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MENSÁRIO DE SANTA CATARINA DA SERRA - OUTUBRO 2011 - 1€ PREÇO DE CAPA

Jovens na Vinha

As obras do IC9

Miguel Marques

Não quero falar da vindima que teve lugar entre nós nos últimos dias e na qual também eu participei com grande satisfação. Falo do Crisma que o nosso bispo veio administrar na nossa Igreja aos nossos jovens. Era meio-dia, o Sol estava mesmo a brilhar no seu zénite quando o Senhor saiu e viu estes jovens e lhes disse "Ide vós também para a Minha Vinha". Depois de alguns anos de formação, recebem a força do alto para consolidar a força e o vigor. Chamo-vos a vós jovens: Constitui um grupo de reflexão e acção cristã, servi a Igreja como leitores, acólitos, catequistas, cantores... Dai alegria às nossas celebrações no altar e na assembleia. Lá fora, chamai os outros. Na escola ou no trabalho, dai ao mundo as razões da vossa esperança! Só Jesus tem a solução para as vidas desfeitas e os corações partidos desta sociedade vazia. Vós, jovens, sois os protagonistas da nova evangelização e os artífices da renovação social. Em vós jovens a Igreja lê o seu caminho para o futuro que a espera e encontra a imagem e o convite daquela alegre juventude com que o Espírito Santo constantemente a enriquece. Todos vestidos com a dignidade do lugar e do momento os jovens disseram o seu sim para receberem o dom e a missão. Nenhum pretendia mentir ao Senhor da vinha, mas agora correm o risco de calar os gemidos do Espírito em seus...

As obras do itenerário complementar continuam na Freguesia. Algumas obras já executadas estão desajustadas às necessidades actuais. Autarquia e Câmara Municipal defendem junto da construtora melhorias e alternativas.

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União Desportiva da Serra inicia época desportiva

“Teimosos” solidários

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continua na Pág. 3 DR

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Grupo de BTT, faz donativo à Associação de Bombeiros

Miguel Marques

Entrevista Frédéric Pires, natural de Santa Catarina da Serra, em entrevista, dias depois de ter estreado a sua primeira peça de teatro. Conheça este homem do teatro.

última

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Centro de Saúde em “banho maria”

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Júlio Constantino - um homem que deixou marca

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Pensamento do mês “Só é útil o conhecimento que nos torna melhores.” divulgação


LUZ DA SERRA

-- família paroquial --

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25/9 - Juliana Gaspar Madrugo, filha de Henrique Manuel Oliveira Madrugo e de Mónica Moniz Gaspar Madrugo, da Loureira. Foram padrinhos: Pedro António Lopes Madrugo e Susana Moniz de Oliveira. 25/9 - Mariana Silva Gomes, filha de Romeu da Graça Gomes e de Célia Maria Francisco Silva, de Vale Tacão. Foram padrinhos: Paulo Miguel Gonçalves Silva Reis e Clara Maria da Graça Gomes.

3/09 - David Miguel dos Reis e Karina Vieira Santos, da Loureira. Foram padrinhos: Ricardo Jorge Silva Santos e Hugo Pinheiro Reis; madrinhas: Ana Filipa Santos Carreira e Christine Carreira 10/09 - Bruno Antunes Ferreira, de Amiais de Baixo, Santarém, e Dina Maria Martins dos Santos, de Loureira. Foi padrinho: Manuel Albertino Lopes Batista; madrinhas: Maria de Lurdes Alves Ferreira, Emília Francisco Vieira e Carla Sofia Marques dos Santos 17/09 - Renato Filipe Cardanha Pombinho, de Vila Nova de Foz Côa, e Emilie dos Santos, da Loureira. Foram padrinhos: Christophe Pereira das Neves e João Paulo do Amaral Oliveira. Madrinhas: Alexandra Maria Martins Guerra e Natalina Gonçalves Silva

31/08 - Conceição de Jesus Marques, viúva de Joaquim Sancho Vieira, da Pinheiria, partiu para o Pai, no entardecer das suas 84 Primaveras 5/09 - Júlio Vieira Constantino, casado com Conceição do Carmo Pereira Primitivo, de Santa Catarina, adormeceu na Paz de Deus na juventude dos seus 72 anos. Toda a comunidade recebeu com consternação a notícia da partida deste irmão que era uma força na nossa Igreja, como vicentino, animador da Liturgia, ministro extraordinário da eucaristia, voluntário no centro social... O irmão Júlio está bem, mas nós temos de empenhar-nos naquilo que sempre o animou e nos animou a nós. Pedimos a Deus a mesma disponibilidade, discrição, humildade e espírito de serviço. Em nome desta Comunidade, Obrigado irmão Júlio pela vida que gastaste por nós e para nós. 13/9 - José Gomes Rito, casado com Gracinda Rosa Neto, da Chainça, adormeceu no Senhor aos 69 anos de idade. 18/09 - David Filipe das Neves, casado com Maria do Espírito Santo Neves, de Vale Tacão, foi habitar no Céu aos 84 anos de idade. Em nome desta Comunidade de Vale Tacão agradecemos a Deus a vida deste irmão, dedicada à nossa capela e ao serviço do Evangelho. Catequista muitos anos, membro da Comissão da Capela um longo período, ministro da eucaristia e visitador de doentes, deixa-nos um exemplo de fé e de serviço. Obrigado David por tudo e reza por nós.

Conceição de Jesus Marques

David Filipe das Neves

N. 22/08/1929 F. 31/08/2011 Pinheiria

N. 31/12/1926 F. 18/9/2011 Vale Tacao

Alcançar a eternidade era um dos seus objectivos, e tudo fez junto de nós para que tal acontecesse. A sua serenidade, disponibilidade, simpatia e amor ao próximo eram princípios de vida para com os que amava. Foi um modelo enquanto mulher, esposa, mãe, avó e bisavó, todos estes papéis foram vivenciados por si com alegria e perseverança. Apesar da sua partida cruel e repentina, fica a esperança de que está no Senhor, essa será a sua recompensa por tudo o que representou para nós. Um bem-haja por tudo, e que descanse em paz. A família

Teresa de Jesus Vieira N. 04/09/1925 F. 30/09/2010 Loureira Teresa Fartaria N. 11/10/1956 F. 28/09/2006 Loureira "Querida Mãe... Recordo o último dia que falei contigo, após tantas tentativas de chamadas telefónicas, Deus concedeu-me a oportunidade de comunicar contigo, sem saber que aquela era a última. Foi no dia seguinte que Ele te chamou junto dele e da tua filha, Teresa, que já morava na casa do Pai do Céu e que recordo também com enorme saudade. Conversámos inúmeras vezes quando estavas internada no hospital, em cada conversa dizias sempre que estavas bastante fraca, mesmo à distância tentei dar-te forças. Apesar desta fraqueza, a tua memória era bastante lúcida, procuravas sempre pelos meus filhos, por mim e solicitavas-me sempre para estar junto de ti. As tuas últimas palavras foram "Até amanhã se Deus quiser" e eu respondi-te "Adeus mãe, amanhã ligo-te”.

Muitos são os ídolos que possuem frases célebres neste mundo, quero que saibas que o meu ídolo és Tu, e estas tuas últimas palavras são para mim a frase mais célebre do mundo. É este "Até amanhã se Deus quiser" que guardo sempre com imensa saudade no meu coração. Com muitas saudades do teu filho/irmão, Carlos Fartaria e netos/sobrinhos, Karl Fartaria e Sabrina Fartaria. Envie-nos o seu anúncio, da secção da família paroquial, que nós prometemos publicar gratuitamente. Data limite de entrega: último dia de cada mês Os anúncios publicados serão gratuitos, desde que cumpram os requisitos necessários para a publicação.

O nosso pai viveu sempre com a certeza na fé de que a morte não é o fim de tudo, mas a certeza da vida eterna. Já muito doente disse à minha mãe “Eu estou em paz com Deus e com todas as pessoas “. Com a nossa mãe viveu quase 60 anos de matrimónio. Nas tristezas e alegrias, caminharam unidos no amor na presença de Deus! Para todos nós o nosso Pai continuará a ser um bom exemplo a seguir. Os seus filhos

Júlio Vieira Constantino N. 26-02-1939 F. 05-09-2011 Santa Catarina da Serra Guardo de ti, pai, a memória do carro de mão e da cama das bonecas, feitos de madeira e ferro. Dois ou três brinquedos por ano, pai. Das tuas mãos. O bastante. Aprendi de ti, pai, que a maior riqueza material é a cultura. Levei o meu tempo a perceber, mas não me podias deixar maior património. É sobre ele que hoje construo a minha realização profissional, muito mais em torno de projetos (ou engenhos) do que de negócios. Descobri contigo, pai, o prazer do silêncio. Embrenhada no barulho constante da agitação diária, desligo o botão, retempero forças e dou-me de frente com a sua consistência. A tua consistência, pai, é a minha rocha na tempestade. É nela, na tua consistência, pai, que eu, natureza rebelde e irrequieta, encontro os valores que me moldam: a generosidade, a simplicidade, a justiça e a liberdade. A filha Ana Agradecemos a todas as pessoas que o acompanharam até à sua última morada. A família

OUTUBRO 2011

Foi no dia 20 de Setembro, que os nossos pais, Fernando e Gracinda, celebraram os seus 25 anos de matrimónio, mas só no sábado, dia 24 de Setembro, foram comemorados com a celebração da Santa Missa de Acção de Graças, seguido de um jantar para os seus familiares e amigos. Foram momentos de alegria e de convívio que jamais se apagarão das nossas memórias. O nosso muito obrigado aos que nos acompanharam. Bruna Manso e Mariana Manso

Bodas de diamante Bento Nazário e Oliveira e Florinda de Jesus Oliveira No dia 19 de Setembro, em Barretos, São Paulo, Brasil, foi realizada uma missa para abençoar o casal, seguida de um almoço junto dos filhos, netos e bisneta. Também participaram o irmão David de Oliveira, Maria Alice e Maria da Conceição.

Natural do Vale Tacão e emigrante em França, Manuel Pereira Bento veio à terra festejar as suas 69 primaveras junto da sua família. Que Deus o ajude para continuar. Parabéns da pessoa mais amiga. Claudina P. pub

Aos familiares destes irmãos apresentamos sentidas condolências e deixamos a oração da esperança.


OUTUBRO 2011

(esclarecendo dúvidas)

“Cientistas explicam sensações estranhas em casas assombradas” Experiência que envolveu músicos, psicólogos e engenheiros de som mostra que os infra-sons (sons que o ouvido humano não percebe normalmente) podem originar desde arrepios até ansiedade, nos seres humanos. (Patrícia Reaney). Velas que se apagam misteriosamente, sensações estranhas e arrepios na espinha são fenómenos que podem acontecer, não devido à presença de fantasmas em casas consideradas assombradas, mas a sons de frequência muito baixa, que são inaudíveis para os seres humanos, mas que mesmo assim se conseguem sentir. Cientistas britânicos demonstraram, numa experiência controlada, que os sons de frequências muito baixas, chamadas infra-sons, podem estar na origem de uma variedade de efeitos estranhos, incluindo ansiedade, extrema tristeza e calafrios. Os resultados deste estudo fundamentam a crença popular da existência de uma ligação entre os infra-sons e sensações estranhas. “Normalmente, não podemos ouvi-los”, explicou Richard Lord, especialista em acústica do Laboratório Nacional de Física, no Reino Unido, que trabalhou neste projecto. Os infra-sons podem ser gerados por fenómenos naturais, como tempestades, tremores de terra e erupções vulcânicas. Mas a actividade humana também os produz, como por exemplo o barulho das fábricas, do fogo-deartifício e de certos motores. Os infra-sons são definidos como vibrações que aconte-

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Editorial

Barulhos nocturnos Andam por aí além muitas pessoas, sobretudo idosas, correndo atrás de bênçãos, porque dizem ouvir barulhos e vozes, principalmente à noite. Pensam logo em espíritos e almas do outro mundo, perseguições, pedidos de oração, etc… O que significa tudo isso? Passo a transcrever um artigo que li e recortei do jornal “Público” dia 31/05/2003:

LUZ DA SERRA

-- vida da comunidade --

P. Serafim Marques

cem a frequências abaixo dos 20 Hertz, que os seres humanos não conseguem ouvir. Mas há muitos animais que detectam esses sons baixos e alguns comunicam mesmo por infra-sons, como é o caso do bacalhau, do elefante e das baleias. Ora, Richard Lord e os colegas testaram o efeito de infra-sons _produzidos por um gerador de infra-sons de sete metros de comprimento, em forma de tubo, que foi desenvolvido no Laboratório Nacional de Física_ em 750 pessoas, durante um concerto na sala de espectáculos Purcell Room, em Londres. O concerto consistiu num recital de piano, de música contemporânea e electroacústica e, em determinadas alturas, surgiram no ar notas muito baixas, vindas do gerador gigante de infra-sons. (ver “Um concerto com sons que não se ouvem mas se sentem”, PÚBLICO de 31/05/2003 NOTA: O artigo continua. Ficamos por aqui, para não sermos cansativos. Conclusão: Depois da leitura deste texto por certo muitas pessoas ficarão mais tranquilas, se alguma vez sentiram ou imaginaram ouvir sons esquisitos. As almas dos que já partiram não voltam cá a perturbar ninguém nem a pedir ajuda. Diz a Escritura: “As almas dos justos estão na mão de Deus, e nenhum tormento as atingirá. Aos olhos dos que não têm fé, parecem mortos, a sua saída deste mundo é considerada uma desgraça, e a sua morte uma destruição, mas eles estão em PAZ”. (Sabedoria3,13). A vida não acaba com a última pá de terra em cima; seria a sorte de muita gente. Aproveitemos bem o tempo que nos resta para amar a Deus e os nossos irmãos. A morte não é o fim da nossa vida, mas sim o COMEÇO da VIDA SEM FIM na Casa do PAI. “O último inimigo que venceremos é a morte” (1 Cor. 15,26).

