Voto cristão pt

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Apresentação:

A Fragilidade dos Valores Todas as coisas «boas» foram noutro tempo más; todo o pecado original veio a ser virtude original. O casamento, por exemplo, era tido como um atentado contra a sociedade e pagava-se uma multa, por ter tido a imprudência de se apropriar de uma mulher (ainda hoje no Cambodja o sacerdote, guarda dos velhos costumes, conserva o jus primae noctis). Os sentimentos doces, benévolos, conciliadores, compassivos, mais tarde vieram a ser os valores por excelência; por muito tempo se atraiu o desprezo e se envergonhava cada qual da brandura, como agora da dureza. A submissão ao direito: oh! que revolução de consciência em todas as raças aristocráticas quando tiveram de renunciar à vingança para se submeterem ao direito! O direito foi por muito tempo um vetitum, uma inovação, um crime; foi instituído com violência e opróbrio. Cada passo que o homem deu sobre a Terra custou-lhe muitos suplícios intelectuais e corporais; tudo passou adiante e atrasou todo o movimento, em troca teve inumeráveis mártires; por estranho que isto hoje nos pareça, já o demonstrei na Aurora, aforismo 18: Nada custou mais caro do que esta migalha de razão e de liberdade, que hoje nos envaidece. Esta mesma vaidade nos impede de considerar os períodos imensos

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da moralização dos costumes que precederam a história capital e foram à verdadeira história, a história capital e decisiva que fixou o caráter da humanidade. Então a dor passava por virtude, a vingança por virtude, a renúncia da razão por virtude, e o bem-estar passivo por perigo, o desejo de saber por perigo, a paz por perigo, a misericórdia por opróbrio, o trabalho por vergonha, a demência por coisa divina, a conversão por imoralidade e a corrupção por coisa excelente. Friedrich Nietzsche, in 'A Genealogia da Moral'

Disse o Deus de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou: Haverá um justo que domine sobre os homens, que domine no temor de Deus. 2 Sm. 23:3

Mas a visão do Governo do Justo vem exatamente com a proposta de unir a legitimidade da expressão sacerdotal e profética da Igreja com o clamor da sociedade por uma política decente, ordeira, honesta, limpa, ética. No que depender do Governo do Justo, nenhum tipo de velho comportamento será avalizado para fabricação de votos ou apoios. Como líderes de um povo, devemos considerar o valor da representatividade do povo cristão/evangélico nos pleitos


políticos e o fato de que a nossa representatividade fala da mais expressiva, organizada, e com maior capacidade e poder de transferência de votos. Por isso, muito cobiçada dentre todos os segmentos da população por conta do seu poder de influência. Assim sendo, os olhos da igreja tem entendido a indispensável tarefa de contribuir para que o processo eleitoral não continue sendo margeado pela esperteza dos ímpios e ganância dos poderosos, continuísmo dos mesmos, sofismas dos “espertos” e a tola submissão dos desavisados, que resultou numa sociedade em desagregação que tolera coisas intoleráveis. Os olhos da igreja: Visa também trazer sua contribuição informativa e formativa à comunidade religiosa a ela conectada, na intenção de contribuir para um processo eleitoral no qual o voto evangélico não seja manipulado, como muitas vezes já o foi, mas usado com consciência e objetividade, ajudando a Igreja a amadurecer no exercício da sua cidadania política, de forma coerente com sua fé, com sua crença. Inspirado nos líderes revolucionários Moisés e Jesus, que com suas missivas (mensagens) e mandamentos poderosos ajudaram a sociedade da sua época, e estenderam seus ensinos até os dias

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de hoje, apresento aqui alguns conselhos, dicas, que considero fundamentais sobre o bom uso do dito voto evangélico. 1. O SEU VOTO É INEGOCIÁVEL E INTRANSFERÍVEL.

Com ele, você terá a oportunidade de expressar sua consciência como cidadão. Por isso, o voto precisa refletir a compreensão que você, como cristão, tem de seu País, Estado e Município. 2. O CRISTÃO DEVE REGULAR A SUA CONSCIÊNCIA POLÍTICA NOS PRINCÍPIOS DA PALAVRA, APESAR DOS ARGUMENTOS SOCIAIS DESAFIADORES VIVIDOS EM NOSSOS DIAS.

