Jornal Maio 2016

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M E N S Á R IO DE S A N TA C ATA R IN A DA S E RRA - MAI O 2016 - 1€ PRE Ç O DE C APA

A SENHORA PEREGINA

Pensamento do mês “ Quem não tem Maria por mãe, não tem Deus por pai” (São Luis de Montfort)

Quarta- feira, dia 11, A imagem vem da paroquia de Minde e é entregue a vigararia de Fátima na igreja paroquial de São Mamede. 21h30: igreja paroquial de S. Mamede: celebração de acolhimento Vigília noturna de oração

Quinta-feira, dia 12, 09h30 – Partida para Atouguia 10h00 – Chegada a Atouguia, celebração de acolhimento e oração mariana na igreja paroquial 15h00 – Celebração da Eucaristia 16h30 - Partida da Atouguia para Fátima 17h00 – Fátima: acolhimento na igreja paroquial 19h00 – Celebração da Eucaristia 21h00 - Partida para S. Catarina da Serra 21h30 – S. Catarina da Serra: acolhimento na igreja paroquial e celebração da Eucaristia. Vigília noturna de oração

Sexta-feira, dia 13, regresso ao Santuário Fátima 08h00 – S. Catarina da Serra: celebração da Eucaristia 09h30 – procissão a partir de S. Catarina da Serra para o Santuário de Fátima. Entrada por detrás da basílica da Santíssima Trindade. Pelas 11h30 – Durante a Missa (após a homilia), acolhimento da Virgem Peregrina no recinto do Santuário, no termo da sua visita às dioceses portuguesas.

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Vamos acolhe-La acom todo o amor e ternura que Ela nos oferece. Dia da mãe Pág. 07

Festas em Santa Catarina Pág. 09

Recordações da UDS

Pedro Vieira - ForSerra

A Imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, vai estar connosco na nossa casa comum, a nossa Igreja, exatamente na última noite da sua caminhada por esse portugal fora, que durou exatamente um ano. É um previlégio e uma honra para nós, que não escolhemos mas aceitámos esta Hospede tão querida das gentes de todo o mundo. Vamos ter connosco a Imagem da Senhora de Fátima que traz no coração tantos filhos com suas dores e angustias mas repletos de confiança, que “visitou”. Vamos passar a noite com a Mãe que veio aqui bem perto de nós, à Cova da Iria, ao encontro de tres crianças para lhes revelar uma mansagem do Céu que é para todos os homens e mulheres de todos os cantos da terra “Deus tem sobre vós designios de misericórdia…” A paróquia Santa Catarina da Serra tem uma história intensa de relacão com Fátima. Já ouvi dizer algures nesta terra que o pai da Jacinta e do Francisco, António dos santos, que por sua vez era irmão de Olimpia de Jesus, teriam ascendencia nesta freguesia de Sanrta Catarina da Serra, mas disso não tenho qualquer certeza. Sei contudo com absoluta certeza que, como diz a história de Fátima, "Em resposta ao pedido de Nossa Senhora “quero que façam aqui uma capela em minha honra”, foi construída uma modesta capela no local exacto das aparições. De 28 de Abril a 15 de Junho de 1919, a tarefa foi executada pelo pedreiro Joaquim Barbeiro de Santa Catarina da Serra. Consta que a primeira autoridade eclesiastica que pediu o terço publicamente naquele espaço sagrado que é hoje o Santuário, terá sido o Prior Neves, de boa memória, pároco de Santa Catarina ao tempo, talvez antes dos anos 20, do seculo XX. continua na pág. 3

Virgem Peregrina

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Loja do meu irmão

Projeto Sénior Pág. 11

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LUZ DA SERRA

MAIO

-- família paroquial --

23/3 – Francisco das Neves carreira, viúvo de Conceição da Silva Ribeiro, da Loureira, partiu para Deus na Idade de 79 anos 5/4 – José Vieira Jorge, casado com Celeste Trindade dos Santos, da Pinheiria, Adormeceu na paz de Deus na juventude dos seus 73 anos. 12/4 – Francisco Rodrigues Manso, casadfo com Maria Alves Pereira, da Magueigia partiu para o Céu no entardecer dos seus 79 anos de idade. 14/4 – João Pedro de Sousa Pereira, do Vale Sumo, vítima de grave acidente, foi viver a eterna juventude do Pai, na Primavera dos seus 19 anos de idade.

24/4 – José Nuno Vieira Neves, filho de Nuno Gonçalo Constantino Neves e de Liliana Cristina das Neves Vieira De Santa Catarina. Foram padrinhos: Paulo Jorge Filipe Neves e Carolina Neves Reis.

Luz da Serra em Pagamento Horários da Redacção: Todas as Terças e Quintas, das 10h às 18h. Contacto: 917 480 995 luzdaserra@santacatarinadaserra.com

José Vieira Jorge N - 09/03/1943 F - 05/04/2016 José Vieira Jorge residente na Pinheiria, partiu para Deus aos 73 anos. Era casado com Celeste Trindade dos Santos e era pai de Susana Maria dos Santos Vieira, Maria Paula dos Santos Vieira e Ana Rita dos Santos Vieira. Bom Marido, bom Pai, bom Avô e acima de tudo um bom amigo. Partiste cedo demais mas ficarás no nosso coração eternamente. Um homem de luta, um homem com uma força incrível da qual nunca ninguém se esquecerá. Para sempre a tua memória será recordada entre nós, e só as boas recordações queremos que fiquem pois são elas que nos fazem acreditar que estás entre nós. Acredita que nos deixaste um grande exemplo de pessoa porque apesar de todas as dificuldades ensinaste-nos que temos sempre de continuar a sorrir. Obrigado também por nos ensinares o caminho para a fé. Conseguiste deixar a família que construíste unida e isso faz com que todos juntos ultrapassemos a dor que nos deixas te. Foste, és e continuarás sempre a ser amado por todos nós Descansa em paz nos braços do Senhor e olha por nós. A tua família que sempre te recorda com um grande sorriso. A família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradece a todos aqueles que o acompanharam à última morada ou de alguma forma manifestaram o seu pesar neste momento de dor e tristeza. A todos o nosso sincero obrigado.

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Coleção 40 anos de Jornal Tenha em sua casa 40 anos de informação da vida da nossa comunidade. Casa Paroquial Junta de Freguesia ForSerra 917480995

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Maria de Lourdes dos Santos Simão

Maria da Conceição Costa

N- 17/08/1956 F- 07/04/2016

N- 1923 F- 26/04/2016

Nasceu no dia 17 de Agosto de 1956, Ulmeiro a Maria de Lourdes. Casada com Luciano dos Reis Pereira, Gondemaria. Foi para Deus, em França , no dia 07 de Abril de 201,6 com 59 anos . Partiu no seu sono. Deixou 3 filhos e 4 netos. Ficou um grande vazio nos nossos corações , Uma imensa tristeza em todos seus familiares e amigos de longe ou de perto. Vamos sentir a sua falta, mas ficará para sempre nos nossos pensamentos e nas nossas orações. Vamos estar sempre contigo LOURDES

No dia 26 de Abril de 2016 faleceu Maria da Conceição Costa, aos 92 anos. Viúva de José da Costa, naturais dos Olivais e residentes nas Caldas da Rainha. Mãe de Rui, Fernando, Guilhermina, Irene e Gorete. Partiu ao encontro com Deus. Era boa mãe e avó, amiga e acolhedora. Tinha sempre algo para oferecer, pois embora a sua casa fosse pequena, tinha um coração grande, onde todos cabiam e se sentiam bem. Deixa-nos boas recordações que jamais esqueceremos. Um muito obrigado dos teus Filhos e Família.

Obrigado a todos por terem vindo rezar connosco e dizer um último Adeus. Descansa em PAZ. Nos te amamos todos. Longe de nós tu estás Olhas por nós, agora Uma nova estrela brilha. Rezamos por ti nesta hora, De tristeza. Estarás, Sempre connosco. Dos Familiares

Envie-nos o seu anúncio, da secção da família paroquial, que nós prometemos publicar gratuitamente. Data limite de entrega: último dia de cada mês. Os anúncios publicados serão gratuitos, desde que cumpram os requisitos necessários para a publicação.

AMIGOS DA LUZ DA SERRA a Fernando Gomes Rodrigues - 5 € Joaquim Lopes Oliveira - 5 €

Testemunhos vivos

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É incomensurável a fugacidade que contempla a vida, a efemeridade do tempo e a evidente incerteza da sua duração. É também certo que o destino não cabe de igual modo em cada um de nós, a verdade é que o propósito é o mesmo, partir, e isso é indeterminável, e por isso mesmo cabe-nos estabelecer a meta que evidencia a marca que cá deixamos, e a tua João está bem sólida na memória de cada um, bem como tu e todos os momentos que nos proporcionaste, e que nos continuarás a proporcionar, de uma maneira bem diferente, que ainda nenhum de nós interiorizou verdadeiramente, e que provavelmente nunca ninguém interiorizará ao certo, apenas se limitará a aprender a viver com ela. E no fundo, é disso que é feita a vida, aprendizagem e por isso mesmo te agradecemos tudo o que nos ensinaste e nos facultaste para que possamos continuar a aprender, nomeadamente aprender a olhar para ti como mais uma estrela que faz parte da luz que precisamos para iluminar o nosso caminho e as nossas vidas todos os dias, e com ela, a tua vivaz memória, o teu contagiante sorriso e o teu nada indiferente sentido de humor. A vida é breve, para todos, e por isso mesmo, até já Sousa. Jovens de 1996


MAIO 2016

Ano Santo da Misericórdia

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Editorial

Vestir os nus

Continuação da página 1

DR

Na tradição cristã ocidental, o gesto de vestir os nus é expresso através do episódio em que Martinho de Tours corta o próprio manto para reparti-lo com um pobre indefeso de um rigoroso inverno gélido. Vestir os nus é uma obra de misericórdia corporal que quer atender uma necessidade básica do ser humano: “o vestuário” e faz parte do artigo 25º da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Muitas pessoas e muitas famílias passam necessidades. Têm falta de roupas. Não podemos ficar indiferentes. Na prática esta obra de misericórdia pode ser realizada pela oferta de roupas que sejam úteis a uma família pobre e necessitada. A roupa que tantas vezes enche os nossos armários e ganha mofo pertence e faz falta a tanta gente. Um padre brasileiro conta que recentemente deparouse com uma situação muito triste. Percebeu que uma senhora levava muitas peças de roupa para um local de beneficência. Ao início parecia uma atitude louvável, mas na verdade, era apenas uma maneira de esvaziar o

LUZ DA SERRA

-- vida da comunidade --

guarda-roupa para ter espaço para guardar todos os artigos das suas compras nas frequentes visitas aos shoppings. Caridade? Obra de misericórdia? Mas ao contrário, soube também de uma pessoa que após observar que o seu colega de trabalho recém-contratado passou semanas com as mesmas calças, deu-se conta que eram as únicas que ele tinha. Foi então que,

com muito cuidado, de modo a não humilhá-lo, resolveu oferecer-lhe umas calças de ganga. Jesus diz-nos: “Todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos foi a mim que o fizestes” (Mt 25, 34). E tu? Que esperas para vestir o teu irmão que precisa de agasalho?

Aliás, foi este pároco de Santa Catarina que levou os paroquianos em prregrinação à capelinha das aparições na 5ª feira da Ascenssão de 1930, para dar graças a Deus e a Maria pela cura de uma perna partida com fratura exposta (que ao tempo era um milagre curar-se). Esta peregrinação da paróquia tem-se realizado ao longo de 87 anos, ininterruptamente, sempre com uma grande multidão que peregrina com grande fé e devoção à Mãe do Céu. Sabemos também que foram muitos os pedreiros, canteiros, carpinteiros, ferreiros… da nossa terra, que trabalharam na construção da basilica cuja construção começou em 1929 e se encontrava concluida em 1958, e na construção da colunata que P. Mário de foi concluida um pauco mais tarde. Almeida Verdasca O povo de Deus que caminha nesta paróquia há já 467 anos, Pároco e director do sempre contou com o Amor de Maria e há 100 anos tornou-se Jornal Luz da Serra devoto e confiante na Senhora de Fátima (em todas as igrejas há uma imagem da Virgem do Rosário de Fátima). Sei que se trata de dias de trabalho mas acredito que quando é Nossa Senhora que chama ninguém pode dizer não. Lanço o convite a todos para que não faltemos a esta festa que Maria vem fazer connosco e também para lhe apresentarmos o nosso coração atento à mensagem que veio trazer à Cova da Iria. Termino recordando uma oração que muiutos dos nossos tem zezado perante a imagem da Senhora, no Altar do mundo: Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, e reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, de igual confança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Ámen.

