NT julho 2014

Page 1

Notícias do ténis EDIÇÃO ONLINE

JULHO 2014

SKISTAR SWEDISH OPEN

Nova conquista


O rosto da plêiade de estrelas Editorial

A proeza assinada por João Sousa é muito importante para o ténis português, que desejamos prossiga no seu trajeto de crescimento

J

á me referi a João Sousa várias vezes neste espaço privilegiado de contacto com todos os entusiastas do ténis. Devo fazê-lo uma vez mais: o 35,º .posto mundial, alcançado a 14 do presente mês, é um feito que não dispensa quaisquer adjetivos valorativos. É um cometimento que orgulha o vimaranense, que trocou a sua cidade natal por Barcelona aos 15 anos, e que nos deixa a todos, sem exceção, satisfeitos. Pouco mais de três meses volvidos de um novo máximo pessoal e do ténis português (38.º lugar), dois aspetos ressalvo: João Sousa, com a parceria de sucesso com Frederico Marques, continua com o mesmo discurso de ambição em subir mais no «ranking» ATP e com a mesma humildade de reconhecer que, para concretizar a ascensão, «existem ainda muitos aspetos a melhorar», como afirmou em março. Também já o deixei vincado aqui que a proeza assinada por João Sousa é muito importante para o ténis português, que desejamos prossiga no seu trajeto de crescimento. O ténis português tem apresentado registos assinaláveis, não só nos circuitos profissionais como nos escalões jovens. Como habitualmente, esta edição de Notí-

VASCO COSTA Presidente da Federação Portuguesa de Ténis cias do Ténis, os resultados de tenistas portugueses, masculinos e femininos, de todos os escalões etários, atestam, de um modo indelével, a capacidade do ténis luso. Dedicamos uma sucessão de páginas para lembrar os títulos de campeão e vice-campeão conquistados por tenistas portugueses no primeiro semestre deste ano. Não esquecemos Michelle Larcher de Brito, que voltou a ultrapassar o “qualifying” de Wimbledon e a atingir a terceira ronda do quadro principal de singulares, E não podíamos esquecer a seleção nacional de sub-14, em masculinos, que voltou a inscrever o nome de Portugal no Mundial do escalão, depois de uma campanha inolvidável na Copa del Sol.

Federação Portuguesa de Ténis Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha | Tel.: 214 151 356 | Fax: 214 141 520 | geral@fptenis.pt EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa | Coordenação: José Santos Costa

2 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS


SKISTAR SWEDISH OPEN

Na Suécia, João Sousa jogou a segunda final em singulares no ATP World Tour

Outra vez o conquistador João Sousa foi novamente protagonista de dois registos ímpares no ténis português: tornou-se no único português a jogar duas finais de singulares no ATP World Tour e voltou a fixar um novo máximo na classificação mundial. Recorde pessoal e de um tenista português. O triunfo em Bastad, na Suécia, escapou-lhe, mas valeu-lhe 150 pontos e a subida ao 35.º posto do «ranking» mundial. Mais: a 15 deste mês, completou-se um ano que o vimaranense, treinado por Frederico Marques, entrou no «top» 100, no qual permanece. FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

3


João Sousa estabeleceu um novo máximo pessoal e do ténis português no «ranking» ATP pela sétima vez. Em setembro de 2013, ultrapassou Rui Machado (59.º) e não mais parou de subir na classificação

PUBLICIDADE

SKISTAR SWEDISH OPEN

J

oão Sousa alcançou a 35.ª posição mundial. Novo recorde pessoal, nono registo máximo no ténis português. O anterior — 38.º — tinha sido fixado pelo vimaranense a 31 de março, depois da terceira eliminatória do quadro principal de singulares do Masters 1.000 Miami, nos Estados Unidos. Um mês volvido do inédito encontro das meias-finais na relva natural do ATP World Tour ‘sHertogenbosch, na Holanda, João Sousa jogou a segunda final no circuito. Foi em Bastad, na Suécia, torneio de terra batida inserido na série 250 do ATP World Tour. O uruguaio Pablo Cuevas levou-lhe a melhor, mas os 150 pontos conquistados na Escandinávia (e pouco mais de 40 mil euros) permitiram ao vimaranense voltar a subir no «ranking» mundial. Pela sétima vez, João Sousa, que completou um ano no «top» 100 a 15 deste mês [ver quadro dos portugueses entre os cem mais cotados, na página 7] estabeleceu o novo máximo de um tenista português na classificação mundial. A 30 de setembro de 2013, o vimaranense logrou a 51.ª posição, ultrapassando o recorde até então pertença de Rui Machado (59.º, a 3 de outubro de 2011). A 7 de outubro do ano passado,

João Sousa, já com o título de Kuala Lumpur no palmarés, atingiu a 49.ª posição, para duas semanas depois melhorar o registo para 47.º. A 24 de fevereiro deste ano,

………….……………………………………….…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………… ÇÃO ON

4 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS


João Sousa (na foto, a cumprimentar o sueco Elias Ymer) está no «top» 100 mundial há mais de um ano

depois de eliminado por Rafael Nadal nos quartos de final do ATP World Tour 500 Rio de Janeiro, João Sousa fixou-se em 44.º As presenças na segunda ronda de Acapulco (eliminado por Andy

Murray) e do Masters 1.000 Indian Wells (afastado por Ernests Gulbis) valeram-lhe a subida para 42.º, a 17 de março deste ano. O novo recorde acabou por ser rubricado por João Sousa a 31 de

Em Bastad, João Sousa somou 150 pontos

……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….…………..… NLINE JANEIRO 2014

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

5


SKISTAR SWEDISH OPEN

João Sousa é o primeiro português a jogar duas finais em singulares no ATP World Tour

março, após a terceira ronda em Miami e a segunda em Casablanca.

