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M E N S Á R IO DE S A N TA C ATA R IN A DA S E RRA - MARÇ O 2015 - 1€ PRE Ç O DE C APA

Vamos visitar o Mosteiro de Santa Catarina

caminho para a Páscoa

Tempo para sair da indiferença e morrer para o egoismo. DR

Toda a paróquia recebeu o convite para ir em peregrinação à Terra Santa e ao monte Sinai ou monte de Santa Catarina. Gostava de deixar uma informação clara e esclarecer porque esta opção de visitar o Sinai. O Mosteiro Ortodoxo da Transfiguração, em homenagem à transfiguração de Jesus, mais tarde chamado de Mosteiro de Santa Catarina, em honra à mártir cristã, foi construído no sopé do Monte Sinai, no Egipto, por ordem do imperador bizantino Justiniano I, entre os anos 527 e 565, à volta do local. É actualmente o mosteiro cristão mais antigo ainda em uso para a sua função inicial. A sua localização numa região desértica é característica da antiga tradição do ascetismo. O mais antigo registro da vida monástica no Sinai aparece em um diário de viagem escrito em latim por uma mulher chamada Egéria, entre 381 e 384. Ela visitou muitos lugares na Terra Santa e na região do Monte Sinai onde, de acordo com o Antigo Testamento acredita que estaria a sarça ardente junto da qual Moisés teria recebido as Tábuas da Lei.

Quaresma

A irreverência do carnaval na freguesia Pág. 8

Novo grupo de BTT nasce na Chainça

continua na pág. 3

Pág. 15

Pensamento do mês

Pág. 12

Miguel Marques

Inverno de Março e seca de Abril, deixam o lavrador a pedir.

Educação

Loureira recupera caminhos em dia de Carnaval

Empresas e Negócios Pág. 11

Pág. 10

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LUZ DA SERRA

MARÇO

-- família paroquial --

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2015

S. José Augusto Ferreira Filipe N. 01/04/1932 F. 17/02/2015

Manuel Henriques N. 14/04/1931 F. 14/02/2014

Maria de Jesus Rodrigues N. 16/11/1921 F. 12/02/2015 Ulmeiro

Loureira

Ulmeiro

Nosso querido pai, Estamos aqui todos presentes, os filhos, netos, família e amigos para o acompanhar até à sua última morada. Gostávamos de lembrar e dizer esta sua frase que tantas vezes repetia e que ficará para sempre na nossa memória:” Com Deus tudo, sem Deus nada”. Agradecemos a Deus pelo nosso Pai, avô e bisavô sendo para nós exemplo de respeito e de palavra, humildade, alegria e de fé. Levou a sua cruz até ao fim com muito sofrimento mas Deus é misericordioso e Nossa senhora preparou-o para a visa eterna.

Mesmo sabendo que estamos apenas de passagem, há quem construa um legado que faz com que a sua memória prevaleça eternamente. A amiga, irmã, mulher, mãe, avó e bisavó Maria, ficará viva para sempre nas nossas memórias. Recordaremos para sempre, sorrindo, a boa e, por todos querida, mulher que foi. A família agradece aos que estiveram presentes neste momento de pesar, em que levamos a nossa amiga, irmã, mãe, avó e bisavó Maria à sua última morada. Bem-haja, “Maria do Outeiro”

Obrigado Pai, por tudo e vai a encontro da Mãe e filha.

A família

Descansa em paz.

A família

António Jesus Marques N. 17/11/1942 F. 19/09/2014 Brasil

Faleceu no Brasil, António Jesus Marques, nascido em Siróis em 1942. Foi para o Brasil ainda pequeno, mas nunca esqueceu a sua terra, a qual veio várias vezes. Descanse em paz. Isabel Caetano

José Jesus Pereira Ruivo N. 16/12/1941 F. 11/03/2013 Pedrome Há 2 anos que o Senhor te chamou, Tua esposa e filhos deixaste. No nosso coração nunca te esqueceremos. Esposa

Quem a não conheceu? Era a Maria do Oiteiro, assim conhecida por todos e aparentemente sem nada de especial. Mas muito diferente, do comum das mulheres nos nossos dias. Simples trabalhadora e muito organizada na sua vida de casa e familiar. Com a sua serenidade e PAZ partiu para a morada eterna. Louvemos o Senhor pelo dom da vida desta mulher. Entre tantas virtudes que na maioria dos casos passavam despercebidas estava uma singularíssima. O dom de ajudar. Tinha a sua vida de campo e circulava pelas estradas do mesmo. Ao passar, naturalmente via as outras companheiras de trabalho. Não perdia tempo com elas. Uma saudação e seguia. Ia a sua casa ver algo necessário e era sabido que logo aparecia para ajudar a outra a acabar o seu trabalho. Gesto muito apreciado e de incalculável valor para quem tem pouco tempo para tanta lida. Nada mais bonito e saboroso que ajudarem a fazer um trabalho de forma livre e generosa a quem tem que pagar tão cara mão-de-obra. Hoje não é frequente ajudar ninguém com alegria de servir e aliviar os outros. Grande passo para a santidade tão proclamada. E tão pouco praticada. Que este exemplo de tanto ajudar sem recompensa, outrora tão vincado na vida das pessoas regresse com a ajuda desta irmã Que parece dizer-nos. O céu começa cá na terra com o AMOR prático de uns aos outros. Só o dinheiro não dará nunca felicidade. Descanse em paz boa irmã pois estamos muito gratas pelo teu generoso jeito de ajudar. Obrigada sincero por tantos bons exemplos deixados nesta vida. Maria Primitivo

Assine o Jornal Luz da Serra Entre em contacto com a redacção pelos seguintes contactos: 00351 917 480 995 luzdaserra@santacatarinadaserra.com

Ao nosso pai, Sentimos esta dor que nos magoa, Sentimos muito a tua perda, Sentimos a perda do que também perdeste, Sentimos o privilégio de sermos teus filhos, Sentimos orgulho do teu nome, Sentimos a grande responsabilidade de honrar o teu testemunho de vida, Sentimo-nos honrados dos valores humanos que de ti herdamos e que transportamos dentro de nós, para com os nossos filhos partilhar. Obrigado pai. Os filhos

Aos familiares enlutados, o Luz da Serra une-se em oração pelos seus entes queridos.

Casamento

Tanto Agradavas a Deus, Que por Ele foste escolhido, Para trazer nos braços Teus, O seu tesouro mais querido. Foi em ti que o céu pensou, Quando uma Mãe já via, Teu silêncio premiou, Pois tanto amavas Maria. Jesus, Maria e José, Humana Família Trindade, Sacrário Trino do Amor, Laço oculto da Verdade Na Fidelidade leais, Sempre unidos no mistério, No mundo não houve mais, Quem se amasse tão a sério. Doce amparo da Mulher, A menina da doçura, Aquela que em si trazia, O Deus de toda a ternura. Amparo da Virgem Mãe, Castíssimo Pai de Jesus, Todo o mundo em TI Tem, UM claro farol de Luz. Olha, humilde José, Como a Família Vai mal. Dá lhe o de Deus tua FÈ, O teu AMOR IMORTAL! Maria Primitivo pub

Portugueses no Brasil Realizou-se no dia 24 de Janeiro de 2015, na cidade de Curitiba, Brasil, o matrimónio de um filho de um nosso conterrâneo. Frederick Vieira, filho de Joaquim vieira, natural de Santa Catarina da Serra. Três familiares, também eles de Santa Catarina da Serra, quiseram estar presentes na grande festa de Frederick e Niuceli, e transmitir um pouco de calor e testemunho de fé, que se vive nesta nossa terra, Santa Catarina da serra. Foram dias maravilhosos, passados em família, deu para matar as saudades desse povo brasileiro que também é um pouquinho nosso. Aproveitamos mais uma vez para dar os parabéns aos noivos e também á família que tão bem nos acolheu. José Vieira, José Augusto e Victor Marques


MARÇO

LUZ DA SERRA

-- vida da comunidade --

2015

Editorial

2015: Ano da Vida Consagrada

Ser consagrado na opinião de consagrados Venho Senhor me ofertar, A minha vida consagrar. Quero renovar o meu sim, Que a Tua vontade se faça em mim Renova Senhor minha vocação. Onde há ódio, que eu leve o Amor; Onde há ofensa, que eu leve o Perdão; Onde há discórdia, que eu leve a União; Onde há dúvida que eu leve a Fé. DR

Consagrar significa dedicar uma pessoa ou algo a Deus. Tudo aquilo que é consagrado é dedicado para o serviço ao Senhor, para honrar Deus. Ouvindo o testemunho de um padre, uma irmã religiosa e uma noviça, ser consagrado é ser escolhido por Deus, é ser tão atrevida como Ele e dizer-lhe que sim, é ser cúmplice e Nele ser tudo para todos. Nas palavras do Papa Bento XVI, o consagrado é um peregrino da fé, é um apóstolo da força e da beleza da fé, é aquele que é impelido pelo amor de Cristo a evangelizar. O nosso querido Papa Francisco refere que os consagrados são chamados a

“acordar o mundo” e a serem “profetas”. E espera que entre os consagrados não haja rostos tristes, pessoas infelizes e insatisfeitas.

E aqui ficam também um belo poema de Eliana Ribeiro e o magnífico cântico de São Francisco de Assis:

Sem dúvida, hoje mais do que nunca, podemos e devemos afirmar que os consagrados são construtores e sinais de um mundo novo. Fernando Valente

Ao ouvir a notícia da morte do Padre Pedro Meca, ocorrida no passado dia 17 de Fevereiro, lembrei-me logo de Jesus Cristo, que sendo Deus se fez homem para nos salvar. Coisa semelhante fez este Padre. Tinha possibilidade de ter uma vida melhor, mas escolheu misturar-se com os semabrigo para os ajudar e salvar. O P. Meca tinha 80 anos. Era originário de Pamplona, na Espanha. Aos 21 anos de idade passara a fazer parte dos Frades Dominicanos; começou por lutar contra a ditadura de Franco ao lado dos refugiados bascos e, seguidamente, fez trabalhos sociais no bar de "Cloitre", local aberto por iniciativa de Abbé Pierre, seu mentor; viu e viveu a miséria com as gen-

tes da rua. Decidiu pôr-se na "trincheira" para criar relações sociais mais humanas; nasceu assim "A Moquete", associação onde os semabrigo encontraram não só refúgio e escuta, mas eram também envolvidos em debates, conferências, apresentação de livros, festas. A ideia do papa Francisco de levar a Igreja para a rua era, já há 46 anos, a vida do padre Pedro Meca. Desde 1969, deambulou por Paris ao encontro dos pobres e marginalizados. Só Deus sabe as voltas que deu para ajudar os semabrigo com fome ou doentes. O trabalho que teve para convencer alguns deles a tratar-se. As artes de que teve de socorrer-se para as entidades públicas ajudarem a resolver alguns casos mais

DR

Misturou-se com os sem-abrigo para os ajudar

difíceis. «Era um santo» – dizem todos os que lidaram com ele. Nos últimos anos, o Padre Meca já estava muito debilitado, mas nunca abandonou os seus "amigos". Cabelo cumprido, boina basca, barba branca, afirmava sempre que não queria morrer como "padre fundador": "Deus ama todos porque vê em cada um algo belo. Eu procuro ver algo belo na-

quele que está destruído pelo álcool, pela droga, pela falência da vida". A notícia da morte do P. Pedro Meca Zuazu foi dada pela Ordem Dominicana com estas palavras: "Com tristeza anunciamos a morte do P. Pedro Meca, companheiro da noite daqueles que não têm nada. Um mendicante!"

