Outubro2013

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MENSÁRIO DE SANTA CATARINA DA SERRA - OUTUBRO 2013 - 1€ PREÇO DE CAPA

continua na Pág. 3

Pensamento do mês A sabedoria consiste em saber que se sabe o que sabe e saber que não se sabe o que não se sabe.

50 Jovens receberam o sacramento da confirmação

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Rancho Folclórico comemorou 50 anos de actividade com festa Pág. 9

Estrutura desportiva da UDS para a prox. época

Miguel Marques - Arquivo

No passado dia 14 de Setembro, 50 jovens da nossa paróquia receberam o Sacramento da Confirmação ou Crisma. Foi um dia grande para a comunidade que ficou mais rica com mais 50 jovens adultos na fé e foi um dia grande para esses jovens que receberam a “Força do Alto”. É bom que tenhamos a consciência de que nada terminou para eles, bem pelo contrário, tudo começou.Com a presença renovada do Espírito Santo, o sacramento da Confirmação é o sinal de Deus que mergulha o cristão na plenitude do seu mistério. É um auxílio de Deus que permite ao homem novo descobrir o seu lugar na Igreja, a ser mais fortemente testemunha do Evangelho e a entrar plenamente na missão a que o Pai o chama. A palavra “confirmação” não significa que o baptismo precise ser confirmado, ele é definitivo. (Durante alguns tempos surgiu um equívoco que se prende com o baptismo das crianças. Dado que no baptismo seriam os pais a renunciar ao pecado e a professar a fé cristã, a confirmação seria uma tomada de posição do adolescente/jovem que agora estaria preparado para professar a sua fé).

Miguel Marques - Arquivo

Sacramento da Confirmação ou Crisma

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Autárquicas 2013 - Todos os resultados e entrevista ao vencedor

Entrevista a Virgílio Gordo sobre pagamento de Quartel Pág. 7

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LUZ DA SERRA

22/9 – Francisco José Neves Bacharel, filho Hélio José Brígido Bacharel e de Sofia da Conceição Ribeiro Neves de Picassinos, Marinha Grande. Foram padrinhos: Nuno Filipe Brígido Bacharel e Inês Isabel Ribeiro das Neves 29/9 – André Gonçalves Neves, filho de Alcino Vieira Neves e de Virgínia Ribeiro Gonçalves, da Loureira. Foram padrinhos: Francisco Vieira Neves e Estefânia Ribeiro Gonçalves Moreira. 29/9 – Francisco Miguel Pires Frazão, filho de Luís Frazão e de Georgina Maria Frazão Pires, da Chainça. Foram padrinhos: Quintino Frazão Carreira e Marilyn Regalado Rito.

14/9 – David Emanuel Silva Carreira de Calvaria, Porto de Mós, e Elsa Carina Santos Gameiro, da Loureira. Foram padrinhos: Manuel da Silva carreira Azevedo e Mário Gameiro; madrinhas: Virgínia Ribeiro Gonçalves e Lucília Maria Oliveira Silva Leitão 14/9 – André Jorge Henriques, de Fátima, Ourém, e Jéssica Vieira Brás, da Cova Alta, Santa Catarina da Serra. Foram padrinhos: Phillip Miguel Santos Silva e Hélder de Oliveira Brás; madrinhas: Lúcia Maria Reis Jorge Vieira e Alexandra Castanheira Simões

18/9 António Maria Ferreira Leal, casado com Maria Augusta Ferreira Leal, da Cova Alta, partiu para a eterna juventude com o Pai na Primavera dos seus 56 anos de idade

António José Francisco N. 23/06/1938 F. 21/08/2013 Brasil A morte não é nada. Eu somente passei para o outro lado do Caminho. Eu sou eu, vocês são vocês. O que eu era para vocês, eu continuarei sendo. Me deem os nomes que vocês sempre me deram, falem comigo como vocês sempre fizeram. Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas, eu estou vivendo no mundo do Criador. Não utilizem um tom solene ou triste, continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos. Rezem, sorriam, pensem em mim. Rezem por mim. Que meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo. Sem nenhum traço de sombra ou tristeza. A vida significa tudo o que ela sempre significou, o fio não foi cortado. Porque eu estaria fora de seus pensamentos, agora que estou apenas fora de suas vistas? Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do Caminho…. Você que aí ficou, siga em frente, a vida continua, linda e bela como sempre foi. (Santo Agostinho)

Joaquim Neves Moniz N. 24/02/1945 F. 31/03/2013 Brasil

António Maria Freire Leal Cova Alta

Não chorem, pois ninguém morre quando permanece vivo no coração de alguém. Amigos, eu parti tão de repente que não tive tempo de despedir-me de vocês. Agradeço tudo o que fizeram por mim. Deus não tem hora determinada para nos levar. Terminei a minha missão e voltei para o Senhor. Nele tenho certeza de que encontrarei vida nova!

N. 12/01/1957 F. 18/09/2013 Passou pela vida sereno Sem grande agitação Deixou entre nós a imagem De um enorme coração Tudo sofreu em silêncio Pois não queria preocupar Aqueles que viviam ao seu lado Também sofriam por o amar Agora na Glória Celeste Que descanse eternamente Mas no nosso coração Ele viverá para sempre A família agradece a todos os que se interessaram durante a sua doença e a todos que participaram nas cerimónias fúnebres. A família

OUTUBRO

-- família paroquial --

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Aos familiares destes irmãos apresentamos sentidas condolências e deixamos a oração da esperança.

Seja colaborador do Jornal LUZ DA SERRA Saiba como 917 480 995

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Morreu Dom Joaquim Justino Carreira A Conferência Nacional dos Bispos (CNBB) recebeu, com profundo pesar, a notícia do falecimento do bispo de Guarulhos (SP), Dom Joaquim Justino Carreira, ocorrido às 23h45 do domingo, 1º de setembro de 2013. Dom Joaquim passava por tratamento de cancro no fígado. O corpo foi velado na Catedral Nossa Senhora da Conceição, em Guarulhos onde foi sepultado na terça-feira,3, às 17h Nascido no ano de 1950 em Santa Catarina de Serra, em Portugal, sua família emigrou para o Brasil quando Dom Joaquim ainda era criança. Na cidade de Jundiaí (SP), viveu sua infância e iniciou sua caminhada na comunidade cristã. Foi ordenado presbítero em 1977. Durante seu ministério presbiteral, Dom Joaquim atuou em diversas paróquias da diocese de Jundiaí, e também como reitor do seminário diocesano. Destacou-se na direção espiritual de diversas pastorais sociais, como o Movimento de Valorização Humana em São Paulo, a Pastoral da Mulher Marginalizada e a Pastoral dos Moradores de Rua. Neste período, também con-

Dom Joaquim Justino Carreira morreu às 23h45 do domingo, 1º de setembro de 2013 cluiu o mestrado em Matrimônio e Família, pela Universidade Lateranense de Roma. Em 2005, foi nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo pelo papa João Paulo II, tornando-se responsável pela Região Episcopal Santana. Em nossa Conferência, desde 2011 era membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família. O Papa Bento XVI nomeou Dom Joaquim, no final de 2011, para a diocese de Guarulhos. Seu lema episcopal, “A paz

esteja convosco” (Jo 20,21), revela o carisma com que realizou o seu serviço à Igreja. Desde o final de 2012, este nosso irmão realizava o tratamento contra um câncer no fígado, contando com as orações e a colaboração do clero e dos fiéis da diocese para a continuidade das atividades pastorais. Neste momento, estamos unidos aos familiares de Dom Joaquim Justino, ao clero e aos fiéis da Diocese de Guarulhos na ação de graças a Deus, e na experiência de fé nas promessas do Ressuscitado.

Bodas de Ouro - 50 anos Catarina e Manuel Senhor foi há 50 anos que estivemos aqui nesta mesma Igreja para assumir compromissos e responsabilidades perante vós. Dissemos sim a tudo, que iriamos ser fiéis a Deus e fiéis um ao outro. Dissemos que aceitávamos os filhos que nos confiaste, e aqui os temos, a vós os oferecemos, são para vós, Senhor. Nós apenas os tivemos por algum tempo para os criar e educar. Foi o que fizemos? Para eles e por eles fizemos o melhor que pudemos, e admitimos algumas falhas. Senhor no decorrer do tempo ouve alegrias, e tristezas, saúde e doçura, coisas boas e menos boas. Essas porém foi difícil aceitá-las, são tão difíceis como necessárias, até para nos abeirarmos de vós a pedir ajuda. De uma coisa nós temos a certeza, que a mão de Deus e a mãe a Maria estiveram sempre a proteger-nos pois se assim não fosse nós não estaríamos aqui a agradecer-vos por estes 50

anos de vida em comum. Senhor projetos para a nossa vida já não temos, temos apenas uma missão para acabar de cumprir que consiste em corrigir e aperfeiçoar tudo aquilo que não nos foi possível realizar ao logo destes 50 anos. Para isso contamos com a vossa ajuda para podermos chegar a bom termo. Obrigada Jesus. Obrigada Maria

Envie-nos o seu anúncio, da secção da família paroquial, que nós prometemos publicar gratuitamente. Data limite de entrega: último dia de cada mês Os anúncios publicados serão gratuitos, desde que cumpram os requisito necessários para a publicação.


OUTUBRO

LUZ DA SERRA

-- vida da comunidade --

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Editorial

Ano da Fé

Leigos Missionários da Consolata sempre em função da mesma, sentimos que a vamos viver na sua faceta mais radical”.

Os Leigos Missionários da Consolata são pessoas que, motivadas pelo desejo de responder ao chamamento de Jesus Cristo, na especificidade da sua vocação laical, fazem da missão de gentes dentro ou fora do país, uma escolha de vida, partilhando o Carisma, a Espiritualidade e o Projeto de Missão do Instituto. Normalmente são jovens que seguiram itinerários de formação e de crescimento na fé, durante vários anos, nos Centros Missionários da Consolata.

Países de atuação Moçambique, Tanzânia, Brasil, Portugal Formação de Voluntários Vivem em comunidades de fé, na fraternidade, na partilha e no espírito de família. Há encontros com conteúdos de formação humana, cristã, espiritual, missionária ad gentes, laical, carisma e espiritualidade do Instituto.

Requisitos Motivações de fé, saúde psicofísica e maturidade humana, trabalhar em comunhão e colaboração

DR

Apresentação

Educação ( professores e quadros Administrativos); construção civil; Atividades de promoção humana e evangelização (assistentes sociais, catequistas…)

com a Igreja local, Instituto e outras forças missionárias, habilitação a um serviço qualificado que responde a uma necessidade real da missão, seja no campo técnico profissional, seja na evangelização…

Projetos

Testemunhos de dois casais de jovens que um dia partiram para a Missão

Aos que realizam a missão na sua própria Pátria, é proposto pelo Instituto que se empenhem: animação missionária e vocacional, pastoral juvenil nos centros IMC e outros lugares; Meios de Comunicação Social; Acolhimento aos imigrantes e Administração. Aos que desejam partir: campo médico e sanitário;

“Sonhámos como será a Missão, as pessoas que vamos encontrar, o trabalho que iremos desempenhar, tanto na escola como na pastoral. Podemos dizer que não sentimos medo, mas a serenidade de quem pensa estar a cumprir uma missão a que foi chamado. Depois de tantos anos a amadurecer uma vocação missionária e, vivendo

“O laicado missionário foi a resposta que encontrámos para o chamamento que sentíamos. Queríamos casar, constituir família, mas também queríamos dar algum tempo da nossa vida às missões. Sentámos que o nosso projeto de vida passaria por estes dois caminhos. Por isso demos o passo em frente. O facto de irmos como casal, ajuda a tornar mais visível a vocação laical da Igreja. Os leigos têm o seu próprio espaço e a sua própria maneira de fazer missão. São pessoas comuns, trabalham em conjunto com os consagrados, ma não os substituem” Estes são magníficos exemplos. E tu que tens feito pelos outros? E eu que tenho feito? Neste Ano da Fé, vamos aceitar o desafio de viver como autênticos cristãos. Fernando Valente

Servindo a Paróquia comigo. Pedi o verdadeiro Animo de Deus para o caminho que está à minha frente. Renovei o meu Sim com a mesma intensidade na alma e na vontade para estar neste lugar onde Deus me colocou e cantei “serei fiel, Amigo Jesus…”. Hoje, de coração, quero agradecer aos meus mais directos colaboradores na pastoral e nos empreendimentos paroquiais. Quero agradecer os que tem sempre uma palavra carinhosa de esperança para o pároco que os serve e o respeito e admiração de tantos que se cruzam no meu caminho que é afinal de contas o nosso caminho. Quero pedir desculpa por alguma palavra “mal amanhada” ou impensada que tenha proferido e por atitudes que precipitadamente tenha tomado. A minha preocupação tem sido servir a Deus com fidelidade e amor. Quero também perdoar aos que, de propósito ou sem intenção me tem ferido com palavras ou atitudes menos boas.