Nenhum pretendia mentir ao Senhor da vinha, mas agora correm o risco de calar os gemidos do Espírito em seus corações. Jovens, tendes de ser fortes e perceber que a sociedade vos quer engolir num consumismo que vos traz o vazio e a perturbação da alma. Este momento nobre a divino pode mudar as vossas vidas. Pela Sua força e luz do Espírito, sereis capazes de dizer não à alienação das drogas e da instrumentalização da pessoa do outro. Sereis capazes de ir contra a corrente da vida fácil e leviana que vos deixa prostrados no nada da existência. "Tu e J. Cristo, maioria absoluta" que nada nem ninguém pode tocar ou destruir. Tu e a comunidade, família a que pertences,

Continuação da página 1 construirão a civilização do amor tão esperada, desejada e necessária. A tua caminhada de fé não parou até porque ainda tens muito para caminhar e o caminho faz-se andando. Tens que estar unido a todos aqueles que contigo disseram sim para, em grupo comunicares a tua alegria juvenil e o teu ânimo aos mais velhos. As pantufas não são para ti que tens de correr e subir até quebrar o gelo do desamor do mundo e amaciar a pedra em que se tornou o coração de muitos homens e mulheres deste tempo que é o nosso. Como o apóstolo Paulo tendes de combater o "bom combate" da fé e ir até ao sangue porque a sociedade contemporânea prepara-vos momentos difíceis.

O Santo Cura d’Ars diz "Tomai na mão uma esponja embebida em água e noutra um calhau, e espremei-os. Do calhau nada sairá e da esponja fareis sair água abundante. A esponja é a alma cheia do Espírito Santo e o calhau é o coração frio e duro onde o Espírito não habita". Não queiras ser um calhau seco e duro, mas esponja onde todos podem beber da paz e da alegria de Deus. O perfume do óleo do Santo Crisma é exactamente o bom odor da educação do serviço e da simpatia que tens que irradiar à tua volta. O crismado é um bom odor de simpatia e do serviço no amor, que chega. A comunidade e o próprio Deus têm muita esperança em vós e no vosso Sim. Sois uma promessa de futuro para a

P. Mário de Almeida Verdasca Igreja, porque agora sois Igreja a irradiar o perfume de Cristo. Sois para o presbítero (padre) que Deus colocou no meio de vós a certeza de que estareis sempre prontos e disponíveis para Deus.

Vale mais sol Um raio de sol do sol iluminou as nossas vidas do sol mi-7 si-7 e nos abriu o mistério que se vive lá do re onde os homens se amam mie liga a terra ao céu re porque sol re se estamos unidos do sol Deus está entre nós do re sol re mi- mi-7 e isto vale, isto vale mais

do sol re isto vale mais que cada tesouro mi-7 la9 do que pode possuir o nosso coração sol re vale ainda mais do sol que uma mãe que um pai do re e que a nossa casa misi-7 vale mais que o trabalho do re destas nossas mãos misi-7 do vale mais que as obras da humanidade re sol re do vale mais, vale ainda mais

misi-7 Deus entre nós do re vale mais do que a nossa vida misi-7 Deus entre nós do re vale mais do que a nossa alma miÉ fogo que se acende si-7 é vento que arrasta do é alegria imensa la re é paz que não nos abandonará

Diocese Impulsiona Testemunho de Cristo na Sociedade Objectivos pastorais para 2011-2012 Motivados pela palavra de Jesus "Brilhe a vossa luz diante dos homens" (Mt 5,16), no último ano do projecto que tem orientado em cada ano as iniciativas pastorais da diocese de Leiria-Fátima desde 2005, os católicos são convidados a dar testemunho da fé cristã mediante a sua vida quotidiana, inseridos na sociedade de que fazem parte com os demais cidadãos. Na recente celebração da de-

dicação da catedral, o Bispo D. António Marto indicou para o ano pastoral prestes a iniciar o seguinte objectivo geral: “Impulsionar os cristãos e suas comunidades a serem testemunhas, sinais vivos de Cristo na sociedade, hoje”. Já os três objectivos específicos, que visam concretizar aquele, são formulados nestes termos: 1. Despertar nos cristãos a consciência da sua missão no mundo em ordem à evangelização e hu-

manização das realidades temporais; 2. Promover uma espiritualidade e uma formação de compromisso na sociedade em ordem a alcançar a harmonia entre a vida e a fé; 3. Desenvolver o apostolado laical, pessoal e social, nos diferentes âmbitos da vida. Entretanto, para apresentar o tema e indicar as linhas programáticas para o novo ano pastoral, D. António Marto oferecerá à Diocese uma

carta pastoral a publicar em Setembro. Na tarde do Domingo, 2 de Outubro, realizar-se-á uma assembleia diocesana em Leiria na qual será apresentada a referida carta pastoral e o programa de actividades para a Diocese. P. Jorge Guarda


LUZ DA SERRA

OUTUBRO

-- personalidades --

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2011

In memoriam Membro da Ordem Hospitaleira de S. João de Deus, o Pe. Nuno Ferreira Filipe, OH, nasceu em Santa Catarina da Serra, Leiria, a 22 de Novembro de 1924. Ingressou no Noviciado da Ordem no Telhal em 19.03.1942; fez a profissão simples em 13.06.1943 e a solene em 25 de Novembro de 1948. Foi prefeito da Escola Apostólica e fez estudos preparatórios no Telhal, continuando os cursos de filosofia e teologia no Seminário de Angra do Heroísmo, vivendo ao mesmo tempo na Casa de Saúde de S. Rafael, Angra do Heroísmo e assumido durante alguns anos o trabalho da Secretaria da mesma casa. Foi ordenado sacerdote a 8.12.1954 no início do último ano de Teologia na Igreja de Nossa Senhora da Conceição em Angra do Heroísmo por ser o ano Jubilar da proclamação do dogma da Imaculada Conceição. Foi eleito conselheiro provincial para o triénio de 1956-1959, nomeado Director Da Hospitalidade, exercendo também o munus de capelão da Casa de Saúde do

Telhal mantendo esta função até 1963 período em que colaborou na pastoral com as paróquias vizinhas. No ano lectivo de 1963-64 interrompeu as funções em Portugal para fazer um ano de formação de espiritualidade e pastoral em Roma, regressando ao Telhal como capelão continuando a colaborar agora com a paróquia de Algueirão-Mem Martins. De 1966 a 1968 foi nomeado Mestre de noviços e capelão em Barcelos; e dado que foi eleito 1.º conselheiro provincial no Capítulo Provincial de 1968 para o triénio 19681971 regressou ao Telhal onde exerceu de novo a missão de capelão e colaborador na Paróquia do Algueirão até ser colocado no Funchal de 1983 a 2001 nas mesmas funções. Durante este período colaborou diariamente com os jornais e os rádios locais e fez encontros com os alcoólicos em tratamento no CTA da Casa de que resultou um dos seus livros. Colaborou além disso durante dez anos nas celebrações quase diárias do Mosteiro das Clarissas de Santo António onde faleceu

em 1929 a Serva de Deus Madre Virgínia Brites com fama de santa; além disso orientava reflexões espirituais de formação para as Irmãs. Foi colocado em S. Miguel nos três anos seguintes com iguais funções, voltando à Madeira em 2004 para o mesmo munus donde em 20 de Setembro de 2007 regressou para a Comunidade de Fátima onde foi confessor do Santuário. Como começasse a sentir a saúde abalada foi em 23 de Julho de 2008 mudado para a comunidade de Lisboa para ser assistido na Residência S. João de Ávila onde foi assistido até à sua morte ocorrida no dia 26 de Agosto de 2011. O Padre Nuno foi director e redactor da Revista Hospitalidade de 1959 a 1972, onde publicou inúmeros artigos e ensaios. Como escritor e jornalista desenvolveu considerável actividade, colaborando em dezenas de revistas e jornais. De entre os livros que escreveu destacam-se: História da Ordem Hospitaleira de S. João de Deus (apontamentos), mimeografado, Barcelos, 1967,

pp. 215; O P. Menni e a assistência aos doentes mentais em Portugal, Separata da Revista Hospitalidade, n.º 128, Out.-Dez., 1967; 75.º Aniversário da fundação da Casa de Saúde do Telhal, Telhal, 1968; - S. João de Deus. Um homem que soube amar, Telhal, 1972, que teve posteriormente a 2.ª ed., Lisboa, s/d e 3.ª ed., Lisboa, 1990, p. 144; Cartas aos jovens, Telhal, 1975; 50.º Aniversário da Restauração da Província Portuguesa da Ordem Hospitaleira (1928-1978), Telhal, 1980; S. João de Deus (resumo da sua vida e da sua obra), p. 44, Telhal, 1981; S. João de Deus, Imagens da sua Vida e ressonâncias da sua obra, Província Portuguesa da Ordem Hospitaleira de S. João de Deus, 1984, p. 35; Cartas aos jovens, Telhal, 1975, 2.ª ed., Ed. Salesianas, Porto, 1985; Teresa de Saldanha. Uma vida para os outros, p. 204, Lisboa, 1990; S. João de Deus em verso livre, Livraria Apostolado da Imprensa, Braga, e Edit. Hospitalidade, Telhal, 1991, p. 168; O Segredo de um Sorriso. Ir.

diam entrar nesta mesma ordem. Penso que terá sido a partir desta missão que demonstrou sempre grande interesse pelos jovens. Em férias, no Vale Tacão a sua terra natal, organizou também encontros de jovens aos quais tive oportunidade de assistir em grande parte. Dedicou-lhes também muitos dos seus artigos em várias publicações de imprensa, entre as quais as que durante anos figuraram neste jornal. Muito do tempo da sua vida foi dedicado à escrita, sendo

que além dos artigos supracitados, levou ainda a cabo a publicação de vários livros de entre os quais “O Homem que soube amar”, sobre S. João de Deus. Permaneceu durante muito tempo no Arquipélago da Madeira, local de sua predilecção. Havendo, na altura, muitos problemas relacionados com o alcoolismo, os irmãos da Ordem Hospitaleira de S. João de Deus assumiram também até hoje um papel importante na assistência a doentes que padecem desse tipo de lágrimas eram m ais de saudade e gratidão, que de dor propriamente. Uma consolação muito rara invadia a nossa alma. Um homem que só aparecia de mansinho onde era necessário, e o seu coração bem ordenado e relacionado com a cabeça o conduzia. Nada que cheirasse a presunção, penacho, ou sombra vaidosa, o seduzia. Eram os pobres a sua riqueza. E o serviço, o seu conforto. Tornar felizes os fi-

Maria do Precioso Sangue, p. 110, Lisboa, 1993; Irmãos de S. João de Deus. 50 anos de presença em África (19431993), Edit. Missões, Cucujães, e Edit. Hospitalidade, Telhal, 1994; S. Ricardo Pampuri, Irmão Médico da Ordem de S. João de Deus, Edit. Hospitalidade, Telhal, 1995. Como escritor a sua produção nas várias áreas: vida de S. João de Deus, história da Ordem, hospitalidade, teologia, pastoral, pedagogia, e principalmente artigos de formação, reflexão e opinião. Contam-se por muitas centenas de artigos. Só uma primeira indexação dos seus artigos na Revista Hospitali-

dade apresenta dez páginas de títulos. No Boletim de Informação Familiar e Hospitalar serão ainda mais numerosos.E os publicados em outras revistas e jornais não têm conta. Pode-se dizer que foi o Irmão de S. João de Deus em Portugal que mais divulgou a vida e obra de S. João de Deus e mais apresentou as várias facetas da vocação do Irmão de S. João de Deus com a particularidade que a viveu sempre de alma e coração na fidelidade e na generosidade. Funchal, 28 de Agosto de 2011 Padre Aires Gameiro, OH

problemas. O meu tio, como tal, acompanhou muitos destes casos e muitas das famílias a eles ligados. Colaborou com a pastoral da Diocese e foi assistente espiritual, além de formador num convento de Clarissas. Os últimos tempos da sua vida foram passados entre Fátima e Lisboa, onde pôde viver a alegria de estar perto do Santuário, uma alegria visível nas suas deslocações diárias a este local sagrado para poder rezar a Nossa Senhora e dedicar ainda algum tempo ao sacramento da Re-

conciliação. Por essa altura começa a ficar muito limitado, com variados problemas de saúde que acabaram por ditar a sua ida para Lisboa, de forma a que pudesse usufruir da melhor assistência médica possível e do apoio dos irmãos da sua Ordem. No dia 26 de Agosto, do corrente ano, faleceu, indo ao encontro definitivo para Deus. As mais belas recordações que pude guardar foram a sua simplicidade de vida, a sua grande confiança em Deus e Nossa Senhora, o

seu amor à sua Ordem e seu fundador. Uma vez que também eu sou consagrada, sempre nos sentimos unidos pela nossa opção total por Jesus Cristo. Nos últimos anos da sua vida chamava-me “a minha amiga”. É com muito carinho que hoje o tenho presente na minha vida.

lhos e a esposa e olhar enternecido os netos, era o ponto forte nos laços familiares que sempre apertou com carinho. Amigo e respeitador da Santa Igreja. Sofreu sempre em silêncio os desaires dos filhos da mesma e buscou para ele a fidelidade que lhe devia. Não abandonou o que da família recebeu nem o que lhe deu a catequese e o tempo de seminário. É a isto que bem se pode chamar santidade.