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O mosteiro foi construído por ordem do imperador bizantino Justiniano I (r. 527565) à volta de uma capela que abrigava a sarça ardente construída por Helena, a mãe de Constantino. A sarça que ainda hoje ali está é, supostamente, a original. A capela também é conhecida como "Capela de Santa Helena" e o local é sagrado para os cristãos e muçulmanos. O Monte Sinai (também conhecido como Monte Horeb ou Jebel Musa, que significa “Monte de Moisés” em árabe) está situado no sul da península do Sinai, no Egito. Esta região é considerada sagrada por três religiões: cristianismo, judaísmo e islão. É um pico de granito com uma altitude de 2285 metros onde, segundo a Bíblia e a tradição judaica, Moisés recebeu as Tábuas da Lei. Ao longo dos séculos foram sendo construídos sobre o monte e à sua volta vários locais de culto e acumulados tesouros da cultura religiosa. No pico do monte encontrase a pequena Capela de Santa Catarina da Santíssima Trindade, construída em 1934 sobre as ruínas de uma igreja do século XVI, onde se pensa que existiria a sarça ardente – no entanto, o Mosteiro de Santa Catarina, no sopé do monte, clama a mesma localização. Entre a base e o pico, existe uma escadaria escavada na rocha com cerca de 4000 degraus (leva 3 horas a subir), chamada “Sikket Saydna Musa”, que significa, em árabe, “O Caminho de Moisés”. 750 degraus abaixo do pico, existe uma plataforma onde Aarão e os 70 sábios esperaram, enquanto Moisés recebia as Tábuas da Lei (Êxodo 24:14) e uma caverna, chamada “Retiro de Elias”, onde se acredita que aquele profeta passou 40 dias e noites em comunhão com Deus. A noroeste deste ponto, encontra-se o monte Safsaafa, onde viveram eremitas bizantinos, como São Gregório e, logo abaixo deste pico, encontra-se a planície de arRaaha, onde os israelitas acamparam enquanto Moisés subia à montanha e onde, depois ergueu o primeiro tabernáculo. Esta ligação do Monte Sinai com a Bíblia atraiu muitos peregrinos ao longo dos séculos e uma das mais famosas foi a Imperatriz Helena de Bizâncio, no século IV que fez ali construir uma igreja, a Capela da

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Continuação da página 1

P. Mário de Almeida Verdasca Pároco e director do Jornal Luz da Serra

Sarça Ardente, no local onde ainda se encontra vivo um arbusto de Rubus sanctus, que os monges acreditam ser a sarça ardente original. Imediatamente se estabeleceu ali uma comunidade monástica e, para proteger a igreja e os monges dos ataques de beduínos, o imperador Justiniano I mandou construir uma muralha à volta da igreja, no ano 542 e os edifícios que são hoje o Mosteiro Ortodoxo de Santa Catarina. A nossa padroeira está profundamente ligada a este lugar encantador. Há uma tradição que diz Santa Catarina ter sido martirizada pelos soldados de seu pai neste lugar para onde fugiu, mas outras afirmam que o corpo e as relíquias da santa terão sido para ali levadas pelos anjos ou por cristãos, outras afirmam que o seu túmulo foi ali encontrado e o seu corpo terá sido introduzido no mosteiro onde ainda hoje repousa. O certo é que para nós protegidos por tão grande santa e padroeira, é uma graça e uma bênção poder visitar este lugar que tem tanto a ver com a história desta mártir de Alexandria e sobretudo com a devoção à sua proteção. O convite está feito e os lugares no avião por preencher. Vale a pena fazer um esforço acrescido para esta visita.


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-- a vida da comunidade --

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2015

As profissões do passado (parteII) Os lavradores contratados com as suas juntas de bois ou vacas, iam lavrar ou carrear à jorna. Umas décadas mais tarde, foram substituidos pelos tratoristas agrícolas que ainda hoje são vistos, acabando o trabalho agricola feito por animais de trabalho e de carga. Os moleiros sábios na sua profissão e na meteorologia, orientavam o moinho contra o vento com a ajuda dos cataventos, abriam as velas ao vento consoante a força do vento e o número de mós em movimento. Defendiam e acautelavam os moinhos com mestria, para que não viesse alguma forte ventania ou mudança brusca de rumo do vento e lhes causasse prejuizos no moinho. Os búzios de barro com diferentes tamanhos, colocados ao longo dos travamentos dos braços do moinho, emitiam diferentes sons que enchiam os arredores com autênticas melodias. Recordo-me que no dia de S. Bartolomeu a 24 de agosto, se dizia que o diabo andava à solta da parte da tarde, trazia tempestades de vento forte com redemoinhos e por isso, todos os moinhos estavam parados durante a tarde desse dia. Os ferreiros, que nas suas forjas sopravam com o fole o braseiro de carvão de pedra, pondo o aço ao rubro, que malhavam sobre a bigorna alternadamente com a um ajudante munido de um malho, dando forma às enxadas de pontas e rasas e, outras ferramentas agricolas. Estes profissionais eram mestres nesta arte, especialmente na têmpera do aço das ferramentas, orientados pela mudança da cor do rubro que o aço ia tomando à medida que iam imergindo a ferramenta em água. Este procedimento de tempera estava envolto em segredo profissional. Os resineiros que resinavam os pinheiros, aplicando bicas de resinagem nos pinheiros, não ultrapassando o número de quatro bicas em altura

DR

José Narciso Santos

por pinheiro. Inicialmente eram feitas incisões no pinheiro com um ferro de resinar de corte, retirando aparas de madeira para ativar a saída da resina que era colhida em púcaros de barro. Mais tarde, deixou-se de retirar as aparas de madeira e passou a usar-se um sistema mais agressivo em termos de resinagem, passando a retirar-se apenas a casca do pinheiro e aplicar-se um borrifo de ácido sulfúrico. A recolha da resina era feita geralmente por mulheres jornaleiras que andavam de pinheiro em pinheiro com baldes de lata e espátulas apropriadas para esta tarefa. Os baldes, uma vez cheios eram despejados em barris de madeira com capacidade aproximada de 200 litros. Esta profissão entrou em desuso na nossa região, mas em zonas de pinhal intensivo ainda é usada por ser lucrativa, devido à cotação que a resina atingiu. Propositadamente deixei para o fim algumas profissões que sofreram grandes alterações e atualizações até aos nossos dias, que na altura eram desempenhadas por “Grandes Profissionais” a quem eu presto a minha homenagem, pelo seu grande saber empírico, pela sua grande dedicação e pela obra que realizaram. A sua experiência e competência profissional levava-os a fazer uso de técnicas e cálculos de construção que aprenderam

com os seus mestres do ofício, que poderiam hoje ser considerados autênticos “bacharéis de engenharia”, senão vejamos alguns casos do nosso tempo, de profissionais que bem mereciam que o seu nome ficasse para memória futura na rua que habitaram. Dentro do possivel, não vou mensionar os nomes dos profissionais em questão, mas sim as profissões que exerceram e desta forma, todos os leitotes deste artigo e meus contemporânios conhecem a quem me refiro e facilmente identificam os seus destinatários: Passo a recordar os pedreiros e canteiros que me impressionavam quando os amiudava ao vê-los a talhar e a aparelhar as pedras, os cunhais, as ombreiras, as padieiras das portas, as cantarias, as molduras, etc. Delirava vê-los a construir as paredes, toda a pedra em que pegavam tinha sítio certo na parede, assentava que nem uma luva, não era preciso bater nem acamar a pedra: “autêntica pedra feita por medida” para o sítio certo. Claro que havia uma certa vaidade da parte do pedreiro quando se sentia observado neste trabalho. Recordo que um pedreiro para se envaidecer me dizia: sabes, toda a pedra tem sete camas de assentamento na parede, sendo a última delas em cima de um dedo. Eu lá ia vendo e ouvindo estas lições de mestre que não me

fatigavam, mas não sentia atração para ela. Claro que também me lembro dos fracos pedreiros que eram alcunhados de “pedreiras”, por não terem grandes conhecimentos da arte. Recordo aqui um deles onde a verticalidade da construção era feita o olho nú. Suponho que o mestre que o ensinou desconhecia a utilidade e uso do fio do prumo. Uma ocasião, estava a construir um pilar de tijolo debaixo duma viga de madeira de um sotão do palheiro e tal não foi o seu espanto ao ver que não acertou com o pilar na viga. Para resolver o problema inclinou o pilar para debaixo da viga e assim concluiu a obra. Passado algum tempo, este “artista da arte” emigrou para França com a profissão de pedreiro. Hoje vendo algumas obras que ainda aí estão de “pedra e cal”, foram feitas com segurança, muito saber e um perfeito domínio dos materiais e técnicas empregues, praticamente dispensaram qualquer munutenção ao longo dos anos, contrapondo com as atuais obras mais arrojadas com montes de cálculos de engenharia com muito aço e muito betão, necessitando de atenta inspeção e manutenção ao longo do tempo devido à corrosão do betão e do aço que põe em risco a segurança de muitas obras. Finalmente lembro os carpinteiros multifunções, que

por si só mereciam uma crónica em separado. Materialiso esta profissão num carpinteiro meu tio, que era uma autoridade na matéria e que conheci de perto, deveria ter uma carrada de diversas ferramentas e todas manuais, para todos os tipos de trabalho e que me ia pegando o bichinho da arte, que ainda hoje utilizo como passatempo predileto. Este carpinteiro era bom em tudo, desde que envolvesse madeira de qualquer tipo. Lembro algumas das suas principais obras que exercia com mestria: carpintaria completa de habitações incluindo o emadeiramento do telhado com as respetivas asnas adaptadas a duas, três e quatro águas, divisões em tabique, vigamentos, soalhos, fôrro das divisões, portas interiores e exteriores, caixilharia das janelas, arcas com juntas emalhetadas e toda a mobília básica do recheio da casa incluindo a amassadeira do pão, alqueire, oitava do alqueire, salgadeira, etc. Construia carroças, carros de bois com eixo móvel de pau e eixo fixo de ferro com rodas raiadas, ferrando as rodas com aros de ferro utilizando a técnica do seu aquecimento próximo do rubro para que dilatassem para de imediato calçar as rodas. Fazia dornas tronco-cónicas, reparava tonéis de vinho e construía imaginem: moinhos de vento, com engrenagens

completas em madeira de azinho e com ferragens para um ou vários casais de mós. Este trabalho envolvia muita engenharia empírica de engrenagens dentadas com passos e módulos de engrenagem nas diferentes entrosas e tambores dentados de transmissão de movimento no mesmo plano ou a noventa graus. Todas estas engrenagens com dentados feitos manualmente em madeira engrenavam perfeitamente, trabalhando sem ruidos ou empenos. Na altura eu possuia conhecimentos de mecânica técnica de transmissões de movimento, ministrados pela Escola Industrial, tinha largas conversas com este meu tio que me explicava como empiricamente chegava a estes resultados. Eu falava-lhe de graus de ângulo, como calculava o perímetro da circunferência, como a dividia em partes iguais, número de dentes da roda mandante e da roda mandada para atingir determinado número de rotações, módulos de engrenagem, etc. Toda esta teoria era nova para ele. Ele simplesmente tinha o compasso, o esquadro, a régua, a meia esquadria, uns escantilhões e umas fórmulas empíricas antigas que acabavam por dar resultados muito próximos dos meus. Baseava-se muito em modelos e casos já existentes com provas dadas de números de rotações mandantes e mandadas consoante o desejado e não sentia necessidade de mais técnicas. O mesmo aconteceu já mais tarde quando queria multiplicar ou desmultiplicar números de rotações de tambores para transmissões motoras por correia. Que dizer destes profissionais cuja escolaridade na maioria dos casos nem a quarta classe tinham? É de lhes prestar a homenagem que merecem e que singelamente aqui lembrei partilhando convosco.