Pagamento de Assinaturas Terças e Quintas Feiras, na redação (edifício da Junta de Freguesia), ou na Casa Paroquial.

Fernando Valente

A fé move montanhas Foi há dias a enterrar a Madre Maria Angélica da Anunciação, fundadora do grupo global católico de rádio e televisão Eternal Word Television Network (EWTN). Morreu aos 92 anos em Alabama (EUA), a sua terra natal, devido a sequelas de um derrame cerebral de que foi vítima já há anos. Ninguém diria que uma menina que passou fome, pois os pais se divorciaram quando ela tinha apenas seis anos, iria ser uma das mulheres mais influentes na

América. A cadeia de televisão que fundou conta hoje com 11 canais transmitindo 24 horas por dia em várias línguas. É ainda dona do “jornal católico mais antigo dos Estados Unidos”, o National Catholic Register, da Catholic News Agency e da ACI Prensa (Agência Católica de Informações em espanhol sedeada no Perú). As sementes da vocação da Madre vieram quando ela obteve a cura para dores severas no estômago, quando era ainda adolescente. Depois de uma novena a Santa

Teresinha do Menino Jesus ficou curada. “Neste dia eu percebi o

amor de Deus por mim e comecei a ter sede de Deus”, disse Madre Angé-

lica. “Tudo que eu queria depois de ser curada era me entregar a Jesus”. E assim o fez. No dia 15 de agosto de 1944, com 21 anos de idade, Rita ingressou na Ordem das Clarissas Pobres da Adoração Perpétua em Cleveland e tomou o nome pelo qual viria a ficar conhecida no mundo todo: Irmã Angélica da Anunciação. A “madre Angélica”, como era conhecida, foi uma figura essencial na evangelização pela televisão. Diz-se

que ninguém fez mais que ela pela evangelização da América. Nem nenhum bispo ou cardeal, nem sequer o Papa. Em 1960 fundou o Mosteiro de Nossa Senhora dos Anjos, em Irondale, Alabama. Foi aí que lançou o ETWN, que viria a tornar-se na maior cadeia de evangelização do mundo. O Senhor chamou-a na última Páscoa. Mas lá no Céu continuará a pedir a Deus pela sua Obra!

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LUZ DA SERRA

vemos perdoar tudo e sempre: “"Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem". (Lc. 23, 34).

5) Perdoar as injúrias No Pai-nosso dizemos: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido ""e o próprio Senhor esclarece: “se vós perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai celeste vos perdoará. Mas, se não perdoardes aos homens, também o vosso Pai não perdoará as vossas ofensas (Mt. 6, 14-15). Perdoar as ofensas significa superar a vingança e o ressentimento. Significa tratar amavelmente quem nos ofendeu. O melhor exemplo de perdão no Antigo Testamento é o de José, que perdoou aos seus irmãos que tivessem procurado matá-lo e a seguir vendê-lo. “" Agora, pois, não vos entristeçais nem vos pese o ter-me vendido aqui; pois Deus enviou-me para preservar vidas diante de vós" (Gen. 45, 5). E o maior perdão do Novo Testamento é o de Cristo na Cruz, que nos ensina que de-

6) Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo A paciência diante dos defeitos alheios é virtude e é uma obra de misericórdia. No entanto, há um conselho muito útil: quando suportar esses defeitos causa mais dano do que bem, com muita caridade e suavidade, deve fazer-se a advertência. 7) Rezar por vivos e defuntos São Paulo recomenda orar por todos, sem distinção, também pelos governantes e por pessoas com responsabilidades, pois “Ele quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade". (ver 1 Tim 2, 2-3). Os defuntos que estão no Purgatório dependem das nossas orações. É uma boa obra rezar por eles para que fiquem livres dos seus pecados. (ver 2 Mac. 12, 46).

Sacrificou sua vida defendendo uma garota de um ladrão, foi escolhido pelos mais importantes meios de comunicação chineses como uma das dez pessoas que comoveram a província de Hebei, fortaleza da Igreja Católica chinesa, com seu comportamento heróico. Os católicos locais reconheceram seu autêntico testemunho de fé, pago com sua vida, seguindo o exemplo de Cristo que deu sua vida por amor ao próximo. Segundo o que foi referido à Agência Fides por Faith de Hebei, o grito desesperado de ajuda de uma garota quebrou a tranqüilidade da pequena cidade de Gao Cheng,

na província de Hebei. Nenhum dos outros passantes, a pé ou de carro, parou para ajudar a moça que estava lutando com um ladrão. Wu Wen De, que estava a limpar uma chaminé de uma fábrica de ferro nas proximidades, depois de ouvir os gritos correu imediatamente para o lugar onde o assalto estava a acontecer, não obstante ser deficiente de nascença por causa da poliomielite. Ele não hesitou em enfrentar o ladrão, mas o homem, enfurecido, o golpeou com 11 facadas. Wu Wen De morreu por sangramento pouco depois de ser levado para o hospital. Em seu funeral es-

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Católico deficiente herói na China

tava presente não somente toda a comunidade católica, mas também várias pessoas comuns que foram espontaneamente, além de autoridades municipais e provinciais. Wu Wen De foi nomeado como "exemplo moral da cidade", "herói da justiça e da coragem", com reconhecimento oficial. A comunidade católica local está orgulhosa dele.

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Oração da misericórdia da Santa Irmã Faustina “Ó Jesus estendido na cruz, suplico-Vos, concedeime a graça de sempre, em toda parte e em tudo cumprir fielmente a Santíssima vontade de Vosso Pai. E, quando essa vontade de Deus me parecer penosa e difícil de cumprir, então suplico-Vos, Jesus, que das Vossas Chagas desça para mim força e vigor, e que a minha boca repita: Seja feita a Vossa vontade, Senhor. (...) Jesus cheio de compaixão, concedei-me a graça de me esquecer de mim mesma, a fim de viver inteiramente para as almas, ajudando-Vos na obra da salvação, segundo a santíssima vontade de Vosso Pai...” (Diário, 1265). “Desejo transformar-me toda em Vossa misericórdia, para tornar-me o Vosso reflexo vivo, ó meu Senhor! Que a Vossa misericórdia, que é insondável e de todos os atributos de Deus o mais sublime, se derrame do meu coração e da minha alma sobre o próximo. Ajudai-me, Senhor, para que os meus olhos sejam misericordiosos, de modo que eu jamais suspeite nem julgue as pessoas pela aparência externa, mas perceba a beleza interior dos outros e possa ajudá-los. Ajudai-me, Senhor, para que os meus ouvidos sejam misericordiosos, de modo que eu esteja atenta às necessidades dos meus irmãos e não me permitais permanecer indiferente diante de suas dores e lágrimas. Ajudai-me, Senhor, para que a minha língua seja misericordiosa, de modo que eu

nunca fale mal dos meus irmãos; que eu tenha para cada um deles uma palavra de conforto e de perdão. Ajudai-me, Senhor, para que as minhas mãos sejam misericordiosas e transbordantes de boas obras, nem se cansem jamais de fazer o bem aos outros, enquanto aceite para mim as tarefas mais difíceis e penosas. Ajudai-me, Senhor, para que sejam misericordiosos também os meus pés, para que levem sem descanso ajuda aos meus irmãos, vencendo a fadiga e o cansaço (...) Ajudai-me, Senhor, para que o meu coração seja misericordioso e se torne sensível a todos os sofrimentos do próximo. (...) Ó meu Jesus, transformai-me em Vós, porque Vós tudo podeis” (Diário, 163). “Ó Jesus, desejo viver o momento presente, viver como se este dia fosse o último da minha vida: aproveitar cuidadosamente cada momento para a maior glória de Deus; fazer uso de cada circunstância, de tal maneira que a alma possa tirar proveito. Olhar para tudo do ponto de vista de que nada suceda sem a Vontade de Deus. Deus de insondável misericórdia, envolvei o mundo todo e derramai-Vos sobre nós, pelo compassivo Coração de Jesus” (Diário, 1183).

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As obras de misericórdia espirituais, continuação... 4) Consolar os tristes O consolo para os tristes, para os que sofrem alguma dificuldade, é outra obra de misericórdia espiritual. Muitas vezes, complementar-se-á com dar um bom conselho, que ajude a superar essas situações de dor ou de tristeza. Acompanhar os nossos irmãos em todos os momentos, mas sobretudo nos mais difíceis, é pôr em prática o comportamento de Jesus que se compadecia da dor alheia. Um exemplo está recolhido no evangelho de Lucas. Trata-se da ressurreição do filho da viúva de Naím: “Quando se aproximava da porta da cidade, levavam um morto a sepultar, filho único da sua mãe, que era viúva, que era acompanhada por muita gente da cidade. Ao vê-la o Senhor, teve compaixão dela, e disse-lhe: Não chores. E, aproximando-se, tocou no féretro. Os que o levavam pararam, e Ele disse: Jovem, a ti te digo: Levanta-te. O morto levantou-se e começou a falar, e Ele entregou-o à sua mãe."

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-- comunidade --

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da sua miséria. Ó Deus clemente, não rejeiteis a oração dos exilados desta Terra. Ó Senhor, bondade inconcebível, que conheceis profundamente a nossa miséria e sabeis que, com nossas próprias forças, não temos condições de nos elevar até Vós, por isso Vos suplicamos: adiantai-Vos ao nosso pedido com a Vossa graça e aumentai em nós sem cessar a Vossa misericórdia, a fim de que possamos cumprir fielmente a Vossa santa vontade durante toda a nossa vida e na hora da morte. Que o poder da Vossa misericórdia nos defenda dos ataques dos inimigos da nossa salvação, para que aguardemos com confiança, como Vossos filhos, a Vossa vinda última, dia que somente Vós conheceis...” (Diário, 1570).

“Ó Deus de grande misericórdia, bondade infinita, eis que hoje a Humanidade toda clama do abismo da sua miséria à Vossa misericórdia, à Vossa compaixão, ó Deus, e clama com a potente voz

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MAIO

LUZ DA SERRA

-- correio do leitor --

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Ainda os jovens Nunca é demais falar dos jovens e com os jovens. São eles o futuro mais próximo da sociedade. O já hoje da mesma, o espigão de trigo a amadurecer, já louro na seara. São promessa e realidade. Amanhã serão os maridos, pais, e depressa chegam á experiência de um avô. O tempo é rápido. Grave, é não saber pegar bem naquele que nos é concedido viver. Há que deixar a ideia de que tudo é igual, e o perigoso, é. Ninguém me dê conselhos, e o quem sabe da minha vida sou eu! Não é bem assim. Todos e tudo é diferente e é nas diferenças que se descobre a beleza verdadeira, a verdade que todos buscamos. Não há duas folhas iguais numa árvore. Tal a variedade da Criação, que só revela o infinito saber do Criador. Por estas razões todas e porque devemos estar atentos á nossa hora, há como prioridade não ser altivo ou altiva, como se superiores fossemos a Quem rege a dinâmica do mundo. Somos livres de o descobrir, procurar e realçar as suas maravilhas, usá-las como meio de perfeição, sabedoria pessoal e coletiva, mas nunca com a presunção do saber, porque por mais sábio que se seja, jovem ou idoso, sabe-se sempre muito pouco. O que conseguirmos saber, que seja de fonte segura e nunca de novidades ocas ou extravagantes, que aparecem algumas com intenções que não estão de acordo com os princípios uma vida á altura da dignidade humana, tal como

para nós foi sonhada e levada às últimas consequências pelo Jovem mais influente e sabedor de sempre. Ninguém o ultrapassou, e por isso desejavam que não tivesse existido, ou chegam a negar a Sua vinda. Deixounos um caminho aberto, que sendo difícil é de todos o mais simples, barato e seguro. Garanto-vos. Procurai conhecê-Lo e a conclusão não pode ser outra. Se alguém o troca é só porque nunca O conheceu. Mas estamos num meio cheio de privilégios. Nascemos em lares e ares sadios crescemos em tábuas onde estava escrita a palavra Fé e na esperança crescemos de vir a ser alguém, a quem viver vai valer a pena. Não vai nenhum dos nossos jovens desejar deixar a terra pior do que a encontrou. Eu sei disso e confio nos jovens. São melhores do que se julga muitas vezes. Reclamam com razão exemplo de nós adultos, porque a educação lhe entrou pelos olhos. Há coisas que eles não viram talvez. As lágrimas da mãe e os suspiros do pai no travesseiro da sua cama, enquanto altas horas da noite esperavam pelo filho e filha cujo paradeiro desconhecido, lhe tirava o merecido descanso. Os que pensavam em Deus rezavam e rezam em silêncio. Talvez hoje já o façam mais as avós. Esses pára-raios de Deus que o invocam sobre os seus netinhos, não que os amem mais que os pais, mas têm uma forma de amor mais consistente e perfeita. Foram expe-

