NT Fevereiro 2015

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Notícias do ténis EDIÇÃO ONLINE

FEVEREIRO 2015

O início do retorno Federação Portuguesa de Ténis 1925-2015


Um grande Editorial

O futuro reserva um desafio importante para a Federação Portuguesa de Ténis: a exploração do complexo de ténis do Jamor

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desafio

futuro reserva um desafio importante para a Federação Portuguesa de Ténis: a exploração do complexo de ténis do Jamor. Trata-se de uma velha aspiração da Federação Portuguesa de Ténis, desde a década de 80 do século XX. Em março próximo, no âmbito da comemoração do 90.º aniversário da fundação da instituição que gere o ténis, o ténis em cadeira de rodas, o ténis de praia e o padel em Portugal, o contrato com o Estado deverá ser assinado, para regozijo de todos quantos adoram esta modalidade. Posso afiançar que o acordo está firmado, falta apenas contratualizar. Na edição de janeiro de Notícias do Ténis, aludi ao futuro. Mas para que o porvir seja perfeito, com a concretização dos objetivos e anseios, temos de nos empenhar no presente, com toda a imaginação, todo o engenho, toda a ambição que deve nortear a pretensão, o sonho. O futuro é construído com tudo isto e com as nossas decisões diárias, que, muitas vezes, obedecem a circunstâncias várias.

VASCO COSTA Presidente da Federação Portuguesa de Ténis

O futuro do ténis em Portugal é risonho, creio. Não sou o único a pensar deste modo. E o concretizar desta aspiração de assumir a exploração do complexo de t énis do Jamor transforma em promissor o futuro. O futuro será muito do que construirmos no presente, sem esquecer o passado. E o assinalar dos 90 anos da fundação da Federação Portuguesa de Ténis é uma excelente ocasião de reflexão sobre todos aqueles que, de forma abnegada, lutaram pelo desenvolvimento da modalidade.

Federação Portuguesa de Ténis Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha | Tel.: 214 151 356 | Fax: 214 141 520 | geral@fptenis.pt EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa | Coordenação: José Santos Costa

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FERNANDO CORREIA

Rui Machado junta-se a João Sousa, Frederico Silva e João Domingues na convocatória para recontro co,m Marrocos

O primeiro degrau até ao Grupo

I

De 6 a 8 de março, no Centro de Alto de Rendimento (CAR) de Ténis, no Jamor, Portugal recebe Marrocos, para o confronto da primeira eliminatória da Zona Europa/África do Grupo II da Taça Davis. É o regresso da seleção nacional em embates em solo português disputados em superfície rápida. O objetivo do selecionado de Nuno Marques é seguir em frente e concretizar o regresso ao Grupo I, em 2016. Mas para concretizar esse desiderato é necessário o triunfo sobre a equipa marroquina, para marcar presença no compromisso com a Finlândia ou o Mónaco, em julho. FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 3


Portugal recebe Marrocos no CAR do Jamor. Desde 1998 que a equipa portuguesa não cumpria eliminatória da Taça Davis em casa numa superfície rápida. A última vez reporta-se a Albufeira

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FOTOS: FERNANDO CORREIA

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ortugal recebe Marrocos, de 6 a 8 de março. O local escolhido para este embate da primeira eliminatória do Grupo II da Zona Europa/África da Taça Davis é o CAR (Centro de Alto Rendimento) de Ténis do Complexo Desportivo Nacional, no Jamor. Será preciso recuar até setembro de 1998 para encontrar a última eliminatória na Taça Davis que a seleção nacional cumpriu em solo português. Em Albufeira, no «court ourdoor» da Miguel Academy, Portugal venceu a Hungria, por 4-1, e garantiu o regresso ao Grupo I. O selecionado de José Vilela, que averbou um extraordinário triunfo (3-2) na receção à Jugoslávia, na ronda anterior, no Porto, apresentou-se frente aos húngaros com João Cunha e Silva, Nuno Marques, Emanuel Couto e André Lopes. O atual selecionador nacional na Taça Davis, Nuno Marques, convocou João Sousa, Rui Machado, Frederico Silva e João Domingues para o embate com Marrocos. Relativamente à anterior convocatória, para a deslocação à Rússia, Gastão Elias ficou de fora, uma vez que optou por participar no «qualifying» de singulares do Masters 1.000 Indian Wells nos Estados Unidos. Para colmatar a vaga, Nuno