Continuação da página 1

Espírito é uma palavra que provém dum termo que significa sopro ou respiração (ruah em hebraico e pneuma em grego). Desde sempre, o homem chamou espírito àquilo que faz viver, P. Mário de àquilo de que ele não se Almeida Verdasca pode tornar dono. Na Bíblia, o Espírito de Deus significa a vida do próprio Deus, a sua presença comunicada e oferecida aos homens. O Espírito de Deus manifesta-se como um Espírito criador e gerador de vida: “O Espírito Santo virá sobre ti e te cobrirá com a sua sombra”, como foi anunciado a Maria. O Espírito Santo, luz que ilumina o mundo, permite reconhecer o apelo de Jesus e o caminho para O seguir. No coração da Igreja, Ele é a força graças à qual os cristãos podem testemunhar Cristo ressuscitado. É pelo Espírito Santo que estes oram e se tornam membros de um mesmo corpo, o Corpo de Cristo, a Igreja. Em acção permanente no mundo, o Espírito Santo dispensa os seus dons ou carismas aos membros da Corpo que é a Igreja. Como nos diz o Catecismo da Igreja Católica “os sete dons do Espírito Santo são a Sabedoria, o Entendimento, o Conselho, a Fortaleza, a Ciência, a Piedade, e o Temor de Deus. Pertencem, na sua plenitude, a Cristo, Filho de David, completam e levam à sua perfeição as virtudes dos que os recebem. Tornam os fiéis dóceis a obedecer com prontidão às inspirações divinas” (CIC, 1831). A comunidade conta com estes confirmados e Jesus diz-lhes também “Conto Contigo”. Na catequese-formação, na liturgia ou na pastoral sócio-caritativa, cada um tem de encontrar o seu lugar e desempenhar a sua missão onde ponha a render os dons e graças que lhe foram oferecidos neste sacramento do Amor de Deus. O Espírito nos foi dado para servir, sermos úteis neste mundo e nesta Igreja. São Paulo diz “Ai de mim se não anunciar o Evangelho”

AMIGOS DA LUZ DA SERRA Com uma nova gestão, torna-se necessário destacar todos os amigos do Jornal. A partir desta data tencionamos publicar aqui todas as ofertas que chegam à redacção do Jornal, (o pagamento das assinaturas não é publicado). O Jornal agradece. Chegaram os seguintes donativos ao Jornal:

Miguel Marques

No dia 24 de Setembro completei mais um ano ao serviço desta comunidade paroquial. Recordei o dia em que entrei ao serviço desta paróquia, a alegria com que fui recebido e a amizade dos que me acompanharam, com lágrimas nos olhos, da comunidade que antes servira Recordei as dificuldades que tenho enfrentado, e procurei olhar também com esperança o trabalho feito e os sentimentos de fidelidade e entrega vividos. Agradeci ao Senhor este tempo de serviço desta paróquia que não escolhi mas que Deus me confiou. Agradeci por todos os que estiveram ao meu lado nas lutas e tribulações, e recordei com saudade, em oração, pessoas como o José Ruivo, o Júlio Constantino e outros… colaboradores muito próximos que já partiram. Louvei a Deus por ter superado momentos difíceis e pedi perdão por algumas falhas que cometi. Rezei pelos meus pais, os únicos que sempre me amaram, ao seu jeito, e que ainda tenho

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Durante o dia, três pessoas me contactaram para me felicitar neste aniversário que passou com toda a discrição. Quando, depois do trabalho do dia, cheguei a casa tinha uma mensagem de um jovem no telemóvel, que dizia “obrigado por ser nosso pároco” fiquei feliz e louvei ao Senhor por estas

palavras que me fizeram perceber que estou no lugar onde Deus me quer. P. Mário

António Neves Claudino - França - 5€ José Gaspar Francisco - França - 5€ Etelvina Silva Vieira Marques - Costa da Caparica - 5€ José Oliveira Claudino - França - 10€ Maria Neves Ribeiro - Canadá - 5€ Eugénia Margarida Neves Santos - Canadá - 5€ Antonio Rodrigues Lopes - Canadá - 5€ Manuel Francisco Guilherme - canadá - 20€ Maria Carmo Pereira Neves Cruz - França - 5€ Domingos Inácio da Costa - Lisboa - 4€ David Jesus Neves - França - 5€


LUZ DA SERRA

OUTUBRO

-- correio do leitor --

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Coisas da nossa terra

A crise há muitos anos dava para isto, agora está pior?

Domingos Marques Neves

No século passado as nossas conterrâneas Maria Inácia Vitória e a Perpétua de Jesus, residentes em Sirois, foram lavradoras das terras que exploraram, por aforamento, nos limites de Sirois, Sobral, Cova Alta, Vale Tacão e Magueigia. Na documentação existente no Arquivo Distrital pude constatar que as fazendas a que faço referência foram propriedades do Convento de Santa Ana de Leiria, fundado por D. Catarina, filha do segundo Duque de Bragança, que comprou na margem esquerda do rio Liz algumas terras para a construção do dito Convento e teve ainda muitas doações espalhadas por todo o limite de Leiria. Mesmo assim as Religiosas viveram sempre com enormes dificuldades económicas e foram alvas de muitas perseguições, até à sua completa extinção, com a morte da última religiosa D. Joaquina do Rosário, ocorrida em 1880. O remanescente dos bens foram para a Câmara Municipal e para o Estado. De acordo com os documentos a que tive acesso, e resumindo no essencial, as COISAS passaram-se assim: A Maria Inácia Vitória tinha a seu cargo a exploração, por aforamento ao Convento de Santa Ana, de muitas terras nos limites de Sirois, Sobral, Vale Tacão, Cova Alta e Magueigia, pagando de foro, a quantia de 75 alqueires de pão meado (trigo e cevada). Esta senhora, por doação, passou estes bens para o padre José Rodrigues Pereira da Barrocaria, ficando também a ser o responsável pelo pagamento do dito foro. O padre no mês de Junho de 1832 era cura na freguesia da Freixianda e no mês de Agosto do mesmo ano era

Ficha Técnica Jornal Luz da Serra Nº 469 - Outubro de 2013 Ano XXXIX ERC 108932 - Depósito Legal Nº 1679/83

para o Casal das Freiras, no sítio da Águabraia onde tiveram 3 filhos, a Maria José, o Joaquim e a Cristina. O Joaquim e a Cristina morreram em criança, ficando a Maria José, que casou com o primo António Pereira das Neves, do Vale Tacão e foi residir para o Sobral da Granja. Em Julho de 1901 dá-se o falecimento da Maria das Neves e o Faustino, no estado de viúvo e em segundas núpcias casou com Maria Cristina Alves, também da Barrocaria e tiveram os filhos David Pereira das Neves e a Conceição de Oliveira Neves.

Consumado o ato da escrituração o José e a Maria das Neves tornaram-se donos de todas as terras a que faço referência.

A outra latifundiária de Sirois foi a Perpétua de Jesus, mulher solteira, foreira de várias terras nos limites de Sirois, pertencentes também ao Convento de Santa Ana. Pagou o 1.º foro em 1818 e a partir de 1842 começou a ter dificuldades em pagar o foro àquele Convento, resolvendo trespassar as terras. Foi junto da Prioresa Maria Lúcia da Encarnação requerer por meio de escritura, o sub aforamento, a favor de outras pessoas das fazendas que possuía e fê-lo desta maneira.

O casal, marido e mulher, tiveram uma filha e quando esta tinha 16 anos, com o nome de Maria das Neves, foi pedida em casamento por Faustino Pereira Gonçalves das Neves, solteiro, de 28 anos, irmão do Sr. Prior Neves, e no dia 25 de Fevereiro do ano de 1889 na Igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra, o celebrante declarou “ que os unia em matrimónio com alvará do Juiz de Direito por a nubente ser menor. Foram residir

O casal das Freiras, na Águabraia é uma terra tapada sobre, com água nativa, de duas jeiras e pertencia à Mitra e adquirida pelo Faustino, através de uma escritura exarada no Juizo Eleito no ano de 1873, conforme consta numa ata da Junta de Freguesia. Por morte do Faustino Pereira Gonçalves das Neves todos os bens foram para os herdeiros do 1.º e do 2.º casamento, passando estes a cultivarem as terras, com uma área calculada num milhão e oitocentos e cinquenta mil metros quadrados, ou sejam 960.000 jeiras de terra, aproximadamente.

Ao José da Cruz, viúvo, do Sobral entregou-lhe a Terra Grande; a terra dos Arneiros

para o Manuel da Cruz e sua mulher Teresa de Jesus, do Sobral; uma porção de terreno e mata de 7 jeiras no sítio da Lapa, a favor de Joaquim da Silva e sua mulher Inácia de Jesus; uma terra no sítio da Fonte do Sobral para a Teresa Maria, viúva de Sirois; para a Henriqueta Maria, viúva, de Sirois, uma terra de 3 jeiras no sítio da Granja; um prazo de 7 jeiras e doze oliveiras para o Bernardino de Oliveira e sua mulher Maria Teresa, de Sirois; ao Manuel Carreira e sua mulher Maria de Jesus do Sobral uma terra no sítio da Fonte do Sobral; para o Rafael Gonçalves e sua mulher Cristina de Jesus, um chão de 7 jeiras e seis oliveiras, no sítio da Aguabraia; um outro foro no sítio da Granja a favor de Manuel Nunes e Maria Antónia do Vale Tacão; uma porção de terra de sete jeiras no sítio do Algar do Arneiro para o Constantino Pereira e sua mulher Genoveva Maria; para o José Pereira, solteiro de Sirois uma terra de mato e tanchoeiras no sítio da Granja com limite da estrada do concelho para o S. Guilherme, e duas jeiras de terra e três carvalhos no sítio da Parede Nova para o Manuel Pereira e sua mulher, do Vale Tacão. Assim se fez a transferência destes bens, que foi harmoniosa, comtemplando diversas famílias, provavelmente seus antigos criados. Assim se faz a história. Tudo isto pode ser consultado no Arquivo Distrital de Leiria, Piso 2ª/Dep VI/24/B3 e /B/4

Rui Alves Aconteceu em 1954, na Pinheiria do quintal.

DR

Os lavradores de Sirois

cura em Santa Catarina da Serra (ver livro registo de batismos), onde permaneceu durante alguns anos. O padre tinha na sua terra de Barrocaria um sobrinho chamado José e no estado de solteiro transfere-lhe por doação todos os terrenos que amanhava em Santa Catarina da Serra e que faziam parte do prazo foreiro do Convento de Santa Ana. Com a idade de 27 anos, o José, no dia 30 de Outubro de 1870 casou na igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra com Maria das Neves, do Vale Maior e no dia 16 de Fevereiro de 1875 o casal, marido e mulher, foram a Leiria e na presença do notário e das Religiosas administradoras dos bens do Convento de Santa Ana disseram que “são os atuais enfiteutas de um prazo foreiro de 75 alqueires de trigo meado, com vencimento no dia 15 de Agosto que herdaram do seu tio padre”. Fizeram uma descrição completa e bem estruturada das terras com os marcos existentes e suas medições. A prioresa, depositária e escrivã do dito Convento disseram que “aceitam o reconhecimento direto aos ditos José Rodrigues e mulher Maria das Neves para todos os efeitos como foreiros dos bens e rendas de que se obrigam”.

O ti Emílio Alves e Maria Teresa casaram 12 filhos - Há muitos anos atrás vivia o Ti Emílio à porta do Ti Brás; - As coisas começaram-se a complicar, não havia dinheiro para comer, começaram a casá-los 1. O primeiro foi o Joaquim d’ avó, foi para casa da tia, a tia farta de o aturar disse-lhe: Casa com a Maria! (6 filhos + 8 netos + 1 bisneto) 2. A Maria, que era muito fina, disse ao Ti Zé: Casa com a Cristina! (7 filhos+ 12 netos) 3. A Cristina queria ter uma vizinha, disse ao Ti João: Casa com a Adelina! (9 filhos + 12 netos) 4. A Adelina disse à Ti Maria: Se não queres ficar solteira, casa com o Pedro Oliveira! (5 filhos + 8 netos) 5. O Pedro disse à Lúcia catequista: Se queres ser feliz casa com o Batista! (1 filho + 2 netos)

cisco: Se não fores sacana casa com a Júlia toquiana! (3 filhos + 6 netos) 8. A Júlia toquiana disse ao Ti António carteiro: Casa com a Matilde do Ulmeiro! (7 filhos + 11 netos) 9. A Matilde disse ao Ti Augusto: E tu, como é? Casa com a Maria José! (4 filhos + 6 netos) 10. A Maria José disse ao Ti David: Eu mandei ler a tua sina, e tu vais casar com a Georgina! (3 filhos + 5 netos) 11. A Georgina escreveu num papel: A menina Deolinda casa com o Abel (2 filhos; 0 netos) 12. O Abel disse ao Ti Gabriel: Tu como és o último irmão, olha, casa com a Angelina sacristão! (2 filhos + 3 netos) No que isto deu… 49 netos, 73 bisnetos e 1 trisneto Até esta data faleceram 3 tios + 2 netos. Os que faleceram prematuros não estão contabilizados.