Em Bastad, João Sousa jogou a sétima final do ténis português no ATP World Tour

Duas finais. Em Bastad, João Sousa jogou a segunda final de singulares no ATP Tour, tornandose no primeiro português a fazê-lo. João Sousa não conseguiu juntar mais um título ao conquistado na Malásia, mas descolou de Frederico Gil, o primeiro tenista luso a discutir um título de singulares no ATP World Tour, no Portugal

Open de 2010, no qual o lisboeta se sagrou vice-campeão, após um duro encontro com o espanhol Albert Montañes, a que assistiu assistência significativa. Frente ao uruguaio Pablo Cuevas, João Sousa jogou na Suécia, no pó de tijolo de Bastad, a sétima final (terceira em singulares) do ténis português no ATP World Tour. O primeiro tenista luso a festejar a conquista de um título foi João Cunha e Silva, em 1992. No torneio de pares do Grand Prix de Tel Aviv, em Israel, o atual responsável técnico do CETO venceu ao lado do norte-americano Mike Bauer. Em 1996, Emanuel Couto e Bernardo Mota registaram o segundo triunfo português no ATP World Tour. Aconteceu no Oporto Open, prova que integrava igualmente a série Grand Prix, designação do circuito profissional na altura. Um ano depois, João Cunha e Silva e Nuno Marques venceram o torneio de pares do Grand Prix Casablanca, disputado em terra batida. Também na variante de pares, Frederico Gil e o espanhol Daniel Gimeno-Traver arrecadaram o troféu em Viña del Mar, no Chile, competição de categoria 250 do ATP World Tour.

PUBLICIDADE ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….

JANEIRO 2014

6 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS


Total semanas

Máximo semanas seguidas

Posição máxima «ranking»

FREDERICO GIL

107

24

62.º

RUI MACHADO

73

38

59.º

JOÃO SOUSA

63

48

35.º

NUNO MARQUES

21

21

86.º

Fonte: ATP

Os portugueses no «top» 100 *

* Apenas em masculinos, a 28 de julho de 2014

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

7


FFT

Michelle Larcher de Brito (na foto, em Roland Garros) não somou qualquer título neste primeiro semestre, mas deixou novamente a sua assinatura em Wimbledon

8 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS


ATP

A glória lusitana no mundo O

Larcher de Brito e Radwanska em Wimbledon

AELTC

primeiro semestre deste ano foi pródigo em êxitos do ténis português por esse mundo fora. Em todos os escalões, em singulares e pares, tenistas portugueses deixaram a marca de qualidade e espalharam classe em torneios de ATP e WTA, da ITF e sob a égide da Tennis Europe. Se em masculinos João Sousa polarizou as atenções — o número um português foi vice-campeão em singulares em Bastad, na sua segunda final no ATP World Tour — Michelle Larcher de Brito não somou qualquer título, mas repetiu a terceira ronda no quadro principal de singulares na relva natural de Wimbledon, a terceira prova do «Grand Slam» do ano. Depois de ter superado as três eliminatórias do «qualifying» de singulares, à semelhança do ano passado, Michelle Larcher de Brito afastou a russa Svetlana Kuznetsova, pelos parciais de 3-6, 6-3 e 6-1. Não podia ter começado melhor a portuguesa, protagonizando a eliminação surpreendente da então 27.ª tenista no «ranking» WTA. A segunda ronda apresentou a australiana Jarmila Gajdosova como adversária, que a portuguesa mais bem cotada da atualidade e de sempre afastou-a, novamente em três partidas, concluídas com 6-3, 4-6 e 6-3. Na terceira eliminatória pela segunda vez consecutiva, Michelle Larcher de Brito foi travada por Agnieszka Radwanska, a número quatro no mundo. A polaca vingou

o desaire sofrido em Miami, em 2008, quando a portuguesa tinha apenas 15 anos. No All England Club, em Londres, Radwanska fechou o encontro com os parcelares de 6-2 e 6-0. Após os quartos de final no ATP World Tour Rio de Janeiro (categoria 500), segunda ronda em Acapulco (500) e Masters 1.000 Indian Wells e terceira eliminatória no Masters 1.000 Miami, João Sousa não foi feliz em Roland Garros e Wimbledon. Em Paris, o sortilégio do sorteio colocou-lhe no caminho o número dois mundial, o sérvio Novak Djokovic, enquanto o primeiro adversário na relva natural de Londres

Michelle Larcher de Brito repetiu a presença na terceira eliminatória da grelha principal do «major» britânico

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

9


Gastão Elias jogou duas finais no ATP Challenger Tour desta temporada

D.R.

Elias foi vice-campeão no «Challenger» de Blois, na França

foi o terceiro na hierarquia mundial, o suíço Stan Wawrinka, campeão na edição de 2013 do Portugal Open. João Sousa apresentou-se em Wimbledon com um percurso assinalável em relva natural. Em Halle, na Alemanha, atingiu a segunda ronda, porém acabou eliminado

pelo suíço Roger Federer, quarto mundial. O português venceu a primeira partida, por 7-6 (8), mas não conseguiu evitar que o recordista de vitórias em provas do «Grand Slam» vencesse os dois seguintes seguintes, por 6-4 e 6-2. Uma semana depois, João Sousa assinou mais uma proeza de

………….……………………………………….…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………… ÇÃO ONLINE JANEIRO 2014 PUBLICIDADE

10 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS


D.R.

um tenista português, ao atingir as meias-finais do ATP World Tour ’s -Hertogenbosch, na Holanda. Depois de ter ultrapassado os alemães Ken Krawietz e Julian Reister no «qualifying», o vimaranense, treinado por Frederico Marques, levou a melhor sobre o italiano Paolo Lorenzi, o croata Mate Pavic, e o holandês Thiemo de Bakker no quadro principal. O alemão Benjamin Becker afastou o português da final, com 6-3 e 7-6 (3). Volvidos alguns dias do embate com Wawrinka, em Londres, João Sousa jogou a final de Bastad,na Suécia, em terra batida. Foi vicecampeão, após 6-2 e 6-1 impostos pelo uruguaio Pablo Cuevas.

Elias falha título. Na primeira metade da temporada, Gastão Elias esteve na discussão do título de singulares em duas competições do ATP Challenger Tour, mas não conseguiu erguer o troféu de campeão. Em Santos, no Brasil, país onde está radicado há alguns anos, uma semana depois de ter sido semifinalista no «Challenger» de São Paulo, Gastão Elias atingiu a final individual, com o argentino Máximo Gonzalez. O português teve de se contentar com o título de vice-campeão, após os parce-

Um lugar ao sol A seleção nacional de sub-14, em masculinos, obteve um lugar ao sol no Mundial do escalão, que se disputa no início de agosto, na República Checa. A equipa de Gonçalo Neves logrou o segundo lugar na fase de qualificação da Copa del Sol, o Campeonato da Europa de sub-14. Em Royan, Daniel Rodrigues, Tomás Soares e Afonso Vaz Viana apenas cederam

perante a Rússia, na final. Em Murcia, Portugal venceu a República Checa e garantiu a presença no Mundial. O selecionado luso foi mais forte do que a Espanha e terminou na terceira posição a a fase final da Copa del Sol. No Mundial de 2009, P o rt u ga l f oi vi c e campeão mundial, após a final com a Espanha, na qual atuaram Rodolfo Pereira e Frederico Silva.