Maria Primitivo rimentados na escola do duro de que não se queixam, e do respeito, essa arma valente que o mundo inimigo nos tenta roubar, mas que ainda que a custo temos que corajosamente recuperar, porque é Nossa. E chega para considerações. Não sou conselheira nenhuma. Apenas uma amiga. Queria tanto ver os jovens felizes no seu caminho desta vida. O mais frequente é formar uma família. Desta pode sair outra vocação muito preciosa e bem enraizada porque vinda de um alicerce são. Mas meus amigos começai pelo respeito a todos os níveis. Este é o princípio mais sólido do Amor que procurais e que parece não encontrardes, com duração, firmeza, continuidade. Sede corajosos alegres e amai o trabalho. Não o rejeiteis quando afinal ele vos persegue e chama sem que o escuteis. O mundo melhor tem que ter a vossa colaboração criadora e paciente. Sede felizes no vosso tempo a quem dais as vossas forças com a alegria de quem vive em paz. E paz nunca foi nem será feita só, nem principalmente com o dinheiro. Olhemos o mal que com ele se tem feito neste mundo e neste tempo. Não vamos julgar nada nem ninguém, mas os atos são de louvar ou condenar. Lá está Deus e não nós para o tribunal único justo e misericordioso. A nós compete virar o bico da agulha na direção justa. Vossa amiga. MC

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Se precisa de ajuda ligue

112 Ficha Técnica Jornal Luz da Serra Nº 520 - Maio de 2016 Ano XLI ERC 108932 - Depósito Legal Nº 1679/83

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África Suplicante Maria Primitivo

África, pobre África, não passas de suplicante. Mesmo nos sítios em desenvolvimento é com que ficas meu povo. A súplica.. . Olham para os teus terrenos, mais para erguer betão, do que para as pessoas desprotegidas, sem uma casa habitável. Não oiço falar de projetos de casinhas com condições para as famílias pobres. Bairros modestos com alguma segurança e gente que saiba ajudar, ensinando com amor e carinho as pessoas a usar os muitos meios de que podem dispor para uma vida com mais dignidade. Desculpem, estava a pensar em Angola, Moçambique, e outros torrões que nós os portugueses conhecemos melhor. Considero-vos e sois um privilégio em África se comparados com territórios noutros pontos do mesmo enorme continente. E… tenho que fazer a minha confissão. Atormentam-me as saudades daqueles três pedaços bem africanos, que me atravessam o coração. Só porque não têm a que se voltar. Sem terrenos próprios, nem sequer impróprios, para cultivo doméstico, comestível, pois arenosos, poeirentos, sem água, com um calor ardente, o que colher de lá. Estou a ver aquelas figurinhas de mulher teimosa, a meter em pequenos e superficiais buracos cavados na terra com o calcanhar, que em segundo gesto cobria o bago de milho ali colocado. Só nos espaços onde a sombra poderia dar alento á humidade ali retida. Mas se algum vingava, para depois de seco ser cozido como alimento da família só tinham para o secar um plástico aberto ou um velho pano estendido á beira do caminho na berma da estrada pública. Mas, por mais guardado que fosse, estava quase sempre condenado a desaparecer por outros com fome e sem bago porque eram poucos os que conseguiam este pedacinho de terra aplicável. Razão porque quase ninguém

podia usufruir o pedacinho de milho seco e se as espigas vingavam eram consumidas cruas e muito verdes. Comida cozida não ia além de um arroz mal passado pois não havia cozinhas nas barracas. O perigo de incêndio, a falta de água e de lenha. Esta era caríssima, sobretudo perto das cidades. As matas dizimadas e longe sem acessos. Também tinham os seus donos. Era tudo comprado feito á beira da estrada em fogueiras vigiadas, que serviam as famílias em grupos comprando já feito, os que porventura tinham de onde viesse o mísero dinheiro para comprar. Era uma fila enorme de panelas de alumínio pretas do lume a ferver devagarinho ao longo da estrada. Também centenas de mesas de plástico a fritarem banana e outros fritos de produtos que eu não conhecia e que eram o alimento dos homens de trabalho ao seu almoço. Por ali se vendiam uns refrigerantes estranhos que poucos usavam porque não podiam comprar. Abundavam crianças e outras idades que se moviam de rastos e… tínhamos que passar por tudo aquilo sem poder acudir a nada ou muito pouco. Turismo nem pensar. Se por lá passar algum branco ou é missionário ou visita rápida com bilhete para o avião mais próximo e apenas para ir observando. Onde se poderá futuramente investir em obras a construir. Para tal só com mudanças muito sérias a todos os níveis e Deus sabe como e quando. Até lá pois que se morra á fome, á sede e de doenças curáveis. E… Ninguém fala disto. Nem foi notícia os milhares de homens que pagaram com sacrifício de todos a sua passagem para a América e na ilha da história da morte, deliberadamente os viravam para o fundo do alto mar, ficando com o dinheiro das viagens no bolso. Deles ninguém falou e já lá vão bons anos. Só o Papa

Francisco la recorreu para os lembrar, falar deles ao mundo. Rezar e oferecer o gesto de um ramo de flores. Mas acrescento sem poder esconder uma enorme mágoa. O nosso racismo que ainda por aí vagueia em larga escala. Gente dita cristã de prática religiosa, que odeia o negro que de si só difere na cor da pele. Sintamos que é para nós o ano da misericórdia e haja conversão e arrependimento. Minhas amorosas crianças como ardo em vontade de vos acudir e nunca deixarei de sentir o aguilhão das saudades. Deus é vosso Pai e terá de vós compaixão. SEGUE a lista das ofertas deste mês. Uma devota 50 euros para celebração de missas pela conversão dos pastores da Igreja em Portugal. Foi a intenção que pediu e só devo ser fiel. Maria Helena de Seiça a trabalhar em Fátima120 euros para missas com intenções descriminadas. De Maria dos anjos, Fátima 15 euros para celebração por suas intenções Por alma de Manuel dos santos 100 EUROS. Pelas almas em geral 50 euros. pedido e oferta de Maria Mendes dos Santos. Pombal. Sagrada Família do Pedrome 5 0 euros Para os missionários pobres celebrarem missas pelas pessoas deste lugar que depositaram no oratório as suas ofertas. De lembrar que o principal fim destes oratórios é percorrer e abençoar na união a Deus todas as famílias que Desejam a sua presença nas suas vidas. A oferta foi vontade do povo que a recebe ,e a finalidade foi desde o início as missões,.com ou sem pedido de missas.MC.

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6 Santo do mês

Beata Joana de Portugal pela Princesa Dona Beatriz de Meneses. De personalidade marcante, chegou a exercer temporariamente a regência do Reino. Enquanto viveu na corte, praticou as mais altas virtudes cristãs. Tomou como emblema uma coroa de espinhos e, debaixo de suas ricas vestes, ninguém suspeitava que usava um cilício. Jejuava a pão e água, especialmente às sextas-feiras. Profundamente compassiva, procurava o quanto podia amenizar as misérias de seu próximo. Encarregara uma pessoa virtuosa de distribuir suas esmolas. Anotara num livro os nomes dos necessitados, o grau de pobreza de cada um e o dia em que a esmola lhes devia ser dada. Na Quinta-feira Santa, lavava os pés de doze mulheres pobres; despedia-as depois de lhes dar roupas novas e dinheiro. Era tão formosa que, segundo afirma Frei Luís de Sousa, vieram pintores de outras nações para retratála. Muitos príncipes pediram-lhe a mão insistentemente, mas negoua a todos. Joana aspirava ardentemente entrar para uma ordem religiosa, mas as dificuldades eram muitas. Teve que lutar contra as resistências de seu pai e de seu irmão, que preferiam que ela fizesse um casamento vantajoso. Em 1471, D. Afonso V tomou Arzila e ocupou Tanger, abandonada pelos mouros. Quando de seu retorno ao Reino, Joana, aproveitando o clima de euforia, disse-lhe que os monarcas da antiguidade costumavam oferecer sacrifícios aos deuses quando alcançavam qualquer vitória, que ele oferecesse também a Deus o sacrifício de sua única filha. D. Afonso não pode negar o que ela lhe pedia, consentindo que entrasse para um convento, apesar de os príncipes e as damas da corte acharem isto inconveniente. Encerrou-se no Mosteiro de Jesus, da Ordem de São Domingos, em Aveiro, onde sua humildade e obediência foram tão grandes, que ninguém podia dizer que ali estava uma filha de rei. Levou sua humildade até o ponto de lavar roupa, amassar pão, varrer o convento. Aprendeu a fiar e a tecer. Do linho pre-

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Notícias diversas “Amoris Laetitia” - “Nem todas as discussões doutrinais, morais ou pastorais devem ser resolvidas através de intervenções magisteriais.” Esta é uma das primeira frases da Exortação Apostólica Pós-Sinodal “Amoris Laetitia”, que o Papa Francisco apresentou ao mundo no passado dia 8 de abril. Pedimos uma “leitura” a D. António Marto, a dois responsáveis de serviços e a dois casais da Diocese, como ajuda para entrarmos num documento cuja riqueza só o aprofundamento pessoal poderá revelar. Feira Solidária - A Cáritas Diocesana de Leiria-Fátima vai promover, no dia 7 de maio, a II Edição da Feira Solidária deste ano, na sua sede, entre 14h30 e as 18h00. Esta atividade consistirá numa venda de vestuário, artigos para a casa, brinquedos entre outras coisas, sendo que os preços variam de 0,50 a 10 euros.

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Esta princesa faleceu quando as cortes européias eram grandes responsáveis pela expansão dos costumes renascentistas, enquanto dando prestígios aos intelectuais que lançavam as idéias da Renascença, aos juristas que plasmavam o Estado absolutista, e levando uma vida esplêndida, luxuosa, no meio das delícias, esquecidos do fim último de sua vocação de ser exemplo para as classes inferiores. Durante muito tempo esta princesa praticou a virtude da mortificação na própria corte, a ponto de tomar como emblema a coroa de espinhos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Sua atitude entrava em choque com todas as tendências da época e repercutiu, nesse período já adiantado da Renascença, como uma espécie de reminiscência da Idade Média. Também dentro do convento o modo como ela praticava as virtudes religiosas era um agir contra, pois as religiosas viviam de um modo muito relaxado naquele tempo. Era uma época de grande decadência das ordens religiosas. Décadas depois, a grande Santa Teresa de Jesus contava como viviam as carmelitas no tempo dela: recebiam visitas o dia inteiro; tinham guitarras, alaúdes e cantavam no claustro canções muitas das quais eram cantigas profanas; por qualquer motivo eram autorizadas a passar temporadas enormes na casa da família, etc. Os conventos eram verdadeiros receptáculos de mundanismo. Esta Santa admirável é exemplo para todos os tempos de como devemos combater: de frente, com vigor e sem respeito humano. Após súplicas e orações prementes, pois ainda não havia herdeiro para o trono, nasceu Joana, a filha primogênita do rei D. Afonso V, décimo segundo rei de Portugal, e de sua esposa, Da. Isabel, no dia 6 de fevereiro de 1452, e foi jurada princesa herdeira do trono. Trocou esse título pelo de Infanta depois do nascimento de seu irmão, que foi o rei D. João II. Sua mãe faleceu quando Joana tinha apenas quatro anos. A augusta menina cresceu como flores de altar, educada com grande esmero

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parado por ela se faziam os corporais para a igreja. Em 1479, a peste assolou o país. Joana, obedecendo ao pai, rumou para o Alentejo, aonde a peste não chegara. Passados onze meses Joana voltou a Aveiro. Em 1481, faleceu D. Afonso, seu querido pai, a quem sucedeu seu irmão D. João II. Todos esses infortúnios a aproximavam cada vez mais de Deus; não havendo nada neste mundo que a prendesse, suspirava pelo céu. Trabalhou ainda esta princesa denodadamente pela conversão das almas, pois a preocupava muito a sorte dos pecadores. A sua obra predileta foi a redenção dos cativos da África. Sua breve vida foi um holocausto de amor e de sacrifício. Sua saúde começou a declinar em 1489, e em princípios de maio de 1490 reconheceu que sua morte estava próxima. Na madrugada do dia 12 de maio, a comunidade reuniu-se em torno de seu leito e rezou o Ofício da Agonia. À invocação Omnes Sancti Innocentes,orate pro ea, Joana abriu os olhos e ergueu-os para o Céu por um breve espaço de tempo; depois, expirou suavemente. Sua alma voou em companhia dos santos inocentes. Em seu túmulo ocorreram inúmeros milagres obtidos por sua intercessão; a memória de Joana foi sempre guardada em Aveiro. O Papa Inocêncio XII a beatificou, confirmando o seu culto, em 1693. D. Pedro II mandou construir um túmulo luxuoso depois da beatificação, para onde foram trasladados os seus santos despojos e onde ainda hoje se conservam. A 5 de janeiro de 1963, Paulo VI a declarou especial protetora da cidade de Aveiro.