6. O Batista disse ao Ti Faustino: Casa com a Sara que é esse o teu destino! (nenhum) 7. A Sara disse ao Ti Fran-

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Os textos assinados e publicados no jornal LUZ DA SERRA – que podem ou não traduzir a linha de orientação deste jornal – são da inteira responsabilidade dos seus autores.


OUTUBRO

Sacramento da Confirmação

Maria Primitivo

primária. Dava ocasião a tendências de má língua, porque a ignorância é uma arma muito atrevida e perigosa. Pior quando o mais ignorante não se conhece minimamente a si mesmo e deixa desenvolver a praga da inveja. O primeiro pecado a surgir no mundo e por isso o mais perigoso e difícil de corrigir. Existe hoje com as mesmas e piores consequências. E não encontra um mês diferente para refletir. Para um exame de consciência mais profundo. Muito triste mesmo é ouvir dizer. Eu não tenho pecados. Quando há poucos dias se perguntou ao nosso PAPA Francisco, mais ou menos isto. Quem dizia ele que era. Na esperança de uma resposta, como por exemplo. Sou o Papa Francisco, ou o sucessor de Pedro, ou o chefe da Santa Igreja Católica. Ele responde simplesmente: sou um pecador. É a maior crise, ia a dizer a maior desgraça do atual momento mundial. A falta de consciência do pecado. Isto não é coisa de beatice tosca, é a verdade que esqueceu, se perdeu e enlouqueceu o mundo. Devemos ser homens e mulheres que saibam a que se refere a palavra Liberdade. Só deviam emprega-la com legitimidade os que soubessem que a verdadeira Liberdade está nos que se reconhecem como filhos de Deus e vivem como tal. É bom fazer o bem e que o façam todos, mas por Amor ao próximo como mandamento de Deus e Por Amor ao mesmo Deus há uma tendência quase geral a insinuar que há pessoas fora da Igreja, muito melhores que as que estão dentro. Parece um trabalho organizado de mentalização anti Igreja a que devemos estar atentos. O Senhor é categórico ao afirmar. Sem mim nada podeis fazer. Ou se faz em nome do Senhor pela Sua glória infinita e sabedoria irrepetível ou estamos a mal usar o que nos dá, porque queremos ver o nosso nome

e não o Seu exaltado. Eis o fracasso de tantos atos. Deixamos abafar logo a primeira parte do Pai NOSSO. Santificado seja o vosso nome. Ele nos diz. UM copo de água dado em meu nome não ficará sem recompensa. O que nos falta é fazer tudo na vida e o que dela faz parte, em nome do Senhor. E não se precisa de prenunciar em vão o seu Santo nome. Importa sim, FAZER tudo com a Sua assinatura no coração. E com alegria sem cabeças tombadas, nem ares de bondade feita à pressa. Gente enérgica e sensata, vai invocar NOSSA SENHORA DE OUTUBRO naquela última catequese do terço entregue a crianças destinadas a catequistas de adultos. Fátima não é apenas nem principalmente o Santuário e suas importantes estruturas. É recado urgente e insistente de Mãe de Deus e Nossa Mãe. O Recado resumido é conversão. Obrigada. Muito amiga, peço desculpa.

Foram 11 os anos deste grande trajecto. Foram várias as quedas, foi árduo o esforço e inúmeras as dúvidas e os medos. Foi um longo caminho, mas vencemos! Conseguimos prevalecer graças à nossa persistência, à nossa fé e à nossa enorme vontade de nos assumirmos como cristãos. E o gesto que prova isso, foi aquele que demonstramos perante à nossa comunidade no passado dia 14 de Setembro. Caminhámos juntos, rumo à igreja da Santíssima Trindade para confirmarmos a nossa fé recebendo o Sacramento da Confirmação. Éramos 50 jovens da nossa paróquia, que de braço dado com nossos seus padrinhos nos dispusemos ao Espírito Santo, prontos a aumentar a chama que se encontra em cada um de nós. Chama essa que nos faz querer aproximar de Deus, que nos faz querer ser cristãos vivos na Igreja e no mundo. Nessa chama, desceram também todos os seus dons, os quais

Miguel Marques

É Outubro

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nos fizeram sentir mais ricos e com vontade de pôr em prática perante a nossa comunidade, aquele dom que descobrimos em cada um de nós. Sabemos que lhe devemos isso, esse amor e essa promessa de espalhar a sua palavra. Devemos-lhe o nosso próprio ser, pois temos a certeza que independentemente do que acontecer que ele nunca nos irá abandonar nem desistir de nós. É com grande alegria que vemos mais uma grande etapa desta caminhada realizada. Caminhada sem meta, mas caminhada com recom-

pensa e eterna que não teria sido possível sem a ajuda dos nossos pais, padrinhos, catequistas, do nosso pároco e da nossa comunidade, aos quais deixamos um enorme obrigado. Fica assim descrita mais uma vivência de uns tantos jovens que chegaram a uma só certeza. Certeza essa, que este caminho ainda não acabou. Simplesmente, acabou de começar! Jovens de 1996

Festa de todos os Santos e Finados É do conhecimento de todos que foram retirados do nosso calendário dois feriados religiosos, um dos quais o dia de todos os santos e por isso, não vamos ter o dia para o convívio e a partilha que tradicionalmente viviam as crianças e os adultos. Segundo as normas da Igreja a festa litúrgica mantém-se na 6ª feira 1 de Novembro, mas fica a sugestão de, no domingo a seguir, dia 3 de Novembro, vivermos o dia com o mesmo espírito e alegria entre crianças e adultos, pedindo o bolinho. O dia de finados este ano calha ao Sábado e, como é tradicional, faremos a missa com oficio pelos defuntos e

Miguel Marques

2013

Gosto muito deste mês e sinto saudades do tempo em que nem um dia faltava à celebração Eucarística e devoção do santo rosário. Como eu, uma igreja a duplicar de presenças que viviam a mesma devoção e convicção. Era sempre de madrugada, pois os serviços do campo tinham início ao nascer do sol em cada manhã, e tinha que ser feito nas horas que ele mesmo exigia. Íamos em grupos a pé. Cantava-se e rezava-se com alegria e fervor. Alem dos momentos litúrgicos e coletivos, esta disposição e atitude dava para os dias inteiros. Cantava-se a Maria o dia todo. Era juventude alegre e bem se empregavam os anos mais cheios de saúde e força. Começavase cedo a treinar a prática da oração e respeitos humanos tinham curto espaço nos hábitos das pessoas. Mas não nos iludamos. Isto não era uma mera questão de hábitos. Levantar de madrugada sem caminhos de jeito, nem luz, nem grandes agasalhos no inverno, só mesmo Fé e devoção pode dizer-se sem erro. Questão de Amor e porque não Temor. A Sagrada escritura chama ao Temor de Deus, o princípio da sabedoria. Era o ter medo de ofender, aquilo a que se chamava temor. Também uma mistura de medo da justiça divina, que é sem dúvida uma das SUAS provas de Amor e perfeição. Bem nos ensinaram por esses tempos das nossas catequeses ditas pobres, que os desígnios de Deus eram sempre de perdão e misericórdia. Por isso as pessoas se consideravam mais pecadoras do que hoje, e recorriam à sua misericórdia e perdão com muita frequência e fé. Havia outra humildade mesmo com as imperfeições e diferenças pessoais. Generosidade era característica deste bom povo. Gosto de dizer bom povo, mesmo reconhecendo a sua curta cultura geral, própria do tempo sem acesso nem à instrução

LUZ DA SERRA

-- correio do leitor --

faremos a visita ao cemitério. Porém, porque os jovens dos 20 que preparam a festa de São Sebastião, querem fazer a festa das sopas nesse dia, pediram que os finados fossem durante a tarde. A direcção da Confraria das Almas

e o pároco anuíram e marcaram a celebração para as 15.30h. Assim, depois da visita ao cemitério, todos podem celebrar a alegria da esperança com uma sopa bem quentinha. Os jovens agradecem.

no dia seguinte se comemora o "Dia dos Fiéis Defuntos". Este dia é também popular pelos grupos de crianças, que logo pela manhã, andam de porta em porta a gritar "Oh tia dá bolinho? Em louvor do seu santinho!”, e, à tarde, pelos grupos de jovens e adultos que correm as casas de amigos e familiares

para provar “os bolinhos e a água-pé”.

Nota do Conselho Pastoral pub

O dia 1 de novembro, “Dia de Todos os Santos”, a partir deste ano até 2018 deixa de ser feriado nacional, o que não impede a comemoração do mesmo. Todos associamos a comemoração deste dia à ida das pessoas ao cemitério arranjar as sepulturas dos seus entes queridos com flores, já que

Para que não se perca a tradição, o Conselho Pastoral convida todas as crianças, grupos de jovens e de adultos a darem continuidade à mesma, no domingo seguinte dia 3 de novembro.


LUZ DA SERRA

OUTUBRO

-- actualidade --

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Associação de Promoção Social da Chainça

À descoberta da região

Emigrantes solidários

Foi no passado dia 22 de Setembro que se cumpriu o último evento do calendário de actividades do Clube de Automóveis Antigos de Santa Catarina da Serra, o passeio das vindimas. A azáfama começou bem cedo na sede do C.A.A.S.C.S. com o término dos últimos preparos para mais um grande dia, que se previa ser de grande calor. Os sócios aderiram em forte número a esta iniciativa. Eram 09h00 quando se deu um pequeno briefing com algumas dicas do que iria ser visitado e lembrando algumas regras.

Emigrantes com origem na Chainça não esquecem a sua terra natal.

Miguel Marques

Miguel Marques

Clube de Automóveis Antigos de Santa Catarina da Serra

tar novamente. O sol já ia alto e, debaixo de um intenso calor, a caravana de automóveis antigos seguiu em destino à localidade de Cortes, Leiria. Aqui fomos à descoberta das antigas instalações da Adega Cooperativa., transformado agora em restaurante. “Três marias”, é o nome do restaurante que promete inovar gastronomia local. Situa-se junto ao rio lis onde é possível desfrutar de vários espaços diferentes, num ambiente espetacular. Foi o que fizemos. Após esta pausa para chá e café, seguimos o nosso roteiro passando por Leiria, Colmeias, Caranguejeira terminando em Caldelas, na

A cerca de 2 km da sede, situa-se a Adega Joaquim D’Avó, na Pinheiria. A nossa primeira paragem. Aqui foi servido o pequeno-almoço e dar a conhecer este espaço, impulsionado por duas jovens da Freguesia de Santa Catarina da Serra, netas do Joaquim d’Avó. Rita e Raquel Marques apresentaram a Adega e o que pretendem trazer de novo para a região, sendo este um dos primeiros projetos de âmbito turístico em Santa Catarina da Serra. Claramente um local a visi-

Quinta do Moinho.

Todos os anos, alguns emigrantes residentes no Canadá, com origens na Chainca reúnem-se para lembrar a única coisa que têm em comum. A sua terra natal, a Chaínça. Esta é uma iniciativa que se realiza já há vários anos e o resultado não poderia ser melhor, um apoio financeiro à Ass. de Promoção Social da Chainça.

Esta quinta, bastante agradável foi o local para o almoço e para algumas brincadeiras. Miúdos a graúdos divertiram-se na relva e na piscina neste dia bastante agradável, que se previa ser dos últimos dias de verão. Um passeio pequeno com o objetivo de descobrir algumas das maravilhas da região. Obrigado a todos os nossos associados pela sua participação e contributo para esta iniciativa. Os passeios do C.A.A.S.C.S. são ricos em animação, convívio e cultura. Afinal, desfrutamos o presente ao volante do passado. Direcção CAASCS

para a instalação do aquecimento central e agora para a substituição do telhado do edifício da Associação. Esta é já uma iniciativa que perdura há cerca de 16 anos.

Com os apoios oferecidos por estes emigrantes ao longo destes anos, a Associação já pode adquirir mobiliário para a cresce, uma camara frigorífica, apoio

Convívio anual dos “Jovens”nascidos em 1943 na freguesia Como já é tradição desde a festa dos 50 anos, os “jovens”de 1943, reunem-se anualmente em convívio para celebrar mais um aniversário, sempre que possível em locais variados para haver algo de novo e atrativo para cativar o maior número possível de participantes.

