Luz da Serra - Novembro 2014

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Novembro, Mês das almas

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Destaque 9º Festival Cultural e Gastronómico “O Chícharo da Serra”

MENSÁRIO DE SANTA CATARINA DA SERRA - NOVEMBRO 2014 - 1€ PREÇO DE CAPA

25 de Novembro, dia de Santa Catarina de Alexandria, virgem mártir.

Novembro entrou com a serenidade do Dia de Todos os Santos, que este ano foi vivido como um dia normal, pois deixou de ser dia santo, mas nas superfícies comerciais e também em muitas casas particulares não deixou de ser feita a homenagem e louvor a todos os santos na partilha do bolinho e da alegria de receber os outros em nome de Deus. No Domingo dia 2, a Igreja, celebrou todos os Fiéis Defuntos e as pessoas acorrem aos cemitérios para ornar as campas e rezar pelos seus entes queridos ali sepultados. A celebração dos defuntos já vem dos primórdios da humanidade. As pessoas construíam monumentos mais ou menos grandiosos aos seus familiares mortos e deixavam junto da sua sepultura comida e objetos de que eles poderiam precisar. Isso é um dado indesmentível. Também a Igreja desde tempos remotos venera os seus mortos – sobretudo os mártires – e oferece o Sacrifício Eucarístico e a sua intercessão pelos Fiéis Defuntos. No dia 1 de novembro, glorificamos a Deus pelos que já estão no Céu. Hoje pedimos pelos que já partiram mas ainda aguardam a sua entrada na Glória eterna.

Confiamos à nossa Padroeira o bom sucesso do 9º Festival “O Chícharo da Serra”

Surpresas da agricultura Pág. 15

Atividades da Associação de Bombeiros Pág. 10

continua na Pág. 3

Corta-mato escolar

Pensamento do mês

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Junta requalifica cemitério e poço público

É impossível para um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe.

Pág. 11 (Epicteto)

A profissão de fé.

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LUZ DA SERRA

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-- família paroquial --

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19/10 – Emília Santos Oliveira, filha de Daniel Fernandes Oliveira e de Sílvia dos Reis Santos, da Loureira. Foram padrinhos: Tiago Reis Andrino e Vera Liliana dos Reis Santos

65 anos de casamento Maria Helena Cardoso Azevedo da Costa e Silva N.: 12/05/1947 F.: 06/11/2013

6/07 – Amélia Carreira, viúva de Manuel Vieira dos Santos, do Cercal da Gordaria, partiu para o Pai, no entardecer dos seus 83 anos de idade. (por motivo de inacessibilidade aos dados, não foi publicado antes) 27/10 – Francisco Jacinto Rito, casado com Maria Fernanda Rosa Rodrigues Rito, residente na Fazarga, Loureira, Santa Catarina da Serra, adormeceu eternamente na juventude dos seus 68 anos de idade.

Maria Encarnação Gomes

Passou-se um ano desde que, como dizia Santo Agostinho, Deus te colocou do outro lado do caminho, mas sempre a acompanhar-nos. Falamos, agimos, gracejamos, recordamos momentos passados como se estivesses connosco. A tua memória dá-nos força para continuarmos como eramos; continuamos a fazer os almoços das sextas-feiras (famoso CDS), continuamos a sair, como tu fazias, todos juntos. Nas nossas conversas e comentários, fazes parte integral deles. Quantas vezes nos interrogamos: se a mamã estivesse aqui, como é que decidiria? Que a tua memória e exemplo nos dê força para continuarmos a ser FAMÍLIA e caminharmos todos juntos. A família

N. 11/02/1920 F. 17/11/2012 Sobral Saudosa recordação José Jacinto Pereira (conhecido por José Má Tempo) N. 03/11/1932 F. 03/11/2014 Brasil

Mãe, que aceitaste a tua partida, Com amor e muito carinho, Mãe, avó para seguirmos Os teus belos caminhos Apesar da separação física Tua presença continua viva Tua família nunca esquece O dia da tua partida Juntamente com a tua filha Genro, netos, também nós o recordamos Com muitas saudades na passagem 2º Aniversário da sua partida Para a casa do Pai, que descanse em paz, amém. Filha e Netos

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Partiu para o pai, José Jacinto Pereira, mais conhecido por José “má tempo”. Era natural da Quinta da Sardinha e a residir há bastantes anos em São Paulo, Brasil. Viúvo de Júlia Bento, natural de Santa Catarina da Serra, deixou duas filhas e dois netos. A família agradece a todos os que lhe prestaram uma última homenagem. A Família

No dia 8 de Outubro festejaram 65 anos de matrimónio o casal António Gonçalves e Conceição Neves, da Loureira. A sua família, teve oportunidade de festejar no dia 11, com missa, presidida pelo Pe. Mário, em acão de graças, pelo dom da vida e da família, que contou com a presença dos seus 5 filhos, 13 netos e 7 bisnetos. Que esta família continue a crescer tendo por exemplo estes pais, avós e bisavós que estão presentes na oração todos os dias das suas vidas. A família