Ele deve ajustar sua maneira de ver a realidade social, pela Palavra de Deus, recebendo ajuda do líder da Igreja e através do que Deus está fazendo em sua realidade e conduzir o voto naquela direção. 3. OS PASTORES E LÍDERES TÊM OBRIGAÇÃO DE ORIENTAR OS FIÉIS SOBRE COMO VOTAR COM ÉTICA, DISCERNIMENTO E COMPROMISSO COM A PALAVRA DE DEUS.

No entanto, a bem de sua credibilidade, o pastor ou o líder evitará transformar o processo de orientação política numa ação de manipulação e indução político-


partidária, jamais poderemos dentro da ética citar nomes, e sim tipos de comportamento. O pastor pode sim declarar o nome do candidato que ele escolheu, mas não pode obrigar o rebanho a votar nele nem os filhos e nem mesmo a esposa, pois isto constitui em crime eleitoral. 4. OS LÍDERES EVANGÉLICOS DEVEM SER SÁBIOS, DEMOCRÁTICOS (PORQUE ESSA É A ATUAL MANEIRA DE FAZER POLÍTICA) E ZELOSOS DO GOVERNO DIVINO SOBRE AS INSTITUIÇÕES.

Portanto, deve zelar pelo processo de escolha indicação de quem a comunidade deve votar isso sem nomes, ou seja, o pastor ou líder vai ensinar o perfil bíblico do justo, e esse será o nome a ser escolhido particular e secretamente pelo eleitor Cristão. Se for possível, devem-se organizar debates multipartidários, multivisionários, nos quais, simultânea ou alternadamente, representantes das correntes partidárias visionárias possam ser ouvidos sem preconceitos, visando obter conhecimento dos movimentos políticos sociais que de certo ajudarão na decisão final dos apoios e escolhas, claro isso depois de uma educação política de qualidade. 5. A DIVERSIDADE SOCIAL,

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ECONÔMICA E IDEOLÓGICA QUE CARACTERIZA A IGREJA EVANGÉLICA NO BRASIL IMPÕE QUE SEJAM CONDUZIDOS PROCESSOS COM A DEVIDA ORGANIZAÇÃO, TEMOR, RESPEITO E SABEDORIA.

Visando o apoio aos candidatos ou partidos dentro do ambiente de vida da igreja evitando o constrangimento dos eleitores (o que é criminoso) e zelando para evitar divisão (em todos os sentidos) na comunidade. Entendendo e fazendo entender que: no processo político existem pessoas que estarão mais próximas de partidos e de pessoas envolvidas no processo, ex: parentes candidatos; essas pessoas estão envolvidas e a creditando que seu candidato é a melhor opção. 6. NENHUM CRISTÃO DEVE SENTIR-SE OBRIGADO A VOTAR EM UM CANDIDATO PELO SIMPLES FATO DE ELE SE CONFESSAR CRISTÃO EVANGÉLICO.

Antes disso, os evangélicos devem discernir se os candidatos ditos cristãos são pessoas lúcidas e comprometidas com as causas de justiça e da verdade; E mais: é fundamental que o candidato evangélico queira eleger-se para propósitos maiores do que apenas defender os interesses imediatos de um grupo religioso ou de uma denominação evangélica ou apenas


ter um mandato. É óbvio que a Igreja tem interesses que passam também pela dimensão políticoinstitucional. Todavia, é mesquinho e pequeno demais pretender eleger alguém apenas para defender interesses restritos às causas temporais de uma instituição. Um político de fé evangélica deve ser sobretudo, um evangélico na política e não apenas um "despachante" a serviço de grupos. Ao defender os direitos universais do homem, a democracia, os princípios do Reino de Deus, entre outras conquistas, o cristão estará defendendo a Igreja. Ou seja, um político Cristão que legisla a favor do direito e da justiça já esta de maneira plena defendendo a igreja, pois a igreja não precisa furar a fila (ser corrupta) para conseguir lotes, carradas de entulho ou material para construção.

templos, linhas de crédito bancário, propriedades, tratamento especial perante a lei ou outros "trocos", ainda que menores. Conquanto todos assumam que nos bastidores da política haja acordos e composições de interesse, não se pode, entretanto, admitir que tais "acertos" impliquem na prostituição da consciência cristã, mesmo que a "recompensa" seja, aparentemente, muito boa para a expansão da causa evangélica. Jesus Cristo não aceitou ganhar os "reinos deste mundo" por quaisquer meios, Ele preferiu o caminho da cruz, ou seja, do sacrifício. 8. OS VOTOS PARA PRESIDENTE DA REPÚBLICA E PARA CARGOS MAJORITÁRIOS E TODOS OS OUTROS DEVEM, SOBRETUDO, BASEAR-SE EM PROGRAMAS DE GOVERNO, NAS PROPOSTAS E NO CONJUNTO DAS FORÇAS PARTIDÁRIAS POR DETRÁS DE TAIS CANDIDATURAS, SUAS

7. OS FINS NÃO JUSTIFICAM OS

IDEOLOGIAS E COM MUITOS

MEIOS.