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ForEscolas promove atividades de Verão O Verão chegou ao fim. Fica na memória os sorrisos e a alegria das crianças que durante três meses participaram nas atividades de verão promovidas pela FORESCOLAS – Associação de pais, e realizadas na escola do 1º ciclo da Loureira. O tema deste ano foi “a reciclagem” através do qual abordamos subtemas semanais. Numa sociedade absorvida pelo consumismo, um dos grandes objectivos era que as crianças sentissem que por vezes é possível, com pouco, fazer muito. Utilizando materiais reciclados foi-nos possível construir diversos brinquedos, como por exemplo: um carrinho de rolamentos; um papagaio; barcos; comboios… Para além das actividades lúdicas e criativas, realizamos bastantes saídas ao exterior, tais como: às piscinas de Mira d’Aire e de Ourém, às grutas da moeda, ao conservatório de Fátima, fizemos

Este ano foram angariados 3000 dólares canadianos, cerca de 2100 euros, entregues no passado mês de Agosto, por António Vieira.

desportos radicais, canoagem, divertimo-nos no cool park, no parque dos monges e viajamos de comboio até à praia de São Martinho do Porto. As crianças adoraram todos estes passeios, e nós que as acompanhámos, adorámos sentir a sua alegria e ver o seu sorriso contagiante. Foi um Verão quente, cheio de divertimentos e alegria, banhados por uma grande onda de amizade! Ana e Marlene

A FORESCOLAS agradece e todos os que tornaram possíveis estas atividades de verão, em especial aos pais que nos confiaram as suas crianças e às suas colaboradoras pelo empenho e dedicação. Para o próximo ano, esperamos poder voltar a desenhar sorrisos nos rostos das nossas crianças.

Este ano o evento tal como no passado ano, realizou-se no passado dia 15 de agosto e ocupou praticamente todo o dia, começando com um passeio de autocarro à Quinta dos Loridos, Carvalhal, Bombarral, onde apreciamos a bela quinta transformada turisticamente em Paraiso de Budas, que nos deixou estupefactos pelo valor escultório em granito do grande espólio de Budas, divindades e guerreiros chineses em terracota. Enfim, uma materialização da cultura religiosa asiática naquele espaço paradisíaco. Seguimos para um restaurante self-service na zona industrial das Caldas da Rainha, onde almoçamos e

celebramos o aniversário com bolo e espumoso como convinha. Prosseguimos a viagem para Alcobaça, onde visitamos o Museu do Vinho, recentemente reaberto e muito melhorado, onde nos foi devidamente explicado todo o historial ligado à arte vinhateira que atendendo às nossas origens, todos apreciamos. Foi também neste local que tiramos a foto de família que ilustrou este acontecimento. Não é preciso dizer quantos aniversariantes participaram, basta contá-los e acrescentar que em conjunto com os familiares, enchemos um autocarro com 60 lugares e que estamos determinados a continuar, mesmo sem passeio,

uma vez que para muitos se torna cansativo. Não nos podemos esquecer que estamos no ano de nova década das nossas vidas. Para o futuro, ficou combinado aliviar o trabalho e despesa que, há 20 anos, recai sobre o David Alves, Assim, até ao dia 1 de Agosto, todos os interessados, sem faltar ninguém, devem telefonar ou avisar por qualquer meio, o David Alves, para que ele os inscreva no novo convívio.Nessa altura, ele não só recebe a inscrição como fornece dados sobre o convívio. Até lá... David e Narciso


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Com cinco mesas de voto, três em Santa Catarina da Serra e duas na Chainça, a população pode assim escolher o sucessor de Joaquim Pinheiro, na Freguesia de Santa Catarina da Serra e de Maria Luisa, na Chainça. Estavam em funções desde 2009. Com um dia normal de eleições, passavam alguns minutos das 21h00 quando foram afixados os dados eleitorais, com os seguintes resultados:

União de Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça Assembleia de Freguesia: PPD/PSD: 1.398 votos 49,68% - 6 mandatos PS: 927 votos - 32,94% - 3 mandatos CDS-PP: 174 votos - 6,18% 0 mandatos Votos em Branco: 192 votos - 6,82% Votos Nulos : 123 votos 4,37%

Câmara Municipal: PPD/PSD: 1.370 votos 48,65% PS : 903 votos - 32,07% CDS-PP: 130 votos - 4,62% PCP – PEV: 39 votos - 1,38% B.E.: 37 votos - 1,31% Em branco: 218 votos 7,74% Nulos: 119 votos - 4,23% Assembleia Municipal: PPD/PSD: 1.392 votos 49,45% PS : 793 votos - 28,17% CDS-PP: 157 votos - 5,58% B.E.: 62 votos - 2,20% PCP – PEV: 41 votos - 1,46% EM BRANCO: 231 votos 8,21% NULOS: 139 votos -4,94%

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Entrevista a José Artur (prof.) derá ter sido alcançado). Consciente que é imprescindível para realizar uma boa governação conhecer os problemas das comunidades e de cada um dos cidadãos e encetar o diálogo, pretendo voltar a visitar todos os locais por onde passei durante a campanha (numa espécie de presidência aberta), por forma a ouvir e registar os anseios da população da União das Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça.

Em todas as suas reuniões de esclarecimento público, quais foram os anseios da população que registou? Em primeiro lugar, quero salientar que as pessoas compreenderam perfeitamente a nossa mensagem quando afirmamos que seria um mandato de contenção, por inerência das contingências financeiras que o próprio País vive. Relembro que o meu lema de campanha era "uma alternativa de verdade" e durante a minha candidatura propus-me, em conjunto com a minha equipa, enquanto alternativa a "manter tudo aquilo que é bem feito na nossa freguesia, só que feito por outros atores", obviamente que este trabalho será apoiado em valores como a verdade, a simplicidade e a transparência. Olhando agora para trás julgo que a mensagem chegou às pessoas. Em segundo lugar, é importante contextualizar os anseios que a população registou, num clima de campanha em que cada um tem questões particulares para apontar e situações menos boas para relatar na sua relação com a Junta de Freguesia que estava em funções (e ainda estará até à tomada de posse dos novos eleitos). Devo mesmo dizer que devemos relativizar algumas das questões colocadas durante a campanha eleitoral, mas não ignorar nem esquecer, até porque tentamos fazer sempre uma campanha positiva e construtiva, não falando mal de ninguém (objetivo que nem sempre po-

Neste primeiro ano de mandato, quais serão as suas prioridades? Os primeiros meses passarão obviamente pela preocupação em conhecer todos os "dossiers" que estavam em mãos do executivo, meu antecessor e, para isso, conto com a disponibilidade de todos eles, manifestada por várias vezes, inclusivamente, logo após a minha eleição. Também aqui é extremamente importante ter um conhecimento detalhado de todos os assuntos para que depois, em conjunto com a minha equipa, possa delinear uma estratégia de atuação. É importante não esquecer que já no próximo mês se realizará na nossa freguesia um evento tão importante como o festival "O Chícharo da Serra" e a Junta de Freguesia como entidade que apoia institucionalmente este festival, promovido pelas associações da nossa freguesia, não se poderá demitir das suas responsabilidades.

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Autárquicas 2013 No dia em que o povo voltou a ser chamado às urnas, estavam a votos três candidatos à Junta de Freguesia, da União de Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça. As semanas que antecederam este dia foram de grande azáfama em marcação de reuniões e esclarecimentos públicos à população dos lugares. Com a reorganização administrativa, a freguesia de Chainça, fez parte do plano de reuniões e de propostas para aquela localidade, de cada uma das listas candidatas.

LUZ DA SERRA

-- actualidade --

Quero afirmar que pretendo ser a voz de cada um dos cidadãos da freguesia a que irei presidir, não apenas no primeiro ano, como durante todo o meu mandato, junto da Câmara Municipal e na Assembleia Municipal por forma a trazer apoios e financiamento para todos os projetos que já estejam em curso e/ou calendarizados ou outros que venhamos a identificar como prioritários (também realísticos e exequíveis) para a nossa freguesia.

Existe alguma iniciativa/projeto/obra que gostasse de ver concretizada (o) daqui a 4 anos? Sim, o projeto da requalificação do nosso Centro de Saúde julgo ser prioritário e inclusivamente julgo já estar calendarizada a obra pelo atual executivo da Junta de Freguesia. Sei também que duas das principais vias estruturantes que atravessam a nossa freguesia, a estrada dos Cardosos até à Bemposta, e a

estrada da Quinta da Sardinha a Fátima, estão bastante degradadas e obviamente que as gostaria de ver recuperadas. Gostava também de ver concluído o saneamento básico em toda a nossa freguesia, consciente, no entanto, que a concretização desse desejo poderá não estar só nas mãos da Junta de Freguesia. É importante também que a Junta promova uma relação de verdade e transparência com todos os intervenientes no nosso território sejam eles indivíduos ou empresas e pretendo implementar algumas medidas para que isso aconteça. Mas o meu foco como já disse incide sobretudo nas pessoas e consequentemente nos aspetos sociais e ficaria muito satisfeito de desenvolver um projeto do qual ainda não poderei apresentar os moldes que incida no combate às dificuldades que as pessoas têm vindo a sentir nestes últimos tempos.

Por iniciativa da Junta de Freguesia e com a colaboração do Núcleo de Leiria da Liga dos Combatentes, realizou-se, no dia 15 de Setembro, mais um encontro dos ex-combatentes do ultramar naturais ou residentes em Santa Catarina da Serra, numa manifestação de respeito e reconhecimento público para com uma geração marcada pelo sacrifício no cumprimento do dever. O programa teve início junto ao monumento aos combatentes do ultramar com a co-

locação pelo Sr. Joaquim Pinheiro, presidente da Junta de freguesia e pelo Tem. Cor. Ley Garcia, presidente do núcleo de Leiria da Liga dos Combatentes, de uma coroa de flores em memória dos combatentes já falecidos. Na apresentação da cerimónia, o Sr. António Rodrigues, enquanto coordenador do evento e de ex-combatente, relevou a importância destes encontros para os combatentes, importância que só quem por lá andou está em condições de entender e dei-

xou um desafio à junta de freguesia para manter na sua agenda anual a realização desta homenagem. De seguida, ouviu-se o Sr. Joaquim Pinheiro referir a justeza da homenagem e do reconhecimento devido pela sociedade aos que deram parte da sua vida em benefício do país, sacrifício que deve ser lembrado através de eventos como, o que se está a realizar e também do monumento aos combatentes inaugurado o ano passado e do talhão construído

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II encontro dos ex-combatentes de Santa Catarina da Serra no nosso cemitério. O Sr. Tenente coronel Ley Garcia na sua intervenção referiu o empenho da junta de freguesia na louvável tarefa de reconhecimento aos combatentes da freguesia, elencou alguns serviços e acções disponibilizados pela Liga aos seus associados e entregou publicamente ao Sr. Joa-

quim Pinheiro, ao Sr. António Rodrigues e ao Sr. José Vieira diplomas de Louvor atribuídos pela Liga dos Combatentes pela acção desenvolvida na freguesia em prol dos objetivos da Liga em reconhecer e recompensar os combatentes nomeadamente com as homenagens, a construção

do monumento e a cedência de um talhão do cemitério à LC. Depois da missa pelos colegas falecidos, procedeu-se á inauguração e bênção do talhão da LC no nosso cemitério e seguiu-se um animado almoço convívio com os combatentes e famílias presentes.


