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Junta previne incêndios Pág. 10

Esta revista é um suplemento local que integra a edição n.º 3465 de 14 de Agosto de 2003 do semanário REGIÃO DE LEIRIA e não pode ser vendida separadamente

Julho 2003 Ano Nº Agosto 2003 Ano22 Nº14 15 Revista da Freguesia de Santa Catarina da Serra

Obras do museu já começaram

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Ovolíder é empresa de sucesso

«Festa Grande» em Santa Catarina

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FÓRUM FICHA TÉCNICA

ÍNDICE

DIRECTOR: Francisco Rebelo dos Santos

“Festa Grande” em Santa Catarina

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Ulmeiro tem parque de merendas

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Museu do rancho avança

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DIRECTOR-EXECUTIVO: Pedro Costa CONSELHO DINAMIZADOR: Fausto Neves, David Vieira, Jaime Silva, Joaquim Rodrigues, Jorge Primitivo, José Augusto Antunes,José Carlos Rodrigues

Ioga tem sede na freguesia 08

TEXTOS: Carlos S. Almeida, Sílvia Reis, Sónia Gomes FOTOGRAFIA: Joaquim Dâmaso e arquivo do REGIÃO DE LEIRIA PAGINAÇÃO: Inforegiões - Soc. Editora, unipessoal PUBLICIDADE Lídia Órfão Tereso PATROCINADORES PERMANENTES: LubriFátima Maia - A.Ferreira das Neves Herdeiros, Lda. Construtora do Lena JRP J.Primitivo Madeiras, S.A. Construções J.J.R. & Filhos, S.A. IMPRESSÃO: Mirandela, S.A. TIRAGEM: 2500 exemplares Esta revista é um suplemento local que integra a edição n.º 3465 de 14 de Agosto de 2003 do semanário REGIÃO DE LEIRIA e não pode ser vendida separadamente

Junta e Câmara celebram protocolo

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História de uma luta

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Inquérito sobre férias

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Picaria nos Olivais

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Ensino

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Ovolíder: empresa do mês

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UDS já definiu plantel

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Rota dos Restaurantes

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Agenda

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Participe A sua opinião conta. A VOZ DA SERRA tem em funcionaqmento um Ponto de Apoio ao Leitor na Papelaria Bemposta, no centro da vila de Santa Catarina da Serra. Porque a participação activa dos nossos leitores é essencial, agora existe um local onde pode deixar as sugestões de assuntos que gostaria de ver abordados, textos para publicação, pagamento de assinaturas e entrega de publicidade. A interactividade com o leitor é uma das nossas preocupações. Ajudenos participando. Dependendo da dispobnibilidade gráfica ou da pertinência noticiosa, a sua participação encontrará eco na VOZ DA SERRA e/ou REGIÃO DE LEIRIA.

Bairrismo notório O museu etnográfico do Rancho Folclórico de São Guilherme vai ser uma realidade no próximo ano. Até lá, contudo, a colectividade tem ainda de angariar os meios financeiros para a concretização da obra que é, há muito, desejada pelos seus responsáveis. Este ano – em que celebra o 40.º aniversário – o Rancho de São Guilherme dá, assim, um passo importante para o seu futuro. Mas não só. Com esta obra, a colectividade vai recordar aos presentes e, também, às gerações que se seguem o passado da freguesia. Para que esse passado conste na memória colectiva de Santa Catarina da Serra. Também nesta edição, apresentamos as obras desenvolvidas pela Associação Social de Ulmeiro, trabalhos que, decididamente, revelam um bairrismo crescente daquelas gentes. Afinal, trata-se de um grupo de pessoas que, com a ajuda de muitas outras, está a desenvolver um trabalho notável e que é, por isso, de registar nesta revista que está agora nas suas mãos. Para provar ainda que este bairrismo se sente na freguesia de Santa Catarina da Serra, aí está a “Festa Grande” que, todos os Agostos, assenta junto à Igreja Paroquial local. Nestas festas, em honra do Sagrado Coração de Jesus, são esperadas centenas de pessoas, entre as quais, os emigrantes que agora regressam à terra para “matar” saudades. Agosto é também deles. A “Festa Grande” é de todos.

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ACTUALIDADE

“Festa Grande” em Santa Catarina Começa hoje, quinta-feira, a festa em honra do Sagrado Coração de Jesus. O evento, organizado pelas pessoas residentes na freguesia que completam em 2003 40 anos, realiza-se na vila de Santa Catarina da Serra e termina domingo, dia 17. Este ano, a grande novidade na “Festa Grande” é a revista à portuguesa - prevista para domingo e que tem o nome “Ó pá vai dar banho ao cão”. Nomes como Óscar Branco, Lena Rios, Aurélio Perry e Edgar Lima vão desfilar em Santa Catarina num espectáculo previsto para as 22 horas. Antes, porém, amanhã, dia 15, às 18 horas, actua o grupo de cantares populares “Terra Nova”, seguindo-se, uma hora mais tarde, o espectáculo musical com o trio “Jorge Miguel. Ainda dia 15 actua Pedro Miguéis. No sábado a abertura do arraial é às 11 horas, no qual está garantida muita animação, quermesse, bar e bufete até às 20h30, momento em que se realiza a missa solene. A partir das 21h30 actuam as bandas “Neca Nakazumba” e “Os Porquinhos da Ilda”. O grande dia da festa está, contudo, reservado para domingo, com a alvorada a fazer-se às 8 horas. Às 13 horas chega a filarmónica para a recolha dos andores (que serão vendidos durante a tarde) e uma hora mais tarde os escuteiros de Santa Catarina da Serra

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vão coordenar a missa solene e respectiva procissão. Às 18 horas actua o Rancho Folclórico de São Guilherme e, mais tarde, o grupo musical “Sem limites”. A actuação desta banda é intervalada pela revista à portuguesa. À meia-noite a organização da “Festa Grande” sorteia vários prémios, onde consta um automóvel.