38.ª Peregrinação das Crianças - Nos dias 9 e 10 de junho, o Santuário de Fátima recebe a 38.ª Peregrinação das Crianças, que este ano tem como tema “Deus está contente!”, tendo como acontecimento de referência a Aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos a 13 de setembro de 1917, em que lhes disse “Deus está contente com os vossos sacrifícios”. Acapatrono - S. Francisco de Assis, S. Tiago Maior e S. Pedro, patronos das secções dos escuteiros, foram lembrados com três atividades regionais – os Acapatronos, que decorreram em simultâneo, no Entroncamento, na Praia do Pedrógão e em Alvados, durante o fim de semana prolongado de 23, 24 e 25 de abril. Participaram no total 959 escuteiros (Lobitos, Exploradores e Pioneiros). Presos no estrangeiro – De acordo com os dados do RASI, entregue há dias na Assembleia da República, 1.776 cidadãos portugueses estavam presos em países estrangeiros a 31 de dezembro de 2015, sobretudo no Canadá e Reino Unido. Este valor, que representa um aumento de 118 casos relativamente a 2014, pode não reflectir o número total, já que a informação diz apenas respeito aos detidos que se quiseram dar a conhecer aos serviços consulares. Diabetes – Quase um milhão de portugueses com mais de 30 anos sofre de diabetes, doença que mata mais de 12 pessoas por dia em Portugal, segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS). Cancro – Os cancros mais frequentes em Portugal em 2010, de acordo com o Registo Oncológico Nacional recentemente divulgado, foram os colorrectais, da próstata, mama e pulmão, com a região Norte a registar a maior incidência de cancro do estômago e tiroide e a região sul o da mama. Dúvidas sobre o colesterol bom – Um novo estudo da Universidade de Cambridge mostrou que algumas pessoas com níveis naturalmente altos de HDL, o chamado “bom colesterol”, estão em maior risco de ataque cardíaco. Os médicos agora estão a questionar-se acerca dos efeitos do uso de medicamentos para aumentar os níveis de HDL em terapias destinadas a reduzir o risco de doenças cardíacas Aumento da reforma – A idade de acesso à reforma para usufruir da pensão completa irá aumentar um mês em 2017 para 66 anos e 3 meses, fruto da evolução da esperança média de vida. Natalidade – Nasceram mais bebés em 2015 do que no ano anterior, mas o saldo natural mantém-se negativo pelo sétimo ano consecutivo, revela o Instituto Nacional de Estatística. Há mais mortes e mais nascimentos fora do casamento. O projeto de filhos para os novos casais é cada vez mais adiado. Desemprego – Segundo o Instituto Nacional de Estatística, a taxa de desemprego em março desceu para 12,1%. Segundo estes dados há agora 615,2 mil pessoas desempregadas. Pub


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Rancho Folclórico de São Guilherme

Dia da mãe pre mais e mais. Mãe é ainda catequista. Aquela que pela primeira vez nos ensina o Pai-Nosso e a Avé-Maria. Mãe é o nosso anjinho da guarda. Mãe está sempre ao nosso lado, a torcer para que os nossos desejos sejam concretizados e que as nossas lutas sejam vencidas. As mães são muitas vezes associadas a seres simples, ingénuos e inocentes. No entanto, representam a força suprema de quem vive uma batalha, a de ver um filho crescer num mundo tão cruel e perigoso. As mães atravessam assim, o difícil desafio de ser o nosso escudo protetor (por vezes tão discreto que parece invisível), o nosso guia para a escolha do melhor caminho (mesmo que esse dê voltas maiores), o nosso relógio para as várias etapas da vida, a nossa enciclopédia a recorrer quando as dúvidas

Mãe só há uma e todos nós dizemos que a nossa é a Melhor do Mundo! Na verdade, essa é uma das poucas certezas que podemos ter. Mãe é amor. Amor que não precisa de se ver. Apenas se sente. Amor que se demonstra nas mais pequeninas ações do dia-a-dia. Mãe é ternura. Vivendo na simplicidade de partilhar os bons momentos connosco, Mãe é aquela que de tudo faz para que nos possa ver sempre bem. Mãe é amizade. A nossa primeira melhor amiga. Guardando os nossos maiores segredos, na certeza de que nunca serão revelados, Mãe é a confidente de todos os dias, o recurso nas indecisões, a companhia na maior das solidões. Mãe é professora. Com a grande responsabilidade da educação, Mãe chama à atenção, insiste no estudo e suplica para que cada um de nós sonhe sem-

surgem e elas são as detentoras da sabedoria máxima. No final de tudo, as memórias serão aquilo que nos restará para guardar para sempre. Mas para que essas memórias existam, as vivências serão feitas hoje, daí que terão um encanto melhor se partilhadas com um dos maiores bens da nossa vida: a nossa Mãe. Um obrigado enorme para todas as Mães da Freguesia, sem elas nenhum de nós poderia fazer parte da nossa enorme comunidade.

aconchego estava ali, e o amor que se sentia no ar proporcionou uma magia que não se descreve por palavras apenas se fez sentir.

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nossas mães e crianças, uma aula de Yoga. A essência da Yoga trouxelhes uma tranquilidade que as fez querer mais aulas destas. Neste dia tão especial, as crianças sentiam que o seu

Rancho Folclórico realizou festa das sopas a 17 de abril No dia 17 de abril do corrente ano, domingo, realizou-se, pela primeira vez, uma festa das sopas promovida pelo Rancho Folclórico de São Guilherme. O evento, que ocorreu no espaço do Núcleo Museológico e Etnográfico, sito em Magueigia, Rua da Padaria, foi presenciado por dezenas de indivíduos que se deslocaram ao local para saborear, a partir das 12:30, as inúmeras sopas que os elementos do mencionado grupo prepararam, no sábado, para o efeito. De facto, nesta jornada, 16, foi intenso o trabalho não só na preparação das vitualhas, mas, de igual modo, na da

zona envolvente à também denominada "casa-museu", designadamente aprimoramento do recinto e ultimação de algumas questões ainda em aberto, tendo o sítio, quando decorriam os preparativos, sido visitado por um grupo de aficionados de vespas, que aí assomaram. A festa propriamente dita, bastante concorrida, como se afirmou, exigiu marcada dedicação e esforço das pessoas do Rancho, traduzindo-se, similarmente a outras ocasiões, num sucesso que deixou os fatigados organizadores cientes do dever cumprido. Assim sendo, é imperativo deixar

aqui, ad futuram memoriam, uma singela gratulação a todas e a todos os que, voluntária e desinteressadamente, se entregaram a tal tarefa. De referir, por último, a ausência, por motivos de saúde e convalescença, do presidente. ERRATA: no número de abril deste mensário, p. 7, onde se verifica «12 de março, sábado» deverá ler-se «13 de março, domingo». Rancho Folclórico de São Guilherme. Magueigia, 17 de abril de 2016.

PÁSCOA JUDAICA

Dia da mãe e uma aula de Yoga Para os ouvidos de uma criança “mãe” é mágica em qualquer língua” Arlene Benedict Foi no dia 29 de abril que as mães das nossas crianças da Associação de Promoção Social de Chainça chegaram com um sorriso enorme por estarem com os seus rebentos. Todo o espaço acolhedor e ternurento levou as mães a sentirem-se em casa e a brincarem com os seus filhos; disposição e alegria foi o que não faltou. Os olhares entre mãe e filho, os beijinhos e abraços eram evidentes. Porém, havia uma surpresa guardada a sete chaves para as

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PASSEIOS PEDESTRES Próximos passeios: Todos os segundos Domingos de cada mês, pelas 08h30 Ponto de Encontro Igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra

Para os judeus, a páscoa é celebrada no primeiro dia da lua cheia do primeiro dia da primavera e dura sete dias. É a festa mais importante porque comemora a liberdade judaica, permitindo a sobrevivência desse povo por longos séculos, através desses seus ritos. A pessach é uma festa tipicamente familiar. No dia anterior ao início da celebração, faz-se uma profunda limpeza da casa, procurando não deixar nada de fermentado nela. O pão ázimo lembra também aos judeus a pressa que os seus antepassados tiveram que sair do Egipto. Ao pôr-do-sol, tem início a festa que consiste numa ceia - seder – palavra que significa, ordem porque se desenrola, conforme o ritual secular Durante a ceia, lembram a libertação da escravidão do Egipto, transmitindo a importância dessa memória numa catequese sobre a história do povo judaico. A primeira cerimónia do seder é a bênção do vinho ou kidush que se bebe enquanto uma criança faz as perguntas rituais sobre o sentido do pessach. As respostas são

dadas pelo chefe da família, enquanto se põe os alimentos na mesa: o pão ázimo, as ervas amargas e cordeiro assado. Durante o seder são tomadas quatro taças de vinho. O seder inclui uma série de canções e melodias, sendo que a última, intitulada “No ano que vem em Jerusalém” é um voto de esperança que manifesta o que está no coração de todo o judeu: que se restabeleça o reino de Deus e que Jerusalém seja o símbolo, embora incompleto, do viver dos tempos messiânicos. Na páscoa cristã e judaica, existem símbolos comuns. Um dos símbolos é o cordeiro sem ossos quebrados e o seu sangue, marcando o povo para uma nova realidade de mudança e de libertação. Cristo é o cordeiro imolado que salva a humanidade com o seu sangue e o evangelista João insiste e dizer que, nadaserra cruz, nenhum osso lhe foi quebrado. Por isso páscoa de Cristo tem um significado mais profundo que a páscoa judaica, apesar da correspondência com alguns símbolos: como Ele ressuscitou

três dias após a sua morte, todos ressuscitarão para a vida eterna. A páscoa para os cristãos é a festa da esperança na vida eterna. Os símbolos usados pelos cristãos significam, um novo desabrochar da vida, uma passagem da morte para a vida, através da ressurreição. Isso explica o costume dos ovos coloridos, porque o ovo, ao abrir, representa o sepulcro que liberta a nova vida. Outras tradições comuns aos cristãos são a bênção do fogo novo, o círio, símbolo de Cristo ressuscitado, o pão artisticamente enfeitado porque é alimento que sustenta a vida. Páscoa para os judeus é vida e liberdade; para os cristãos é vida e ressurreição José Marques

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Trupe da Serra participa no Alunos participam na fase XXII Festival de Teatro distrital do Concurso Juvenil de Leiria Nacional de Leitura No passado dia 13 de abril os alunos Maria Neves Abreu, Diogo Ferreira e João Alves participaram no Concurso Nacional de Leitura, na fase distrital, que se realizou no Museu de Leiria. Nesta fase, participaram cerca de duas centenas de alunos do distrito que realizaram uma prova escrita e uma prova oral. Apesar de não terem sido apurados para a fase final, os nossos alunos tiveram um bom desempenho neste concurso, cujos objetivos principais são promover do gosto pela leitura entre os jovens e fomentar o conhecimento de autores de diversas gerações e de diferentes estilos literários. Rita Agrela