Aceitava as suas limitações com a simplicidade de uma criança boa e nunca queria ver difamar ninguém. Um testamento de virtudes foi tudo quanto nos legou. E agora na pátria celeste onde a mansidão é rainha, ele ocupa o lugarzinho de príncipe humilde, que procurou alegrar nesta vida o Rei dos céus e da terra. Nessa paz que interceda pela paróquia que serviu e amou. Por nossa parte que no descanso da luz

perpétua interceda por nós é o que pedimos agradecidos por tudo. Se puder ser, que nos conceda de Deus a graça de uma memória grata e duradoura por quantos nos antecederam na mesma fé.

Uma vida plena A Ordem Hospitaleira de S. João de Deus dedica-se aos doentes, como fez o seu fundador, S. João de Deus. Em Portugal os seus hospitais tratam de um modo particular esses mesmos doentes, com especial enfoque na área da psiquiatria. O meu tio, Pe. Nuno Filipe, sendo irmão e padre também se dedicou aos doentes como serviço autêntico na sua vida, pois via nele a presença de Jesus. Teve ainda responsabilidade de formador, durante vários anos, dos jovens que preten-

Foi esta a ideia que me ocorreu ao saber de manhã cedo a notícia da sua morte. Aquela manhã de cinco de Setembro foi muito diferente das outras. Fui quase despertada com a notícia em que não foi fácil acreditar. E disse para mim. Não morreu. Voou. Subiu à habitação que o seu espírito silencioso, ágil e de artista de Deus construiu. As

DR

O Júlio voou

DR

Pe. Nuno Ferreira Filipe, OH N. Santa Catarina da Serra, Leiria, 22.11. 1924; F. Lisboa 26.08.2011

Jacinta Neves

Maria Primitivo


OUTUBRO

LUZ DA SERRA

-- actualidade --

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2011 – Ano Europeu do Voluntariado Um homem e cristão que deixou as suas marcas vés da sua presença ativa nos vicentinos. Foi entre outras coisas, ministro extraordinário da comunhão e fez parte do Conselho Pastoral da Paróquia. Aos domingos, lá estava o senhor Júlio sempre pronto a acompanhar os que tinham idade mais avançada e com dificuldades físicas à Eucaristia Dominical. Admirei este homem e cristão! Contagiou-me a sua maneira de ser. Sem dúvida, um homem de fé e com um cora-

Roubos ensombram Freguesia

ção que transbordou muito amor. Costuma dizer-se que apesar do voluntariado ser um ato altruísta, quando fazemos um gesto voluntário, recebemos sempre muito mais das pessoas, do que lhes damos. Constatei todo o carinho e reconhecimento deste povo santacatarinense na sua despedida. Muitas foram as palavras ouvidas, dizendo que a nossa terra perdeu um homem bom, mas o céu tinha ganho um santo.

Trezentos quilos de fio de cobre foram furtados do interior de um armazém de uma empresa do ramo eléctrico no Pedrome. No espaço de um ano, a empresa foi assaltada duas vezes Um grupo de indivíduos roubou, numa noite de quartafeira, 300 quilos de fio de cobre do interior de um armazém da sede da empresa de instalações técnicas de electricidade. Segundo Carlos Neves, sócio-gerente da empresa Voltel, os indivíduos “abriram, com uma marreta”, um buraco na parede do armazém com “cerca de 1.50 metros”, para furtarem o material.

Obrigado, senhor Júlio, em nome de Santa Catarina da Serra, pelo seu belo testemunho de vida aqui na terra. E como diz um filme que vi: “ Partiu de olhos fechados, mas de coração aberto!” Até sempre! Arquivo

A presidente nacional do Ano Europeu do Voluntariado, Fernanda Freitas, afirmou durante as Jornadas Missionárias, que decorreram em Fátima no mês de setembro: “ Sou muito feliz a fazer voluntariado”. E foi, não tenho dúvidas, o sentimento do senhor Júlio Constantino. Esta frase fez parte da sua vida. Homem bom, silencioso, atento, amigo e colaborador, marcou a vida das nossas gentes. A vida do Júlio Moleiro, como era conhecido, foi uma vida cheia de carinho e beleza. Respondeu sempre com grande entusiasmo ao convite do Senhor: “ Vem tu também. A messe é grande, mas os operários são poucos”. Daí que tenha dedicado muitos anos da sua vida aos mais pobres, no serviço da pastoral social, atra-

Fernando Valente

Encontro diocesano de Acólitos Jovens da Paróquia de Santa Catarina da Serra participaram no encontro diocesano de acólitos

O ciclista veterano Américo Vieira teve que interromper as provas desportivas em que participava para ser sujeito a uma intervenção cirúrgica às varizes na perna direita. Operado no passado dia 26 de Setembro, o atleta está ansioso por volta à estrada, mas certamente só o poderá fazer mais para o final do mês de Outubro. Nestas semanas que se encontra em casa dedica-se a escrever o livro que pretende publicar no âmbito dos seus 50 anos como atleta federado.

Atelier sobre sementes e raízes No dia 22 de Outubro de 2011, terá lugar no Centro de Interpretação Ambiental de Leiria, um atelier sobre sementes e raízes.Existe um variado leque de sementes e raízes que podemos e devemos incorporar na nossa alimentação. Venha conhecer um pouco melhor a origem das sementes e as suas utilizações nas tradições portuguesas e também noutras culturas. A importância das sementes na manutenção e equilíbrio da biodiversidade. Como semear, o quê, onde, para quê. Como colher, conservar e utilizar na culinária. Propriedades medicinais de algumas sementes e raízes. Atelier de 3 horas e meia onde provaremos algumas sementes e levaremos para casa outras para semear. Inscrições pelo telefone: 244 845 651

Formações ForSerra Mário Verdasca

Foi com grande espírito de alegria, que os acólitos da nossa Paróquia de Santa Catarina da Serra partiram para Vermoil, no passado dia 5 de Outubro. Este encontro diocesano de acólitos teve início às 10 horas com o acolhimento, onde o Sr. Padre José Baptista nos mostrou uma apresentação de preparação e abertura para este dia. De seguida, cerca de 242 acólitos se juntaram para celebrar a Eucaristia juntamente com o bispo da nossa diocese, D. António Marto, que nos saudou com grande entusiasmo. No fim da Eucaristia reali-

Ciclista Américo Vieira operado

zou-se um almoço partilhado seguido de várias actividades na rua, onde pudemos conviver e divertirmo-nos.

Por fim, dirigimo-nos à capela para a Consagração a Nossa Senhora dando encerramento a este encontro às 16:30. Apesar de ter sido um

dia cansativo, foi uma experiência muito enriquecedora que esperamos poder voltar a repetir para o próximo ano.

A ForSerra continua a disponibilizar inscrições para formações de R.V.C.C. As inscrições podem ser feitas online através do portal da Freguesia em www.santacatarinadaserra.com ou pessoalmente na sede da Associação. A ForSerra continua à procura de novas formações para Santa Catarina da Serra. Informe-se pelo contacto: 917480995

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ForSerra lança Sigweb da Freguesia

ForSerra lança projecto online, em colaboração com grupo de jovens da Freguesia E conjunto com um grupo de Jovens, a ForSerra lançou uma aplicação online que permite identificar geográficamente os locais na nossa Freguesia. Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) são ferramentas que permitem trabalhar com informação espacial (geográfica), integrando e sobrepondo vários tipos de informação.

A sobreposição permite cruzar informação respeitante a uma determinada localização geográfica. Por exemplo, no mapa do Santa Catarina da Serra podemos sobrepôr informação sobre as ruas, os edificios, a localização das empresas e até uma imagem retirada da internet. Deste modo, pode-

mos facilmente obter um mapa onde aparece toda a informação. O utilizador pode comunicar identificando novos locais, como lixeiras, novos locais, fotos e serviços através do formulário criado para o efeito. Visite e participe.

Aceda através de: www.santacatarinadaserra.com


LUZ DA SERRA

6 Os edifícios escolares do passado

OUTUBRO

-- correio do leitor --

2011

Ficha Técnica Jornal Luz da Serra Nº445 - Outubro de 2011 Ano XXXVII ERC 108932 - Depósito Legal Nº 1679/83

sui no referido lugar do Vale Tacão. A oferta foi aceite e o acordo estabelecido. A Junta de Freguesia autorizou a utilização do seu terreno para o referido fim e o povo do lugar, em colaboração com a Junta, construíram um imóvel de dois pisos, sendo o rés-do-chão destinado à Associação Cultural e Recreativa do Vale Tacão e o primeiro piso para a escola primária, onde funcionou até ao ano de 1993, fechando por falta de alunos. No ano de 1997 um grupo de jovens daquela localidade designado por “Novos Horizontes” tomou conta da sala de aulas para o desenvolvimento das suas actividades e confraternização depois de autorizados pela Junta de Freguesia. Os moradores da Chaínça estavam descontentes com um edifício velho feito pelos seus antepassado e onde funcionava a escola. Resolveram criar uma Comissão para os representar na reunião da Junta de Freguesia de 16 de Janeiro de 1966, solicitando-lhe o restauro do edifício com o fim de ser utilizado como cantina escolar. Na inauguração, a que assistiu o Presidente da Câmara e o Director Escolar, a dita Comissão entregou o imóvel à Junta de Freguesia e esta aceitou considerando-o propriedade da Freguesia ficando sob a administração da Junta. No dia 20 de Maio de 1921, vários indivíduos da Freguesia entre os quais se Faustino Alves Vieira e Domingos Pereira Relha pediram à então Comissão Administrativa de Freguesia que lhe fosse dado um auxílio para reedificar a antiga escola primária da Quinta da Sardinha, há bastantes anos demolida. Apresentaram um projecto e a Comissão foi informada através do ofício número 610.1928 que o mesmo se encontrava em harmonia com os projectos oficiais. Pelos moradores e pessoas amigas foram oferecidos terrenos, mão-de-obra e materiais para a reconstrução do edifício com duas salas para

ambos os sexos e inaugurado oficialmente no ano 1928. Nos Olivais existe um edifício construído por José Carreira, sangrador, pai da professora Maria de Jesus Carreira, do Vale Sumo e utilizado durante muitos anos como escola primária. O Sr. José Carreira construiu aquele edifício para ser utilizado como escola visto a sua filha estar a estudar para professora na Escola do Ensino Normal de Leiria, onde se matriculou no dia 23 de Outubro de 1905, com 18 anos de idade, para ali leccionar, coisa que nunca aconteceu. Mais tarde o Estado Novo construiu na mesma povoação um outro edifício, destinado a Escola Primária, hoje designada pelo 1.º ciclo e a velha escola da professora Maria Carreira foi abandonada. Esteve em vias de se perder a favor de um particular. Os moradores dos Olivais e seus limites tinham necessidade de uma escola infantil para os seus filhos e em colaboração com a Junta de Freguesia fizeram obras de adaptação para o ensino préprimário onde funcionou durante vários anos. O actual Jardim de Infância da Loureira, na rua do Outeiro foi construído em terrenos adquiridos pela Junta de Freguesia a José Claudino no ano de 1990 pela quantia de 1.750 contos e registado na Conservatória do Registo Predial a favor do comprador, Freguesia de Santa Catarina da Serra, mas o edifício escolar foi construído sob a responsabilidade da Câmara Municipal. A exposição dos factos acima relatados mostra que a Câmara de Leiria e o seu Presidente está com pouca manobra para legitimar a venda dos edifícios escolares da Freguesia de Santa Catarina da Serra a menos que recorra à obstrução do dever de respeito pela coisa alheia, restando-lhe apenas deitar mão à antiga escola primária do Sobral cedida à Associação Cultural e Recreativa local que a utiliza legalmente

para as suas actividades associativas. Pouco mais lhes resta. Ainda está muito viva e de triste memória de muitos moradores da Loureira dos atropelos da autarquia municipal na venda de um edifício escolar, feito pelo povo do lugar e vendido pela Câmara Municipal em haste pública a Adriano da Luísa (Adriano dos Santos) e Domingos Gonçalves, sendo mais tarde transferido, também por venda, à Comissão da Capela de Santa Marta da Loureira, conforme escritura de 3 de Novembro de 1976. Anos depois a Câmara Municipal necessitou novamente do dito edifício para aí instalar um jardim-deinfância, que a capela cedeu, sendo a Junta de Freguesia a suportar as despesas de adaptação. Entretanto foi construído um novo edifício com duas salas de aprendizagem, refeitório e sala de convívio para os “tempos livres”, deixando-se de vez a casa da capela. Como compensação pela utilização do antigo edifício da Capela de Santa Marta da Loureira, a Câmara Municipal de Leiria através da Junta de Freguesia pagou os candeeiros de iluminação que se encontram no adro da capela, a sua instalação e respectivo ramal de electricidade. Os candeeiros não foram ligados à rede pública, como era desejável, por estarem instalados em local do domínio privado. Para que se não repitam casos semelhantes aqui fica em jeito de alerta para os actuais responsáveis da freguesia fazerem respeitar, como lhe compete, o nosso património mesmo que este não esteja devidamente inscrito na Repartição de Finança a favor da Freguesia de Santa Catarina da Serra. Pouco vale dizer-se que este ou aquele imóvel é de povo. As justificações patrimoniais não se fizeram para outra coisa e ninguém deve de levar a mal se o fizerem.