LUZ DA SERRA

OUTUBRO

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Barreiria e Donairia Pesquisa e Texto: Célia Ferreira Fotografia: Miguel Marques

Localizada entre a Donairia e a Gordaria, a Barreiria é um pequeno lugar da freguesia de Santa Catrina da Serra, caracterizado pelos seus moradores como sendo um “lugarzinho simpático, soalheiro e pacato”. A história deste lugar passa inevitavelmente pelos festejos em honra de São Pedro, que se realizavam num largo, junto a uma lagoa, que em tempos ali existiu. Era neste largo que era feita uma enorme fogueira, no centro da qual colocavam um pau comprido, com um boneco preso numa das extremidades. Este boneco era apetrechado de foguetes, e assim as chamas deslizavam pelo pau acima, até o atingirem, culminando numa explosão de fogo e luz. Tal como não podia deixar de ser, esta festa era animada por boa música popular, havendo também sardinha assada, acompanhada de pão e broa, e de bom vinho da região. Estes festejos eram de tal forma importantes, que chegavam a vir pessoas das freguesias vizinhas, propositadamente para o bailarico. A organização deste evento cabia aos moradores do lugar, e realizou-se durante vários anos. Atualmente estes festejos são feitos no vizinho lugar da Pinheiria. Grande parte dos moradores

Fontanário na Donairia.

deste lugar ainda recorda os Invernos em que a lagoa ali existente se enchia de água, constituindo assim o principal recurso hídrico desta pequena localidade. Todas as segundas feiras, logo pela manhã, lá iam as senhoras com os seus “alguidares cheios de roupa” e o seu “pau de sabão”, cantarolando ao sol da manhã. Por sua vez, os homens levavam vários bidões, que enchiam de água, que servia para regarem as suas hortas e para “curarem” as suas vinhas. As crianças também se divertiam, atirando pedrinhas para a água, ou brincando com um ou outro sapo, que timidamente por ali aparecia. Com o alargamento da rede de água canalizada à Barreiria, a lagoa deixou de servir como fonte de abastecimento de água, pelo que, por este motivo, e também por questões de segurança, foi soterrada. Atualmente, no seu lugar, temos duas velhas mesas de madeira, e algumas árvores ainda jovens. É aqui que anualmente a pequena popula-

Vista do lugar da Donairia e Barreiria ção da Barreiria se junta, para realizar os leilões, aquando a preparação das festas em honra do Sagrado Coração de Jesus. Alguns destes moradores ainda sonham com a criação de um parque infantil e/ou de merendas, em substituição das duas, já bastante degradadas, mesas de madeira. Ainda neste mesmo largo existem vestígios de um antigo lagar de azeite, que foi propriedade de uma das famílias mais abastadas deste lugar. Trata-se da família da Sra. Maria José, conhecida como “A pinta”. Esta distinta senhora deu emprego, na apanha da azeitona, a muitas pessoas, não só da Barreiria, mas também vindas de fora. Segundo relatos de algumas pessoas com quem falei, a Sra. Maria José não morava na Barreiria, mas tinha ali uma enorme pro-

priedade, onde funcionava o tal lagar de azeite. Tinha também um caseiro, que tomava conta da propriedade, durante a sua ausência. Outra família também bastante distinta deste lugar foi a do Sr. Joaquim Vieira, que em tempos ali foi regedor. Embora ali tivesse uma casa, o Sr. Joaquim morava em Lisboa. Foi das primeiras pessoas do lugar (e talvez da freguesia) a ter carro e também rádio. Assim, mal ouviam o barulho de um motor a roncar, as pessoas da sua rua (que ainda hoje tem o seu nome), vinham à porta, para o verem passar, impressionadas. Aos fins-desemana, alguns jovens do lugar (não eram todos a ter este privilégio) deslocavam-se até sua casa, para poderem ouvir música e notícias na rádio. Nos tempos em que a produ-

Largo público, na Barreiria, onde anteriormente existia uma lagoa.

ção de milho era farta, realizavam-se as tradicionais “escamisadas”, que chegavam a durar dias. As pessoas sentavam-se em círculo, em torno da eira, e enquanto cantavam músicas tradicionais, lá iam tirando as “camisas ao milho”. Segundo consta, as maiores “escamisadas” de que há memória são as que se realizavam em casa do “Ti Zé Gonçalves” e do “Ti Zé Ferreira”. Sendo a agricultura a principal fonte de rendimento de muitas famílias, muitos homens e mulheres deste lugar passavam os dias “à jorna”. Mais tarde, com a mecanização da atividade agrícola, muito do trabalho que era feito manualmente passou a ser feito com recurso aos tratores, de pequena e média dimensão. Algumas famílias

Antigo lagar da Barreiria.

ainda hoje se dedicam à agricultura. Foi precisamente uma família de agricultores que deu o nome a uma das ruas da Barreiria. Trata-se da família Guerra, que ainda hoje tem descendência na Rua do Guerra. Embora a principal atividade económica da Barreiria fosse a agricultura (produção de vinho, azeite, batata e milho), também aqui funcionou uma pequena carpintaria, que era propriedade do Sr. João do Vale. Nesta carpintaria existiam algumas máquinas, com as quais o Sr. João fazia os seus “trabalhos para fora”. Posteriormente, um familiar seu montou uma serração no vizinho lugar da Donairia, passando também aí a funcionar a carpintaria, onde ainda hoje trabalha um filho do Sr. João.


OUTUBRO 2013

Ainda em termos de serviços, podemos destacar o tear da “Ti Lúcia”, onde eram feitas as tradicionais “mantas de retalhos”, assim como as famosas “passadeiras” e tapetes. Ainda hoje a “Ti Lúcia” trabalha no seu tear, embora a produção e venda deste tipo de artigos tenha tido o seu auge há uns bons anos atrás. Também foi neste lugar que trabalhou, durante muitos anos, a “Ti Maria Luísa” como costureira. Era conhecida como a costureira do lugar, pois ali não existia mais nenhuma. Atualmente já não faz serviços de costura, pois está no lar, mas o seu ofício foi seguido por uma das suas sobrinhas, embora “já nada seja como antes”.

LUZ DA SERRA

-- cadernos da nossa terra -Embora atualmente a Barreiria seja considerada por muitos dos seus moradores como um “local simpático para morar”, houve tempos em que alguns dos que ali viviam emigraram em busca de melhores condições de vida. É o caso da família do “Ti António Domingos”. Este foi emigrante no Brasil e, mais tarde, grande parte dos seus filhos seguiu o seu exemplo. Segundo reza a história, terá existido na Barreiria uma capela, da qual nada resta, a não ser as ossadas em profusão, que terão sido encontradas no quintal do Sr. Mateus, aquando a plantação de uma vinha. Embora importante, este facto é desconhecido da maioria dos habitantes da

Barreiria, pois nenhuma das pessoas com quem falei tem memória da existência de tal capela. Certamente que muito ficou por dizer, mas espero que este registo ajude a conhecer um pouco melhor a história deste pequeno, mas simpático lugar, e que contribua para que as estórias que andam de boca em boca não se percam, mas fiquem registadas. Desde já aqui deixo o meu grande agradecimento a todos aqueles que me foram prestando esclarecimentos, e que tornaram possível a escrita deste artigo.

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Localização Geográfica

Visite também estes lugares na internet no site da freguesia.

Os 50 anos do Rancho Continuam a decorrer durante todo o ano de 2013 as comemorações dos cinquenta anos do Rancho Folclórico de S. Guilherme. da Região de Leiria que também está a festejar o seu “cinquentenário”. Mas o destaque maior foi para um grupo de jovens com idades idênticas aos “meninos” que hà cinquenta anos deram inicio ao actual Rancho Folclore de S. Guilherme - “encantaram” todos os presentes com a “graciosidade” dos seus trajes e com o entusiasmo com que estiveram em palco. A festa terminou com todos a cantarem os parabéns ao Rancho Folclórico de S. Guilherme.

No Domingo, dia 22 - numa tarde dedicada ao Folclore – actuaram o Rancho de S. Guilherme, o Rancho do Covão do Coelho e o Rancho

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Quinta da Sardinha). Ludvina Vieira Serralheiro (esposa do fundador e ensaiador – Diamantino Gordo). Francisco Rodrigues que residia em Escandarão – foi “dançarino”. José da Salvação Oliveira “Rigueira” – Siróis (1ª tocata). Maria Emília – Canais - Cantava e representava “a pastora”. Depois da cerimónia realizada na Capela - que decorreu com muita emoção - as comemorações continuaram junto ao núcleo museológico onde se reuniram em convívio muitos daqueles que ao longo destes cinquenta anos ajudaram - e querem continuar - a “escrever” a já “rica” história do Rancho Folclórico de S. Guilherme.

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Em Setembro festejou-se o aniversário da primeira actuação do então “Rancho Infantil” que se realizou nas Festas de S. Guilherme no já longínquo ano de 1963. As ruas da Magueigia ganharam um novo colorido especial colaboração da incansável “BIA” - para receberem em ambiente festivo todos os que nos visitaram durante o fim-de-semana 21 e 22 de Setembro. No Sábado dia 21, teve lugar na Capela de S. Guilherme uma cerimónia solene onde foram lembrados e homenageados - a título póstumo várias pessoas que já faleceram mas que em vida dedicaram muito do seu tempo ao Rancho Folclórico: Luis Francisco Alves que presidiu à primeira direção do Rancho. José de Jesus Pereira Ruivo (ex Presidente) António Lains Lopes (ex Diretor) Joaquim Ferreira Alves (natural de Pinhel e residia em

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LUZ DA SERRA

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-- associativismo --

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Associação dos Amigos da secção de Bombeiros do Sul do Concelho de Leiria

Mais um mês que passou, em que de facto só temos que agradecer tudo o que obtivemos. Em termos operacionais e em termos das várias campanhas de angariação de fundos, não só para o pagamento da ambulância nova, como é do conhecimento de todos, como também para a própria gestão financeira da Associação. Em termos operacionais, apesar do calor infernal nos chamados meses de Verão, não fora a ajuda externa a outros concelhos, mais ou menos próximos e poderíamos afirmar que quase passámos incólumes, apesar de um ou outro foco de incêndio, sobretudo na freguesia do Arrabal. É bom que todos em conjunto, se compenetrem, na ideia e no facto de que, se não tivéssemos um quartel tão próximo de cada uma

das 4 freguesias, com certeza que as tentativas de fogo posto, pois a maioria foram de noite e até de madrugada, poderiam algumas delas terem-se transformado em catástrofes, como as que fomos vendo ao longo do Verão, sobretudo no Centro e Norte do país. Em termos de Transportes de Doentes e de outros serviços, fizemos mais de 110 intervenções. Depois de termos publicado em Setembro os números da campanha lançada no Facebook de 1€ para os Bombeiros no quartel mais próximo, com a quantia no próprio quartel, acrescentamos este mês, o número total da campanha, já que existiram algumas caixinhas em estabelecimentos comerciais do Arrabal, Caranguejeira e de Santa Catarina. O total ultrapassou 1150 € (Mil cento e

cinquenta euros). Apesar de termos apelado à participação do nosso já tradicional “Passeio do Coração”, a aderência foi boa, mas algo distante do que ambicionávamos. Daí não termos tido retorno financeiro, apesar de termos tido algumas ofertas, como por exemplo, o Seguro. Aliás, este evento nunca foi realizado com o objectivo de angariar fundos, mas sim o de ir ao encontro das pessoas. Ora nesse aspecto, os cerca de 80 participantes, fizeram com que a manhã do dia 22 de Setembro, tenha sido um verdadeiro espaço alegre e de convívio. Alguns participantes que não conheciam o quartel, tiveram oportunidade de o ficar a conhecer no final do almoço, oferecido pela Associação. Já a campanha realizada junto dos locais das mesas de

voto para as Eleições Autárquicas nas 4 freguesias, foi um verdadeiro sucesso, com o resultado final de mais 4390 € (quatro mil, trezentos e noventa euros). Quanto à publicação dos números relativos ao pagamento da ambulância, só no próximo mês. Vamos ainda algo longe dos 15000 €, mas vamos com mais de 10.000 € (dez mil euros). Vieram ao nosso encontro este mês, as seguintes empresas ou pessoas individualmente:

Broliveira Transportes Clínica Dentária Médicis Electropedrome

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Ponto da Situação

Sabendo que os tempos que correm continuam a exigir muito de cada um de nós, pois a crise veio para ficar, não se vislumbrando a curto ou médio prazo, melhorias nesse aspecto, vamos continuar a sensibilizar as nossas populações a ajudar. A próxima oportunidade, é já no dia 20 deste mês, com um almoço na Caranguejeira. Existem quer bilhetes de participação, quer de outro tipo de ajuda, junto de vários elementos da direcção na nossa freguesia.

Conmarfel

Virgílio Gordo

Rancho Folclórico de S. Guilherme

Rancho Folclórico de São Guilherme: 1994-2003 Como dizia na última edição, a inauguração da nossa sede ocorreu em 1998. Neste período, o grupo de folclore deixava de ser presidido por Jaime da Purificação Pereira, de Quinta da Sardinha. O seu mandato caraterizou-se pela internacionalização do Rancho, com duas deslocações à Galiza. A primeira, em 1995, resultou de um intercâmbio acertado com um grupo galego presente no I Festival de Folclore Luso-Espanhol de Valença do Minho (1994). A atuação teve lugar no município de Monfero, Coruña. Veio depois o grupo a Santa Catarina. A segunda deslocação foi ao município de Quiroga, Pontevedra. O espetáculo em Quiroga, em 1997, foi memorável para os elementos do Rancho. Na presidência da Direção do Rancho Folclórico de São Guilherme, a Jaime da Purificação Pereira sucedeu, em 1998, o Sr. José Pereira Ruivo, de Pedrome. Neste mandato, foi prioridade do grupo a aquisição de um edifício para servir de casa-museu, tendo Paulo Primitivo Pereira, também de Pedrome, tido uma importância crucial na compra de um imóvel

pertencente a António Henriques Jorge, de Magueigia, que já estava à venda há alguns anos. Sentimentalmente, o edifício teve uma enorme importância para o ensaiador, pois foi aí que o mesmo ensinou, nos anos 60 do século XX, os primeiros passos de dança às primeiras crianças que viriam a fazer parte do Rancho Infantil de São Guilherme. [A estrutura, erigida em 1957, seguia a linha das construções do princípio da centúria de Novecentos, sendo uma das últimas do género edificadas]. O edifício que veio a ser a casa-museu foi preservado tal como estava na década de 50 do século XX, isto é, quando foi construído. A grande alteração fez-se nos anexos onde se guardava o gado. Estes foram transformados e inseridos também na parte museológica, preservando-se aí utensílios domésticos, alfaias agrícolas e outros. Destaque para duas peças que sobressaem das demais: um lagar de uvas de pensa-de-vara, da transição dos séculos XIX-XX, e um tear manual, que foi, com outros, ganha-pão de muitas famílias de Santa Catarina.