Organização dos 40 O último dia, segunda-feira, está reservado a uma missa dos festeiros com romagem ao cemi-

tério e um almoço-convívio dos quarentões. Como já vem sendo hábito, desde há sete anos, cabe aos jovens dos 40 anos, nascidos ou residentes na freguesia, a organização desta festa. Este ano a tradição volta a ser cumprida, sendo que a comissão de festas optou por trazer a Santa Catarina da Serra algumas novidades como é o caso da revista portuguesa. Segundo a comissão de festas, esta revista significa a oportunidade de trazer à vila um espectáculo diferente, e que não está, normalmente, acessível a toda a gente. Por outro lado, este espectáculo é, também, uma aposta na divulgação da cultura portuguesa. As bandas típicas, que irão animar a festa ao longo dos quatro dias, são outros dos exemplos desta forte aposta na projecção da cultura portuguesa. Todavia, a organização seleccionou um leque de artistas capazes de atrair um público muito vasto. “A festa foi pensada num todo. Tentamos que o espectáculo satisfaça os gostos das várias faixas etárias”, refere um membro da comissão organizadora. Exemplo disso é a noite de sábado que contará com o espectáculo dos “Porquinhos da Ilda” e que será uma forte aposta para a camada mais jovem. Pedro Miguéis e a sua banda que também fazem parte do cartaz, são outras das referências nos festejos.


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COLECTIVIDADE

Obras inauguradas A Associação Social do Ulmeiro inaugurou, no passado dia 29 de Junho, as obras de ampliação da sua sede social. A iniciativa decorreu no âmbito das Festas de São Pedro que incluiu uma exposição, magia e música, além da celebração de uma missa. Segundo Célia Gordo, presidente da colectividade, as obras incluíram a ampliação do espaço destinado a café. Mas não só. “Fizemos uma cozinha e copa maiores, e temos um novo espaço destinado a arrumar cadeiras, mesas e louças”, explica a responsável. Além da criação desta arrecadação, a associação criou um espaço destinado a churrasco. “Para este trabalho tivemos a ajuda de empresas, de particulares e pessoas do lugar que nos ajudaram em materiais e também em mão-de-obra”, refere Célia Gordo que aproveita para agradecer a todas as pessoas que ajudaram. “Havia quem passasse na rua e nos via a trabalhar e começavam a ajudar-nos”, conta a presidente da Associação Social do Ulmeiro.

Próximo passo As obras da colectividade estenderam-se, igualmente, ao exterior da sede social, onde foi arranjado um parque de merendas, embora este ainda não esteja totalmente concluído. “Para esta

obra tivemos um grande contributo do Presidente da Junta de Freguesia”, recorda a responsável. “A nossa ideia é agora a começar a receber festas no nosso pavilhão como convívios, festas de Natal de empresas, baptizados e casamentos”, esclarece Célia Nunes, recordando que a Associação Social do Ulmeiro tem todas as condições para o realizar. “Queríamos fazer uns panfletos para anunciar às empresas que estamos disponíveis para servirmos jantares de final de ano. Queremos dizer às pessoas que organizamos essas festas e que o nosso pavilhão tem capacidade até 500 pessoas”, adianta a presidente da associação. Contudo, lembra Célia Gordo, as obras agora inauguradas ainda não estão totalmente pagas. “Temos de realizar mais alguma actividade porque o dinheiro não chegou”, sustenta a responsável.

Dez anos de bairrismo Quanto ao parque de merendas essa é uma obra para inaugurar mais tarde, até porque, diz Célia

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Gordo, ainda não estão totalmente concluídas. A Associação Social do Ulmeiro foi criada há cerca de dez anos. Tudo começou, conta Célia Nunes, com uma tradicional fogueira que as gentes do lugar de Ulmeiro realizavam sempre por ocasião do dia de São Pedro. As fogueiras sucederam-se até que nasceu a Associação Social de Ulmeiro. A colectividade não tem sócios, sendo a direcção assegurada por um grupo de pessoas nomeada por dois anos num jantar que envolve as pessoas da terra. Como receitas, a associação tem o lucro do bar aberto de sexta-feira a domingo. Tem ainda as verbas da realização de jogos no pavilhão. As modalidades que ali têm lugar são o futebol, basquetebol, badminton, além de que há ainda chinquilho e bilhar. “Temos também uma vez por semana ginástica”, refere a responsável. A Associação Social do Ulmeiro tem ainda o curso de artes decorativas frequentado por cerca de duas dezenas de pessoas. O resultado deste trabalho esteve exposto no passado dia 29 de Junho.