Frederico Silva

Marques decidiu chamar João Domingues. Trata-se da segunda chamada do tenista de Oliveira de Azeméis, campeão nacional absoluto em 2011, para uma ronda da maior competição de ténis entre nações. Frederico Gil é suplente. Os portugueses vão defrontar os marroquinos Ouahab Lamine, Idmbark Yassine, Jdi Mehdi,

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João Domingues

Ahouda Amine e Rachidi Younes. O embate no CAR, com capacidade para 500 espetadores, será o segundo entre as duas nações, na Taça Davis. O primeiro ocorreu de 22 a 24 de setembro de 2006, em Marrocos, no Royale Tennis Club de Marrakech, em terra batida. Portugal, com Pedro Cordeiro

como «capitão», superiorizou-se por 3-2, evitando a despromoção para o Grupo II. Nessa eliminatória, o selecionador Pedro Cordeiro optou por utilizar Frederico Gil, Gonçalo Nicau e Pedro Sousa (estreou-se na Taça Davis). Diogo Rocha integrou a seleção portuguesa, mas sem que tivesse atuado.

As seleções portuguesa e marroquina encontram-se pela segunda vez na Taça Davis

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A conferência de imprensa que antecede a ronda entre as duas Seleções está prevista para 4 de março. No mesmo dia, realiza-se o jantar oficial e o sorteio está programado para 5 do mesmo mês

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A seleção de Portugal foi despromovida ao Grupo II depois do desaire sofrido na visita à Rússia, por 4-1, na segunda eliminatória do «play-off» de manutenção no Grupo I, em setembro do ano passado. O único triunfo da equipa portuguesa foi obtido por Rui Machado, no terceiro encontro de singulares, o penúltimo da ronda no Estádio Olímpico de Moscovo. Anteriormente, na primeira ronda, o sorteio colocou a Eslovénia no caminho de Portugal. O triunfo pertenceu aos eslovenos, por 3-2, numa ronda em que a atuação dos juízes de linha mereceu reparo no relatório do árbitro nomeado pela ITF para a cidade eslovena de Kranj. Marrocos apresenta-se em Portugal com uma vitória alcançada na derradeira eliminatória da Taça Davis que disputou. Em Casablanca, o coletivo do ex-tenista Tahiri Mohamed El Medhi venceu Chipre (sem Marcos Baghdatis, que nunca atua na Taça Davis em eliminatórias fora do seu país natal). A vitória, assinada por 4-1, permitiu aos marroquinos permanecer no Grupo II da Zona Europa/África da Taça Davis. Se Portugal vencer Marrocos, no CAR do Jamor, a equipa de Nuno Marques, coadjuvado pelo treina-

dor Emanuel Couto, defrontará a Finlândia ou o Mónaco, de 17 a 19 de julho. No caso de os finlandeses triunfaram sobre os monegascos, os nórdicos terão de se deslocar a Portugal, para a segunda elimina-

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João Sousa, Emanuel Couto e o fisioterapeuta Carlos Costa (de costas) durante um treino em Moscovo, no ano passado

tória do Grupo II da Zona Europa/ África da Taça Davis. Um triunfo do Mónaco frente à Finlândia, no Monte Carlo Country Club, em Roquebrune-Cap-Martin, permitirá aos monegascos voltarem a atuar em casa na segunda

eliminatória da competição, recebendo o vencedor do confronto entre Portugal e Marrocos novamente em superfície de terra batida. A terceira ronda, que decidirá qual uma de duas nações que

No primeiro dia da eliminatória, a 6 de março, o início dos encontros está programado para as 14 horas. No sábado, o embate em pares começa às 16 horas. No derradeiro dia, o primeiro dos dois encontros de singulares que fecham a ronda começa às 14 horas, seguindo-se o segundo imediatamente a seguir

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Frederico Silva FFEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 7