CUIDADOS.

Portanto, o eleitor cristão não deve jamais aceitar a desculpa de que um evangélico político votou de determinada maneira e muito menos que ele votou em determinado político, porque obteve a promessa de que, em assim fazendo, conseguiria alguns benefícios para a igreja ou para si mesmo, quer sejam rádios, concessões de TV, terrenos para

Que, no Brasil, são, em extremo, determinantes: ‘preste atenção se o candidato tal é ateu’, ou ‘se candidato tal tem posturas contra as igrejas’, ou ‘se o candidato é contra a causa dos evangélicos’. É bom saber que a Constituição do país não dá a quem quer que seja o poder de limitar a liberdade religiosa de qualquer grupo, mas, na prática, não é assim que vemos. Somos em

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meio ao silêncio acintosamente discriminados e perseguidos nesta Nação.

igrejas, pois não somos regidos por ideais humanos, e sim pela Bíblia, que é o nosso manual de Fé e Pratica.

9. SEMPRE QUE UM ELEITOR EVANGÉLICO ESTIVER DIANTE DE UM IMPASSE DO TIPO: "O CANDIDATO EVANGÉLICO É ÓTIMO, MAS SEU PARTIDO NÃO É O QUE EU GOSTO", É COMPREENSÍVEL QUE DÊ UM "VOTO DE CONFIANÇA" A ESSE IRMÃO NA FÉ .

Desde que ele tenha as qualificações para o cargo. Entretanto, é muito bom considerar que ninguém atua sozinho, por melhor que seja o irmão, em questão, ele terá grande desafio para transcender a agremiação política de que é membro, ou as forças políticas que o apóiem. Fiquem atentos às ideologias e não se percam nos bonitos discursos com que geralmente eles tentam nos enganar. Vejam a barca furada que nos metemos com esse governo atual que quer apoiar abortos e homossexualismo, deixando bem claro que não temos nada contra quem escolhe este caminho, desde que não interfira em nossa liberdade de crer que isso é abominação aos olhos do nosso Deus, e nem nos proíba de continuar tentando mostrá-los que Jesus é o caminho a verdade e a vida, e que não sejamos abrigados a aceitar as suas praticas dentro da membresia de nossas

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10. NESSE PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE VALORES POLÍTICOS, DEVEM SER OBSERVADOS OS PAPÉIS COM MUITA PRUDÊNCIA.

O pastor deve ser obedecido em tudo aquilo que ensina sobre a Palavra de Deus, de acordo com ela. No entanto, no âmbito políticopartidário, a opinião do pastor deve ser ouvida como a palavra de um cidadão, e respeitada em concordância com a Palavra de Deus, sem nos esquecermos de que esse sacerdote tem-nos acompanhado e aconselhado em todas as áreas da nossa vida e que Deus fala por ele. Mas é possível que você tenha opinião pública política diferente do seu pastor ou seus líderes espirituais. Saiba lidar com essa diferença sem ferir os princípios espirituais. O pastor é um homem público, e homem público é aquele que lida com uma sociedade, particularmente a comunidade religiosa local, regional ou a nacional, isto vai depender do seu campo de atuação pastoral. Devemos entender que a Igreja está acima da opinião pública, contribuindo para a estruturação de


uma visão coletiva e comunitária com base na Palavra de Deus que é a bússola da vida ou seja a igreja e as instituições a ela ligadas são imparciais, não deve tomar partido. Finalmente, quero considerar que precisamos estar atentos aos destinos da nossa sociedade e agir com maturidade, equilíbrio, mas, também com muita garra sabendo que vamos decidir os próximos quatro anos da nossa cidade e que a decisão de agora influenciará nas próximas decisões de daqui a 2 anos. Nós não podemos ser omissos muito menos errar nas escolhas. “Disse o Deus de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou: Haverá um justo que governe sobre os homens, que governe no temor de Deus. E será como a luz da manhã, quando sai o sol, da manhã sem nuvens, quando pelo seu resplendor e pela chuva a erva brota da terra.” (II Samuel 23:3-4). ELEIÇÕES? COMO DEVE PROCEDER PERANTE A PALAVRA.