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No dia 19 de Abril a “Trupe da Serra” (Clube de teatro da EBI De Santa Catarina da Serra), participou, à semelhança de anos anteriores, no XXII Festival de Teatro Juvenil de Leiria. Este grupo levou à cena a peça de Teatro “O castelo Desencantado” de Jomar Magalhães. É uma peça muito divertida que conta a história de um rei ganancioso que tenta casar a filha com um príncipe rico. Após muitas tropelias e rodeado de uma corte muito especial, os planos do rei não correram como ele pretendia. Esta apresentação contou com o Auditório Miguel Franco completamente esgotado, obtendo do público o apreço e o carinho pelo trabalho do Clube de teatro. Para a escola, a participação neste festival é importante, pois promove o intercâmbio entre escolas e alunos, proporciona a troca de experiências e é uma oportunidade para mobilizar os alunos para esta arte de palco e para a descoberta de talentos. Dora Subtil

Tardes da Matemática

Escola participa na Rota dos 20, no âmbito o programa Eco-Escolas

À semelhança de anos anteriores, no passado dia 20 de abril a escola organizou mais uma Tarde da Matemática, convidando a Drª Andreia Hall, docente da Universidade de Aveiro, para apresentar a palestra “A magia Matemática”, dirigida a alunos do 2º e 3º ciclos. A docente mostrou alguns truques de magia que têm por trás conceitos matemáticos e desta forma tentou motivar os alunos para o estudo da matemática. Foi um espetáculo de magia exclusivamente com truques de matemática, que os alunos puderam desvendar. Rita Agrela

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No âmbito do Programa Eco-Escolas, foi lançada a “Rota dos 20” que se integra no tema da mobilidade sustentável e visa alertar a comunidade escolar para a importância de uma mobilidade mais segura, eficiente e inclusiva. Esta iniciativa envolverá escolas de todo o país. No da 21 a nossa escola recebeu um pergaminho deste programa, pela mão de alunos da Escola Básica Dr. Correia Alexandre, que se deslocaram até à nossa escola acompanhados por uma professora e uma representante da CML, numa viatura híbrida. Neste pergaminho serão registadas opiniões e sugestões, simbolizando o compromisso da nossa escola e da sua comunidade em continuar o percurso da sustentabilidade. Rita Agrela

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Festa em Honra da Padroeira Santa Catarina

Projeto de Alfabetização Sénior na EB da Chainça chega ao fim Durante o 2º período, os alunos da EB de Chainça tiveram uma oportunidade única de aprender com os mais velhos. Desde janeiro, nesta escola, funcionou uma turma de alfabetização sénior, com cerca de 15 alunos acompanhados pelas professoras aposentadas Lurdes Alves e Graciete Rodrigues. Neste contexto foi proporcionado às crianças momentos e formas de aprender diferentes, mas de extrema importância e enriquecedores para todos. No 1º dia de aulas da turma sénior, os alunos desta escola prepararam-lhe uma recepção de boas vindas, com a presença de entidades locais, representantes do Agrupamento de Escolas de Caranguejeira – Santa Catarina da Serra e meios de comunicação so-

cial. Ao longo deste tempo existiram vários momentos de convívio e partilha de saberes. Exemplo disto foram as comemorações de aniversário em conjunto e uma aula onde os alunos do 1º ano e a turma sénior aprenderam a letra H. Aproveitando as vivências dos seniores que possibilitam uma melhor compreensão da importância e significado do 25 de abril, na passada quarta-feira, aconteceu uma aula com todos os alunos da EB de Chainça e a turma sénior. Foi um momento muito emotivo, a partilha de memórias e recordações para uns e para outros a percepção das dificuldades e carências vividas. E, sobretudo, as crianças tiveram noção do significado da palavra liberdade. Para

comemorar a efeméride, em conjunto, foi construído um placard onde todos expressaram a noção de liberdade. A atividade foi colmatada com um alegre lanche convívio. No último dia de aulas dos seniores, houve a distribuição dos merecidos diplomas, numa cerimónia que contou com a presença da vereadora Margarida Valentim, do presidente da União de Freguesias de Santa Catarina da Serra-Chainça e com a professora Paula Costa, adjunta da direção do agrupamento. Crianças brindaram todos os presentes com uma atuação musical. Professoras Fátima Fazenda e Aida Gonçalves

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Todos nascemos e crescemos em famílias e ambientes cristãos, trazemos connosco, desde a infância, uma referência muito forte, na memória e no coração, à vida cristã e, sobretudo, ao Sacramento da Eucaristia. Foi a nossa primeira comunhão ou comunhão solene, a catequese na igreja, o respeito que nos foi incutido pela Casa de Deus e pelo sacrário, o aprender a ajoelhar e a genuflectir diante do Senhor e o significado destes gestos, a missa dominical, logo de crianças, as procissões eucarísticas que foram entrando na tradição local, as jaculatórias eucarísticas Bendito e louvado seja o Santíssimo Sacramento da Eucaristia… Graças e louvores de dêem a todo o momento…Santíssima Trindade, adoro-Vos profundamente) assim como o terço, as ave marias, salvé rainha que, cantadas ou rezadas, as aprendemos nos primeiros anos e fazem parte do nosso devocionário, tal como a consagração a Nossa Senhora. Recordemos, ainda, que as Confrarias do Santíssimo Sacramento e das Almas marcaram presença com as suas opas vermelhas e verdes em muitos domingos e sempre nas festas principais da paróquia. Tudo isto nos foi marcando no respeito e no amor à Eucaristia e, concretamente, à sagrada comunhão e à adoração ao Santíssimo. Texto lido no momento de ação de graças na Celebração do dia da Festa dos 50 anos em 01/01/2016.

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Os numeros das rifas foram os seguintes:

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1º prémio - rifa numero 0745 2º prémio - rifa numero 2802 3º prémio - rifa numero 1157 4º prémio - rifa numero 2059

No passado dia 25 de Abril de 2016, foi festejado o 42º Aniversário do dia da Liberdade, para os mais novos pode ser um dia como aos outros, mas para os mais velhos marca um grande marco na vida de todos, onde todas as pessoas passaram a ter liberdade de expressão e a serem completamente livres. Até ali tinham sempre muito receio de falar sobre o que quer que fosse pois ao seu lado poderia estar alguém da PIDE que se ouvisse algo contra o governo ou algo do género seria logo punido. No dia 25 de Abril de 1974 ouve a revolução conhecida pela revolução dos cravos onde, um grupo de militares comandados por Otelo Saraiva de Carvalho instala secretamente o posto de comando do movimento golpista no

PASSEIOS PEDESTRES Todos os segundos Domingos de cada mês, pelas 08h30

Ponto de Encontro Igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra

quartel da Pontinha, em Lisboa. Às 22h 55m é transmitida a canção E depois do Adeus, de Paulo de Carvalho, pelos Emissores Associados de Lisboa, emitida por João Paulo Diniz. Este é um dos sinais previamente combinados pelos golpistas, que desencadeia a tomada de posições da primeira fase do golpe de estado. O segundo sinal é dado às 0h20 m, quando a canção Grândola, Vila Morena de Zeca Afonso é transmitida pelo programa Limite, da Rádio Renascença, que confirma o golpe e marca o início das operações. Assim aconteceu o golpe de estado que levou a liberdade de todos os cidadãos… Pedro Vieira

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Nascimento de uma Burra

Testemunho

No passado dia 13 de Abril pelas 19:45 horas nasceu uma burra no Ulmeiro na quinta do Vale Zambujoso. Este nascimento foi um pouco difícil, pois pelo que o senhor António Lebre proprietário da quinta afirmava a Burra estava presa e não queria sair. Este acontecimento é admirado por todos pois há muitos anos que não nascia uma burra na nossa Freguesia. Na fotografia podemos ver a burra com 12 dias de vida, para além dos amigos do Senhor António esta quinta tem sido aberta ao público para todos os que queiram ver este novo membro, muitas foram as crianças que por la já passaram. O Senhor António deixa o convite a todos para visitar a sua Quinta e o novo membro.

Quanto me sensibilizou a homenagem que em França foi concedida à nossa conterrânea Maria Fartaria. Parabéns Maria Fartaria te dou em meu nome pessoal. A paróquia certamente reagiu como eu. Destas medalhas é que estão em débito muitas em Portugal. Conheci-te por cá durante a tua vida nesta paróquia, pois ao que recordo vieste da vizinha paróquia de S. Mamede. Conhecia muito bem o teu marido e vejo o rosto da jovem bem constituída que era a mulher que trazia para a nossa terra, onde sempre fez boa figura, como esposa, mãe e vizinha cumpridora dos seus deveres. Saúdo-te e louvo o Senhor por na França ainda Haver quem talvez melhor que cá veja a quem dar medalhas. Há mães que merecem uma medalha de oficial distinto do exército. E há por aí medalhados a quem as medalhas não ficam nada bem. E tantas,(precisamos de mais) que ninguém olha para o seu valor. Este não está no tagarelar ,mas no contributo mesmo silencioso dado á Pátria, pois com o bem que se faz, é sempre a Pátria que lucra. Termos todos muito que aprender com o bem ás vezes apagado de tanta gente. PARABÉNS E UM ABRAÇO PORTUGUÊS muito amigo. Maria da Conceição Primitivo

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Testemunho

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Para o Brasil. Ao Carlos Baptista. Olá Carlitos. Gostei da tua carta para o nosso jornal Luz da Serra. Não sei se alguém acusou o toque, mas tu mereces uma palavra de louvor e de amizade. Já partiste de cá há muito tempo. Mas olha, continuo a ver-te o Carlitos. Aquele miúdo alegre e mexido não muito traquina, daqueles que viram tudo de pernas ao ar, mas muito alegre e risonho característica de Baptista. Família numerosa e simpática. Prova disso é que não nos esqueceste. Lembro a tua infância ao colo da tua mãe Maria e de te ver correr para o teu pai quando chegava enfarinhado do pó da pedra das obras do santuário da Fátima. Já foi por lá que ele ganhou o pão de cada dia. Sempre pobrete mas alegrete. Recordo de ti na catequese e já crescidinho quando nos fizeste a surpresa da aventura até ao Brasil. Já cá vieste talvez só para matar saudades ficar com mais. Nós também te desejamos todo o bem e cremos que continuas a ser o Carlitos que conhecemos e será sempre nosso, e que como tal, Deus que aprendeste a conhecer na catequese da paróquia e no regaço da tia Maria dos Casais Ferreiros ou no alpendre da tia Florinda te chame como nós, meu Carlitos e por nós te abrace e faça feliz. Muito amiga. Maria da Conceição Primitivo. Ou Maria do Carmo se te der mais jeito.