COLECTIVIDADE

Museu etnográfico em 2004

Começaram há dois meses as obras do museu etnográfico do Rancho Folclórico de São Guilherme. Joaquim Mendes, da direcção, explica à Voz da Serra que, neste momento, estão a desenvolver o trabalho de reconstrução do imóvel. “Adquirimos a casa e essa aquisição já se encontra regularizada”, refere, lembrando que a compra atingiu os 50 mil euros, metade dos quais suportados pela Câmara Municipal de Leiria. “A outra parte fomos nós que obtivemos através da realização de vários eventos, como cortejos, festas, festivais. Tivemos ainda a colaboração de várias empresas e particulares”, adianta. Quanto às obras, esclarece Joaquim Mendes, a direcção começou “pela demolição das paredes de tijolo” e a sua reconstrução, mas agora revestidas a pedra. “Este é um trabalho demorado, mas é feito por artistas da região e que se vai prolongar por alguns meses”. A reconstrução do imóvel está orçada em 30 mil euros e estende-se provavelmente até ao final do ano.

“Vamos manter a fachada da casa, mas há trabalhos de revestimentos, cantarias, caixilharias de madeira e de conservação na cobertura”, adianta Joaquim Mendes, admitindo que o Rancho de São Guilherme poderá ver as obras concluídas até ao final do ano.

Quando ao edifício, terá uma cozinha com lareira, dois quartos e duas salas, uma das quais do tear. “Pensamos que será possível inaugurar este museu no final de 2004”, acredita Joaquim Mendes.

Espólio relevante

O Rancho Folclórico de São Guilherme comemora 40 anos em 2003, estando prevista, no âmbito deste aniversário, a realização de tasquinhas na última semana de Setembro. Em Julho passado realizou-se o tradicional festival de folclore, que agregou, além do rancho local, mais outros cinco grupos. Já para Outubro, o grupo etnográfico tem prevista uma deslocação a Paris. “Será a primeira vez que o rancho vai a França”, revela o responsável, lembrando que a viagem a terras francesas está agendada para os dias 23 a 27 de Outubro. O Rancho reúne 40 elementos com idades compreendidas entre os 15 e os 65 anos.

Depois destes trabalhos, a colectividade vai passar para a recuperação do interior do imóvel, de forma a ser adaptado à função a que se destina. “Para ter condições para expormos o nosso espólio”; acrescenta Joaquim Mendes. O espólio do Rancho de São Guilherme é constituído por 250 peças. Ali se encontram alfaias, trajes e objectos de cozinha, entre outras coisas. “Tudo já está catalogado e tratado informaticamente, e irá reconstituir os tempos de antigamente”, recorda o elemento da direcção. O museu vai ter como anexo um lagar de vinho e os currais onde se guardavam os animais.

40.º aniversário

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ACTUALIDADE

A terapia que relaxa Em 200 d.C. Pantanjali sistematizou a terapia do ioga que é composta por oito sutras. São eles, “yama”, “niyama”, “asana”, “pranayama”, “pratyahaahara”, “dharana”, “dhyana” e “samadhi”. E esta terapia já chegou à freguesia de Santa Catarina da Serra. É que a Associação de Yoga do Distrito Leiria está precisamente localizada na Loureira. Norberto Ribeiro, presidente da

associação, natural da Loureira, explica que o ioga visa a união com o nosso interior. “Não é uma religião, mas sim um conjunto de técnicas que podem ser usadas por quaisquer pessoas”, refere. Pretende-se cuidar e preservar o corpo humano no seu melhor. Os oito sutras são o modo de o conseguir. Assim, o “yama” facilita a convivência com as normas sociais de conduta. Por sua vez o “niyama”

permite conhecer as regras básicas da autodisciplina e a percepção interior, algo que facilita a harmonização do ser humano com ele mesmo. A face mais exterior desta prática e que mais facilmente associamos ao ioga são as “asanas”, isto é, as posturas ou os exercícios que permitem manter o corpo e a mente sãos. Existem ainda as técnicas de respiração (“pranayama”) que permitem conseguir profundos estados de relaxamento. Aos oito sutras que sistematizam o ioga acresce o “pratyahara” - o controlo positivo das emoções e pensamentos -, “dharana” - a capacidade de concentração da mente -, “dhyana” - a meditação profunda - e “samadhi”. Trata-se do estado de união que é alcançado através da meditação profunda e que faz com que o praticante se torne num só com o seu objecto de meditação.

Melhor qualidade de vida A prática do ioga não obriga a uma prática vegetariana, acrescenta Norberto Ribeiro. Contudo, a cultura indiana e a tradição do ioga têm por base a regra da não-violência, o que inclui os animais. Ao nível da alimentação procura-se aconselhar para que se melhore a mastigação e a cozinhar os alimentos frescos para fornecer mais vitalidade e energia, “uma vez que o ioga procura que seja possível uma qualidade de vida natural”, esclarece. É que uma vida natural permite evitar comportamentos de risco da vida artificial que provoca bloqueios, medos, reacções de fuga e defesa. Por outro lado, vários estudos realizados permitem observar que a aplicação das regras do ioga conduz à melhoria da qualidade de vida, da saúde e a adopção de atitudes diferentes.