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MARÇO

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-- correio do leitor --

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África suplicante Maria Primitivo

Ninguém está livre de se apaixonar por algo na vida. E ainda bem, pois a paixão é uma forma interessante de nos relacionarmos com a Pessoa de Jesus Cristo. O APAIXONADO pela pobre Humanidade, que no deserto caminhava outrora e continua a caminhar hoje, porque ainda não chegou ao conhecimento profundo das suas paixões. A maior julgamos nós, A mais dura na sua alma e corpo. Foi a Sua dolorosa caminhada até á morte física no Calvário. Mas tudo por causa do apaixonado AMOR pelos homens todos. Por causa da nossa conversão a Deus que o enviou para que chegássemos à plenitude da Sua glória eterna. A felicidade para que nos criou. A única maneira a mais real e linda, foi mandar o FILHO, para através dele chegarmos ao PAI. Quem me vê, vê o PAI, respondeu aos que lhe pediram que lhes mostrasse O PAI. Tanto falava dele que lhes despertou a curiosidade. E a resposta de Jesus, foi a de um Deus Filho íntimo com o Pai. Como é quaresma começo desta forma e sem delongas entro no assunto. A minha Paixão no mundo em que estou. É a missão, e digo com verdade, missão evangelização. Pensando no coração apaixonado como nenhum, de Cristo, na última ceia, a PRIMEIRA EUCARISTIA. FAZEI ISTO EM MEMÒRIA DE MIM, vejo claramente a necessidade vista como mais necessária á nossa vida cristã, a EUCARISTIA.O MAIOR dos SACRAMENTOS. Não o primeiro, porque esse é o Batismo. Logo em segundo lugar coloco o amor à missão evangelizadora no seu mandato específico aos apóstolos. IDE POR TODO O MUNDO LEVAR A BOA NOVA AOS POBRES. Grande paixão de Cristo. Os pobres. E quando dizia pobres, sabia bem que nenhum homem era rico sem Ele, mas que nas periferias, aquilo a que o PAPA Francisco dá o nome de franjas, ou pontas

Ficha Técnica Jornal Luz da Serra Nº 505 - Março de 2015 Ano XLI ERC 108932 - Depósito Legal Nº 1679/83

Irmã mexicana que me acompanhou nestas visitas ao hospital e à cadeia. da sociedade desconhecida e desprezada, a necessidade era mais evidente e difícil. Assim contínua e de mal a pior. Os homens não entenderam ainda nem as Paixões de CRISTO, nem os pobres de que lhes falou. Aqueles cujas circunstâncias não dão para se ajudarem uns aos outros. Pois nisto se radicalizou a minha paixão por África. Por enquanto ainda podemos ajudar este Continente atração dos santos e mártires. Mas outros há aonde só com a oração podemos chegar. Muito sofrimento tem este mundo e nós tão egoístas e distraídos…vou dar continuidade, a minha história africana. Falo-vos de uma visita a uma prisão e ao hospital da universidade do Togo. Neste recordo que ao entrarmos ao portão largo, enorme coberto de ferrugem e torto sem se poder fechar, deparamos com um belo

jovem branco. De olhos chorosos dirigiu-se a mim, pois era branca e quis saber algo mais da minha visita. Ia acompanhada de uma freira Mexicana que costumava passar pelo hospital. Disse que era médico dentista de nacionalidade alemã e ia sair de regresso á sua pátria. Estava no Togo sozinho em cumprimento de um voto feito quando terminasse o seu curso. Estava muito magrinho e descorado e a agravar a situação, limpando lágrimas. Falava muito bem o francês e arranhava o português. Informou que só naquela manhã bem longa, arrancara 37 dentes, todos sem anestesia pois o hospital não a cedia e ele acabara a sua que havia trazido há dois meses. O tempo que se comprometeu, e tinha que sair naquele fim de tarde no único avião de que podia dispor. As lágrimas iam

abundando e o jovem tentando sorrir nos disse. Sei que nunca mais farei um trabalho que tanto gosto me dê. Estarei com um povo que tanto necessite de mim, nem que me dê a recompensa que dele recebi. Nem uma moeda. Nem um copo de água. Mas um deles me encheu mais que os bolsos. Encheu até ao cimo o meu coração. Médico bom. Não nos deixe. Obrigada e volte depressa. Peça a outros que venham ajudar nossa miséria. Ninguém tira nossas dores. A gente morre aqui sem ter nada, nem alguém que goste de nós. Não temos dinheiro para tirar nossos dentes nem dores. Despedimo-nos e avançamos a visita. Nada mais pudemos ver naquele montão de paredes indecentes, que a maternidade. Descrevo rápida. Uma sala de mais ou menos 7 por 7 metros com camas estreitas em duas carreiras de cada lado. Uns panos como colchas todos diferentes e muito escuros. Janelas altas e, muito estreitas também, estavam deitadas as que acabavam de ser mães. Algumas, aflitas porque seus bebés iam morrer e pediam o Batismo. Choravam. Chegava um missionário, o P. Fábio ITALIANO a quem acorreram logo, por favor batize o meu bebé. Tirou do bolso um minúsculo frasco com água e prepara o ritual com o que traz. Que nome queres? Responde a mãe. Bernabé. E o menino cheio de fios no nariz minutos depois expirou. Não vi parteiras nem médicos. Mas o que vi naquele ambiente. Os gemidos. De dor e de fome. O calor abafado do local, com baldes para as necessidades fisiológicas. Nada de casa de banho. Só na rua duas velhas torneiras com água para fazerem os caldos debaixo de um alpendre onde cada uma se desenrasque. Por lá estavam familiares de muitas, que para as verem tinham que sair à rua molhada e suja dos cozinhados e das cinzas. Mesmo ali parecia sardinha

em canastra. Ninguém comentou nada no local. Saímos e fomos à prisão, porque mais nada era visitável. As paredes avisavam. Infecioso por todos os cantos e portas cerradas. Na prisão começam os arrepios. Muralhas de alturas enormes e capim quase até à mesma altura. Bicharada saltava por cada esquina. No interior não sei explicar. Nunca imaginei tanta desventura neste mundo. Nem tão grave desumanidade. Mas os jovens ficaram tão alegres quando nos viram. Ouvimos cânticos litúrgicos num corredor. Era um recluso a ensaiar os cânticos para a celebração da palavra pois era domingo e só o diácono podia lá ir. Como pode e tem coragem aquela gente para fazer o que faz. Que maravilha o silêncio dos que participavam na liturgia. Comungaram e ficaram em oração. O altar improvisado num local de passagem ao lado, uma cela para mulheres. Mães com três e mais crianças com elas numa invasão enxame de moscas faziam, ao sol ardente, as papas para serem alimento comum em panelas de lata sobre pedras e as crianças uma mistura impressionante dormiam com as mães, umas nove em cada cela, onde o

cheiro nos atirava ao ar. As perguntas e as respostas não devo descreve-las incomodam e tiram o sono a quem ler. Feridas graves nos corpinhos infantis. Mães sem solução e muitas com novos seres no ventre, lama e terra batida com trapos Estendidos no chão para dormirem como animais desprezados e indesejados a quem a vida não inspira compaixão a ninguém. Confesso que desejava de todo poder sair e chegar ao meu aposento, para fechar a porta e poder finalmente desabafar, refletir e sentir a infelicidade total na pele daqueles de quem ouvia da parte de DEUS. Olha que são teus irmãos. O que vais fazer agora que viste tudo isto? Senti crescer a emoção maior da vida e a revolta por quem não vai até eles mas ainda lhes recusa uma moeda que era a cura do seu estômago doente e vazio. que fizeste destes irmãos , será uma pergunta certa no juízo final de cada um de nós. Isto custa a ouvir mas custa mais a dizer.

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Coisas da nossa terra Os Florindos da Loureira No ano de 1840, o José Rodrigues Ferreira casou com a Florinda de Jesus e ficou conhecido por José da Florinda. Uns anos mais tarde um seu neto, o José Rodrigues Gonçalves casado com Maria Inácia herdou o título do avô e ficou conhecido por Zé da Florinda até à morte, ocorrida em 1947. O casal, José Rodrigues Ferreira e mulher Florinda de Jesus teve 9 filhos (5 do sexo masculino e 4 do sexo feminino) mas apenas 6 atingiram a maioridade. O casal era possuidor de 82 propriedades, rústicas e urbanas, localizadas nas freguesias de Santa Catarina da Serra e Fátima. A Maria, com o nome de Maria dos Santos, casou José Francisco Gordo, filho de José Francisco Gordo, do Ulmeiro e de Josefa Maria, do Pedrome. Não tiveram filhos. Fixaram a sua residência no lugar da Loureira, ocupando uma casas que foram de António Brasino, com os seus quintais, árvores e serventias, tudo pegado, que parte do norte com José Rodrigues Ferreira Novo, do nascente com Manuel Canha, sul e poente com estrada pública. Na partilha couberam-lhe mais 22 propriedades. Foi vogal da Junta da paróquia no quadriénio de 1905. Teve a seu cargo a responsabilidade de um enjeitado com o nome de João. A Maria, com o nome de Maria do Rosário, casou na Igreja de Santa Catarina da Serra, com António Pereira Rosa. Ela tinha 25 anos de idade e o noivo tinha 30 anos. O António Pereira Rosa era filho de António Pereira Rosa e de Maria Inácia, natural de Pêras Ruivas. Foram dispensados de impedimento de parentesco de 3.º grau de consanguinidade. Apesar de terem casado em Santa Catarina da Serra, os nubentes fixaram a sua residência em Peras Ruivas, conforme consta de um escrito elaborado por seu irmão Domingos Rodrigues Ferreira. Na partilha dos bens foi-lhe atribuído um “assentamento de casas de habitação com quintais pegados e logradouros, lagar de fazer azeite e currais e mais pertences, no sítio e limite da Loureira que

parte do norte com estrada pública, nascente com Reverendo padre António Pereira de Oliveira, do sul com António dos Santos e do poente com José Luís” e ainda uma terra no sítio do Arneiro, com pinhal pegado que parte do norte com estrada pública, do sul com Manuel das Neves e outros, da Loureira. O filho Joaquim, com o nome de Joaquim Rodrigues Ferreira, casou com Joaquina de Jesus, nascida no Ulmeiro, filha de Manuel Gonçalves e Joaquina Maria. Ele de 26 anos de idade e ela de 33 anos. Na partilha dos bens couberam-lhe 23 propriedades, nas quais se incluía as “ benfeitorias que fez num assentamento de casas de habitação onde residia, que parte do norte e poente com estrada pública, nascente com Joaquina Santos Vieira, do mesmo lugar e do sul com a mesma. (Isto é no Oiteiro das Figueiras) O filho José, com o nome de José Rodrigues Ferreira Júnior, casou com Maria do Rosário, natural da Loureira, de 20 anos de idade, filha de Manuel Ferreira Filipe e Joaquina dos Santos. O Manuel Ferreira Filipe era natural dos Matos, freguesia de Espite e faleceu na Loureira em 01.11.1890. Na partilha dos bens couberam-lhe 18 propriedades onde se inclui “ um assentamento de casas com dois quintais, um a nascente e outro a ponte, dividido por uma estrada pública, com árvores de fruto e serventias, com acomodações pegadas, que parte do norte com António Francisco, do sul com Manuel Pereira” O filho José Joaquim, nascido em 20.03.1853, foi estudante no Seminário de Leiria para ser padre. Como no seminário não existissem formadores frequentou o liceu na cidade do Lis, nos anos de 1870 a 1875. Com a idade de 22 anos faleceu em casa de seus pais, na Loureira. Quando os pais e família esperavam muito deste estudante a morte roubou-lhe a vida. No assento de óbito pode ler-se:” aos quinze dias de Fevereiro de 1875, às 5 horas da tarde, em casa de José Rodrigues Ferreira, no

