novos equipamentos, além de obter informações sobre o mercado de carnes e laticínios no Brasil e no exterior, biossegurança, meio ambiente, defesa sanitária e manejo da produção e bem estar animal. Portanto, é a mais ampla feira das cadeias de produção animal. Osmildo P. Bieleski, presidente do SIPS/RS É com grande orgulho e satisfação que a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul é apoiadora Premium do AVISULAT 2010. Queremos, em conjunto com as outras entidades realizadoras e apoiadoras do evento, bem como com as empresas que vão expor seus produtos e soluções, atingir os objetivos propostos, beneficiando os milhares de produtores participantes. A ACSURS, que tem como prerrogativa defender e promover os suinocultores gaúchos, seja sócio, econômica ou politicamente, convida-os para o AVISULAT 2010 e II Congresso Sul Brasileiro de Avicultura, Suinocultura e Laticínios, com a certeza de que muitas novidades da suinocultura estão à sua espera, as quais serão apresentadas em nossa bela serra, na capital brasileira do vinho. Valdecir Folador, presidente da ACSURS A segunda edição do Avisulat 2010 está sendo muito bem trabalhada, estamos convictos de que este ano deveremos ter um evento melhor ainda do que no primeiro congresso, onde mesmo no auge dos reflexos da crise internacional financeira, tivemos uma primeira edição satisfatória e marcante. A proposta do Avisulat é de somar com demais eventos de destaque do agronegócio brasileiro, unindo todos os elos dos segmentos envolvidos numa programação técnica, econômica e de conjuntura de interesse de todas as etapas dos ciclos produtivos. Por ser um ano de retomada e boas perspectivas, é muito importante que tenhamos uma participação expressiva daqueles que fazem parte das cadeias produtivas, produtores, agroindústrias, cooperativas, entidades, órgãos governamentais, fornecedores de equipamentos, serviços e tecnologias. Luiz Fernando R. Ross, presidente Asgav/Sipargs Em 2009 trabalhamos muito as alianças e apoios, tanto que teremos apoiadores Pre-

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Avisulat 2010

mium, categoria de destaque dentro do evento e que fazem parte do agronegócio Gaúcho. Agora em 2010, estamos focados na programação especial das palestras e painéis e na feira, que está atraindo muitos fornecedores. Posso afirmar que este evento veio para ficar. Eduardo Santos, Coordenador Geral do Avisulat 2010. A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul é uma entidade sindical que tem como público representado os agricultores e pecuaristas familiares e os assalariados rurais. Nessa base de representação estão incluídos os milhares de agricultores familiares que detêm no RS, segundo o Censo do IBGE – 2006, cerca de 80% do rebanho de aves, 70% do rebanho de suínos e respondem por 84% da produção leiteira. É inquestionável a importância econômica e social destas três atividades não só para o conjunto dos atores envolvidos diretamente na produção, processamento e comercialização dos produtos, bem como para a sociedade como um todo. Esta relevância e o acompanhamento que a FETAG-RS, juntamente com suas comissões e STRs, tem dado a este conjunto de agricultores, discutindo tendências, problemas e mecanismos de apoio, justificam nosso apoio e presença no AVISULAT 2010. Entendemos que o evento será um espaço muito positivo para debates, divulgação de tecnologias, conhecimento e interlocução entre os participantes. Além de organizar atividades específicas, a Federação estará mobilizando agricultores para participar dos diferentes momentos do evento. Elton Weber, presidente da FETAG-RS O velho sábio Aristóteles disse que “É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer”. Passados alguns anos, em Roma, Cícero afirmava que “não basta conquistar a sabedoria, é preciso usá-la”. No nosso dia a dia, recebemos muitas informações que se transformam em sabedoria: ora captamos mais, ora captamos menos. Mas não é todo o dia que temos a oportunidade de partilharmos isto; de dividirmos o que captamos a mais e de suplementarmos o que outros ganharam a mais. AVISULAT 2010 é o local ideal para isto. É uma enorme fonte de energia, com todas as proteínas animais, onde poderemos alimentar nosso saber. Não perca este cardápio. Ronei Lauxen, SICADERGS É extremamente gratificante quando fazemos uma afirmação e um ano depois reafirmamos a sentença convictos da sua importância. Isto aconteceu quando assumimos a Presidência do Sindilat e elegemos como prioridade o tratamento do conceito CADEIA na atividade. Afirmamos a importância dos segmentos Produção, Indústria e Varejo totalmente integrados e transparentes. O AVISULAT ultrapassa essa fronteira e propicia a integração das atividades. Assim, Avicultura, Suinocultura e Laticínios se apresentam juntos proporcionando a visão do agronegócio de maior demanda de mão de obra rural do mundo. Carlos Marcílio Arjonas Feijó, presidente do Sindilat/RS

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Especial

marca brasileira pelo mundo Mercados foram abertos e reconquistados nos últimos três anos, permitindo que o Brasil detenha, hoje, quase um quarto do comércio internacional agrícola, já declarou

Entidades,

o ex-ministro Reinhold Stephanes, antes de se despedir do cargo. E a Abef (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos) irá ampliar, em 2010, suas iniciativas destinadas a divulgar no mercado internacional os diferenciais de sustentabilidade,

governo e segmento avícola juntam esforços para ampliar mercado

qualidade e sanidade da avicultura brasileira. “Nosso planejamento estratégico para 2010 prevê a realização, por exemplo, de diversos workshops no exterior, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Nossas ações também incluirão a presença, por exemplo, na Copa do Mundo da África do Sul”, destacou o Presidente Executivo da Abef, Francisco Turra. Para ajudar na tarefa, o setor agropecuário terá a consolidação de uma antiga reivindicação: profissionais do setor mantendo entendimentos permanentes com países estratégicos na exportação brasileira. Os adidos agrícolas, nomeados em março, irão compor o quadro diplomático nas embaixadas do Brasil na Argentina, Bélgica, Suíça, Rússia, China, África do Sul, Japão e Estados Unidos. O país ocupa a terceira posição entre os exportadores mundiais de alimentos, de acordo com dados divulgados recentemente pela OMC (Organização Mundial do Comércio). O especialista em agricultura será responsável por informações mais qualificadas nas negociações, principalmente em temas sanitários e fitossanitários. Em Bruxelas, o adido agrícola acompanhará as negociações dos interesses bilaterais com os 27 países membros da União Europeia, principal destino das exportações do agronegócio brasileiro. Em Genebra, terão foco os temas relativos à OMC e outras