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ACTUALIDADE De acordo com este responsável, de “há um ano ou dois a esta parte tem-se registado uma expansão extraordinária a nível regional e nacional do ioga”. Um crescimento que se fica a dever, entende, com “a busca das pessoas por algo mais”. Acrescenta que “todos temos tecnologia à nossa disposição, mas isso cria uma satisfação temporária. Cada vez se nota um maior choque nas relações, até com nós próprios”. Assim, “devido ao stress procuram-se alternativas. E no ioga há técnicas de relaxamento”, comenta. Em boa verdade, explica, no ioga há exercícios para tudo e um amplo número de técnicas.

Aulas que mudam Norberto Ribeiro garante que “qualquer pessoa que vá a uma aula sai de lá diferente, de uma maneira que só se experimentando é que se pode sentir”. Um sentimento que é cada vez mais procurado pelas pessoas que se querem conhecer melhor, além de ajudar ao nível da saúde e das emoções. Por outro lado, refere ainda, por vezes as religiões são desvalorizadas e as pessoas procuram alternativas. Desde muito novo que Norberto

Ribeiro alimenta a curiosidade de perceber determinadas questões que se nos colocam, nomeadamente em relação à nossa identidade como seres, conta. Tirou um curso de Psicologia, estudou várias religiões e quase todo o tipo de medicinas alternativas, sendo que pratica algumas. Pelo meio ficam várias visitas ao estrangeiro onde procura o aprofun damento dos conhecimentos. Foi aí, numa comunidade, que aprendeu os conhecimentos necessários ao desenvolvimento da actividade de instrutor de ioga. “Não faço nada, seja em que ramo for, que não tenha experimentado ou trocado experiências com quem sabe”, explica. “A minha busca continua sempre. Sinto-me feliz no mundo em que vivo. Por vezes as pessoas ficam surpresas pelo facto de eu fazer desaparecer uma dor colocando a mão na zona em questão. Mas qualquer pessoa pode fazer isso. Não sou mais que ninguém”, refere.

Ioga em regularização Actualmente, a Federação Portuguesa de Ioga está a proceder à regularização da actividade de ioga no distrito de Leiria. Uma

tarefa na qual Norberto Ribeiro está empenhado, através da Associação de Yoga do Distrito de Leiria. Já foram contactadas diversas entidades para dar a conhecer a associação e Norberto Ribeiro tem colaborado com diversas instituições. "Fui convidado para trabalhar nas palestras do hospital de Castelo Branco para a aplicação da ioga-terapia. Cada vez há mais interesse de médicos e da classe intelectual sobre esta matéria", adianta. Entretanto, este ano vai realizar-se em Portugal a Convenção Mundial de Ioga, que compreenderá ainda o Campeonato Mundial de Ioga Artístico. E a Associação de Yoga do Distrito de Leiria vai ter alunos a participar, que são de um centro de Pombal. No distrito, são cinco professores e cerca de meia centena os alunos praticantes inscritos no âmbito desta associação, mas há mais pessoas ligadas a esta actividade que ainda não estão devidamente enquadradas, diz o responsável. Actualmente a associação está sediada provisoriamente na Loureira, aguardando a disponibilização de instalações em Leiria por parte da Câmara Municipal.

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ACTUALIDADE

Junta e Câmara cooperam para prevenir incêndios A Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra e a Câmara Municipal de Leiria celebraram recentemente um protocolo de colaboração que tem por objectivo a prevenção de fogos florestais e, simultaneamente, a preservação do património. Este protocolo está relacionado com o disposto no Decreto Regulamentar n.º 55/81, bem como do Decreto-Lei 334/90, que obriga os proprietários dos terrenos a limpar o mato num raio mínimo de 50 metros à volta de habitações, dependências, estaleiros, armazéns, oficinas ou outras instalações. Ao abrigo deste acordo, a Câmara Municipal de Leiria, no âmbito das suas competências, publica um edital que é afixado em todas as Juntas de Freguesia do concelho, através do qual todos os proprietários de terrenos ficam automaticamente notificados para, no prazo máximo de 15 dias, procederem à limpeza do mato num raio mínimo de 50 metros à volta das várias estruturas. Ao mesmo tempo, o município pede, através dos Bombeiros Municipais de Leiria, informação relativa a entidades e empresas que possam realizar trabalhos de limpeza desta natureza, ficando ainda a edilidade incumbida de notificar os proprietários dos terrenos que não tenham promovido a limpeza devida, mediante informação disponível nos seus serviços, na corporação de bombeiros ou transmitida pela Junta de Freguesia e reclamações recebidas junto da Câmara. Por outro lado, a autarquia informará a Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra de todas as notificações efectuadas no âmbito do presente protocolo, ficando a Câmara Municipal responsável pela instrução do processo de contra-or-

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• Evitar imagens como esta é o objectivo do protocolo

denação e posterior aplicação da coima prevista na legislação em vigor, em caso de verificação de incumprimento. E, no final, a Câmara Municipal atribui um subsídio à Junta de Freguesia de acordo com a receita que obteve da aplicação da coima.