Deve-se ao Sr. David Pereira das Neves, de Vale Tacão, presidente da Direção entre 2001 e 2003, a aquisição do imenso património históricocultural de que o Rancho é possuidor. Este feito só se conseguiu através de uma estreita colaboração entre os elementos do corpo diretivo e o Departamento de Folclore. Por hoje fico-me por aqui, prometendo voltar na próxima edição… Diamantino da Purificação Gordo

40 anos de Jornal, Luz da Serra De 7 a 9 de Fevereiro 2014 em Santa Catarina da Serra A Equipa do Jornal está a preparar os 40 anos do Jornal Luz da Serra. Este acontecimento terá lugar no próximo fim de semana de 7 a 9 de Fevereiro de 2014, estando a ser criadas várias iniciativas. Conviamos toda a população a participar.

Exposição de Fotografia “ O retrato da minha terra” Esta é uma iniciativa que pretende mostrar os diferentes olhares sobre a nossa terra. Se gostas de fotografia, participa!! - Serão expostas até 10 fotos por participante - Todas as fotos tem que ser entregues em papel - Todas as fotos tem que ser capturadas na Paróquia Santa Catarina da Serra. - Temas: Fotografia antiga, Fotos da nossa Terra, Tema Livre Entrega de fotos na redacção ou na Casa Paroquial de Santa Catarina da Serra.

Poemas e literatura Se tens “aquele” jeitinho para fazer uns poemas, textos ou rimas, aceita este desafio: Escreve sobre o jornal e a nossa terra, envia para a redacção do jornal e vê os teus textos publicados no jornal. Serão também divulgados na exposição de comemoração dos 40 anos do jornal. Envia as tuas obras para o email do jornal. Contamos contugo!

PARTICIPA Informações: luzdaserra@santacatarinadaserra.com 917 480 995


OUTUBRO

LUZ DA SERRA

-- autarquia --

2013

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Novas ruas asfaltadas na freguesia

critura pública de constituição de direito de superfície foi assinada no auditório da freguesia no passado dia 11 de Julho, cumprindo-se assim, uma promessa com 30 anos. Entretanto procedeuse aos necessários registos e no último domingo, o executivo da freguesia de Santa Catarina da Serra e um membro do executivo da Junta de Coimbrão coloca-

ria esteve ao nosso lado. O lote inicial tinha 2.490 m2, hoje tem 1.788; houve cedências ao domínio público, foi preciso desanexar a parcela, alterar o uso da mesma para equipamento e cuja consulta publica foi publicada em Diário da Republica 2ª série nº 59 de 25 de Março de 2013. Hoje, importa informar os SantaCatarinenses que a es-

ram no local uma placa com a seguinte informação “FUTURA COLONIA BALNEAR, SANTA CATARINA DA SERRA, concelho de LEIRIA”; placa que ostenta o nosso brasão mas também o nosso símbolo de “Gente de Valores”, aquele que nos vem acompanhando e unindo nos últimos anos e que deve continuar a unir mais do que nunca. O desafio está lançado a uma população bairrista, de fortíssimo espirito associativo, unida e muito trabalhadora, habituada a grandes desafios e este será seguramente o próximo mas atenção, as entidades com responsabilidade na matéria tem que trabalhar, seguir o nosso exemplo e não deixar regressar a inercia de que é exemplo este processo que durante quase 30 anos ficou esquecido.

obra a fundos comunitários tendo sido aprovada. Finalmente, os Santacatarinenses vêm iniciar a obra que vem resolver a maior carência da freguesia.

Dia 27 de Outubro (domingo) – hora legal Neste dia, último domingo de Outubro, à uma hora, os ponteiros dos relógios devem ser atrasados sessenta minutos.

Joaquim Pinheiro

DR

Centro de Saúde – Obra adjudicada Formação (Iva – Regime de caixa e regime bens em circulação) Muito se tem falado e escrito sobre o Centro de Saúde, normalmente tema de primeira linha em altura de campanhas eleitorais, muitas promessas mas o certo é que anos de “vacas gordas” pouco ou nada foi feito. Finalmente, e depois de alguns avanços e recuos, as obras estão adjudicadas. O projecto foi elaborado pelos serviços do Município de Leiria e em devido tempo apresentado publicamente em sessão da Assembleia de Freguesia, e ainda no mesmo órgão da Casa do Povo. O protocolo entre Camara Municipal, Juntas de Freguesia, Casa do Povo e ARS foi assinado em 31/07/2013; a Camara de Leiria candidatou a

Foram alcatroadas novas ruas na freguesia por empreitada da Camara Municipal de Leiria e, em alguns casos, com o apoio de moradores: Loureira: Estrada Municipal Loureira até a Chainça, Travessa do Outeiro, Rua da Valada, Rua das Nogueiras e Travessa das Nogueiras, Travessa Outeiro do Cacho, Travessa dos Moinhos e Travessa do Outeiro Pedrome: Rua da Pedreira e Travessa Romana Quinta do Salgueiro: Rua dos Arrebentões Santa Catarina da Serra: Rua dos Poços (Parte) Ulmeiro: Rua do Olival, Rua dos Cesteiro e Rua da Fontinha (parte) Vale Sumo: Rua das Vicentes

Numa parceria entre Junta de Freguesia e AT – Autoridade Tributaria realizou-se, na passada quinta-feira dia, 29/09, uma sessão de formação subordinada aos temas “IVA-REGIME DE CAIXA e REGIME DE BENS EM CIRCULAÇÃO”. Ao promover esta sessão a Junta de freguesia assumiu com responsabilidade pública, promover o esclarecimento e sensibilização de empresários, técnicos e população em geral para temas de grande importância e actualidade. Os formadores revelaram grande capacidade técnica e domínio das matérias abordadas pelo que, os participantes que encheram por completo o auditório, bem como a organização, deram nota positiva a esta iniciativa.

Denuncie o está mal na sua rua. Aceda a www.santacatarinadaserra.com

Protocolo IEFP Junta de Freguesia A Junta de freguesia celebrou protocolo de cooperação com o IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional o qual vem permitir que os desempregados possam cumprir o dever de apresentação quinzenal na Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra. Quem se encontrar nessa situação pode a partir de 15/10/2013 dirigir-se à secretaria da Junta de freguesia, evitando deslocações a Leiria. Em caso de dúvida contacte a Junta de freguesia.

Edifício sede da Junta de Freguesia em obras

Joaquim Pinheiro

Depois de tomarmos conhecimento do processo do terreno Praia de Pedrógão na página 6 do nosso Luz da Serra de Novembro de 2011 prometemos na edição seguinte trabalhar na defesa do processo e dissemos que a população seria informada no órgão próprio, a Assembleia de Freguesia; foi o que fizemos porque este foi tema falado em várias sessões. Poderíamos aqui resumir a correspondência trocada especialmente em 1985 e 1986, as reuniões realizadas no último ano e meio, o projeto feito que não avançou, a promessa feita que ninguém cumpriu, os metros que tinha ou os metros que tem, mas achamos bem mais importante valorizar a ação de quem agiu e principalmente o desafio que temos em mãos. Em menos de dois anos recolhemos o necessário, trabalhámos e defendemos o processo e a Camara de Lei-

Joaquim Pinheiro

Terreno na praia de Pedrógão na posse da freguesia de Santa Catarina da Serra

Quem tem acompanhado a gestão da autarquia não se surpreendeu com o início das obras no edifício sede da Junta de Freguesia. Porém, os menos informados e especialmente os que estando informados optaram pela colha politica em época eleitoral viram aqui terreno fértil para a critica tão fácil quanto injusta. Seja como for, importa lembrar que o edifício da Junta de freguesia precisava e merecia ser reabilitado porque, no centro da vila era quele que se encontrava em pior estado de conservação. Achamos que todos estaremos de acordo. Por outro lado, é sabido e público, que a Junta de Freguesia sempre levou muito a sério a reabilitação do Centro de Saúde e vinha amealhando verbas para, caso fosse chamada a suportar parte significativa da despesa, estar preparada e não ser a própria junta a “fraquejar” e lembramos que a chamada “lei dos compromissos” está em vigor e impede o endivida-

mento por isso foi com poupança e gestão rigorosa que se conseguiu essa poupança. Acontece que as obras do Centro de Saúde acabam por ser asseguradas, em parte muito significativa pela candidatura que foi aprovada, e lembramos que o protocolo foi assinado no dia 31/07/2013. Por isso, apenas nessa data e, de forma responsável, o executivo poderia assumir e avançar com as obras na sede da junta. Foi o que fez. Avançou com a segunda prioridade. Por isso a Junta de Freguesia apresentou publicamente o projecto de reabilitação do edifício sede da Junta na pretérita sessão da Assembleia de freguesiam onde explicou todo o processo, e a obra está em curso. Importa ainda referir que a obra ficará integralmente paga ou a verba em caixa para pagar ao empreiteiro.


LUZ DA SERRA

OUTUBRO

-- educação - formação --

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2013

O ano letivo iniciou- se na escola Básica de Santa Catarina da Serra no dia 13 de setembro, com a receção aos alunos do 1º e 5º anos. Às nove horas e trinta minutos, os alunos e respetivos encarregados de educação foram recebidos no auditório pela docente Ana Paula Costa, adjunta da diretora, pela coordenadora de escola, Cristina Aveiro, pelos novos professores, pelos assistentes operacionais e por todos os que trabalham para que a escola seja um local onde os alunos se sintam bem e possam desenvolver as suas capacidades. Primeiramente, foram dadas as boas-vindas e alguns esclarecimentos. Depois, seguiu-se um momento de magia para descontrair as crianças e motivá-las para

uma nova etapa das suas vidas, repleta de descobertas e de novas vivências. Alunos dos 2º e 3º ciclos, a partir de um texto de António Mota sobre o primeiro dia de aulas, fizeram uma dramatização divertida que intitularam os “Provérbios em movimento”, e que incluiu um momento de dança clássica, a leitura de um conto, a interpretação de uma canção e finalmente dança hip-hop. Os provérbios foram o fio condutor para a participação dos alunos e respetivos encarregados de educação. Uma aluna do 9º ano, Joana Caetano, partilhou com todos a relação que ela e os restantes alunos têm com a escola. Foram palavras sentidas que expressaram a forma como se sente acolhida, como há um conheci-

Cessão de IVA por inactividade Verifico, com alguma frequência, que muitas empresas se encontram numa situação de inactividade, ou seja, continuam activas perante a Administração Fiscal, contudo, sem qualquer actividade efectiva no seu quotidiano. Deixam simplesmente de laborar, embora ainda detenham uma quantidade maior ou menor de equipamentos, por exemplo, provenientes da anterior actividade exercida. Quando uma empresa fica inactiva, num período considerável de tempo, tal não significa que reúna as condições necessárias para formalizar a cessação em IVA. A apresentação da declaração de cessação para efeitos deste imposto até pode ser uma tentação para reduzir as obrigações declarativas, uma vez que deixa de estar obrigada a entregar as declarações periódicas de IVA, e para que deixe de ficar obrigada a fazer os pagamentos especiais por conta, pagamentos estes que, ainda que não se exerça qualquer actividade, obrigam ao pagamento de, no mínimo, mil

euros por ano. Mas a existência de património ainda afecto à empresa pode impedir ou dificultar tal cessação. Por exemplo, se uma sociedade inactiva, há pelo menos dois anos consecutivos, pretender antecipar a sua cessação em IVA em relação à data do seu processo de liquidação, se tiver património á data de entrega dessa declaração de cadastro, presume-se a sua transmissão o que pode significar a liquidação e entrega de IVA ao Estado sobre tal património. Assim sendo, uma sociedade inactiva, há pelo menos dois anos consecutivos, se ainda detiver por exemplo máquinas de amassar pão e se pretender entregar a declaração de cessação antes de liquidar este património, terá de liquidar e entregar o valor do IVA desta máquina, uma vez que se presume que está vendida. O facto da Administração Fiscal nem sempre detectar estas situações, em que era devido IVA pelo património que sobrou na empresa, tem contribuído para que exista uma convicção generalizada

mento próximo de todos e um grande esforço para que os alunos cresçam, desenvolvam as suas capacidades e tenham sucesso: «Desde o meu 5º ano de escolaridade que ando nesta escola e sempre senti orgulho por isso. Para mim é a minha segunda casa, a minha segunda família. É uma escola onde nos respeitam, onde nos ajudam a crescer e aprender e fazemnos sentir bem-vindos desde o primeiro dia. Para mim foi sempre um orgulho dizer «Eu frequento a Escola Básica de Santa Catarina da Serra.» Posteriormente, os alunos realizaram uma visita guiada à escola na companhia dos novos professores, tendo visitado a biblioteca, os laboratórios, a sala de informática, o espaço Matcool, o bar, o refeitório e o ginásio.