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Especial

organizações multilaterais localizadas naquela cidade. As demais capitais da África, Ásia, América do Norte e Europa representam países com grande interesse comercial para a exportação de produtos do agronegócio brasileiro. A exceção fica por conta de Buenos Aires, uma vez que a Argentina é grande fornecedor de produtos agrícolas ao mercado brasileiro. “A criação da figura do adido agrícola é o cumprimento do que se tornou uma bandeira histórica do agronegócio”, diz o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Célio Porto. A ideia de instituir esse cargo é antiga, mas só nos últimos dois anos foi concretizada, a partir do Decreto nº 6.464, publicado em maio de 2008. Funcionários de embaixadas do Brasil na Europa também estão recebendo informações do Agronegócio para conhecer áreas importantes no comércio agropecuário e os

“Nossas granjas e frigoríficos são citados entre os

assuntos referentes aos processos que resguardam a qualidade do produto nacional. Com uma imersão no agronegócio, esses temas passam a ter fluxo mais ágil nessas representa-

mais modernos

ções diplomáticas, contribuindo para uma boa decisão em questões de comércio exterior. “A abertura de mercados que estão fechados por questões sanitárias exige muita diplomacia e insistência. Essa é a grande vantagem de ter um adido agrícola. Ele estará lá (no exterior) o tempo todo para cuidar dessa agenda”, afirma ainda Celio Porto. “O diálogo direto com as autoridades locais, até para esclarecer questionamentos de rotina, é muito importante”, acrescenta. Para Turra, ”ter representantes nos principais mercados de exportação é um marco para a agricultura brasileira”. O projeto Brazilian Chicken, parceria da Abef com a Apex-Brasil, divulga as qualidades da carne de frango brasileira, mostrando também os cortes produzidos pelas empresas daqui. “Nossas granjas e frigoríficos são citados entre os mais modernos do mundo

do mundo pelas missões internacionais que visitam o país”

pelas missões internacionais que visitam o país”, enfatizou Turra. Já os projetos desenvolvidos pela Unidade de Imagem e Acesso a Mercados da Apex têm como objetivo melhorar o posicionamento de produtos brasileiros no exterior, facilitar o acesso das empresas brasileiras aos mercados e prospectar oportunidades de negócios de exportação. As atividades de prospecção e realização de negócios no exterior são organizadas com o intuito de colocar, frente a frente, empresários brasileiros, com amostras de seus

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Especial produtos, e potenciais importadores. Tais eventos são planejados de forma a agilizar o entendimento entre as partes. Informações sobre os produtos ou serviços requeridos, preços e quantidades, entre outros dados, são levantadas com antecedência, economizando tempo e facilitando acordos. As missões acontecem em mercados prioritários para o Brasil e oferecem estrutura propícia aos participantes, podendo envolver seminários, visitas técnicas a centros comerciais, redes de varejo, fábricas, associações setoriais e Câmaras de Comércio. A maneira encontrada para fortalecer a Marca Brasil, com foco no público de negócios, formadores de opinião e, principalmente, no consumidor final, a Apex-Brasil desenvolve um trabalho que salienta os principais atributos dos produtos e serviços brasileiros, tais como: design, singularidade, excelência e qualidade. Promove eventos especiais em parceria com entidades governamentais ou mesmo com grandes redes de lojas de departamento e supermercados da Europa, Estados Unidos, América Latina e Ásia, bem como desenvolve eventos profissionais para segmentos específicos de mercado, Estas atividades se tornam um grande atrativo ao utilizarem ícones da cultura, da diversidade e do comportamento do brasileiro, que se enunciam em tudo o que ele produz. Nas feiras internacionais, as empresas brasileiras de todos os portes participam dos eventos e estratégias para a promoção das exportações. Nestas ocasiões, a Apex-Brasil coordena a participação brasileira, visando ao atendimento aos clientes externos; realiza atividades diferenciais como degustações, exposições, lançamentos de produtos, coletivas de imprensa, programas de relações públicas e de comunicação visual.

Portfólio A modernização da legislação e reestruturação do Sisbov (Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos), a adoção da GTA (Guia de Trânsito Animal) eletrônica e o novo Riispoa (Regulamento de Inspeção Industrial de Produtos de Origem Animal), o controle da febre aftosa – reforçam a proposta de que, ainda este ano, todo o território nacional se torne livre da doença com vacinação – são fortes argumentos que apresentam o país com qualidade sanitária em toda a sua extensão. O Brasil é o maior exportador e

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Especial

responde por 41% do mercado mundial de frango, fornecendo carne de aves para mais de 160 países. Novos mercados são incorporados a cada ano, como Congo e Paquistão, que