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Gastão Elias, Frederico Silva, Carlos Costa, João Sousa e Nuno Marques, na Rússia: o primeiro não integra a seleção para o embate com Marrocos

Portugal está invencível em casa desde 2004

rá do Grupo II para o I, em 2016, está calendarizada de 18 a 20 de setembro. Colocados na parte superior do quadro, África do Sul defronta Turquia e Bielorrússia enfrenta Irlanda na primeira ronda do Grupo II

da zona euro-africana da Taça Davis. Qualquer uma destas nações poderá cruzar-se com Portugal em setembro, caso a seleção mantenha-se invencível em casa desde 2004 e vença Finlândia ou Mónaco.

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Quadro do Grupo II da zona euro-africana da Taça Play-offs

1.ª ronda

17-19 julho

6-8 março

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Turquia (c) * Bielorrússia (s)

2.ª ronda

3.ª ronda

17-19 julho

18-20 setembro

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Irlanda (c)

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Portugal (s) (c) Marrocos Finlândia (s)

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África do Sul (s)

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Davis

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Mónaco (c)

Nações derrotadas

Nações vencedoras

despromovidas

promovidas

ao Grupo III em 2016

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Bósnia/Herz. (s)

Hungria (c)

ao Grupo I em 2016

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Moldávia (s)

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Zimbabué (c) *

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Madagáscar Luxemburgo (s) (c)

Bulgária

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Letónia (s) (c)

(s) cabeça de série | seed

(c) escolha de piso | choise of ground

* escolha de piso feita por sorteio | choice of ground if decide by lot FFEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 9


Levar a mod

Em 2014, mais de uma dezena de escolas apresentou candidatura e este programa da Federação Portuguesa de Ténis. Também no ano passado realizou-se a primeira ação de formação

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Departamento de Desenvolvimento (DdD) da Federação Portuguesa de Ténis lançou um programa de fomento da modalidade nos estabelecimentos de ensino. O objetivo é atingir mais de duas centenas de escolas em cinco anos. «Este programa para as escolas pretende dotar os professores de Educação Física de formação creditada na modalidade e fornecer material didático para lecionar aulas curriculares de ténis e criar núcleos de desporto escolar», explica Vítor Cabral, diretor do DdD. As primeiras candidaturas foram recebidas no ano passado, registando-se «mais de uma dezena de escolas interessadas em aderir ao programa, que se espera, no espaço de cinco anos, atingir mais de 200 escolas em todo o país». Igualmente no ano passado, a DdD realizou a primeira ação de formação integrada no programa destinado aos estabelecimentos de ensino. A ação teve lugar na Escola Secundária Adolfo Portela, em Águeda. Vítor Cabral recorda que «os materiais fornecidos foram

bem do agrado dos formandos, munindo-os de material técnico e prático necessário para desenvolverem as suas competências futuras na modalidade». «A escola tem sido sempre um objetivo da Federação Portuguesa de Ténis há já muitos anos e esperamos que este programa consiga finalmente uma ligação

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dalidade às escolas

duradora entre o sistema escolar e a Federação Portuguesa de Ténis. É nossa intenção criar uma rede de escolas ligadas aos clubes de proximidade, todos unidos por uma mesma metodologia de ensino», frisa Vítor Cabral. O «kit» fornecido às escolas foi desenhado pelo DdD e fabricado pela Sportzone e a sua marca

K-Open, em resultado de «uma parceria que tem sido um dos fatores de sucesso» em programas como o «Play + Stay. «Consideramos de maior importância a ligação a uma marca portuguesa, que apoia o desenvolvimento desportivo nacional», sustenta o diretor do DdD da Federação Portuguesa de Ténis.

O objetivo deste programa é atingir 200 escolas num prazo de cinco anos

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O trio

maravilha M Os três árbitros portugueses mais conceituados estiveram no Rio de Janeiro, no torneio brasileiro dos circuitos profissionais em masculinos e femininos

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ariana Alves, Carlos Ramos e Carlos Sanches juntaram-se no Rio de Janeiro. Os três árbitros portugueses mais conceituados estiveram no torneio brasileiro de WTA e ATP, entre 16 e 22 deste mês. Mariana Alves, detentora da categoria de juiz árbitro «Gold Badge», a mais alta certificação internacional da ITF, desempenhou as funções de supervisora WTA no Rio Open, da série International. Também Carlos Sanches, que estará novamente no Estoril Open este ano, exerceu as funções de supervisor ATP. O português, que reside na Áustria há 17 anos, está há duas décadas a representar a ATP e, em dezembro, voltou à O2 Arena, em Londres, como supervisor da associação no ATP Finals.