……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….…………..…

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

11


CT FARO

Elias jogou pela primeira vez a ronda inaugural do quadro principal de Roland Garros, antes de se cruzar com Maximo Gonzalez, também em França, na final do «Challenger» de Blois. O argentino voltou a vencer o português

PUBLICIDADE

lares desfavoráveis de 7-5 e 6-3. Precisamente na semana seguinte, João Lagos concedeulhe um «wild card» para o quadro principal de singulares do Portugal Open e o tenista treinado pelo brasileiro Jaime Oncins justificou plenamente a aposta. Com efeito, Gastão Elias repetiu a presença nos quartos de final, tornando-se no primeiro português a jogar o encontro de acesso às meiasfinais do único torneio luso no ATP World Tour e WTA Tour em duas ocasiões consecutivas. A época de terra batida de Elias prosseguiu em Roland Garros — pela primeira vez, jogou a ronda inaugural do quadro principal de singulares da prova francesa, após ter ultrapassado o «qualifying» — antes de Blois, onde Maximo Gonzalez voltou a cruzar-se com o português e a superiorizar-se, por 6-2 e 6-3. No ATP Challenger Tour, Elias jogou a segunda final em singulares da temporada e a nona na carreira. Venceu em Santos, em 2013, e no Rio de Janeiro, no ano anterior, e foi vice-campeão em Porto Alegre, Caltanissetta (Itália) e São Paulo em 2012. Em 2011, em Buenos Aires e em Belo Horizonte, só os vencedores do torneio o superaram nas finais.

Frederico Silva e Frederico Gil conquistaram o título em pares no «Future» de Faro

No circuito ITF, a época começou da melhor maneira para Frederico Silva e Frederico Gil. Os dois formaram o par vencedor do ITF Futures Faro, em fevereiro. Se Frederico Gil somou o 12.º título em pares — um no ATP World Tour, em Viña del Mar, no Chile, em 2012 —, Frederico Silva iniciou uma sucessão de vitórias na variante, em competições de

………….……………………………………….…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………… ÇÃO ON

12 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS


categoria “Future” disputados no primeiro semestre deste ano. Quase um mês volvido sobre o triunfo em Faro, Frederico Silva, treinado por Pedro Felner desde os nove anos, voltou a festejar a conquista de um torneio de pares no circuito profissional com Romain Barbosa. Os dois portugueses já tinham inscrito nos seus palmarés as

duas vitórias no Egito, em 2013, e juntaram o título em AntalyaAlibey, na Turquia. Na semana seguinte, em Antalya-Belconti, nova presença na final, mas sem que Frederico Silva e Romain Barbosa tenham logrado o título. Frederico Silva e Romain Barbosa foram também vice-campeões no ITF Futures Termas de Monfor-

João Sousa estabeleceu um novo máximo pessoal e do ténis português no «ranking» ATP pela sétima vez. Em setembro de 2013, ultrapassou Rui Machado (59.º) e não mais parou de subir na classificação

……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….…………..… NLINE JANEIRO 2014

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

13


FERNANDO CORREIA

Frederico Silva e Romain Barbosa jogaram mais uma final de pares nas Caldas da Rainha, mas foi a dupla formada por Gonçalo Falcão e Gonçalo Pereira que arrecadaram o título. Mais tarde, Frederico Silva e Romain Barbosa Venceram em Binche (Bélgica)

Frederico Silva

tinho, em meados de maio último. Igualmente em solo português, Frederico Silva e Romain Barbosa, com nacionalidade belga e portuguesa, atingiram a final exclusivamente portuguesa do ITF Futures Caldas da Rainha. No entanto, permitiram que Gonçalo Falcão e Gonçalo Pereira fossem os campeões. Falcão somou o sétimo título em pares no ITF Futures e Pereira o segundo. No início de junho, em Binche,

na Bélgica, Frederico Silva e Romain Barbosa redimiram-se e conseguiram averbar o título de campeões em duplas. Romain Barbosa, filho de pai português, registou ainda dois triunfos seguidos em torneios de pares do ITF Futures, ambos com o belga Romain Bogaerts como parceiro. O par luso-belga arrecadou os títulos em Limelette e Havre, cidades belgas. Nas competições individuais do

………….……………………………………….…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………… ÇÃO ONLINE JANEIRO 2014 PUBLICIDADE

14 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS


Gonçalo Pereira

FERNANDO CORREIA

ITF Futures, Frederico Silva — o único tenista português com títulos em provas do «Grand Slam», depois de vencer os torneios juniores do Open dos Estados Unidos (2011) e Roland Garros (2012) — foi campeão em Pombal, depois de duas finais (Binche, na Bélgica, e Antalya-Alibey, na Turquia), em que o tenista natural das Caldas da Rainha teve de contentar-se com o título de vicecampeão.

No «Future» de Pombal, Frederico Silva eliminou Nuno Deus, Romain Barbosa e, na final, João Domingues. O desfecho no encontro com o atual vice-campeão nacional absoluto foi de 6-0 e 6-3 favorável ao tenista treinado por Felner, que se estreou na Taça Davis, no início de fevereiro, na eliminatória de Portugal na Eslovénia. No torneio internacional organizado pelo CT Pombal, Frederico

Romain Barbosa foi campeão em pares em dois torneios belgas de categoria «Future»

……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….…………..…

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

15


Rui Machado averbou um triunfo no Peru. Desde outubro do ano passado que o algarvio não conquistava um torneio. Em duplas, Gonçalo Oliveira venceu o torneio de singulares de Santa Margherita di Pula, em Itália. Também em pares, foi campeão na Áustria, ao lado do austríaco Patrick Ofner