Foto: Congresso das Marcas em São Francisco, EUA

não querem apenas comprar o frango brasileiro, mas querem que empresários brasileiros instalem indústrias de processamento de frango em seus territórios. E as perspectivas são otimistas: nos próximos dez anos, o consumo de carne que mais aumentará no mundo será o de frango (24%); seguida de suíno (22%), de ovinos (20%) e de bovinos (18%). O incremento da demanda mundial de alimentos, em 50 anos, exigirá crescimento em 100% na oferta, pois população mundial deve dobrar. De acordo com Turra, 70% desse incremento sairá de tecnologias que aumentam a produtividade. O Brasil, que já é o maior exportador, será a maior avicultura do planeta, apesar do crescente protecionismo dos grandes mercados mundiais. Essa visão é compartilhada pelas duas maiores lideranças do setor, os presidentes da Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frango (Abef), Francisco Sérgio Turra, e da União Brasileira de Avicultura (UBA), Ariel Mendes. Já o cenário da avicultura brasileira em 2010 dependerá do comportamento do mercado externo, onde são direcionados 30% da produção, dependendo, também, de como serão as exportações brasileiras de carne bovina, porque acabam se refletindo na produção de carne de frango. Outro entrave é a questão cambial, o dólar a R$ 1,70 ou R$ 1,80 tira a competitividade do país na exportação. O câmbio vem diminuindo drasticamente a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional e comprimindo sensivelmente a rentabilidade das empresas do setor. volumes embarcados, 3% a 5%, se o real desvalorizar, mas será um ano sem crescimento caso o câmbio se mantenha no patamar atual.

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Exportação

balança comercial registra recorde em março

As exportações do agronegócio, no último mês, registraram recorde para os meses de março da série histórica da balança comercial: US$ 6,011 bilhões. Esse valor é 25,5% superior ao do mesmo período de 2009 e foi puxado pelo incremento dos embarques de produtos florestais (62,1%), complexo soja (18,3%), complexo sucroalcooleiro (48%), carnes (24,8%), café (26,2%) e couros e seus produtos (59,6%). O superávit registrado no mês alcançou US$ 4,872 bilhões. “Esse resultado mostra, mais uma vez, a importância do agronegócio brasileiro como gerador de superávit comercial e, sobretudo, a pujança do setor”, frisou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi.

“O complexo soja teve crescimento de

18,3%,

totalizando

US$ 1,622 bilhão.”

As exportações brasileiras do agronegócio totalizaram US$ 66,651 bilhões nos 12 meses correspondentes ao período de abril de 2009 a março de 2010, 5,5% abaixo do valor exportado no período de abril de 2008 a março de 2009, que foi de US$ 70,5 bilhões. As importações foram 7,2% inferiores aos doze meses anteriores com gastos de US$ 10,430 bilhões. Como resultado, o superávit comercial acumulado nos últimos 12 meses foi de US$ 56,220 bilhões. As receitas de exportação de carne bovina in natura continuam retomando crescimento e, no terceiro mês do ano, foram 25,2% superiores, passando de US$ 234 milhões para US$ 293 milhões, com alta de 28,3% no preço médio e redução de 2,4% na quantidade embarcada. As vendas totais das carnes aumentaram 24,8%, passando de US$ 914 milhões em março de 2009, para US$ 1,140 bilhão no mesmo período deste ano. O complexo soja teve crescimento de 18,3%, totalizando US$ 1,622 bilhão. O valor exportado de soja em grão aumentou 19,7% em relação ao valor registrado em março de 2009, de US$ 973 milhões para US$ 1,165 bilhão. As vendas externas de farelo de soja geraram receita de US$ 403 milhões, 46,3% superior à obtida no mesmo período de 2009. Os embarques de óleo de soja apresentaram queda de 55,6%. O valor das exportações do complexo sucroalcooleiro apresentou crescimento de 48%, passando de US$ 478 milhões para US$ 707 milhões. O total embarcado de açúcar foi de US$ 667 milhões, 63,9% superior a 2009. Trimestre - O valor do primeiro trimestre também é recorde para esse período. Entre janeiro e março de 2010, as exportações totalizaram US$ 14,490 bilhões, o que significou crescimento 15% em relação ao valor exportado na mesma época, em 2009. Além disso, o resultado dos três primeiros meses deste ano superou em 4% o valor registrado no primeiro trimestre de 2008, ano anterior à crise econômica financeira.

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Ovos

o mundo todo pela frente

Se depender das expectativas dos produtores para o segmento, o mercado de ovos brasileiro está prestes a tomar grande impulso em 2010. Tanto no abastecimento interno quanto para exportação, a tendência é de que o produto ganhe em competitividade e, com preço estável, mantenha a curva ascendente no consumo e na conquista de novos países. A relativa baixa dos custos para a produção é fator que vai favorecendo a estabilidade do preço do ovo dentro do país. “A realidade hoje é que estamos tendo rentabilidade porque o preço da matéria-prima – milho e soja – está baixo”, explica Cácio Fracaro, ge-

Produção de ovos do

Brasil

tem largo mercado em

2010.

Produto para exportação deve

rente comercial da Globoaves. A expectativa de safra recorde no país também garante certa tranquilidade no quesito insumos, porém o aviltamento preço para o produtor de grãos consiste num problema, que pode levar ao desestímulo da plantação destas culturas em médio prazo. Outro fator preponderante na manutenção do preço é a absorção do produto para exportação. Cerca de um terço dos ovos produzidos vão para outros países, o que ajuda na estabilização da demanda interna. Até abril, o preço da caixa com 30 dúzias estava cotado a cerca de 40 reais. A tendência é de que o preço se mantenha no mesmo patamar durante 2010. Problemas de abastecimento são descartados, e outros entraves, como o clima, estão sendo contornados. Fracaro explica que já está ocorrendo a criação de pintainhas de postura, o que facilmente pode reverter eventuais perdas. “Qualquer quebra de produção climática, o produto equilibra.” A crescente elevação da produção de ovos – fruto de modernização da atividade –

crescer

também aponta nova perspectiva para ingresso do ovo brasileiro em mercados estrangeiros. “Acredito que pelo amadurecimento do pessoal do setor, a produção está aumentando para o segmento externo”, crê Fracaro.