Comemorar o envelhecimento No passado dia 1 de Outubro assinalou-se o Dia Internacional do Idoso, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1991, com o objetivo de sensibilizar a sociedade para as questões inerentes ao envelhecimento. Nas últimas três décadas o número de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos duplicou. Em 2050 prevê-se que a população idosa a nível mundial perfaça um total de 2 biliões. No caso específico de Portugal, prevê-se que um terço da população seja idosa, quase um milhão de pessoas terá idade superior a 80 anos. Trata-se de uma situação que comporta importantes alterações a nível do perfil demográfico mundial e que tem consequências para cada comunidade, instituição ou indivíduo. Multiplicam-se os desafios no que respeita ao acesso à educação; ao gozo de uma velhice com saúde física e mental; à participação ativa dos idosos na sociedade e no mercado de trabalho; ao combate às situações de abuso, negligência, maus-tratos, falta de respeito, discriminação e estereótipos de que são ainda vítimas, muitos idosos. Ainda assim, importa não esquecer que se trata de uma incontornável conquista para a nossa sociedade, a todos os níveis, que merece ser celebrada. Numa perspetiva de comemoração, aproveitamos o pretexto para propor aos nossos idosos uma “viagem” até ao tempo em que parte dos dias era passada nos bancos da escola. Sendo certo que nem todos por lá passaram e, muitos dos que o fizeram saíam ao fim de pouco tempo, sem acesso às facilidades e comodidades características da escola atual, a ideia foi recebida de bom grado. Na tarde do dia 31 rumámos ao Museu Escolar (Marrazes), que teve a sua origem num projeto pedagógico levado a cabo pelos professores do 1º Ciclo do Ensino Básico de Marrazes no ano letivo de 2002/2003 e que integra, desde 2001, a Rede Portuguesa de Museus.

Através da visita às instalações e visionamento do filme “Como era a Escola Antigamente”, foi possível fazer uma retrospetiva e análise da evolução da escola através dos tempos. Houve ainda tempo para uma animada sessão de diálogo e troca de ideias com os idosos presentes sobre as suas experiências e para recriar os intervalos passados a jogar ao “Rapa”. No sentido de permitir a um maior número de idosos a possibilidade de reavivar memórias, resolvemos repetir a experiência, desta vez num espaço mais familiar -a Escola Primária da Loureira e com a agradável companhia dos utentes da Associação de Desenvolvimento Social da Loureira. Deixamos aqui o nosso sincero agradecimento às Técnicas do Museu Escolar pelos divertidos momentos que nos proporcionaram e pela disponibilidade com que se prontificaram repetir a atividade na Loureira. Agradecemos ainda à Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra pelas diligências tomadas no sentido de que nos fosse disponibilizado o espaço, facto que concorreu para uma vivência mais autêntica desta atividade por parte dos nossos idosos. Centro Social Paroquial de Santa Catarina da Serra

Solicitamos aos nossos assinantes a regularização da sua assinatura anual. Entre em contacto com a redacção para mais informações: 917480995 luzdaserra@santacatarinadaserra.com


NOVEMBRO 2014

Editorial

2014: O Ano da Família

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Câmara transporta cristãos para Eucaristia O pároco de Odeleite, concelho de Castro Marim, pediu há dias ao Presidente da referida Câmara o apoio de um autocarro para trazer à Eucaristia os habitantes dispersos nos montes da freguesia, nomeadamente os idosos, a partir de novembro. "Penso que isto seria importante, juntamente com o empenho que tem em melhorar a saúde desta gente e essa saúde começa quando têm saúde espiritual. Seria um elo de ligação e um grande benefício para esta terra", assinalou o padre Agostinho Pinto. O sacerdote aproveitou a cerimónia de inauguração das obras dos retábulos da igreja de Odeleite, com a presença do Bispo do Algarve e do Presidente da Câmara, para pedir que este serviço comece no início do mês de novembro, revela o jornal diocesano Folha de Domingo. Para o pároco de Odeleite, esta iniciativa pode contribuir para contrariar a desertificação desta localidade, em concreto do nordeste algarvio e ajudar também os "filhos que estão

fora a apreciar um pouco mais a sua terra". "Preocupo-me muito com a saúde física, mas, como médico, não sei onde é que acaba a saúde física e começa a espiritual", respondeu o presidente da Câmara Municipal de Castro Marim. Francisco Amaral considera que hoje há imensas doenças que não se sabe "se são físicas, mentais ou espirituais" mas

existe uma "interligação muito grande" entre os dois tipos de saúde, por isso, a Igreja pode contar com o apoio do município. "Acho que também é importante este tratamento ao espírito que as pessoas vêm fazer aqui ao domingo. A Igreja também serve muito para a saúde das pessoas e conta com o apoio do município para trazer mais pes-

soas aqui à casa de Deus", adiantou o edil ao pároco de Odeleite. Penso que este não é caso único. Sei que o meu amigo Clemente, quando era presidente da Lagarteira, ia ele próprio buscar pessoas idosas para as celebrações do Domingo.

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ria ou permanentemente, pessoas idosas em famílias capazes de lhes proporcionar um ambiente estável e seguro, tal como explica o ISS. De acordo com o ISS, tem-se registado "um aumento claro e significativo quer no alargamento do número de vagas das diferentes respostas sociais, quer na sua diversificação" e revela que essa tem sido igualmente a tendência na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI). "Em 2013 registavam-se 6.650 vagas, o que corresponde a um aumento de cerca de 11% do número de vagas comparativamente ao ano anterior", diz o ISS. A par do aumento do número de acordos de cooperação, o ISS diz que tem havido também um aumento da comparticipação financeira por utente/mês,

que passou de 347,31 euros em 2010 para 358,55 euros em 2014. A este valor acresce ainda uma comparticipação para os idosos que se encontrem em situação de dependência de 2.º grau de 66,6 euros e um suplemento de mais 46,65 euros por utente/mês quando a frequência de pes-