Regresso aos êxitos. Rui Machado regressou aos êxitos em Lima, no Peru, num «Future» de dez mil dólares, disputado em terra batida, em abril. O campeão nacional absoluto em título não registava um título individual desde outubro do ano passado, em Guimarães, no «Future» organizado pelo Open Village Sports. Na final do torneio chileno, Machado impôs-se ao peruano Jorge Brian Panta, por esclarecedores 6-1 e 6-2, e contabilizou o 21.º título em singulares no circuito profissional, oito dos quais no ATP Challenger Tour. Também Gonçalo Oliveira foi campeão no ITF Futures, com um

PEDRO BENAVENTE

Silva sagrou-se campeão na segunda final da temporada, no circuito ITF Futures. A primeira final que tinha disputado na presente época foi em Antalya-Belconti, cedendo diante do brasileiro Wilson Leite, pelos parciais de 7-5 e 6-2. Na terceira final do primeiro semestre de 2014, em Binche, o britânico Alexander Ward, em encontro concluído com 2-6, 6-3 e 7-6 (7), impediu o português, vencedor em pares ao lado de Romain Barbosa, de assinar a «dobradinha». Até final de junho, no circuito ITF Futures, Frederico Silva somou um título em singulares em três finais e foi duas vezes vicecampeão. Em pares, o tenista natural das Caldas da Rainha ´disputou cinco encontros para definir os campeões e venceu em três.

Gonçalo Oliveira

sabor especial, uma vez que registou os dois primeiros títulos. O tenista, de 19 anos, já tinha duas presenças em finais de pares do ITF Futures: em Reús, em Espanha, em março deste ano, e Balaguer, igualmente sem solo espanhol, em maio de 2013. À terceira foi de vez. Juntamente com o espanhol Albert Alcaraz Ivorra, Gonçalo Oliveira sagrou-se campeão em Itália, no «Future» de Santa Margherita di Pula.

………….……………………………………….…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………… ÇÃO ONLINE JANEIRO 2014 PUBLICIDADE

16 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS


A dupla ibérica defrontou os italianos Lorenzo Frigeiro e Luca Vanni e fechou o encontro com os parciais de 1-6, 7-5 e 10-8. Três meses depois, na Áustria, Gonçalo Oliveira e o austríaco Patrick Ofner superiorizam-se aos austríacos Bader e van Peperzeel, com os parcelares de 6-2, 3-6 e 10-7, consagrando-se campeões em pares. João Domingues fechou o primeiro semestre igualmente com

uma vitória em pares. Em Espanha, no «Future» de Bakio, o tenista de Oliveira de Azeméis conquistou o título ao lado do espanhol Sanjurjo Hermida. Os dois venceram os espanhóis Hernando-Ruano e Villacorta-Alonso, por 6-3, 3-6 e 10-8, numa final que se realizou no mesmo dia das meias-finais. Na semana seguinte, Domingues repetiu a presença na final de pares, desta feita com o espanhol

João Domingues sagrou-se campeão em pares no «Future» de Bakio, em Espanha. Na semana seguinte, o tenista de Oliveira de Azeméis também foi finalista em duplas, em Getxo, também em território espanhol

……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….…………..…

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

17


FERNANDO FERREIRA

Vasco Mensurado jogou a terceira final em singulares no ITF Futures e terminou como vicecampeão PUBLICIDADE

João Domin

FERNANDO FERREIRA

Rui Machado

Salazar Martin como parceiro. A dupla ibérica foi vice-campeã em Getxo, após ceder frente ao espanhol Perez Sanz e o indiano Ramanathan, por 5-7, 6-3 e 10-4. Nos primeiros seis meses do ano, João Domingues registou duas presenças finais de pares (Bakio e Getxo) e uma em singulares (Coimbra, frente a Frederico Silva) no primeiro semestre. O único título foi obtido em Bakio, em pares, no torneio em que tinha vencido no ano passado, formando dupla com André Gaspar Murta. Conjuntamente com este, também venceu a prova de Gandia (Espanha) de 2013, que juntou aos títulos de campeão conquistados

no mesmo ano, em Guimarães, com Frederico Silva como parceiro, e no Porto, em 2012, com Gonçalo Loureiro. Um ano depois de ter disputado um título no ITF Futures, Vasco Mensurado voltou a uma final do circuito, desta feita em singulares, a primeira na sua carreira. Mensurado acabou por terminar a final de singulares de PitestiBascov como vice-campeão, não encontrando argumentos para contrariar o eslovaco Filip Horansky, vitorioso por 6-4 e 7-5. No circuito profissional da federação internacional, esta foi a terceira final do campeão europeu de sub-16 em pares, juntamente com

………….……………………………………….……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………

18 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS


D.R.

ngues

Ekaterina Lopes

Frederico Silva, em 2010. Nas duas anteriores, ambas em 2013, Mensurado foi vice-campeão: em Focsani, ao lado do italiano Campo; nas Termas de Monfortinho, em parceria com Gonçalo Falcão.

Luz em três finais. No ITF Women, Bárbara Luz jogou três finais de torneios dotados de dez mil dólares em prémios monetários. A conimbricense começou a época da melhor maneira. Depois da participação no torneio do Grupo I da zona euro-africana da Fed Cup, em Budapest, Luz viajou para Maiorca (Espanha).

Bárbara Luz

Na sua primeira prova do circuito na temporada, Bárbara Luz, de 21 anos, alcançou a final de singulares de Palmanova (Espanha), sem ter cedido qualquer partida. A vice-campeã nacional absoluta em título pretendia aumentar para quatro as vitórias individuais no ITF Women (duas em Hyderabad, na Índia, e uma em Cantanhede), mas a russa Ekaterina Lopes gorou-lhe os intentos. A esposa de André Lopes, coordenador técnico nacional e selecionador de Portugal na Fed Cup, aplicou os parcelares de 6-4 e 6-2. Bárbara Luz disputou a sétima final da carreira no ITF Women, em que tem também um triunfo

Bárbara Luz e Ekaterina Lopes, esposa de André Lopes, estiveram em dois encontros decisivos em singulares. A russa venceu em Maiorca e nos Açores, onde a tenista portuguesa disputou uma outra final. Mas sem que a tenista de Coimbra tenha conseguido somar o quarto título individual no circuito

……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..…………………

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

19


D.R.

Títulos no ITF Junior. No circuito júnior mundial, tenistas portugueses conquistaram também títulos de campeão e vicecampeão, em singulares e pares, de janeiro a junho deste ano.

