NT maio 2014

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Notícias do ténis

FERNANDO CORREIA

EDIÇÃO ONLINE

MAIO 2014

O brilho de Elias


A «revolução» do padel Editorial

O padel tem um cariz marcadamente social e é uma vertente que a Federação Portuguesa de Ténis pretende desenvolver no pais, de forma sustentada

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«Top-Padel», no Porto, recebeu a primeira de cinco provas Padel Portugal, que entrou em velocidade cruzeiro e só terminará no início de dezembro, com a realização do «Masters», com a presença dos 32 atletas, metade em masculinos e outros tantos em femininos, mais cotados no «ranking» individual do próprio Circuito. Nos pares mistos, serão apurados oito atletas masculinos e igual número femininos. A realização do Circuito Padel Portugal corresponde a um anseio desde que, em 2011, a Federação Portuguesa de Ténis assumiu a tutela do padel. A modalidade não para de crescer e, neste momento, a realidade permite pensar que o futuro reserva uma evolução no padel no país: o número de praticantes ocasionais e regulares não para de crescer e as infraestruturas continuam a multiplicar-se sem paralelo, em clubes próprios, em clubes de ténis, hóteis, «resorts» e condomínios privados. Os números comprovam que está em marcha uma «revolução». O padel em Portugal é um fenómeno imparável e a Federação Portuguesa de Ténis aposta fortemente na modalidade neste ano. O padel tem um cariz marcadamente social e é uma vertente que a Federação Portuguesa de Ténis pretende desenvolver no país, de forma sustentada. Pretendemos que o edifício do padel em Portugal tenha alicerces sólidos e que não seja visto como uma oportuni-

VASCO COSTA Presidente da Federação Portuguesa de Ténis

dade de negócio. O padel é um desporto de todos e para todos. O padel é uma modalidade desportiva que atrai muitos praticantes, ocasionais e regulares. É fácil de começar a jogar e, por isso, é que cerca de 90 por cento das pessoas que experimentam o padel continuam a jogar, pelo prazer que proporciona a prática da modalidade e pela envolvente social. É, incontestavelmente, um desporto de família, que cativa tanto homens como senhoras. Por todas as razões, o padel precisa que o seu crescimento seja acompanhado, estudado, discutido. E que tenha uma estrutura bem edificada, não se descurando aspetos importantes como a formação e credenciação de técnicos e a competição. Uma competição como o Circuito Padel Portugal.

Federação Portuguesa de Ténis Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha | Tel.: 214 151 356 | Fax: 214 141 520 | geral@fptenis.pt EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa | Coordenação: José Santos Costa

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Gastão Elias atingiu os quartos de final do Portugal Open pela segunda vez seguida

O brilho de Elias Na edição das bodas de prata do Portugal Open, Gastão Elias atingiu os quartos de final em singulares pela segunda vez consecutiva. Em pares, o tenista português, radicado no Brasil, jogou as meias-finais, ao lado de João Sousa. Destaque também para Duarte Vale, o mais jovem português de sempre a vencer um encontro no Portugal Open.

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Gastão Elias soma nove presenças no Portugal Open. A estreia aconteceu em 2006 e logo com entrada no quadro principal de singulares, na condição de «lucky loser». Acabou eliminado pelo russo Dmitry Tursunov, por 6-2 e 6-1

astão Elias tornou-se no primeiro português a garantir a presença nos quartos de final de singulares em duas edições consecutivas do Portugal Open, o único evento português no ATP World Tour. O tenista natural das Caldas da Rainha, radicado há anos no Brasil, foi o português que mais longe chegou na competição individual na edição das bodas de prata do Portugal Open. Contemplado com «wild card» pelo quarto ano consecutivo, Gastão Elias correspondeu com brilho ao convite endereçado pelo diretor do torneio português, João Lagos. Na primeira eliminatória, o tenista treinado pelo brasileiro Jaime Oncins afastou o italiano Filippo Volandri. Bastaram duas partidas, fechadas com 6-4 e 6-3, para Elias desembaraçar-se do então 84.º mundial. Com João Sousa afastado prematuramente, Gastão Elias, vicecampeão no «Challenger» de Santos na semana anterior à participação no Portugal Open, juntouse na segunda ronda a Rui Machado, que eliminou o russo Dmitry Tursunov, quinto cabeça de série e 32.º. No segundo encontro, Gastão Elias contrariou o favoritismo do espanhol Guillermo Garcia-Lopez, 39.º no «ranking» ATP. No final de

três «sets», completados com os parciais de 6-4, 3-6 e 6-2, o português sorriu. Nos quartos de final, Gastão Elias acabou por ser travado pelo romeno Victor Hanescu, na altura