Historiador santacatarinense edita novo trabalho nos CADERNOS DE ESTUDOS LEIRIENSES No próximo dia 21 de maio, sábado, às 16 horas, será apresentado, na vila de Batalha, no auditório do mosteiro, o volume 8 da prestigiada revista da região de Leiria, que engloba o respetivo distrito e o concelho de Ourém, de nome Cadernos de Estudos Leirienses. Nele o investigador Vasco Jorge Rosa da Silva, natural e residente em Pedrome, com mais de 540 textos editados, publicou, nas páginas 247-252, um importante artigo intitulado "Falecidos de Santa Catarina da Serra e Chainça: janeiro de 1974-outubro de 2015", que, tratando-se de um estudo de demografia histórica, procurou, através da análise de 1.622 óbitos registados pelo insigne mensário Luz da Serra, entre janeiro de 1971 e outubro de 2015, apurar a evolução da população serrana a diversos níveis, designadamente no que se refere à distribuição dos de-

Coleção 40 Anos de Jornal

funtos por aldeias, aspeto que está em consonância com a dimensão populacional de cada uma, a repartição do número de féretros por anos, de 1974 a 2015, constatando-se que os mais significativos foram os de 1990, 2005, 2008, 2010 e 2014, a divisão por meses, verificando-se que os que se encontram inseridos na estação estival eram (e são) mais propensos a doenças do foro respiratório, com ou sem relação direta com o aparelho circulatório, a esperança média de vida, que é elevada em Santa Catarina da Serra e Chainça, inúmeros cidadãos faleceram entre os 70 e os 90 anos, e, por fim, a partição por sexo, detetando-se que no período supra feneceram mais indivíduos do sexo masculino. Vasco Jorge Rosa da Silva Pedrome, 2 de maio de 2016, segunda-feira pub

5 volumes do jornal (1974 a 2013) Tenha em sua casa 40 anos de história da nossa comunidade Pode adquirir estes livros: - Padre Mário -Junta de Freguesia -For Serra


MAIO

LUZ DA SERRA

-- autarquia --

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União das Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça

Último dia do Projeto Sénior: “ À descoberta da Palavras” No passado dia 27 d abril terminou o Projeto Sénior, com a presença do Sr. Presidente da Junta de Freguesia, da Sra. Coordenadora do Agrupamento de escolas de Santa Catarina, Professora Ana Paula e da Sra. Vereadora de Ação Social da Câmara Municipal de Leiria, Dra. Ana Valentim, os verdadeiros protagonistas deste projeto, os Seniores e as voluntárias. Foi realizado a partilha de todos acerca desta iniciativa, a entrega dos diplomas e o agradecimento pelo trabalho desenvolvido por todos os envolvidos. As crianças da Escola de Chainça juntaram-se para cantar uma canção e houve a partilha de algumas crianças que também partilharam a aprendizagem que tiveram com a presença do Projeto na escola. Foi criada uma enorme ligação afetiva e os sorrisos transmitiram aos presentes que foram meses muito bem vividos que marcaram a vida de todos. A relação intergeracional foi vivida de forma muito intensa e que marcou o aproveitamento escolar de ambos. A Comissão Social de Freguesia de Santa Catarina da Serra e Chainça, enquanto entidade organizadora deste projeto agradece todo o envolvimento e toda a aprendizagem desenvolvida, prometendo que em breve haverá novidades, pois este grupo de trabalho continuará a fazer sorrir mais pessoas da Freguesia, melhorando a sua qualidade de vida.

Testemunhos das voluntárias que participaram no Projeto Sénior “Ao longo de quatro meses, vivi uma experiência que me enriqueceu, tanto a nível pessoal como social, ultrapassando todas as minhas expectativas, numa relação de grande amizade, dedicação, partilha e conforto inserida no Projeto Sénior “ À Descoberta das Palavras”, que tanto me sensibilizou! Realço a beleza do voluntariado, aliada à alegria deste

grupo de seniores que não perderam a esperança e transmitiam nos seus rostos a felicidade e as emoções dos dias vividos com tanta intensidade, dizendo “ Nunca é tarde para aprender”. Esta experiência deixa-me motivada e disponível para colaborar num novo projeto. Finalizando, aqui deixo a mensagem : “ Sem os séniores não seria possível abraçar

“O projeto Sénior “À descoberta das palavras”, foi por mera casualidade em que fiz parte deste projecto o qual adorei! Foi a primeira vez que fiz voluntariado e espero que seja a primeira de muitas e muitas vezes. Este projeto é sem dúvida uma semente que espero que seja regada devidamente e germine pelo país fora. A finalidade do mesmo era muito mais do que ensinar os Seniores a ler e a escrever, a finalidade era também combater o isolamento. Quando pensei que iria aju-

dar os outros não sabia de forma alguma que os outros “Os queridos Seniores” é que me ajudaram. O meu muito muito obrigado a todos os alunos. É difícil expressar o que se passou neste projeto pois só quem esteve presente sabe descrever o misto coisas positivas que o mesmo originou em todos, desde a partilha de conhecimentos a orientação para conseguirmos uma vida mais saudável e feliz! Neste projeto aprendi que a felicidade é algo que é tão simples de obter e afinal andamos

sempre perdidos no inútil da vida quando o que faz, as pessoas felizes é apenas o facto de termos com os outros relações saudáveis.”

“Quando me deram a conhecer este projeto e me pediram a minha colaboração, eu não hesitei e abracei-o como voluntária e com muita dedicação. A experiência foi fantástica, pois instalou-se entre mim e eles uma relação de muita amizade e carinho. Foi uma partilha de saberes e vivências muito gratificantes. Fiquei muito sensibilizada com o relacio-

namento que se estabeleceu entre este grupo de séniores e os alunos do 1º CEB da escola de Chainça. De ambas as partes houve uma colaboração muito especial e comovente. Recordarei com saudade esta experiência que me foi muito benéfica e será muito útil para o meu envelhecimento saudável e feliz. Parabéns a todas as pessoas

que acarinharam este projeto e o desenvolveram com muito amor!” Lurdes Alves

este projeto” A eles um “Muito Obrigada!” Graciete Rodrigues

Mónica Reis

"O projeto Sénior foi uma verdadeira descoberta de emoções, momentos e partilha de conhecimento. Enquanto responsável do projeto posso dizer que foi das melhores experiências que tive, criei amizades, laços fortes de carinho com os seniores, com as voluntárias que tanto me ajudaram na concretização do mesmo. Esta iniciativa foi muito mais do que aprender a ler e a escrever, foi aprender a saber viver, a ter mais qualidade de vida e a sorrir agradecendo cada momento. Ficará no meu coração as viagens que fizemos, os caminhos que à muito não eram avistados e as conversas diárias que tínhamos. Posso dizer que tive o privilégio de perceber que podemos mudar, melhorar a vida destas pessoas de forma muito simples. O contacto com as crianças foi algo mágico, a partilha, o respeito e o carinho surgiram de forma genuína e apercebi me que esta relação intergeracional tem um grande impacto no aproveitamento escolar de ambos. Vale a pena investir nesta relação, ensinar que os Seniores têm imenso valor, trazem consigo experiências únicas e uma aprendizagem profunda. A todos os que participaram neste projeto, especialmente às voluntárias um sincero agradecimento, ensinaram-me a ver o benefício mútuo, ensinaram-me que para ser voluntário é essencial abrir o seu coração enorme e dar de si sem esperar em troca. É com carinho que deixei em cada um uma semente, cabe a cada um regar e alimentar essa semente. Tudo na vida tem o seu tempo, tudo é feito de escolhas e eu escolhi tocar no coração destas pessoas. Aceito cada dia com amor que vivi junto deles e sei que o meu envelhecimento será saudável e feliz pois ensinaram me a Ser melhor. Grata por tudo!" Susana Laranjeiro

“O projeto sénior “À descoberta das palavras” é uma revelação muito para além de palavras e números. É um acontecimento positivo que envolveu algumas pessoas mas que originou, sem dúvida, um turbilhão de emoções numa comunidade. Misturou várias franjas de um grupo coletivo e não mudou a vida apenas dos seniores, que foram o ponto de partida para esta iniciativa. Ação que partiu do olhar atento de uma Técnica Superior de Educação Social, Susana Laranjeiro, que a Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra e Chainça teve a lucidez de inserir no seu corpo de trabalho e recursos humanos. O projeto sénior resultou em uma (trans) formação de todos os intervenientes: idosos, crianças, professoras, voluntários, técnicos, famílias e comunidade em geral. Todos nós; porque também desta comunidade faço parte e fui voluntária; se formámos e transformámos. Todos aprendemos, partilhámos e mudámos certos pontos de vista relativamente ao envelhecimento humano, capacidade de aprendizagem,

sucesso da intergeracionalidade e projetos de vida. Foi um processo de desenvolvimento comunitário que tem ainda muito para dar e crescer; diria até que se tornou num eficaz projeto de intervenção social e comunitário que agiu para transformar. Enquanto voluntária acreditei desde logo neste projeto e contínuo a acreditar, farei enquanto puder parte do grupo de trabalho. Acredito neste desafio intercultural e na necessidade de construir e reconstruir identidades em processos de aprendizagem (Michel Serres, 1993 in VIEIRA, 2009). O projeto desencadeou na população mais velha a tomada de consciência das suas capacidades, que até então se encontravam escondidas, muitas vezes por razões de isolamento, solidão e indiferença dos demais. Foi uma estratégia impulsionadora de novas descobertas, aprendizagens e reflexões sobre o velho e a velhice. Acima de tudo partilhámos emoções, afetos e muito amor. Dei e recebi na mesma proporção um conjunto de elementos que me fazem bem e sou, hoje, uma pessoa melhor. O

Projeto é a prova real de que podemos mudar a vida de alguém com pequenos acrescentos e retalhos. Estou grata a todos e à vida por me ter dado a oportunidade de me tornar um ser humano melhor e mais consciente da existência do Outro, das suas fragilidades e da sua experiência de vida. Como diria Neusa Gusmão, “cada velhice é consequência de uma história de vida” (Gusmão, 2003)”

Vera Repolho

Espaço reflexão Este espaço foi criado e será dinamizado todos os meses apresentando um texto refletivo de forma a partilhar algumas ideias, experiências e poder chegar ao coração de todas as pessoas.

Espalhe amor… Estamos num Era em que o tempo voa, pouco tempo dizem que há para viver. Acredito que se fizermos uma boa gestão desse tempo iremos aproveitar o momento do agora com aqueles que amamos, iremos aproveitar cada momento da melhor forma, evitando que se gaste esse tempo com coisas que nos adoecem. Acorde cedo, agradeça mais um dia, abrace a pes-

soa mais importante da sua vida (você mesmo), foque-se no que quer, tenha paciência com aqueles que tendem a desfocá-lo, partilhe coisas boas, troque as prendas de shopping por gestos, por troca de algo que tenha vida e possa dar frutos. Aceite os desafios que a vida lhe dá, lembrese que tudo o que recebemos e em algum momento o semeamos, espalhe amor e seja feliz.

Desejo-lhe um mês de maio repleto de partilha e amor junto dos que o rodeiam. Susana Laranjeiro Henriques (Técnica Superior de Educação social social@santacatarinada serra.com)


LUZ DA SERRA

-- Cultura --

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MAIO 2016

5º Aniversário da loja do meu irmão 1º Sábado do mês - 14:00h 17:30 A loja do meu irmão quer também agradecer as pessoas que se têm disponibilizado a ajudar a ter a loja aberta e a estarem presentes.

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Existe também uma recolha de roupa que já esta estragada e não serve para vender nem oferecer que vai para a reciclagem. A loja conta com muitas pessoas que a apoiam oferecendo aquilo que têm em casa e não necessitam, muito deste apoio vem de pessoas de fora da freguesia como também a grande parte das pessoas que compram são fora da freguesia. A loja do meu irmão gostaria de poder dar a conhecer a todos os que não conhecem as suas instalações por isso segue o horário de funcionamento. Segundas - 14:00h - 18:00h. Quartas - 9:30h - 12:30h e das 14:00h -18:00h Sextas - 14:00h - 17:30h

Leiria Festival em Maio, venda de bilhetes na Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra e Chainça

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No dia 8 de Maio a loja do meu irmão de Santa Catarina da Serra celebra o seu 5º aniversario. Esta loja pretende ajudar todo o tipo de pessoas que necessitam de peças de roupa a preços simbólicos desde sapatos, camisolas, calças, casacos, acessórios etc. Para alem de ajudar a nível de roupa ajuda também a nível de recolha de papel e de rolhas. As rolhas são dadas a cruz vermelha de leiria que acaba depois por as trocar por cadeiras de roda para quem necessita, a nível do papel é dado ao banco alimentar em troca de alimentos, para mais tarde serem distribuídos pelas pessoas que mais necessitam da nossa terra.

