Jornal Luz da Serra - Nov13

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MENSÁRIO DE SANTA CATARINA DA SERRA - NOVEMBRO 2013 - 1€ PREÇO DE CAPA

continua na Pág. 3

Pensamento do mês Não acrescente dias à sua vida, mas vida aos seus dias. (Harry Benjamin)

Executivo da nova Junta de Freguesia tomou posse

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Crianças do 1º ciclo renovam pintura da escola na Loureira Pág. 12

CAASCS prepara evento nacional de clássicos

Miguel Marques - Arquivo

O Vaticano II apresenta a Igreja como "Povo de Deus", assembleia dos chamados, dos convocados. A ideia Povo de Deus recorda que a Igreja é uma realidade histórica, fruto da livre iniciativa de Deus e da livre resposta dos seres humanos. Essa expressão indica a Igreja na sua totalidade, ou seja, naquilo que é comum a todos os seus membros. Pela graça do Batismo nos tornamos filhos e filhas de Deus, membros da comunidade de fé, Igreja. O Batismo é, portanto, uma verdadeira vocação: a vocação de ser cristão, Isto é, ser cristão é ser seguidor de Jesus Cristo. "Não há, pois, em Cristo e na Igreja, nenhuma desigualdade em vista de raça ou nação, condição social ou sexo (...) porque todos vós sois um em Cristo Jesus". (Gl 3,28). Faz parte desta condição comum - dado pela fé, esperança e caridade e pelos sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Eucaristia a participação de todo o Povo de Deus nas funções profética, sacerdotal e real de Cristo (cf. n° 71). A noção de Povo de Deus exprime então a profunda unidade, a comum dignidade e a fundamental habilitação de todos os membros da Igreja à participação carismática e ministerial. Esta é a condição cristã que é comum a todos os membros da Igreja.

Miguel Marques

Vocação da Igreja

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O Chícharo está de volta a Santa Catarina da Pág. 7 Serra

As vantagens de sócio da Ass. de Bombeiros Pág.10 pub


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NOVEMBRO

-- família paroquial --

2013

Agradecimento

20/10 – José Pedro Cordeiro Bernardino, filho de Bruno Miguel Oliveira Bernardino e de Ana Catarina Jorge Cordeiro, da Pinheiria. Foram padrinhos: André Bernardino Rodrigues e Ana Isabel Verdasca Jorge. 20/10 – Rute Oliveira Carreira, filha de Ricardo Manuel Jesus Carreira e de Raquel Sofia Oliveira Ferreira dos canais, Caranguejeira. Foram padrinhos: Óscar Miguel Pereira Carreira e Catarina Alexandra Dias Martins. 3/11 – Lucas António Pimenta, filho de Francisco Manuel Pires Pimenta e de Esmeraldina Oliveira António, da Loureira. Foram padrinhos: Valério de Oliveira António e Catarina Isabel Pires Pimenta

5/10 – Márcio Filipe Estrela Vieira, da Pinheiria, e Cláudia Pereira Vieira, da Cova Alta. Foram padrinhos: António José e José Gonçalves; madrinhas: Sandra Cristina Oliveira Filipe e Vera Mónica Francisco Oliveira 12/10 – Ricardo Filipe Baptista Pereira, de Gondemaria, Ourém, e Patrícia Alexandra da Silva Gameiro, da Magueigia, Santa Catarina da Serra. Foram padrinhos: Hélder Miguel Baptista Pereira e Cândido Jorge de Sousa Baptista; madrinhas: Marta Filipe Ferreira da Silva e Cláudia da Silva Correia Felizardo 19/10 – Paulo Jorge Gomes Dinis, de São Vicente, Guarda, e Fabiana Amaral das Neves, de Marrazes, Leiria. Foram padrinhos: Sílvio Pereira Dinis e Renato Amaral Barroso; madrinhas: Joana Isabel Silva e Maria Fernanda Gonçalves Dinis 26 / 10 – Hernâni Bento dos Santos, da Bemposta, e Andreia Miguel Dias Oliveira, do Sobral. Foram padrinhos: Carlos Manuel Ribeiro de Oliveira e António de Oliveira Ferreira; madrinhas: Maria do Céu Bento Santos Pereira e Ana Cristina Raposo e Alvim

10/10 - José de Oliveira Domingos, viúvo de Nicole Lucie Paule Viaux , de Santa Catarina, deixou este mundo aos 73 anos de idade. 19/10 – Joaquim Rodrigues Vicente, viúvo de Maria Cristina Santos, da Loureira, partiu para o céu na bonita idade de 89 anos 24/10 – Rosária de Jesus Pereira, viúva de José Soares, do Sobral, adormeceu no Senhor no entardecer dos seus 90 anos de idade 29/10 – José Carreira da Costa, casado com Maria Trindade Rodrigues, do Vale Sumo, partiou para Deus aos 82 anos de idade

Rosária de Jesus Pereira N. 08/04/1923 F. 24/10/2013 Sobral Óh mãe querida, Quis Deus levar-te para o céu nesta bonita idade dos teus 90 anos. E assim te encontras junto do nosso pai e irmão que tão cedo Deus levou! Uma imensa saudade, um amor eterno em nós, ficou. Nesta longa vida, tão grandes sofrimentos passastes, pois apenas com 34 anos de idade viuvastes e logo em seguida, sem teu filho de tenra idade ficastes. Teu amor de mãe, pelos teus 7 filhos, foi tão grande que nunca desanimastes e para que o pão de cada dia lhes não faltasse, com as tuas mãos, muito trabalhastes. Teus filhos, teus 15 netos, 9 bisnetos, genros e noras muito te agradecem. Para sempre fica nos nossos corações a imagem viva e sorridente de teu lindo rosto.

Vítima de doença prolongada, faleceu no passado dia 1 (Dia de todos os Santos), no Hospital de Santa Maria em Lisboa uma Santacatarinense, natural de Sirois, assinante da Luz da Serra, apesar de residir nos Canais lugar da vizinha freguesia da Caranguejeira. Antes da sua família mais chegada, Marido, Filha de apenas 12 anos, Pai, Irmãos, Sogra, Cunhados e Sobrinhos (as) lhe prestarem a última homenagem através dos 2 poemas publicados no final, dizer que a palavra que a jovem Ana Cristina (apenas 40 anos), mais utilizava no seu dia-adia: OBRIGADO! Essa seria com certeza a palavra que utilizaria, para agradecer á enorme multidão que participou nas cerimónias fúnebres e no acompanhamento para o cemitério da Caranguejeira, no passado Domingo dia 3.

Tua querida filha Rosa Agradecemos o teu carinho, Agradecemos a tua amizade, Agradecemos a tua inteligência e a tua bondade. Obrigado por seres tão especial!

Aos familiares destes irmãos apresentamos sentidas condolências e deixamos a oração da esperança.

O tempo passa a voar e tu, Como um pássaro que deixa o ninho, Levantaste voo em busca do teu caminho. Voa e sê feliz, como nos fizeste a todos nós! A Família

Famosa converte-se ao catolicismo A conversão de Laura Keynes não dirá grande coisa aos nossos leitores. Todos os dias há gente que se converte. Mas a sua conversão ganha relevo porque ela é descendente de pessoas famosas pelo seu ateísmo e dedicação à ciência. Ela é descendente de dois gigantes do pensamento mundial moderno: o famoso economista John Maynard Keynes e o não menos famoso Darwin. Mas não só por isso. O que chama mais a atenção é que Laura Keynes converteu-se ao catolicismo depois de ter lido o best-seller "Deus, um delírio", do famoso ateu militante Richard Dawkins. Cabe destacar que Laura não tinha nenhuma pré-disposição familiar ou interesse pela religião. Seu pai simplesmente não se interessava pelo tema, bem como seus dois ilustres antepassados. A mãe, nascida no anglicanismo, passou ao catolicismo mas sua convicção era tão fraca que, depois de alguns anos, tornou-se budista (algo também comum entre as famílias de classe alta, na Grã-Bretanha e não só). Esta mulher não apenas se converteu ao catolicismo, mas quase se transformou numa apologista em tempo integral. Ela se uniu, de

DR

20/10 – Alice Gonçalves Baptista, filha de Paulo Nuno Gonçalves Baptista e de Célia Cristina de Jesus Gonçalves da Loureira. Foram padrinhos: Daniel Pereira Ribeiro e Marina Isabel de Jesus Gonçalves

facto, ao projecto Catholic Voices, – Vozes Católicas – iniciativa de divulgação e apologética no mundo anglo-saxónico. Laura Keynes, nascida em Londres, doutorou-se em Filosofia, em 2010, na Oxford. Actualmente, mora em Cambridge, onde escreve para importantes publicações, como Times Literary Supplement, The Observer, Standpoint Magazine. Foi ao ler o citado livro de Richard Dawkins que Laura descobriu que "o 'novo ateísmo' continha sempre uma semente de intolerância e de desprezo pelas pessoas". A partir disso, ela começou uma caminhada espiritual que a levou a valorizar "a santidade e a dignidade da vida humana". E concluiu: "Escolhi livremente ser católica, depois de muitas reflexões e longas análises".

Exemplos de grande honestidade

DR

LUZ DA SERRA

Há dias os meios de comunicação social deram conta de dois exemplos de grande honestidade, que vale a pena todos conhecermos. Em Corunha, Espanha, Manuel Reija, proprietário duma loja de lotarias, encontrou um bilhete premiado que alguém pagou mas deixou ali esquecido. E o prémio é de 4,7 milhões de euros. Pois o homem podia ficar com esse dinheiro mas tem feito tudo para se encontrar o dono. A um jornalista que lhe procurou porque não se calou e ficou com todo esse dinheiro ele respondeu muito simplesmente: "Se fizesse isso nunca mais dormiria descansado! Há uns 15 dias também um sem-abrigo de Boston, nos Estados Unidos, virou notícia por ter encontrado uma mochila cheia de dinheiro e a ter ido entregar ao posto da Polícia. Ao ler tal notícia, Ethan Whi ington, de 27 anos, da cidade de Midlothian, achou que valia a pena premiar quem fez tal acção. E, servindo-se da internet, apelou à sociedade que transferisse dinheiro para uma determinada conta que abriu num banco em favor do sem-abrigo. Segundo Whi ington, ao iniciar a campanha no site gofundme.com ele pensava que conseguiria reunir apenas "algumas centenas de dólares", mas logo no primeiro dia a conta chegou aos 50 mil dólares. Perante isso, ele decidiu aumentar a meta para 250 mil, na esperança de que o valor arrecadado seja o bastante para comprar uma casa nova para James. O sem-abrigo contou a sua história de vida ao Mail Online, revelando que trabalhava como arquivista no sistema judicial de Boston há 13 anos, mas perdeu o emprego e ficou desabrigado após problemas com seu chefe. Ele conta que sofre de uma doença que causa vertigens constantes, e que decidiu morar na rua para não ser um fardo para sua família. Nos primeiros dias a conta chegou aos duzentos mil dólares e agora já deve ter ultrapassado os 250 mil.