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João Sousa (na foto, no Fun Center) foi eliminado na primeira ronda em singulares, mas, ao lado de Elias, esteve a um triunfo da final em pares

posicionado em 93.º na classificação ATP. O sonho do português atingir as meias-finais — cometimento até agora conseguido apenas por Frederico Gil, em 2010, ano em que

se sagrou vice-campeão — foi gorado após 6-1 e 7-5 a favor do veterano romeno, de 32 anos. O ténis português ficava sem representantes portugueses nos singulares masculinos e Gastão

Elias jogou pela sexta vez no quadro principal de singulares do Portugal Open. Desde 2011 que o tenista nascido nas Caldas da Rainha recebeu «wild card» para o quadro principal

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Elias tornou-se no sexto português a jogar os quartos de final do Portugal Open

Rui Machado atingiu a segunda ronda em singulares da edição das bodas de prata do Portugal Open

Elias tornou-se no sexto português a jogar os quartos de final . Em 25 edições do Portugal Open, Gastão Elias tem duas presenças nos quartos de final e Frederico Gil é o único com três, enquanto João Cunha e Silva, Nuno Marques Rui Machado e João Sousa discutiram numa única ocasião o acesso às meiasfinais [ver quadro]. Com a proeza no Portugal Open, Elias averbou 45 pontos para o «ranking» e embolsou 12.565 euros, na nona participa-

ção no torneio da João Lagos Sports, que, este ano, esteve na iminência de não se realizar. Elias estreou-se em 2006, acabando por atingir o quadro principal de singulares. Foi eliminado na terceira e última ronda, mas acabou por ser repescado. Em 2007, não passou da ronda inaugural do «qualifying» de singulares e, em 2009 e 2010, ficou a uma vitória do quadro principal. Nas últimas quatro edições, Gastão Elias, que completa 24 anos em novembro, entrou na

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Os portugueses nos «quartos» 1992

JOÃO CUNHA E SILVA - Sergi Bruguera (ESP), 2-6 / 1-6

1995

NUNO MARQUES - Emilio Sanchez (ESP), 6-4 / 4-6 / 3-6

2006

FREDERICO GIL - David Nalbandian (ARG), 1-6 / 2-6

2008

FREDERICO GIL - Roger Federer (SUI), 4-6 / 1-6

2010

FREDERICO GIL - RUI MACHADO, 4-6 / 7-6 (1) / 6-3

2012

JOÃO SOUSA - Albert Ramos (ESP), 2-6 / 3-6

2013

GASTÃO ELIAS - Stanilas Wawrinka (SUI), 4-6 / 4-6

2014

GASTÃO ELIAS - Victor Hanescu (ROM), 1-6 / 5-7

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Com o afastamento precoce de João Sousa, Gastão Elias juntou-se a Rui Machado na segunda ronda. O algarvio, treinado por André Lopes, eliminou o russo Tursunov, quinto favorito, com um duplo 6-0

grelha principal com «wild card». Em 2011, abandonou quando João Sousa estava em vantagem — 7-6 (6), 3-6 e 5-2 — num encontro épico no «Central». No ano seguinte, novamente com João Sousa pela frente, Elias disputa três «sets» com o vimaranense e volta a consentir o triunfo, por 5-7, 6-4 e 6-2. Em 2013, Gastão Elias obteve o primeiro triunfo no quadro principal do Portugal Open — afastou o argentino Horácio Zeballos, sétimo cabeça de série e 41.º mundial, com 6-3 e 6-4 — e voltou a festejar o êxito após desembaraçar-se do tenista que fechava o «top» 50, o uzbeque Denis Istomin, por 3-6, 6-1 e 6-4. «BICICLETA». A «bicicleta» de Rui Machado no confronto com o russo Tursunov permitiu ao português voltar a uma segunda de singulares do Portugal Open, dois anos depois da eliminação de Pedro Sousa no Jamor. Rui Machado ocupava a 243.ª posição na altura do embate com Tursunov e surpreendeu o duplo 6 -0 imposto ao quinto favorito. Foi a segunda vez que, no torneio de singulares masculinos do Portugal Open, um desfecho terminou com todos os jogos favoráveis a um tenista: em 1994, Carlos Costa aplicou um duplo 6-0 ao italiano Andrea Gaudenzi, no encontro