Sede da Associação do Vale Tacão

O presente assenta no passado António G. Fartaria Gostei de ler nesse jornal a história dos nossos párocos, que bom recordá-los e porque não homenageá-los? Demonstra que serviram e viveram com o povo, pelo que as obras construídas ao logo de tantos anos, pelo povo, deve ser património do povo, quer sejam administradas pela Junta de Freguesia ou Igreja, tudo para todos e ao serviço de todos, sem caprichos, guerras ou quezílias políticas. Junto à casa mortuária de Santa Catarina, a história deve ser preservada, com o tratamento das campas ali existentes, bem como tornar bem legíveis as inscrições cunhadas nas mesmas, pois a história também passa por ali, local visto por muita gente que gosta de conhecer o nosso passado. Com pouca

despesa, também ali a história se perpetua. Um dia também faremos parte desse memorial. Com regularidade, vou ao nosso cemitério assim como quem aquele local merece homenagem, sentimentos e respeito. A parte nova, no espaço em terra destinado a sepulturas, (terra sagrada e abençoada) apresenta uma imagem de estaleiro, onde são visíveis dispersos, campas partidas, lápidas, ervas daninhas lixo, entre outras, ali depositadas até que a alguém diga respeite as reponha em sepultura de família ou retire para aterro. Urge ter aquele espaço limpo asseado e preparado para nos receber, nesta e na outra vida, com respeito que todos merecemos.

Miguel Marques / Arquivo

Li há dias num jornal de Leiria que era intenção da Câmara Municipal de Leiria vender os antigos edifícios escolares desta freguesia de Santa Catarina da Serra que se encontram desactivados. Era o que nos faltava agora. Espero que isso não vá acontecer. Já há tempos a Junta de Freguesia teve idêntica intenção. Só podemos vender ou alienar coisas nossas e estou certo que alguns desses edifícios não são propriedade da Câmara. Simplesmente os utilizou durante vários anos. O pequeno texto que se segue dá para perceber do que é que estamos a falar; No dia 18 de Junho de 1867 a Junta de Paróquia deliberou pedir uma “ Cadeira Régia” do ensino primário para Santa Catarina da Serra quando esta tinha 318 fogos e cerca de 115 meninos dos 6 aos 12 anos de idade, existindo ainda a poente os lugares da Chaínça e Casal dos Lobos e a norte os lugares das Matas, Ninho d’Águia, Vale Feto e Cercalinho e os meninos desses lugares poderiam aproveitar esta escola em virtude de ficarem aqui mais perto e serem melhores os caminhos que os das suas freguesias. O pedido foi aceite e a referida Junta (Junta de Paróquia da Freguesia) forneceu a casa e mais tarde construiu a escola. Estamos a falar do edifício que se encontra junto à Igreja Paroquial que é actualmente propriedade da Junta de Freguesia e registado na Conservatória Predial a seu favor. Os habitantes do Vale Tacão inicialmente tiveram um posto escolar, onde se aprendiam as primeiras letras, que entrou em degradação e seria definitivamente encerrado. Os moradores organizaram-se e mandataram o conterrâneo David Pereira das Neves para os representar na reunião da Junta de Freguesia e entregaram-lhe a quantia de 50 contos destinados à construção de um novo edifício escolar a construir nos terrenos que a Junta de Freguesia possuía e pos-

Miguel Marques / Arquivo

Domingos Marques Neves

www.santacatarinadaserra.com Propriedade Fábrica da Igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra - Administração e Edição ForSerra - Associação de Desenvolvimento e Gestão Património de Santa Catarina da Serra - forserra@santacatarinadaserra.com - www.forserra.com - Fundador Pe. Joaquim Carreira Faria - Director Pe. Mário Almeida Verdasca - Contacto: (00351) 244 741 197 - Redacção e Paginação Miguel Marques [CO787] - Colaboradores Virgílio Gordo, Fernando Valente, História: Vasco Silva, Marco Santos, Hélio Alves, Pe. Serafim Marques, Prof. António Oliveira, Isaque Pereira (ass. clínica geral), Liliana Vieira (Psicóloga), Prof. Lurdes Marques, Diana Oliveira, Marco Neves (enf.) - Contactos Telefone (00351) 917 480 995 | Fax (00351 ) 244 741 534 - Correio electrónico luzdaserra@santacatarinadaserra.com - Impressão Empresa Diário do Minho - Tiragem 1700 Exemplares - Periocidade Mensal - Preço de assinatura: 10 Euros - Continente e Ilhas | 15 Euros - Europa | 20 Euros - Resto do Mundo - Pagamento de Assinaturas: ForSerra (edifício de Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra) NIB: 5180.0010.00000921394.45 IBAN: PT50 5180 0010 0000 0921 3944 5 BIC/SWIFT CODE: CDCTPTP2 Banco: Caixa de Crédito de Leiria

Os textos assinados e publicados no jornal LUZ DA SERRA – que podem ou não traduzir a linha de orientação deste jornal – são da inteira responsabilidade dos seus autores.


OUTUBRO

LUZ DA SERRA

-- associativismo --

2010

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Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira

Passeio de Motas de 50cc

Classes de Mobilidade

Vulgarmente chamado de “passeio de motas velhas”, a Comissão do Parque de Merendas do Vale Mourão realizou mais um encontro onde não faltaram muitas relíquias e convívio.

Cooperação entre entidades, leva idosos a fazer ginástica.

DR

Pedro Ribeiro

Mantêm a Câmara Municipal de Leiria e o Centro de Saúde Gorjão Henriques com a Associação Para o Desenvolvimento Social da Loureira um Protocolo de Cooperação para, semanalmente, uma fisioterapeuta desenvolver com os idosos do Centro de Dia sessões de mobilidade ou, como dizem, aulas de ginástica. O mesmo acontece em Caranguejeira, Parceiros e Monte Redondo. Por cá, habitualmente, essas sessões decorrem na instituição mas, desta vez, foi no Parque de Merendas do Vale Mourão e foi dia de festa. Para além dos nossos idosos, foram também convidados os senhores e as senhoras do Centro de Dia do Centro Paroquial da Caranguejeira. A fisioterapeuta Catarina Vieira chamou-os a todos, fizeram uma grande roda (sentadinhos, pois claro!) e foi um "estica para aqui e para acolá" e "um e dois e três!", sempre ao som da música que marcava os tempos. Depois da ginástica, já mais cansados, era hora da me-

A tradicional foto de grupo, mesmo que todos os participantes não estivessem presentes. destes veículos nada tem a ver com os actuais. O final do passeio estava marcado para as 12h30 no Parque de Merendas do Vale Mourão. Para o almoço a organização serviu uma sopa da avó e grelhados mistos. A organização pretende agradecer a todos aqueles que contribuíram na realização do Passeio e espera contar com todos para o próximo ano. Organização

Pedro Ribeiro

Miguel Marques / Arquivo

48º Aniversário do Rancho Folclórico

O Rancho Folclórico de S. Guilherme festejou no passado dia 25 de Setembro o seu 48º aniversário e teve como convidado especial e colaborante nos festejos – o Rancho Folclórico de Liteiros – Torres Novas. Depois da Missa presidida pelo Padre Mário, na Capela de S. Guilherme, seguiu-se um animado convívio junto ao Núcleo Museológico com a actuação de ambos os ranchos.

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Se é EMIGRANTE, EX-COMBATENTE DO ULTRAMAR OU EMPRESÁRIO inscreva-se no portal da Freguesia, em www.santacatarinadaserra.com e deixe-nos os seus dados. Pretendemos constituir uma base de dados com o objectivo de promover diversas iniciativas. DR

Pelo quarto ano consecutivo, o Parque de Merendas do Vale Mourão encheu-se de velhinhas máquinas de duas rodas. No dia 25 de Setembro, o barulho das cerca de 100 motas de 50cc que em outros tempos eram utilizadas como o principal veículo de transporte, enchem agora, apesar de ferrugentas, de orgulho os seus proprietários que lhes têm a maior estima. A amizade, o convívio e alegria foram o tónico deste passeio, que pode contar com vários participantes oriundos das várias localidades da região. Com concentração no Parque de Merendas, os participantes eram convidados a tirar uma foto para a posteridade em cima da sua relíquia. Ali se preparou tudo para dar inicio ao passeio com destino a Fátima. Eram 09h30 quando se começaram a ouvir os motores a trabalhar para dar inicio ao passeio. O percurso marcava alguns km, onde a primeira paragem foi para um reforço na Pedreiras (Fátima). A paragem seguinte foi no Parque do centro Paulo VI, onde foram oferecidos "aperitivos" e feita mais uma pausa para descanso, pois o desgaste físico e o desconforto

renda partilhada e com rancho melhorado. Afinal, era dia de festa! Com a música sempre a tocar, havia pares a dançar e outros a bater palmas, enquanto ainda outros conversavam. Pelas conversas ficou-se a saber que na Caranguejeira há a Feira do Primeiro (dia do mês) e a Feira da Loureira é no primeiro domingo (do mês); o milho que por lá se cultiva é sobretudo do amarelo e é de regadio; as terras por lá também têm silvas; no passado, muitas pessoas da Caranguejeira vinham para a apanha da azeitona na Loureira; lá como cá, os idosos gostam de frequentar o Centro de Dia… e que a professora de ginástica é muito simpática. Foi uma tarde de intercâmbio e de convívio que valerá a pena repetir. Fica um agradecimento especial aos técnicos e colaboradores das instituições envolvidas que se encarregaram da animação e da logística. Catarina Neves


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OUTUBRO

-- destaque --

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Em “banho maria”

Crianças rezam o terço na capelinha

Alavancado pelo Município de Leiria, o projecto da Unidade de Saúde Familiar, ainda não tem fim à vista. Texto: Miguel Marques

Grupo de criança da catequese de Chainça foi até ao Santuário aprofundar a sua fé.

dos a intervir antes da tomada de decisão. Ao que o Luz da Serra apurou o projecto encontra-se parado devido à mudança politica que o país atravessou nos últimos meses. A Câmara municipal já pediu reunião com o Secretário de Estado da área da Saúde para apresentar e dar a conhecer o projecto com o objectivo de poder assegurar a sua continuidade. Desconhecendo a posição do Governo no que respeita a esta maté-

ria, o município pretende terminar o mandato com a questão da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) definida. De parte está, para já, o projecto que a Junta de Freguesia e a Casa do Povo elaboraram para a requalificação do actual Centro de Saúde de Santa Catarina da Serra, abrangendo as instalações deixadas pela Associação de Bombeiros, na Casa do Povo. A este projecto, que se encontra pronto para exe-

cução, a Casa do Povo já mostrou a sua total disponibilidade à Junta de Freguesia para colaborar com o melhoramento das instalações. Enquanto não houver a reunião do município com o Governo, a população de Santa Catarina da Serra continuará a ir ao seu Centro de Saúde, apesar das deficientes condições de atendimento.

DR

Miguel Marques / Arquivo

Foi no final de Março, do presente ano, que a população ficou a conhecer a intenção da Câmara Municipal de Leiria na elaboração de um projecto idêntico ao da Associação dos Amigos dos Bombeiros Voluntários do Sul do Concelho de Leiria. A construção e centralização de serviços de saúde numa USF – Unidade de Saúde Familiar a ser construída nos Cardosos ditaria o encerramento dos actuais Centros de Saúde de Santa Catarina da Serra, Caranguejeira, Arrabal e Chaínça. A notícia surgiu quando a Câmara Municipal anunciou no seu sítio na Internet a assinatura do protocolo entre a Câmara Municipal de Leiria e a Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro que irá permitir a construção da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP). As populações mostraram o seu descontentamento junto dos presidentes das autarquias locais, sendo que estes também revelaram algum desconforto com esta decisão por não terem sido chama-

Desde há vários anos, com regularidade mensal, que as crianças da catequese têm recitado o terço na Capelinha das Aparições todos os dias 13, pelas 18h30. No passado dia 13 de Setembro, a convite do Movimento Mensagem de Fátima, as crianças da catequese da Chainça recitaram o terço com grande alegria, empenho e responsabilidade. Esta oração que Nossa Senhora

pediu em Fátima que fosse rezada”todos os dias”, não só pelos pastorinhos, mas por todas as crianças e pessoas. A todos aqueles que se empenharam na preparação das crianças e do terço, um grande bem-haja. Dulcinda

Associação dos Amigos da Secção de Bombeiros do Sul do Concelho de Leiria

As actividades de “Angariação de Fundos” Associação de Bombeiros realiza várias actividades de angariação de fundos. mais de 2 anos. Se tudo correr bem, em breve iniciaremos não só o pagamento de parte da dívida, como teremos uma palavra a dizer aos muitos dos fornecedores que têm ainda milhares de euros a receber. Ainda este mês decorreram os almoços/jantares em 3 das 4 freguesias, pois o da Chaínça realizar-se-á no dia 5 do próximo mês de Novembro. A direcção da Associação apela e desde já agradece a quem vier a participar ou ajudar na realização desses eventos. Na nossa freguesia será no Domingo, dia 23 no Salão Paroquial.