Mariana Carreira conquistou os primeiros títulos no circuito. No ITF East African 18 & Under Junior Circuit 2014, em Nairobi, no Quénia, em singulares, depois de 6-3 e 6-4 sobre a austríaca Antónia Paleczek, e em pares, conjuntamente com a britânica Georgia Lawson, após um duplo 6-3

LUIS CARVALHO

Em pares, Luz, que jogou as finais de singulares dos dois torneios ITF Women Ponta Delgada, foi bem sucedida na final de Santi Jordi, em Espanha. Foi o quarto título, o primeiro em pares no ITF Women, para a vice-campeã nacional absoluta e terceira portuguesa mais bem cotada na atualidade

em pares, ao lado da espanhola Parriza-Diaz, em Sant Jordi, na Espanha. Foi o quarto título da terceira tenista mais bem cotada no «ranking» WTA. Ekaterina Lopes voltou a cruzarse com Bárbara Luz uma semana depois, nos Açores, no regresso dos torneios ITF ao arquipélago. A portuguesa permitiu novamente que a russa, sua companheira nos pares (atingiram as meias-finais), vencesse, por 6-4 e 6-2, curiosamente o mesmo desfecho registado em Palmanova. Até à final do primeiro de dois torneios no Clube de Ténis de São Miguel, realizados em março, Luz não cedeu igualmente qualquer “set” Na semana seguinte, Bárbara Luz jogou outra vez o derradeiro encontro da prova de Ponta Delgada. Porém, a belga Elise Mertens superiorizou-se, por 6-2 e 6-4, e a tenista portuguesa ergueu novamente o troféu de vice-campeã.

Luz jogou as finais de singulares dos torneios de Ponta Delgada

20 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS


D.R.

Mariana Carreira

imposto à italiana Detlava e à suíça Crivelletto Finalmente, o título em duplas, depois de ter sido vicecampeã na Justine Henin Junior Cup, em julho do ano passado, ao lado da ucraniana Anastasia Shoshyna. Tanto em singulares como em pares, a portuguesa e a britânica não consentiram que as adversárias vencessem uma única partida. Ainda na capital queniana, na semana seguinte, novamente com Georgia Lawson como parceira, Mariana Carreira averbou o

PUBLICIDADE

Sofia Sualehe

segundo título em torneios na variante de pares, na competição em que foi semifinalista em singulares. A dupla luso-britânica sagrou-se campeã ao infligir 6-1 e 6-0 às indianas Bhimjiyani e Budwal. Na quinta final em pares no circuito, Sofia Sualehe conquistou o segundo título na variante. Foi no Luxembourg Indoor Junior Open, em março, com a austríaca Antonitsch como parceria. As duas foram declaradas vencedoras após abandono da dupla formada

Mariana Carreira conquistou os primeiros títulos no circuito júnior mundial e Sofia Sualehe foi campeã em pares

………….………………………………………………………………………………………………………….………………………………………………………………………

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

21


FERNANDO CORREIA

Marta Oliveira encerrou o RUC Tennis Junior Open Casablanca com o título de campeã em pares. Foi o primeiro título da tenista lusa, em prova em que Mariana Carreira e Sofia Sualehe foram semifinalistas em pares. Felipe Cunha e Silva jogou cinco finais de pares no circuito ITF Junior, de janeiro a junho deste ano. Um dos encontros de atribuição do título foi em singulares

pela moldava Detiuc e a checa Slovakova. Este título sucedeu ao averbado em novembro do ano passado, na Argélia, ao lado da cipriota Savchenko. Antes, Sofia Sualehe foi vice-campeã na Copa Guga Kuerten, no Brasil (com a brasileira Beirão), e na Taça Diogo Nápoles, no Porto (com Inês Murta). Em maio, Marta Oliveira venceu o primeiro torneio no ITF Junior. Em pares, no RUC Tennis Junior Open — Casablanca (Marrocos), a tenista portuguesa fechou a sua segunda competição no circuito com uma vitória em pares, ao lado da grega Christif, no mesmo torneio em que Mariana Carreira foi semifinalista em singulares. Carreira e Sualehe também foram semifinalistas em pares. Em masculinos, Felipe Cunha e Silva, vice-campeão nacional de juniores, escolheu o continente americano para iniciar a temporada. Depois da Colômbia e do Equador, a paragem no Peru ficou assinalada com o título de vicecampeão em pares. Fazendo par com o norteamericano Lukas Smith, Cunha e Silva fechou com sucesso o Inka Bowl, em Lima, na primeira de cin-

22 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Felipe Cunha e Silva

co finais de pares que o filho de João Cunha e Silva disputou já neste ano. No segundo encontro de atribuição do título na época, Felipe Cunha e Silva e António Sabugueiro (semifinalistas no Luxemburgo) não conseguiram o título frente ao uzbeque Karimov e ao bielorrusso Liutarevich no 18th Namangan ITF Juniors, no Uzbequistão, em finais de março. No mesmo torneio, Cunha e Silva atingiu a final em singulares no ITF Junior, mas o georgiano Bakshi impediu o português de vencer, impondo-se por 6-2 e 7-5. Em junho, nova final para Felipe Cunha e Silva, desta feita a formar parceria com Mateusz Terczynski. O português e o polaco sagraramse vice-campeões na Euro Holding ITF Bytom Cup, na Polónia, após o confronto com os checos Petr Hajek e Pavel Mptl, que venceram por 6-4 e 6-3. Cunha e Silva também jogou as meias-finais individuais na Polónia, o que lhe valeu a entrada no «top» 200 júnior mundial. Pela primeira vez, o tenista do CETO alcançou a 198.ª posição. Na quarta final em pares, Felipe Cunha e Silva e o italiano Simone


D.R.

António Sabugueiro

Roncalli sagraram -se vicecampeões na Ex Pilsen Wilson Cup, na República Checa. Apesar do triunfo na primeira partida, por 7-5, Cunha e Silva e Roncalli não evitaram que o francês Geoffrey Blancaneaux e o norueguês Casper Rudd vencessem o segundo «set», por 6-4, e o «match tie-break», por 10-8. Duas semanas depois, a quinta final e mais um título de vicecampeão para Felipe Cunha e Silva. Novamente ao lado de Simone Roncalli, o português cedeu perante o alemão Viktor Kostin e o francês Rakotomalala, por duplo 6 -3, na Simacek ITF Junior Open Linz, na Áustria.