Carlos Ramos esteve no ATP World Tour Rio de Janeiro, prova de categoria 500 do circuito, como árbitro de cadeira, antes do compromisso da Taça Davis, entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos, da primeira ronda do Grupo Mundial, em Glasgow, na Escócia. O árbitro de cadeira português, residente em França, é o único do mundo que dirigiu finais de singulares masculinos nas quatro provas do «Grand Slam» — Open da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e Open dos Estados Unidos. No verão de 2012, Carlos Ramos dirigiu o encontro de atribuição de medalha de ouro dos Jogos Olímpicos de Londres, no All England Club, onde, anualmente, se realiza o «major» britânico de Wimbledon, torneio em relva natural.

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Carlos Ramos, Mariana Alves e Carlos Sanches

Também nos Jogos Olímpicos de Londres — no qual esteve igualmente presente o árbitro João Trindade como juiz de linha —, Mariana Alves, que integra o res-

trito grupo de cinco senhoras com a certificação «Gold Badge», dirigiu o encontro de singulares femininos de atribuição da medalha de bronze.

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A melhor

equipa E A seleção nacional de sub-12 foi distinguida em França, no Open Super 12 Auray 2015, torneio do escalão de sub-12, organizado sob a égide da Tennis Europe

m Auray, na França, a seleção portuguesa foi considerada a melhor equipa. Maria do Carmo Ribeiro, Inês Oliveira, Eduardo Morais e Pedro Ruivinho Graça, capitaneados por Pedro Lobão, receberam o prémio destinado pelo torneio de sub-12 para a formação que se evidenciou pelo empenho, «fair play» e desportivismo. A delegação cativou o público em Auray, a norte de França, e Eduardo Morais, que atingiu as meias-finais em singulares, após ter afastado os números um russo e espanhol no escalão, foi considerado a Revelação do Torneio. «A participação portuguesa no mais prestigiado torneio mundial de sub-12 (considerado o mundial oficioso, uma vez que não há Campeonato do Mundo do escalão) foi muito positiva em vários aspetos», considerou Pedro Lobão. O «capitão» de Portugal referiu

que a seleção passou «uma imagem excelente», uma «imagem de competência, ‘fair-play’ e simpatia». «Fomos muitas vezes solicitados para falar à imprensa local e nacional, que nos perguntou sempre como era possível Portugal, um país pequeno, com poucos recursos, ter tão bons resultados no ténis juvenil», declarou Lobão, acrescentando que a sucessão de resultados «deve-se ao bom trabalho que Portugal tem feito na formação de treinadores». Pedro Lobão sublinhou «a capacidade que a Federação Portuguesa de Ténis tem tido para, com poucos recursos, manter na linha da frente projetos apoiados pela ITF, como o ‘Play and Stay’ e o Tennis10’s». Eduardo Morais considerou que «foi uma semana inesquecível, uma experiência excelente», que lhe deu «confiança para o futuro». Pedro Ruivinho Graça assinalou

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Pedro Lobão com Eduardo Morais, Pedro Ruivinho Graça, Maria do Carmo Ribeiro e Inês Oliveira

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que «foi uma semana histórica», pois a seleção conquistou «o carinho dos franceses e o seu respeito». «É assim que Portugal vai crescendo no ténis, de geração para gerão», disse Graça, que atingiu os oitavos de final em singulares, enquanto Maria do Carmo Ribeiro

aludiu a «grandes experiências», permitindo que Portugal conseguisse uma distinção. Admitindo que aprendeu que «o espírito de equipa e ser positivo é muito importante», Inês Oliveira, afirmou que a união de um grupo permite que se façam «as coisas melhor».