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Continuação da página 1

Também eles verão a face de Deus. A festa dos Fiéis Defuntos é uma ocasião de nos lembrarmos dos que pertenceram à nossa família de sangue e também de tantas e tantas pessoas que conhecemos e já partiram. Rezemos por elas ao Senhor da vida. E este dia é também uma ocaP. Mário de sião para cada um de nós se Almeida Verdasca lembrar que um dia chegará a sua vez e é preciso estar preparado. Celebremo-lo na fé da ressurreição e na esperança da salvação. Um cristão não pode encarar a morte dos seus entes queridos, ou a sua própria morte, como um pagão ou como aqueles que não têm esperança, diz S. Paulo. Mas infelizmente para muitos este é apenas um dia de luto e tristeza. Mas a morte não é fim, mas princípio de uma vida nova. Os pagãos admiravam-se muito quando viam os cristãos dos primeiros séculos a cantar alegremente quando eram martirizados. E ainda é possível ver isto hoje em muitos sítios onde é proibido o cristianismo. É que eles sabiam que a sua morte era a porta de entrada na verdadeira Vida! A nossa Igreja foi pequena para receber a multidão que ali se reuniu para celebrar a vida e a esperança naqueles que já partiram mas estão vivos, segundo cremos. Viver a fé em Igreja e comprometermo-nos na comunidade e no exercício da caridade é a forma mais bela de homenagear os defuntos e de esperar a coroa de glória que o Senhor, o justo juiz tem preparada para aqueles que o amam.

AMIGOS DA LUZ DA SERRA Fernando Oliveira Rodrigues - França - 5€ Antonio Rodrigues Lopes - Canadá - 5€ Daniel Carreira Vieira - Canadá - 5€ Gualter Lopes Oliveira - Luxemburgo - 5€ Jorge Manuel - França - 5€ Lucia Caetano Neves - 5€

Onde estão os nossos idosos? Segundo os dados mais recentes do Instituto da Segurança Social (ISS), actualizados a 24 de Abril, existem 78.104 idosos em lares, enquanto outros 76.188 usufruem de apoio domiciliário. "Na resposta social ‘Estrutura residencial para idoso’, o número de acordos de cooperação tem vindo a aumentar significativamente", revelou o ISS, apontando que em Julho de 2014 havia 1.490 acordos, contra os 1.347 assinados em 2011. Relativamente às restantes respostas sociais, o ISS adianta que 42.693 pessoas usam os Centros de Dia, outras 20.235 os Centros de Convívio, enquanto 172 usufruem dos Centros de Noite. Já no que diz respeito ao acolhimento familiar, havia 727 pessoas em 2013 abrangidas por esta resposta social, que passa por integrar, temporá-

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soas idosas nesta situação for igual ou superior a 75% dos utilizadores. O ISS destaca ainda que em 2013 houve um investimento de 500 milhões e 200 mil euros na área dos idosos, depois de em 2011 terem sido 483 milhões e 200 mil euros.


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no Calvário Húngaro. Depois do almoço, os peregrinos participarão numa adoração individual e comunitária na Capela do Calvário Húngaro. O dia do deserto termina com a celebração da Eucaristia no mesmo local. Para mais informações poderão contactar o Secretariado através do Tel. 239 984067

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Depois de uma intervenção falhada dos Estados Unidos no Vietname, ninguém iria pensar que uma nação sem grande tradição cristã iria voltar-se para Cristo. Ainda por cima num país governado por comunistas que vê a Igreja com suspeita, o cristianismo como uma influência estrangeira e os cristãos como agentes do Ocidente. Mas, no Vietname, o vazio gerado pelo ateísmo comunista produz efeitos análogos aos verificados na China, atraindo muitas almas para a Igreja Católica. E está a darse o mesmo fenómeno dos princípios do cristianismo. Quanto mais se combate o cristianismo mais influência ele ganha nas pessoas. O Estado aperta com novas leis. Mas isso só aparentemente produz obstáculos, pois a fé é a maior de todas as armas, como dizia a Madre Teresa de Calcutá. Por exemplo, em Ho Chi Minh City, antiga Saigão, a

maior cidade do país, cerca de 700 mil pessoas são católicas e seu número cresce assustadoramente para o regime socialista. A conversão de Tô Hai, figura importante do comunismo vietnamita e célebre compositor nacional, causou sensação recentemente. Há nesta diocese 670 sacerdotes, mais de 5.000 religiosos e religiosas, mais de 7.000 catequistas e todos os anos mais de 6.000 adultos pedem o baptismo. Em 2012, por exemplo, foram baptizados 6.736 adultos, prove-

nientes do ateísmo, do budismo ou do culto aos antepassados. E o número anual de baptismos de crianças anda à volta de vinte mil. Para efeitos de comparação, em dioceses grandes como Los Ângeles e Nova Iorque, a Igreja Católica baptiza anualmente entre 1.300 e 1.600 adultos. O comunismo olha para os católicos com menosprezo, desdém e desconfiança, mas essa oposição dos sem-Deus não consegue conter a onda de conversões suscitadas pela graça divina.

Notícias de toda a parte Mortes por pneumonia No ano passado, morreram nos hospitais públicos 8424 pessoas (23 por dia) com pneumonia. É de longe a patologia que provoca maior número de óbitos nos hospitais, muito acima do acidente vascular cerebral (AVC) que fez 3631 mortos, da insuficiência cardíaca (2191) ou dos tumores da traqueia, brônquios e pulmões (1635), revelam os dados preliminares da "Morbilidade Hospitalar 2013", da Direcção-geral da Saúde. Transplante cardíaco Cirurgiões australianos realizaram o primeiro transplante cardíaco, numa paciente de 57 anos, usando um coração tecnicamente morto. Os corações usados em transplantes normalmente são retirados de pacientes com morte cerebral, mas ainda com batimento cardíaco. Lares encerrados – O Instituto da Segurança Social (ISS) encerrou, até final de Setembro, 57 lares de seniores e sete creches na sequência de 670 acções de fiscalização, sendo que estas