lugar da Loureira, depois de ter recebido todos os sacramentos, faleceu José Joaquim Rodrigues Ferreira, de 22 anos, solteiro, natural e morador no lugar da Loureira, filho de José Rodrigues Ferreira e de sua mulher Florinda de Jesus. Existem alguns escritos da sua autoria e por si assinados, em estilo filosófico, que o autor deste apontamento guarda com muita estima. Valem o que valem... O filho mais novo Domingos, com o nome de Domingos Rodrigues Ferreira, faleceu no estado de solteiro em 10.11.1934. Na distribuição de bens foram-lhe atribuídas 22 propriedades, sem casas para habitar. Residiu sempre nas casas que foram dos seus pais e para o fim da vida em casa de alguns sobrinhos Das terras que herdou destaca-se a verba n.º 11 “ um serrado denominada a horta do Matinho que parte do poente com José Pereira, do nascente, com Joaquim Caetano e mais um carvalho aí próximo, pegado com terreno de Faustino Fançõa, da Loureira. Este Domingos fazia muitas escritas para outras pessoas, nomeadamente em partilhas. Deixou-nos algumas cópias que guardo com todo o cuidado. A biografia do José Rodrigues Ferreira é bastante positiva e curiosa apesar de no primeiro casamento as coisas não terem corrido muito bem. De acordo com o que apurei este indivíduo nasceu no ano de 1813, no lugar da Loureira, filho de Manuel Rodrigues, do mesmo lugar e de Faustina Maria, da Pinheiria. Com a idade de 27 anos casou, em primeiras núpcias com Joaquina das Neves, filha de José das Neves, do Ulmeiro e de Luísa Maria, do Casal do Meio, freguesia do Reguengo do Fetal (hoje S. Mamede) e três anos depois encontrava-se no estado de viuvez com uma filha de poucos meses fruto do 1.º casamento. Não sabemos o que se teria passado, mas o nosso José não suportou aquela situação e um ano depois estava de novo casado, em segundas núpcias, com Florinda de Jesus, filha de Constantino Pereira, da Loureira e Teresa Maria, do Ulmeiro. A filha do primeiro casa-

mento também faleceu poucos meses depois do segundo casamento. Este homem foi um grande lavrador, possuidor de muitas propriedades que distribuiu pelos filhos, ainda em vida, reservando para si e sua mulher 10 alqueires de milho, 5 alqueires de trigo e um alqueire de feijão; metade de toda a azeitona que produzirem as oliveiras doadas, duas carradas de lenha de cada filho; metade do vinho que colherem; que os donatários não podem onerar, trocar, vender ou doar ou por qualquer forma alienar os bens doados sem licença dos doadores. Foi vogal da Junta de Paróquia da Freguesia de Santa Catarina da Serra, durante vários mandatos e foi também regedor da freguesia por várias vezes. Em colaboração com José Francisco Lebre e António Francisco Lebre, fez parte da comissão de louvação dos bens pertencentes à Mitra de Leiria, situados na cerca da Quinta do Ex.mo Senhor Barão do Salgueiro, freguesia de Santa Catarina da Serra. Homem muito ligado à Igreja local tendo colaborado com os párocos Domingos José Lopes, Bento Ferreira Filipe e com os conterrâneos José Antunes das Neves, Manuel Francisco Barbeiro e seu compadre Manuel Ferreira Filipe. No dia 25 de Novembro do ano de 1877 foi padrinho de uma criança, do sexo feminino que foi encontrada abandonada e envolta de pequenos trapos, na Quinta da Sardinha junto à porta de José Gonçalves na noite de 23 para 24 do referido mês. O batizado realizou-se no dia 25, dia de Santa Catarina e à criança foi dado o nome de Catarina, em homenagem à padroeira. Os outros Florindos da segunda geração. O filho Joaquim, com o nome de Joaquim Rodrigues Ferreira casou com Joaquina de Jesus, filha de Manuel Gonçalves e Joaquina Maria, do Ulmeiro e tiveram os filhos, José e Maria. O José nasceu em 1874 e com o nome de José Rodrigues Gonçalves e no dia

22.11.1909 casou com Maria Inácia, da Loureira, filha de Faustino Pereira e Inácia de Jesus; ele solteiro de 35 anos e ela também solteira de 34 anos moradores na Loureira. Chamavam-lhe o Zé da Florinda e morreu no ano de 1947. O casal teve apenas uma filha de nome Maria Inácia. A filha Maria, com o nome de Maria de Jesus, casou no ano de 1906, com 27 anos, com Joaquim Pereira, também conhecido como Joaquim Pereira Matinho, filho de António Pereira e Inácia de Jesus, da Loureira. Deste casamento nasceram o José (José Pereira Matinho), nascido a 30 de Setembro de 1908 e casou com a prima Maria Inácia, filha de José Rodrigues Gonçalves; o Manuel (Manuel Pereira) que casou com Maria Ferreira dos Cardosos, o Domingos (Domingos Matinho) que casou com Maria Rosa, da freguesia de S. Mamede; a Maria José casou com Joaquim Francisco, ou Joaquim Bispo e a Albina (Albina de Jesus) casou com o Faustino Gameiro, da Loureira. O filho José, com o nome de José Rodrigues Ferreira Júnior, casado com Maria do Rosário, filhos do Manuel Ferreira Filipe, como já referi, teve 9 filhos, Manuel, José, António, Maria, Emília, Maria, Maria, Quitéria de Jesus, Francisco, Albina e Domingos. O Manuel nasceu em 1879 e faleceu no ano de 1957, no estado de solteiro e ficou conhecido por “Manuel do Santo Amaro”. O José casou no Pedrome com a Maria do Rego e ficou conhecido por “José Abóbora” O António, António Rodrigues Ferreira casou com Maria Ângela e ficou conhecido por “Cartola”. A Maria, com o nome de Maria de Jesus, nasceu no ano de 1887 casou com António Ribeiro Novo, conhecido por “António da Velha”; morreu no ano de 1975. A Emília, com o nome de Emília dos Santos casou com Manuel Fartaria, faleceu com a idade de 79 anos. A Maria, com o nome de Maria Nazaré casou com José Costa do Pedrome. Faleceu em1979. O Francisco, com o nome de Francisco Rodrigues Ferreira, nascido em 1890 casou com Catarina dos Reis, da Moita. Albina,

nascida no ano de 1900, foi para o Brasil, onde faleceu. Domingos, com o nome de Domingos Rodrigues Ferreira casou na Loureira com Maria Vitória. Para um outro ramo da família, ligada aos Filipes temos o Manuel, com o nome de Manuel Ferreira Filipe Júnior, casou com Maria da Conceição, filha de Joaquim Francisco e Luísa Maria, da Freiria, teve a filha Emília, nascida no ano de 1885 e falecida no ano de 1970, a Maria, nascida no ano de 1890 e falecida no ano de 1962, a Teresa nascida em 1895, casou no Casal dos Lobos com um Vicente e falecida no ano de 1964, um outro filho nascido em 1898 e falecido no ano de 1973 e a Vitoria nascida no ano de 1906, casou com o primo Domingos Rodrigues Ferreira e falecida no ano de 1992. Há outros familiares que estão ligados por laços de consanguinidade, como são os Rosas, os Claudinos, os Ribeiro, os Filipes e outros deste lugar da Loureira Por falta de espaço, ficamos por aqui Domingos Marques Neves

Quer expressar a sua opinião neste espaço? Envie-nos a o seu comentário até ao final de cada mês por email: luzdaserra@santacatarinadaserra.com ou entregue na redacção ( ForSerra - Edifício da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra ) Nota: Os textos deverão ter no máx. 2000 caracteres e deverão chegar à redacção devidamente identificados com nome, morada e contacto do autor, mesmo que a publicação se pretenda anónima.


MARÇO

Notícias de toda a parte

Sono dos adolescentes – Um quarto dos adolescentes dorme menos de sete horas por noite e apenas 20% dormem mais de nove horas. Segundo esse estudo da Associação Portuguesa de Cronobiologia e Medicina do Sono, a maior parte dos adolescentes (cerca de 67%) dorme entre sete e nove horas, o que, segundo os especialistas, "é insuficiente", uma vez que o ideal seria dez horas, e comporta "riscos reais" para os jovens, como mau desempenho escolar e adoção de comportamentos desviantes. Carta de condução - Quase 12 mil condutores estão em risco de ficar sem carta de condução, caso cometem mais uma contra-ordenação grave ou muito grave, indicam dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) enviadas à agência Lusa. Os condutores com o título de condução apreendido vão ficar sem conduzir durante dois anos Europa está cada vez mais pobre – A confederação europeia da Cáritas denunciou

Síria – Membros do grupo terrorista auto-denominado Estado Islâmico (EI) raptaram no dia 23 de Fevereiro todos os homens de várias aldeias cristãs, nos arredores da vila de Tell Tamer. As al-

tizam, terminam com a tentativa de venda de aparelhos para colocar nas torneiras, como filtros. Menos funcionários públicos – Durante o ano de 2014 saíram da Função Pública 18.474 trabalhadores, o que representa uma quebra de 2,7% em relação ao ano anterior, divulgou hoje a Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP). Segundo a Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP), divulgada pela DGAEP, a 31 de Dezembro de 2014, o emprego na administração pública situava-se em 655 620 postos de trabalho, o que sig-

DR

Prisões - A população prisional em Portugal registou um aumento superior a três mil presos, de 2008 a 2013, revelam dados constantes nas Estatísticas Penais Anuais, relatório elaborado pela Universidade de Lausana (Suíça), divulgado pelo Conselho da Europa. Em 2008, o número de presos nos estabelecimentos prisionais portugueses, em cumprimento de pena e em prisão preventiva, fixou-se em 10.807, enquanto o universo em 2013 era de 14.284, mais 3.477 do que cinco anos antes.

a existência de 133 milhões de pobres na União Europeia e o aumento das desigualdades sociais. Esta denúncia parte de um relatório sobre a crise apresentado recentemente em Roma que regista o agravamento da situação com a crise financeira e as políticas de austeridade, sobretudo nalguns países como Portugal, Itália, Espanha, Grécia, Irlanda, Roménia e Chipre.

deias foram atacadas de madrugada. Todos os homens capazes, cerca de 200, foram reunidos e levados para um monte próximo, onde estão a ser mantidos como reféns. As aldeias integram o grupo étnico dos assírios, a que pertence a esmagadora maioria dos cristãos da Síria e do Iraque. São Gregório de Narek novo Doutor da Igreja – O Papa Francisco vai proclamar Doutor da Igreja Universal São Gregório de Narek, um missionário arménio do final do primeiro milénio e que se notabilizou pela sua escrita e doutrina. Águas de Portugal – A Águas de Portugal alertou para a existência de contactos fraudulentos em nome da empresa em que falsos funcionários tentam agendar visitas a domicílios para depois vender produtos. Quando as visitas se concre-

nifica uma quebra global de 2,7 % em termos homólogos e de 9,8 % face a 31 de Dezembro de 2011 – menos 71 365 postos de trabalho. Apelo aos jovens – O Papa Francisco lançou um apelo aos jovens para que se manifestem contra a tendência para banalizar o amor e reduzi-lo somente ao aspecto sexual. Álcool – O Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SIDAD) defende que o consumo de álcool deve ser proibido até aos 18 anos, independentemente do tipo de bebida. Três estudos avaliaram o impacto da lei de 2003, que proibiu a venda, disponibilização ou consumo de bebidas espirituosas a menores de 18 anos e de cerveja e de vinho a menores de 16. A conclusão é que quase dois anos depois, os comporta-

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Grupo de Jovens de Santa Catarina da Serra

mentos não se alteraram. Gripe suína – O número de mortes causadas pela gripe suína na Índia subiu para 703 desde o início do ano, havendo 11.071 casos de contágio, segundo informação da agência Efe. Vinho português – O reconhecimento de seis vinhos portugueses entre os cem melhores do mundo mostra cada vez mais a importância deste sector a nível internacional e na economia nacional. Líbia – O Papa Francisco apelou no Vaticano a uma intervenção internacional para travar o conflito na Líbia, evocando os 21 cristãos egípcios assassinados por fundamentalistas islâmicos. "Que a comunidade internacional possa encontrar soluções pacíficas para a difícil situação na Líbia", pediu, no final da audiência pública semanal que decorreu na Praça de São Pedro. Óscar Romero – O Papa Francisco aprovou o decreto para a beatificação do arcebispo de São Salvador Óscar Arnulfo Romero, assassinado em 1980. O decreto reconhece o "martírio" de Romero "in odium fidei", o que significa que foi assassinado por "ódio à fé". Níger – Uma religiosa católica que fugiu do país denunciou a intenção do grupo fundamentalista islâmico "Boko Haram" de "massacrar todos os cristãos" deste país africano. A denúncia da missionária foi feita através da fundação pontifícia "Ajuda à Igreja que Sofre" (AIS)

OBRIGADO! O Grupo de Jovens de Santa Catarina da Serra e Conferência De São Vicente de Paulo agradecem os 300 KG de alimentos recolhidos neste Natal.