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NOVEMBRO

LUZ DA SERRA

-- vida da comunidade --

2013

Editorial

Ano da Fé

Grupo Missionário Ondjoyetu da Diocese de Leiria-Fátima Este grupo existe desde 1999 e, além dos padres Vítor Mira e David Nogueira da Diocese de Leiria-Fátima, há também alguns leigos. “Ondjoyetu”, em Umbundo, dialeto de Angola, significa “A Nossa Casa”. Este nome exprime o desejo de contribuir para a construção de um Mundo que seja a casa comum de toda a humanidade, onde as pessoas se respeitam e aceitam, para além da sua raça e cultura numa atitude de diálogo, e transmissão dos valores evangélicos. Este grupo tem realizado várias ações. Faço aqui referên-

cia a duas ou três. Já promoveu um festival de sopas, no Casal dos Bernardos, com o lema: “ Sopas Missionárias. Pretendeu-se com isso, segundo o padre David Nogueira, que fosse um encontro de testemunho e partilha”. No mês de outubro, mês das Missões, realizou vários eventos: Vigília Missionária Diocesana em Monte Redondo, sessões de sensibilização missionária em catequeses, escolas e outras instituições.

Se queres fazer parte deste grupo, tens: - De ter no mínimo 19 anos de idade - Alguma experiência de voluntariado, mesmo em Portugal - Manifestação de espírito de fé e empenho apostólico - Compromisso em continuar no grupo depois do regresso da missão e abertura para, se possível, voltar mais tarde por um período mais longo - Integração no grupo e procurar, quanto possível, participar nas atividades dinamizadas Neste Ano da Fé, dá-te aos outros. Realiza a tua missão! Fernando Valente

Testemunhos de duas jovens missionárias leigas Ana Sofia Pereira, natural da Barreira, sonhava “partir” em missão, um dia quando fosse grande para ajudar os mais necessitados. Cresceu, formou-se engenheira e cumpriu o sonho de há muitos anos. Pensou: “ Agora, já sou grande, porque não partir em missão? Largou o emprego e rumou ao Sumbe, em Angola como missionária do projeto Ondjoyetu, dando resposta a Deus que a chamava a partir. Dizia ela: “ Dar o que somos é ainda me-

lhor do que dar o que temos”. Lina Teixeira, de Leiria, em julho de 2007 partiu para Angola. Fez parte de uma equipa de seis pessoas. Passaram estes anos desde que partiu pela primeira vez em missão. Sabe que nunca mais será a mesma e que fez algo pelo mundo, tornando-se numa pessoa melhor.

Ainda há milagres!... Floribeth Mora é a prova viva do poder de Deus. Ela vive na Costa Rica e foi curada de uma doença fatal no cérebro ao pedir a intercessão do papa João Paulo II. Esta mulher tem razões de sobra para acreditar em milagres. Ouçamo-la: "Eu perdi os movimentos do lado esquerdo do corpo. Era muito difícil caminhar, andava agarrada às paredes. Em abril de 2011, fui parar à emergência do hospital e os médicos descobriram que eu tinha um aneurisma fusiforme". "É o tipo mais raro que existe e o tratamento é muito com-

plexo", explica o médico Alejandro Vargas Román. E acrescenta: "Na Costa Rica, não há o equipamento cirúrgico necessário para fazer a cirurgia à Floribeth. Ela teria que viajar para outros países. Só que a família não tinha dinheiro nem para a viagem, muito menos para pagar os tratamentos e a estadia num hospital lá fora. O remédio foi voltar para casa e esperar a morte". Mas esta mulher tinha uma coisa boa – a fé. Ela não queria morrer. Tinha apenas 48 anos. Olhou ao seu redor e apoiou-se em duas coisas. Primeiro, o marido, os cinco filhos e os seis netos. Depois,

numa devoção que começou há muito tempo. "Eu tinha 20 anos, quando João Paulo II veio à Costa Rica em 1983. Todos vimos que ele era um homem extraordinário", conta. E no dia 1º de maio de 2011, quando João Paulo II foi beatificado ela pediu para lhe darem uma fotografia dele. "Eu sentia que ele me podia ajudar. Comecei a rezar: ‘João Paulo, você que está tão perto de Deus, escute minhas súplicas, que não quero morrer ainda’. Foi quando ouvi ele dizer: ‘Levanta-te!’ E a voz repetiu: ‘Levanta-te! Não tenhas medo!’", relembra Floribeth.

Floribeth foi ter com o marido à cozinha, agarrada às paredes. Daí para a frente, dia após dia, pouco a pouco, ela foi recuperando os movimentos. Sete meses depois, voltou ao hospital. "Fiquei surpreso. Não consegui achar uma explicação médica. O dano no cérebro tinha desaparecido. Foi realmente um milagre", conta o médico Alejandro Román. Floribeth foi examinada por muitos médicos e todos estavam de acordo: a doença havia desaparecido. E é esta cura inexplicável que vai servir para canonizar João Paulo II.

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Continuação da página 1

Um exemplo ajuda. Não basta ter um carro do último modelo, com as funções mais sofisticadas, se as suas peças não estão colocadas no lugar certo, instaladas e ajustadas devidamente. Com certeza P. Mário de não funcionará. Pode ser Almeida Verdasca um simples fusível, uma válvula, um distribuidor elétrico, um ejetor de combustível... cada peça é importante, imprescindível na sua função. Nenhum deles pode substituir o outro. O carro é as peças no seu lugar. Cada peça no seu lugar é o carro. Assim a Vocação da Igreja acontece na medida que cada membro assume nela e com Ela, a sua vocação. Cada vocação na Igreja transfigura o rosto vocacional da Igreja. Os nossos jovens receberam recentemente o sacramento da confirmação. Completaram assim a sua iniciação cristã, “receberam esse excelente carro, ultimo modelo, topo de gama, com um motor de alta cilindrada e com acessórios para todas as vertentes e serviços” Precisam de o saber usar, e de o usufruir em todas as capacidades que ele oferece e de o pôr ao serviço da comunidade. Os crismados encontram na comunidade o seu lugar como profetas, na catequese e no testemunho cristão que devem oferecer, em nome de Cristo que os marcou com o selo do Espírito; são sacerdotes para se unirem em comunidade e à comunidade celebrando a presença de Deus e os seus louvores, particularmente na Eucaristia: estão revestidos da Caridade de Deus e investidos na missão de a viver nos movimentos e instituições de caridade social e nas relações humanas do dia-a-dia. Aqui está, sem dúvida, a beleza e o encanto de ser um cristão adulto que encontrou o único Caminho possível para a felicidade… Uma história: Alexandre Magno um dia estava a passar em revista as suas tropas. Perto dele estavam os seus oficiais subalternos. Um deles exclamou: "General, veja, aquele soldado, tem o nome de Alexandre, como o senhor!" O general perguntou ao oficial: "Mas ele é corajoso como eu? Luta na guerra com a mesma valentia?" O oficial, respondeu que não. Aí o grande general, olhando para o soldado, exclamou: "Soldado, ou muda de nome ou muda de vida!" Esta história faz-nos pensar no significado do nosso Batismo e do nosso Crisma e nos compromissos que temos como cristãos. É isso que São Paulo quer dizer quando pede que vivamos de acordo com a vocação a que fomos chamados. Ser cristão é ser como Jesus, é viver como ele viveu, é ter as mesmas atitudes que ele teve. São Paulo, na Carta aos Filipenses, ensina-nos melhor o que é ser cristão: "Portanto, se há um conforto em Cristo, uma consolação no amor, se existe uma comunhão de espírito, se existe ternura e compaixão, completem a minha alegria: tenham uma só aspiração, um só amor, uma só alma e um só pensamento. Não façam nada por competição e por desejo de receber elogios, mas por humildade, cada um considerando os outros superiores a si mesmo. Que cada um procure, não o próprio interesse, mas o interesse dos outros. Tende entre vós os mesmos sentimentos que havia em Jesus Cristo." "Rogo-vos pois, eu, que andeis de um modo digno da vocação a que fostes chamados"(Ef 4,1).


LUZ DA SERRA

NOVEMBRO

-- correio do leitor --

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Uma questão de honra…

2013

Muito se falou e algo se fez

Telmo Brás

Maria Primitivo

Caros concidadãos, de Santa Catarina da Serra e Chainça, como por certo muitos de vocês saberão, fui uma das pessoas que apoiou desde o primeiro minuto a Lista do PSD à União das Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça, encabeçada por José Artur Ferreira, tendo sido, inclusivamente, convidado para integrar a respectiva lista, apresentando-me à população enquanto candidato à assembleia de freguesia. Numa situação de normalidade teria tomado posse no passado dia 23 de Outubro, enquanto membro da assembleia de freguesia, da freguesia de Santa Catarina da Serra e Chainça, todavia esta situação de normalidade não se verificou e não o pude fazer. Como aqueles que me conhecem de uma maneira mais pessoal poderão aferir, não sou uma pessoa de me esconder, nem de fugir às responsabilidades, considero-me uma pessoa honrada e de convicções, acredito em projectos e em pessoas (daí o meu apoio a esta candidatura do José Artur e da sua equipa). Por isso mesmo, apesar de envergonhado e revoltado com a situação que vos irei relatar em seguida, julgo-vos, a todos vós, merecedores de uma explicação. No dia 1 de Agosto de 2013, o então candidato José Artur Ferreira apresentou a sua lista na sede do PPD/PSD em Leiria, para que o mandatário eleitoral do concelho de Leiria, pudesse dar entrada do processo no Tribunal de Leiria para que, nos termos do n.º 2 do artigo 25º da Lei orgânica n.º 1/2001 de 14 de Agosto (Lei Eleitoral dos Órgãos das Autarquias Locais), “Nos cinco dias subsequentes o juiz verifica a regularidade do processo, a autenticidade dos documentos que o integram e a elegibilidade dos candidatos”.

Ficha Técnica Jornal Luz da Serra Nº 470 - Novembro de 2013 Ano XXXIX ERC 108932 - Depósito Legal Nº 1679/83

O tribunal no entanto, ao abrigo das circunstâncias previstas no artigo 7.º, n.º1 alínea d), alínea que se refere especificamente ao caso dos funcionários dos órgãos das autarquias locais (situação na qual me encontro, pois trabalho como Gestor do Território, na Câmara Municipal de Constância), da Lei anteriormente referida, pediu que fosse especificada a minha profissão (cargo e local), para aferir da elegibilidade, notificando para o efeito, por escrito, o mandatário eleitoral, dando um prazo de 3 dias para que este prestasse os devidos esclarecimentos. O mandatário, tendo uma atitude que só poderei classificar como de incúria, desleixo, irresponsabilidade e de desrespeito pela lista do PPD/PSD que se candidatava à União das Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça, ignorou o pedido de esclarecimento do tribunal, tendo eu, em consequência disso, sido declarado como inelegível. Este facto, porém, nunca foi comunicado a nenhum elemento da lista do PPD/PSD à União das Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça, tendo sido realizados “flyers”, cartazes e outro material de campanha, auditado pelo partido e pelo mandatário sem que a questão sequer fosse abordada, numa atitude que reforço ser de uma total irresponsabilidade e de desrespeito pela minha pessoa, pela lista do PPD/PSD à assembleia de freguesia e pelos cidadãos da União das Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça. Este problema só foi detetado pelo então candidato já eleito, José Artur Ferreira, no dia 8 de Outubro de 2013, (imagine-se, 2 meses depois da notificação do Tribunal ao mandatário eleitoral) quando este preparava a tomada de posse, consultando

para o efeito as listas com os eleitos apercebendo-se que na mesma não constava o meu nome. Imediatamente este contactou-me e foram encetadas diligências junto do partido PPD/PSD e do mandatário eleitoral, com o objetivo de ser esclarecida toda esta situação. O grau de surpresa, manifestado pelos elementos do partido PPD/PSD e pelo mandatário eleitoral do concelho de Leiria, pelo facto de não ser do nosso conhecimento toda a situação acima descrita, foi algo que só poderei classificar de “aterrador”. Começaram a surgir desculpas em catadupa, e consequentemente fuga às responsabilidades, associadas a tímidos lamentos por toda esta situação. Como poderão perceber, eu, Telmo Alexandre Ferreira Brás, que apoiei e continuarei a apoiar (ainda de que uma forma mais tímida e menos interventiva), uma candidatura baseada na verdade, cujo próprio lema era “Uma Alternativa de Verdade”, que sempre preservei a minha independência e que das características humanas aquela que mais desprezo é a cobardia, não poderia deixar de vir a público manifestar, a título pessoal. o meu lamento e as minhas desculpas por toda esta situação, que irei simpaticamente apenas apelidar de caricata, aproveitando também para agradecer a todos a fantástica receção que tive em todos os lugares aquando da campanha eleitoral. Mais uma vez as minhas desculpas. Bem hajam a todos.