Mundo tem espaço para ovos brasileiros O segmento de exportação de ovos do país está em ritmo crescente, e com muito potencial pela frente. Esta é a visão do presidente-executivo da Associação Brasileira de Exportadores de Frangos (ABEF), Francisco Turra. Ele evita dizer números, mas projeta a possibilidade de um crescimento célere – até mesmo com a triplicação dos índices atuais.

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Ovos

“Há um espaço forte para crescer e ter uma performance rápida”, ressalta. As exportações brasileiras de ovos atingiram, em março deste ano, cerca de 210 mil caixas de 30 dúzias, conforme os dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Isto representa um aumento de quase 13% em relação ao mesmo mês de 2009. No entanto, o volume exportado, no acumulado dos últimos 12 meses, chegou a mais de 1,5 milhão de caixas de 30 dúzias – o que representa queda de 9,1% em relação a igual período anterior. O presidente da ABEF destaca que o produto apresenta boa receptividade, e revela que o consumo do item deve ultrapassar o da carne de frango. Turra afirma ainda que a Fundação das Nações Unidas para o Combate à Fome (FAO) fará um programa para estimular o consumo de ovos – já que é uma fonte de proteína barata –, o que deve alavancar ainda mais a participação do produto no cenário mundial. Como forma de auxiliar neste processo, a ABEF realizou recentemente um encontro com produtores e exportadores dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, para apresentar um projeto para estimular o setor, com o apoio da entidade. A ideia é utilizar a estrutura da Associação – que conta com escritório em Bruxelas e presença em 154 países – para fomentar o ingresso do produto, através de feiras e eventos internacionais, além de estratégias de marketing e abertura de mercados. “Esta expertise da ABEF em ter presença já é indicativo de que com o ovo poderemos ter a mesma abertura do que teve com o frango”, alega Turra.

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Notícias Análises em laboratórios do Mapa aumentam 165% em três anos O número de análises realizadas pela Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários aumentou 165% entre 2007 e 2009. No último ano, foram 23,2 milhões, enquanto em 2007, os laboratórios oficiais e credenciados na rede realizaram 14,1 milhões de análises. Os testes são direcionados às áreas de saúde animal e sanidade vegetal, microbiológicas, além de resíduos e contaminantes em alimentos, bebidas, leite, Organismos Geneticamente Modificados (OGMs), agrotóxicos, fertilizantes, sementes e mudas, entre outros. A maior parte dos exames em 2009 (20,3 milhões) foi encaminhada pela área animal e 2,8 milhões vegetais ou produtos de origem vegetal. Hoje são seis Laboratórios Nacionais Agropecuários (Lanagros). A rede credenciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) também cresceu nos últimos três anos, com a inclusão de 83 laboratórios, passando de 795 para 878 unidades. O setor vem ampliando a validação de metodologias desenvolvidas nas áreas de resíduos e contaminantes, aprimorando a qualidade dos serviços prestados pelos laboratórios. As 33 metodologias foram validadas no ano passado, resultado da parceria do Mapa com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que contribuiu para o reconhecimento do trabalho da rede em âmbito internacional. A previsão é de que, em 2010, a Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários ultrapasse 900 unidades no País. Os maiores demandantes de ensaios laboratoriais são a Defesa Sanitária Animal e Vegetal e os Serviços de Inspeção de Produtos de Origem Animal.

FRIGORÍFICO NICOLINI RECEBE VISITA DO MINISTRO DO TRABALHO O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Luppi, afirmou que o governo federal deve ser parceiro do setor produtivo no desenvolvimento de ações que gerem emprego e renda. Ele esteve em Garibaldi em fevereiro passado, quando visitou o Frigorífico Nicolini e foi recebido na CIC (Câmara de Indústria e Comércio) da cidade. “É bom diferenciar o capital produtivo do capital especulativo. O primeiro tem nosso apoio, já que investe no

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Notícias

país e gera riquezas, enquanto que o segundo não cria sequer um emprego.” Durante sua visita à planta industrial do Frigorífico Nicolini, o ministro ficou impressionado pela qualidade das instalações. “É uma empresa de Primeiro Mundo, muito organizada, com investimentos em equipamentos de proteção ao trabalhador, higienização perfeita, dentro dos padrões para exportar e dar inveja à Europa”, comentou ele. O estabelecimento foi escolhido devido à reestruturação de suas operações. Além de Garibaldi, a empresa também conta com uma planta em Nova Araçá. Após um 2009 tumultuado pela crise financeira e que ainda se reflete nas operações do grupo, a empresa ingressa em 2010 apostando em sua marca Nicolini. Na finalidade de ocupar toda a sua capacidade produtiva vem se destacando pela formação de parcerias de produção com outras empresas do mesmo segmento. O objetivo é chegar ao varejo com uma leitura melhor do mercado, afirma a direção da empresa. Para isso, montou equipe própria de vendas e lançou um mix de produtos de aves e suínos. Com certificações do Ministério da Agricultura, o frigorífico está habilitado para exportar a vários países, mas tem focado sua produção para o Oriente Médio.

Foto: Nicolini recebe Ministro do Trabalho

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Notícias Entidades do segmento carnes formam Comitê Estratégico de Logística Em reunião realizada no dia 30 de março, na sede da Asgav (Associação Gaúcha de Avicultura), com a presença de representantes das Indústrias de Aves e Ovos (Asgav/ Sipargs e Abef – Associação Brasileira dos Exportadores de Carne de Frango), Suínos (Sips – Sindicato da Indústria de Produtos Suínos) e Bovinos de Corte (Sicadergs – Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Rio Grande do Sul) e representantes do

“Os setores [...]