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no dia 29 de Novembro, autocarros. O preço do bilhete é de 10€ e a saída será em frente da igreja de S. José, às 7 horas. O programa iniciase em Fátima às 9,15 horas, junto à Capelinha das Aparições com uma breve saudação à Nossa Senhora, onde depois partem para os Valinhos e será recitado o Rosário. Nos Valinhos farão ainda a tradicional Via Sacra, com uma reflexão na Loca do Cabeço e uma reflexão pessoal

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Onda de conversões de adultos no Vietname

Um dia de deserto

O Movimento da Mensagem de Fátima vai propor aos mensageiros e a todos os interessados "Dias de Deserto", que são dias recheados de momentos de reflexão sobre a Palavra de Deus à luz da Mensagem de Fátima. Nestes dias, os peregrinos são convidados a adorar o Senhor na capela do Calvário Húngaro, onde haverá adoração, confissões e missa. O Secretariado Diocesano de Coimbra irá disponibilizar,

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acções representam já 50% da actividade inspectiva do ISS. As causas que levaram ao fecho prendem-se, em geral, com alvará, instalações, certificado de condições de segurança do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, certificado de vistoria higieno-sanitária, licença de utilização das instalações, regulamento interno, director técnico, plano de actividades e livro de registo de admissão de utentes. Eletricidade Os portugueses podem instalar até seis painéis fotovoltaicos para produzir eletricidade em casa para auto consumo sem necessidade de obter licenças nem qualquer custo adicional, de acordo com o novo regime

publicado hoje em Diário da República. Em declarações à Lusa, o secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, explicou que o objectivo é "liberalizar e desburocratizar o autoconsumo", ou seja, "dar o direito a cada cidadão de produzir a sua própria energia eléctrica, substituindo assim, caso entenda, o pagamento que te Alterações do clima estão a gerar ondas de calor As ondas de calor que ocorreram em 2013 na Ásia, Europa e Austrália foram causadas pelas alterações climáticas provocadas pelo Homem, mas nem todos os acontecimentos extremos podem ser associados ao aquecimento global


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África suplicante Não é o território africano que em si mesmo me fascina. Que faz os vínculos invencíveis nas dobras flexíveis da minha pobre alma inquieta. Para ser sincera, dou prova por escrito do meu, podeis chamar-lhe, mau gosto. Mas não o aceito. O que me aperta e faz girar, é a miséria de um povo inocente e sem defesa nem atenção. Nem pressa de ser ajudado e considerado no seu valor. Nem jeito de ser atendido na sua fome de tudo. Nem um fio de água potável, nem um punhado de farinha enxuta para meter á boca. Ali não há fome, mas miséria extrema em muitos e grandes recantos. África é muito mais do que Angola. Fico sem resposta quando bemintencionados me perguntam quando volto a Angola. Conheço um pouco de Angola, mas não em serviço missionário nem recente. Há muitos anos lá passei umas semanas, poucas. Luanda era então um paraíso, ainda considerado território português. Ao redor alguma pobreza no povo mais rural. Mas nada mesmo nada que se compare hoje, aos três países que visitei e conheci. Tenho tantas saudades. Agora depois da guerra e das eleições livres, Angola tem as melhores condições para estar no caminho da prosperidade. Não há razão para fome. Pode haver necessidade de evangelização e formação para o trabalho. Mas é grande o campo do progresso. É a nossa língua, tem direito ao nosso respeito e carinho. Mas o nosso Bom Deus, deu-nos um coração para os irmãos, e não para os territórios. Não há homens ricos na terra, tenhamos a certeza. Todos deixam tudo á partida. Há ricos homens, o que é muito diferente, e esses levam consigo toda a

Ficha Técnica Jornal Luz da Serra Nº 501 - Novembro de 2014 Ano LX ERC 108932 - Depósito Legal Nº 1679/83

sua riqueza. É os bens que fizeram. Não quero dizer que não há homens ricos nos dois sentidos, mas são quase impossíveis de se conciliar, razão porque se diz que mais vale um rico homem, que um homem rico. Esta consideração teve sentido no meu afeto por África. Encontrei entre tanta miséria, e pobreza extrema, gente da melhor índole jamais encontrada na minha vida. Tenho falado de crianças e há muito a falar ainda, mas permito-me falar hoje de jovens. E de jovens universitários. Este ponto do grande continente africano é ávido de cultura O Ghana tinha lá a sua universidade. Talvez mais que uma, era três vezes o espaço do nosso continente português. Mas se este país é mais conhecido deve-se ao futebol, grande amor dos rapazes GHANESES, com imenso jeito para este desporto e por isso cobiçados pelo estrangeiro ocidental, que os protege. São os felizões da terra. Mas o Togo com quem faz fronteira, só tinha universidade no vizinho país o BENIN. A universidade era frequentada por poucos mais que os jovens rapazes e meninas da capital, a cidade de LOMÉ. Esta tinha uma grande distância a percorrer e eu vi os grupos de um e outro sexo a correr em grande parte descalços para chegar a tempo às aulas no Benin. Não quero discutir aqui a distância. Vestiam todos a mesma cor de farda e carregavam os livros às costas. A fome tinha que forçosamente que se revelar. Correndo ou alongando os passos em que eram uns artistas, iam levando as mãos á boca que enchiam de farinha como alimento para a manhã e viagem. Os rostos á volta da boca levavam uma aurélia branca como se fosse um arco branco colocado numa bola negra. Todos enfarinhados. Passavam de uns para os outros a mesma garrafa de água com que amoleciam a farinha para facilitar a de-