Eduardo Morais foi distinguido com o prémio revelação do torneio

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Três mil eur O

Masters do Circuito Padel Portugal, de 28 de fevereiro a 1 de março, no i6, na Abóboda (na Beloura, próximo de Cascais), vai disponibilizar um total de três mil euros. O «prize-money» do Masters da edição de 2014 do Circuito Padel Portugal será distribuído pelos pares masculinos, femininos e mistos. Para o Masters da primeira edição do Circuito Padel Portugal apuraram-se os atletas mais cotados no «ranking» nacional. A competição organizada pela Federação Portuguesa de Ténis pela primeira vez será disputada por seis pares masculinos e sete número de duplas femininas e mistas. O Masters do Circuito Padel Portugal reunirá alguns campeões nacionais, títulos conquistados em setembro, no Campeonato Nacional de Padel/Taça Banco BIC, que decorreu no CIF, inserida no programa da Semana do Ténis & Padel, promovida pela Federação Portuguesa de Ténis pelo segundo ano consecutivo. No i6 vai estar presente João Roque, que formou a dupla campeã nacional em masculinos com Gonçalo Nicau (ausente no i6). Dos vice-campeões nacionais em título, Gonçalo Loureiro e Ricardo Cortes não podem participar no Maters do Circuito Padel Portugal.

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Gonçal e João

Em femininos, Kátia Rodrigues, que conquistou o título nacional no CIF, ao lado de Ana Catarina Nogueira (ausente), figura no topo da lista de padelistas qualificadas para o Masters do Circuito Padel Portugal. O árbitro do Masters do Circuito Padel Portugal, organizado pela

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ros no Masters FERNANDO FERREIRA

Os apurados João Roque

Kátia Rodrigues

Fábio Faísca

Daniela Carvalho

Francisco Freitas

Cláudia Moreira

Eduardo Carona

Sandra Marques

Filipe Freitas

Ana Sofia Gonçalves

José Barros

Tânia Couto

Martim Trueva

Ana Rita Gomes

Jesus Lizarbe

Diana Batista

José Ricardo Nunes

Sofia Araújo Diana Silva Sofia Bastos

lo Nicau Roque

Cláudia Diniz Luísa Gouveia Joana Sousa

Federação Portuguesa de Ténis, será Luís Flores Marques. A competição tem início previsto para 28 de fevereiro, às 10 horas, e prolonga-se até ao dia seguinte, 1 de março, em que se decidirá quem são os vencedores em pares masculinos, femininos e mistos.

Classificação do Circuito Padel Portugal disponível em www.tenis.pt Quadros depares masculinos, femininos e pares do Masters do Circuito Padel Portugal disponíveis na página oficial da Federação Portuguesa de Ténis

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De volta A

seleção nacional de ténis em cadeira de rodas vai voltar ao Mundial da disciplina. De 24 a 28 de março, em Antalya, na Turquia, Portugal disputará a qualificação europeia para o Campeonato do Mundo, igualmente em solo turco, no Club Alibey Manavgat, de 25 a 31 de maio. O regresso de Portugal a Antalya, para a segunda participação consecutiva na qualificação europeia para o Mundial, será mais «equilibrada», como afirma Joaquim Nunes, coordenador de ténis de cadeira de rodas da Federação Portuguesa de Ténis. «Este ano, a participação portuguesa será, em termos quantitativos e qualitativos, mais equilibrada», refere Joaquim Nunes, que salienta a novidade do alargamento da seleção nacional a três elementos. No ano passado, a representação portuguesa em Antalya esteve entregue a Carlos Leitão, campeão nacional então e na atualidade, e a João Sanona, vicecampeão nacional em 2013 e 2014. «Este ano, vamos incluir um terceiro jogador, que nasceu nos Açores e vive no Canadá: Jean Paul Melo», sublinha o responsável pela modalidade. Joaquim Nunes revela que Jean Paul Melo, com nacionalidade portuguesa e canadiana, fecha o «top» 160 da classificação mundial («ranking» de 22 de fevereiro). «Este atleta participou, em setembro, na prova internacional em Setúbal [Open Baía de Setúbal], e, desde logo, manifestou interesse em representar a seleção portuguesa. Será, pois, uma

