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Dia da Mulher e as Mulheres da Gastronomia …………….............................................. 27

“AO SABOR DAS CONVERSAS SURGEM CONVERSAS COM SABOR”

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Conversa: “Comidas do Entrudo” com Virgílio Nogueiro Gomes

“AO SABOR DAS CONVERSAS SURGEM CONVERSAS COM SABOR”

Estivemos à conversa sobre... feijões!

Numa iniciativa aberta à comunidade, a Federação das Confrarias quis ouvir tudo sobre esta leguminosa que mudou a nossa vida.

Com casca, sem casca, verde ou em seco, de mil formatos, cores e designações, descobrimos a que sabem os feijões…

DIA DA MULHER E AS MULHERES DA GASTRONOMIA

Chefe Marlene Vieira pelas suas palavras: "Sou uma mulher do norte” num mundo onde aparenta ser de homens, mas acredito que sirvo de inspiração a outras mulheres. Quero fazer sempre boa cozinha e igualmente desafiar a sociedade ao mostrar que a cozinha profissional é também um mundo de mulheres, onde elas podem e sabem, liderar e criar, tão bem ou melhor que os homens!“

foto e texto de : https://www.marlenevieira.pt Escrita gastronómica, Fátima Moura, e o contributo que tem dado para o conhecimento da nossa gastronomia

portuguesa.

DIA DA MULHER E AS MULHERES DA GASTRONOMIA

Filipa Vacondeus

Grande entusiasta da gastronomia portuguesa, autora de vários livros como "Petiscos da Filipa" ou "Viver mais e melhor".

Tinha as receitas económicas como imagem de marca e ficou também conhecida por ter servido de inspiração para uma personagem de Herman José que utilizava a famosa expressão "imensa paprika".

Foto: Jorge Simão/matéria-prima edições no Público Nascida no coração de Trás-os- Montes, Justa Nobre transportou alma e o sabor da cozinha tradicional portuguesa para a capital. Cedo se tornou chefe de cozinha e não demorou a

inaugurar o seu próprio espaço, que desde então, se tornou uma referência da gastronomia

portuguesa. Texto e fotos: https://justanobre.pt

DIA DA MULHER E AS MULHERES DA GASTRONOMIA

Num dia dedicado à Mulher quisemos lembrar as grandes mulheres da gastronomia portuguesa. Maria de Lourdes Modesto resgatou muito do receituário da cozinha portuguesa, fixando-o no tempo, dando-nos a oportunidade de o conhecermos.

Disponível em https://www.acpp.pt/maria-de-lourdes-modesto este acervo constitui um dos pilares da afirmação da Cozinha Regional Portuguesa.

Memórias gastronómicas em Lafões : Confraria homenageia Chefe Silva em livro

Texto e fotos: Aníbal Seraphim

Há histórias que só têm um final feliz. Mas esta história tem um início e final feliz, e com um “milagre” de Natal pelo meio. A Confraria de Gastrónomos da Região de Lafões teve o ensejo de homenagear o saudoso Chefe Silva através de um livro que contivesse várias áreas de interesse e divulgação, tendo o destino se encarregado de conectar algumas efemérides. Por vezes o etéreo resolve ajudar e como vivemos há um ano com vários constrangimentos, poderia este projeto não ter atingido os objetivos propostos. Mas, com esforço e dedicação tudo se consegue. Vejamos a cronologia: A primeira sessão fotográfica e confeção dos pratos ao almoço e jantar foi possível realizar-se a 14 de outubro de 2020, pela conjugação de agendas dos vários intervenientes. Coincidentemente na data do 5º aniversário do falecimento do Chefe Silva. Chegada dos livros à Confraria: Sábado, 19 de dezembro de 2020. Fim de semana do 24º aniversário da Confraria, comemorada a 20 de dezembro.

Dadas as contingências das incertezas que vivemos, o objetivo da previsão da chegada antes do Natal poderia ficar em causa por motivos alheios, mas inerentes, no entanto prevaleceu o pensamento positivo e como recompensa os mil exemplares chegaram à Confraria em plena época natalícia. Assim, o livro do Chefe Silva “Memórias gastronómicas (em Lafões)”, junta-se ao espólio de livros já editados pela Confraria: “Carta Gastronómica da Região de Lafões” e “Aromas da Terra - Ervas aromáticas do Vale de Lafões”, deixando assim um enorme legado para o futuro e promoção de toda uma região de rara beleza que merece ser visitada e apelativa dos sentidos através da gastronomia.