Competências da Junta Quanto ao papel da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra, esta deve promover a divulgação do edital da Câmara dentro das suas possibilidades e deve, ainda, remeter à Câmara Municipal a informação relativa a situações que se enquadrem no âmbito deste protocolo, nomeadamente de dados que possibilitem a notificação dos proprietários dos terrenos em causa. Por outro lado, à Junta de Freguesia cabe a verificação do cumprimento das notificações efectuadas pela Câmara Municipal de Leiria no âmbito da informação oportunamente transmitida e o envio posterior ao

município do resultado de tal verificação para que possam ser desencadeados todos os procedimentos legais. A Junta deve ainda disponibilizar sempre que possível maquinaria necessária à limpeza dos terrenos, quando solicitada para esse efeito, pelos proprietários dos terrenos inseridos na área de Santa Catarina da Serra, mediante o pagamento devido, devendo para tal a Junta de Freguesia possuir tabela de preços praticados. O contacto dos proprietários em questão com os Bombeiros Municipais de Leiria sempre que não seja possível a situação referida antes, pode ser feito mesmo em caso de esclarecimento de qualquer dúvidas que possam surgir nesta situação, refere o mesmo protocolo. Domingos Neves, presidente da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra, reconhece vantagens na celebração deste protocolo, tanto mais porque ainda recentemente um fogo que deflagrou na


ACTUALIDADE Chainça avançou perigosamente até aos limites da freguesia. “O protocolo vem clarificar esta situação”, opina o responsável, admitindo que há moradores na freguesia que reclamam devido à ausência de limpeza de terrenos vizinhos. “Temos um caso em Vale Maior em que o proprietário do terreno foi notificado há dois anos para limpar o terreno e ainda não o fez”, refere o responsável, satisfeito pela freguesia ainda não ter sido fustigada por qualquer incêndio.

Limpar para não remediar Este protocolo surge porque “os índices de risco são excepcionalmente favoráveis a fogos em situações em que se verifique a falta de limpeza dos terrenos e, portanto, a existência de mato”. A situação agravase a partir de 1 de Junho e até 30 de Setembro devido ao aumento das

• Junta de Freguesia quer terrenos limpos

temperaturas que, assim, aumentam as condições favoráveis à propagação de fogos. Por outro lado, a Câmara Municipal considera que as Juntas de Freguesia têm conhecimento privilegiado da realidade da sua área territorial e, assim, este protocolo tem em atenção o papel desempe-

nhado pelas Juntas de Freguesia na preservação e salvaguarda do seu território. Por fim, a celebração deste protocolo tem em atenção que a eficácia de um sistema de prevenção a fogos dependerá, em larga escala, do empenho de todas as entidades, incluindo dos proprietários dos terrenos.

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PERFIL

História de uma lutadora Ouvir música, falar ao telemóvel ou conversar com os amigos são algumas das actividades mais frequentes das nossas vidas. Especialmente de adolescentes e jovens. Mas não de todos. A Voz da Serra dá-lhe a conhecer nesta edição um caso diferente, uma pessoa que dá pelo nome de Élia Margarida Marques. Tem 20 anos, mora no lugar de Pedrome e desde a nascença apresenta uma deficiência auditiva profunda. Foi a partir desse momento que começou a travar uma luta incessante para ter uma vida normal. Com apenas um ano de idade, Élia Marques já frequentava consultas de terapia da fala. Só assim aprendeu a pronunciar alguns dos sons que a permitem comunicar com quem a rodeia. E, registe-se, já são muitas as palavras faladas por esta jovem que é possível perceber. Por outro lado, é através da leitura dos lábios que Élia Marques consegue compreender o que lhe dizem.

12.º ano terminado No dia em que a Voz da Serra foi conhecer a sua história, Élia Marques estava radiante dado que tinha concluído o 12.º ano na Escola Secundária Avelar Brotero, em Coimbra. E porquê Coimbra? “As escolas com turmas especiais, para pessoas com necessidades especiais, só existem em Coimbra, Lisboa e Porto”, explica a jovem. Exactamente por este motivo, assim que terminou o ensino básico, Élia Marques teve que fazer as suas malas e partir para outra cidade, neste caso Coimbra. Contudo, agora aproxima-se um outro momento difícil, reconhece a jovem, lembrando que tem de decidir entre o ingresso no mercado do trabalho ou a continuação dos estudos no ensino superior. “Gostava de ser educadora de infância, mas os meus pais e os

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meus professores já me avisaram que será difícil, pois não consigo ouvir os meninos nem os seus pais”, afirma Élia Marques que adianta: “assim vou tentar entrar no curso de Animação SócioEducativa”. Mas caso não consiga colocação neste curso, a jovem admite, sem qualquer tipo de preocupações, que gostava de trabalhar numa fábrica de cerâmica. Isto porque, uma das actividades que a jovem domina é a pintura de azulejos. “Já fiz um quadro composto por quatro azulejos e uma placa, com a Flor do Lis, para os escuteiros”, conta, visivelmente animada. Contudo, esta não é a sua única ocupação nos tempos livres. A jovem é também escuteira e vive esta actividade com muita intensidade, tanto mais porque é aqui que encontra um grande número de amigos. “Até aos 18 anos tinha poucos amigos e tinha vontade de arranjar mais amizades. Mas tinha medo de ser rejeitada”, explica Élia Marques, lembrando que actividades como o coro e o escutismo a ajudaram a fazer amizades. “Fiquei muito contente, tal como os meus pais que também ficaram admirados”, refere.