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Crise económica - O Fundo Social Solidário (FSS) criado pela Conferência Episcopal Portuguesa em 2010, distribuiu até hoje mais de dois milhões de euros para ajudar 25 620 pessoas atingidas pela crise económica.

LUZ DA SERRA

-- sociedade --

Mais uma vez fez-se Natal! Natal é quando o Homem quiser e o Grupo de Jovens quis associar-se à Conferência Vicentina, quis espalhar por todas os minimercados da freguesia e pelas igrejas pontos de depósito de alimentos para ajudar as famílias mais necessitadas da freguesia. Nascia a campanha: “Mais Natal, Mais amor, mais família”. Espelhava mais uma vez a vida em comunidade; o olhar para o mais necessitado, para os que vivem ao nosso lado. O grupo de jovens existe para que isso mesmo se concretize, para que nasça a partilhar sendo um elo de ligação entre diferentes projetos e a comunidade. Esta comunidade que há muito nos habituou a não nos desiludir, a caminhar de braço dado connosco: nos minimercados a campanha foi divulgada simpaticamente todos os dias pelos “merceeiros” (obrigado a todos os minimercados locais que todos conhecem), nos cafés pelos “taberneiros” (obrigado aos cafés que se associaram); foram criados eventos pelos próprios bares, cuja entrada era precisamente um alimento (obrigado Kitolas bar); despontaram donativos em dinheiro (obrigado novamente ao senhor Moisés Neves, residente no Ca-

nadá, pelo contributo em dinheiro, já habitual, à nossa conferência); obrigado a si, habitante da freguesia, que, tantas vezes, no anonimato, nos ajuda e volta a ajudar querendo em troca somente o bem-estar, o sorriso e a felicidade dos que estão ao seu lado! Obrigado a nós freguesia, por tentarmos viver em comunidade, cada um com o seu pequeno grande contributo. Esperamos que os alimentos encham de alegria as casa que deles precisem e que esta campanha seja um pequeno alerta a todos nós: são 365 dias do ano em que “o outro” precisa de nós. Um bem-haja a todos! (O Grupo de Jovens pede desculpa por este artigo apenas ser publicado na edição do mês de Março, mas devido a erros informáticos, não foi possível tê-lo publicado antes. Agradecemos a compreensão.) Rui Alves, JCII

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LUZ DA SERRA

-- comunidade --

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MARÇO 2015

Alegria e folia na Freguesia de máscaras entre alguns dos presentes. Vários utentes de algumas das instituições e associações da freguesia comemoram o carnaval um pouco nas festas organizadas. Esta época terminou com a festa de Carnaval organizada pelo Grupo de Jovens no Salão Paroquial de Santa Catarina da Serra.

ASSUL - ULMEIRO

GR Jovens

Apesar do Sábado anterior ao dia de Carnaval ter sido coincidente com o dia dos namorados, foram muitos que aderiram às festas de carnaval na freguesia. Este momento de irreverência foi festejado em alguns locais, nomeadamente na ASSUL no Ulmeiro com a organização do habitual jantar, em que este ano reuniu várias centenas de pessoas e, que terminou com o desfile

Nicole Torcato

Um pouco pela Freguesia, cada um à sua maneira, festejou o Carnaval. Entre as associações e instituições, cada um festejou esta época da melhor forma.

ASSUL - ULMEIRO

SALÃO PAROQUIAL SANTA CAT. SERRA

Nicole Torcato

GR Jovens

SALÃO PAROQUIAL SANTA CAT. SERRA

Nicole Torcato

GR Jovens

SALÃO PAROQUIAL SANTA CAT. SERRA

SALÃO PAROQUIAL SANTA CAT. SERRA

Adquira o CD e Livro do Rancho Folclórico Junto dos elementos do Rancho Folclórico Secretaria de Junta de Freguesia


MARÇO

LUZ DA SERRA

-- actualidade --

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Quaresma, Tempo de renascer

No dia 22 de fevereiro realizou-se mais uma Via Sacra dos Olivais a Fátima que contou com a interação dos jovens do crisma e a participação de várias centenas de crentes.

No segundo Domingo da Quaresma, a Palavra do Evangelho narra a Transfiguração, manifestando Jesus a Sua divindade diante dos discípulos para os alentar quando chegar a hora da Sua paixão e Morte. Jesus Cristo subiu com alguns dos Seus apóstolos a um alto monte e transfigurou-Se diante deles. «As suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que nenhum lavandeiro sobre a terra as poderia assim branquear» – contam os Evangelistas. Isto é um apelo a que estejamos preparados para a hora da nossa morte, de modo a que possamos estar com Cristo e Seus santos no Reino dos Céus. Para isso, temos de procurar ser homens novos, renascidos pela graça do Espírito de Deus.

Manuel Costa Silva Manuel Costa Silva

Mais uma vez a paróquia se uniu no primeiro domingo da Quaresma, para juntos caminharmos na Fé. Apesar do tempo adivinhar uma tempestade isso não demoveu as centenas de crentes que se juntaram nesta caminhada. E como já é habitual os jovens que se preparam para receber o crisma participaram nesta caminha com uma pequena interação, em cada estação havia um pedaço de uma corrente de corda, que simbolizava os laços da fé e da família, assim como uma cruz de madeira, que simbolizava as cruzes da nossa vida em família na fé. As cruzes passavam de crente em crente e os elos de corda formavam uma corrente no eixo da estrada. Desde os mais novos até aos mais idosos todos se juntaram nesta caminhada que nos enchia coração de alegria a cada leitura a cada cântico, todos puderam assim enriquecer a sua fé. Na chegada ao santuário o Padre Mário disse algumas palavras enquanto isso as cruzes desta vez carregadas pelos jovens do crisma juntaram-se em meia-lua, de seguida em coro rezámos a oração da família e foram ditas mais uma frases e chamada a corrente para se juntar as cruzes. Finalizando assim a 39ª Via Sacra dos Olivais a Fátima. Foi um cenário bonito no qual pudemos entender a importância que a família na fé tem para cada um de nós e que as cruzes vividas e carregadas na família, com amor são a fonte da união e da felicidade das famílias deste século e deste mundo que é o nosso. Catarina Bento

Manuel Costa Silva

Manuel Costa Silva

Mais uma caminhada em direção a Ti, Senhor

A Quaresma é tempo de deixar nascer em nós o homem novo, capaz de se deixar moldar pela graça do Espírito. Jesus quer que tenhamos um coração novo, capaz de captar todos os pormenores de seus ensinamentos e nos deixemos conduzir por eles. Isto exige que se lute contra a tentação do mais fácil e agradável. O caminho da facilidade é sedutor mas pode comprometer o futuro. Perguntaram um dia ao escritor russo Tolstoi o que é que ele desejava que acontecesse ao seu maior inimigo. E a sua resposta é digna de meditação: «Que os seus filhos nasçam ricos e os pais lhes satisfaçam todos os desejos». Tinha razão aquele grande escritor: a facilidade aco-

moda e não deixa lutar por um ideal. Pior: pode criar vícios que dão cabo das pessoas. Alguém que queira vencer na vida tem de lutar e renunciar a imensas coisas, mesmo agradáveis. Como Abraão, temos de estar prontos a renunciar aos próprios filhos. Nada de grande e belo se consegue sem sacrifício, por isso há que abraçar o caminho exigente e, por vezes, com muita austeridade, o que faz nascer a alegria de outra forma muito mais verdadeira e duradoura. Renascer, lutar por um coração novo: eis um programa para a vida.


LUZ DA SERRA

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Empresas & Negócios

Tasca DaVide, 10 anos

ter a minha mulher a liga-me ao final da tarde a dizer que o pão acabou em dias de mais azáfama.(…) foram tempos complicados, mas tudo se resolveu” – disse. Deixou o emprego, em 2007, para se dedicar totalmente ao seu projeto em conjunto com a sua família. Hoje orgulha-se de uma pequena ideia ter virado a negócio de família. Ele faz as honras da casa aos clientes, os seus dois filhos ajudam na sala enquanto, que a cozinha é da responsabilidade da esposa. No que respeita aos seus filhos, Deolinda Carreira assume que ambos têm evoluído muito no sentido de perceber o trabalho que as coisas dão “é importante que tenham essa noção quando integrarem verdadeiramente o mercado de trabalho”. David Marques, “faço para que todas as pessoas que nos visitam, se sintam em casa e que estejam à vontade. Gosto de me sentar à mesa com os clientes. (…) Temos clientes de todos a parte.” Como particularidade desta casa, o seu filho mais velho, Frederik Marques tomou o gosto pela

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nas poderá ser emitido a partir de maio do corrente ano, pelo que as rendas recebidas entre janeiro e maio do corrente ano devem ser tituladas através de um único recibo a emitir em maio. Durante os meses de janeiro a abril de 2015, os senhorios devem continuar a emitir o habitual recibo de renda em papel. Em alternativa à emissão deste recibo do portal das finanças, os senhorios podem manter a emissão do habitual recibo de rendas em papel, sendo, no entanto, obrigados a proceder à entrega de uma declaração anual com discriminação das rendas obtidas, a entregar até final de janeiro do ano seguinte. Esta nova declaração de comunicação das rendas a entregar pelos senhorios apenas entra em vigor a partir de janeiro de 2016, com referência às rendas de 2015.

Em conversa com David Marques, conta-nos que desde muito jovem que tinha o desejo de ter uma “tasca” para reunir os amigos. Confessa-se adepto de “uma boa pinga”, refere “Há, isso nunca pode falhar!”- gracejou. Na década de 2000 e, após alguns anos em França, regressou a Portugal, em conjunto com a família. Percebeu que era chegada a altura de colocar em prática o que há muito andava a pensar, criar um espaço para os amigos, uma pequena “tasca”. Desde logo, apoiado pelos amigos e família, David colocou mãos à obra e abriu a Tasca Davide a 19 de Maio de 2004. Inicialmente destinado apenas aos lanches e encontros, o público foi passando a palavra e, David Marques percebeu que teria que começar a realizar jantares, nomeadamente ao fim de semana. Manteve-se como tractorista durante os primeiros três anos da abertura do seu espaço, assegurado pela esposa com o apoio dos seus dois filhos. “Era frequente

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Anabela Sousa Contabilista

Quando se fala em restaurantes na nossa freguesia, vêm à memória a Tasca Davide. Este espaço, da responsabilidade de David Carreira Marques e da esposa, Deolinda Gonçalves Lopes Marques, festejou os 10 anos.