dos quartos de final. O espanhol acabaria por conquistar o título, após salvar dois pontos de encontro frente ao russo Andrei Medvedev. Depois de Tursunov, Rui Machado mediu forças com o espanhol Daniel Gimeno-Traver (98.º mundial), que quebrou as veleidades ao algarvio em repetir a presença nos quartos de final de 2010, com o Centralito repleto de assistência, frente a Frederico Gil.

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O benjamim

Nesta edição do Portugal Open, Gil voltou a atuar no Centralito a abarrotar pelas costuras, mas, depois de mais de duas horas, o moldavo Adu Albot (176.º) fechou o embate com o português (na altura, o 936.º ATP) com os parciais de 6-1, 3-6 e 7-6 (4). O finalista em 2010 saía de cena na penúltima ronda, o mesmo acontecendo com Duarte Vale, Gonçalo Pereira e André Gaspar Murta.

João Sousa

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Frederico Gil voltou a atuar no Centralito repleto de público

Duarte Vale inscreveu-se pela primeira vez no Portugal Open e a participação no «qualifying» vai ficar na história do torneio português: é o mais jovem tenista português a ganhar um encontro na única prova lusa no ATP World Tour. Com apenas 15 anos e quase quatro meses, Duarte Vale logrou o triunfo sobre Felipe Cunha Silva, por 6-7 (7), 6-4 e 6-3, na primeira eliminatória da fase prévia. O triunfo de Duarte Vale frente ao filho de João Cunha e Silva superou o anterior registo, de Gastão Elias. Com 15 anos e quase seis meses, venceu o seu primeiro adversário na fase prévia do Portugal Open de 2006, o russo Artem Sitak, por 6-7 (5), 60 e 6-3. Duarte Vale, campeão nacional de sub-14, não passou da segunda ronda do «qualifying», mas deixou a sua marca.

Duarte Vale, campeão nacional de sub-14, venceu um encontro no Portugal Open com apenas 15 anos e quase quatro meses

50.º

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Mais uma par A

Na edição das bodas de prata do Portugal Open, João Sousa e Gastão Elias tornaram-se na quinta dupla portuguesa discutirem o acesso à final de pares no pó de tijolo do Jamor

dupla João Sousa/Gastão Elias esteve a uma vitória da final em pares do Portugal Open. O par terceiro cabeça de série, constituído pelo mexicano Santiago Gonzalez e pelo norte -americano Scott Lipsky, dois especialistas na variante, goraram o sonho dos portugueses. O percurso de João Sousa (afastado em singulares na primeira ronda de singulares) e de Gastão Elias no Portugal Open foi o quinto mais bem sucedido entre os portugueses. Em 2010, Pedro Sousa e Leonardo Tavares atingiram as meiasfinais, depois da proeza da eliminação do indiano Rohan Bopanna e do paquistanês Aisam-ul-Haq Qureshi, dois verdadeiros especialistas em pares. No encontro de acesso à final, Pedro Sousa e Leonardo Tavares acabaram por ceder ante o uruguaio Cuevas e o espanhol Granollers, por duplo 6-3. Uma década antes, João Cunha e Silva jogou as meias-finais no torneio do pó de tijolo do Jamor, desta vez conjuntamente com Bernardo Mota. Os dois foram impedidos de chegarem à final pela dupla que acabou por ser a vencedora, formada pelo sul-africano David Adams e pelo australiano

João Cunha e Silva (na foto, regis na Semana do Ténis & Padel) e Bern Mota foram os primeiros portugu nas meias-finais em p do Portugal O

Joshua Eagle. 2-6, 7-5 e 7-5 foi o desfecho. Em 1998, Cunha e Silva também esteve perto do derradeiro encontro de pares do Portugal Open, desta feita ao lado de Nuno Marques. No entanto, o holandês Fernon