DR

Por Telmo Brás (elemento integrante da candidatura de José Artur à União das Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça)

Está a terminar o ano em que a Igreja nos convocou a meditar sobre o dom da Fé. Convém fazer a nós mesmos a pergunta. Será que deixei desenvolver em mim esta virtude? Utilizei bem os ouvidos como porta de chegada ao coração? Um dia Jesus questionou os discípulos da seguinte maneira. Quando o Filho do Homem voltar, encontrará Fé sobre a terra? (Lc.18-8) Jesus foi neste momento muito interpelativo, quase doloroso, e muito sábio. Não estivesse Ele entre os homens. A Divindade da Sua Mente conhecia a loucura que em todos os tempos atingiria a humanidade, criada para uma felicidade, que não consegue imaginar sem a Fé. Sem esta base forte que esmaga a cabeça enganadora da serpente dos jardins por onde passam e passeiam cobiçosos adoradores da imagem, do ser grandes e importantes. Dos esquecidos do fruto proibido. Dos caídos que somos todos, na ratoeira do pecado, da tentação. Não vou dar uma lição de catequese, repetindo o que tanto se fez durante o ano, mesmo sem desconhecer a desatenção e o maroto do desinteresse, que é muito teimoso e perde sempre. Mas de forma que, diga-se, tem que ser corajosa, sinto dizer o que não é verdadeira fé. Entre nós no nosso dia-adia encontramos tantos e sobretudo tantas conselheiras da Fé. Tão mal se trata. Com a finalidade de consolar as imensas queixas de quem sofre mais, lá vai a receita.

Tenha Fé. Muito bem. E continuamos. Deus tudo pode. Não se aflija. Reze e durma descansada (o) Isto é bonito e não deixa de conter verdade, mas não chega. A Fé não é uma virtude acomodada. Não é uma almofada macia para a cabeça repousar, nem um par de lençóis onde se vai dormir calmamente, enquanto Deus faz o que Lhe peço. Até podia fazer, mas essa não é a vivência da fé que espera de nós. Nenhum dos seus milagres na vida pública se deu sem um esforço quase sobre humano das pessoas interessadas. Desde um paralítico a arrastar-se sobre o chão e a clamar a ajuda para chegar a Jesus, até ao filho da viúva de Naim que não parou, á espera que Jesus entrasse sem o seu esforço. Foi a FÉ da mãe, mas com o seu trabalho. Se tivesse apenas Fé descansasse nela, Jesus não teria entrado. A Fé não é uma virtude passiva. Não é um comprimido de retirar a dor que volta e não cura. É a força dinâmica que nos abre á Vontade de Deus, e se a Sua coincidir com a nossa, for para nosso bem, Ele escuta e realiza. Nunca interessou nem interessará a Deus o sofrimento de ninguém. Por isso a nós pertence tudo fazer para colaborar com verdadeira Fé no seu poder absoluto e sabedoria infinita sempre em nosso favor. Todo o mal existente deriva da condição humana. Em Deus não há culpas, nem para a dor dos inocentes e nos seus desígnios está o Lugar tantas vezes incómodo para a nossa

melhor experiência de Fé. A nossa purificação pessoal e a salvação de todos a quem dá o Seu Amor. Tinha razão S. Paulo quando repetia que fé sem obras era morta. Aliviar os tristes pode ser um exercício de Fé, mas nunca se caia em encharcar ninguém numa fé alienante. Só a verdade liberta a Fé para o cristão é quase igual ao” mexe-te”. Deus espera-te para se servir de ti. Não te negues a essa honra. É um milagre da tua Fé. E nada de vaidade, porque o que se fez de maravilhoso foi feito por Ele. E vamos vendo sinais de fé a despertar. Até entre nós. No passado domingo 27 de Outubro um numeroso número de jovenzinhos fez nesta paróquia sua profissão de Fé. Estive presente e louvei o Senhor pelo modo como a celebração se processou. Muita simplicidade e delicadeza na apresentação de todos, as meninas estavam todas sem exceção bem apresentadas. A simplicidade é o terreno bem preparado para habitação da Fé, e desta vez esteve á altura da sua função. Crescer na simplicidade é exaltar a beleza e estar desperto para o melhor na dificuldade de cada decisão tão séria para cada jovem. Parabéns a quem incentivou e a quem aceitou o incentivo, grande sinal de Fé a despontar num mundo esfomeado desta virtude. Todo o mundo ganha com o bem que cada pessoa ou comunidade exerce. Com ele todos crescem, mesmo que o não vejamos. O contabilista por excelência não perde um cêntimo no tesouro do céu. Com estes serão vencidas e não temidas todas as crises, e a serenidade virá modesta e cheia de alegria ocupar o seu lugar dando a prioridade ao Senhor do destino da obra-prima das Suas Mãos. OS Homens e as Mulheres. Quanto espera destas. Em cada uma deseja ver a imagem de Sua MÂE. MULHER DE FÉ. Queremos melhor? Não há.

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Os textos assinados e publicados no jornal LUZ DA SERRA – que podem ou não traduzir a linha de orientação deste jornal – são da inteira responsabilidade dos seus autores.


NOVEMBRO 2013

Hóstia

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Coisas da nossa terra

José Marques

Por que será que costumamos associar a Eucaristia com a “HÓSTIA”: Fala-se em adorar a hóstia, ajoelhar-se diante da hóstia, levar a hóstia em procissão. É frequente as crianças que frequentam a catequese perguntar: “Quanto tempo falta para eu tomar a hóstia?” Indo atrás da origem da palavra hóstia, descobri que, ´hóstia” vem do latim e é praticamente sinónimo de “vítima “. Ao animal sacrificado em honra dos deuses; à vítima oferecida `divindade, chamava-se “hóstia”. Ao soldado tombado na guerra vítima da agressão inimiga, chamavam de hóstia. Esta palavra está ligada à palavra latina “hostis”, que significa: “o inimigo”. Daí vem a palavra hostil e hostilizar (agredir, provocar, ameaçar). E a vítima fatal de uma agressão, por conseguinte, é uma “hóstia” Então, aconteceu o seguinte: O cristianismo, ao entrar em contacto com a cultura latina, agregou a sua linguagem teológica e litúrgica a palavra “hóstia”, exactamente para “Vitima” fatal da agressão humana: CRISTO. Os cristãos adoptaram a palavra “hóstia” para referirse ao Cordeiro imolado e, ao mesmo tempo ressuscitado, presente no memorial eucarístico. Apalavra “hóstia” passa, pois, a significar a realidade que Cristo mesmo mostrou naquela ceia derradeira: “isto é o meu Corpo entregue…o meu Sangue derramado”. O Pão Consagrado, portanto, é uma “Hóstia, ”aliás, a “Hóstia verdadeira, isto é, o próprio Corpo de Cristo ressuscitado, uma vez mortalmente agredido pela maldade humana, e agora vivo entre nós feito Pão e

LUZ DA SERRA

-- correio do leitor -Domingos Marques Neves Vinho, entregue para ser comida e bebida: Tomai e comei…, tomai e bebei… Infelizmente, com o correr dos tempos, perdeu-se muito este sentido profundamente teológico e espiritual que assumiu a palavra “hóstia” na liturgia e se fixou quase só na materialidade da “partícula circular da massa de pão ázimo que é consagrada na missa”. A tal ponto que acabamos por chamar de “hóstia” às partículas ainda não consagradas! Hoje, quando se fala em “hóstia”, falamos da vítima “pascal”, e pensamos na Morte e Ressurreição de Cristo. É por isso que, após a invocação do Espirito Santo sobre o Pão e o Vinho e a narração da última Ceia do Senhor, na missa, toda a assembleia canta: “Anunciamos, Senhor, a vossa Morte, proclamamos a vossa Ressurreição. “Vinde, Senhor Jesus”. Diante desta “HÓSTIA”, isto é, diante deste mistério, no momento da elevação a assembleia olha-A em profunda contemplação, e se inclina em profunda reverência, assumindo o compromisso de ser também assim: Corpo oferecido “como Hóstia, Viva, Santa, agradável a Deus” (Rm12, 12,1). Adorar a “Hóstia” significa render-se ao seu mistério para vivê-lo no dia-a-dia. E Comungar a “Hóstia” significa assimilar o seu mistério na totalidade para se tornar o que Cristo é: entrega de si ao serviço dos irmãos.

Os rendimentos da ermida da Chainça No lugar e freguesia da Chainça existiu uma ermida da invocação de Santa Teresa que se localizava à porta de José António Jacinto. Era muito pequena. Tinha de comprimento pouco mais de 5 metros e de largura andava por 3 metros, pouco mais ou menos. Deixou de ter interesse no ano de 1863, quando se deu início à nova capela da Invocação de Santa Quitéria Não consegui apurar em que ano teria sido construída, havendo notícias de que no ano de 1711 não existia mas no ano de 1721 tínhamos ermida naquela povoação com 9 vizinhos (36 pessoas). A ermida torna a ser referenciada nas “Memórias da Paróquia” redigidas no ano de 1758 pelo seu Cura Pe. João Pedro que nos diz que a ermida pertence ao povo do dito lugar, com 15 vizinhos (60 pessoas) aproximadamente. O povo daquele lugar era muito pobre, estava longe da sede da freguesia e sem posses para contratar um padre para lhes dar assistência religiosa: ensinar doutrina e dizer missa. O rei D. José, através da Lei 9 de Setembro de 1769 tinha proibido que ” se estabelecessem capelas com dinheiro”, e que este impedimento poderia ser revisto através de um requeri-

mento devidamente fundamentado. (parágrafo 9.º da Lei) Face a esta exigência Real, no ano de 1774 o ” Capitão Simão Pereira e sua mulher Maria Rosa moradores na Chainça, freguesia de Santa Catarina da Serra deste Bispado de Leiria, dirigindo-se ao Desembargador do Paço, requerem que sua Majestade lhes conceda licença para estabelecerem rendimento em dinheiro e juro com que perpetuamente se pague a hum capelão que diga missa e ensine doutrina ao Povo em sua ermida de Santa Teresa, sita em o mesmo lugar, por ser pobre e não ter quem diga missa e o lugar distante da freguesia e com maus caminhos.” O Desembargador do Paço ordenou que o Provedor da Comarca Dr. António Filipe de Bulhões da Cunha fizesse a inquirição e prestasse a sua informação. O Provedor confirmou as declarações dos suplicantes e foi informado que o capitão e a sua mulher já estavam a pagar ao capelão e que inicialmente pagavam só metade e o povo pagava a outra metade mas, reconhecendo que este era extremamente pobre, resolveram suportar o pagamento por inteiro. Diz o Provedor que os suplicantes ofereciam em juros 24$450 rs por escrituras e mais 2$459 rs por dois escritos, somando tudo 26$900 rs. Além disso ofereciam foros, a dinheiro, 4$700 rs e foros a géneros de 30 alqueires de