Barreiras do quotidiano A surdez de Élia Marques é profunda, ou seja, não consegue ouvir qualquer som. “Por vezes sinto que a música está muito alta, nas festas por exemplo, porque sinto o corpo a vibrar. Também consigo sentir quando uma motorizada passa muito depressa, mas mais nada”, confessa a jovem para quem as limitações no dia a dia são muitas quando comparadas com as pessoas que podem usufruir dos cinco sentidos. E é com muito esforço que Élia Marques consegue superar algumas dessas limitações. Tenta compreender o que os outros lhe dizem, lendo nos lábios,


PERFIL

e os sons que expressa permitem aos outros compreender o que quer dizer. Já o telemóvel não é um meio de comunicação que Élia Marques utilize com facilidade. Para ela é imprescindível que tenha um sistema de vibração para que possa comunicar. Além disso fica também limitada pelo facto de apenas poder comunicar com mensagens. Um despertador, acessório básico para o comum dos mortais, não faz qualquer sentido para a jovem. Insensível aos sons, também usa o sistema de vibração do telemóvel para acordar.

gumas dificuldades que possam surgir. E embora esteja consciente de que é em Coimbra, Lisboa ou Porto que poderá encontrar melho-

res condições para triunfar, Élia Marques está decidida a voltar às suas raízes, ou seja à freguesia de Santa Catarina da Serra.

Nunca desistir Desistir é uma palavra que não faz parte do dicionário da jovem moradora na localidade de Pedrome. Exemplo disso é o facto de Élia afirmar que quer tirar a carta de condução, apesar de al-

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INQUÉRITO

Férias à porta

Questionário

Milhares de portugueses encontram-se actualmente de férias, mas muitos outros já foram à procura de descanso nos meses de Junho e Julho. Nesta edição, a Voz da Serra apresenta a opinião de quatro moradores na freguesia sobre as preferências que têm em relação às férias.

Maria João Oliveira Funcionária pública 35 anos Pinheiria da Costa 1 – Ainda não tenho destino marcado, mas será naturalmente o sul. 2 – Acho que agora, de maneira geral, se gasta mais dinheiro. A mudança para o euro fez os preços aumentarem de uma maneira geral. 3 – Indirectamente influencia. Mas não é por isso que vou mudar os meus planos, porque em 365 dias 22 de férias são bem merecidos.

Tiago Gameiro Operador de máquinas 18 anos Pinheiria 1 – Se for, vou para a Nazaré. Mas só durante um fim-de-semana. 2 – Acho que as coisas estão todas mais caras... 3 – É capaz... Tenho outras prioridades e não consigo conciliá-las com as férias porque está tudo muito caro.

1 – Qual o se u destino de férias este an o? 2 – Conside ra que a ac tual situação ec onómica in fluencia as férias ? 3 – Devido a essa situaç ão, mudou algu ma coisa nas suas férias?

Ana Maria Ferreira Empregada de mesa 25 anos Vale Sumo 1 – Já fui. Fui para Montalegre, em Trás-osMontes (a minha terra natal). 2 – Para mim é quase igual porque todos os anos vou lá para cima, para perto da minha família. 3 – Claro. Se o ano for mais rentável, tem-se umas férias melhores. Mas para mim foi mais ou menos a mesma coisa.

Adelino Alves Pedreiro 41 anos Pinheiria 1 – Devia ir mas ainda não sei quando. Há sempre a preocupação do trabalho e dos compromissos. 2 – Um bocadinho. Também ajuda porque as pessoas dizem que não há dinheiro e não vão de férias. 3 – Um pouco porque não realizo aquilo que quero. Continuo a ter trabalho, mas se houvesse mais se calhar ia para outro sítio.

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ACTUALIDADE

Picaria nos Olivais Os festeiros das festas em honra de São Miguel organizaram na tarde do dia 7 de Julho uma picaria no lugar de Olivais. Segundo João Viva, um dos membros da organização, “o objectivo da Picaria foi o de arranjar dinheiro para o Santo e outras despesas da festa” que irão decorrer no fim-desemana de 31 de Agosto e 1 de Setembro na localidade de Vale Sumo. Este ano, os festejos serão organizados pelos “pertencentes ao ramo do Vale Sumo com 25, 45 e 55 anos”. A picaria, além de angariar fundos, contribuiu, igualmente, para o convívio e diversão de todos os espectadores, sobretudo dos participantes mais aventureiros que desafiaram três vacas e uma bezerra oriundas da zona do Ribatejo.

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ENSINO

Um valor acrescentado na comunidade Ao findar mais um ano lectivo, há lugar para uma análise, ainda que sintética, do que foram as actividades que construíram o currículo integrante dos alunos. Este ano lectivo, numa relação intrínseca entre a organização curricular e a avaliação, a nova concepção da educação orientou o currículo segundo o modelo do “Enfoque Globalizador”. Neste enfoque tem-se a preocupação de ir ao encontro dos interesses dos alunos para que permita resolver os problemas de compreensão e de participação na vida real, tendo como suporte fundamental as disciplinas. Em consonância, pretendemos, cada vez mais, uma escola “sociocrítica”, onde os alunos participem de forma activa, não só na selecção dos temas que os motivem, de modo a enriquecerem o seu currículo, mas também na avaliação dos seus saberes, cabendo