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rceria de sucesso FERNANDO CORREIA

stada nardo ueses pares Open

Wibier e o mexicano David Roditi impuseram-se aos portugueses, por 3-6, 6-3 e 7-6. A primeira vez que uma dupla portuguesa logrou inscrever o nome nas meias-finais do Portugal Open aconteceu em 1994, na quinta edição. Emanuel Couto e

Bernardo Mota tentaram ultrapassar Cristian Brandi e Federico Mordegan, mas os italianos, que conquistaram no Jamor o primeiro de dois títulos por desistência dos holandeses Richard Krajicek e Menno Ooosting, venceram os portugueses, por 7-5, 4-6 e 6-4.

Emanuel Couto e Bernardo Mota foram os primeiros a atingirem uma meia-final no Portugal Open. Foi em 1994

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Vítor Cabral em grupo ITF Vítor Cabral integra a Comissão Mundial de Treinadores da ITF. É o único português entre catorze elementos, oriundos de todo o mundo. Cabral também é o primeiro português a fazer parte desta Comissão ITF

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ítor Cabral, diretor do Departamento de Desenvolvimento (DdD) da Federação Portuguesa de Ténis, foi nomeado para um grupo de trabalho da ITF para preparar a criação de um programa dedicado ao ténis juvenil (11 aos 17 anos). «O projeto será mais um derivado do Play & Stay dedicado à faixa etária dos 11 aos 17 anos, à semelhança do que se passou com o programa Tennis Express, para maiores de 18 anos, e Tennis 10’s, para sub-10, escalão que tem o K-Open Smashtour como versão nacional», explicou Vítor Cabral. O diretor do DdD da Federação Portuguesa de Ténis salientou que este programa vocacionado para o ténis juvenil «foram passos planeados» pela ITF «desde o lançamento do Play & Stay, há sete anos». «O escalão 11-17 anos foi deixa-

do para o fim por ser particularmente complexo, devido às caraterísticas específicas dos adolescentes», declarou Vítor Cabral, acrescentando que «a ITF decidiu criar um grupo de trabalho específico e escolheu sete pessoas para o integrar». Todos os nomes «surgiram consensuais» para a direção da ITF, presidida por Francesco Ricci Bitti. O convite foi dirigido a Vítor Cabral por Dave Miley, diretor executivo da ITF, em abril. «O facto de um português ser selecionado para um grupo tão restrito é mais um reconhecimento do trabalho efetuado pela Federação Portuguesa de Ténis, nesta área. A qualidade do nosso sistema de formação, a implementação do Play & Stay e do Tennis 10’s e a inovação de programas como os Clubes Oficiais Play & Stay são fatores que pesaram na escolha,

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Vítor Cabral em grupo de trabalho da ITF

além das nossas atividades no Dia Mundial do Ténis, em 2013 e 2014», sustentou Vítor Cabral. O grupo de trabalho constituído pela ITF dedica-se já à «análise deste paradigma do desenvolvimento da modalidade», programa que poderá ter a designação Tennis Teens.

Além de Vítor Cabral, este grupo de trabalho da federação internacional é constituído por: Scott Schultz (Estados Unidos), Craig Morris (Austrália), Ruben Neyens (Bélgica), Clair Webb (Grã -Bretanha), César Kist (Brasil) e Richard Crowell (Canadá).

O grupo de trabalho, constituído por nomes que reúnem o consenso da direção da ITF, é formado por mais seis elementos, de nacionalidades norteamericana, australiana, belga, britânica, brasileira e canadiana. O programa poderá designar-se «Tennis Teens»

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Masters do Circuito Padel Portugal, a decorrer este ano pela primeira vez, está já calendarizado: 7 e 8 de dezembro. O Masters do Circuito Padel Portugal ainda não tem local marcado, mas está confirmado que os 16 tenistas mais bem cotados em masculinos e femininos serão apurados para os quadros de pares em cada género. Para o quadro de pares mistos, qualificam-se para os primeiros oito atletas masculinos e igual número de jogadoras da última classificação antes do Masters. O Circuito Padel Portugal teve já a primeira prova Padel Portugal. O «Top-Padel», no Porto, acolheu os melhores executantes na modalidade. A dupla Ana Rita Gomes/Diana Silva foi a vencedora da primeira de cinco provas Padel Portugal, terminando a fase de grupos apenas com vitórias. Em segundo ficou o par Ana Sofia Guimarães/Sofia Bastos, enquanto Cláudia Moreira e Daniela Carvalho terminaram em terceiro e Joana Valente e Mariana Campos posicionaram-se em quar-