trigo e 4 galinhas e que nos termos das lei de 9 de Setembro de 1769 (parágrafo 9.º) era permitido estabelecer capelas até à quantia de seiscentos mil reis de capital a juros como os suplicantes propunham. Quanto aos foros, ainda que pagos a dinheiro, na sua opinião não eram de admitir, por isso ser contrário à lei. Do respetivo processo constam vários despachos, mas de nenhum se conclui que tivesse sido passado provisão no sentido de satisfazer a pretensão dos suplicantes. (Nota: Consulta feita no Arquivo Distrital de Leiria no maço de apontamentos anotados por João Madeira Martins e publicado no jornal O Mensageiro n.º 3587 de 16.10.1986). Sendo assim a ermida não foi construída pelos Jesuítas (abades), como se diz, pois estes foram expulsos de Portugal, pela primeira vez, por decreto de 3 de Setembro de 1759 e a ermida já existia, mas não restam dúvidas que os abades estiveram na Chainça, cultivaram várias terras, abriram poços e alguns ali morreram, como nos contava o Sr. Inácio António Marques. No manuscrito “Caderno de Alembranças de Várias Coisas Acontecidas na Chainça” que me foi emprestado pelo enfermeiro Sr. Francisco Rito no ano de 1994 pode ler-se, entre outras coisas que no ano de 1863 a dita “capelinha não (tinha) rendimentos nenhuns só tinha em di-

nheiro mil e oitocentos reis. Para esta capela (a capela de Santa Quitéria) se mudar para aqui foi necessário o povo andar de graça, mas parece que todos andavam de gosto para que dentro de dezoito meses estivesse pronta e que se dissesse missa nela, que foi no ano de mil oitocentos e sessenta e quatro”. Era então Juiz da nova capela e responsável direto pela Irmandade de Santa Quitéria da Chainça Sr. Narciso e tinha como colaboradores o Reverendo P.e António Pereira de Oliveira, da Loureira, Manuel Francisco Barbeiro, António Vieira Alfaiate, António de Oliveira Covinha e Manuel Gonçalves Rafael. “A Irmandade de Santa Quitéria teve o seu início no ano de 1862 e no ano de 1865 já tinha três moios de alqueires de milho, fora as esmolas que davam de fora parte. Nestes mesmos anos de mil oitocentos e sessenta e três e sessenta e quatro se fez uma capela à mesma Senhora no lugar da Chainça onde se empregaram todas as esmolas desta Irmandade”. Fico com a curiosidade em saber quem era o capitão Simão Pereira e mulher Maria Rosa. Certamente que esta Diocese de Leiria/Fátima tem essa informação, mas não deixa de ser um tema interessante para os historiadores das COISAS da nossa terra.

Quer expressar a sua opinião neste espaço? Envie-nos a o seu comentário até ao final de cada mês por email: luzdaserra@santacatarinadaserra.com Nota: Os textos deverão ter no máx. 2000 caracteres e deverão chegar à redacção devidamente identificados com nome, morada e contacto do autor, mesmo que a publicação se pretenda anónima. pub


LUZ DA SERRA

Clube de Automóveis Antigos de Santa Catarina da Serra

clássicos. É já no dia 26 de Abril de 2014 que Fátima irá ser palco de um encontro nacional de automóveis clássicos onde, por estes dias, a região receberá várias centenas de automóveis antigos vindos de norte a sul do país. Fátima estará em destaque, a nível nacional. A organização pretende, com este evento, que Fátima seja o ponto de encontro de clubes e grupos de amigos que partilham a mesma paixão, automóveis clássicos. Este será um dia em que todos os caminhos têm como destino a cidade de Fátima, proporcionando assim um dia de confraternização e cor por todos aqueles que partilham este “vício”. Será uma oportunidade para os clubes inserirem no seu calendário anual de eventos e atividades, esta iniciativa em que, todos juntos iremos partilhar experiências e conhecimentos.

No evento estão previstas algumas atividades culturais, musicais e de promoção à região. O programa incluirá também a bênção de todos os automóveis presentes. Este é um evento que conta com a parceria do Clube Português de Automóveis Antigos na sua organização e divulgação. Todas as inscrições serão via online e, para mais informações, os interessados poderão consultar o site do clube na internet em www.caascs.com ou contactar diretamente a organização pelo contacto 917480995. Este evento tem o apoio de algumas das instituições de Fátima e Ourém e, ainda uma vertente solidária, em que o proveito será a favor do CRIF, Centro de Reabilitação e Integração de Fátima. Prepare o seu clássico para este evento, e venha a Fátima! Direcção CAASCS

Susana Ferreira

Cumpriu-se a tradição

DR

Nós, jovens de 1958/68/78 e 88 escrevemos este pequeno texto para agradecer a toda a comunidade a sua participação ativa na celebração da Festa de São Guilherme e São Silvestre que decorreu nos passados dias 07,08 e 09 de Setembro. Mais um ano passou e não poderíamos deixar de celebrar esta data, celebrar este evento propício a mais um convívio desenrolado entre todos nós, evento que nos reuniu na concretização de um objetivo comum e nos proporcionou bons momentos de companheirismo. Embora houvesse

algum trabalho a ser desempenhado, nada fez frente a estes jovens que, de uma ou outra maneira, se foram desenrascando acabando por

atingir os objetivos a que se propuseram. Esperamos que toda a comunidade tenha gostado tal como nós. "

Uma espécie de dia dos estortiguenses…

Lucas Gonçalves

Desde 1917 que Fátima é sinónimo de paz, calma e natureza, mas também de encontros. É com este sentimento que o Clube de Automóveis Antigos de Santa Catarina da Serra (CAASCS) se prepara para trazer a esta cidade, conhecida mundialmente pelas aparições marianas, um encontro nacional de automóveis clássicos. Fátima ficou conhecida por todo o mundo após as aparições aos três pastorinhos (Lúcia, e os seus primos Francisco Marto e Jacinta Marto), no dia 13 de Maio e 13 de Outubro de 1917, em Cova da Iria. Considerada o Altar do Mundo, Fátima recebe anualmente a visita de mais de cinco milhões de turistas provenientes do mundo inteiro. Motivados pela paixão por veículos clássicos, misturada com o gosto pelo passeio e pela aventura, tudo aliado a um forte espírito de companheirismo que já há muito existia, foram os ingredientes que rapidamente deram corpo a uma ideia antiga. Sob o lema “desfrutar o presente, ao volante do passado” foi criado o CAASCS no dia 7 de Abril de 2003, situado na dinâmica Vila de Santa Catarina da Serra, no concelho de Leiria e a 5km de Fátima. Desde então, contam com mais de uma centena de associados e mais de 40 eventos organizados. Após inúmeros eventos de sucesso, é chegada a altura de organizar um encontro para todos os amantes de

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Festas de São Guilherme e São Silvestre

Em Abril venha no seu Clássico a Fátima

Independentemente de nos terem tirado o feriado Todos os Santos, os moradores da Quinta da Sardinha não quiseram perder a tradição, continuando com o dia do bolinho, correndo as casas como sempre. Juntando-se várias famílias, houve calor humano e convívio entre todos, durante a tarde de domingo dia 3 de novembro de 2013. Fica desde já, o nosso compromisso de que no próximo ano haverá mais...!! Susana ferreira

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Miranda do Corvo e Lousã. Foram estes os dois locais escolhidos pela comissão da capela a fim de aproveitarmos os conhecimentos de alguém da nossa terra que por lá trabalha. O autocarro saiu as 8 horas da capela do Casal da Estortiga, cheio, e também com algumas pessoas que estão de um certo modo ligadas a nossa terra, rumo a Miranda do Corvo. Primeira paragem: Parque Biológico da Serra da Lousã. Neste parque pudemos observar um vasto conjunto de animais e de flora com 88 espécies vegetais. Seguimos depois em direção ao centro da vila da Lousã. A paragem foi no Museu Etnográfico. Neste espaço deu para relembrar as ferramentas de cultivo usadas antigamente.

Chegou-se a hora do almoço e nada melhor que escolher um lugar tranquilo com o barulho tranquilizante das belíssimas cascatas e do rio. Foi perto do castelo que os turistas alimentaram os estômagos esfomeados. Para ajudar a digestão deu-se de seguida um pequeno passeio pedestre pelos percursos lá existentes… Candal, aldeia de xisto que visitamos de seguida. Neste momento tem 5 habitantes e ergue-se numa colina. Para terminar o dia, nada melhor que visitar a feira do mel e da castanha, um dos maiores eventos desta vila. Ao regressar ao autocarro, São João de Deus fez-nos uma partida…colocou em cada banco uma caixinha com um ouriço algumas cas-

tanhas, um lápis e um pequeno pote de mel para cada um de nós. Na verdade, foi uma oferta da cooperativa de apicultores. Já de regresso onde foi a partida, ainda ouve lugar para o jantar. Esta “Espécie de dia do estortiguenses” foi realizada de forma de agradecimento pelos anos que a população ajudado em todos os eventos da terra, para mostrar um pequeno grande povo unido e por ser o último dos 3 anos desta comissão. De um modo conclusivo, a viagem correu bastante e ao qual a comissão agradece a vossa companhia. Algumas fotos estão na página oficial do facebook. O nosso obrigado! A comissão


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LUZ DA SERRA

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A freguesia mobiliza-se para bem receber Associações participantes: Ass. Bombeiros Sul do Concelho Ass. Des. Social da Loureira Ag. Escuteiros 1211 SCS União Desp. Serra Ass. Cult. Recre. S. Miguel Ass. P. Social da Chainça Ass. Cult Rec. Sobral Centro C. Recr. Vale Tacão Jovens da Freguesia Jovens Festeiros nascidos 1993 Grupo Jovens Santa C. Serra Centro Social P. Santa C. Serra Rancho Folclórico Grupo BTT “Os teimosos”

Miguel Marques - Arquivo

Santa Catarina da Serra, situada a sul do Concelho de Leiria, foi elevada a vila a 12 de Julho de 2001. Tem uma população de cerca de 5000 habitantes dispersa pelas várias povoações de dimensão variável. A sua situação geográfica e o espírito empreendedor das pessoas que nela habitam têm contribuido para um maior desenvolvimento e enriquecimento nas últimas décadas. Como já é tradição, a população de Santa Catarina da Serra mobiliza-se afincadamente na preparação deste evento no qual, o associativismo tem o seu papel preponderante. O "Chícharo da Serra" , reflecte assim, o trabalho desenvolvido por todas as associações e instituições da Freguesia de Santa Catarina da Serra, que desde a primeira edição (2006), para além da forte componente gastronómica, sempre tiveram subjacente a recriação da história e das tradições locais. Embebidos neste espírito, o 8º festival gastronómico vem gerar dias de convívio e bairrismo para a população, onde fica bem patente, o espírito de associativismo no seu melhor. Além disso ajuda a elevar e levar bem longe o nome da freguesia. Visitenos de 21 a 25 de Novembro em Santa Catarina da Serra.