aos professores o papel de formadores, orientadores e avaliadores, tanto na organização como no desenvolvimento e a avaliação dos currículos. Os resultados da avaliação dos alunos evidenciaram uma diminuição do insucesso por alunos, turmas e ciclos, comparativamente aos anos anteriores, registando um insucesso global de 3,41 por cento, contra 8,59% do último ano. Esta diminuição do insucesso corresponde a uma prática pedagógica correcta e coerente, e reflecte a preocupação havida na elaboração dos projectos curriculares de turma. Paralelamente às actividades curriculares disciplinares - as disciplinas - e não disciplinares - Área de Projecto, Formação Cívica e Estudo Acompanhado - oferece a nossa escola um leque de actividades de enriquecimento curricular, os clubes: clube da flo-

resta, de rádio, dança, fotografia, artes, orquestra “orff”, “webdesign”, jornalismo e projectos como Escola-Família-Comunidade, PES, europeu, informática e desporto escolar, actividades que contribuíram fortemente para o desenvolvimento do currículo integrado ou globalizador, permitindo ao aluno ser, cada vez mais, um elemento activo na sua formação integrante. Uma sala de informática com 20 computadores ligados à internet e uma mediateca com seis computadores para investigação, com vídeo e cerca de três mil livros, são centros de recursos importantes que complementam a formação dos alunos numa educação para a cidadania de modo a saber fazer e saber ser. António dos Reis Oliveira Presidente do Conselho Pedagógico da Escola Básica Integrada de Santa Catarina da Serra

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ENSINO

Boas férias Terminou mais um ano escolar. Feitas as avaliações, os resultados são francamente positivos. O insucesso global abaixo dos cinco por cento reflecte o bom trabalho desenvolvido pelos professores, alunos e encarregados de educação. O conselho executivo, como órgão de administração e gestão da escola nas áreas pedagógica, cultural, administrativa e financeira procura, no âmbito das suas funções, criar as condições para que possam ser desenvolvidas todas as actividades integrantes do currículo dos alunos. Pretende ainda fortalecer os laços de toda a comunidade educativa, propondo e incentivando o desenvolvimento das diversas actividades integrantes e fortalecedoras do espírito da comunidade e família. No momento em que se vivem as férias escolares, o conselho executivo aproveita para desejar aos alunos e encarregados de educação do agrupamento umas boas férias, ciente que no ano lectivo 2003/2004 novos desafios se aproximam. O Conselho Executivo da Escola Básica Integrada de Santa Catarina da Serra Agrupamento Vertical de Escolas e Jardins da Serra

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OVOLÍDER

Crescimento sustentado A Ovolíder, Ovos do Centro Lda., empresa de comércio de ovos por grosso, está instalada em Santa Catarina há dois anos, escoando, em média, 180 mil ovos por semana. Esta empresa, uma sociedade por quotas cujo capital social é repartido igualmente por António Ribeiro Pereira e Cozarte, Lda, tem uma área de 27 mil metros quadrados e resulta de um investimento de um milhão de euros. António Ribeiro Pereira, um dos sócios da empresa, explica que inicialmente a sociedade ainda tentou instalar a Ovolíder na Zona Industrial dos Pousos, uma situação que acabou por não se concretizar. Com 13 funcionários, a Ovolíder tem como principais clientes as cadeias LIDL e Makro, embora a empresa tenha mais clientes que se distribuem desde o Porto ao Algarve. “Os nossos principais fornecedores são os sócios da Ovolíder. Cada um tem 60 mil galinhas”, explica o sócio-gerente, lembrando que ainda existe outra unidade em Salvaterra de Magos com 70 mil galinhas que constituem a produção da empresa. A estas unidades, a Ovolíder compra ao quilo, embora a venda seja realizada à dúzia.

“Saem da empresa semanalmente 180 mil ovos”, explica o responsável que acrescenta: “este número de ovos é o dobro do que inicialmente vendia a empresa quando se instalou em Santa Catarina da Serra”. Mas o objectivo futuro passa por aumentar, ainda mais, aquele número de ovos que saem semanalmente da empresa. “Queremos mudar a máquina de selecção de ovos”, esclarece António Ribeiro

Pereira, referindo que, assim, a empresa que agora embala 28.500 ovos por hora, pode vir a atingir os 60 mil ovos/hora.

Linha de produção Quando o ovo chega à empresa este passa por uma máquina que, através de um computador, indica em que linha de produção deve ser colocado. A linha de produção mostra a classe a que o ovo pertence, uma situação que é definida pelo peso do ovo. Assim, o ovo “XL” tem mais de 73 gramas, o “L” entre 63 a 73 gramas, a classe “M” entre 53 e 63 e os ovos da classe “S” pesam menos de 53 gramas. Feita a selecção, funcionárias da Ovolíder colocam os ovos em cartões que são depois devidamente embalados. Posteriormente as embalagens são transportadas para a zona de expedição, onde aguardam pela viatura que os levará até a um supermercado ou a qualquer outra unidade comercial do País. Quanto à qualidade do ovo, a maior preocupação da empresa é que o produto não esteja sujeito a altas temperaturas. Caso contrário corre o risco de degradar-se.