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mais-valia em termos qualitativos», acentua Joaquim Nunes. Neste ano, um total de 12 países participará na qualificação europeia e Joaquim Nunes assume que Portugal está «empenhado em melhorar o resultado do ano passado». «Vamos procurar os lugares do meio da tabela. Claro que o sorteio será determinante, mas, para já, a nossa ambição será melhorar a posição classificativa e contribuir para a melhoria dos jogadores portugueses», declara o coordenador da modalidade na Federação Portuguesa de Ténis. No ano passado, a seleção nacional classificou em 11.º na qualificação europeia para o Campeonato do Mundo. Na segunda vez que Portugal inscreveu-se num Mundial — a primeira foi em 2009, em Inglaterra —, o sortilégio do sorteio colocou como adversários a Rússia e a Roménia, no Grupo 3 da qualificação europeia para o Mundial de 2014. No primeiro confronto, com a Rússia, João Sanona e Carlos Leitão cederam nos dois encontros em singulares e no de pares. Frente à Roménia, Portugal esteve perto de ganhar o embate, mas o encontro de pares terminou favorável aos romenos e, consequentemente, determinou a vitória. Apesar de ter oferecido boa réplica ao opositor, João Sanona cedeu no primeiro encontro de singulares, enquanto Carlos Leitão registou um êxito no segundo e levou a decisão do confronto para o embate em pares. No apuramento do décimo lugar, Portugal ficou a aguardar o adversário. A Turquia acabou por


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Carlos Leitão e João Sanonsa

ser a nação adversária dos portugueses. A Turquia venceu Portugal, por 2-1, garantindo o décimo posto, enquanto a formação portuguesa, com Joaquim Nunes como «capitão», teve de se contentar com o 11.º lugar na qualificação europeia.

O recontro de Portugal com Turquia, que encerrou a participação lusa na qualificação, foi igualmente decidido no embate reservado a duplas, com recurso ao «super tie-break», depois do triunfo de Sanona no primeiro encontro individual e do desaire sofrido por Leitão no segundo.

Portugal vai voltar à qualificação europeia, em finais de março, na Turquia

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«Tornei-me exi R

ebeca Cordeiro Silva representou recentemente Portugal na Winter Cup. A jovem é treinada por João Cunha e Silva, João Antunes, Paulo Joaquim e Diogo Mota, no CETO.

A tenista do CETO soma um título de campeã nacional em pares, no escalão de sub-12 (com Francisca Carolino), em 2013. Nesse ano, foi vice-campeã em singulares. Em 2012, sagrou-se vice -campeã em pares de sub12, conjuntamente com Rita Pinto. No ano passado, a dupla formada por Rebeca Cordeiro Silva e Filipa Martins foi campeã em sub-14

O ténis é... o desporto com me identifico. Tenho um espírito competitivo dentro e fora do campo e, por isso, quando jogo ténis, sinto um equilíbrio entre a minha vida pessoal e desportiva. Jogar ténis permite-me sair da rotina do dia-a-dia, ponho tudo de parte. Já faz parte de mim e da minha vida. Jogo ténis porque… comecei a jogar com cinco anos, por ser o desporto da família. O meu avô é fã e praticante da modalidade e os meus pais também. Fui crescendo neste meio e tornei-me mais apaixonada e exigente com o ténis. Hoje, as raquetas acompanham-me por todo o lado e todos os dias. Por isso, jogar ténis é o que me dá mais prazer e não me consigo imaginar sem jogar. O que mais gosto no ténis… é a sua complexidade e o desafio constante. É o facto de, para jogar a um alto nível, ser preciso não só estar em excelente forma física e técnica, mas, acima de tudo, possuir um forte equilíbrio mental e capacidade de esforço e sofrimento. O que mais detesto no ténis é… não há nada que deteste. Treinar é… a chave do sucesso. É a oportunidade que temos para trabalhar os nossos aspetos menos bons e fortalecer os melhores. É a única forma de melhorar e evoluir.