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Recibos eletrónicos de rendas Os contribuintes que exerçam a atividade de arrendamento e aufiram exclusivamente rendimentos prediais passam a poder optar pelas regras da categoria B de IRS, devendo, nesse caso, efetuar a entrega da respetiva declaração de início de atividade. Os contribuintes que mantêm a opção de tributação pelas regras de categoria F de IRS passam a ter uma nova obrigação declarativa e de emissão de documentos. Em primeiro lugar o senhorio terá de ter acesso ao site das declarações eletrónicas, caso não possua a senha terá de a solicitar no site da AT – autoridade tributária, e no prazo de 5 dias úteis receberá comodamente na morada fiscal. Estes contribuintes passam a ser obrigados a emitir um recibo para todas as rendas recebidas dos seus inquilinos. Esse recibo será emitido através do Portal das Finanças em aplicação semelhante aos recibos verdes eletrónicos. Este novo recibo de rendas do Portal das Finanças ape-

MARÇO

-- empresas --

10 O seu dinheiro!

concertina e, à cerca de três anos que anima alguns serões da casa. Destaca a passagem pelo restaurante de personalidades conhecidas como a Serenela Andrade e o cantor Marco Paulo. Não faz planos para o futuro, mas gostava que o projeto continuasse da forma que está. Agradece a todos os clientes e amigos que ajudam diaria-

mente e lhe dão sugestões e ideias para o seu negócio. São 10 anos a servir que de melhor há na região. Aberto de terça a domingo, com jantares diários e almoços apenas ao fim de semana, quem por ali passa pode provar os tão afamados ossos e sopa caseira à sextafeira; borrego e vitela estufada no sábado e cosido à portuguesa, borrego assado no forno, leitão e vitela estufada no domingo. Os chícharos, prato típico da nossa terra, estão disponíveis por encomenda. A Tasca Davide está disponível pelos contactos 244745493 ou 916405265 e situa-se no Cercal.


MARÇO

-- autarquia --

2015

Alargamento de caminho na charneca de Loureira / Chainça

Candidaturas às ajudas IFAP 2015 A Associação de Agricultores da Serra e Norte da Estremadura, AASNE, está, através de uma representante, durante os meses de março e abril, às segundas-feiras, à partir das 14 horas, no 1.º andar do edifício-sede da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça, para auxiliar todos os agricultores que se pretendam candidatar às ajudas IFAP 2015.

Decorre a inscrição para formação financiada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional relativa aos processos e métodos de proteção fitossanitária e de aplicação de produtos fitofarmacêuticos. É necessário apresentar os seguintes documentos: cartão do cidadão ou bilhete de identidade, número de identificação fiscal, NIF, certificado de habilitações e comprovativo da situação profissional. De ter em consideração que as pessoas nascidas até 30 de abril de 1948, NÃO necessitam de qualquer formação, bastando, apenas, o registo na base de dados da Junta de Freguesia da União das Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça.

paço envolvente à lagoa do Boi, edificando, com o apoio da Junta de Freguesia da União das Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça, num espaço onde só havia silvedo, um parque de merendas a oeste daquele reservatório de água. Na sua área, protegida por blocos rochosos, plantaram-se pinheiros mansos e edificouse uma mesa no centro. O objetivo do projeto é servir de ponto de descanso, de repasto e de lazer aos que visitarem a histórica lagoa e a zona envolvente.

Candidaturas para agricultores aos subsídios do PDR 2014-2020

Miguel Marques - ForSerra

Encontra-se aberto, desde o dia 23 de fevereiro e até 30 de abril, o período para apresentação de candidaturas a subsídios por parte dos agricultores, através do Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020, aplicável a todo o território continental. O apoio visa promover a expansão e a renovação da estrutura produtiva agroindustrial, potenciando a criação de valor, a inovação, a qualidade e segurança alimentar, a produção de bens transacionáveis e a internacionalização do setor. Para concorrer aos subsídios é fundamental ter feito um investimento numa exploração agrícola de pelo menos 25 mil euros. (Vide: Portaria n.º 230/2014, de 11 de novembro).

Candidaturas para jovens agricultores aos subsídios do PDR 2014-2020

afastamento de árvores, designadamente oliveiras, para ampliação do caminho.

Acordo de Cooperação Junta de Freguesia – ADSL

Encontra-se aberto, desde o dia 23 de fevereiro e até 30 de abril, o período para apresentação de candidaturas a subsídios por parte de jovens agricultores, através do Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020, aplicável a todo o território continental. O apoio visa a renovação e o rejuvenescimento de empresas agrícolas e a atratividade do setor para jovens investidores, promovendo o investimento, o apoio à aquisição de terras, a transferência de conhecimentos e a participação no mercado. A dotação orçamental para todo o território é de 60 milhões de euros para o período mencionado. (Vide: Portaria n.º 31/2015, de 12 de fevereiro).

Palestra sobre subsídios agrícolas e produtos fitofarmacêuticos – UADL

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caminhos. Este ano, a 17 de fevereiro, foi a vez de a charneca ser intervencionada. Homens, com ou sem máquinas, procederam ao alargamento de um traçado que se encontra posicionado, de este a oeste, entre o túnel da autoestrada e o limite da vizinha freguesia de São Mamede, passando a norte da lagoa do Boi. Tal só foi possível através da inestimável colaboração dos proprietários confinantes, que concederam não só algumas partes das suas parcelas de terreno, como permitiram o

Lagoa do Boi com parque de merendas A lagoa do Boi, na charneca de Loureira / Chainça, é o mais antigo depósito do género existente na atual União das Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça, sendo mencionado em documentação histórica setecentista. Na realidade, no auto de demarcação dos termos de Ourém e Leiria, elaborado em 1716, o depósito de água serviu como referencial na delimitação dos ditos dois concelhos. Mais tarde, em fins de oitocentos, o local foi tomado em consideração na divisão dos termos de Leiria e Batalha, pelas então freguesias de Santa Catarina da Serra e Reguengo do Fetal. No transato dia 21 de fevereiro de 2015, sábado, habitantes de Loureira, através da sua insigne Comissão do Património Rústico e Lazer, procuraram embelezar o es-

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Inscrição para a formação sobre uso de produtos fitofarmacêuticos

Miguel Marques - ForSerra

Nos finais de setecentos, a charneca de Loureira / Chainça não possuía vegetação arbórea, apenas herbácea e arbustiva. No século XIX, a área de urze foi sendo substituída, por arroteamentos, por plantas cerealíferas (caso do milho) e outras. Por outro lado, plantaram-se árvores de grande porte, não só para proteger as semeaduras e as plantações da força aplicada pelo ar em movimento, mas também para, entre outras situações, manter a humidade dos solos. Assim, à medida que a charneca era transformada em zona de produção agrícola, houve a necessidade de delinear caminhos, o que explicita a encruzilhada de percursos naquele espaço, aumentada, seguramente, após a enfiteuse de 1922, quando inúmeras parcelas de terreno foram aforadas aos chefesde-família de Loureira e Chainça e entre as cláusulas do aforamento figurava uma que obrigava não só a conservação dos traçados existentes, mas também à abertura de novos acessos. Desde há alguns anos, o zeloso povo de Loureira, com o apoio da Junta de Freguesia, tem substituído a festa de carnaval por trabalho comunitário, designadamente abertura e manutenção de

LUZ DA SERRA

No dia 23 de fevereiro, segunda-feira, a Junta de Freguesia da União das Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça cedeu, mediante acordo de cooperação, à Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira o veículo que tinha sido pertença da ForEscolas, com o objetivo de assegurar, eficazmente, o transporte de refeições às crianças dos jardins-de-infância do território

de Santa Catarina da Serra e aos meninos da escola do 1.º Ciclo de Vale do Sumo, uma vez que a responsabilidade está, atualmente, a cargo daquela associação. Ultrapassadas as questões legais inerentes ao processo, o Sr. Presidente da Junta, José Artur das Neves Ferreira, entregou a chave à Sr.ª Presidente da ADSL, a Prof.ª Catarina Neves.

No passado dia 23 de fevereiro, segunda-feira, decorreu, entre as 20 e as 22 horas, no auditório da União das Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça, uma palestra promovida pela União dos Agricultores do Distrito de Leiria, UADL, através do seu presidente, Sr. António Ferraria. Proferida pela Eng.ª Margarida Teixeira, do Ministério da Agricultura e do Mar, chefe da divisão da Zona Agrária de Leiria, a mesma incidiu sobre os subsídios no setor agrícola e o uso de produtos fitofarmacêuticos.


LUZ DA SERRA

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-- educação --

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Escola Básica de Santa Catarina da Serra

Célia Maria Pereira Soares, encarregada de educação da aluna Mariana Ferreira, 8ºE «Foi algo muito bonito e interessante. É uma excelente forma lúdica de os alunos aprenderem os conteúdos históricos. A organização da peça e a estrutura dos guiões estava muito bem escrita e de forma criativa conseguiram cativar a atenção do público. É de louvar a criatividade das professoras Dora e Fernanda por terem adaptado as músicas da atualidade aos factos históri-

cos, envolvendo os pais nas danças. Até nos guarda-roupas utilizados notou-se o empenho que houve para que tudo fosse reportado à época histórica representada.» Dinamizou-se assim uma aula diferente, interativa, cheia de trabalho árduo, mas vivida com bastante entusiasmo, onde os alunos, pais e professores puderam reviver, recordar ou conhecer episódios marcantes da nossa História. Rita Agrela

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Uma vez mais, o nosso Carnaval saiu à rua na tarde do dia 13 de fevereiro. Este ano, as crianças dos jardins de infância e das escolas do 1.º ciclo percorreram algumas das principais artérias da vila, acompanhadas de professores, educadoras, assistentes operacionais e até de alguns encarregados de educação e pais, terminando na Escola Básica de Santa Catarina da Serra. O sol que aqueceu os participantes, chamou diversas pessoas às principais ruas para verem o desfile dos mais novos. Crianças e professores, assistentes operacionais, pais e encarregados de educação trabalharam, ao longo do ano letivo, e surpreenderam pela criatividade, pelo colorido e diversidade: desfilaram astronautas, reis, rainhas, princesas, cavaleiros, borboletas, gatos, cães, peças de lego, etc. E o resultado final foi um desfile com muita cor, alegria e folia. Na Escola Básica de Santa Catarina da Serra, ao final do dia, realizou-se uma festa de Carnaval, onde os alunos puderam desfilar as suas máscaras, sendo avaliados por um júri. Alunos do 9º ano animaram a festa, apresentando o desfile, tratando da música e das guloseimas e bolos que vendiam. Os vencedores foram o Deny e o Hugo do 8ºD, e a Diana Madeira, do 3ºQ e o seu irmão Mateus Madeira. A diversão e a alegria foram tónica dominante entre todos, mas realça-se, sobretudo, o entusiasmo do pessoal não docente que abrilhantou o desfile, tendo recebido o prémio de “Simpatia”: «Gostámos muito do carnaval porque é bom termos um momento para mostrar o nosso lado mais divertido; para nos divertirmos com as nossas colegas e para termos

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Uma aula de História coletiva, fora da sala de aula, com a participação de alunos, pais, encarregados de educação, professores e funcionárias, todos vestidos à época, foi o que os alunos do 8º ano dinamizaram, com a orientação das docentes de História e de Educação Musical. O período histórico recriado foi o século XIV, o século da Batalha de Aljubarrota, da aclamação do Mestre de Avis como D. João I, rei de Portugal, e do seu casamento com D. Filipa de Lencastre. Deste casamento nasceriam oito filhos - a "Ínclita Geração", como lhe chamou Camões. No átrio da escola, D. Filipa preparavase para a festa, no seu quarto recriado, esperando também os convidados (pais, alunos e funcionários) para a boda. Seguidamente, em desfile com pompa e circunstância, todos se dirigiram ao ginásio. Aqui os alunos do 8º ano recriaram, através da representação, todo o contexto político e social que levou à aclamação do Mestre, recordando a famosa padeira de Aljubarrota, e terminando com a cerimónia do casamento real de D. Filipa de Lencastre e D. João I. Os alunos do 6º ano interpretaram uma dança palaciana, mas atualizada e o espetáculo terminou com todos os presentes a dançarem. À saída, pais e alunos puderam provar do bolo da boda real. Segundo

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Uma aula de História diferente

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Casamento real de D. Filipa Viver o carnaval na nossa escola de Lencastre e D. João I

mais comunicação com os alunos, dando mais vida à escola.». Rita Agrela


MARÇO 2015

Desportivamente Falando

A nossa cultura desportiva Depois de confirmar com a ajuda dos muitos conterrâneos que vou encontrando, quer diariamente, quer ocasionalmente, facilmente cheguei à conclusão de que estamos muito longe do que seria ideal, na vertente desportiva e não só. Como este espaço de opinião se vem mantendo ao longo dos anos, fiel ao ideal com que foi criado, é e será só sobre desporto que se mantém e manterá no futuro. A fim de ser mais apelativo, ou com maior índice de interesse, a partir já deste número terá um sub título, mês a mês. Fico admiradíssimo, como a maioria dos Santacatarinenses não lê maior parte dos artigos publicados no nosso jornal. Mesmo aqueles que são seus assinantes. Então no que ao Desportivamente Falando e aos Resultados e Classificações, é impressionante, pelo menos relativamente para os que gostam de Desporto e da União da Serra, em particular. Se tivéssemos outra cultura desportiva, de certeza que todos estaríamos mais atentos a estes dois artigos, que mês a mês desde há muitos anos fazem parte da Luz da Serra. Não com estes títulos mas como Cultura e Desporto.