DR

Tal como tinha sido anunciado realizou-se no dia 18 do passado mês de Setembro o já tradicional “Passeio do Dia dom Coração”. Uma actividade que não é propriamente para angariar receita, mas sim de ser uma manhã convívio para quem nele participa (ou). De facto a Associação com o preço de inscrição assume o pequeno-almoço, a famosa bifana e as bebidas. Este ano uma vez mais, no parque da Associação de Caldelas, local aprazível e extraordinário para este tipo de iniciativas e o almoço no final. As actividades de angariação de fundos para esta Associação têm sido praticamente nulas. Este ano uma palavra de apreço e de grande agradecimento para os numerosos membros do grupo “Os Teimosos”, que para além da sua inscrição individual, doaram à Associação, no final do almoço, uma verba de 300 €. Assim, o lucro com esta actividade rondou um

pouco mais de 350 €. Agora que terminou o Verão, este ano excepcionalmente com temperaturas muito aquém do que também é habitual, foram raros e pequenos os incêndios na região que o quartel dos Cardosos abrange. Ao contrário, com a vaga de calor desde o final de Setembro, as noites nas

últimas semanas têm vindo a aumentar o desassossego, para quem precisa de descansar, já que em quase todas elas, os bombeiros (as) de serviço, têm saído para uns enigmáticos focos de incêndio para nas zonas os Soutos e Opeia, para além do apoio dado aos concelhos vizinhos, onde as chamas têm

atacado mais em força. O que não tem sido fácil, tem sido a gestão económico-financeira quer da Secção de Bombeiros, quer da própria Associação. Tem sido uma luta constante na procura de soluções que permitam salvaguardar os compromissos de tesouraria. Quanto aos compromissos

com a construção do quartel, com uma dívida a rondar os 100.000 euros (cem mil €), foi aprovada na última reunião da CML, no passado dia 4, a ordem de pagamento de metade da verba que há muito nos tinha sido prometida (60.000 €) e sem a qual não teria sido possível a construção do quartel em pouco

Ainda relativamente às quotas em atraso, a Direcção continua a fazer o apelo de que aqueles (as), que ainda as não pagaram, que o façam no quartel, se possível. Virgilio Gordo


OUTUBRO

LUZ DA SERRA

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2011

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Agrupamento de Escuteiros 1211 - Santa Catarina da Serra

Sacramento do Crisma

Novo Ano Escutista

Jovens crismados em Santa Catarina da Serra

Miguel Marques / Arquivo

O novo ano escutista começou.

Foto Antunes

Após um longo período de exercício de preparação para o Sacramento da Confirmação, levado com rigor e reflexão, foi no passado dia 18 de Setembro, que o nosso grupo de crismandos celebrou a Eucaristia em que se recebeu o sacramento referido. Nesse dia, todos os crismandos chegaram à Igreja de Santa Catarina da Serra por volta das 11.15h para acolher, com um imenso gosto, O Senhor Bispo António Marto. A Eucaristia teve o seu início por volta das 11.30h e teve o seu fim por volta das 13.30h. A nossa celebração foi intensamente vivida, sentimos o espírito de união entre todos nós, o estabelecimento da relação com Deus e do compromisso que assumimos para com a Igreja, Deus e Comunidade ao darmos o nosso SIM total. O grupo de Crismandos e toda a comunidade de Santa

Catarina agradecem, desde mais, a presença do Senhor Bispo na celebração, e a boa disposição com que nos conceber o Sacramento, pela sua alegria, simpatia e espírito de fraternidade com que encheu todos os nossos cora-

ções. Por último, mas não menos importante, é com muita satisfação que agradecemos todo o esforço do Senhor Padre Mário, nosso pároco, e responsável por nos orientar e preparar devidamente

para recebermos o Sacramento da Confirmação. Sabemos que não foi fácil, e é desta forma, que agradecemos por tudo o que fez por nós. Inês Vieira Oliveira

divulgação

Há muitos anos atrás alguém sonhou e desse sonho surgiu o desejo de criar um movimento de jovens íntegros e responsáveis, com sentido cívico e olhar atento ao seu redor. Hoje, o sonho desse grande homem, Banden Powell, é real. Aqui estamos nós, prontos para mais uma jornada de desafios e provas a superar, com a certeza de que qualquer que seja a decisão tomada ou o caminho escolhido haveremos de saber lidar com o mesmo e absorver a lição que daí advier. Talvez esta seja uma boa definição para quem ainda pergunta: mas afinal o que é o escutismo? É talvez este sentido de vontade e esta força para ir mais além, de motivar, de querer ensinar e também de aprender, de proporcionar momentos que ficarão para sempre nas nossas memórias, que nos leva a iniciar mais um ano escutista com a garra e a determinação que nos caracteriza. Foi com o compromisso de estar alerta, de servir, de fazer tudo da melhor vontade que no passado dia 17 nos reunimos novamente para o início de mais um ano escutista. Aos que já cá estavam, mais 18 se vieram juntar, trazendo a novidade e a perspectiva de

quem está de fora e que mesmo julgando não saber, tem muito a ensinar. Porque o escutismo é isto mesmo, um entrelaçar de gerações crescendo em conjunto para um futuro sempre melhor. Aos pais e principais formadores destes jovens, uma palavra especial para que incentivem sempre os vossos filhos a nunca desistir, mesmo quando as coisas parecem mais apagadas. A nós escuteiros, que nunca percamos a chama e a alegria de viver em agrupamento, em secção, de experienciar tudo da melhor maneira possível, como se todos os momentos fossem únicos e especiais. Estamos aqui não só para nós, mas também para toda a comunidade. É ela e todas a pessoas que nela se inserem, que motivam a nossa existência. Queremos estar onde formos precisos, apoiar sempre que necessário. Do outro lado, não esperamos nada em troca, sendo certo que um sorriso será sempre bem recebido. Valdo Marques

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LUZ DA SERRA

Saúde

2011

Os nossos leilões

Outubro: Mês da Luta Contra o Cancro da Mama

DR

estudos, revelam também que o consumo de bebidas alcoólicas aumenta o risco de desenvolver este tipo de cancro. A Liga Portuguesa Contra o Cancro considera, no entanto, que “com excepção do envelhecimento, muitas mulheres com cancro da mama não apresentam fortes factores de risco para a doença”, e “ainda que muitas mulheres com estes factores de risco não apresentem cancro da mama.” Contudo é importante que todas as mulheres estejam atentas, e participem no Programa de Rastreio do Cancro da Mama, que existe no nosso país, realizando uma mamografia, de dois em dois anos, após os 45anos. Para além deste rastreio, devemos ter em conta pequenos gestos que podem ser fundamentais na prevenção e no diagnóstico precoce deste tipo de cancro e outros. Ter hábitos de vida saudável, praticar exercício físico regularmente, evitar o excesso de peso, preferir uma alimentação variada e rica em vegetais e frutas, beber com moderação e não fumar, são aspectos da nossa vida que

podemos controlar e que beneficiam todo o nosso corpo e promovem a nossa saúde. Para além disso, cada mulher deve conhecer a própria mama, tal como as modificações habituais da mesma, ao longo do ciclo menstrual, permitindo facilmente detectar mudanças invulgares, e assim ficar mais alerta. Aproveite o momento do duche ou banho, para descontraidamente, analisar a sua mama; Esteja atenta a qualquer alteração na mama, quer no aspecto, quer na palpação: presença de algum nódulo ou espessamento na mama ou na região axilar, dor ou desconforto que seja novidade para si, alguma alteração na textura/coloração da pele ou se existe corrimento no mamilo. Estar atenta às suas mamas significa perceber quaisquer alterações que possam ocorrer e ir consultar o seu médico, para ficar esclarecida. Realizar anualmente, um exame clínico mamário, após os 18 anos, e participar no Programa de Rastreio do Cancro da Mama, após os 45 anos, são aspectos que também deve planear com o seu médico. Aproveite todas as oportunidades que lhe são dadas para prevenir a doença e de promover a sua saúde, e lembre-se que este é o mês da luta contra o cancro da mama: se ainda não conhece a sua mama, este é o mês para o começar a fazer!

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A sua origem data de hà décadas, talvez séculos. É uma forma de convívio de entreajuda na comunidade. Para que a sua realização tenha sucesso e cativar a população a aparecer, o leilão tem de ser a favor de uma causa comum à maioria do povo residente no lugar em que este se realiza. Em favor dos festejos do santo padroeiro ou obras em espaços de utilização pública, são as causas mais comuns destes leilões populares. Geralmente realizados num espaço público ou, na sua grande maioria, junto à capela do lugar, é ali que as pessoas daquele lugar se reúnem, trazendo um pouco de tudo. Nestes convívios surge um pouco de tudo, desde galinhas, bolos, vinho, filhós, fruta da época, hortaliça, objetos de uso doméstico, entre muitos outros produtos trazidos por quem não se importa de dispensar em favor do santo ou da causa. É também ali que se põem a

Lucas Gonçalves

De ano para ano, a tradição vai-se deixando de cumprir. A realização de leilões populares está a cair em desuso. Diana Oliveira

O cancro da mama é um dos tipos de cancro mais comum nas mulheres, contudo a sua causa ainda é desconhecida. Existem porém factores de risco para o desenvolvimento deste tipo de cancro, que tanto impacto têm na sociedade e principalmente na qualidade de vida de muitas mulheres e homens, no mundo inteiro. Sim, o cancro da mama também pode surgir nos homens. Segundo a Liga Portuguesa Contra o Cancro, “em Portugal, cerca de 1% dos casos de todos os cancros da mama são nos homens”. Como tal, é importante estar alerta e conhecer alguns dos potenciadores da probabilidade de desenvolver cancro da mama. As mulheres com idade superior a 60 anos apresentam um risco superior, bem como se existir história familiar de cancro da mama (se mãe, tia ou irmã tiveram este tipo de cancro). Mulheres que tiveram a primeira gravidez após os 31 anos ou que nunca tiveram filhos, estão mais susceptíveis a desenvolver cancro da mama, tal como mulheres que habitualmente não praticam exercício físico. Alguns

OUTUBRO

-- associativismo --

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conversa em dia entre vizinhos e se coloca as “fofocas” do lugar em dia. Rapidamente surge um voluntário que fica encarregado de vender os produtos trazidos por toda aquela gente presente. “Vendido uma, vendido duas, vendido três! Vendido” são as palavras que se vão ouvindo tarde fora, ditas pelo voluntário. O leilão só termina quando a mesa estiver vazia. Foi no Casal da Estortiga que

se realizou, um dos últimos leilões populares, no passado dia 25 de Setembro. A organização coube à Comissão da Capela. A população respondeu, trazendo o que cada um pode dar, pois aqui cada um dá o que pode. Atualmente já não se realizam com tanta frequência. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Miguel Marques

Empresarial Funerária Cardoso é, desde Setembro, um novo espaço em Santa Catarina da Serra. Isilda Cardoso conta já com mais de 10 anos de experiência e formação em serviços fúnebres e desde o passado mês de Setembro que abriu um novo espaço em Santa Catarina da Serra. Este novo espaço conta um serviço personalizado à medida de cada cliente. Do vasto leque de oferta de serviços como a escolha da urna, livro de condolências e as pagelas, destaca-se o serviço e catering e o serviço de entrega de flores diretamente à família. Com serviços a partir de 900€, a Funerária Cardoso tem o seu espaço em Santa Catarina da

Serra na Rua Santa Catarina, nº7 - Loja 3 e está disponível nos seguintes contactos: 913

552 813, 916 154 124 ou 244 744 678.

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OUTUBRO

LUZ DA SERRA

-- autarquia --

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Aprovação de impasse público

IC9 em destaque

Aprovado foi ainda a criação de impasse público na Loureira a pedido de privados e que a Junta de Freguesia levou à Assembleia. Este impasse público é um terreno junto à estrada da Fazarga, que é cedido ao domínio público por privados, para a melhoria de condições de acesso a terrenos agrícolas. Este espaço, com quase 200 metros quadrados, é cedido à Junta de Freguesia para a utilização de uma paragem de autocarro ou até de estacionamento.

Executivo da Junta de Freguesia deu a conhecer a actual situação do traçado do IC9 na última Assembleia de Freguesia. Texto e fotos: Miguel Marques Na terceira Assembleia de Freguesia do ano de 2011, os deputados eleitos pela população voltaram reunir-se para tomar decisões quanto ao destino da Freguesia, no passado dia 23 de Setembro. A Assembleia ficou marcada pela ausência do deputado do CDS e pelo presidente da mesa, António Rodrigues, que foi substituído por Catarina Neves. Fez-se, assim, história, pois nunca uma Assembleia em Santa Catarina da Serra tinha sido moderada por uma mulher. A actual fase do traçado do IC9 foi o destaque desta Assembleia, em que Joaquim Pinheiro deu a conhecer o estado do projecto. Iniciada há mais de um ano, este traçado está previsto há já quase vinte anos. Este é um projecto antigo e devidoa esse facto, em determinadas zonas, está desajustado da realidade. Por parte e por zonas, a construção deste traçado tem sido “uma batalha contínua”, segundo Joaquim Pinheiro, que tem contado com a colaboração da Câmara Municipal para defender os interesses da Freguesia. O projecto inicial do traçado não apresentava continuidade da estrada do Vale Maior. A Junta de Freguesia contrapôs com a alternativa de recuperação da estrada que liga o Vale Maior a Santa Catarina da Serra, paralela à A1. Esta alternativa, vista como útil pela população, não foi aceite pelo empreiteiro e ao invés foi dado continuação à estrada, ligando-a novamente à EN357. Este traçado, concluído já há largos meses, vai ser agora alvo de alargamento para a criação de um passeio para peões e ampliada a faixa de rodagem para veículos. Alguma controvérsia em

Passeio Sénior O passeio sénior está a ser alvo de regulamentação por parte do Executivo. “Este é um passeio grande, de grandes responsabilidades e teremos que impôr algumas regras para melhorar esta iniciativa”, afirmou Joaquim Pinheiro.