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Maria Primitivo

glutição. Ninguém deitava fora uma garrafa. Era precisa mais vezes e só teriam outra quando aquela já não podia mais. Os livros são fornecidos pelo estado, cada remessa tinha que servir três alunos. Chegavam a casa á noitinha. Esta não tinha nenhuma espécie de luz para estudarem. Os raríssimos, altos, e fracos candeeiros de rua não davam para ver nos livros e apontamentos. Valialhes os candeeiros baixos que a missão dentro dos seus pátios vedados criara para os estudantes poderem estudar de pé. Imagine-se a sua vida. O cansaço destes pés com o trajeto de viagens. O resto das refeições não falo delas para não alongar tanto. Era na África e os seus costumes, favoreciam a elegância, mas não a saúde. Alta noite, tudo descansava na missão. À volta dos candeeiros apinhavam-se os livros entre mãos presas a corpos colados. Nuns rapazes, noutros meninos. Os olhos não se moviam, porque a luz tinha que se aproveitar, era de gerador e só para eles, gratuitamente. Havia prazo. A missão era pobre. Estudava-se sem tréguas. Não bulia um mosquito das suas bocas. Silêncio de sepulcro. Respeito por quem tinha pouco

tempo para descanso. Impressionante. Os insetos eram aos milhares á volta da luz e ninguém se queixava nem distraia. Da porta do meu quarto eu acompanhava o singular filme com emoção. Mil pensamentos vinham á minha mente. O calor insuportável e os candeeiros da missão eram como cenáculos de oração silenciosa. Eu meditava e pensava no mimo dos nossos jovens. Rezava por uns e outros. Era a única pessoa que estava n aquela curiosa observação que para mais ninguém era novidade. Chorei quando vi um grupo mais próximo voltar-se para capela e fazer uma genuflexão perfeita e um sinal da cruz respeitoso- a capela fechada mas a fé aberta, saíram todos e quase se não deu conta. Era uma multidão. Para terminar. Estes estudantes resolveram tudo e estavam a construir uma universidade na sua capital, arredores próximos. Trabalhavam nos fins-de-semana com alegria indizível e desembaraço juvenil confiante. Queriam uma universidade católica e estava garantida. Quase pronta e os adultos ajudavam felizes. Tenham caros jovens se lerem isto, a certeza de que é pura realidade e

imaginem como eu gostava que todos vissem. Tinha razão o papa quando visitou aquela terra, para saudar os jovens com as palavras. Sois a esperança da Igreja. E do mundo digo eu. Bem aventurados os que sofrem por amor ao saber, e que sabem sofrer por um ideal que os Enriquece com trabalho seu.

A foto que acompanha é de uma escola em Asramá, sul do TOGO, que um vendaval destruiu completamente numa noite deixando missionários e alunos numa desolação completa. Vieram á casa provincial desabafar a sua mágoa e aflição com o caso. Onde dar aulas a trezentas crianças que a frequentavam ali, já sem espaço para todas. Tinham que se revezar com aulas em grupos debaixo das árvores por causa do calor e assentados no pó da terra. E agora? Disse- lhes que o que poderia fazer era pouco mais do que rezar. Mas fiquei confiante de ao regressar conseguir mais alguma coisa. Quando regressei fui cumprimentar o nosso P: Mário e falei-lhe do caso como informação, mas ele deu logo sinais de colaborar. Que me informasse e dissesse quanto

era preciso para reconstruir a escola Obtida a informação 10.000 euros, disse pôr-se em contato com os jovens julgo que escuteiros e ver o que conseguia e conseguiram realmente aquela quantia e lá ficou restaurada a escola com o nome de escola de Santa Catarina que devolveu sorrisos e alegria a missionários e alunos. Os missionários eram dois do México e outro do Chade, já preparados com missionários da Europa e alguns portugueses .Bem gostava de levar lá os generosos jovens, o que é de todo impossível por falta de todo o tipo de condições das duas partes. Já o fiz por outras formas, mas faço questão de o dar a conhecer á paróquia através do jornal e repetir agradecimentos ao pároco, jovens, e a quem os ajudou a dignificar a sua juventude com este gesto lindo e que dita a capacidade dos jovens de hoje tão generosos ou mais que os de ontem quando orientados e cheios de bons sentimentos. Em nome de todos os beneficiados e da Igreja na África um muito sincero obrigada e a recompensa certa de Deus. As contas que tenho agora a mencionar são pequenas, mas grandes pingos de amor, que se manifestam e crescem. Passo a descrevêlos: Anónima do Souto,10 euros, uma amiga de Fátima, 27 euros, S Família da Magueigia e Pedrome, 80 euros; anónimo das Matas, 10 euros, partilha da venda do meu stock, 89.20€, é o que desta vez vamos colocar no Banco que não vai à falência e nenhum ladrão pode roubar. Os juros são certos, e o seu governador é de todos o mais justo.

www.santacatarinadaserra.com - h p://luzdaserra.santacatarinadaserra.com - luzdaserra@santacatarinadaserra.com Propriedade Fábrica da Igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra - Administração e Edição ForSerra - Associação de Desenvolvimento e Gestão Património de Santa Catarina da Serra - Associação sem fins lucrativos e de Utilidade Pública - Despacho n.º 4889/2013 - forserra@santacatarinadaserra.com - Fundador Pe. Joaquim Carreira Faria - Director Pe. Mário Almeida Verdasca - Contacto: (00351) 244 741 197 - Paginação Miguel Marques [CO787] - Colaboradores Virgílio Gordo, Fernando Valente, Vasco Silva (Historiador), Rita Agrela, Isaque Pereira (Saúde), Liliana Vieira (Psicóloga), Prof. Lurdes Marques, Diana Oliveira Marco Neves (enf.), Mara Gonçalves, Judite Ribeiro, Catarina Neves, António Rodrigues - Contactos Telefone (00351) 917 480 995 | Fax (00351 ) 244 741 534 - Correio electrónicoluzdaserra@santacatarinadaserra.com - Impressão Empresa Diário do Minho - Tiragem 1700 Exemplares - Periocidade Mensal - Preço de assinatura: 10 Euros - Continente e Ilhas | 15 Euros - Europa | 20 Euros - Resto do Mundo - Pagamento de Assinaturas: ForSerra (edifício da União das Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça) e Casa Paroquial. NIB: 5180.0010.00000921713.58 IBAN: PT50 5180.0010.00000921713.58 BIC/SWIFT CODE: CDCTPTP2 Banco: Caixa de Crédito de Leiria

Os textos assinados e publicados no jornal LUZ DA SERRA – que podem ou não traduzir a linha de orientação deste jornal – são da inteira responsabilidade dos seus autores.