Nos anos 80 do século passado, uma série de televisão marcou uma geração. O Sport Billy era um rapaz extraterrestre que tinha um saco desportivo muito especial. A sua nave gigante em forma de despertador, ainda faz parte das minhas memórias. Hoje, se pudesse reescrever esta história de modo a passar uma mensagem pedagógica aos meus filhos, colocaria outro tipo de ferramentas nesse saco mágico. E em vez de salvar os desportos, gostaria que a sua missão fosse: Salvar a capacidade de Ser Feliz. Assim, neste Sport Billy reinventado, a inimiga, em vez de ser a Rainha Vanda, seria a Rainha Zanga. Estar zangado com a vida é uma verdadeira perda de tempo. O Sport Billy tinha dois ajudantes, uma rapariga chamada Lily e um cão de nome Wily. Este cão, até porque falava, seria substituído pela voz da consciência. A rapariga Lily (em homenagem a uma amiga chamada Liliana, que acaba de ficar noiva – parabéns! – ) representaria os amigos de qualidade. Acredito que estes dois elementos serão fundamentais para o futuro dos meus filhos: Amigos de qualidade e a gestão da sua própria voz interior. Estes elementos, em articulação com algumas ferramentas, farão a diferença. Então e que ferramentas colocaria eu nesta história reescrita à luz da psicologia? Ferramenta 1 – Perante uma situação negativa, o herói iria ao saco e retirava uma ferramenta capaz de o fazer viver melhor essa experiência negativa. As experiências negativas são inevitáveis. E até serão úteis, porque a frustração faz parte da vida. Gerir essa frustração é fundamental. Neste episódio imaginado, a Rainha Zanga cria um momento negativo, um acontecimento desagradável, e o herói aplica essa ferramenta especial que o ajuda a entender: • O que posso aprender com esta situação ? • Quais as soluções ? • O que posso fazer para resolver o problema? Ferramenta 2- Neste outro episódio, a Rainha Zanga, instalou o caos numa situação de rotina do nosso herói. Daquelas situações que todos vivemos nas nossas vidas agitadas. É hora de jantar e tudo parece desmoronar-se. Há um a chorar, o outro entorna o sumo, outro ainda não veio para a mesa, a comida parece estar a arrefecer… O herói pega no seu saco e retira uma ferramenta que o ajuda a lembrar-se dos momentos calmos de outros dias. Essa calma está dentro de cada um. Basta lembrarmo-nos dela, tentarmos respirar fundo, e, aos poucos, o caos vai dando lugar à ordem. Ferramenta 3- Desta vez a Rainha Zanga veio com uma arma de destruição poderosa. O sermão. O sermão tira energia, seca a alma, aborrece, o sermão corta a criatividade. Ligeiro, o herói pega na mala e retira o antídoto. Um ponto de interrogação bem colocado. Qual foi a parte do teu dia que gostaste mais? Como podes ajudar o teu colega de escola? Quais são as marcas positivas que temos cá em casa? Temos uma jarra de beijinhos? Onde está o nosso quadro de fotografias de momentos alegres? Ferramenta 4- A Rainha Zanga parece ter desistido. A última ferramenta (a pergunta positiva colocada no momento certo) parece que a fez desistir. Está calma. A dormir. Parada. Que engano ! Afinal era manha dela! Neste episódio, assim que o herói é alertado pela amiga, ele vai ao saco mágico e retira a ferramenta que o faz avançar no desconhecido. A Rainha Zanga estava a deixá-lo adormecido, mole. É urgente sairmos dos nossos sofás. Arriscar é um imperativo. Devemos ler livros novos, conhecer pessoas novas, viver experiências novas. Os bons amigos empurram-nos para isso. Ferramenta 5- O nosso herói está demasiado crítico consigo mesmo. A Rainha Zanga aproveita para colocar na cabeça dele, algumas “minhocas”. Minhocas são pensamentos ruminantes, cíclicos, tristes, negativos…é hora de ir buscar ao saco uma ferramenta especial. Nós temos que ser os nossos melhores amigos. Se a nossa consciência não nos ajuda, se temos um

mau diálogo interior, há que trabalhar para o alterar. Ferramenta 6 – A rotina começa a fazer marcar negativamente o dia-a-dia do nosso herói. Ele começa a sentir-se aborrecido. As rotinas não podem acabar. Elas fazem parte. Por isso, o saco tem a ferramenta que ajuda a resolver as questões: • Quais são as rotinas mais aborrecidas que temos? • O que podemos fazer para as tornar mais divertidas? • Vamos fazer um acordo familiar para tornarmos as rotinas momentos divertidos! Ferramenta 7 – A Rainha Zanga conhece as suas características. Ela é pouco corajosa, não gosta de agradecer. Não sabe elogiar. Ela é injusta e não tem sentido de humor. Mas o nosso herói tem mérito. Ele tira tempo para refletir sobre as suas próprias Forças. Quem conhece as suas Forças, quem pensa sobre elas, tem mais facilidade em exercitá-las de forma consciente. Este é mais de meio caminho para a Felicidade. Esta é uma ferramenta determinante para ter no saco. Ferramenta 8 – O herói descobre uma nova anti-arma. Todas as noites ele adormece com pensamentos bons. Todas as noites antes de adormecer, vai ao saco mágico e há uma ferramenta que o ajuda a rever os momentos mais bonitos e vibrantes do seu dia. Durante o sonho, o nosso herói vai alimentando um dia mais produtivo. A Rainha Zanga bem tenta trazer tristeza para os últimos momentos do dia. Mas as ferramentas ajudam o herói a entender: • Se adormecermos com ideias positivas, a noite corre melhor; • Pensar no que correu mal, pode ser positivo, desde que seja para ver uma solução; • Planear a aplicação da solução é uma excelente ideia positiva. Ferramenta 9 – A Rainha Zanga consegue arranjar uns parceiros. São maus como ela. Ela está forte com esta ajuda. O saco mágico (que não tem nada de mágico, como já reparou!) resolve a situação. O nosso herói tem uma ferramenta que faz com que as pessoas à volta dele entendam: • As crianças são muito sensíveis aos exemplos dos adultos; • As crianças são muito atentas; • A capacidade de atenção das crianças surpreende os adultos. Ferramenta 10 – Ela não conseguiu vencer, por isso está a juntar-se ao nosso herói. Já o elogia. Ele é bonito. Ele é forte. Ele é esperto. O herói quase vai na cantiga. Alcança o saco e retira uma ferramenta capaz de dividir os elogios em bons e maus. Elogiar é uma arte. Elogie o esforço, a determinação, em vez de elogiar a inteligência. Eu elogio o seu esforço por ter lido com atenção até aqui. Parabéns. Nota final (ou será um começo?): Este artigo é inspirado numa mítica sessão de (trans) Formação dinamizada pelo Educadoras Brilhantes em Santa Catarina da Serra (Fátima). Educadoras de Infância, Professoras, Pais e Psicólogos, encheram a Sala da Junta de Freguesia para uma manhã de reflexão sobre a Educação para a Felicidade. A impulsionadora desta iniciativa positiva foi a Drª Susana Laranjeiro. São pessoas assim, que arriscam, que avançam destemidas e capazes de mudar o mundo, são pessoas assim, a fonte da inspiração, o pináculo da integridade, o exemplo e a esperança. São pessoas assim que vão fazendo as Escolas locais positivos e a educação dos nossos filhos tão significativa quanto possível. Dr. Alfredo Leite – Psicólogo educacional para a felicidade

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A mala do Sport Billy


Desportivamente Falando

Partida de jovens jogadores..

Recordações Dentro do que tenho delineado para o 40º aniversário da União da Serra, estas são as fotos que destaco este mês. A foto 1, embora seja de uma equipa que fez um jogo na Caranguejeira cerca de ano e meio antes da fundação do clube, tem muito a ver com a mesma, pois a maioria dos jogadores, para não dizer a totalidade, representaram o clube nas primeiras épocas. Nesse jogo na Caranguejeira, a equipa chamada de “Santa Catarina”, empatou a 2 golos, sendo os mesmos marcados, pelo Zé Augusto e pelo Álvaro “Carriço”. Tendo marcado ainda a estreia do Virgílio no seio da equipa, com apenas 18 anos!

Virgílio Gordo O autor ainda escreve de acordo com a antigo acordo ortográfico

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Os jogadores, em cima da esquerda para a direita: Virgílio, Mário, Damião, Zé Baptista, Rui, Carriço, Quim Vieira e David Silva. Em baixo, pela mesma ordem: Zé Vieira, Mendes, Zé Augusto, Jorge e Zé da Passa.

Na foto 2, estão alguns jogadores e dirigentes da UDS, e tem a ver com o primeiro jogo oficial realizado com a União Desportiva da Caranguejeira, disputado no Campo da Portela, onde a UDS, venceu por 2 a 1, depois de também ter vencido na Caranguejeira por 1 a 0 na primeira volta desse campeonato distrital da época 77 / 78! Esse jogo na Portela, foi o primeiro de muitos cuja realização coincidiu com a Via Sacra realizada no primeiro Domingo da Quaresma, tal como tem acontecido ao longo da maioria destes quase 40 anos. Outra coincidência engraçada! Realizou-se a 26 de Fevereiro, data do aniversário de um dos melhores jogadores que o clube teve até hoje, mais conhecido por Zé da Passa, que marcou os 2 golos, tendo como prémio um valor monetário significativo para a época, de um grande dirigente unionista, Armindo Pereira. Tal como o Zé da Passa, também o aniversário do ti Joaquim Maria, que assou 5 leitões oferecidos pelo aniversariante, para os jogadores, dirigentes e alguns amigos, que festejarem essa data e a vitória frente àqueles que seriam os grandes rivais no futuro, futebolisticamente falando, rijamente num dos então famosos bailes, nas instalações da serração do Joaquim e Armando da “ti Argentina”, existente nos limítrofes do lugar da Quinta da Sardinha com a Magueigia, junto à Cerâmica do ti Luís Barroqueira! Jogadores em cima: David Silva, Adelino Moleiro, Custódio, Mário e Tonico Marcelino. Jogadores no meio: Zé Baptista, Zé Augusto, Zé Vieira e os irmãos Amadeu e David Santos. Jogadores em baixo: Armando Neto, Virgílio, Zé da Passa e Mendes. Directores em cima: Luciano da Barreira, (já falecido). Directores no meio: Bento Rodrigues, José Marcelino (os 2 já falecidos) e Leonel da Costa (presidente da direcção). Directores em baixo: Diamantino Carriço, Domingos Baptista, Zé da Manta (roupeiro), e os irmãos Arnaldo e David Serralheiro, este já falecido também.

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Por vezes existem situações que com a imprevisibilidade que se nos apresentam, fazem com que, mudemos os nossos projectos, ou aquilo que temos projectado no dia a dia. É o que acontece este mês, em que apesar de publicar uma foto com cerca de 41, 42 anos, portanto dentro do que tenho delineado para o 40º aniversário da União da Serra, não posso deixar de salientar os dois factos que na minha opinião se sobrepõem a tudo o resto! Cada um com a sua especifidade, mas ambos dentro da história da UDS. De facto, nos últimos 2, 3 ou 4 anos já faleceram 3 jovens jogadores que fizeram parte das camadas jovens do clube. Tiago Vieira, Joel (jogou ainda nos seniores), o João Vieira do Cercal e agora o João Sousa. Também o falecimento do Sr. Francisco Rodrigues Manso da Magueigia se enquadra nas situações que ao longo dos anos, tenho referenciado neste espaço opinativo, ou noutros anteriores, sempre que se justificou, ou que na minha opinião pessoal achei que o deveria fazer!

e foi sepultado no cemitério daquele o lugar, a 16 do passado mês de Abril, a um escasso mês de completar 20 anos! Tal como nos 3 casos anteriores, quer a direcção, treinadores, responsáveis pelo futebol e sobretudo, ex. companheiros, compareceram em peso quer nas cerimónias fúnebres. Desde da câmara ardente na casa mortuária na sede da freguesia, quer na missa de corpo presente e no acompanhamento para o cemitério da sua terra natal. Aliás o departamento do futebol de formação, adiou os 2 jogos do sábado à tarde, de Juniores e Juvenis, mesmo considerando que o João já há 2 anos tinha deixado o clube. Mas não todos aqueles que com ele privaram no que

O João Sousa, nasceu no Vale Sumo a de Maio de 1996

se pode considerar, uma longa permanência no clube, cerca de 10, 12 anos. O João Sousa como era mais conhecido nas épocas em que esteve nas camadas jovens da União da Serra, (desde das Escolinhas, Escolas, Infantis, Iniciados, Juvenis e juniores), deixou em todos que com ele privaram uma mágoa imensa e uma saudade eterna. Dos vários coordenadores do Futebol de Formação unionista que teve, (Marco Santos e Pedro Santarém), aos treinadores que o orientaram e dos inúmeros jogadores seus companheiros nos vários escalões etários, em que fez parte dos quadros do clube.