DR

Abertura do ano letivo na Escola Básica de Santa Catarina da Serra

Não faltou também a ida aos recreios e ao parque infantil que, claro, deixou entusiasmados especialmente os alunos do primeiro ano. Por fim, ainda houve tempo para, nas suas salas, os alunos conhecerem melhor os seus professores e as regras de funcionamento da escola. À saída, os alunos deixaram o seu registo sobre o seu pri-

meiro dia de escola num painel do átrio principal para que todos pudessem ler. As caras felizes que mostravam e as mensagens que registaram permitem-nos concluir que foi um ótimo começo! Trata-se, efetivamente, de um início de ano tranquilo, com todos os professores já colocados. As turmas têm menos de 20 alunos, as salas

estão equipadas com projetor multimédia, quadros interativos e computador. Estão planificadas atividades extracurriculares e os alunos podem beneficiar de apoios educativos para reforço de aprendizagens, condições que conduzirão ao sucesso educativo. Rita Agrela

Conferência São Vicente Paulo de Santa Catarina da Serra Anabela Sousa Contabilista

de que se pode usar de uma mera suspensão do registo em IVA, sem quaisquer consequências, e até com a vantagem da dispensa do PEC. É aconselhável que, dentro deste quadro, os responsáveis pelas empresas e respectivo TOC, equacionarem a cessação para efeitos de IVA. Também um empresário em nome individual ou trabalhador independente, deve considerar a mesma situação, sendo que no seu caso pode acabar com o património afecto à sua actividade pela mera imputação à sua esfera pessoal, liquidando desta forma, o IVA de todos os bens existentes e transmitidos a si próprio.

Formações e workshop's → Iniciação à Agricultura Biológica (40H) → Práticas Agrícolas Biológicas - Continuação ao curso de Iniciação (40H) → Culturas Hortícolas em Modo Produção Biológico (40H) → Oficina de Poda e Enxertia de vinha e árvores de fruto (8H) → Workshop de Plantas Aromáticas, Medicinais e Condimentares (4H) → Oficina de Proteção fitossanitária contra pragas e doenças (8H) → Workshop de Farmácia Natural (4 H) Inscrições para o número: 969657814 Ana Teresa Neves


OUTUBRO 2013

opinião

Desportivamente Falando Equipa sénior da UDS futebol de 11, inicia campeonato com uma goleada Aí está, aliás, já teve o seu início no passado mês de Agosto, a época futebolística que vai até meados de Maio, ou início de Junho do próximo ano. Isto porque vai depender, quer do modelo competitivo adoptado pela AFLeiria, apadrinhado pelos clubes, quer pelos resultados que forem obtidos, pelas várias equipas inscritas pela UDS em cada escalão. Seniores, Juniores, Juvenis, Iniciados, Infantis Sub 13, Benjamins, Escolas e Escolinhas. Mais de uma centena de jovens a praticar futebol, o chamado desporto rei. Esta é, aliás na minha opinião, uma época histórica, independentemente dos resultados que se venham a obter dentro dos rectângulos de jogo. Porquê? Porque ao fim de 2 épocas sem equipa sénior, um dos maiores e históricos clubes do nosso Concelho e até do nosso Distrito, vai regressar pela porta grande!

Mesmo que não fizesse parte da estrutura directiva do clube, a minha opinião seria, como o foi sempre, esta. O Clube precisa, pois o que acontece aos inúmeros jovens saídos das camadas jovens? E que bem se tem trabalhado há mais de uma década para cá pelo menos. Foram e continuariam a deixar pura e simplesmente de jogar (a maioria). Precisa o clube, a freguesia e até algumas freguesias vizinhas, de voltar a ter jogos de futebol ao Domingo à tarde. Com a forte emigração que o país tem e com o agudizar da crise, o que é que quem por cá vai ficando, faz nas tardes de Domingo ou de Sábado? Não tenho qualquer dúvida, que o nosso Campo da Portela, vai voltar a ter grande animação nos dias em que houver jogos da equipa sénior. Infelizmente, muitos são aqueles que com este interregno de 2 anos, dizem erradamente que a UDS, acabou. Nunca, pois teve nas

Virgílio Gordo

entre as 9000 mulheres participantes, sendo a primeira portuguesa a cortar a meta, com o tempo de 3 h e 05 min. Não sendo federada, conseguiu inscrever-se através de uma Associação que ajuda crianças com Cancro, a “Children With Cancer UK”. Correndo no escalão de simpatizantes, conseguiu ainda alguns donativos de apoiantes, no valor aproximado de 1500 €. Ela própria, doou 10€ por cada minuto a menos, relativamente ao tempo que tinha em mente, que era de 3 h e 10 min. Não só um excelente desempenho desportivo, como um grande exemplo em termos

Coordenador da Formação: Pedro Santarém FUTEBOL DE 11 SENIORES

tais 2 épocas equipas em quase todos os escalões de formação, movimentando cerca de uma centena de jovens e crianças. Conquistando inclusive, uma taça distrital e uma ou duas subidas de divisão, se a memória me não atraiçoa. Isto foi acabar?! Daqui a importância que o futebol sénior tem, sempre teve e vai continuar a ter, quer no clube, quer na freguesia! Por isso, por gostarmos de futebol e do clube em particular, vamos todos apoiar este “Histórico Regresso”!

Campeonato Distrital da 1ª Divisão – Série D Equipa Técnica: Carlos Gonçalves (Cajó), treinador principal; Diogo Camponês e Tiago Vareta (Treinador de guarda-redes).

JUNIORES Campeonato Distrital da 1ª Divisão – Série B Equipa Técnica: Joel Vieira,

treinador principal e Pedro Silva.

BENJAMINS Equipa Técnica: Ismael Ribeiro e Diogo Baptista.

JUVENIS Campeonato Distrital – Divisão de Honra Equipa Técnica: Vitor Rodrigues, treinador principal e Dário Mariano.

INICIADOS Campeonato Distrital da 1ª Divisão Equipa Técnica: Diogo Camponês e José Pedro.

FUTEBOL DE FORMAÇÃO – FUT. DE 7 INFANTIS SUB 13 / Sub 12 Equipa Técnica: Pedro Santarém e Pedro Marcelino.

TRAQUINAS Equipa Técnica: Pedro Silva e Tiago Pereira.

FUTSAL Masculino Director Desportivo: Fernando Trezentos. Equipa Técnica: Jorge Alexandre Branco (Xana) e Pedro Silva (Parracha). Feminino Responsável Desportiva: Marisa Oliveira (provisoriamente). Equipa Técnica: Sónia Santos e Bruno Mendes, adjunto.

Resultados e classificações FUTEBOL DE 11 SENIORES Campeonato Distrital da 1ª Divisão – Série D

de solidariedade e com grande sentido de humanismo.

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A estrutura desportiva da U. da Serra para 2013 / 2014 Director Futebol: Humberto Gordo

Outros (as) Santacatarinenses, em Destaque Começando pelo Ciclismo, o Américo e sua filha Célia Vieira, os irmãos Augusto e Fernando Gonçalves, continuam a levar o nome da freguesia bem longe. Quer com participações em várias provas, quer com alguns títulos regionais. No Atletismo, a Ana Oliveira continua a pedir meças a quem quer que seja nas provas em que participa. Também a Cristina Vieira, de 43 anos, natural do lugar do Ulmeiro, mas a residir em Zurique Suíça, participou numa das mais famosas maratonas do mundo, a “Maratona de Berlim”, onde se classificou em 74º lugar,

LUZ DA SERRA

-- desporto --

1ª Jornada: Mirense, 0 – UDS, 4. No regresso de dois históricos do futebol do nosso distrito, a jovem equipa unionista foi em tudo superior á também muito jovem equipa de Mira D’ Aire. Deixo apenas, a constituição do primeiro 11 e dos que entraram no decorrer da partida. Jason; Delgado, Tateus, Diogão e Ismael (Ismael, 68’); Matic, Marcelino e Dário Mariano; Fábio Ribeiro, Diogo Vieira (Marcão, 76’) e Micael Mendes (Pedro Nuno, 61’). Pré-eliminatória Taça Distrital, dia 13: UDS – Atouguiense. 2ª Jornada do campeonato, dia 20: UDS – Maceirinha. 3ª Jornada, dia 27: Boavista – UDS. 4ª Jornada, dia 3 Nov.: UDS – Vidreiros. JUNIORES Campeonato Distrital da 1ª Divisão – Série B 1ª Jornada, dia 19: Pilado Escoura – UDS. 2ª Jornada, dia 26: UDS – Peso.

JUVENIS Campeonato Distrital – Divisão de Honra

Sextas-feiras à noite pelas 21 h 30.

FEMININO 1ª Jornada, dia 12, Vieirense – UDS. 2ª Jornada, dia 19: UDS – Lisboa e Marinha A. 3ª Jornada, dia 26: Marrazes – UDS. INICIADOS Campeonato Distrital da 1ª Divisão – Série C 1ª Jornada, dia 27: GRAP A – UDS. Quanto á primeira eliminatória da Taça Distrital nestes 3 escalões, o sorteio da mesma foi no passado dia 7 e os jogos serão no dia 2 do próximo mês de Novembro.

FUTSAL MASCULINO Campeonato Distrital da 1ª Divisão – Série C 1ª Jornada: Juncalense, 3 – UDS, 0. 2ª Jornada, dia 11: UDS – GRAP. 3ª Jornada, dia 18: UDS, folga. 4ª Jornada, dia 25: Mirense – UDS. De salientar, que a UDS, disputa os seus jogos em casa às

Campeonato Distrital 1ª Divisão – Série C 1ª Jornada: UDS, 0 – Portomosense, 27. Uma estreia absoluta, em termos de jogadoras e respectiva experiência, perante um adversário que já há 7 anos tem equipas de Futsal e para lá da lesão de uma das melhores jogadoras e com a adaptação da Guarda-redes, era difícil esperar melhor. 2ª Jornada, dia 12: UDS, folga. 3ª Jornada, dia 19: Vidais – UDS. 4ª Jornada, dia 26: UDS – Alvorninha. Pré - eliminatória da Taça Distrital: UDS, ficou Isenta.