PUBLICIDADE

Na semana seguinte à final com Cunha e Silva no 18th Namangan ITF Juniors, no Uzbequistão, António Sabugueiro viajou para Guadalupe e repetiu a presença no encontro decisivo em duplas. Porém, o tenista português e o mexicano Penchyna Cardenas consentiram o triunfo ao par Miomir Kecmanovic (Sérvia)/Gabriel Pilones (Estados Unidos), com os parcelares de 7-6 (4) e 6-4.

Êxitos nos sub-16. Nos torneios do circuito de sub-16, Martim Vilela, Salvador Bandeira, Tiago Cação e João Faria Carvalho averbaram títulos individuais.

António Sabugueiro também atuou num derradeiro encontro de um torneio reservado a duplas. Ao lado do mexicano Cardenas, o tenista português foi vice-campeão no território ultramarino francês Guadalupe, nas Caraíbas

……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………...……………..

Todos os dias, o ténis português está à distância de um clique!

www.tenis.pt FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

23


Em junho, Tiago Cação foi o único português a vencer um torneio de sub-16 em singulares no primeiro semestre deste ano. Foi no Asker Open, na Noruega. Em sub-14, Daniel Rodrigues e Tomás Soares jogaram as finais de pares do Maia Jovem 2014 e do 20th Lawn Tennis Club Tournament, em Angra do Heroísmo

Martim Vilela foi vice-campeão no Kaleva Open, torneio finlandês do escalão de Cadetes. Na final, o português não conseguiu evitar que o estónio Martin Randpere, segundo pré-designado, terminasse como campeão, após 7-5 e 6-2. Em Israel, Salvador Bandeira também teve de se contentar com o título de vice-campeão no Rafi Dorot Memorial 2, em Ashkelon. Na final, Bandeira não foi além de 6-1 e 6-2 ante Yshai Oliel. O israelita tinha a condição de primeiro cabeça de série. Em junho, Tiago Cação averbou o único título de um português em provas internacionais de sub-16 no semestre. No Asker Open (Noruega), o português defrontou o russo Andrei Molyak na final e selou o triunfo com 6-1 e 6-2. Por fim, João Faria Carvalho jogou o embate de atribuição do título individual frente ao bielorrusso Maxim Tybar, terceiro cabeça de série no Riga Open, na Letónia. O tenista do Clube de Ténis do Colégio do Amor de Deus obrigou o adversário a três partidas, mas acabou por ceder, pelos parcelares de 6-2, 6-7 (2) e 6-2. Nos pares, Gonçalo Andrade e o suíço Nicolas Parizzia foram campeões no Stork International TE U16 Trophy, em Oetwil am See, na Suíça. A dupla luso-italiana logrou um duplo 6-2 no derradeiro encontro do torneio suíço, frente aos suíços Gabriel Currlin e Lukas Vontobel. Gonçalo Andrade somou o título ao conquistado em setembro do ano passado, ao lado de Francisco Guimarães, no Beloura Junior Open.

Sucessos em sub-14. Em abril, Daniel Rodrigues e Tomás Soares terminaram como vicecampeões o Maia Jovem 2014, torneio internacional de sub-14. Na final, Daniel Rodrigues e Tomás Soares tiveram a atuar do

24 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

outro lado da rede o chinês Zhao Lingxi e o búlgaro Leonid Sheyngezikht. O desfecho foi de 7-5, 4-6 e 12-10 desfavorável aos portugueses. Na cidade maiata, Rebeca Cordeiro Silva jogou também uma final, a do quadro de consolação. A jovem portuguesa acabou como vice-campeã, depois de concluído o embate com a espanhola Rocio Domingo. Em Angra do Heroísmo, dois pares portugueses sagraram-se campeões no 20th Lawn Tennis Club Tournament 14 & Under, em finais com outras duplas lusas. Em femininos, Rita Pinto e Francisca Jorge foram mais fortes do que Rebeca Cordeiro Silva e Filipa Martins, em encontro que terminou com 6-2 e 6-4. Na competição em masculinos, João Graça e Afonso Vaz Viana conquistaram o título, registando 6 -3 e 6-4 sobre Daniel Rodrigues e Tomás Soares. Em singulares, Daniel Rodrigues foi vice-campeão. O russo Yan Bondarevskiy levou-lhe a melhor (6-2 e 6-0) e o madeirense teve de se contentar com o título de vice-campeão. Rita Pinto foi campeã em femi-


Daniel Rodrigues

Martim Vilela

BELOURA JUNIOR OPEN

ninos, em final com Francisca Jorge, concluída com 4-6, 6-3 e 7-5. Nos quadros B, João Graça e Filipa Martins foram campeões e Ricardo Coelho e Camila Garcia vice-campeões. Afonso Vaz Viana voltou a jogar uma final no circuito da Tennis Europe do escalão. Na Dinamarca, no Copenhagen Outdoor 2014, com o francês Raphael Bonnet Flores, o português permitiu que

Francisca Jorge

Hugounenq e Chidekh averbassem os troféus destinados aos vencedores, com 6-3 e 7-6 (7). Em maio, em Itália, Daniel Rodrigues inscreveu o nome na galeria dos campeões em singulares no 27.º Trofeo Lazzaretti, em Correggio. No derradeiro encontro, o madeirense venceu o francês Antoine Cornut Chauvinc, por 6-4 e 7-6 (7).

Afonso Vaz Viana, campeão na prova de pares em Angra do Heroísmo, discutiu o título em pares na capital dinamarquesa. O título escapou ao português e ao francês Bonnet. Na Letónia, João Faria Carvalho sagrou-se vice-campeão em singulares

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

25


D.R.