Partida de Francisco Rodrigues Manso Francisco Rodrigues Manso da Magueigia, nasceu quase há 80 anos no lugar do Pedrome. Desde muito jovem que o futebol, única modalidade desportiva praticada na freguesia, o ciclismo e até o hóquei em patins o fascinavam. As duas últimas através da rádio e mais tarde da televisão e o futebol. Este último, também através da sua prática. De facto, foi um dos seus primeiros praticantes na freguesia, na então equipa que jogou no primeiro campo de futebol existente na freguesia. O Campo das Arratoinhas no Ulmeiro. Mais tarde, dirigente da recém-fundada UDS, tendo jogado inclusive em equipas formadas por veteranos, que participavam nos conhecidos torneios de futebol de Verão, organizados pelo clube, onde hoje o Torneio Inter Terras, tem continui-

dade. Saliento ainda, que foi no seu então estabelecimento comercial “Taberna” na Magueigia, que muitos de nós, visualizámos pela primeira vez, quer os jogos do Benfica nos seus anos dourados, nos finais da década de 60 e princípio da de 70 e os das nossas selecções nacionais de Futebol e de Hóquei em Patins, sobretudo. Ainda as fases finais dos Mundiais e europeus de futebol, a partir do mundial de 66 em Ingla-

terra e muitos outros directos desportivos, transmitidos esporadicamente, como por exemplo, a Final da Taça de Portugal!

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LUZ DA SERRA

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-- histórias da História --

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Licenças para casas, muros e outras construções: 1929-34 Nos livros de atas da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra e Chainça verifica-se que a mais senecta licença para se erigir uma habitação foi concedida, a 23 de março de 1887, ao cidadão Júlio Vieira da Silva, que edificou a casa junto à atual Praça Prior Neves, ficando a 17 metros desviada do cemitério público da freguesia, inaugurado em 1869-70. As licenças seguintes só surgem registadas a partir de 1928. De facto, neste ano, a Câmara Municipal de Leiria informou, mediante uma circular, que era ao município que cabia a concessão de licenças para construções de edifícios e vedações junto às ruas e sítios públicos. Às juntas de freguesia competia «somente, deliberar sobre obras de construção e reconstrução e conservação de ruas e praças das povoações, bem como dos caminhos vacinais». Os requerimentos podiam continuar, no entanto, a ser solicitados à Junta de Freguesia, mas esta tinha de os remeter, posteriormente, à Câmara Municipal, que, por sua vez, podia requerer se existia algum inconveniente na edificação de uma determinada obra. Por exemplo, a 5 de junho de 1929, Manuel Henriques, do povoado de Magueigia, procurou levantar um local para arrecadação de lenhas e ferramentas junto à respetiva habitação. A Câmara, conhecedora do processo, questionou a Junta sobre a inconveniência da edificação desse cubículo. «Tendo, dado entrada nesta repartição um requerimento do senhor Manoel Henriques, do lugar da Magueigia, pedindo licença para construir um comodo para arrecadação de lenhas e ferramentas junto de sua casa e de um caminho publico, rogo o favor de me informar se essa Junta vê

algum inconveniente em que seja concedida a licença como requer». Na realidade, a concessão de licenças pelos municípios em detrimento das juntas de freguesia ocorreu num período político, o Estado Novo, em que a autonomia destas autarquias ficou bastante reduzida, limitando-se a cumprir ordens emanadas não só pelas câmaras, mas também pelos governos civis e outras entidades. No caso que aqui importa abordar, em apenas cinco anos, 1929-34, foram concedidas 84 licenças para casas, muros, cômoros e outras dependências: Joaquim Rodrigues, Ulmeiro, 16.6.1929, muro e cômoro, 14 metros; Francisco Ferreira Ezequiel, Barreiria, 21.7.1929, muro, 20 metros; José Francisco Mariano, Pinheiria, 21.7.1929, tapume; Bento Marques, Vale Tacão, 20.10.1929, alpendre; Joaquim Marques Novo, Ulmeiro, 20.10.1929, casa com primeiro andar; Manuel de Oliveira Guerra, Barreiria, 20.10.1929, lagar de azeite; Joaquim da Costa, Vale do Sumo, 19.1.1930, muro de rocha; Manuel Carreira Novo, Loureira, 16.2.1930, casa com 80 metros quadrados; Bento Pereira, Sobral, 16.2.1930, muro, 24 metros; José Francisco Neto, Quinta da Sardinha, 16.2.1930, muro em Siróis, sítio dos Algarinhos, 30 metros; Primitivo Pereira, Ulmeiro, 16.2.1930, muro de pedra e cal; António Domingos, Barreiria, 22.6.1930, muro de pedra e cal, 12 metros; Manuel dos Santos, Sobral, 3.8.1930, muro de pedra e cal, 8 metros; Domingos Ferreira, Pinheiria, 3.8.1930, muro de pedra e cal, 15 metros; António Ferreira Ezequiel, Barreiria, 1930, portal; Joaquim Branco, Vale do Sumo, 1930, parede, 24 metros; Alfredo Bento da Cunha, 1930, muro de pedra e cal, cinco por dois metros; José Rodrigues

das Neves, Siróis, 24.8.1930, encanamento sob caminho; José da Silva Filipe, Sobral, 2.11.1930, muro de pedra e cal; Francisco José, Siróis, 18.1.1931, cômoro, 5 por 4 metros; José Luís da Silva, Loureira, 18.1.1931, muro no sítio do Vale das Pedras, 100 metros; Serafim da Silva, Siróis, avô do autor, 20.1.1931, desaterro de caminho (em ata: «Tendo Sarafim da Silva, de Sirois, dessa freguesia, requerido a esta Camara para lhe ser concecida licença para desaterrar o caminho que fica em frente [fl. 29] de uma casa em construção que possui naquele lugar, venho solicitar de Vossa Senhoria se digne informar-me com a possivel brevidade se ha algum inconveniente em ser concedida tal licença». Vide Registo de correspondência entrada (192833), AJFSCS-C, fls. 28 e 29); Joaquina de Jesus, Loureira, 1.2.1931, muro de alvenaria no Outeiro das Figueiras, 9 por 1,8 metros; Guilhermino Pereira, Sobral, 15.2.1931, casa de primeiro andar; Joaquim Rodrigues Gameiro, Vale do Sumo, 5.3.1931, muro de pedra e cal, 22 metros; Manuel de Oliveira Guerra, Barreiria, 5.3.1931, muro de pedra no Covão da Montinha, 250 metros; José Jaulino Ferreira, Sobral, 17.5.1931, muro de alvenaria, 30 por 1,5 metros; Joaquim Ferreira, Donairia, 17.5.1931, muro de pedra no Vieiro, 200 metros; Mário dos Santos, Loureira, 7.6.1931, casa de primeiro andar; José Pereira, Matinho, Loureira, 7.6.1931, casa de primeiro andar; José Francisco dos Reis, Cova Alta, 2.8.1931, cômoro e muro em alvenaria, 35 por 1,3 metros; José Rodrigues, Vale do Sumo, 2.8.1931, eira e muro em alvenaria, 35 por 1,3 metros, e muro de pedra e cal, 12 metros; António Francisco, Vale do Sumo, 16.8.1931, casa, 10 por 5 metros; José dos Santos,

Sobral, 16.8.1931, muro de pedra solta, 16 metros; José Vieira Serralheiro, Gordaria, 16.8.1931, serventia junto à (extinta) lagoa; Manuel Pereira Vicente, Siróis, 16.8.1931, cômoro e muro, 10 metros; Joaquim Antunes de Faria, de Vale do Sumo, 16.8.1931, muro de pedra e cal, 4 por 3 metros; António Rodrigues das Neves, Ulmeiro, 4.10.1931, muro de pedra e cal no sítio do Tojal, 100 por 0,5 metros; António Vieira dos Santos, Pinheiria, 18.10.1931, muro de pedra solta, no sítio dos Moinhos, 100 metros; Francisco Domingos, Pinheiria, 18.10.1931, muro de pedra, poço de Donairia, 10 por 1,5 metros; José da Costa, Vale do Sumo, 7.2.1932, casa térrea; Domingos Rodrigues Ferreira, Loureira, 6.3.1932, muro de alvenaria, 50 por 1,5 metros; Maria Santa Ana, Vale do Sumo, 6.3.1932, muro de alvenaria, 15 metros; José Vieira, Pinheiria, muro de pedra solta, 25 metros; Joaquim Vieira, Barreiria, 1.5.1932, casa e muro de alvenaria, 50 por 1,5 metros; José Francisco dos Reis, Cova Alta, 1.5.1932, casa de arrecadação e muro de pedra e cal com 40 por 1,3 metros; José Ferreira, Barreiria, 17.7.1932, muro de pedra no limite de Vale Maior, 189 por 1,5 metros; António Rodrigues das Neves, Ulmeiro, 17.7.1932, poço no sítio do Balancho; António Caetano dos Santos, Vale Tacão, 7.8.1932, casa; António Gonçalves, Loureira, 18.9.1932, alteração de parede; Manuel António Lebre, Ulmeiro, 16.10.1932, canalização de lagar de azeite; José Francisco das Neves, Loureira, 16.10.1932, muro; Manuel da Costa, Sobral, 20.11.1932, casa; Joaquim Francisco, Casal da Estortiga, 15.1.1933, muro de pedra, 15 metros; Manuel dos Santos, Sobral, 15.2.1933, muro; Joaquim da Costa Santos Novo,

Olivais, 15.2.1933, casa; José Carreira, Loureira, 1.3.1933, muro de alvenaria; José Marques, Vale Tacão, 1.3.1933, casa; José Dâmaso de Oliveira, Loureira, 1.3.1933, casa; Francisco Ferreira Fartaria, Loureira, 1.3.1933, alteração de muro nas Reissacas ou Relvacisacas; Joaquim Vieira, Pinheiria, 15.3.1933, casa; José de Oliveira, Pinheiria, 5.4.1933, muro de pedra e cal, Seixo, Presas; Joaquim Francisco, Casal da Estortiga, 5.7.1933, muro de pedra e cal; José Gonçalves, Ulmeiro, 5.7.1933, varanda de casa de arrecadação; Duarte Graça, Ulmeiro, 5.7.1933, muro; José Constantino das Neves, Quinta do Salgueiro, 19.7.1933, adega; António Ferreira Fartaria, Loureira, 2.8.1933, muro de alvenaria, 40 por 1,5 metros; Manuel dos Santos Silva, Loureira, 2.8.1933, casa de arrecadação; António dos Santos, Loureira, 2.8.1933, casa; José de Oliveira, Loureira, 2.8.1933, casa; José Segismundo dos Santos, Loureira, 2.8.1933, casa; Manuel Gameiro, Pedrome, 2.8.1933, casa; Francisco Rodrigues Ferreira, Loureira, 6.9.1933, muro, 42 por 2,5 metros; José Rodrigues dos Santos, Loureira, 4.10.1933, muro de alvenaria ordinária, 15 por 1,5 metros; Primitivo Pereira, Ul-

Vasco Jorge Rosa da Silva Paleógrafo e Epigrafista Leiria - Ourém meiro, 4.10.1933, cômoro; José Neto Ribeiro, Loureira, 15.11.1933, muro de alvenaria, Outeiro do Moinho, 10 por 1 metros; Luís da Cruz Claudino, Loureira, 15.11.1933, muro de alvenaria, Ladainho, 100 por 1 metros; José Marques, Siróis, 20.12.1933, reparação de casa; José Dâmaso de Oliveira, Loureira, 7.2.1934, muro de alvenaria, 10 metros; Ana Alves Vieira, Quinta da Sardinha, 7.2.1934, muro de alvenaria, Água Braia, 60 metros; João Manuel Pereira, Ulmeiro, 21.2.1934, muro de alvenaria, 50 metros; e José Francisco da Silva, Loureira, 1.7.1934, muro. As obras também eram fiscalizadas pela edilidade leiriense. A falta de licença por parte dos proprietários era objeto de coima. Por exemplo, a 7 de julho de 1933, a então Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra, deparando-se com vários cidadãos multados, resolveu dirigir-se à Câmara de modo a anular as infrações e obtendo as licenças necessárias. pub


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AMOR DE MÃE A mãe é a maior riqueza Mesmo sem nada para dar Está sempre alí presente Apenas com seu olhar. É uma vigia constante Em tudo está presente Adivinha o que se passa Por vezes até pressente.

DR

Mesmo ao longe ela sabe O que se está a passar Só ela tem um poder Longe de se imaginar. Amor de mãe é amor Que só ela sabe dar Vem do fundo do coração E não dá para imitar.

por Lúcia Ribeiro

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