Tecon Rio Grande (Terminal de Containeres), foram discutidas ações para o aumento das exportações via Porto de Rio Grande. Também participaram as empresas BRF-Brasil Foods, Doux Frangosul, Alibem,

demonstraram

Cotrijui, Languiru, Agrosul, Frinal, Nicolini, Avicola Carrer, Naturovos e prestadores de serviço que debateram apresentando as dificuldades e sugestões em relação a um melhor

com esta iniciativa que realmente buscam expandir seus negócios no mercado internacional”

aproveitamento do terminal. Alguns gargalos, como as dificuldades no acesso ao porto via hidrovias, o alto custo com pedágios nas estradas e as melhorias na malha ferroviária, foram levantados. Com a apresentação das instalações e serviços do TECON, a cargo do diretor-executivo Tierry Rios, os participantes puderam avaliar os resultados dos investimentos nas diversas melhorias no Porto. “Estamos convictos de que a alternativa de viabilizar cada vez mais as exportações via Porto de Rio Grande trará melhores condições de competitividade para o agronegócio gaúcho”, disse Luiz Ross, presidente da Asgav/Sipargs. Com uma plataforma de assuntos a serem trabalhados, foi aprovada pelas entidades e empresas presentes a criação de um Comitê Estratégico para tratar e trabalhar os temas que visam a um melhor aproveitamento da estrutura portuária gaúcha e à ampliação das exportações dos setores envolvidos. “Estaremos levando ao governo do Estado as sugestões do comitê, pois sabemos que no planejamento de melhorias da estrutura logística do RS haverá abertura para as nossas fundamentadas reivindicações”, concluiu Luiz Ross. O Comitê continuará se reunindo sob a coordenação dos executivos das entidades e do TECON Rio Grande. “Os setores, entidades e empresas presentes nesta reunião demonstraram com esta iniciativa que realmente buscam expandir seus negócios no mercado internacional”, comentou o diretor-executivo da Abef, Ricardo Santin.

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Notícias

Fotos: Reunião realizada na sede da Asgav

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Notícias Novo código pode alterar status sanitário do Rio Grande do Sul Votação na Assembleia Legislativa do Projeto de Lei 128/2009 referente ao novo código sanitário animal do Rio Grande do Sul. A expectativa é de que, através dele, seja possível mudar o status sanitário para livre de aftosa sem vacinação, o que dará maior vantagem comercial ao Estado, especialmente em relação ao mercado externo. “O código traz regras claras e modernas referentes a fiscalização, produção e trânsito de alimen-

“Sanidade é

tos”, disse o coordenador do projeto, deputado Jerônimo Goergen (PP). O parlamentar destaca que o projeto deve ampliar o potencial comercial das cadeias produtivas gaúchas, já que a grife da sanidade possibilitará a garantia de novos

garantia de mercados, por isso precisamos priorizá-la.”

mercados. “Sanidade é garantia de mercados, por isso precisamos priorizá-la.” O diretor da Farsul Carlos Simm disse que um dos objetivos do novo documento é proporcionar um reforço em termos de fiscalização, através da normatização de procedimentos e do fortalecimento da vigilância para evitar eventos sanitários. “Com profissionais bem capacitados e com regramento claro”, reforça. O dirigente destacou a importância da criação da Lei de Responsabilidade Sanitária, complementar ao código, e que obrigaria as prefeituras a fiscalizarem a qualidade dos alimentos produzidos pelo município. Para ele, essa medida ajudaria ainda a reduzir a informalidade dos abates, especialmente no caso da bovinocultura de corte e aumento da segurança alimentar. Representantes dos setores de carne, suínos, leite e aves estiveram reunidos para avaliar o novo código sanitário. O médico-veterinário responsável pelo Laboratório de Virologia do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, Alexandre de Carvalho Braga, diz que o principal objetivo do documento é fortalecer a legislação presente. “É preciso incrementar os recursos dos laboratórios, que sofrem com carência de pessoal e têm crescente demanda. Temos um trabalho forte na área de influenza aviária, certificado de granjas de suínos e exames para raiva.” Segundo Goergen foram propostas algumas alterações como a retirada de artigos duplos, maior envolvimento do conselho de veterinária, regras referentes a doenças exóticas e penalidades mais severas para diferentes infrações. “Atualizamos alguns pontos e desburocratizamos outros.”

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Notícias

MISSÃO EUROPEIA APRESENTA BALANÇO Após roteiro de praticamente 15 dias no Brasil, que incluiu vistorias no Rio Grande do Sul, a missão europeia concluiu em março que o Sistema Brasileiro de Certificação Sanitária brasileiro dá garantias quanto ao registro, controle, identificação e inspeção dos animais e seus produtos. A informação foi divulgada pelo Ministério da Agricultura a partir de reunião feita com técnicos em Brasília.

EM 2020, FRANGO DETERÁ METADE DO CONSUMO DE CARNES DO BRASIL Nas previsões da Assessoria de Gestão Estratégica (AGE) do Ministério da Agricultura, os brasileiros devem consumir em 2010 cerca de 16,870 milhões de toneladas das carnes bovina, suína e de frango. O maior volume – 46,8% do total – será da carne de frango, vindo a seguir a carne bovina, com 37,4% do total, e, por fim, a carne suína, com 15,8% do consumo total. Já o esperado para daqui a 10 anos é um consumo total 28,39% maior que o atual, percentual que corresponde a um volume da ordem de 21,660 milhões de toneladas. Então, espera-se que pouco mais da metade desse consumo (50,1%) esteja centrado na carne de frango, cabendo às carnes bovina e suína participação de, respectivamente, 35,3% e 14,6%.