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DESPORTO

União da Serra define plantel A União Desportiva da Serra tem praticamente todo o grupo de trabalho definido para a próxima época, em que vai disputar a divisão de Honra distrital da Associação de Futebol de Leiria. Fernando Mateus vai manterse como técnico principal do plantel e terá como adjunto Bruno Neto. O treinador já tem ao seu dispor cinco reforços para enfrentar a nova época. São eles Ricardo (ex-Alcobaça), Moura (ex-Chão de Couce), Xuxa (exMirense), Mário e Emanuel, ambos ex-juniores do clube. Estes cinco atletas juntam-se a Hugo Feliciano, Parracho, Pedro António, Norberto, Marco Alves, Bruno Neto, Cláudio

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Vareta, Bruno Alves, Menino, Primitivo, Cordeiro, Beto, Rui Pereira, Paulo, Mota, Paulão, Adérito, Humberto, Ricardo, Luís e Tordo, os 21 atletas que transitam da época passada.

Candidato à liderança Certas estão as saídas de Sérgio, que vai representar o Nazarenos na próxima temporada, e de Fernando e Ferraz. Para o campeonato que se avizinha, a União Desportiva da Serra vai ser uma das fortes candidatas aos primeiros lugares da competição, à semelhança do que tem sido nos últimos anos.


ROTA DOS RESTAURANTES

Gastronomia caseira servida com requinte Situado no Vale Faria, o restaurante Benfica é um local onde se pode saborear a gastronomia caseira aliada ao conhecimento do que de melhor se faz na cozinha portuguesa. João Pedro Pinto, proprietário do restaurante, afirma que sempre foi uma ambição “ser dono” de um restaurante. E a essa ambição juntou o conhecimento teórico e prático de onde podemos destacar os dois cursos que tirou: empregado de mesa de 1.ª categoria e “barman”. Da prática há a referir os 13 anos de trabalho em restaurantes da capital, como o Berlenga e Solmar. Já em Leiria, João Pedro Pinto passou pelo Hotel D. João III antes de se entregar de corpo e alma ao seu próprio negócio. Foi em Janeiro de 1997. Passaram já cinco anos desde que se tornou gerente do restaurante Benfica. Com João Pedro Pinto trabalha Cidália Maria Lopes, sua mulher, a quem ensinou os segredos da cozinha. E são esses segredos que tornam os pratos deste restaurante tão especiais e singulares. Exemplo dis-

so é o bife à Benfica que tem um molho especial, sendo este um dos pratos mais solicitados. “É um bife semelhante ao da Portugália. Não há nada semelhante na região”, explica João Pinto. Mas esta não é a única iguaria que satisfaz as delícias dos clientes do Benfica: o bacalhau com migas, o borrego à Benfica, o cabritinho

assado à padeiro e as costeletas de vaca estão entre os pratos mais procurados. Há ainda a destacar o arroz à valenciana – de comer e chorar por mais – que é preparado no momento. Contudo, apesar desta variedade gastronómica, o restaurante Benfica serve também pratos rápidos, especialmente durante a semana, como refere o proprietário: “durante a semana temos as diárias com preços especiais. São refeições rápidas, feitas a pensar especialmente nos trabalhadores. Temos sempre, no mínimo, dois pratos a sair”. Além disso, no restaurante Benfica a gerência está preparada “para fazer qualquer prato que o cliente solicite”. A sala tem capacidade para 70 pessoas e já, por várias vezes, acolheu festas de baptizados, de aniversário e de empresas. A funcionar em conjunto com o restaurante está também o Café Benfica. Estes estabelecimentos estão abertos a partir das 10 horas e encerram à terça-feira.

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AGENDA

Festa do emigrante

Convívio de caçadores

Já no fecho da edição desta revista, a União Desportiva da Serra estava a realizar a festa do emigrante. Esta iniciativa começou dia 7 e prolongou-se até 10 de Agosto. Do programa desta festa – que se realizou nas instalações deste clube – constou tasquinhas que serviram aos presentes pratos regionais. Houve ainda animação musical (que incluiu um festival de acordeão), jogos tradicionais e torneios de futebol. A encerrar a festa do emigrante da União Desportiva da Serra, realizou-se, igualmente, uma tourada. Desta iniciativa, que tem por objectivo a angariação de fundos para o arrelvamento do campo de futebol, contamos dar mais pormenores na próxima edição.

A Associação de Caçadores de Santa Catarina da Serra vai realizar um lanche ajantarado sextafeira, dia 15 de Agosto. Este convívio vai ter lugar no salão cultural e recreativo do Pedrome a partir das 16 horas e está aberto a todos os agricultores, sócios e residentes na freguesia de Santa Catarina.

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Vale de Sumo em festa Nos dias 29, 30, 31 de Agosto e 1 de Setembro o lugar de Vale de Sumo realiza a tradicional festa em honra de São Miguel. As festividades iniciam-se sexta-feira, dia 29, com as confissões e a

celebração de uma missa pelas 21 horas. As celebrações religiosas continuam no domingo, dia 31, com nova missa seguida de procissão, e encerram no dia seguinte com missa por intenção dos festeiros e de todos os colaboradores da festa. A animação nocturna nestas festas de São Miguel vai contar com as actuações dos grupos musicais Tomané, Similar Band e Sonjovem. Mas não só. Ao longo da tarde de domingo os visitantes vão poder assistir a um concerto da filarmónica, bem como à actuação de palhaços, magia e do grupo musical Cantares do Minho. No decorrer das festividades a organização assegura quermesse e um serviço de bar e restaurante. A realização de um sorteio marca o encerramento destes festejos.


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