Quando os justos se engrandecem, o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo geme. Pv. 29:2 Ao longo da história da Igreja em nosso país, foi criada uma “cultura” de que Igreja nada tem a ver com a Política e que o servo do Senhor não pode se envolver com política e com o governo. É com freqüência que ouvimos

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afirmações do tipo: “Eu não voto no irmão fulano... por que se não ele cai!” ou “Política não é coisa para evangélico”, ou “Para que o Povo de Deus tem que ter representante?” , ou ainda “Política e religião não se misturam”. Chegam a ponto de afirmar que não há qualquer menção na Bíblia Sagrada sobre política, seria isto verdade? Como pastor de um novo tempo para nossa denominação, tenho uma preocupação muito grande a este respeito. Como Igreja apartidária (ou seja, não devemos nos vinculamos a nenhum partido ou candidato), mas, entretanto não somos apolíticos. Entendemos que existem inúmeros exemplos bíblicos, que nos dão a direção de como nos comportar em face às eleições, os poderes constituídos e a política. Vejamos alguns exemplos: Houve um período da história da humanidade em que as abateu sobre o mundo uma grande fome, não havia alimentos em lugar nenhum, exceto em um País, o Egito. Todo o povo do mundo estava passando fome, mas Deus providenciou um meio para alimentar o Seu Povo... Colocou José, um servo fiel, em um cargo público no mais alto escalão, o que permitiu que os hebreus recebessem alimentos (Gn 50.1921). Em outra fase da história os hebreus estavam para ser destruídos, foi arquitetada uma grande cilada para o povo, aparentemente não havia saída, mas existia um homem e uma


mulher ligados ao governo da época, a saber: Éster e Mardoqueu, que através de sua mobilização impediram a destruição (Et 4.1,7-9;5.1; 7 e 8). Devemos nos lembrar também da escolha de Daniel e seus companheiros, entre todo o Povo de Deus que estava cativo devido as suas qualidades, em especial a de permanecerem fieis a Deus e não se contaminarem, para estarem diante do Rei (Dn 1.3-5) e após isto e Rei colocou a Daniel como Governador sobre todo o país, o que com certeza beneficiou os hebreus durante o cativeiro, não com favores corruptos mas, com o direito de orar três vezes ao dia e adorar seu Deus, isso é o que a igreja precisa, de uma política justa que não vá tirar nossos direitos, mas que também não nos favoreça em degradação do direito alheio. Estaria o Povo de Deus hoje em situação diferente? Não há hoje necessidade de termos verdadeiros representantes do Senhor nos poderes executivo e legislativo? Lembremo-nos das leis, quase aprovadas a nível federal, uma que restringia a nossa liberdade de adoração a Deus limitando, em muito, o volume de som de nossas Igrejas, outra que pretendia transformar nossas igrejas em “empresas”, entre outras que feriam a Palavra. Só a mobilização da bancada evangélica em Brasília pode impedir sua aprovação, e se lá não houvesse evangélicos? Muitas leis deste tipo também têm sido aprovadas em Câmaras Municipais, porque não temos uma representação de servos do

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Senhor entre os vereadores. Há cidades em que os cultos ao ar livre são proibidos, o uso de praças (embora públicas) não é permitido, não obstante se utilizem estes mesmos lugares para realizações de eventos de outras religiões ou para shows mundanos. E muitos ainda dizem que não precisamos de representantes no Governo. Talvez você esteja dizendo: - “Para vereador nos temos candidatos evangélicos mas para prefeito não, o que devo fazer então? Não devo votar?”. A Bíblia nos instrui em primeiro lugar a “Tomai homens sábios, inteligentes e experimentados, segundo as vossas tribos (portanto irmãos em Cristo) para que os ponhais por vossos cabeças.” (Dt 1.13), mas “quando não havia” em Israel homens que pudessem cumprir os propósitos de Deus, Ele os levantava em os gentios para usá-los em favor do seu povo, como foi o caso de Ciro (2 Cr 36.22-23). Nos tempos em que vivemos, tempos de perseguições e lutas, nunca foi tão necessário termos homens e mulheres de Deus, verdadeiramente comprometidos, não com um ou outro partido e nem com uma ou outra pessoa, mas realmente compromissado com os Projetos do Senhor Jesus para as cidades. Quando nos entregamos ao Senhor passamos a pertencer a