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Notícias pós-fusões na agroindústria serão debatidos durante a AveSui 2010 Durante o segundo semestre de 2009, o segmento de aves e suínos vivenciou uma grande movimentação no mercado, marcada por fusões na agroindústria avícola e suinícola. Essas mudanças, advindas da junção de empresas como Sadia e Perdigão, e da aquisição da Seara pela Marfrig Alimentos – algumas das mais significativas para o mercado nacional –, reconfiguraram todo o cenário econômico e trouxeram muitas incertezas aos criadores e demais fornecedores desta cadeia, que aguardam definições mais claras sobre as consequ-

“A forma básica

ências desses processos. Para o sócio-diretor da GS&M, empresas de consultoria em varejo e consumo, Mar-

de competição

cos Gouvêa, esse movimento de concentração traz ao setor de proteína animal e ao varejis-

é oferecer

também uma consolidação do lado da oferta, isso cria um reequilíbrio de forças”, explica.

melhores

de pesquisa, de comunicação e de desenvolvimento de novos produtos sigam competindo.

ta uma adequação de mercado. “Existe uma consolidação do lado do varejo, como existe Gouvêa acredita que esta movimentação faz com que os players com maior capacidade Desta forma, o consumidor será beneficiado. “A forma básica de competição é oferecer

soluções ao

melhores soluções ao consumidor e procurar entendê-los para antecipar seus desejos.” Este cenário será um dos focos dos debates durante a AveSui América Latina 2010,

consumidor e procurar entendê-lo para antecipar seus desejos.”

maior feira de aves, ovos e suínos latino-americana, a ser realizada entre os dias 11 e 13 de maio, no Centro de Convenções Centro Sul, em Florianópolis (SC). No primeiro dia do evento, Marcos Gouvêa se reúne com o ex-Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Copresidente do Conselho de Administração da BRF Brasil Foods, Luiz Fernando Furlan, com o economista e apresentador do programa Manhattan Connection (transmitido pela GNT), Ricardo Amorim, e com o Presidente e CEO da empresa canadense de genética suína Genesus Inc, Jim Long, no “Painel Conjuntural de Mercado: as mudanças no perfil dos mercados avícola e suinícola com a nova economia”. De acordo com a diretora da AveSui, Andrea Gessulli, no painel conjuntural, que marca a abertura do IX Seminário Internacional de Aves e Suínos, os renomados especialistas de mercado usarão seu conhecimento do setor para sinalizar à cadeia algumas definições a respeito do setor de proteína animal, com uma abordagem bastante direta sobre este momento de concentração.

AveSui América Latina 2010 Data: 11, 12 e 13 de maio de 2010 •Local: Av. Gustavo Richard, s/n - Florianópolis – SC E-mail: avesui@gessulli.com.br • Site: www.avesui.com

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Notícias

Embora exista uma insegurança por parte de muitos criadores, com receio do estabelecimento de um oligopólio em algumas regiões, Andrea acredita que as fusões também poderão trazer algumas mudanças favoráveis ao setor, a partir do know-how que estas empresas têm em outras áreas. A intenção do painel conjuntural, que abrirá a programação da Feira no dia 11 de maio, será contribuir com informações aos mais diversos elos produtivos dos segmentos de aves e suínos, mediante este novo cenário dos setores. “Será uma oportunidade ímpar, para que todos esses atores estejam reunidos para debater as novas configurações deste cenário e apontar alternativas que fortaleçam estas atividades. Esta é uma das propostas da feira, ao idealizar estes tipos de discussões”, finaliza Andrea.

Entra em funcionamento Laboratório de Nutrição Animal da Univates O Laboratório de Físico-Química do Unianálises, laboratório de análises da Univates, vem trabalhando com métodos de referência para a área de alimentação animal, alimentos e água. Para agilizar o tempo de entrega dos resultados e reduzir o custo dos serviços, o Unianálises investiu recentemente em nova tecnologia: a tecnologia NIR. Conhecida como infravermelho próximo, é uma técnica baseada na aplicação da matemática à química analítica (quimiometria), com a integração da espectroscopia, estatística e computação de dados. Por ser um equipamento automatizado, o infravermelho próximo dispensa o uso de reagentes químicos e operações analíticas complementares, como nos métodos convencionais. Dessa forma, o cliente terá acesso rápido aos resultados, com agilidade e redução de custos. Considerando que a maioria dos laboratórios internos de indústrias ainda utiliza técnicas tradicionais de análise, que são mais demoradas e de maior custo, esta técnica torna-se uma alternativa para as fábricas de farinhas de origem animal, rações, grãos, farelos e similares, podendo ser terceirizada parte da demanda interna desses produtos para o Laboratório ou para os demais controles. Já estão disponíveis pelo NIR as análises de proteína, gordura, cinzas e umidade em farinhas de origem animal (vísceras, penas, sangue, carne e ossos) e, em breve, os ensaios de cálcio, fósforo, acidez e cloretos. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3714-7027, ramal 5381, com Diego ou Júlia, pelo e-mail labnir@univates.br ou pelo site www.univates.br/unianalises.

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Ciência e Tecnologia

energia elétrica Geradores podem salvar frangos (e a sua granja)

Hoje em dia, grande parte das atividades humanas – empresariais, industriais, rurais e mesmo domésticas – está atrelada à necessidade de uso de energia elétrica. Basta faltar luz em uma cidade – ou apenas em um bairro – para verificar os transtornos que causa na vida das pessoas. Certas atividades, porém, dependem de forma crucial deste fornecimento para manterem suas rotinas em equilíbrio, como é o caso das granjas avícolas. Elas necessitam da eletricidade para ativar sistemas, como o de refrigeração e umidificação, nos aviários.