Em junho, em duas semanas consecutivas, tenistas portugueses discutiram títulos nos torneios internacionais de Vilamoura e Portimão, quer em singulares quer em pares. A qualidade do ténis português nos escalões jovens ficou bem vincada

Em Correggio também, Francisca Jorge e Rita Pinto também concluíram a competição italiana como campeãs em pares. A dupla portuguesa foi superior ao par holandês Gabriella Mujan/Judith van Kessel, primeiro pré designado. A final ficou fechada com os parciais de 4-6, 6-2 e 11-9. No Vilamoura International U14, as finais individuais tiveram protagonistas exclusivamente portugueses. Em femininos, Francisca Jorge voltou a encontrar-se na final com Rita Pinto, repetindo o encontro de atribuição do título no 20th Lawn Tennis Club Tournament 14 & Under. Porém, foi Francisca Jorge que levou a melhor desta feita, no Vilamoura Ténis, por 6-1 e 6-3. Companheiros em pares, Daniel Rodrigues foi mais forte do que Tomás Soares e conquistou o título com 6-4 e 6-3. Os dois jogaram ainda a final em pares, também só com tenistas portugueses. Daniel Rodrigues e Tomás Soares venceram João Graça e Afonso Vaz Viana, por 75 e 6-2. Em femininos, o título também foi discutido com portuguesas, mas Francisca Jorge e Rita Pinto terminaram como vice-campeãs, após terem defrontado a alemã Emily Seibold e a checa Dagmar Zdrubecka, vitoriosas por 6-2 e 64. No quadro B, final também portuguesa, com Gonçalo Faria de Carvalho a impor-se a Tiago Francisco, por 4-1 e 4-2. Francisca Jorge e Daniel Rodrigues voltam a ser coroados campeões em singulares no Portimão 2014 International Tournament U14, conquistando o segundo título consecutivo no circuito de sub14 da Tennis Europe. Enquanto Francisca Jorge superou a russa Varvara Gracheva (6-3 e 6-1), Daniel Rodrigues voltou a triunfar no embate com Tomás

26 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Tomás Soares

Soares, com um duplo 6-1. Em confronto estiveram os dois primeiros cabeças de série, com vantagem para o madeirense, o segundo favorito. Em pares, representantes do ténis português marcaram presença novamente em finais. Daniel Rodrigues e Tomás Soares voltaram a vencer, enquanto Francisca Jorge e Rita Pinto, que viram fugir o título em Vilamoura, festejaram desta feita. Daniel Rodrigues e Tomás Soares necessitaram de 6-1 e 6-4 frente a Afonso Vaz Viana e João Graça para somarem mais um título internacional. Francisca Jorge e Rita Pinto travaram despique com as checas Varvara Gracheva e Dagmar Zdrubecka. Esta última tinha se cruzado com as portuguesas em Vilamoura, enquanto Gracheva foi finalista vencida em singulares por Francisca Jorge, no torneio do Clube de Ténis Portimão e Rocha. O triunfo no torneio de pares do


D.R.

Afonso Vaz Viana

Portimão 2014 International Tournament U14 acabou por sorrir às duas portuguesas, por 6-7 (5), 6-1 e 10-5. No quadro de consolação, o derradeiro encontro teve dois portugueses, com Tiago Francisco a aplicar 5-3 e 4-2 a José Maria d’Orey.

Sub-12. No escalão de sub-12, Miguel Lopes e Matilde Mendes

PUBLICIDADE

atingiram as finais dos quadros de consolação do Braga Open, torneio em que Eduardo Morais foi semifinalista na grelha principal e Maria Inês Fonte e Nuna Azeveda alcançaram os quartos de final. Miguel Lopes foi declarado vencedor depois do abandono de Pedro Graça e Matilde Mendes foi vice-campeã. A tenista cedeu ante a russa Alina Shcherbinina, pelosparciais de 4-1 e 4-0.

Em Correggio, na Itália, Daniel Rodrigues, Francisca Jorge e Rita Pinto entraram na lista de campeões

………….………………………………………………………………………………………………………….………………………………………………………………………

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

27


C

arlos Leitão é o hexacampeão nacional de ténis em cadeira de rodas. Com 42 anos, o atleta do Clube de Ténis de Pombal admite que não esperava tornar-se no primeiro português a conquistar seis títulos nacionais consecutivos (Paulo Espírito Santo conquistou quatro) na modalidade, à qual aderiu em 2000. «Quando me iniciei na modalidade, havia um lote de jogadores com experiência. Não esperava ganhar tantos títulos seguidos, mas consegui, com muito trabalho e dedicação», referiu Carlos Leitão. Luís Faria, na altura a exercer o cargo de presidente do Clube de Ténis de Pombal, convidou-o para «experimentar jogar ténis em cadeira de rodas» e Carlos Leitão não mais parou. «Para jogar ténis em cadeira de rodas, é preciso muita dedicação, muito trabalho e muito empenho no que se gosta», disse o atleta, campeão nacional pela primeira vez em 2008, na primeira de cinco finais consecutivas com Paulo Espírito Santo. Para Carlos Leitão, foi o início de um percurso coroado com seis títulos consecutivos, depois de ter quebrado a hegemonia de Paulo Espírito Santo, campeão desde 2004. Este trajeto dá ao atleta do Clube de Ténis de Pombal uma visão aprofundada sobre a modalidade no país. «O ténis em cadeira de rodas em Portugal necessita de muita coisa. Necessita de mais apoios, para angariar cadeiras de rodas e material que se gasta com a competição. Os patrocinadores são escassos», salienta Carlos Leitão. Com escassos torneios com pré-

28 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

FERNANDO CORREIA

A surpresa de

mios monetários, «os custos são suportados pelo jogador», desde as «deslocações aos materiais de manutenção das cadeiras de rodas, que não são muito baratas». Carlos Leitão alude «à muita dificuldade» que um praticante de ténis em cadeira de rodas encontra, mas a acredita que a modalidade pode ter «dias melhores» e crescer em Portugal. «Penso que, se os clubes e os professores de ténis dessem uma mãozinha, poderia haver muitos mais praticantes de ténis em cadeira de rodas», refere Carlos Leitão, crítico ao facto de «a comunicação social «não vê as


ser hexacampeão

Carlos Leitão conquistou o primeiro de seis títulos nacionais em 2008

modalidades, só vê o futebol e esquece-se do ténis em cadeira de rodas, por exemplo». Considerando que «quanto mais provas houver» será «melhor» para o ténis em cadeira de rodas, Carlos Leitão salienta que até se torna «mais emocionante e competitivo, com mais jogadores». A mesma opinião se houver competição internacional, tal como na última qualificação europeia para o Campeonato do Mundo, em Antalya, na Turquia, em abril, em que Carlos Leitão participou, conjuntamente com João Sanona. Portugal, que teve como «capitão» Joaquim Nunes, coordenador do ténis em cadeira de rodas da

Federação Portuguesa de Ténis, classificou-se em 11.º na qualificação. «Quanto mais experiência internacional houver, melhor para os jogadores portugueses. A maior parte dos jogadores internacionais estão noutro patamar, acima de nós. Só a jogar é que um jogador pode ganhar experiência e competitividade», afirma o atleta vinculado ao Clube de Ténis do Pombal, que aderiu ao «Clube Inclusivo», um projeto da Federação Portuguesa de Ténis, que reúne um total de dez clubes, indicados pelas associações regionais de Leiria, Lisboa, Aveiro e Setúbal.

