Asteroides também podem ter satélites conhecimento da geração de energia
Os satélites planetários mais ex-
no interior de satélites com crosta de
ternos, em geral pequenos, são exemplos
gelo, como Europa e Titã, onde se pre-
de um paradigma clássico: o problema
sume que existam espessos lençóis de
restrito dos três corpos. Esse problema
água em forma líquida – oceanos in-
trata do movimento de uma partícula
teriores – capazes de abrigar formas
de massa desprezível – o satélite – sob
extremas de vida. Outros satélites
a ação gravitacional de dois corpos
planetários também apresentam fenô-
maiores – o planeta e o Sol. As órbitas
menos que, para serem explicados, é
desses satélites são muito diferentes
necessário um melhor conhecimento
das dos demais.
das questões ligadas à origem de suas manifestações térmicas.
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Enquanto os satélites internos estão em geral em órbitas quase circu-
O fenômeno mais popular neste
lares situadas no plano equatorial do
momento são os jatos de vapor de
planeta, os satélites mais externos têm
Encélado (satélite de Saturno) e aero
orbitas de grande elipticidade e situadas
modelagem recente da sua superfície.
em planos bastante inclinados. Muitos,
As fontes de calor que propiciam esses
inclusive, movem-se em uma direção
fenômenos não são conhecidas. As pes-
contrária ao movimento rotacional do
quisas atuais procuram, usando técni-
planeta. Não parecem haver se formado
cas de dinâmica não linear, mapear res-
nas órbitas em que se encontram. Pare-
sonâncias secundárias associadas ao
cem antes corpos formados em outras
movimento de Dione (outro satélite de
regiões do Sistema Solar.
Saturno), cuja travessia poderia alterar
Asteroides também podem ter
a órbita de Encélado de modo a aumen-
satélites. O primeiro deles foi detectado
tar a geração de energia térmica pelas
pela sonda espacial Galileo. Até o mo-
marés em seu interior.
mento quase cem deles já foram iden-