“O avicultor

No entanto, o abastecimento provido por parte das concessionárias estatais está sujeito a falhas, sejam por acidentes ou ocorrências climáticas, ou ainda por desligamentos para manutenções – embora estes sejam programados.

terá duas certezas: não vai ter perdas e garantirá sua renda mensal”

Com as eventuais interrupções, vêm os problemas. E a mortandade de aves por falhas de alimentação elétrica é um dos grandes dramas enfrentados pelos avicultores no país. A exemplo do que ocorreu em Santa Catarina no último verão – quando centenas de milhares de frangos morreram de calor nas granjas, em virtude de problemas nos cabos de fornecimento –, diversos outros estados estão sujeitos às mesmas situações e aos mesmos percalços. Em condição inversa, os frangos podem também sofrer com o frio – e neste caso, com a necessidade de sistema de aquecimento. Técnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), do segmento de suínos e aves, descrevem em documento as exigências das aves quanto à temperatura, explicando a ocorrência do chamado estresse calórico quando estas condições não são atendidas. Os animais recém-nascidos necessitam de ambientes entre 32ºC e 35ºC, e as adultas, de 20ºC a 23ºC. No caso de severidade do clima – como o calor intenso, ocorrido no último verão no Estado – e em caso de falhas na rede elétrica, os avicultores que não possuírem geradores para manter os sistemas funcionando na propriedade estão sujeitos a perdas. Um programa emergencial pode ajudar a evitar as perdas em decorrência de falhas no fornecimento. O presidente do Grupo Geradores Stemac, Jorge Luiz Buneder, frisa que a instalação de um sistema emergencial de geradores representa a garantia de renda para o produtor, de forma que ele possa cumprir com suas obrigações. “O avicultor terá duas certezas:

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Ciência e Tecnologia

não vai ter perdas e garantirá sua renda mensal”, afirma. Para definir que tipo de planta geradora deve ser implantada, o presidente aconselha contar com engenheiros especialistas na área de aplicação, que podem definir um plano com melhor adequação à realidade da granja. “O primeiro passo é analisar a conta de energia do aviário. E depois, os planos de expansão, de forma a deixar uma margem para aumento na faixa de geração”, explica. É preciso também definir a localização e o desenho da sala onde o equipamento será instalado. Buneder complementa, afirmando que o país vive uma alteração climática na região Sul, e eventos que não eram comuns – como temporais e ondas de calor – têm tendência de se tornarem mais constantes. “É preciso se prevenir contra estas intempéries”, alega. Por este motivo, um sistema emergencial representa uma garantia para o produtor. “Um grupo gerador funciona como uma apólice de seguro”, destaca.

Foto: Jorge Buneder, presidente do Grupo Stemac

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Ciência e Tecnologia

Nova tecnologia revoluciona produtos e chega também ao agronegócio

Pesquisas importantes nos mais diversos campos vão revolucionar as técnicas existes na atualidade. A Nanotecnologia é uma delas. O conceito surgiu no final dos anos

“Podemos

1950, mas os primeiros estudos tiveram início em meados do século passado, quando o Nobel de Física Richard Feynman (1918-1988) propôs em discurso a manufatura de elementos átomo por átomo. A nanotecnologia e a nanociências constituem uma área emer-

afirmar que

gente do conhecimento científico que terá um impacto elevado no mundo, uma realidade que enche de esperança e ideias os pesquisadores. Está associada a diversas áreas (como

dentro dos próximos

10 anos, 20% dos produtos à venda no

a medicina, eletrônica, ciência da computação, física, química, biologia, engenharia dos materiais, a indústria e comércio) de pesquisa e produção na escala nanométrica. É uma área interdisciplinar que envolve o conhecimento e manipulação de materiais com dimensões que apresentam propriedades singulares para o desenvolvimento de aplicações e dispositivos tecnológicos inovadores. Um nanômetro é a medida de um bilionésimo do metro, ou cerca de 100 mil vezes menor que um fio de cabelo. Se a área de uma cabeça de alfinete (menos de 1 mm²) fosse aumentada 25 mil vezes, poderia receber todas as páginas dos 24 volumes da Enciclopédia Britânica nesta superfície. Essa possibilidade de movimentar e empilhar átomos como

mercado usarão

peças de um lego permitiu a construção de máquinas, tintas, medicamentos e dispositivos

componentes

Na área da saúde humana estão acontecendo grandes progressos dessa tecnologia.

nanotecnológi-

mais eficientes e com a capacidade de resolver problemas excepcionais. Suas pequenas dimensões permitem combater os patogênos diretamente, com pequenas quantidades, com grande durabilidade e sem possibilidade de surgirem vírus ou bactérias resistentes.

cos em suas fórmulas”

A Nasa (agência espacial norte-americana) tem aplicações diversas, como os novos compostos nanotecnológicos para higienização de ambientes. Testes têm comprovado a eliminação de Salmonelas, Escherichia Coli, Lysteria, Bordonella, Tuberculose, Parvovirose, Gripe H1N1, Pseudomonas, Clostridium, Camphilobacter, Aspergilose e muitos outros. “Podemos afirmar que dentro dos próximos 10 anos, 20% dos produtos à venda no mercado usarão componentes nanotecnológicos em suas fórmulas”, diz o diretor de Pesquisa e Inovação da Innovida, Walterley Neves.

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Ciência e Tecnologia

A Innovida, por exemplo, aposta neste uso e nos últimos três anos tem empenhado sua capacidade para compreender e aplicar essa tecnologia no setor agropecuário. “Já visitamos vários produtores e realizamos testes de laboratório com centenas de amostras de ‘camas de frango’ e de coletas executadas em objetos, tais como ferramentas utilizadas nos galpões, banheiros, bebedouros, confirmando a presença de variações significativas na quantidade e na espécie das cepas e vírus encontrados. E o produto que estamos trabalhando tem se mostrado eficiente nas eliminações destes agentes.” A contaminação pode acontecer no galpão pela presença destes nos bebedouros, comedouros, cercas e pisos e nos caminhões, nas carrocerias e nas caixas de transporte. E também nos abatedouros, na despenadeira, no chiller e nas câmaras frigoríficas. “Observamos que os padrões de higiene dos criadouros estão de acordo com os padrões internacionais, na maioria das vezes. De posse destas informações e com amostras destas doenças, coletadas diretamente nos locais contaminados, executamos dezenas de testes em laboratório, aplicando um produto que estamos em fase final de desenvolvimento, e observamos uma redução fantástica das cepas vivas, 2 horas após a aplicação. Testamos várias combinações e dosagens, até chegar a uma dose mínima, segura e econômica.” Os próximos passos serão consultar veterinários e técnicos agrícolas para efetuar testes supervisionados em pequenas amostras de criações, com 10 ou 20 frangos separados dos lotes. “Vamos preparar relatórios e documentar os resultados para apresentar à Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agrícola), MAPA (Ministério Agricultura Pecuária e Abastecimento) e Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Quando então faremos todos os testes novamente, sob supervisão deles, para só então entrar no mercado oferecendo uma opção segura para os produtores”, explica Neves.