É verdade que para a grande maioria, são as competições a nível nacional, as mais seguidas. Até pelo mediatismo que carregam! Mas ouvir dizer por exemplo, então a UDS ainda existe? Ou, ideias ou opiniões semelhantes e paralelas? Realmente é preciso andarmos distraídos! Quando na minha missão de director do clube, falo e dou a conhecer a realidade actual do mesmo, a admiração e a estupefactação é quase gene-

LUZ DA SERRA

-- desporto --

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Resultados e classificações FUTEBOL DE 11 SENIORES

Virgílio Gordo

ralizada. Sim porque, alguns não sabem sequer que o clube voltou a ter equipa sénior! Que tem uma equipa inscrita em quase todos os escalões etários que fazem parte da A. F. de Leiria. No Futsal, temos equipa sénior, masculina e feminina. O que perfaz muito perto dos 200 jogadores inscritos. Ora isto, leva por exemplo, que o clube tenha de pagar cerca de 10 000 (dez mil) euros á Associação de Futebol de Leiria, só em inscrições! Outra situação difícil de compreender se tivéssemos a tal cultura desportiva, é o facto do número de pessoas que veem os jogos da UDS! Não importa a equipa de qualquer escalão. Então nas camadas jovens, ou no Futsal feminino por exemplo, muitas e variadíssimas vezes acontece, estarem mais adeptos das equipas que nos visitam, do que propriamente da nossa terra. Finalmente, afirmo categoricamente de que na verdade, quase sempre assim foi ao longo destes quase 39 anos de existência, no que ao futebol jovem diz respeito.

A direcção apela e agradece a todos os sócios, adeptos e amigos da Serra, que participem nos jogos de uma das quaisquer equipas unionistas. Que participem na próxima Assembleia-geral, no próximo dia 19 e que se inscrevam no evento da noite de Fados no próximo dia 28.

Campeonato Distrital da 1ª Divisão – 2ª Fase – Zona Sul 1ª Jornada: UDS, 4 – Outeirense, 0. 2ª Jornada: Lisboa e Marinha, 3 – UDS, 0. 3ª Jornada: UDS, 2 – Bombarralense, 1. Em 3 jornadas, 2 vitórias e 1 derrota, sendo esta fora, aliadas a todos os resultados de todas as outras equipas, pode considerar-se um começo de uma segunda fase como regular. Até porque só uma equipa conseguiu o pleno de vitórias. Para além de outra evidência. A, ou as equipas que conseguirem ganhar mais pontos fora, vai ser aquela, ou vão ser aquelas que lutarão pela subida e pelo título de campeão até ao final. Próximos jogos 4ª Jornada, dia 22: Marinhense - UDS. 5ª Jornada, dia 29: UDS Óbidos.

JUNIORES Campeonato Distrital da 1ª Divisão – Zona Sul 14ª Jornada: Boavista, 3 – UDS, 0. 15ª Jornada: UDS, 2 – Batalha, 0. 16ª Jornada: Óbidos, 6 – UDS, 0. Depois de 3 vitórias consecutivas, que me levaram a referir o mês passado, que os juniores, estavam a recuperar a olhos vistos, são agora outras tantas derrotas consecutivas, que os conduziram a uma situação de não apuramento para a fase da subida, pois faltam apenas 2 jornadas por disputar e a diferença para os três primeiros é superior a 9 pontos, que são os que estarão em disputa. Próximos jogos 17ª Jornada, dia 14: UDS Atouguiense. 18ª Jornada (última 1ª fase), dia 21: Turquel – UDS.

JUVENIS Campeonato Distrital – Divisão de Honra 13ª Jornada: UDS, 1 – Marrazes, 2. 14ª Jornada: Peniche, 4 – UDS, 2. 15ª Jornada: UDS, 1 – Caldas “A”, 2.

Os juvenis continuam a averbar derrotas, jornada após jornada. Não vai ser fácil fugir ao último lugar. Próximos jogos 16ª Jornada, dia 14: U. Leiria “B” - UDS. 17ª Jornada, dia 21: UDS Avelarense.

INICIADOS Campeonato Distrital da 1ª Divisão – Série C 13ª Jornada: Monte Real “B”UDS, folgou por desistência do Monte Real. 14ª Jornada, (última jornada da 1ª fase): UDS, 1 – U. Leiria “C”, 0. Terminando a 1ª fase em 4º lugar, a equipa não se apurou para a fase de subida, pois só os 3 primeiros se apuravam para essa fase. Campeonato Distrital da 1ª Divisão – Grupo B – 1ª Fase Série C 1ª Jornada, dia 15: Batalha “B” – UDS. 2ª Jornada, dia 22: UDS – Alcobaça “B”. 3ª Jornada, 29: Maceirinha – UDS. 4ª Jornada, dia 4 Abril: UDS – Turquel.

FUTEBOL DE FORMAÇÃO Torneio Distrital – Grupo B - 1ª Fase - Infantis Sub 13 – Futebol de Sete – Série B. 6ª Jornada: Maceirinha, 3 – UDS, 4. 7ª Jornada: UDS, 4 – Garcia, 1. 8ª Jornada: UDS, folgou. 9ª Jornada: Batalha, 1 – UDS, 0. Apesar da derrota na Batalha, os Infantis comandam a série com 5 pontos de avanço. Próximos jogos 10ª Jornada, dia 14: Unidos UDS. 11ª Jornada, dia 21: UDS – GRAP “B”. 12ª Jornada, dia 28: Vieirense - UDS. 13ª Jornada, dia 04 Abril: UDS – Lisboa e Marinha “B”.

FUTSAL MASCULINO Campeonato Distrital da 1ª Divisão –2ª Fase – Zona Norte 3ª Jornada: Maçãs de D. Maria, 3 – UDS, 1. 4ª Jornada: Sismaria, 4 –

UDS, 2. 5ª Jornada: UDS, 7 – Dino Clube, 4. Uma única vitória e 1 empate nestas 5 primeiras jornadas, indicam que nem tudo vai bem no seio do grupo. Ainda falta muito campeonato, sendo por isso premente que todos ponham os interesses do clube acima dos anseios individuais! A equipa tem valor para muito mais! Como está, será difícil traduzir no final o seu real valor na respectiva tabela classificativa! Próximos jogos 6ª Jornada, dia 14: Silveirinha Claras - UDS. 7ª Jornada, dia 21: UDS – Núcleo Sporting Pombal. 8ª Jornada, dia 27 (início 2ª volta): UDS – GRAP.

FEMININO Campeonato Distrital da 1ª Divisão – Grupo B - 1ª Fase – Zona Sul 5ª Jornada, dia: Ribafria, 5 – UDS, 1. 6ª Jornada: UDS, 5. – Alvorninha, 1. Embora não se tendo apurado para a fase seguinte do campeonato, as meninas da UDS, terminaram da melhor forma a sua participação no Grupo 2, Sul. Tendo finalmente visto pela primeira vez ao vivo a primeira parte do jogo com Alvorninha, deu para chegar a duas conclusões. Primeiro, como tenho vindo a referir ao longo da época baseado somente nos resultados, é grande a evolução desta equipa. Segundo, tendo denotado para além de um grande espírito de grupo, têm uma qualidade técnica e

de jogo, que as levará no futuro a alcançar muitas vitórias e alegria! Sem dúvida um projecto para continuar a acarinhar. Desde da direcção, até aos sócios e aos adeptos, que não sabem, como eu não sabia, o quão perdemos por não vermos mais jogos. Embora o calendário e os horários, não sejam os melhores para que consigamos conciliar com toda actividade desportiva do clube!

¼ Final da Taça Distrital Leiria UDS, 3 – Carreirense, 4. Frente a uma equipa que venceu o seu Grupo B, as meninas da Serra, desperdiçaram grande oportunidade de terem feito história. Isto porque tendo chegado ao intervalo a ganhar por 3 bolas de diferença, deixaram que as adversárias conseguissem a reviravolta no marcador! Acontece.

Torneio Complementar – 1ª Fase 1ª Jornada, dia 15: UDS – Pocariça. 2ª Jornada, dia 21: Ribafria – UDS. 3ª Jornada, dia 04: UDS – Louriça

Se tem informações desportivas sobre atletas da nossa freguesia, entre em contacto. Procuramos os atletas da nossa terra. luzdaserra@santacatarinadaserra.com 917480995


LUZ DA SERRA

Glebas de Magueigia: 14.4.1922 (parte III) A 14 de abril de 1922, sendo presidente da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra José Vieira da Costa, foram sorteadas, como ficou registado em ata, as glebas dos sítios de Lomba do Sobral, Casal da Cabeça, Forno da Cal, Vale do Poço e Arranhóis, pelos chefes-defamília de Magueigia, Pedrome e Ulmeiro. As parcelas de terreno a aforar seriam entregues mediante a aceitação de determinadas cláusulas: pagamento de 1 escudo até ao dia 1 de novembro de cada ano, a partir de 1925; impossibilidade de negação de parcela atribuída em sorteio, apesar da permissão de permuta no prazo de 9 dias; obrigatoriedade de conservação de serventias; e assinatura, por si ou a rogo, do diploma em questão. Ficavam ressalvados os direitos dos proprietários que tivessem oliveiras nas parcelas a aforar. Segue a transcrição das restantes glebas, três por cada chefe-de-família de Magueigia: «Numero desoito, coube a Manuel dos Santos, casado, residente no lugar da Magueigia, este numero compõe-se de tres glebas, Lomba do Sobral, Cazal da Cabeça e Arranhois. Lomba do Sobral, esta gleba compõe-se de estrumeira confronta do Norte com Faustina d' Oliveira, da Loureira, do Sul com caminho publico do Poente com a gleba numero desassete do Nascente com a gleba numero vinte, digo, desanove. Cazal da Cabeça, limite do Pedrome, esta gleba compõe-se de estrumeira, confronta do Norte, Sul e Poente com caminho publico, do Nascente com a gleba numero desanove. Arranhois, limite do Ulmeiro, esta gleba compõe-se de estrumeira, confronta do Norte e Sul com caminho publico, do Poente com a gleba numero dezanove, do Nascente com a gleba numero desassete. Numero desanove coube a Francisco Moço, casado, residente no lugar da Magueigia, este numero compõe-se de tres glebas. Lomba do Sobral, limite do Pedrome, esta gleba compõe-se de estrumeira, confronta do Norte com Faustino d' Oliveira, da Loureira, do Sul com cami-