Novas ruas na Freguesia Foram aprovadas novas ruas na Freguesia, a Travessa da Valada na Loureira e a Rua da Fontinha no Ulmeiro.

As nossas Escolas Executivo defende alargamento da estrada de acesso ao Vale Maior para passagem de peões. torno da construção de pontes se tem gerado no seio da Freguesia. A mudança da ponte do “pavaqueiro” para a Estrada Romana é uma prioridade para o executivo da Junta de Freguesia – “damos prioridade à construção da ponte da Estrada Romana, pois vêm dar alternativa ao trafego da EN357” – diz o Presidente de Executivo, e que acredita que a outra não seja construída. No Outeiro Alto, os proprietários dos terrenos agrícolas terão que fazer mais alguns quilómetros para aceder às suas propriedades, pois a estrada que utilizavam, será desviada. A mesma situação se apresenta no Ulmeiro, na Rua da Cumieira, pois esta também foi cortada e não será abrangida por uma infra-estrutura para ligação aos terrenos agrícolas. A recente ponte na EN357 ( estrada Quinta da Sardinha a Fátima ) foi construída com base no projeto inicial, onde se verifica que os passeios para peões tem entre 40 a 60 cm de largura. Em alturas de peregrinações ao Santuáro de Fátima, milhares de peregrinos verão ali uma dificuldade para continuar a sua caminhada. A Junta de Freguesia reclamou e o passeio pedonal para Fátima será alargado cerca de 1,5 mts. Segundo afirma Joaquim Pinheiro, a EN357 e vias secundarias serão objeto de requalificação após a conclu-

Foi firmado o contrato de comodato pela Junta de Freguesia com o Centro Cultural e Recreativo do Vale Tacão relativo á sede da Associação. Este assunto surge após a Câmara Municipal de Leiria ter manifestado a intenção de vender o património escolar que estivesse desactivado ou em nome do Município. Com a ajuda do historiador Vasco Silva, a Junta de Freguesia efectuou a recolha de dados relativos à titularidade dos edifícios/terrenos em causa. Assim, e uma vez que é a Junta de Freguesia a titular do edifício, o contrato de comodato tem uma duração de 20 anos de cedência ao Centro Cultural e Recreativo do Vale Tacão, para o desenvolvimento das suas atividades e iniciativas. pub

Vista sobre o acesso do IC9 no Pedrome.

Construção da ponte, no Ulmeiro. são do traçado. Actualmente, a EN357 tem um grande fluxo rodoviário e com o aumento de trafego rodoviário vindo IC9, no nó de Pedrome, em direcção a Fátima ( EN357 ), a infra-estruura terá de ser requalificada. O projecto deste traçado, que agora está a surgir na Freguesia, tem mais de 20 anos. Para a altura em que foi elaborado, satisfazia as necessi-

dades, necessidades essas que hoje são mais evidentes como o fluxo automóvel, a dimensão dos veículos, as novas regras rodoviárias, a segurança rodoviária e o fluxo de peregrinos a Fátima. Pelo que se pode verificar, alguns dos pontos do IC9 estão a ser construídos segundo o projecto original.

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LUZ DA SERRA

Olivais/Vale Sumo, sendo o equipamento da empresa Lena Construções. Em seis jogos, conseguiram uma vitória, dois empates e três derrotas, alcançando o terceiro lugar. Um obrigado a estes corajosos trintões/quarentões, que incluíam ainda o mais velho jogador presente no torneio, com 54 anos, Virgílio Gordo de seu nome, à Associação de São Miguel que lhe ofereceu um saboroso galo de cabidela na festa que a mesma realizou no passado dia 1.

Futsal Campeonato Distrital da 2ª Divisão – Zona Sul 1ª Jornada, dia 22: Beneditense – UDS. 2ª Jornada, dia 29: UDS – Vidais, Caldas da Rainha. Os restantes adversários são: Alvorninha - Rio Maior/Caldas da Rainha; Casal Prado - Alfeizerão; Pederneirense – Nazaré ou Peniche; Raposos - Rio Maior/Caldas; Riba Fria - Rio Maior /Caldas; Condestável - São Jorge/Porto de Mós e Telheirense - Leiria

Futebol Juvenil / Escalões de Formação Pré - eliminatória da Taça Distrital de Juniores: Boavista, 1 – UDS, 0. Campeonato Distrital de Juniores da 1ª Divisão – Zona Sul 1ª Jornada, dia 15: Maceirinha - UDS. 2ª Jornada, dia 22: UDS – Bidoeirense. 3ª Jornada, dia 30 (Domingo): UDS – Santo Amaro (Ortigosa). 4ª Jornada, dia 01 -11: UDCaranguejeira – UDS. 5ª Jornada, dia 05 -11: UDS – Boavista. Os restantes adversários são Arcuda (Albergaria dos Doze) e Ranha. Campeonato Distrital de Juvenis, 1ª Divisão – Série C 1ª Jornada, dia 15: UDS – Marinhense B. 2ª Jornada, dia 22: Lisboa e Marinha - UDS. 3ª Jornada, dia 05 -11: Boavista - UDS. Os restantes adversários são: Portomosense e Batalha. Campeonato distrital de Iniciados – Divisão de Honra 1ª Jornada: Vieirense, 1 – UDS, 1. 2ª Jornada, dia 16: UDS - Batalha. 3ª Jornada, dia 23: U. Leiria B - UDS. 4ª Jornada, dia 30: UDS – Beneditense. 5ª Jornada, 6 -11: Alcobaça A – UDS. Os restantes adversários são: Guiense, Peniche, Monte Real, Portomosense, GRAP e Lisboa e Marinha A. Campeonato Distrital de Infantis, Sub 13 – Série D – Futebol de 7 1ª Jornada: UDS, 7 – Andorinhas, 3. 2ª Jornada, dia 15: UDS, folga. 3ª Jornada, dia 22: Marinhense B – UDS. 4ª Jornada, dia 29: UDS – Academia Sporting Lagoinha, Marinha Grande. 5ª Jornada, dia 05 -11: Alcobaça B - UDS. 6ª Jornada, dia 12: UDS – Golpilheira. Os restantes adversários são: São Bento (Porto de Mós), Batalha e Portomosense.

2011

Início Oficial da Época 2011/2012 Numa época marcada pela desistência do futebol sénior da equipa serrana, a União Desportiva da Serra realizou festa para apresentação das equipas das camadas jovens com festa noite dentro. O início oficial da época foi da do com a Festa de Apresentação das equipas do Futebol de Formação da União Desportiva da Serra realizou-se no dia 24 de Setembro, no complexo desportivo. Muitos quiseram participar, colaborar e contribuir para este evento, organizado pelo Futebol de Formação, ajudando a angariar receitas para esta área de atividade do Clube. Teve início com a apresentação individual dos atletas do Futebol de Formação, desde os traquinas aos juniores, seguida da realização do jogo que opôs a equipa de juniores à equipa de Juvenis. Terminado o encontro, seguiu-se muita animação e convívio com atuação de Isidro Alves, C-Side e os M!stakes. Após a atuação do primeiro, decorreu a apresentação da equipa de futsal versus a equipa do Biblioteca. Durante a tarde e noite existiu sempre momentos de boa disposição acompanhados

Miguel Marques

Resultados e Classificações Com o início da competição das várias equipas federadas para o início deste mês, ainda são poucos os resultados desportivos das várias equipas. Mas para além do futebol federado gostaria de destacar a participação de uma equipa de veteranos no torneio de Caldelas que decorreu em Setembro, no escalão para jogadores com mais de 35 anos. A nossa freguesia fez-se representar com uma equipa cujo nome foi S. Miguel/Lena, isto é a Associação de São Miguel dos

OUTUBRO

-- desporto --

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com kebab’s, porco no espeto e claro, muita bebida… sem esquecer o totobosta (poia da vaca). Correu tudo bem, pena foi a falta de aderência da população, não me recordo de esta aderir em massa a um evento/atividade organizada por este Clube. Inexistência de bairrismo? Um “grupo à

parte”? Gostava, sinceramente de perceber os porquês... Também não se entende o porquê da falta de participação da maioria dos pais que continuam a não comparecer às atividades em que os seus filhos participam. Para onde caminha esta sociedade? O que será ser família no futuro?

É de realçar o esforço e empenho por parte de alguns pais, diretores, treinadores, jogadores, pois foram incansáveis na preparação do evento. Obrigado a todos os que quiseram participar neste evento. Marco Santos

O Futsal no Mundo O futebol de salão começou a ser praticado por volta de 1930 por jovens das Associações Cristãs da Mocidade no Uruguai. Devido à dificuldade para encontrar campos de futebol, improvisaram "peladas" em recintos de basquetebol e hóquei aproveitando as traves usadas na prática deste último desporto. 1930 - Futebol jogado em recinto de basquetebol em Montevideu, no Uruguai. Para os uruguaios, o criador do futebol de salão foi o professor Juan Carlos Ceriani Gravier, da Associação Cristã da Mocidade de Montevideu. Nesta associação, um grupo de jovens alunos, praticavam-no como divertimento. Assim, o professor Ceriani preparou algumas regras em 1933, tomando como base quatro desportos: basquetebol, andebol, futebol e pólo-aquático. De início as equipas variavam de número, tendo cinco, seis e até sete jogadores, mas pouco a pouco foi fixado o limite de cinco. Em 1956, o brasileiro, Luiz Gonzaga de Oliveira, elaborou o primeiro Livro de Regras, posteriormente adoptadas pela FIFUFA (Federação Internacional de Futebol de Salão).Em 1967, Luiz Gonzaga, com o apoio de João Havelange ( então presidente da Confederação Brasileira de Desporto) organizaram no Rio de Janeiro o I

Congresso das Federações de Futebol de Salão. Em 1971 é fundada a Federação Internacional de Futebol de Salão (FIFUSA), na cidade de São Paulo, sendo seu primeiro presidente, João Havelange, entre 1971 e 1975. A entidade já contava com a filiação de 32 países que praticavam o futebol de salão. Em 1982, realizou-se o 1º Campeonato do Mundo de selecções de Futebol de Salão – FIFUSA no Brasil, tendo a equipa da casa vencido a prova. Nesta altura, era incluído na FIFA uma variante de futebol de 5, à qual viria a ser dado o nome de Futsal. Em 1986, realiza-se o 1º Torneio de Futsal da FIFA – Mundialito na Hungria. Em 1988, realiza-se o 3º Campeonato do Mundo de Selecções de Futebol de Salão – FIFUSA na Austrália, sendo o Paraguai campeão. Este foi o último campeonato organizado pela FIFUSA. Em 1989, realiza-se o 1º Campeonato do Mundo de Futsal – FIFA na Holanda. Em 1990, a FIFUSA é extinta

e a FIFA começa a fazer a supervisão do Futebol de Salão. A denominação do jogo passou a ser então futsal, para identificar a fusão no contexto desportivo internacional.

O Futsal em Portugal Em Portugal, o futebol de salão dá os primeiros passos no ano de 1985, quando em Lisboa se iniciaram as primeiras provas distritais. No ano de 1986 são fundadas as primeiras Associações Distritais de Futebol de Salão, no mesmo ano é fundada a FPFS – Federação Portuguesa de Futebol de Salão, que organiza as primeiras provas de âmbito nacional. Os anos 90 foram bastante conturbados, pelo facto de co-existirem duas Federações, com diferentes regras de jogo, a organizarem provas de futebol disputado em pavilhão ou ringue em Portugal, a Federação Portu-

guesa de Futebol de Salão (FPFS) e a Federação Portuguesa de Futsal (FPF), esta última fundada em 1991. Em 1997 a Federação Portuguesa de Futsal é integrada na Federação Portuguesa de Futebol, sendo esta entidade desde então, a assumir a gestão e organização das provas de Futsal em Portugal. Neste momento o número de atletas que pratica Futsal em Portugal ronda os 30 000 atletas, em ambos os sexos e nos diferentes escalões, sendo o distrito de Leiria, o segundo maior do país, em número de equipas seniores masculinos, só superado pelo distrito do Porto.