História de um chícharo Um dia um pequeno chicharo, Acordou em alvoroço, Porque é que me confundem, Com o meu primo o tremoço.

Um dia acordou espantado, Só viu o sol a brilhar, Sentiu-se tão transformado, Pois estava a germinar.

Esse pequenito chicharo, Disse desesperado á mãe, Vou-me embora desta arca, Que eu aqui não sou ninguém.

Ele se multiplicou, Mas a todos faz confusão, Entre o chicharo e o tremoço, Ó que falta de atenção.

Estava tão angustiado, Que se mandou ao chão, Adormeceu desconsolado, Fez da terra seu colchão.

Sei que somos parecidos, Parecidos não é igual, Eu sou bom com bacalhau, E o tremoço vai bem com sal.

Porque eu é que sou o rei, Pelo menos nesta terra, Neste festival do chicharo, Em Sta. Catarina da Serra. Lúcia ribeiro

Rancho Folclórico de S. Guilherme

Rancho Folclórico de São Guilherme: 2001-2013 Na última edição vimos que durante a presidência de David Pereira das Neves, de Vale Tacão, em colaboração com o Departamento de Folclore, foi adquirido imenso património histórico-cultural. Neste mesmo mandato foi ainda comprada, a José de Oliveira, de Pinheiria, uma junta de vacas de raça mirandesa, que esteve na posse do Rancho durante alguns anos, até que acabou por ser vendida por impossibilidade de o grupo a conseguir manter e cuidar devidamente. À direção de David Pereira das Neves sucedeu-se a de Bruno António Gordo Lains Lopes, de Magueigia, que cumpriu dois mandatos (seis anos). Neste período, os festivais de folclore passaram a ser feitos na sede de freguesia e não na Magueigia, como até aí. Esta situação provocou alguns desentendimentos com o Departamento de Folclore, designadamente com o ensaiador, em virtude de o grupo ter tido origem na (também designada) aldeia de São Guilherme. Foi ainda neste mandato que o Rancho Folclórico se deslocou a

Paris, a convite de uma associação congénere situada em território francês. Esta terceira ida ao estrangeiro foi uma experiência inesquecível. Por sua vez, em dois festivais de folclore esteve presente um grupo estrangeiro: um espanhol, em 2005, e um polaco, em 2006. O trabalho inerente ao processo foi desenvolvido conjuntamente pelo Rancho Folclórico de São Guilherme e pelo de Soutos, freguesia de Caranguejeira. Por fim, é de destacar, ainda no mandato do Bruno, a remodelação da casa e dos anexos do complexo que viria a tornar-se o «ex-libris» do grupo, ou seja, o Núcleo Museológico e Etnográfico do Rancho Folclórico de São Guilherme, inaugurado em 2008. Ao presidente mencionado sucedeu, em 2010, Maria Olinda Ferreira Gameiro, de Vale Tacão, cantadeira. Neste primeiro ano de mandato destacou-se a participação do Rancho Folclórico no âmbito da comemoração dos 400 anos de culto a Santa Marta, na aldeia de Loureira. O trabalho foi feito em conjunto com a Comissão das Comemorações. Depois de

Quinta da Sardinha, de Magueigia e de Santa Catarina, Loureira foi o quarto lugar da freguesia onde o grupo realizou um festival de folclore. Este teve lugar junto à capela. No ano seguinte, 2011, outro sucesso para o Rancho: a edição de um CD com 17 faixas musicais. A gravação foi feita no auditório da Junta de Freguesia. O disco compacto veio substituir uma cassete gravada no Porto, nos inícios da década de 90. O trabalho ficou excelente. Presentemente, o Rancho está a reabilitar o Departamento de Folclore, uma vez que não só o ensaiador começa a apresentar sinais de cansaço, o que se explica pelos 50 anos ligados ao grupo, mas também por diferenças de ideias entre o corpo diretivo e o Sr. Diamantino. O Departamento deverá incluir alguns dos elementos mais antigos do Rancho Folclórico. Por hoje fico-me por aqui, prometendo voltar na próxima edição… Diamantino da Purificação Gordo

40 anos de Jornal, Luz da Serra De 7 a 9 de Fevereiro 2014 em Santa Catarina da Serra A Equipa do Jornal está a preparar os 40 anos do Jornal Luz da Serra. Este acontecimento terá lugar no próximo fim de semana de 7 a 9 de Fevereiro de 2014, estando a ser criadas várias iniciativas. Convidamos toda a população a participar.

Exposição de Fotografia “ O retrato da minha terra” Esta é uma iniciativa que pretende mostrar os diferentes olhares sobre a nossa terra. Se gostas de fotografia, participa!! - Serão expostas até 10 fotos por participante - Todas as fotos tem que ser entregues em papel - Todas as fotos tem que ser capturadas na Paróquia Santa Catarina da Serra. - Temas: Fotografia antiga, Fotos da nossa Terra, Tema Livre Entrega de fotos na redacção ou na Casa Paroquial de Santa Catarina da Serra.

Poemas e literatura Se tens “aquele” jeitinho para fazer uns poemas, textos ou rimas, aceita este desafio: Escreve sobre o jornal e a nossa terra, envia para a redacção do jornal e vê os teus textos publicados no jornal. Serão também divulgados na exposição de comemoração dos 40 anos do jornal. Envia as tuas obras para o email do jornal. Contamos contigo!

PARTICIPA Informações: luzdaserra@santacatarinadaserra.com 917 480 995


LUZ DA SERRA

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Gordaria, Casal das Figueiras, Quinta do Salgueiro e Cercal Pesquisa e Texto: Vera Gaspar Nota Histórica: Vasco Silva Fotografia: Miguel Marques e Vasco Silva

Vasco Silva Aquando da fundação da paróquia de Santa Catarina da Serra, em 1549, a aldeia de Gordaria, mencionada em documento de 1527, foi uma das primeiras a integrar a novel freguesia. Neste ano, tinha, com Pinheiria, 10 fogos, ou seja, 30-40 habitantes. As outras aldeias referidas neste

destacável só viriam a surgir muito tempo depois. Em 1721, o provedor comarcão de Leiria, de nome Brás Raposo da Fonseca, regista que existiam lugares da freguesia de Santa Catarina da Serra sob a jurisdição das vintenas de Pinheiria, Vale Sumo e Freixial. Contudo, a localidade de Gordaria não é referida em ne-

Chaminé do forno de cerâmica da construção civil, nomeadamente dedicado à produção de tijolo, na Gordaria.

Vista do lugar do Cercal e da Quinta do Salgueiro nhum dos excertos textuais. Das aldeias em estudo neste destacável apenas se faz menção ao povoado de Cercal, que tinha 9 «vizinhos», ou seja, 27-36 moradores. Algumas décadas mais tarde, mais precisamente em 1758, o Padre João Pedro, na resposta ao inquérito pombalino emanado pelo Estado na sequência do sismo de 1755, refere-se, de novo, à aldeia de Gordaria, que tinha 8 agregados familiares, isto é, 24-32 habitantes, e à de «Sercal», com 10 fogos. Em

diploma de 1722 é mencionado o Casal do Salgueiro (mais tarde Quinta do Salgueiro), embora nessa época não seja referido qualquer fogo aí existente, o que não invalida que tenham aí morado pessoas na primeira metade de Setecentos, pois familiares de Marcelino Pereira Cleto Cortes da Silva e Vasconcelos, bacharel natural de Barreiria, terão residido na Quinta do Salgueiro. Na ermida da Virgem Santíssima do Rosário, construída em 1727, duas se-

O Centro Social da Gordaria foi fundado a 27 de Setembro de 1995, na Gordaria.

pulturas (uma do Padre Jorge Pereira, dono do templo) e uma epígrafe datada de 1713 encontrada solar de província do Dr. José de Albergaria, 2.º barão do Salgueiro, indicam a presença constante de pessoas nesse local, embora tais indícios não sejam elementos probatórios da presença de moradores. Com mais certeza, residiam aí, na transição dos séculos XVIII-XIX, os sogros do Dr. Manuel de Albergaria, ou seja, o capitão Francisco de Vasconcelos e Joana Cândida

de Faria, esposa. Por fim, Casal das Figueiras, a sul de Gordaria (onde uma mulher se atirara em 1831 à lagoa), começou a ser povoado nos primórdios da centúria de Oitocentos, por casais provenientes de Cercal e Vale Sumo, da mesma freguesia de Santa Catarina da Serra, mas também de Cardosos, da paróquia de Arrabal, e de Canais, da de Caranguejeira.

Fonte do Cercal, recentemente recuperada pela população com o apoio da Junta de Freguesia.


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Vera Gaspar Há dezenas de anos que é evidente a união, não só geográfica, destes 4 lugares: Casal das Figueiras, Gordaria, Quinta do Salgueiro e Cercal. Desde sempre partilharam as suas terras, os seus costumes e a sua alegria. Os moradores da Quinta do Salgueiro por exemplo, até há poucos anos identificavam-se como sendo ora do Cercal ora da Gordaria, pois não existia uma limitação territorial definida. Por volta dos anos 20, contavam-se pelas mãos as famílias distribuídas por estes quatro lugares. Naturalmente, com o passar dos anos, foram nascendo crianças, que são hoje os mais velhos, que acabaram por ter filhos, netos e bisnetos que, na sua maioria, continuam a viver por cá. Consequentemente, é notável o grau de parentesco entre praticamente todas as atuais famílias. Voltemos então ao que nos trouxe aqui, aprendendo e recordados sobre estas gentes e tradições. Há cerca de 250 anos atrás, eram escassas as construções nestes lugares mas existia uma que saltava à vista de quem por ali passava: a capela da Virgem Santíssima do Ro-

LUZ DA SERRA

-- cadernos da nossa terra -sário pertencente ao padre Jorge Pereira, também ele um morador destas terras. Em seu redor, muitos hectares de oliveiras, vinhas, pomares, hortas, pinhais, um lagar de azeite e um de vinho. Poucos anos mais tarde, em 1799, nasce Manuel José de Pinho Soares de Albergaria, conferido anos mais tarde com o título de Barão do Salgueiro, concedido pelo rei D. Luís. Nascido em Aveiro, casa com D. Maria Benedita de Faria e Vasconcelos, natural da Quinta do Salgueiro, e manda construir um palácio em frente à dita capela. Mandou plantar muitas mais vinhas, oliveiras e outras árvores de fruto para exploração agrícola a cargo do seu feitor. Nesta casa, além do jardim envidraçado com requintados repuxos de água que servia de zona de descanso, existia também a sala dos ensaios, espaço utilizado pela filarmónica que havia criado, à qual pertenciam habitantes da vizinhança e outros oriundos de Leiria. Nos últimos anos da sua vida o Barão do Salgueiro cegou, passando o seu tempo no jardim interior com um empregado que o guiava. Ao longo dos anos, os familiares daquele feitor, entre ou-

tros, foram construindo casas de habitação em redor da quinta que, a pouco e pouco, foram formando um aglomerado habitacional. Estas e outras famílias dos referidos lugares vizinhos passavam os seus dias em atividades agrícolas e pecuárias, sendo o domingo o único dia de descanso. Na Gordaria, havia também quem trabalhasse noutras atividades como a serralharia, ou o fabrico de tijolo na fábrica de cerâmica cuja chaminé ainda se pode observar por quem passa. Entre esta azáfama do dia-a-dia, que incluía plantações, podas e colheitas, as raparigas iam ainda buscar água para beber ao lavadouro do Cercal ou à fonte da Quinta do Salgueiro. E, assim que regressavam a casa carregadas com o cântaro à cabeça, lá voltavam de novo com a bacia da roupa para lavar. Além dos referidos lavadouros lavavam também na lagoa da Gordaria e, quando se tratava de roupa mais delicada, a jornada era até ao Olho da Fonte, nos Campinos. Dezenas de anos se passaram, muitas destas raparigas já por cá não estão, e os que viveram estes tempos e vivem agora os atuais dizem que as semelhan-