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Meio Ambiente

classificação de impacto ambiental Giancarlo Tusi Pinto, presidente do CONSEMA

A Resolução Consema (Conselho Estadual de Meio Ambiente) 232/2010, publicada no DOE (Diário Oficial do Estado), edição 08/04/10, altera e amplia a competência dos municípios habilitados para as atividades de impacto local, relacionados na Resolução Consema nº 102/2005. Estará em vigor a partir de 8 de maio de 2010, conforme o artigo 3º, seguindo decisão tomada pelo conselho. O secretário de Estado do Meio Ambiente, no uso das atribuições elencadas na Constituição Estadual, de 03 de outubro de 1989, e Lei Estadual 11.362, de 29 de julho de 1999, determina: Resolução Consema nº 232/2010 Altera tipologias de empreendimentos e atividades considerados como de impacto local, listados na Resolução Consema nº 102/2005, de 24 de maio de 2005. Considerando o disposto nos incisos III, VI, VII, XI do art. 23, e no § 2º, do art. 225 da Constituição Federal de 1988, no art. 13 da Constituição Estadual; Considerando a atribuição constante no art. 69 da Lei Estadual nº 11.520/2000 - Código Estadual do Meio Ambiente; Considerando a Resolução CONAMA 237/97 e Resoluções do Conselho Estadual de Meio Ambiente que disciplinam o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto local; Considerando as ações estratégicas do Governo do Estado do Rio Grande do Sul na promoção da gestão ambiental compartilhada; Considerando a natureza, características e complexidade dos empreendimentos agropecuários que desenvolvem atividades de criações de animais confinados, que vêm acompanhados de soluções ambientais compatíveis com a produção sustentável; Considerando que as atividades listadas, até determinado porte, produzem efeitos ambientais eminentemente locais. RESOLVE: Art. 1º. O Anexo I da Resolução CONSEMA nº 102/2005 passa a vigorar com a alteração das seguintes atividades consideradas como de impacto local: Art. 2º. O órgão ambiental proporá a alteração de portes e a inclusão de empreendimentos e atividades em que os estudos recomendarem que sejam consideradas como de impacto local. Art. 3º. Esta Resolução entrará em vigor 30 dias após a data de sua publicação. Art. 4º. Ficam revogadas as disposições em contrário.

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Meio Ambiente

Descarte de lixo precisa ter destinação apropriada

Dar destinação correta ao lixo tem sido um grande desafio a vencer em todo o mundo e em todos os setores sociais. E é um dos grandes pilares da preservação do meio ambiente. Todo o resíduo é um problema, mas em especial o da Saúde, incluídos na Classe I (nocivo ao ser humano, animal ou meio ambiente).

“A legislação aplicada a esta resolução

Os resíduos Classe I (de acordo com as normas da ABNT, Associação Brasileiras de Normas Técnicas), denominados como perigosos, são aqueles que, em função de suas propriedades físicas, químicas ou biológicas podem apresentar riscos à saúde e ao meio ambiente. São caracterizados por possuírem uma ou mais das seguintes propriedades: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenecidade. A legislação aplicada a esta resolução atinge todos os estabelecimentos relacionados

atinge todos os

com saúde humana animal ou meio ambiente ou assuntos denominados trabalho de campo.

estabelecimentos

sável geral pela geração de resíduo é que deve coletar, segregar e transportar o material e dar

De acordo com o coordenador nacional da Atitude Ambiental, Carlos Riet, o responinclusive o destino final. Através dos procedimentos-padrão – acondicionamento no saco

relacionados

branco leitoso, carregado em transporte apropriado e coleta semanal. As tecnologias utilizadas no tratamento estão de acordo com a determinação quali-

com saúde humana animal ou meio ambiente ou assuntos denominados trabalho de campo.”

tativa e quantitativa das propriedades físicas, químicas e biológicas de cada tipo de resíduo. Normalmente, as técnicas de tratamento resumem-se em: autoclavagem, neutralização, solidificação, encapsulamento, incineração entre outras. A destinação final se dá em aterro industrial classe I, conforme determina as Resoluções nº 358/05 do Conama (Conselho Nacional do Meio ambiente) e 306/04 da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e demais normas vigentes, não agredindo a saúde pública ou ao meio ambiente. Atualmente, a cadeia de agroindústria tenta ampliar a parceria para obedecer às resoluções do Conama em todas as suas etapas, inclusive na ponta inicial, no produtor/integrado, que precisa criar cultura de descarte adequado e não enterra ou queimar que pode comprometer a qualidade de sua água ou terra e ate mesmo ar. No Rio Grande do Sul existem aproximadamente 500 unidades agroindústrias ligadas apenas ao segmento de carnes. Riet cita por exemplo que em uma empresa que possui quatro unidades são gerados 20 mil quilos em três meses de descarte Classe I. “Um só aviário produz a cada 33 dias 20 quilos de resíduos que precisam ter uma destinação adequada. Imagine o que não existe por todo o país em todos os segmentos.”

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