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Nem sempre as feiras foram como as conhecemos hoje. Recuando aos anos cinquenta do século passado, na nossa região, tinhámos várias feiras que eram acontecimentos importantes por mobilizarem comercialmente todos os lugares das redondezas. Muitas famílias viviam economicamente dos negócios das feiras, sem falar dos feirantes que eram profissionais do ramo. Percorriam diariamente todos os locais onde se realizavam feiras, como ainda acontece hoje, mas em reduzido número. As feiras perderam toda a popularidade e importânia dessa época, eram feitas nos chamados largos da feira em terra batida sem grande limpeza nem recolhas de lixo. Assim o largo da feira era dividido em ruas e pequenas pracetas de comercialização para tendas e bancas adaptadas à mercadoria exposta pelos feirantes, onde podíamos encontrar panos a metro, sapateiros, pronto a vestir, ourives, tascos, bebidas a copo, vidros, ferragens, louças, plásticos, padeiros, peixe, etc. Na zona de mercadorias estendidas pelo chão ou sobre lonas, encontravam-se albardas e arreios para animais de carga, alguidares de barro vidrado e outros utensílios variados tais como cestaria, ferramentas agrícolas, etc. Havia a zona dos produtos agrícolas onde podíamos encontrar cereais, frutas da época, legumes, etc. Em zonas um pouco mais separadas encontravase a feira dos animais, onde se podiam ver coelhos, e aves diversas. Havia a zona das ovinos, caprinos e suinos e, quando se pretendia vender apenas as crias, estas vinham sempre acompanhadas das mães para se apreciar a qualidade da raça. Em área mais ampla havia a feira dos animais de maior porte tais como bovinos e animais

de carga. Traçada esta panorâmica das feiras em linhas gerais, a feira durava o dia inteiro e atraía como estamos a relatar imensa gente e era na feira que se anunciava, vendia e comprava de tudo, sendo poucos os negócios com preço fixo, tudo se regateava até ao último tostão. Os negócios de maior valor eram os que envolviam bovinos. Estes animais eram usados nos trabalhos agrícolas, na tração de carros e arados de lavoura, indespensáveis numa casa agrícola. Uma junta destes animais para muitos pequenos e até médios agricultores representava o maior investimento que faziam na altura. O risco da perda de um destes animais por morte, era coberto por um seguro feito por todos os lavradores proprietários desses animais da aldeia, que se inscreviam num rol segurador e se cotizavam no caso da perda de um destes animais, uma vez que o proprietário do animal perdido não suportava o elevado prejuizo. Voltando ao tema das feiras, a compra e venda de uma junta de bois ou vacas, negociava-se numa unidade monetária chamada nota (uma nota valia na altura 100 escudos). O preço normal de uma junta de bois de trabalho que lavrasse sem cabresteiro (puxasse o arado sem a ajuda de uma pessoa que os guiasse na frente puxando a soga), que fossem mansos e de meia idade, poderia custar 100 a 120 notas (dez a doze contos na altura, era muito dinheiro para um lavrador). Então este negócio envolvia muito regateio ao ponto de quando o comprador achava que não deveria oferecer mais dinheiro e o negócio não estava ainda fechado, voltava costas ao negócio, caminhando pela feira devagar à espera que o ven-

Foto Antunes

As feiras das nossas recordações

dedor o fosse chamar para dar o negócio por encerrado. Se tal não acontecia e o comprador continuava interessado, voltava passados minutos acompanhado de um amigo que o ajudava no regateio e se o vendedor não baixava o preço, o amigo propunha dividirem a diferença a meio. Na maior parte dos casos fechavam assim o negócio que passava ainda pela inspeção minuciosa da junta de animais para verem se tinha boa dentição, se estava dentro da idade oferecida, olhos sem mazelas ou doenças e se os dois animais aparelhavam bem um com o outro em cornadura, cachasso de trabalho, cor e aparência, depois seguia-se o desfile a passo e a correr por uma rua da feira para serem mirados no andar de frente e traseiras pelo comprador e pelo amigo que ajudou a fazer o negócio. Se tudo estivesse conforme, o negócio selava-se com o beber do vinho na taberna das imediações onde era acordado o pagamento. Geralmente o comprador pagava uma parte chamada “sinal” e o restante seria pago na feira seguinte. Era tudo gente séria e de palavra. Se durante a inspeção minuciosa da junta os animais tivessem