LUZ DA SERRA

Demarcação dos adros de Santa Quitéria (1901) e São Guilherme (1913) A capela de Santa Quitéria, em Chainça, foi edificada com os dinheiros da Confraria do mesmo nome no atual sítio do Outeiro, em 1862-64. Até à edificação desta, no tempo do capelão António Pereira de Oliveira, natural de Loureira, existia, num outro local, uma de invocação de Santa Teresa (documentada em 1721). O adro do novo templo só viria a ser demarcado em 1901, conforme ata de 11 de maio: «Aos onze dias do mez de Maio do anno do nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo, de mil novecentos e um, reunindo a Junta de Parochia da freguesia de Santa Catharina da Serra, concelho de Leiria, em sua sessão extraordinaria, depois de lida e aprovada a acta anterior, pelo presidente da mesma Junta foi dito que tendo-se acabado de proceder à demar[ca]ção do terre[fl. 41]no pertencente a capella da Chainça – em volta da mesma capella – estava pre[sen]te elle Francisco da Gama Reis, presidente e os vogaes Julio Vieira da Silva, Manuel das Neves, faltando os outros por motivo justificado – e testemunhas presenciaes – Jose Ferreira Fartaria, regedor desta freguesia, casado, residente no lugar da Loureira, Manuel de Souza Andrade, professor official desta freguesia, cazado, residente em Santa Catharina, Jose Justino, cazado, proprietario, residente no logar da Chainça e Jose Narcizo, solteiro, lavrador, residente no referido logar da Chainça, todos de maior idade e desta freguesia, apresentava a apreciação de todos o resultado da marcação que é a seguinte: do marco numero um, que esta do lado do Poente, da mesma capella, junto da serventia publica que passa

OUTUBRO

-- histórias da História --

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por detras da mesma capella e que lhe pertence, embora esteja fora da marcação ao marco numero dois que fica do lado do Norte da mesma capella e em linha recta do marco numero 1 ha 23 metros e 60 centimetros; do marco numero dois ao marco numero 3 vão 19 metros e trinta centimetros; do marco numero 3 ao numero 4 vão vinte e seis metros e setenta e seis centimetros; do marco numero 4 ao numero cinco, vão quarenta e um metros e vinte centimetros; do marco numero cinco, vão ao numero seis, vão vinte e seis metros e quarenta e cinco centimetros; do marco numero 6 ao numero um, vão desoito metros. E como não houvesse reclamação alguma contra a referida demarcação mandou lavrar a presente acta para os devidos effeitos presentes e futuros. Foi lida e conferida perante os vogais e testemunhas acima mencionados, os quaes achando-a conforme todos assignam. E como não houvesse mais de que tractar o pres[id]ente levantou a sessão. Eu Padre Miguel Jorge servindo de secretario, lavrei a presente acta que subscrevo em os vogaes e testemunhas. Caza das sessões da Junta de Parochia de Santa Catharina da Serra, 11 de Maio de 1901. O Presidente (assinatura): Francisco da Gama Reis. O vogal (assinatura): Julio Vieira da Silva. O vogal (assinatura): Manoel das Neves. [Testemunhas] (assinaturas): Jose Ferreira Fartaria. Manuel de Souza Andrade. Jose Justino. Jose Narcizo. O secretario (assinatura): Miguel Jorge». A ermida de São Guilherme, no sítio da Rebelvia, limite de Pedrome, foi demolida e

feita outra, a expensas de José Antunes das Neves, sangrador de Siróis (Cova da Moura), em um olival que possuía em Magueigia, constante de inventário datado da década de 80 da centúria de Oitocentos. A construção do novo templo ocorreu em 1892-96. O adro viria a ser delimitado em 1913, durante a presidência de José Francisco Alves. No dia 5 de outubro do ano 3 da República, deliberou-se que a demarcação do espaço em torno do templo seria efetuada a 19 do mesmo mês, pelo que era fundamental o contato e a presença dos proprietários confinantes, como, de facto veio a suceder. Eis o diploma: «No dia desenove d' Outubro de mil novecentos e treze reuniu em sessão ordinaria a Junta de Parochia de Santa Catharina, lida e assignada a acta da sessão anterior, resolveu-se dar cumprimento a deliberação da sessão anterior que era demarcar o terreno da capella de São Guilherme, em acto continuo dirigiram-se todos para [o] aludido local onde ja se encontravam os proprietarios confinantes, procedeu-se a demarcação do dicto ter[re]no da forma seguinte: o actual terreno da capella ficou quase em forma de um triangulo, ficando em cada vertice dois marcos, ficando todos no seu devido logar excepto do lado Nascente ou por [fl. 26] detraz da capella, que a demarcação fica sendo feita pelas actuaes paredes. Os proprietarios confinantes obrigaram-se a dar as serventias publicas por fora dos marcos, excepto do lado onde os marcos não ficaram nos seus devidos logares. Como nada mais houvesse a tractar o presidente declarou encerrada a sessão e

2013

Publique gratuitamente neste Jornal e na Internet “ Procura de Emprego” “ Oferta de Emprego” www.santacatarinadaserra.com Vasco Jorge Rosa da Silva Paleógrafo e Epigrafista Leiria - Ourém

mandou lavrar esta acta que depois de lida vai ser assignada por todos. Presidente (assinatura): Jose Francisco Alves. Vice-presidente (assinatura): Manoel Pereira das Neves. Vogal (assinatura): Luis Marques. Vogal (assinatura): Jose Justino Gonçalves. Secretario (assinatura): Manoel Pereira». Apesar de retificações posteriores, as demarcações hodiernas dos adros das capelas de Chainça e Magueigia correspondem, no geral, às que se fizeram em 1901 e 1913, respetivamente.

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OUTUBRO 2013

LUZ DA SERRA

-- sociedade --

Foto Memórias Desde Janeiro de 2011 que vimos publicando, todos os meses, fotografias que marcaram gerações e épocas da Freguesia de Santa Catarina da Serra.

Futebol

Foto da Equipa infantil da Ass. Desenvolvimento Social da Loureira num torneio em Rio Seco (Torre - Reguengo Fetal). A equipa manteve-se nos anos de 1994 a 1996. Foto cedida por Virgílio Gordo.

Arquivo Histórico Tem fotos ou vídeos sobre a Freguesia de Santa Catarina da Serra? Eventos de Associações, fotografias de locais ou pessoas de referência? A ForSerra está a reunir e a catalogar fotografias sobre o passado da Freguesia de Santa Catarina da Serra. Não ficamos com qualquer suporte (fotografia ou video ). Copiamos o seu registo para formato digital sem estragar o original. Contacte-nos e ajude-nos: www.forserra.pt - (00351) 917 480 995 forserra@santacatarinadaserra.com - Estamos disponíveis para nos deslocar a qualquer local para efectuar recolhas.

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Grupo de Jovens Em 2011, após celebrarem o crisma e a pedido do Padre Mário, alguns jovens nascidos em 1994 fizeram várias reuniões com o objectivo de fazer renascer o grupo de jovens de Santa Catarina da Serra. Destas surgiram os "Jovens em Construção II". Com a celebração do Crisma dos anos seguintes mais jovens mostraram interesse em aderir ao grupo e este cresceu rapidamente. Com os objectivos de ajudar e trabalhar para a comunidade foram várias as iniciativas que estes jovens realizaram durante dois anos, culminando no retiro espiritual em Taizé onde cerca de 50 jovens da nossa paróquia participaram. Este grupo pretende ir mais longe continuando a servir a paróquia e acolher novos membros. JCII na Igreja e na comunidade Das várias actividades levadas a cabo pelo JCII, algumas destacam-se pelo seu carácter sócio-caritativo que visam contribuir pelo bem da comunidade. Entre as actividades desenvolvidas destacam-se os Ephetas, as missas, a recolha de alimentos (cerca de 470 kg de alimentos), as via-sacras personalizadas e as peças de teatro desenvolvidas para a catequese e missas festivas. O nosso grupo tem também um conjunto de actividades que visam, através do trabalho dos nossos membros, angariar fundos para as nossas actividades e empreendimentos, como foi a nossa ida a Taizé. Destacam-se a venda de filhós à porta das Igrejas da nossa comunidade, a realização de um convívio para unir a população e celebrar o Carnaval, cumprir a tradição de "ir ao bolinho", de promover o desporto (torneio de futsal no qual participaram cerca 140 jogadores) entre

outras actividades que envolvem e promovem a colaboração de todos para todos. Taizé em Santa Catarina Deus quer, o homem sonha e a obra nasce. A velha frase que sempre que se erga uma nova obra para a nossa comunidade se utiliza. E neste caso foi o que realmente aconteceu. Após o nosso retiro espiritual em Agosto nasceu a ideia de trazer Taizé para Santa Catarina. Pegámos na ideia do Padre Mário em fazer uma sala fixa para os retiros e ephetas e da velha casa do leite fizemos nascer Taizé. A casa será aberta todos os sábados para quem quiser reflectir e meditar na simplicidade da sala. Uma vez por mês será realizado um epheta aberto a toda a comunidade. Reflectindo sentados no chão, com uma luz fraca ao som de vários cânticos de Taizé, a comunidade pode se unir na simplicidade que o senhor nos ensinou. A realização da obra Com o nosso trabalho e com a ajuda de alguns pais e pessoas da comunidade, em um mês a obra ficou pronta. Da velha sala da casa do leite, antiga sede dos escuteiros, colocamos tecto falso, pintamos as paredes, envernizamos madeiras, colocamos carpete no chão e fizemos

um armário onde guardamos as nossas coisas. Tudo isto não seria possível sem a ajuda da nossa comunidade que durante 2 anos nos tem ajudado nas nossas angariações de fundos.

Agradecer: Mindica, Mila, Cláudia e ISabel - Tecidos, mão de obra e cortinas Papelaria Bemposta e Manuel Costa e Silva - Materiais Ilídio Gonçalves - Armário Pedro Fernandes - Tecto e Janelas Carlos Vieira - Pintura David - Electricidade Junta de Freguesia - Carrinha Igreja - Decoração Armindo (Loureira) - Carpete

Tendo como padroeiro e exemplo, São Francisco de Assis, nós nunca desistiremos dos nossos objectivos. Que por mais que nos cortem as pernas nós alcançaremos um bom futuro, no nosso país e principalmente na nossa comunidade de Santa Catarina, onde somos gente de fé e de valores. Paz e Bem Grupo de jovens

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LUZ DA SERRA

OUTUBRO

-- entrevista --

última

2013

Entrevista a Virgílio Gordo Virgílio Gordo, presidente da Associação dos Amigos dos Bombeiros Voluntários do Sul do Concelho de Leiria. No seu último mandato à frente da Associação, fomos tentar ver esclarecidas algumas questões sobre uma informação vinculada por vários órgãos de comunicação da região nas semanas que antecederam as eleições autárquicas.

Depois de alguns jornais da região, como o Diário e Região de Leiria, terem publicado uma notícia acerca da questão levada à Assembleia Municipal, pelos presidentes de Junta de Santa Catarina, Caranguejeira e Chainça, acerca do Arrabal ainda não ter pago o seu compromisso para com a Associação dos Amigos da Secção de Bombeiros do Sul do Concelho de Leiria, o que é que tem a dizer como presidente da direção da dita Associação? Primeiro, dizer que essa foi uma questão da qual não tive conhecimento antecipadamente. Segundo, dizer que esta direção e eu próprio, temos feito ao longo dos últimos 5 anos, com especial incidência neste último mandato e em particular nos últimos 6 meses, diversas diligências,

quer junto da Junta de Freguesia do Arrabal, quer do seu presidente, Sr. Arlindo Pereira e até em 2 Assembleias daquela freguesia, tudo quanto estava ao nosso alcance para que a Junta e o seu presidente em particular, modificassem a forma de pagamento à Associação do compromisso assumido e assinado de livre vontade. Com a saída do atual presidente da junta do Arrabal e respectiva mudança no próximo mandato, para uma Junta de freguesia que vai ser liderada pelo PS, o que acha que poderá mudar? Primeiro, na minha opinião, poderá mudar a forma de gestão do processo entre a associação e o novo executivo daquela Junta de Freguesia. Acho que o Sr. Arlindo Pereira, antigo presidente da Junta de Fregue-

sia do Arrabal, poderia e deveria ter tido uma postura diferente em relação a todo este processo considerando que, uma vez que houve um compromisso assumido e assinado por todos os presidentes de junta aquando da acta que temos para o efeito, comprometendo todas as entidades nele envolvidas. Segundo, tudo fizemos e eu próprio o fiz, com grande sentido de cidadania, afastar o máximo as questões políticas e ou pessoais desta situação. O exemplo mais flagrante foi o de não me envolver na recente campanha eleitoral e, podem crer que fui altamente pressionado das mais variadas formas para o fazer. Para finalizar, pode divulgar as verbas envolvidas até a esta altura e o que pretendem fazer para solucionar esta questão?

Primeiro, dizer que a primeira coisa que pretendemos fazer quando as diversas recém eleitas juntas de freguesia tomarem posse, reuniremos com cada uma em particular e depois com todas em conjunto. Só o não faremos, se houver por parte de alguém a vontade de não participar. O que pessoalmente, não acredito. Segundo, dizer que relativamente à verba em questão, estão ainda envolvidos 31.000 € (Trinta e um mil euros), pois ao longo destes 5 anos a junta do Arrabal, já entregou à associação 6500€ (seis mil e quinhentos euros) dos 37500€ então assumidos. As juntas de freguesia da Chainça e de Santa Catarina da Serra já pagaram o total das respectivas verbas. Uma palavra de apreço para estas duas juntas e aos seus presidentes em particular, que fizeram questão de

pagar ainda antes do final do prazo que tinham para o fazerem. Também uma palavra de solidariedade para a Junta de Freguesia da Caranguejeira e para o seu presidente, que continua a cumprir escrupulosamente com o que foi assumido há 5 anos, pelo então presidente da Junta, o nosso malogrado e saudoso Sr. Adriano Francisco. Quem quiser mais esclarecimentos, estaremos, e eu em

particular, disponíveis, para os prestar principalmente na próxima Assembleia-geral a realizar no próximo mês de Novembro, aquando da apresentação do mapa de atividades e do orçamento para o próximo ano de 2014.

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