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O sucesso significa… uma coisa pessoal. O sucesso é muitas vezes confundido com o reconhecimento, mas o sucesso é uma coisa pessoal. Nós atingirmos o sucesso quando alcançamos os nossos objetivos, quando nos sentimos realizados. O sucesso acaba por ser uma consequência do nosso trabalho e da nossa dedicação. No ténis, quero atingir… por agora, um bom objetivo era atingir o «top» 100 no «ranking» internacional, mas, a longo prazo, tenho o sonho de qualquer jogador da minha idade: fazer disto a minha vida. Depois de vencer um encontro… independentemente do resultado, as primeiras coisas que faço são as minhas rotinas (uns minutos de corrida e alongamentos). Depois, falo com o treinador que me acompanha e faço uma reflexão sobre o jogo que fiz. Se tiver ganho o encontro, refletimos sobre tudo o que fiz bem, para o continuar a fazer nos próximos. Se o jogo não tiver corrido tão bem, tento identificar aquilo que fiz pior, para que possa melhorar nesse ou nesses aspetos. Até ao momento, a minha maior alegria no ténis foi… a primeira vez em que joguei um torneio do estrangeiro. Tinha 12 anos e foi uma experiência incrível. Tive a oportunidade de perceber como é diferente o nível de competição lá fora e, assim, tive perfeita noção da realidade, ao contrário do que julgava ser o «standard». E a maior tristeza no ténis foi… quando tive de interromper


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igente» os treinos por três meses, no pico da época, por motivos de saúde. Foram uns meses longos e bastante difíceis. Só quando ficamos parados tanto tempo sem poder fazer aquilo que realmente gostamos é que nos apercebemos da falta que isso nos faz. Se eu mandasse no ténis… tornava-o num desporto mais acessível a todos, para que pudessem jogar todas as pessoas, que, tal como eu, gostam da modalidade. Em Portugal, o ténis precisa de… além de precisar de mais apoios financeiros e estruturais, aquilo que faz mesmo falta são mais jogadores. A este nível, há pouquíssimas pessoas a jogar, especialmente raparigas, e julgo que, nos escalões superiores, a situação é ainda pior. Não admira que o nível não seja tão elevado como em países que têm mais jogadores a competir. Um ou uma tenista de Portugal no "top" 100... já temos um [João Sousa] e acho que é um grande exemplo de esforço, trabalho e dedicação. E uma prova de que, mesmo sem as mesmas condições e apoios que outros países possam ter, conseguimos ter bons tenistas a nível mundial, o que nos motiva a continuar a jogar. Um bom treinador é… alguém que nos consiga ajudar em todas as vertentes do ténis. É alguém que tenha bons conhecimentos e nos ajude na parte técnica, mas também que nos compreenda e com quem nos sintamos à vontade para partilhar algo que nos esteja a incomodar, nunca deixando de ser exigente.

Rebeca Cordeiro Silva 14 anos

Rebeca Cordeiro Silva e João Cunha e Silva

O meu ídolo no ténis é atualmente..., e sempre será, Roger Federer. Quanto a raparigas, ninguém em especial, porque gosto muito mais de ver os homens a jogar. Reconheço que a intensidade em campo é diferente. O meu torneio preferido é… Wimbledon. Além do nível do torneio, adoro toda a sua envolvente e, das quatro [provas] do «Grand Slam», é o mais clássico. Já tive a oportunidade de visitar o clube e é lindo. É, um sonho poder jogar lá. A minha superfície preferida é… piso rápido. No entanto, sei que não é a mais favorável ao meu jogo. A mais favorável é a terra batida, além de ser a superfície onde treino regularmente. No meu saco, não dispenso… além das raquetas Tecnifibre, uma toalha, água, corda e elástico.

Rebeca Cordeiro Silva integrou a seleção nacional do escalão de sub-14, na qualificação da Winter Cup, juntando-se a Maria Inês Fonte e Joana Baptista. As portuguesas, capitaneadas por Ângela Cardoso, jogaram na Suécia, mas não se apuraram para a fase final

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Associações Regionais AÇORES AVEIRO LEIRIA

ALGARVE CASTELO BRANCO LISBOA

SETÚBAL

MADEIRA VILA REAL

ALENTEJO COIMBRA PORTO VISEU


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