algum defeito físico ou esboçassem bravura do tipo dar uma cornada no comprador ou numa mulher desconhecidos, o negócio ficava logo sem efeito ou então teria de baixar substancialmente o preço, dependendo do defeito em causa. No caso de ficar sem efeito, essa junta ficava logo refugada, perdia todo o valor comercial e o destino seria engordá-la e destiná-la ao abate. Nas feiras apareciam também os propagandistas vendedores da “pomada santa” conhecida por “banha da cobra” que curava todas as maleitas. Alguns propagandistas mais expeditos exibiam para sensibilizar o povo, cartazes ilustrando as partes do corpo humano onde a cura era radical incluindo o reumático e resfriados das molhas da roupa enxuta no corpo, que era o mal de muita gente. O propagandista acertava no diagnóstico e na cura através de potente aparelhagem sonora que até fazia dores de cabeça. No final, as pessoas até se atropelavam na compra da bisnaga da cura milagrosa com medo que esgotasse, o que não acontecia, porque ele trazia milhares de bisnagas. Cada propagandista dispu-

nha de um certo período de tempo para expôr e apresentar a sua propaganda porque outros propagandistas estavam à espera que o anterior se calasse para entrarem em cena com idêntico espalhafato. Então haviam os que usavam certos artifícios para juntarem o público à sua volta, abriam uma caixa onde traziam uma corpulenta jibóia que enrolavam ao pescoço e penduravam nos ombros do tipo exibição de circo, onde anunciavam que aquela jibóia estava tão domesticada que se punha em pé, seria uma questão de esperarem ali. Se mesmo assim não se juntava muito público, tinham outro método infalivel: atiravam ao ar dois ou três pentes na direção do público e por várias vezes, e então as pessoas até se atropelavam para apanharem um pente, e assim se juntava uma pequena multidão à volta de mais um propagandista. Se a propaganda não estava a motivar muito as pessoas e elas começavam a debandar, ele dizia para aguardarem, que dentro de minutos a jibóia iria fazer mais uma exibição nunca vista, que era pôr-se em pé sozinha e assim continuava a manter as pessoas à sua volta até vender a mercado-

ria apregoada que era o seu negócio. Até hoje a jibóia ainda não se pôs em pé. As feiras tinham de tudo um pouco, até serviam para os poetas populares venderem os folhetos com as suas “décimas” cantadas por uma atraente jovem com boa voz. Estas composições poéticas geralmente versavam sobre uma paixão não correspondida ou sobre um crime passional conhecido. As feiras eram acontecimentos locais muito conhecidos que atraiam gente vinda dos mais remotos e desconheciso locais, onde não faltavam ciganos que compravam burros velhos em fim de vida, cheios de moscas que já nem rabo tinham para as sacudir, que as pessoas queriam vender por qualquer preço, com medo que lhes morressem no curral. Na altura, falavase na apreensão de enchidos feitos com carne de burro, sabe-se lá qual era o destino que os ciganos davam aos burros... Apareciam carteiristas, os tais com mãozinhas leves que seguim as suas vítimas, que presenciavam terem as carteiras recheadas de vendas, e então aproveitavam o momento da sua distração ou por algum copito de vinho bebido a mais ou metidas nalgum aperto popular para lhe surriparem a carteira e desaparecerem, passando logo a carteira o um comparsa para na eventualidade de serem apanhados já não terem a carteira e demonstrarem a sua “inocência”. Em traços gerais era assim o ambiente que se vivia nos dias de feira, que alterava o quotidiano da nossa gente, tendo-me baseado para tal, numa das feiras de S. Mamede que eram das mais concorridas da zona e que eu melhor conheci. José Narciso Santos ( 2014-10-21 ) pub


NOVEMBRO 2014

Impedir o livre acesso ao Centro Social Paroquial

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O que nos falta permanece em Deus uno e trino, Caridade é Amor e Este AMOR É DEUS. DEUS FELIZ. Porque era total a sua felicidade interior, fidelíssima a liderança com o Filho e O Espírito Santo. A tal ponto que resolveu criar o Homem á Sua Imagem e Semelhança e partilhar a sua felicidade. Parece que Deus não aguentava sem partilhar com o homem tanta felicidade. Não sou teóloga nem filósofa. Gosto muito de rezar pensando tudo á volta de Deus. Porque rezar é também isto. Ora chegou o momento de Deus decidir Criar o Homem e colocá-lo De forma visível a cuidar da SUA Obra toda ela criadora também. E deu-lhe a honra de usufruir de toda esta maravilha. O homem, olhando em redor sentiu-se só e pediu companhia. Faltavalhe esta para ser semelhante a Deus. Deus atendeu e criou

tirando dele próprio uma companheira a quem o homem chamou carne da minha carne, osso do meu osso. Esta frase inspirada era O mais profundo sentimento do AMOR, que o homem proclamou e Deus consentiu. Até premiou com uma ordem linda. Crescei e multiplicai-vos… e foram felizes no AMOR segundo o coração Do Criador. Começava a primeira família na terra. Na nossa linguagem apetecenos dizer, que o sonho maior

de Deus, o mais bonito,.. era a família povoando a terra em núcleos de Amor semelhante ao que se vivia no céu. ... por hoje vamos ler esta primeira reflexão e continuaremos, até chegar ao tempo em que cada um de nós vive . E bom mesmo é começar a criar a verdadeira noção de AMOR, que o mundo estrangulou, mas…Tem remédio, mesmo com faturas que não são para perigosas bancas rotas.

Menção Honrosa Manuel da Costa e Silva

"A virtude é mais modesta que o defeito". Todos temos a tendência de enfatizar o que de mal há, mas o que está bem, nem piu. Quis o destino que eu visite com certa frequência o nosso cemitério. Este ano verifiquei, com satisfação, que a nossa Junta de Freguesia o mandou pintar e reparar os muros. Foi também criado um pequeno estaleiro para serem colocadas as campas que foram levantadas para sepultarem outros familiares. Deixamos de ver encostados aos muros os restos das campas, que lhe dava um mau aspeto. De igual forma, foram também aparados os arbustos. Ficou com um aspeto bastante nobre. Por tudo isto, o meu bem hajam e agradecimentos.