FOTOS: TOP-PADEL

Dezembro é o

Miguel Alves e Ricardo Cortes vence João Roque e Filipe Freitas na final d prova do «Top-Padel», no Porto

to. Michelle Quintão e Paula Ribeiro foram a quinta dupla. Nos pares mistos, Ana Sofia Guimarães e Henrique Villas-Boas conquistaram o título, após o triunfo sobre Ana Rita Gomes e André Catarino. Nos pares masculinos, Ricardo

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o mês de Masters

eram da

O título em pares femininos foi averbado por Ana Rita Gomes e Diana Silva. Ana Sofia Guimarães e Sofia Bastos terminaram em segundo

Cortes e Miguel Alves venceram o torneio do «Top Padel», deixando em segundo João Roque e Filipe Freitas. A prova do «Top Padel» foi a primeira de cinco Padel Portugal. Para se apurar para o Masters, um atleta tem de participar em três

Nos pares mistos, o triunfo pertenceu a Ana Sofia Guimarães e Henrique Villas-Boas, enquanto Ana Rita Gomes e André Catarino foram vice-campeões

dos cinco eventos Padel Portugal e mais duas provas do restante calendário oficial do Circuito Padel Portugal. Obrigatório é, também, a inscrição no Campeonato Nacional de Padel, que será em setembro, em local a designar oportunamente.

O local do Masters do Circuito Padel Portugal ainda está por definir

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A descoberta do novo mundo

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orria o ano de 1999. Luís Faria aproveitou o intervalo de uma reunião de associações com a Federação Portuguesa de Ténis para visitar o Lisboa Racket Center. Num dos «courts», decorria um torneio internacional de ténis em cadeira de rodas e, paralelamente, uma clínica de ténis para deficientes da unidade do Centro de Medicina e Reabilitação do Alcoitão. Luís Faria, presidente do CT Pombal, ficou impressionado com «a forma como os atletas se movimentavam em campo e controlavam com ligeireza a cadeira de rodas e a raqueta». As imagens de esforço e abnegação acompanharam-no na viagem de regresso ao seu clube. Não lhe saíam da cabeça. Dias mais tarde, Joel Mendes, que esteve igualmente no Lisboa Racket Center, irrompeu pelo clube e pediu-lhe o empréstimo de uma raqueta e uma bola. «Não só lhe emprestei o que ele queria, como lhe dei uma aula de ténis», recordou Luís Faria, que, naquele dia, entrou numa nova realidade. «A partir daí, teve início uma

nova modalidade no CT Pombal. Outros apareceram e desistiram. Em setembro de 2000, apareceu Carlos Leitão, cheio de força e vontade de aprender. Foi um esforço muito grande a treinar com a cadeira de rodas, mas essa fase criou-lhe força física e vontade», rememorou Luís Faria, na altura também secretário da Associação de Ténis de Leiria (ATLEI). Inesquecível foi igualmente o dia em que entregaram as três primeiras cadeiras de rodas adquiridas na Holanda, graças a António Joaquim Gonçalves, sócio benemérito do CT Pombal. Carlos Leitão quis experimentar uma e ficou surpreendido com a facilidade de manobra: «Parece que saí de um Fiat 500 e entrei num Mercedes. Fabuloso!». Volvidos 14 anos, Carlos Leitão, condecorado com a medalha de Mérito Desportivo da Câmara Municipal de Pombal, é o hexacampeão nacional de ténis em cadeira de rodas. No CT Pombal, juntam-se a ele: Joel Mendes, João Lobo e Pedro Silva. Luís Faria, que aprendeu ténis na cidade da Beira (Moçambique),