OUTUBRO 2011

LUZ DA SERRA

-- desporto -Opinião

Plantel da Equipa de Futsal da União Desportiva da Serra

Desportivamente falando É verdade que águas passadas não movem moinhos e, sem querer contradizer o que tenho dito após a malfadada Assembleia-Geral em que ficou decidido que a UDS, não teria equipa sénior na actual época desportiva, permitam-me que acrescente ao meu ponto de vista, dezenas de comentários, até porque nem eu, nem os que participámos na Assembleia, somos a maioria do clube. Isto nos comentários, pois quanto à legalidade da dita cuja, não só não pode ser posta em causa, como a todos aqueles que ouço ou partilho comentários, tenho dado uma única resposta: “deveriam ter participado na Assembleia”, único lugar

Miguel Marques

Equipa de Futsal da União Desportiva da Serra para a época 2011 / 2012

Treinador: João Pedro Mateus Alves. Adjunto: Pedro da Silva Plantel: Valter Gomes Ferreira, Joel Alexandre Martins Luís, Valter José Neves Vieira, Pedro Gonçalo Jorge Cordeiro, Fábio Filipe Sousa Ribeiro, João Paulo Rodrigues Pereira, Roberto Filipe Rito Rodrigues, Telmo Gonçalves Oliveira, Márcio Gonçalves Oliveira, Fábio Humberto Oliveira Roque, João Ricardo Lopes Valente, Ricardo José Gonçalves Cruz, Guillaume Remédios Moniz, Tomé Neves Gonçalves, Tiago Manuel Lebre Alves, Julien Rodrigues Lopes e Filipe Santos Almeida

Miguel Marques

Futebol de Formação

A equipa de Juvenis de Futebol de Formação da União Desportiva da Serra

Saiba mais sobre o futebol de formação e a equipa de Futsal da União Desportiva da Serra em www.uniaodaserra.com

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onde o passado, o presente e o futuro do clube tem legitimidade. Isto em jeito de desabafo pelo facto de em mais de trinta anos termos tido futebol nas tardes de Domingo no campo da Portela ou no mais recantado ponto do distrito onde a UDS se deslocou e vermo-nos agora privados desse privilégio, mexe com qualquer um, até com aquele (s) que se limitava (m) a pagar a respectiva quota de sócio. Felizmente que vamos ter uma equipa de “Futsal”, que jogará aos sábados à tarde, com o horário dos jogos ser preponderantemente às 19 horas. Com a finalidade de este

Virgílio Gordo

continuar a ser somente um espaço de opinião, a partir de já deste mês, serei responsável pela coluna destinada a todos os resultados e classificações de todo futebol unionista, Futsal incluído. Isto para responder a muitos dos amantes do futebol em particular, que acham que o jornal deveria publicar os resultados, as classificações e os jogos como o fez no passado, através da “Cultura e Desporto”.

O comentário do treinador

O Futsal na União Desportiva da Serra A União Desportiva da Serra, (UDS) decidiu participar esta época no Campeonato Distrital de Futsal, prova organizada pela Associação de Futebol de Leiria, sob a égide da Federação Portuguesa de Futebol, com uma equipa sénior masculina. A equipa é formada por jogadores maioritariamente da freguesia, tendo iniciado os trabalhos de pré-época no dia 5 do passado mês de Setembro, no pavilhão multiusos do seu complexo desportivo. A UDS disputará a 2ª Divisão Distrital, realizando o seu primeiro jogo no dia 22 de Outubro, na Benedita, recebendo de seguida no dia 29 de Outubro pelas 19h00, no seu pavilhão a Associação Desportiva Vidais. Como treinador, foi com enorme orgulho que recebi o convite da Comissão Administrativa, para liderar tecnicamente esta equipa na época que se avizinha. Não sendo natural, nem residindo nesta freguesia, habituei-me a ouvir ao longo dos últimos anos, relatos dos ex-

traordinários resultados da equipa de futebol da UDS. A memória recente destes feitos, obriga todos os elementos da equipa a um compromisso de dedicação e competência para com o clube. Das primeiras semanas de trabalho, constato uma empatia enorme entre todos. Desejo que, dentro de pouco tempo, esta empatia alastre a todos os adeptos do clube, fazendo de cada jogo uma festa e mantendo bem vivo o nome da UDS. A qualidade dos jogadores e das condições de trabalho, permite-me afirmar que o clube tem condições para continuar a vencer e que este grupo não vai perder a oportunidade de fazer parte da história deste clube de forma positiva. Faço um convite a todos os sócios e simpatizantes do clube para assistirem aos jogos. Este é um momento muito importante para o futsal na UDS, assim como para o clube em si. A presença dos adeptos no apoio da equipa

João Pedro Alves Treinador da Equipa Futsal da UDS

é fundamental para que todos sintam redobrado prazer e alegria de pertencer a esta família. Vamos encher o pavilhão em todos os jogos.

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LUZ DA SERRA

OUTUBRO

-- estórias da história --

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2011

Estrema Santa Catarina da Serra / São Mamede: 11.05.1920 Nos finais da centúria de Oitocentos começam a surgir conflitos entre as freguesias de Reguengo do Fetal e Santa Catarina da Serra, por causa da posse de baldios na designada charneca de São Mamede. É neste contexto que, a 07.08.1899, se encontram as duas Juntas de Paróquia, com o objectivo preciso de procederem à demarcação territorial entre aquelas autarquias. O marco 1 ficaria na Aroeira, a 700 metros a Norte de Casal dos Lobos, o 2 no Casalinho, o 3 no Algar do Boi e, por último, o 4, na Lagoa do Boi. É preciso, porém, ter em consideração que a demarcação iria ficar por resolver, isto porque a Junta de Paróquia de Santa Catarina da Serra pretendia que o ponto 4 ficasse a 250 metros para lá do depósito aquífero, junto a Pedrinha Alçada, facto que a edilidade de Reguengo do Fetal não aceitou, porque estava convicta que o marco dos termos de Leiria / Ourém, colocado acima da Lagoa, em 1716, era a estrema das freguesias. Manuel Poças das Neves registou que o diferendo só viria a ficar resolvido a 11.05.1916, com a colocação de 7 marcos de rocha calcária. O mesmo historiador acrescenta que os de Santa Catarina conseguiram, nesse ano, que o marco junto à Lagoa do Boi ficasse a 250 metros da mesma, no sítio de Pedrinha Alçada, facto que o intelectual atribui à criação da freguesia de São Mamede, em 1916. [Ver: Manuel Poças das Neves, «Charneca do Algar d' Água», Batalha, Gráfica da Batalha, Lda., 2007, pp. 39-40]. Na Serra, a informação relativa à posição dos marcos só ficaria registada a 04.07.1917, em acta. Esta foi estudada, com minuciosidade, por Vasco Jorge Rosa da Silva, mas não sendo a mais completa optou-se pela edição da de 16.05.1920, a qual refere a colocação dos 7 marcos no dia 11.05.1920. «No dia desasseis de Maio de mil novecentos e vinte reuniu em sessão ordinaria a Junta de Paroquia, lida e assinada a acta da sessão anterior o presidente propos que se transcrevesse na acta da sessão de hoje a certidão da acta da sessão ordinaria da Comissão Executiva da Ca-

mara Municipal de Leiria, realisada em um de Junho de mil novecentos e desasseis, na parte que dis respeito a demarcação da freguesia de Santa Catarina, concelho de Leiria com a do Reguengo, concelho da Batalha, proposta esta que foi aprovada por unanimidade, que é do teor seguinte: Certidão. Joaquim da Cunha Oliveira, chefe da Secretaria da Camara Municipal de Leiria. / Certefico que a folhas trinta e seguintes, do livro numero quarenta e tres das actas das sessões da Comissão Execu-

Ouvidos varios individuos de parte a parte e reconhecida probidade chegou-se ao acordo da dita divisão e demarcação pela forma seguinte: Colocar o primeiro marco da partida na extremidade da Estrada Nacional da Figueira à Batalha ao lado Norte da mesma estrada, junto ao cerrado de Manoel Antonio, das Milhariças e que dista aproximadamente cento e quarenta metros à estrema da estrada empedrada; e colocar o segundo marco no sitio do cabeço chamado o Covão da Fi-

refere o documento foi feita em onze de Maio findo com assistência do cidadão Antonio Maria dos Santos presidente da Comissão Executiva da Camara <Municipal> da Batalha pela forma seguinte: Primeiro marco. Marco inicial de forma triangular com a letra B defronte a estrada da Batalha a Vila Nova de Ourem e a letra L com a frente para o Norte. Este marco fica situado ao lado esquerdo da estrada da Batalha a Vila Nova de Ourem e fica defronte do sitio denominado o

gada em terreno baldio, limitrofe dos concelhos de Leiria e Batalha. Quinto marco. De forma quadrangular, distante do quarto seiscentos e desasseis metros no sitio da Vagem, com a letra L ao Nascente e B ao Poente, em terreno baldio, limitrofe dos concelhos de Leiria e Batalha. Sexto marco. De forma quadrangular, distante do quinto quinhentos e sessenta e oito metros com a letra L ao Nascente e B ao Poente no sitio denominado o Cazalinho, em terreno baldio, limitrofe dos referidos

M

Sítios

Aldeias

Latitute

Longitude

Altitude

Distâncias (1920/2011)

1

Algar de Água

Loureira

39º 38' 19,19''

08º 42' 09,38''

357

0 metros / 0 metros

2

Covão da Figueira

Loureira

39º 38' 24,57''

08º 42' 09,84''

360

220 metros / 157 metros

3

Pedrinha Alçada

Loureira

39º 38' 57,08''

08º 42' 30,99''

377

990 metros / 1.129 metros

4

Chousa Alagada

Chaínça

39º 39' 15,24''

08º 42' 41,02''

375

990 metros / 608 metros

5

Vage

Chaínça

39º 39' 38,12''

08º 42' 54,05''

375

616 metros / 770 metros

6

Casalinho

Chaínça

39º 39' 54,66''

08º 43' 03,47''

400

568 metros / 557 metros

7

Cabeço da Figueira

Chaínça

39º 40' 13,33''

08º 43' 49,20''

350

1.100 metros / 1.236 metros

Tabela 1 – Locais correspondentes aos 7 marcos colocados na linha limítrofe entre as freguesias de Santa Catarina da Serra, Leiria, e São Mamede, Batalha, no dia 11.05.1920, ou seja, mais de quatro anos após o encontro, a 24.01.1916, realizado entre as autoridades dos dois concelhos e freguesias, no sítio do Algar de Água, para efectuarem a demarcação. Relativamente às distâncias, a questão coloca-se quando se trata dos marcos de Pedrinha Alçada, o 3, e de Chousa Alagada, o 4, apresentando, ao contrário dos outros, um desfasamento acentuado. Acontece, porém, que a posição do de Pedrinha Alçada, 4, não pode ser mudada para Sul, de forma a diminuir a distância entre aquela e o marco do Covão da Figueira, o 2, porque a acta é clara, «seguindo em retra até ao sitio do Alto da Lagoa do Boi distante do penedo nesse sitio uns quarenta e dois metros aproximadamente e perto do cerrado de Antonio Pereira das Neves, da Loureira». O penedo não é um sítio "mais ou menos", é um ponto exacto. E a distância entre a Lagoa do Boi e o local da Pedrinha Alçada não é de 250 metros, como referem as diversas actas, mas de 516 metros, da lagoa ao penedo 1. Mais a Norte está o penedo 2, afastado, no entanto, já da propriedade de António Pereira das Neves. Neste âmbito, o autor não pode deixar de agradecer, sobre maneira, a colaboração de António Oliveira Fartaria, de Loureira, que, a 04.09.2011, Domingo, indicou, com exatidão, o penedo 1 de Pedrinha Alçada (marco 3).

tiva da Camara Municipal de Leiria, se encontra lavrada a acta da sessão realisada em um de Junho de mil novecentos e desasseis; e da mesma com relação ao requerido, consta do seguinte: pelo senhor vogal Jose Francisco Alves foi apresentado um documento do teor seguinte: no dia vinte e quatro de Janeiro de mil novecentos e desasseis no sitio do Algar de Agua da freguesia do Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, onde se reuniram os [fl. 73v] dois vogais das Camaras de Leiria e Batalha o Excelentissimo Senhor Jose Francisco Alves, e Antonio Maria dos Santos delegados pelas mesmas Camaras para divisão e demarcação das freguesias de Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria, e freguesia do Reguengo do Fetal, concelho da Batalha.

gueira, onde ficaram sinais com cavadelas, desviadas de uns penedos para o lado Norte uns quinze metros aproximadamente, seguindo em retra até ao sitio do Alto da Lagoa do Boi distante do penedo nesse sitio uns quarenta e dois metros aproximadamente e perto do cerrado de Antonio Pereira das Neves, da Loureira, que dista aproximadamente uns desasseis metros depois segue tudo em reta para o antigo marco no sitio do Casalinho de onde segue tambem em reta para o Cabeço da Figueira. Esta medição deve compreender seis (sic) marcos em toda a linha o que fica plenamente combinado tambem com os vários proprietários presentes das duas freguesias interessadas. Antonio Maria dos Santos. A colocação dos marcos a que se

Algar de Agua. Do lado direito é propriedade de Manoel Rodrigues [fl. 73v] de Vale de Ourem. Segundo marco. De forma quadrangular, ficando dusentos e vinte metros do primeiro marco na direcção Norte, em terreno baldio, limitrofe dos concelhos [da] Batalha e Leiria, no denominado Covão da Figueira. Terceiro marco. De forma quadrangular, distante do segundo novecentos e noventa metros, com a letra B voltada ao Poente e a letra L ao Nascente no sitio denominado a Lagoa do Boi, tambem conhecido pela Pedrinha Alçada, em terreno baldio limitrofe da Batalha e Leiria. Quarto marco. De forma quadrangular, distante do terceiro novecentos e noventa metros, com a letra B ao Poente e L ao Nascente no sitio da Chousa Ala-

concelhos. Setimo marco. De forma quadrangular, distante do sexto mil e cem me-

Vasco Jorge Rosa da Silva Investigador em História, Leiria - Ourém

tros, com a letra B voltada ao Poente e L ao Nascente, no sitio denominado o Cabeço da Figueira, em terreno baldio limitrofe dos dictos concelhos. / A Comissão ficou inteirada e conformou-se [com] as referidas divisão e demarcação. Por verdade e para contar, mandei passar a presente certidão que assino em Leiria na Secretaria Municipal, aos trese de Maio de mil novecentos e vinte. Joaquim da Cunha Oliveira. Deliberaram finalmente que se enviasse uma copia ao Excelentiss[im]o Comandante da Guarda Republicana de Leiria e outra a Camara Municipal da Batalha. Como nada mais houvesse a tractar o presidente declarou encerrada a sessão, mandou lavrar esta acta que depois de lida vai ser assinada. Resalvo a entrelinha: Municipal. / Presidente: José Vieira da Costa. / Vice-presidente: Manoel Inacio Vicente. / Vogal: Joaquim Francisco. / Vogal: Joaquim Francisco Lebre. / Vogal: Jose d' Oliveira Rito». [Verificar: «Livro 6 de Actas da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra (1910-22)», AJFSCS, fls. 7374v].