ças são quase nulas. Com o tempo partiram as escamisadas dançantes, as romarias em dias de semana e os desfiles de enxovais aquando de um casamento. Agora, contam-se já cerca de 21 casas no Casal das Figueiras, 30 na Gordaria, 11 na Quinta do Salgueiro e 44 no Cercal e são raras as que ainda têm uma carroça ou um arado. Contudo, o que não se alterou com os anos foi a união das pessoas e o gosto que têm por partilhar estas terras. Os mais velhos vão se encontrando durante o dia, sentados num poço ou encostados a um muro de jardim. Os que trabalham, e por isso estão ocupados pela azáfama do quotidiano, encontram-se ao fim de semana para um café na associação e os mais novos, se bem que com menos frequência que há uns anos, ainda por ali se vêem de bicicleta estrada abaixo estrada acima. Agradável é também o piquenique de verão em que todos se juntam, bem como o dia do bolinho em que todas as portas estão abertas para receber aquele que continua a ser um grande e alegre grupo de gente de valor.

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Casa do Barão do Salgueiro Sendo o 1.º o Dr. Manuel de Albergaria e o 2.º o Dr. José de Albergaria, Fidalgos da Casa Real, estes burgueses leirienses foram políticos e intelectuais, tendo privado, em Leiria, com ilustres personagens, como Eça de Queirós, escritor, e Ernst Korrodi, arquitecto suíço, autor da planta da Igreja Matriz de Santa Catarina da Serra. Com várias inscrições e símbolos antigos, a casa possui a data de 1881.

Associativismo A associação da Gordaria e Casal das Figueiras, que se destina ao convívio dos seus habitantes bem como dos do Cercal e Quinta do Salgueiro, está situada no local da antiga lagoa da Gordaria. Aberta aos fins-de-semana e sexta-feira à noite, é hoje ponto de encontro das gentes da terra. Por lá joga-se às cartas, ao chinquilho ou matraquilhos enquanto os mais pequenos brincam no parque infantil. Ao longo do ano, realizam-se convívios diferentes pela altura dos Santos e da Passagem de Ano. Graças a este espaço que é de todos, são muitas as noitadas e os momentos de alegria.

Comércio e Indústria Existem algumas pequenas indústrias e comércio como são exemplo: a Ovolíder e a Tasca da Vide, no Cercal, a Maquilift e o Aterro do Vale, na Quinta do Salgueiro, a serralharia Armintalurgica, na Gordaria e Arte Galerias, no Casal das Figueiras. pub

Localização Geográfica

Visite também estes lugares na internet no site da freguesia.

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LUZ DA SERRA

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-- associativismo --

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Associação dos Amigos da secção de Bombeiros do Sul do Concelho de Leiria

Ponto da situação Fizeram o seu donativo este mês: J. Madeiras Primitivo, SA DR

Relativamente ao mês de Outubro, três coisas a realçar. A primeira relacionada com a actividade do corpo de bombeiros. Assim desde transportes de doentes (mais de 140) a outro tipo de intervenções de natureza do socorro e emergência, foram mais de 200, os serviços realizados. A segunda, destacar o Almoço de angariação de fundos, realizado na vizinha freguesia da Caranguejeira, onde estiveram cerca de 300 pessoas. Constituindo assim um grande apoio para ajudar a resolver a gestão do dia-a-dia da 6ª Companhia do BVL, do quartel nos Cardosos. Daí o natural e meridíssimo agradecimento a todas as pessoas que, com a sua participação em conjunto com os vários (as), voluntários, incluindo bombeiros, fizeram que este

espaço de alegria e são convívio, elevasse a auto estima de quem o organizou. Desde da direcção, até ao Núcleo da Caranguejeira. A terceira, relacionada com o peditório junto de empresas e particulares, para o pagamento da Ambulância adquirida em Junho último. Desde então, muitos foram os contactados, desde empresas a particulares. Sobretudo na nossa freguesia, na

Caranguejeira e na Chainça. No Arrabal só há uma semana que iniciamos os contactos. Daí, termos prolongado mais um mês, para divulgarmos o resultado desta iniciativa, imprescindível para levar a cabo, esta missão de serviço. Para quem pede e para quem dá. E já foram muitos os que o fizeram, graças a Deus. A todos (as), ele ajude!

Para este mês de Novembro, o grande destaque vai para a participação da nossa Associação no VIII Festival Gastronómico do Chícharo da Serra, no qual estamos desde a primeira hora. O jantar de angariação de fundos na Chainça, no próximo sábado dia 16. A realização do almoço na nossa freguesia no Domingo dia 8 de Dezembro, seguido de um espectáculo de teatro

e dança, na parte superior do salão do Centro Social e Paroquial, pelo Grupo de Dança e Teatro pela GDRC de Caldelas. Também o acto eleitoral, para eleger os órgãos sociais para o próximo triénio de 2014 / 2016, a realizar também até meados de Dezembro, com certeza que vai mobilizar muitos sócios.

Ovolider Ovos do Centro Lda Barrinho Transportes SA Marcant Lda

Virgílio Gordo

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Faça-se sócio dos Bombeiros e ajude uma boa causa!

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NOVEMBRO

LUZ DA SERRA

-- autarquia --

2013

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Cerimónia de Instalação dos Órgãos da Nova Freguesia de Santa Catarina da Serra e Chainça Perante o Auditório da Freguesia cheio, a cerimónia teve início com um breve momento musical, com a presença da Luciana Lopes. De seguida, procedeu-se à instalação dos órgãos e realização da primeira reunião, dirigida e presidida pelo cidadão melhor posicionado da lista vencedora (PSD), José Artur das Neves Ferreira, que por motivos da agregação das Freguesias de Santa Catarina de Serra e Chainça, não pôde ser o Presidente da Assembleia de Freguesia cessante.

Foram eleitos por meio de lista para primeiro e segundo vogal da Junta de Freguesia, respectivamente, com 6 votos a favor e 3 votos brancos, os seguintes elementos: - Sérgio Rito Vieira - Manuel Fernando de Oliveira Gonçalves Foram eleitos por meio de lista a mesa da Assembleia de Freguesia, com 8 votos a favor e 1 branco, os seguintes elementos: - Presidente: José Augusto Filipe da Costa Santos - 1ª Secretária: Ivone Inácio

Oliveira - 2ª Secretária: Jaquelina Neto das Neves Os restantes membros da Assembleia de Freguesia são: - Nuno Manuel dos Santos Pereira - Joaquim Pinheiro Lains de Oliveira - Patrícia Alexandra Vieira Gonçalves - Milene Rosa Ribeiro - Armando Primitivo Constantino - Armando Dias Brás A cerimónia de tomada de posse dos órgãos da nova

Miguel Marques

No passado dia 23 de Outubro de 2013, no Auditório da Freguesia, realizou-se a cerimónia da tomada de posse dos elementos da Junta e Assembleia de Freguesia de Santa Catarina da Serra e Chainça para o mandato 2013-2017, eleitos nas eleições autárquicas realizadas no passado dia 29 de Setembro.

Freguesia de Santa Catarina da Serra e Chainça, depois de instalada a Mesa da Assembleia de Freguesia, encerrou com uma breve saudação do Presidente da Assembleia, seguida de intervenções do novo Presidente da Junta de Freguesia e de dois membros da Assembleia de Freguesia, Nuno Manuel dos Santos Pereira e Joaquim Pinheiro Laíns de Oliveira (Ex-Presidente da Junta).

Protocolo IEFP Junta de Freguesia Na sequência da notícia apresentada no número anterior deste jornal, sobre o protocolo com IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional, a nova Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra e Chainça, informa que o início das apresentações quinzenais atrasou devido à tomada de posse dos novos órgãos da Junta de Freguesia, que só ocorreu no passado dia 23 de Outubro, pelo que já é possível, desde 1 de Novembro de 2013, os desempregados da área geográfica pertencente ao Centro de Emprego de Leiria procederem à sua apresentação quinzenal para efeitos de desemprego, na Sede da Junta de Freguesia, em Santa Catarina da Serra.

Regime Excecional de Pagamento de Dívidas 30 de Novembro de 2013 O novo regime de regularização de dívidas foi aprovado pelo Decreto-Lei nº 151-A/2013, de 31 de Outubro e prevê um regime excecional de regularização de dívidas às Finanças e à Segurança Social. Assim sendo, se os contribuintes efetuarem, até 20 de dezembro de 2013, o pagamento das suas dívidas às finanças e à segurança social, beneficiarão da dispensa do pagamento de juros de mora, juros compensatórios, custas e cerca de 90% das coimas. No caso de pagamento parcial, os benefícios são proporcionais, sendo que, neste caso, não beneficiam de

qualquer redução de coima e encargos associados. A Administração Fiscal preparou soluções para que os contribuintes não tenham que se deslocar aos Serviços de Finanças. Disponibiliza, no Portal das Finanças, toda a informação de que necessitam para beneficiar deste regime excecional, nomeadamente um simulador, onde podem calcular o valor a pagar, e os benefícios associados, e onde podem emitir guias de pagamento. É, no entanto, necessário reunir os seguintes requisitos para que possam usufruir destas vantagens, nomeadamente que o pagamento, total ou parcial, se

efetue até 20 de Dezembro de 2013, que o pagamento seja efetuado voluntariamente pelos contribuintes, tratarem-se de dívidas de impostos administrados pela Administração Tributária e que o prazo legal de cobrança tenha terminado até 31 de Agosto de 2013. Os pagamentos efetuados ao abrigo deste regime proporcionam o direito à dispensa ou redução do pagamento de encargos e coimas, nos seguintes casos: encargos associados à dívida e coimas. No caso de pagamento integral da dívida em cada processo, são eliminados os encargos associados à dívida, procedendo-se a uma redução

Anabela Sousa Contabilista proporcional em caso de pagamento parcial. A redução de coimas e encargos associados só ocorre em caso de pagamento integral da dívida. Não é necessário formalizar qualquer pedido de adesão a este regime, uma vez que o mesmo se aplica a todos os pagamentos efetuados na vigência do diploma que o aprova. Este regime não contempla qualquer acordo de pagamento em prestações, ou acordos de planos prestacionais, no entanto os montantes que forem pagos, a título de prestação, beneficiarão dos mesmos benefícios, sendo, neste caso, considera-

dos como pagamentos parciais. Assim, como os processos de execução fiscal instaurados por dívidas tributárias que, á data de 20 de Dezembro de 2013, se encontrem cobradas, mas cujos processos ainda subsistam para a cobrança, apenas, de juros compensatórios, juros de mora ou custos processuais, serão extintos, independentemente de qualquer intervenção dos executados. Esta medida, além do encaixe para os cofres do Estado, é apontada como a "derradeira oportunidade" para permitir às empresas o acesso a fundos comunitários no novo Quadro de Re-

ferência Estratégica Nacional (QREN) 2014-2020, o qual exige a regularização fiscal e contributiva. O Governo sustenta que permitirá o reequilíbrio financeiro dos devedores, evitando situações de insolvência de empresas e permitindo a manutenção de postos de trabalho. Aliviar o garrote fiscal, evitando penhoras, estende-se também aos contribuintes individuais.