Ele e somente a Ele, tudo em nós pertence a Jesus: nossa saúde, nosso salário, nossa família, nossa casa, nosso trabalho... Nosso voto! Sim, o seu voto também pertence a Senhor, como para tudo mais em sua vida peça ao Espírito Santo que te oriente, torne útil seu voto para a expansão de Reino de Deus. Lembrando de que como citamos acima primeiro devemos procurar dentre o Povo de Deus, mas também ser membro de uma Igreja, por si só, não é referencial, analise o candidato, observe: o testemunho cristão, sua comunhão com Deus e com os outros, se tem realmente sua vida orientada pelos princípios da Palavra, veja seu envolvimento na seara do Senhor... E então o prestigie com seu voto. Vez que outra é preciso voltar ao polêmico tema da igreja e a política. A arte de se fazer política pode ser exercida por qualquer pessoa, cristã ou não. Meu objetivo é o de alertar, uma vez mais, sobre os perigos que a igreja enfrenta sempre que se posiciona política e ideologicamente ao lado desse ou daquele governo. Fé e política são dois temas permanentemente conflitantes. O PRIMEIRO grande desafio da igreja é diante do nacionalismo - da defesa da pátria - que leva muitos políticos cristãos a abrir mão dos princípios bíblicos em defesa do país. O nacionalismo intransigente conflita com a Fé. Jamais devemos esquecer que, do ponto de vista bíblico os crentes são cidadãos dos

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céus, e, portanto, aptos a circular entre todos os povos da terra. No momento da perseguição ou por questões de sobrevivência econômica ele encontra refúgio em qualquer nação e faz da nova terra sua nova pátria! O povo de Deus tem características universais, e não pode ser nacionalista. A igreja não pode perder de vista o conceito de povo peregrino, de cidadão celestial que a autoriza a ser uma voz profética não apenas em sua nação, mas para todos os povos. Quando a igreja se torna uma voz profética de Deus na sociedade, seus membros podem circular pela política, entre o pessoal do governo como voz que clama a favor dos pobres, dos necessitados, do direito e da justiça, sem jamais entrar em conluios sejam de que ordem for! Quando o pobre, o órfão, a viúva e os aposentados são constantemente desfavorecidos; sempre que a busca da riqueza oprima a classe social mais abaixo e sempre que as leis atentem contra a liberdade cristã, a liberdade de viver e afrontem os princípios bíblicos da lei moral universal, a igreja deve erguer seu palanque, sua torre de vigília e denunciar! Por isso a denúncia contra a prática do aborto, mesmo que este seja aprovado em lei - como nos Estados Unidos - e casamentos de pessoas do mesmo sexo devem tomar a dianteira nos discursos da


igreja! A Igreja não pode estar casada com o Estado nem alienada dele. No momento em que nossos filhos forem doutrinados na ideologia homossexual, ou quando o Estado decidir o que os pastores podem e não podem pregar nos cultos, como reagiremos? Se estivermos alienados sucumbiremos, e se nos posicionarmos pagaremos o preço! Por não querer pagar o preço, a igreja se omite dos grandes temas nacionais! Quando o governo tem objetivos comuns à igreja, como atendimento aos pobres, aos excluídos, etc., a tentação é ainda maior. O confronto começa quando abrimos mão de nossa liberdade individual, de nossa missão cristã, e nos deixamos envolver com o "espírito" nacionalista, para que a nação seja forte e unida economicamente! O SEGUNDO grande desafio é levar a igreja a caminhar por esse espinhoso terreno da esfera política, como voz profética sem se deixar levar pela adulação do poder. É importante que a igreja se torne uma voz profética, evitando ficar presa (seus candidatos) ao emaranhado das falcatruas ou do enriquecimento ilícito, como tem acontecido nos últimos dias. Daniel passou por vários Impérios sem se deixar influenciar politicamente. Teve coragem de exortar a