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OUTUBRO 2011

Somos caloiros

Nome: João Ricardo Lopes Valente Idade: 19 anos Localidade: Sobral Universidade: E. S. T. G. de Leiria Curso: Gestão Nome: Paulo Vieira Idade: 17 Residência: Chainça Universidade: E. S. T. G. - Leiria Curso: Engenharia Informática Nome: Elisa das Neves Eusébio Idade: 18 Localidade: Loureira Universidade: IPL - Escola Superior de Educação e Ciências Sociais Curso: Serviço Social Nome: Beatriz Pereira Batista Idade: 18 Localidade: Loureira Universidade: IPL - Escola Superior de Educação e Ciências Sociais Curso: Marketing Nome: Joel Alves Faria Idade: 19 anos Localidade: Ulmeiro Universidade: Inst. Sup Contabilidade e Admin. de Aveiro Curso: Finanças O Luz da Serra agradece a estes “caloiros” a participação nesta iniciativa. Mais iniciativas em www.facebook.com/forserra

Outubro

Cultural

16 - Rancho Folclórico - Almoço de Angariação de Fundos 23 - Ass. de Bombeiros ( Secção Santa Catarina da Serra ) - Almoço de Angariação fundos 28 - União Desportiva da Serra - Jantar de Aniversário 30 - Paróquia - Profissão de Fé

Novembro 01 - Ass. Cult. Recr. S. Miguel e - Bolinho Partilhado 01 - C.C.R. Vale Tacão - Dia do Bolinho 05 - Ass. de Bombeiros ( secção Chainça ) - Almoço de Angariação fundos 05 - Jovens 1991 - II Festival de Sopas no Salão Paroquial

Foi no passado mês de Agosto, entre os dias 12 e 22, que se realizaram as Jornadas Mundiais da Juventude que juntaram em Madrid cerca de meio milhão de jovens de todo o mundo para orar e reflectir em torno do tema “Enraizados em Cristo, firmes na Fé”. Nós, Jovens Missionários da Consolata (grupo de jovens no qual estão inseridos alguns jovens da Paróquia de Santa Catarina da Serra), também quisemos participar nesta grande celebração da juventude e da fé e, durante meses, tentámos reunir as condições necessárias para podermos participar. Chegámos a Toledo no dia 12 de Agosto para as Pré-Jornadas juntamente com outros membros (cerca de 130) dos Jovens Missionários da Consolata da Polónia, Itália, Quénia, Brasil, México, Argentina e Tanzânia. Durante os quatro dias que se seguiram pudemos conhecer melhor outros jovens, de culturas diferentes da nossa, convivemos e fizemos reflexões individuais e em grupo, promovendo assim o crescimento de muitas amizades e também da nossa Fé. Num dos dias pudemos também visitar a parte histórica de Toledo, uma cidade muito bonita, repleta de monumen-

DR

Nome: Rui José Pereira Neves Idade: 18 Localidade: Loureira Universidade: Aveiro Curso: Engenharia Mecânica

Nome: Inês Dias Pinheiro Idade: 18 anos Localidade: Vale Sumo Universidade: Faculdade de Direito - Universidade Nova de Lisboa Curso: Direito

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Jornadas Mundiais da Juventude

Alguns dos jovens caloiros da nossa terra

Agenda

LUZ DA SERRA

-- sociedade --

tos e de História. No dia 16 seguimos para Madrid para o inicio das JMJ propriamente ditas. Encontrámos em Madrid um ambiente de grande celebração e de festa. Durante estes dias, tivemos a oportunidade de participar em catequeses organizadas pelos Bispos nas diferentes paróquias e nas diversas missas organizadas nas diferentes línguas; fizemos parte do meio milhão de jovens que recebeu o Papa Bento XVI na Praça de Cibelles e que peregrinou rumo a Quatro Vientos para ai pernoitar em vigília; pudemos visitar a cidade lindíssima de Madrid e conhecer um pouco mais da sua história; conhecemos outros jovens do outro lado do mundo com quem trocámos pequenas lembranças e que, apesar de nem o nome sabermos, de alguma maneira nos marcaram e ficaram em nossos corações.

Apesar de dormirmos no chão, tomarmos banho gelado e do calor insuportável, do cansaço que fomos acumulando, das dificuldades em comunicar com os outros que não falavam a nossa língua, vivenciamos uma boa experiencia onde aprendemos muito, conhecemos novas pessoas e culturas e aprofundamos também a nossa fé junto de todos aqueles jovens unidos por um sentimento comum de paz e esperança. Por fim, gostaríamos de agradecer à Paróquia de Santa Catarina da Serra pela sua preciosa ajuda para conseguirmos fazer parte desta grande celebração que foram as Jornadas Mundiais da Juventude. Jovens Missionários da Consolata

Redacção com novos horários Informamos os nossos assinantes e amigos, que a redacção do jornal se encontra disponível para atendimento todas as terças e quintas feiras. No entanto, os contactos telefónicos estão sempre disponíveis para que nos possa contactar facilmente. Para lhe prestarmos um melhor serviço, agradecemos que nos contacte nos dias acima indicados.

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LUZ DA SERRA

OUTUBRO

-- entrevista --

última

2011

Frédéric da Cruz Pires, um homem do teatro Nasceu a 23 de Maio de 1984. Residente na Loureira, estudou Teatro em Coimbra e mudou-se para Lisboa onde exerce até hoje a sua actividade profissional e está a tirar o Mestrado de Teatro do Movimento na Escola Superior de Teatro e Cinema. Nunca mais parou. Entre encenador, actor e professor de Teatro e Expressões, Frédéric da Cruz Pires trabalha hoje como encenador e professor em várias escolas. Mais recentemente deu início a um dos seus projectos pessoais. A poucos dias de ter estreado como encenador e diretor do Leirena Teatro a peça “Tudo baila em seu redor”, no Teatro Miguel Franco, em Leiria, revelou ao LUZ DA SERRA os seus segredos e ambições profissionais. Texto e fotos: Miguel Marques

Conta-nos um pouco do teu percurso escolar e profissional. Foi em França que iniciei as aulas de música. Foram dois ou três anos de aprendizagem que, infelizmente abandonei quando, no final de 1991, vim para Portugal, pois cá, naquela altura, carecíamos bastante de ensino artístico. Mas, nem tudo são tristezas, pois fiquei com uma audição maravilhosa e permitiu-me ter uma outra sensibilidade aos sons. Da escola da Loureira fui para o Centro de Estudos de Fátima, onde tive a oportunidade, no secundário, de escolher uma área artística que oferecia aos seus alunos Dança e Teatro (Oficina de Expressão Dramática). Finalizado o secundário, decidi concorrer para o Ensino Superior e entrei em Teatro e Educação na Escola Superior de Educação de Coimbra. Tive a felicidade de conhecer grandes Mestres e Senhores do Teatro Nacional e Internacional como por exemplo: António Mercado, grande encenador e pedagogo brasileiro, uma pessoa que mudou a minha maneira de pensar, um amigo; António Fonseca, grande ator português e um excelente professor, um homem que estará sempre ao lado dos seus alunos, um companheiro; Júlio Castronuovo, argentino,

grande mestre da pantomima, severo; Marco António, encenador brasileiro que aposta e acredita nos alunos e atores; João Mota, uma pessoa especial. Portanto, se tivesse ido para as principais escolas do país teria certamente perdido a ocasião de conhecer estas maravilhosas pessoas. Em Coimbra sempre que podia ia fazendo trabalhos para O TEATRÃO, companhia profissional de teatro, e lá conheci o meu amigo João Mota que é o Diretor do Teatro da Comuna. Convidou-me para participar em dois espetáculos em Lisboa, HAMLET e o CAMAREIRO, tive a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas como o João Ricardo, Albano Jerónimo, Diogo Infante, o Senhor Ruy de Carvalho e o Senhor Carlos Paniágua. Mas, em Lisboa conheci um grupo, uma família lindíssima, o Teatro da Comuna. Aquela casa recebeu-me e eu passei a ser um amigo assíduo. É impossível deixar de pensar naquela gente que me abriu os braços e deixar, sobretudo, de os ver e dizer pelo menos um olá. Continuei e contínuo em Lisboa onde faço o que mais amo, que é dar aulas a jovens (aprendo imenso!). No entanto, havia um vazio, pois ainda não tinha concretizado o meu sonho que era criar uma Associação Cultu-

ral e companhia em Leiria. Com esforço, dedicação e muito suor, mas sobretudo paixão, ela está criada e chama-se Associação Leirena de Cultura – LEIRENA TEATRO, e estreou a sua primeira produção, no dia 1 de Outubro, no Teatro Miguel Franco, Leiria. Muitas pessoas conhecemte por seres o autor da peça de teatro que finalizou as comemorações dos 400 anos da Loureira. Queres contar como foi essa experiência? Primeiro, eu não fui o autor da peça, fiz foi parte de um grupo maravilhoso de quase 30 pessoas, dos 6 aos 80 anos, que a escreveram. Foi quase um ano a montar o espetáculo para apresentar nesse maravilhoso encontro que finalizava as comemorações dos 400 anos. Posso dizer do fundo do coração que, graças a estes meus amigos, aprendi e cresci. Como foi trabalhar com jovens e pessoas da terra? Eu gostava de lhes perguntar como conseguiram aturar um miúdo de 27 anosm que ainda tem muito que descobrir nesta vida. Foi, simplesmente brilhante, trabalhar com eles. Trabalhar com jovens e pessoas da terra é uma coisa que deveria ser obrigatória em todas as localidades do nosso País. Mas, isto é algo que deve partir do interior das pessoas… Penso que se o fizermos, daqui a uns anos poderemos viver em paz e harmonia sem ninguém estar a enganar ninguém. Utopias… Valeu a pena todas as horas de ensaios e de trabalho? Se valeu!... Saímos todos de barriga cheia de tantos parabéns! Valeu sim, bastou ver um grupo unido do início ao fim, é claro que, saíram algu-

mas pessoas e isso entristeceu-nos, pois os ensaios eram à sexta e aos sábados à noite mas, no final, o encontro do encerramento foi um momento único e belo. É sempre bom ver o povo unido. Mas isso, também graças a pessoas que fizeram um esforço enorme para que este evento, que foi o encerramento, acontecesse. A todos um grande abraço de gratidão. Quais os teus próximos projectos? Alguns estão fechados à chave, é segredo. Outros passam na educação e na intervenção, tudo isto no âmbito da arte. Mas, é prosseguir, melhorar, criar e nunca desistir. A tua ambição passa apenas pelo teatro ou pretendes seguir para outras áreas como, a televisão? Eu não sou ganancioso, mas é claro que tudo o que mexe com a interpretação interessa-me, mas a televisão não é uma ambição. O Teatro é uma arte tão grandiosa e há tanto para se fazer que se me pusesse a fazer outras coisas não tinha tempo para fazer o que mais amo, que é viver e estar junto daqueles que me amam e que eu amo. Para exercer esta actividade e para a ensinar preciso de me sentir feliz e disponível. Consideras que ainda existe muita coisa para fazer a nível do teatro no concelho? Considero que existe muita coisa para nós, grupos de Teatro de Leiria, fazermos. O que distingue o actor amador do actor profissional? A distinção estará, penso, na formação académica e profissional. Se estudou numa Escola Superior de Teatro ou Artes Performativas, ou no

conjunto de profissionais com quem trabalhou ao longo da vida… De resto ambos se fazem por amor. Como ator, o que fazes nos tempos livres? O ator vai ao teatro e ao cinema com regularidade? Eu aprendi com um amigo que um ator tem que viver. Se está de folga, que vá ao bailarico dançar, que vá passear, que vá viajar, que vá namorar, que conheça gente, pessoas, que faça o que lhe vier à cabeça, que vá à charneca cavar e semear, que cozinhe boa comida e que beba um bom vinho. Que seja feliz. Normalmente sim, vê os espetáculos que estão em cena, os filmes que estão a passar no cinema, as bandas que estão a tocar e os livros mais recentes. Como é que o teatro surge na tua vida? Por instinto. Quando entrei no secundário, havia as áreas desporto, humanidades e artes. As duas primeiras

nada me diziam, mas perante as artes não hesitei e segui em frente. Mas também muito graças a minha mãe que me apoiou e me apoia desde sempre. Qual o actor/actriz que mais te inspira ou pelo qual tens grande admiração? António Fonseca e João Ricardo/ Beatriz Batarda, Ana Lúcia Palminha e Carla Galvão. Como surgiu este teu novo projecto? De um sonho, de um projeto pessoal e da paciência que muita gente teve comigo, e da força que as pessoas que mais amo, me deram. Em que se baseia? É uma associação recente, que tem como fim produzir, coproduzir e promover espetáculos e eventos artísticos, Teatro, e promover programas de educação pela arte, desenvolvendo oficinas de Expressão dramática e cursos de teatro para crianças e Jovens.


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