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-- histórias da História --

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nho publico, do Poente com a gleba numero dezoito, do Nascente com a gleba numero vinte. Cazal da Cabeça, limite do Pedrome, esta gleba compõe-se de estrumeira, confronta do Norte, Poente e Sul com caminho publico, do Nascente com a gleba numero vinte. Arranhois, limite do Ulmeiro, esta gleba compõe-se de estrumeira, confronta do Norte e Sul com caminho publico, do Poente com a gleba numero vinte e do Nascente com a gleba numero desoito. Numero vinte coube a Manuel Ferreira Braz, casado, residente no lugar da Magueigia, este numero compõe-se de tres glebas. Lomba do Sobral, Cazal da Cabeça e Arranhois. Lomba do Sobral, limite do Pedrome, esta gleba compõe-se de estrumeira, confronta do Norte com Joaquim dos Santos e Silva, da Loureira, do Sul com caminho publico, do Poente com a gleba numero desanove, do Nascente com a gleba numero vinte e um. Cazal da Cabeça, limite do Pedrome, esta gleba compõe-se de estrumeira, confronta do Norte, Sul e Poente com cami[fl. 97]nho publico, do Nascente com a gleba numero vinte e nove. Arranhois, limite do Ulmeiro, esta gleba compõe-se de estrumeira, confronta do Norte e Sul com caminho publico, do Poente com a gleba numero vinte e um, do Nascente com a gleba numero desanove. Numero vinte e um, coube a José Marques, casado, residente na Magueigia, este numero compõe-se de tres glebas, Lomba do Sobral, Cazal da Cabeça e Arranhois. Lomba do Sobral esta gleba compõe-se de estrumeira, confronta do Norte com Joaquim dos Santos e Silva, da Loureira, do Sul com caminho publico, do Poente com a gleba numero vinte e do Nascente com a gleba numero vinte e dois, Cazal da Cabeça, limite do Pedrome, compõe-se esta gleba de estrumeira, confronta do Norte, Sul e Poente com caminho publico, do Nascente com a gleba numero vinte e dois. Arranhois, limite do Ulmeiro, compõese esta gleba de estrumeira, confronta do Norte e Sul com caminho publico, do

Poente com a gleba numero vinte e dois, do Nascente com a gleba numero vinte. Numero vinte e dois, coube a António dos Santos Jorge, casado, residente no lugar da Magueigia, este numero compõe-se de tres glebas, Lomba do Sobral, Cazal da Cabeça, Arranhois. Lomba do Sobral, esta gleba compõe-se de estrumeira, confronta do Norte com Joaquim dos Santos e Silva, da Loureira, do Sul com caminho publico, do Poente com a gleba numero vinte e um, do Nascente com a gleba numero vinte e tres. Cazal da Cabeça, limite do Pedrome, esta gleba compõe-se de estrumeira, confronta do Norte, Sul e Poente com caminho publico, do Nascente com a gleba numero vinte e tres. Arranhois, limite do Ulmeiro, esta gleba compõe-se de estrumeira, confronta do Norte e Sul com caminho publico, do Poente com a gleba numero vinte e tres, do Nascente com a gleba numero vinte e um. Numero vinte e tres coube a Faustino Vieira, casado, residente no lugar da Magueigia, este numero compõe-se de tres glebas. Lomba do Sobral, Cazal da Cabeça e Arranhois. Lomba do Sobral, esta gleba compõe-se de estrumeira, confronta do Norte com Joaquim dos Santos e Silva, da Loureira, do Sul com caminho publico, do Poente [fl. 97v] com a gleba numero vinte e dois, do Nascente com a gleba numero vinte e quatro. Cazal da Cabeça, limite do Pedrome, esta gleba compõe-se de estrumeira, confronta do Norte, Sul e Poente com caminho publico, do Nascente com a gleba numero vinte e quatro. Arranhois, limite do Ulmeiro, esta gleba compõe-se de estrumeira, confronta do Norte e Sul com caminho publico, do Poente com a gleba numero vinte e quatro, do Nascente com a gleba numero vinte. Numero vinte e quatro, coube a Joaquim Henriques, casado, residente na Magueigia, este numero compõe-se de tres glebas, Lomba do Sobral, Cazal da Cabeça e Arranhois. Lomba do Sobral, limite do Pedrome, esta gleba compõe-se de estrumeira, confronta do Norte com Joa-

2015

Publique gratuitamente neste Jornal e na Internet Vasco Jorge Rosa da Silva Paleógrafo e Epigrafista Leiria - Ourém

“Procura de Emprego” “ Oferta de Emprego” www.santacatarinadaserra.com luzdaserra@santacatarinadaserra.com 917 480 995

quim dos Santos e Silva, da Loureira, do Sul com caminho publico, do Poente com a gleba numero vinte e tres, do Nascente com a gleba numero vinte e cinco. Cazal da Cabeça, limite do Pedrome, esta gleba compõe-se de estrumeira, confronta do Norte, Sul e Poente com caminho publico, do Nascente com a gleba numero vinte e cinco. Arranhois, limite do Ulmeiro, esta gleba compõese de estrumeira, confronta do Norte e Sul com caminho publico, do Poente com a gleba numero vinte e cinco, do Nascente com a gleba numero vinte e tres. Numero vinte e cinco coube a Jacinto Carreira, casado, residente no lugar da Magueigia, este numero compõe-se de tres glebas, Lomba do Sobral, Cazal da Cabeça e Forno da Cal. Lomba do Sobral, esta gleba compõe-se de estrumeira, confronta do Norte com Joaquim dos Santos Silva, da Loureira, do Sul com caminho publico, do Poente com a gleba numero vinte e quatro, do Nascente com a gleba numero vinte e seis. Cazal da Cabeça, esta gleba compõe-se de estrumeira, confronta do Norte, Sul e Poente com caminho publico, do Nascente com a gleba numero vinte e seis. Forno da Cal, limite do Ulmeiro, esta gleba compõe-se de um pousio, confronta do Norte com a gleba numero, do Poente com Manoel Inacio, do Cercal, do Nascente com caminho publico. No próximo número: Biografia de Joaquim Jorge: 1893-1976.

Arquivo Histórico Ajude a constituir o arquivo histórico da Freguesia de Santa Catarina da Serra Estamos a recolher fotografias, videos e documentos antigos. 917 480 995 forserra@santacatarinadaserra.com

TÁXI Quinta da Sardinha Faustino Paulo dos Santos 244 741 346 - 964 064 086 pub


MARÇO 2015

Foto Memórias Desde Janeiro de 2011 que vimos publicando, todos os meses, fotografias que marcaram gerações e épocas da freguesia de Santa Catarina da Serra.

Carnaval da Escola

Este mês recordamos, novamente, os festejos de carnaval da década de 90 da Escola Básica de Santa Catarina da Serra. No dia dos festejos, em fila ordenada, todos os alunos iam da sede da Escola até ao Salão Paroquial, em Santa Catarina da Serra. Aí era festejado o carnaval com direito a desfile. Eram muitos os espectadores deste pequeno grande desfile que alegrava pequenos e graúdos. Foto: EBI

Arquivo Histórico Tem fotos ou vídeos sobre a Freguesia de Santa Catarina da Serra? Eventos de Associações, fotografias de locais ou pessoas de referência? Contacte-nos e ajude-nos: www.forserra.pt - (00351) 917 480 995 forserra@santacatarinadaserra.com - Estamos disponíveis para nos deslocar a qualquer local para efectuar recolhas.

Agenda Cultural 2015 Março 14 - Associação Casa do Povo de Santa Catarina da Serra Festival de Sopas da Casa do Povo 15 - CAASCS Descobrir o interior 20 - Ass. Bombeiros Voluntários Passeio TT 20 - Paróquia Santa Catarina da Serra Peregrinação Diocesana 28 - UDS Noite de Fados

Abril 11 - CAASCS 12º Aniversário

LUZ DA SERRA

-- sociedade --

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BTT cresce em Chainça e reune jovens…

Os BICIPINGAS, este grupo amador de praticantes de BTT com sede em Chainça surgiu à cerca de um ano atrás, quando um grupo de amigos numa noite de convívio, decidiu começar a levantar cedo aos Domingos de manhã para a prática de desporto e assim neutralizar as noites de fim de semana. A primeira volta oficial como grupo de BICIPINGAS foi a 17 de Abril de 2014, foram percorridos cerca 30km em bom piso. Muito bom, uma vez que alguns não andavam de bicicleta desde que lhes retiraram as rodinhas de lado. Inicialmente eram apenas 7 elementos sem experiência e com as bicicletas que estavam paradas nas respetivas garagens a alguns anos. O principal objetivo do grupo era pedalar sem se cansar, e aproveitar o máximo de tascas possível para atestar os depósitos e repor energias. Rapidamente o ritmo aumentou, novos equipamentos e bicicletas surgiram, os

treinos começaram a ser mais frequentes e a diversidade e dificuldade dos trajetos cresceu. Atualmente o grupo é composto por 21 elementos oriundos dos mais variados locais do concelho de Leiria, desde de Chainça, Maceira, Milagres, Parceiros e Cortes. A adesão de elementos mais experientes permitiu um grande crescimento do grupo, e alguns dos elementos já participam em eventos desportivos associados ao BTT pelo país fora. Um dos princípio dos BICIPINGAS, é agrader a todos os seus participentes. Para tal, são organizados circuitos para todos os gostos e capacidades, desde rotas mais técnicas, à exploração de novos caminhos, passando ainda por passeios relaxantes onde se usufrui da paisagem. Durante estes passeios existe uma carrinha vassoura que assegura a rendição dos atletas sempre que haja uma avaria mecânica incapaz de ser resolvida ou uma indis-

posição física, pois a segurança e o bem-estar reina neste grupo. Graças a um grande apoio de alguns patrocinadores, recentemente foi possível a aquisição de alguns equipamentos personalizados para o grupo. Espera-se assim que surjam mais ofertas pois há muito gosto em estampar mais logotipos em futuros equipamentos ou em toda a caravana que acompanha este grupo. Convida-se todos os interessados a ingressar no grupo a aparecerem aos Domingos às 8h30 junto ao Café Central na Chainça, onde o mais importante não é só o pedalar, mas também todos os convívios regulares que fazem dos BICIPINGAS um grupo de amigos. Sigam-nos no facebook em: www.facebook.com/bicpingas, no youtube através do canal Bicipingas BTT ou contactem-nos através do email: bicipingas@gmail.com Rúben Frazão

União Desportiva da Serra

CONVOCATÓRIA Nos termos do artigo 22º dos Estatutos convoco os senhores sócios da União Desportiva da Serra para se reunirem em Assembleia Geral Ordinária na sede da Associação em Santa Catarina da Serra, sala de troféus (bancada poente), quarta-feira, dia 19 de Março de 2015 pelas 21 horas e com a seguinte ordem de trabalhos: 1 – Apresentação e aprovação do Relatório de Contas de 2014 2 – Outros assuntos de interesse Se à hora designada não se encontrar reunido o quórum suficiente, a Assembleia reunirá meia hora depois com qualquer número de sócios presentes, para deliberarem sobre a mesma ordem de trabalhos. Santa Catarina da Serra, 2 de Março de 2015 Nota: Não falte. A sua presença é importante para o bom funcionamento do clube. Não deixe que outros decidam por si! O presidente da mesa da Assembleia Pedro Miguel Pereira Alves


LUZ DA SERRA

última

-- divulgação --

MARÇO 2015


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