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Nabucodonosor a que deixasse seus caminhos injustos e desse mais atenção aos pobres! Aliás, alguns partidos são tidos como dos evangélicos - uma lástima - o que leva o mundo a ver a igreja evangélica como um partido político. Uma das razões da igreja ser perseguida em algumas cidades era porque seus políticos defenderam teses como se fossem da igreja, quando eram projetos pessoais ou denominacionais. O TERCEIRO. O namoro com o poder inebria e deixa os líderes da igreja sem a capacidade de refletir, perdendo seu senso de direção e propósito. Sempre que é favorecida por algum governo a Igreja perde sua autoridade profética e divina. Como cristãos precisamos ter em mente que Deus utiliza governos democráticos, ou totalitários de esquerda ou de direita para trazer a justiça social. O Brasil precisa ajustar de forma mais bíblica a questão social, e não devemos nos surpreender se, para tanto, Deus utilizar ateus e ideologias não cristãs para atender ao clamor dos pobres! É assim que Deus envergonha a igreja! Esta deve fazer sua parte, priorizando os órfãos e viúvas, construir templos suntuosos sim, mas não esquecendo que esse dinheiro poderia ser usado para construir moradias e gerar renda para os pobres. Procedendo assim,


dará testemunho público de sua fé e estará cumprindo sua parte naquilo que ela mesma denuncia. Ela só tem autoridade para denunciar naquilo que ela intensamente vive! Onde houver injustiça social, a igreja deve estar lá operando. Seu trabalho silencioso é a melhor forma de condenar os corruptos e calar os discursos dos que governam.

Reexaminar esse tema à luz da Bíblia e da missão da Igreja talvez não traga dividendos financeiros nem muitos amigos, mas, por certo evitará que atropelemos a história, cometendo os mesmos erros que nossos pais fizeram no passado! VAMOS FALAR APENAS UM POUCO SOBRE OS PECADOS COMETIDOS NOS PLEITOS ELEITORAIS.

Cuidado com o nacionalismo que pode nos levar a pensar que a obediência à esfera política seja um dever tão digno e honroso quanto a obediência a Deus. A Igreja deve ficar atenta às mentiras proferidas em certas campanhas e publicidades dos governos, sejam esses de que partido forem! Hitler afirmava que "a magnitude de uma mentira contém certo fator de credibilidade, visto que as grandes massas caem mais facilmente em uma grande mentira do que em uma pequena". Rausas J. Rushdoony afirmou que "por trás de todo sistema legal há um deus. Ao acharmos o deus em qualquer sistema, localizamos a fonte de suas leis". E afirma mais: "Quando você escolhe quem será sua autoridade, escolhe seu deus, e onde você procura sua lei, lá está seu deus", ou seja, por trás de uma PL 121 sempre tem um GLS, um gay uma lésbica ou um simpatizante. a cada dois anos é ano eleitoral.

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Vender voto é crime? Sim vender voto e comprar voto é crime federal, portanto pecado, sendo pecado gera morte. Fazer boca de urna é pecado? Sim também é crime federal, por isso pecado e existem muitos cristãos que já cometeram tantas vezes esses pecados que já nem confessam mais, as mentes foram cauterizadas e recebem dinheiro ou algum presente ou promessa de emprego em troca de seu voto, todo crime contra as leis do estado também é pecado. Abaixo alguns crimes cometidos pelos crentes no período de eleição. 1. O QUE SÃO CRIMES ELEITORAIS? Consideram-se crimes eleitorais ações proibidas (descritas em leis) praticadas tanto por eleitores quanto por candidatos e que atingem as eleições em qualquer das suas fases, desde o alistamento


eleitoral até a diplomação dos candidatos. Os infratores estarão sujeitos às penalidades de detenção, reclusão e/ou pagamento de multas previstas no Código Eleitoral e em outras leis. 2. QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS CRIMES ELEITORAIS?

Corrupção eleitoral ativa: doar, oferecer ou prometer dinheiro, presente ou qualquer outra vantagem, inclusive emprego ou função pública, para o eleitor com o objetivo de obter-lhe o voto, ainda que a oferta não seja aceita; Corrupção eleitoral passiva: pedir ou receber dinheiro, presentes ou qualquer outra vantagem em troca do voto; Usar de violência ou grave ameaça para coagir alguém a votar, ou não votar, em determinado candidato ou partido, ainda que os fins visados não sejam conseguidos; a casos no nordeste de pastores disciplinar ovelhas por não votarem em seus candidatos. Fornecer alimentação ou transporte para eleitores, tanto da zona rural quanto da zona urbana, desde o dia anterior até o posterior à eleição (*somente a Justiça Eleitoral poderá realizar transporte de eleitores); Promover desordem que prejudique os trabalhos eleitorais; Recusar ou abandonar o serviço eleitoral sem justificativa; Utilizar serviços, veículos ou prédios