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Luís Faria foi o impulsionador do ténis em cadeira de rodas no CT Pombal

em 1965, com 26 anos, estaria longe de imaginar que o CT Pombal seria uma das referências do ténis em cadeira de rodas em Portugal. Presidente honorário do clube, Luís Faria foi o primeiro treinador de ténis do CT Pombal. Presentemente, não ensina a modalidade, tarefa que está entregue a Filipe Monteiro, Ricardo Canhão e João Rodrigues. Em abril do ano passado, completou 25 anos como presidente do CT Pombal, cargo que é agora desempenhado por Elisabete Cordeiro, diretora do «Future» de 10 mil dólares que o clube inscreveu na ITF e que teve como vencedor Frederico Silva, após final com João Domingues. Nostálgico, Luís Faria recordou que, quando regressou a Portugal, após a independência de Moçam-

bique, em julho de 1975, deparouse com a ausência de um espaço adequado para o ténis em Pombal, mas um polidesportivo, «onde está hoje o pavilhão Eduardo Gomes», tinha «as medidas que dava para a prática do ténis». «Fui à Câmara falar com o presidente, Joaquim de Almeida, e solicitei autorização para pintar as marcações do ténis e poder ensinar a quem se interessasse pela modalidade. Foi assim que começou ténis em Pombal», lembrou. Um dia, Joaquim de Almeida mostrou agrado pela realização de Luís Faria e prometeu-lhe a construção de um clube de ténis, caso vencesse as eleições autárquicas e fosse reconduzido como presidente. «Assim nasceu o CT Pombal, já lá vão 26 anos», disse Luís Faria.

Luís Faria, presidente honorário do CT Pombal, instituiu o ténis em cadeira de rodas em 1999. Primeiro, apareceu Joel Mendes, depois Carlos Leitão, João Lobo e Pedro Silva. O clube da região região Centro é uma referência no ténis em cadeira de rodas em Portugal

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Nuno Deus 19 anos

«Quero atingir o ’top’ 100» Campeão nacional de sub -18 em título, Nuno Deus, do Ace Team, obteve o primeiro ponto ATP no «Future» de Antalya, em abril. Deus, com Manuel Costa Matos como treinador principal, é um dos atletas residentes no CAR, às ordens de Gonçalo Nicau e Hugo Anão. Campeão nacional por equipas em sub -16 (2011) e sub -18 (2013), soma três títulos no Tennis Europe e outros tantos no ITF Junior

O ténis é... o desporto que escolhi há dez anos atrás, pela exigência que é necessária, a nível físico, tático e mental. Jogo ténis… pelo prazer que me dá e pelo sonho de chegar a ser um dos melhores um dia. O que mais gosto no ténis... é a sensação de vitória após cada jogo ganho ou torneio conquistado. O que mais detesto no ténis… é o facto de ser um desporto muito caro e, por tal razão, não ter podido viajar mais e ter feito mais torneios fora do país. Treinar é... um processo que tem em vista um objetivo que eu quero concretizar, dando tudo o que tenho em cada momento, de forma a melhorar o meu nível. Sucesso significa… a recompensa do meu trabalho árduo de todos os dias. No ténis, quero atingir... o «top» 100 ATP. Depois de vencer um encontro… vou falar com o meu treinador, alongar e tomar um duche. Até ao momento, a minha maior alegria no ténis foram… a conquista do primeiro ponto ATP

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e ter sido campeão nacional de sub-18. E a maior tristeza no ténis foi… nunca ter integrado as seleções nacionais em Europeus. Se eu mandasse no ténis... apoiava muito mais os atletas de alto rendimento e os clubes virados para a competição. Em Portugal, o ténis precisa de… ter estrutura mais forte, por forma a apoiar melhor os atletas. Um ou uma tenista português no "top" 10 seria... ótimo para dinamizar mais o ténis em Portugal e cativar ainda mais jovens. Um bom treinador… é aquele que teve já uma grande experiência no circuito e que ajuda o seu atleta a crescer dentro e fora do campo, apoiando-o nos bons e maus momentos. O meu ídolo no ténis é atualmente... Roger Federer. O meu torneio preferido é… Wimbledon. A minha superfície preferida é… piso rápido No meu saco, não dispenso… as raquetas, sapatilhas, elástico, corda, toalha e água.


Associações Regionais AÇORES AVEIRO LEIRIA

ALGARVE

ALTO ALENTEJO

CASTELO BRANCO LISBOA

SETÚBAL

MADEIRA VILA REAL

COIMBRA PORTO VISEU


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