LUZ DA SERRA

NOVEMBRO

-- educação - formação --

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2013

Escola Básica do 1º ciclo da Loureira

A todos, queremos dar a conhecer a nossa escola. serviço da FORESCOLAS) que propôs à professora e por sua vez ao agrupamento e à Junta de Freguesia, a pintura das paredes do recreio coberto. Teve a colaboração das crianças que frequentam a escola e o material foi fornecido por alguns pais, pelo Sr. Mendes e pelo Sr. Ramiro, residentes na Loureira.

-Gostam?! Digam lá: estão ou não com inveja?! Juntem-se a nós para poderem usufruir de todas estas vantagens. Um muito obrigado às docentes que saíram, à atual professora Sandra Francisco, à assistente operacional Jacinta e à Corinne. Os pais DR

Tem poucas crianças mas está recheada de pessoas que contribuem para que haja muita animação, tranquilidade, exigência, educação, aprendizagem e acima de tudo ALEGRIA. Uma das atividades, entre muitas das que são realizadas, foi a iniciativa da D. Corinne Gonçalves (auxiliar ao

Corta-mato na Escola Básica Alimentando a de Santa Catarina da Serra Solidariedade

DR

Promoção e Educação para a Saúde (PES)

Realizou-se no dia 23 de outubro a prova de corta-mato na Escola Básica de Santa Catarina da Serra. Trata-se de uma excelente jornada de promoção do atletismo, de hábitos saudáveis e da prática desportiva, sendo organizada pelos professores de Educação Física, no âmbito do Desporto Escolar. Nesta prova foram diretamente apurados os três primeiros classificados por escalão para o corta-mato regional, que se realizará em Leiria, no 2º período. Os alunos participaram com entusiasmo e empenho, tendo sido significativo o número de participantes – cerca de 290 alunos do 2º e 3º ciclos. De salientar também o desempenho de um grupo de alunos responsável pela organização e segurança da prova, que decorreu à volta da escola, não se tendo registado nenhuma situação de emergência. Uma novidade este ano: a participação muito entusiástica e emotiva dos alunos do 1º ao 4º ano, que também subiram ao pódio. Rita Agrela

Alunos apurados para o corta-mato regional

Conhecendo o papel crucial que a alimentação desempenha no desenvolvimento do ser humano e na sua saúde e bem-estar e conscientes da atual situação económica de Portugal que coloca já tantas famílias a passar “fome”, a Escola Básica de Santa Catarina da Serra, no âmbito do projeto Promoção e Educação para a Saúde (PES), promoveu uma campanha de recolha de bens alimentares essenciais (leite, arroz ou enlatados), sensibilizando alunos, pais, funcionários e comunidade em geral para este gravíssimo problema,

que aflige uma parte significativa da população mundial. Atendendo a que no dia 17 de outubro se celebra o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza e no dia 16 o Dia Mundial da Alimentação, foi nestes dois dias que os alunos fizeram as entregas dos seus donativos. Foram recolhidos mais de 500 bens alimentares que foram entregues à Caritas Diocesana de Leiria. Ao mesmo tempo, os alunos fizeram no átrio da escola uma exposição de trabalhos, sensibilizando a comuni-

dade para o problema da pobreza e da fome no mundo. Estamos conscientes que esta problemática nos toca a todos e sentimos que só fomentando a solidariedade podemos construir um mundo melhor. Agradecemos a colaboração de todos nesta iniciativa. Rita Agrela

Infantis A Miguel Silva Marques Francisco Neves Ferreira Guilherme dos Reis Guilherme Cátia Filipa Costa Santos Ana Sofia Costa Francisco Mafalda Henriques Rodrigues

Infantis B Saúl Amável Lopes dos Santos Luis Alexandre Rodrigues Fonseca Sandro Reis Gordo Cátia Margarida Alves Reis Ana Teresa da Silva Miguel Mariana Soares Ferreira

Iniciados Samuel Amável Lopes dos Santos Carlos André Jorge Félix José Guilherme Batista das Neves Margarida Gonçalves Oliveira Rita Madeira Vieira Daniela Tamara Neto dos Santos

Juvenis Pedro Jorge Medeiros Fernandes da Silva Francisco Miguel dos Santos Ferreira Gonçalo Eusébio Lopes

Conferência São Vicente Paulo de Santa Catarina da Serra

Formações e workshop's → Iniciação à Agricultura Biológica (40H) → Práticas Agrícolas Biológicas - Continuação ao curso de Iniciação (40H) → Culturas Hortícolas em Modo Produção Biológico (40H) → Oficina de Poda e Enxertia de vinha e árvores de fruto (8H) → Workshop de Plantas Aromáticas, Medicinais e Condimentares (4H) → Oficina de Proteção fitossanitária contra pragas e doenças (8H) → Workshop de Farmácia Natural (4 H) Encontram-se abertas as inscrições para: - Curso de continuação à Agricultura Biológica, Nível II, a iniciar a 19 de Novembro. - Agricultura Biológica, Nível I, a iniciar no próximo dia 26 de Novembro. "Alimentação e vida saudável - a saúde começa na horta!" Inscrições para o número: 969657814 Ana Teresa Neves


NOVEMBRO 2013

opinião

FUTEBOL DE 11

O Ressurgimento da “Força da Serra” um dos clubes que a nível distrital, maior número de apoiantes levou e continua a levar por esse distrito fora, como ficou plenamente demonstrado quer na primeira jornada na Mira d’Aire, quer sobretudo na última deslocação à Boavista. Também a presença massiva dos que se deslocaram ao Pavilhão Desportivo para presenciar o jogo da equipa de Futsal masculino no último Domingo, reforçam este meu comentário de Novembro. Isto apesar da aderência ao Jantar comemorativo dos 37 anos do clube, ter ficado muito aquém do esperado. Um ou dois acontecimentos

Com o andar da “carruagem”, quer dizer da época desportiva, mais força ganha a aposta feita não só pela actual direcção, como sobretudo pelos sócios que em assembleia-geral, aprovaram o regresso da equipa Sénior. Dizer no entanto, que nem só os seniores têm ajudado a crescer esta onda gigantesca de apoio do que é ser “Serrano” nas diversas competições que o clube disputa. Desde as camadas jovens, passando pelas do Futsal, culminando de facto nos jogos até agora disputados pelos seniores. A tal força da UDS, reflecte-se quer em casa, quer fora. Sempre foi

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Resultados e classificações

Desportivamente Falando

SENIORES Pré-eliminatória Taça Distrital: UDS, 1 – Atouguiense, 0.

Virgílio Gordo

no mesmo dia e no dia seguinte na freguesia, tiveram preponderância relevante nesse facto. Até porque em ambos estiveram envolvidas inúmeras pessoas ligadas ao clube.

Perante uma equipa recheada de bons valores individuais, uma exibição e um resultado a condizer com as dificuldades encontradas. Passagem á primeira eliminatória da segunda prova do distrito, já este Domingo, dia 10 em Alfeizeirão. Campeonato Distrital da 1ª Divisão – Série D 2ª Jornada do campeonato: UDS, 1 – Maceirinha, 1. O melhor adversário encontrado até agora. Um empate que se pode considerar justo, mas que se aceita, embora a vitória da UDS, também pudesse ter acontecido. 3ª Jornada: Boavista, 1 – UDS, 3. Vitória arrancada a ferro e fogo, pois aconteceu já nos últimos 10 minutos ou até menos. Demonstrando assim a força e crença de uma equipa que começa a ser acompanhada por muita gente.

Teimosos em Passeio pelo Norte “ São cento e vinte quilómetros a separação entre a linha antiga de Comboio de Viseu a Aveiro. O dia estava a ajudar a nossa magnífica viagem.

4ª Jornada: UDS, 5 – Vidreiros, 0. Por motivos particulares e familiares, não me foi possível acompanhar esta magnífica vitória, que pela diferença dos números, não deixa qualquer margem de dúvida.

DR

UDS em primeiro na Série, com 10 pontos. 1ª Eliminatória da Taça Distrital: Alfeizeirense, 1 – UDS, 1 (5 – 4), após marcação de grandes penalidades. Num jogo muito disputado, mas que a haver um vencedor, deveria ter sido a UDS, deixámos que fosse a lotaria das gr. penalidades, a decidir a sorte do vencedor.

DR

Este trajeto foi por muitas vezes utilizado por comboios de carga e passageiros. Com o passar dos anos e da criação de outros meios de transporte, foi descativada. Muitos betetistas e pediatristas percorrem-na para poder apreciar as suas belas paisagens, o Rio Vouga, o Vale do Vouga, São Pedro do Sul, Paradela, Mocamedes, Viseu…. Em algumas zonas ainda se encontram vestígios como as estações, comboios e pedaços de linha. A viagem correu bem, como tal agradecemos a pessoas que se disponibilizaram para a nossa logística. Boas pedaladas.

LUZ DA SERRA

-- desporto --

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Próximos jogos Campeonato Distrital da 1ª Divisão – Série D 5ª Jornada, dia 17: UDS folga. 6ª Jornada, dia 24: UDS – Mirense. 7ª Jornada, dia 1 Dez.: Maceirinha – UDS. 8ª Jornada, dia 8 Dez.: UDS – Boavista.

JUNIORES Campeonato Distrital da 1ª

Divisão – Série B 1ª Jornada: Pilado Escoura, 2 – UDS, 1. 2ª Jornada: UDS, 3 – Peso, 2. 3ª Jornada: Monte Real, 1 – UDS, 2. Pré-eliminatória Taça Distrital: UDS, 0 – Batalha, 0. (2-3, nos penalties). Próximos jogos Campeonato Distrital da 1ª Divisão – Série D 4ª Jornada, dia 16: UDS – Peniche. 5ª Jornada, dia 23:Turquel – UDS.

JUVENIS Campeonato Distrital – Divisão de Honra 1ª Jornada, Vieirense, 0 – UDS, 3. 2ª Jornada: UDS, 3 – Lisboa e Marinha A, 1. 3ª Jornada: Marrazes, 2 – UDS, 2. 4ª Jornada: UDS, 3 – Marinhense B, 1. 7ª Jornada: Nazarenos, 2 – UDS, 4 (antecipada). UDS em primeiro com 13 pontos. Pré-eliminatória Taça Distrital: UDS, Isenta. Próximos jogos Campeonato Distrital – Divisão de Honra 5ª Jornada, dia 16: GRAP UDS. 6ª Jornada, dia 23: UDS – Sporting Pombal.

INICIADOS Campeonato Distrital da 1ª Divisão – Série C

Próximos jogos 3ª Jornada, dia 16: Boavista – UDS. 4ª Jornada, dia 23: UDS – GRAP. 5ª Jornada, dia 30: U. Leiria A – UDS. 1º Torneio Distrital BENJAMINS A – Série F 1ª Jornada, dia 16: UDS – Mirense. 2ª Jornada, dia 23: Andorinhas – UDS. 3ª Jornada, dia 30: UDS – Batalha.