Dissecando sobre o livro

Comecemos pela capa. Fundo branco, que dá vida ao Mestre, pois apesar da sua partida será para sempre eterno, tal como a sua obra. Um belo contraste com a fotografia da capa e que condiz com a cor da sua bata e chapéu de Chef. Nome do Chefe Silva a preto complementado com “Memórias gastronómicas (em Lafões)” a dourado, ficando assim bem patente o brilhantismo da sua obra. Sobressaí ainda do fundo branco as dez miniaturas de fotografias de alguns dos pratos confecionados que compõe o livro.

Costuma dizer-se “não julgues o livro pela capa”. Neste caso essa frase encaixa na perfeição. O livro de capa dura contendo 142 páginas apresenta-se muito bem paginado e ilustrado com fotografias de excelente qualidade, tendo os pratos confecionados sido fotografados pelo experiente Paulo Choupeiro.

As receitas estão igualmente percetíveis e apelativas a que se corra para a cozinha partindo à aventura para preparar as iguarias. O índice foi bem elaborado e cada item no devido lugar, dando assim uma sequência lógica ao livro, tal como o receituário, também com índice, escalonado por regiões: Região de Lafões, Amares e Caldelas, e receituário da Campoaves. O livro não se restringe apenas ao receituário, contém algumas páginas dedicadas a homenagens escritas de forma sentida e poéticas por parte dos confrades Carlos Almeida e Joaquim Cardoso, contendo mensagens dos Presidentes dos três Municípios de Lafões e do Edil de Amares. Complementado com memórias por parte da Direção da Confraria, da Campoaves, e dois sentidos textos do confrade Carlos Rodrigues. Igualmente tocadas pelo sentimento são as palavras do filho e da neta do Chefe Silva.

O livro contém uma série de artigos da comunicação social. Para abrir o apetite para que desfrutem deste livro, inclui uma curiosa entrevista imperdível em que o Chef afirma:“A minha mulher não me queria na cozinha”.

Foto: Visit Lafoes

Iguarias preparadas para a composição do livro

A confeção dos pratos e registo fotográfico decorreu em vários locais de Lafões, fazendo assim um périplo regional, que terminou com chave de ouro.

No dia 14 de outubro de 2020, o almoço foi em Oliveira de Frades, no Restaurante O Solar, com os seguintes pratos, sopas e sobremesas: Arroz de Frango à moda de Lafões, Frango do campo com massa à Lafões, Capão assado com laranja, Empadinhas de Frango do campo à Alentejana, Frango de cabidela, Bifinhos de Frango do campo à Chefe, Bifinhos de Peru com cogumelos e camarões, Sopa de Frango com feijão e Tigelinhas à moda de Lafões.

Ao jantar, no Restaurante Eira dos Sabores, em Vouzela, as receitas foram: Sopa de cebola à moda de Lafões, Arroz à pedra da broa, Vitela à moda de Lafões,Vitela de Lafões, Delícias de café e Mexidos do convento.

A 22 de Outubro foi a vez de S. Pedro do Sul ser ponto de passagem desta iniciativa e no Restaurante Laranjeira foram confecionados e fotografados os seguintes pratos: Arroz de feira de S. Pedro do Sul, Vitela à moda de Lafões, Creme queimado da Gralheira e Pudim de pão de S. Pedro do Sul.

Mas o leque da variedade do legado do Chefe Silva ainda é maior, muito maior, que os pratos registados fotograficamente para o livro nos três concelhos.

Assim, a 27 de outubro de 2020 e com a ajuda de alguns confrades na confeção dos pratos, realizou-se a última sessão fotográfica, incrementando mais receitas para o livro e dessa vez com degustação dos seguintes pratos: Chouriço em vinho tinto, Bacalhau à Lafões, Bacalhau à moda de Lafões, Rancho à pedra da broa e Carne da padela. Para sobremesa: Aletria de Lafões e Colchão de Vouzela.

Para terminar este périplo com chave de ouro, não poderíamos deixar falar do local onde se realizou: Casa Museu, um ex-libris de Vouzela. Uma casa de beleza rara e carregada de história: Erigida nos princípios do Sec. XVII, com um brasão em pedra Ançã no seu interior, representando as quatro famílias: Almeida, Brandão, Torres e Cardoso. O charme e a atenção ao pequeno detalhe estão por todo o lado e o requinte da decoração é brilhante.

Edifício de património arquitetónico incalculável e de notável herança histórica e familiar, com uma admirável exposição de arte sacra no hall de entrada e o simbolismo da traça em pedra, tudo num enquadramento familiar. O local ideal para encerrar este percurso.