Carlos Leitão, que se iniciou no ténis em cadeira de rodas em 2000, no Clube de Ténis de Pombal, tornou-se no primeiro atleta a somar seis títulos de campeão nacional seguidos, quebrando a hegemonia de Paulo Espírito Santo, que averbou quatro (de 2004 a 2007)

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

29


A praia no meio do pinhal E

m Ovar, há uma praia no meio do pinhal. Parece estranho? Não. O Clube de Ténis de Ovar tem três campos destinados para a prática do ténis de praia. São os únicos no país fora dos areais extensos da nossa costa e podem ser utilizados fora das estações propícias para a modalidade. Mesmo que chova. A ideia surgiu há três anos. Ruben Ferreira, praticante de ténis de praia nos 10 últimos anos dos seus 38 de vida, propôs ao Clube de Ténis de Ovar e meteu-se mãos à obra. «Falei com a direção e avançouse. O investimento não era elevado e conseguiu-se patrocinadores para comprar os postes e as redes. Foi assim que nasceram estes três campos de ténis de praia», recorda Ruben Ferreira, que integrou a seleção nacional da modalidade por diversas vezes, em campeonatos europeus e mundiais. Não há ninguém que não experimente os campos de ténis de praia, pois é sempre motivo de satisfação o contacto com a modalidade. Por isso, estes equipamentos constituem «um complemento no clube», pois, «mesmo que esteja a chover e não se pode jogar nos ‘courts’ de ténis, pode-se continuar a praticar ténis, embora sobre a areia». Ruben Ferreira explica que o ténis de praia se tornou num «complemento» do ténis quando

30 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

as condições climatéricas são adversas e os jovens não querem ficar parados. «No clube, todos do ténis querem experimentar», diz. Acrescenta ainda Ruben Ferreira a vantagem dos campos de areia não necessitarem de manutenção, o que não onera o Clube de Ténis de Ovar. Ruben Ferreira, que junta muitos jovens nos três campos de areia do Clube de Ténis de Ovar sem cobrar um cêntimo, sublinha que o espaço é bastante concorrido todo o ano. Apesar de o ténis de praia ser uma modalidade com uma característica marcadamente sazonal, a região de Ovar «tem muitas duplas de ténis de praia». «É possível dizer que, maioritariamente, as duplas de ténis de praia em Portugal são desta zona e basta ver que, no ‘ranking’ nacional, seis dos dez primeiros são de Ovar», refere Ruben Ferreira, professor no Clube de Ténis de Ovar. No Clube de Ténis de Ovar não existe uma escola instituída de ténis de praia, mas todos são bem -vindos em sessões de aprendizagem… gratuitas. «O que é importante que todos se divirtam», frisa Ruben Ferreira, sempre disponível para múltiplos passos na areia com a raqueta na mão. «É mais um proposta para que os jovens estejam entretidos» no Clube de Ténis de Ovar, que organiza torneios internacionais de ténis de praia no meio do


D.R.

D.R.

pinhal, em ambiente diferente relativamente a outros torneios. A nível organizativo, a coletividade vareira inscreveu provas no ITF

Beach Tennis Tour, a série CT Ovar/Topspin Beach Tennis Tournament, todos na praia do meio do pinhal.

O Clube de Ténis de Ovar, que organiza provas no ITF Beach Tennis Tour, tem os únicos campos permanentes de ténis de praia do país… fora dos areais da costa portuguesa

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

31


«Sucesso é mais um degrau» Depois de vencer um encontro… saúdo os que me ajudam, todos os dias, a conquistar essas vitórias. Sem eles, nada feito.

Francisco Faria

Até ao momento, a minha maior alegria no ténis foi… vencer mais de 30 torneios, em especial um de sub-16 [nível] A.

16 anos

E a maior tristeza no ténis foi… ou melhor, nunca foi, porque quem gosta do que faz, nunca se pode sentir triste.

D.R.

O ténis é... o único momento da vida onde o sofrimento se transforma em prazer.

A 25 deste mês, Francisco Faria completou 16 anos. Treinado por Manuel Barros, o jovem do Porto atingiu, recentemente, os quartos de final em singulares do Asker Open, na Noruega, torneio que teve como vencedor Tiago Cação

Jogo ténis… porque não me vejo a jogar outra coisa. Sente-se, mas não se explica. O que mais gosto no ténis... é aquele ambiente fantástico que se vive entre todos. É único, pelo menos entre os jovens.

Se eu mandasse no ténis... subia o nível competitivo, com mais torneios A e B, que são muito poucos. Em Portugal, o ténis precisa de… maior adaptação da escola pública à realidade dura do ténis. Só com este estatuto de alta competição, não vamos lá. Um ou uma tenista português no "top" 10 seria... o despertar de muita gente que não sabe o que é o ténis ou que só complica a modalidade.

O que mais detesto no ténis… é a falta de «fair play» de alguns participantes no circuito, felizmente poucos.

Um bom treinador… é o que eu tenho — Manuel Barros. Deve ser um bom amigo, que nos consiga diariamente alimentar o sonho e fazer-nos acreditar que chegamos lá.

Treinar é... um meio de atingir um fim. Por isso, gosto de treinar com o mesmo entusiasmo dos jogos, deixando a camisola sempre bem suada.

O meu ídolo no ténis é atualmente... David Ferrer, pela sua atitude e determinação. Fasciname.

Sucesso significa… mais um degrau, dos muitos que temos de subir, e acharmos que valeu a pena toda a dedicação e esforço. No ténis, quero atingir... a felicidade, sem estar pressionado por objetivos ilusórios. Ambição, sim, mas um dia de cada vez.

32 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

O meu torneio preferido é… Roland Garros. A minha superfície preferida é… terra batida. No meu saco, não dispenso… as minhas fontes de energia: bananas e garrafinhas.


Associações Regionais AÇORES AVEIRO LEIRIA

ALGARVE

ALTO ALENTEJO

CASTELO BRANCO LISBOA

SETÚBAL

MADEIRA VILA REAL

COIMBRA PORTO VISEU


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.