TRAQUINAS Início da competição, no próximo dia 23, mas ainda sem calendário disponível.

FUTSAL MASCULINO Campeonato Distrital da 1ª Divisão – Série C 2ª Jornada: UDS, 4 – GRAP, 3. Grande jogo de futsal. Impróprio para cardíacos. Duas reviravoltas no marcador. Vitória da UDS, nos últimos segundos de um jogo espectacular! 3ª Jornada: UDS, folgou. 4ª Jornada: Mirense, 1 – UDS, 5. 5ª Jornada: UDS, 5 – Condestável, 3. 1ª Eliminatória da Taça Distrital: Bombarralense, 0 – UDS, 2. Próximos jogos 6ª Jornada, dia 16: Dom – Fuas – UDS. 7ª Jornada, dia 22: UDS – Atlético Leiria. 8ª Jornada, dia 30: UDS – Juncalense. (Início 2ª volta).

FEMININO 1ª Jornada: GRAP A, 2 – UDS, 1. 2ª Jornada: UDS, 6 – Esc. Acad. Sporting M. G. B, 2. Pré-eliminatória Taça Distrital: UDS, 2 – Ansião A, 1. Próximos jogos 3ª Jornada, dia 17: Marrazes B – UDS. 4ª Jornada, dia 24: UDS – S.L. Marinha B. 5ª Jornada, dia 1 Dez.: Boavista – UDS.

FUTEBOL DE FORMAÇÃO – FUT. DE 7 Campeonato Distrital 1ª Fase INFANTIS SUB 13 – Série C 1ª Jornada: UDS, 2 – Esc. Acad. Sporting M. G. B, 2. 2ª Jornada: Marinhense B, 14 – UDS, 2.

Campeonato Distrital 1ª Divisão – Série C 2ª Jornada: UDS, folgou. 3ª Jornada: Vidais, 27 – UDS, 0. 4ª Jornada UDS, 1 – Alvorninha, 6. 5ª Jornada: Dom Fuas, 6 – UDS, 0. Apesar de fazer comentários só aos jogos que vejo ao vivo, não posso deixar de salientar, que depois de duas goleadas por números expressivos, embora uma derrota nesta última jornada, já se notam variadíssimas melhorias. Pré - eliminatória da Taça Distrital: UDS, ficou Isenta. Próximos jogos 6ª Jornada, dia 23: Portomosense – UDS. (Início 2ª volta). 7ª Jornada, dia 30: UDS, folga.


LUZ DA SERRA

-- histórias da História --

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Relógios de pesos da igreja matriz: 1911-12 e 1948

«Anno do nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil novecentos e onze aos vinte dias do mez de Maio do mencionado anno. Reuniu em sessão ordinaria a Junta de Parochia lida e assignada acta da sessão anterior. A Junta deliberou collocar na torre um relogio sob as condicções seguintes: 1.ª que tenha corda para oito <dias> e que dê meias horas e horas sendo as horas repetidas e com fiança por cinco annos. 2.ª O arrematante ou arrematantes obrigar-se-hão a levantar o relogio quando a Junta entenda que os machinismos não satisfaçam sem indeminisação alguma isto no prazo de trinta dias e neste prazo deve entrar na thesouraria da Junta respectiva importancia. 3.ª A Junta obrigar-se-ha a conducção do relogio para o locar (sic) e bem assim rasgar a torre para os

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Até à implantação da I República, no 5 de outubro de 1910, a freguesia de Santa Catarina não teve qualquer relógio mecânico público, pelo que a população, ocupada maioritariamente nas atividades agropastorís, continuava a orientar-se pelas horas solares. Esta situação irá alterar-se com a presidência de José Francisco Alves na Junta de Freguesia (191013). Ainda não tinha decorrido um ano do seu mandato quando, a 20 de maio de 1911, a autarquia deliberou colocar um relógio de pesos na torre da igreja matriz, cuja planta, elaborada por Ernesto Korrodi nos inícios da centúria de Novecentos, contemplava já sítios apropriados na torre sineira para a colocação desse tipo de equipamento. A máquina, que deveria estar em funcionamento até ao dia 31 de janeiro de 1912, teria corda para oito dias, dando as horas e as meias horas. Em ata lê-se:

NOVEMBRO

pesos não se responsabiliza por qualquer prejuiso que possa haver nos machinismos durante a conducção, as despesas da collucacção à custa do arremattante ou arreme antes. 4.ª O arrematante ou arrematantes obrigar-se-ha [fl. 10] a collocar o relogio e este funcionar devidamente até ao dia trinta e um de Janeiro de mil novecentos e doze e todo o tempo que passe alem pagar quinhentos reis por cada dia. 5.ª O arrematante obrigarse-ha a receber o dinheiro depois da collocação do referido relogio. Como nada mais houvesse a tractar o presidente declarou encerrada a sessão e lav[r]ou esta acta que depois de lida vai ser assignada por todos. Presidente (assinatura): Jose Francisco Alves. Vice-presidente (assinatura): Manoel Pereira das Neves. Vogal (assinatura): Jose Justino Gonçalves. Vogal (assinatura): Luis Marques. Vogal (assinatura): Manoel Pereira». O relógio de pesos esteve na torre da igreja paroquial até ao ano de 1948, quando, na presidência de Manuel da Costa Santos (1945-48), de Olivais, se resolveu proceder à substituição daquela máquina. Disso dá-nos notícia a

correspondência existente no Cartório Paroquial entre o Prior Joaquim Carreira Faria e a empresa «A Boa Reguladora», de Manuel Francisco Cousinha, de Almada. O documento mais senecto existente na residência paroquial data de 21 de fevereiro do ano mencionado e refere-se à aceitação, por parte da firma, de 32 mil escudos por um relógio idêntico ao da igreja matriz do Arrabal. O negócio, não muito favorável devido ao baixo lucro, iria possibilitar, no entanto, publicidade à «Boa Reguladora». Por carta de 3 de março do dito ano, o pároco é informado que os mostradores ficarão com um diâmetro de 90 centímetros e os ponteiros, a desenhar entretanto, não podiam ser muito grandes, devido às regras da relojoaria. Referem ainda os responsáveis da empresa Cousinha que o material solicitado pelo prior para estar em exposição levaria a que a máquina não fosse colocada a tempo na torre sineira para ser inaugurada a 27 de março de 1948. A 6 do mesmo mês e ano, a firma aceita o desenho dos ponteiros feito pelo pároco. A pintura deveria ser a preto, para se distinguir bem dos mos-

tradores brancos. Por fim, no dia 18 «A Boa Construtora», de Manuel Francisco Cousinha, procede à expedição do material. Na guia de remessa 43 lê-se: «Relógio monumental de horas, repet. e quartos em dois sinos, com m. f. c., rodas e quadraturas de horas e oito dias de corda com os seguintes acessórios: 3 quadrantes com o ponteiro para horas e minutos, 3 esquadros de inversão com molas, 3 ditos sem mola, 3 molas de protecção do sino, 3 martelos com haste, suporte e puxador, 2 roldanas especiais para repet., 4 roldanas simples, 3 roldanas com veio de 0,30 m., 3 roldanas com veio de 0,12 m., 3 mostradores de mármore transparente com 1 m. de diametro e todo o cabo de aço a enviar». A existência de um relógio na torre sineira da igreja matriz, primeiro, e nas capelas da paróquia, depois, permitiu a regulação das atividades agrícolas. Contudo, as pessoas orientavam-se não tanto pela posição dos ponteiros nos mostradores, mas antes pelos sons emitidos pelo bater dos martelos nos sinos.

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NOVEMBRO

LUZ DA SERRA

-- sociedade --

2013

15

Poesia da nossa Freguesia

Foto Memórias

Por Lúcia Ribeiro

Desde Janeiro de 2011 que vimos publicando, todos os meses, fotografias que marcaram gerações e épocas da Freguesia de Santa Catarina da Serra.

O Segredo

A lua

O segredo é qualquer coisa, Que não dá para revelar, Pode ser um sentimento, Ou algo que se está a passar.

A lua é uma senhora, Uma senhora vaidosa, Vive pertinho do céu, É uma coisa poderosa.

Só que a palavra segredo, Parece mesmo um alerta, E ficamos proibidos, De fazer a descoberta.

Mas o que eu não entendo, Como ela faz a dieta, Será que deixe de comer? Ou andará de bicicleta?

Quando nos contam um segredo, É motivo para pensar, De certo que estas cansado, Deste segredo guardar.

Porque às vezes anda gorda, Outra vez muito magrinha, Umas vezes partida ao meio, E quer que a gente adivinhe.

Depois ficamos curiosos, Para saber a novidade, E ficamos ansiosos, E cheios de curiosidade.

Sabe bem o que fazer, Para passar despercebida, Tem dias parece ter roupa, Há dias que aparece despida.

Ao ficar a saber, O segredo do amigo, Ficamos nos preocupados, A pensar se digo ó não digo.

Ela é muito mentirosa, Mas também muito elegante, Aparece com forma de C, Quando é para ser minguante.

Porque um segredo não gosta, De ficar encurralado, Parece sentir angustia, De ficar ali parado.

E depois baralha-nos nas voltas, E quer enganar toda a gente, Aparece com forma de D, Quando é para ser crescente.

Diz-se a este diz-se aquele, E também se conta ao vizinho, Porque não tem importância, O segredo é pequenino.

Pensamos nós ter esperteza, E sabemos o que se passa, Mas se fossemos a um jogo, Ela é que levava a taça

Memórias do Festival

Foto dos elementos da Tasquinha do Centro Cultural e Recreativo do Vale Tacão, no âmbito do primeiro Festival Cultural e Gastronómico “O Chícharo da Serra”. Estavamos em 2006. Foto cedida por Ana Rita

Arquivo Histórico Tem fotos ou vídeos sobre a Freguesia de Santa Catarina da Serra? Eventos de Associações, fotografias de locais ou pessoas de referência? A ForSerra está a reunir e a catalogar fotografias sobre o passado da Freguesia de Santa Catarina da Serra. Não ficamos com qualquer suporte (fotografia ou video ). Copiamos o seu registo para formato digital sem estragar o original. Contacte-nos e ajude-nos: www.forserra.pt - (00351) 917 480 995 forserra@santacatarinadaserra.com - Estamos disponíveis para nos deslocar a qualquer local para efectuar recolhas.

O segredo é um pedido, Bem difícil de guardar, De certo que fica solto, E não deve de ter lugar. Guarda bem o teu segredo, Se o segredo é proibido, Nem o soltes para o ar, Porque pode fazer ruído.

40 anos do jornal LUZ DA SERRA 7 a 9 de Fevereiro 2014 Concurso de fotografias - poemas - literatura - animação - música

PARTICIPA Envia as tuas fotos da freguesia e textos alusivos ao jornal para luzdaserra@santacatarinadaserra.com

Participe com os seus poemas, textos e pensamentos.

AMIGOS DA LUZ DA SERRA Chegaram os seguintes donativos ao Jornal: O Jornal agradece. Ilda Mccormick - Canadá - 10€ Gualter Lopes Oliveira - Luxemburgo - 5€ João Sousa Oliveira - França - 5€ Carlos Manuel Vieira Fartaria - Suiça - 5€ Sancha Luz Pereira - França - 5€ pub


LUZ DA SERRA

última

-- divulgação --

NOVEMBRO 2013

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