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públicos, inclusive de autarquias, fundações, sociedade de economia mista e entidade mantida pelo Poder Público, para beneficiar a campanha de um candidato ou partido político; Votar ou tentar votar mais de uma vez, ou em lugar de outrem; Violar ou tentar violar os programas ou os lacres da urna eletrônica; Causar, propositadamente, danos na urna eletrônica ou violar informações nela contidas; Destruir, suprimir ou ocultar urna contendo votos ou documentos relativos à eleição; Fabricar, mandar fabricar, adquirir, fornecer, ainda que gratuitamente, subtrair ou guardar urnas, objetos ou papéis de uso exclusivo da Justiça Eleitoral; Alterar, de qualquer forma, os boletins de apuração; Falsificar ou alterar documento público ou particular para fins eleitorais; Fraudar a inscrição eleitoral, tanto no alistamento originário quanto na transferência do título de eleitor, (mudar de domicilio eleitoral para favorecer candidato) esse ato é cometido em muito pelos crentes que transferem seus títulos para lugares que não moram, para poderem votar em amigos ou até mesmo em um irmão da igreja; Reter indevidamente o título eleitoral de outrem. Todos esses atos são crimes, portanto pecados, que se não


confessados e abandonados, levarão muitos para o inferno. CONCLUSÃO: ESCOLHA DE DEUS, OU

Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas. Romanos 13:1 “TRADUÇÃO NVI”

NOSSA? Fala-se muito sobre a escolha soberana de Deus no meio político, prega-se que as autoridades foram constituídas por Deus, ou seja, os corruptos, os bandidos, e a corja que temos no poder, com poucas exceções, claro! Logo se imagina que Deus é o culpado ou conivente com tanto roubo, e o que dizer de: QUANDO OS JUSTOS SE ENGRANDECEM, O POVO SE ALEGRA, MAS QUANDO O ÍMPIO DOMINA, O POVO GEME. PROVÉRBIOS 29:2 O

TEXTO BASE PARA ESSE ERRO É: Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus. Romanos 13:1 “TRADUÇÃO CORRIGIDA FIEL”

Todo o homem esteja sujeito às autoridades superiores. Pois não há autoridade que não venha de Deus; e as que há, têm sido ordenadas por Deus. Romanos 13:1 “TRADUÇÃO SBB”

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Cada qual seja submisso às autoridades constituídas, porque não há autoridade que não venha de Deus; as que existem foram instituídas por Deus. Romanos 13:1 "TRADUÇÃO CATÓLICA"

para entendermos melhor isso vamos separar a palavra em questão nas versões oferecidas, temos aqui quatro precitadas acima, das quatro apenas uma chama de potestade, as outras tratam como autoridade, quando se fala de potestade já pensamos em demônios mas o significado é bem mais amplo do que imaginamos, no grego: potestade – é “o poder daquele que manda” potestade (latim potestas, -atis, poder, domínio, autoridade) encontramos a qui a resposta para esse embati, a palavra mas correta a ser posta no testo bíblico seria: Todos devem sujeitar-se aos PODERES governamentais, pois não há PODER que não venha de Deus; os PODERES que existem foram por ele estabelecidas. Romanos 13:1 Cada qual seja submisso aos PODERES constituídos, porque não há PODER que não venha de Deus; os que existem foram instituídas por


Deus. Romanos 13:1 ou seja, o que foi estabelecido por deus foram os poderes, ex: presidente, rei, primeiro ministro, juiz, corregedor, deputado, senador, executivo, legislativo e judiciário, mas as pessoas que assumem os respectivos cargos são eleitos por nós, a bíblia jamais se contradiz, nós é que não queremos assumir as nossas culpas como sempre! que possamos melhorar as nossas escolhas e entendermos melhor a bíblia! Autor: Pr. FRANCISCO BRANDÃO D. D.

Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito. Lc. 10:16

Versão católica: Aquele que é fiel nas coisas pequenas será também fiel nas coisas grandes. E quem é injusto nas coisas pequenas, sê-lo-á também nas grandes. Lc. 10:16

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