Manuel Costa e Silva

DR

Bela Vicente

Falar sobre a família foi o que alguém me pediu. Posso não estar muito preparada para isso, mas não deixo de o fazer como puder. Por minha parte sinto começar por aqui e depois vamos a pouco e pouco avançando. Sinto na alma que o maior sinal que até hoje se descobriu em Deus, foi de que Ele mesmo é Família. E de tal maneira constituída, que sendo Uno é Trino. Não fazia sentido haver um SER Criador isolado. Sendo Único, vivia no seu seio O Filho, e o Espírito Santo. Mistério sem dúvida, mas que não consiste no seu existir, para entendermos com perfeição nesta vida, onde nada nos é dado a entender com total perfeição e clareza. Se assim não fosse, não teríamos necessidade dessa grande virtude, a Fé, que nos dá lugar á Esperança e mergulha na Caridade. Esta é a única que

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Maria Primitivo

Impedir o livre acesso ao efetuar estacionamentos na entrada da instituição, sempre que há festas, casamentos ou outro tipo de eventos.

Sempre que existem eventos no Salão Paroquial de Santa Catarina da Serra é comum verificar-se que existem muitos condutores deixarem os seus veículos estacionados em frente ao Centro Social Paroquial de Santa Catarina da Serra, privando assim o acesso aos veículos da instituição ou veículos de emergência. Este ato, é colocar em risco vidas de seres humanos que a qualquer hora podem precisar de assistência ou urgência médica prestada pelos profissionais de saúde, por exemplo: serviço de ambulância ou mesmo de INEM. Por favor, toda a gente é pessoa e deve ser tratada como tal, independentemente da raça, cor, religião, situação familiar ou classe social. Esta obra é de todos aqueles que fazem parte dela ou que venham a precisar. Um pouco mais de respeito não faz mal a ninguém. Refletindo cada qual o seu jeito. Todos temos cá alguém. Deixo o meu apelo de dor sentida em busca de uma solução. Quem não defende nem proteje a vida, vive em grande solidão.

LUZ DA SERRA

-- correio do leitor --

O Chícharo no Brasil

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Foi em casa de Joaquim Bento de Oliveira que a família e alguns amigos se reuniram para jantar e confraternizar. A ideia do jantar surgiu devido a algumas notícias publicadas no jornal falando do "chícharo em Portugal" e que alguns não conheciam. Como um amigo nosso estava em Portugal nessa época, fez questão de nos trazer alguns quilos de tão afamada leguminosa. Depois de preparados, foram devidamente confecionados para serem degustados junto com bacalhau e sardinha. O pequeno evento que fizemos aqui em Apucarana, região norte do estado do Paraná, foi um sucesso e todos nos deliciamos com os chícharos, novidade para uns e recordações para outros.

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Serafim Vieira Dias

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LUZ DA SERRA

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-- comunidade --

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Primeira Comunhão Obrigado Senhor por este dia tão bonito. Não podemos deixar de dar um grande beijinho ao P. Mário, por tanto carinho que nos deu nesta festa que não vamos mais esquecer. Sara Fernandes

camos lá todo o nosso coração. Foi com grande ânimo que fizemos a Profissão de Fé e comunhão solene, depois de uma excelente preparação para este grande dia! Mais tarde tivemos o Rosário, para agradecer a Nossa Senhora e nos sentir mais perto dela. Terminamos consagrando-nos à nossa Mãe do Céu, e prometendo viver a nossa fé no dia-a-dia, nas atitudes, nas palavras e nos pensamentos.

Foto Antunes

Eramos 34, os catequizandos que ao concluir o 6º ano de catequese, quiseram renovar as promessas feitas pelos nossos pais e padrinhos aquando do nosso batismo. Foi no dia 26 de Outubro que rumamos até á nossa igreja matriz, com a túnica branca e a vela do batismo, para reafirmarmos a nossa fé, Com a cruz ao peito e de terço na mão, entrámos a som do cântico “Deixa a luz do céu entrar”. A eucaristia correu lindamente, visto que colo-

Associação Desenvolvimento Social da Loureira

UTENTES 23 16 34 (média) 12/dia Nº indefinido

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RESPOSTAS SOCIAIS CRECHE Centro de Dia Serviço de Apoio Domiciliário Centro de Atendimento (à 2ª feira) BAR

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Viver a Conviver

COLABORADORES Atividades de animação e apoio à família nos jardins de infância e Escola de Vale Sumo Crianças 152 60

SÓCIOS Órgãos Sociais

Horário Parcial 5

278 19 (Voluntários)

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Atividades abertas à comunidade Freguesia Ativa M/55 Anos Danças Latinas e de salão Zumba

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Almoços servidos diariamente Crianças em AAAF

35

Horário Completo 30

Nº PARTICIPANTES 38 40 2 Turmas

Na promoção do bem-estar e participação social ativa dos nossos idosos, a Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira integra, sempre que possível, atividades coletivas diferenciadas que visem evitar o sedentarismo, já próprio desta faixa etária. Desta forma, este mês destacamos a participação dos seniores na comemoração do Dia Internacional do Idoso que teve lugar no Estádio Municipal Magalhães Pessoa, em Leiria, no âmbito do programa Insénior, promovido pela autarquia e outros parceiros e onde, entre outras atividades, se desenvolveu uma aula de gerontomotricidade que “pôs toda a gente a mexer”. Nesta ida a Leiria, acho de extrema importância salientar que todas as atividades decorreram com a colaboração dos alunos universitários dos Institutos de Ensino Superior da cidade, mostrando sua a sensibilidade para abraçar as questões relacionadas com o envelhecimento. Tivemos igualmente, este mês, a visita de um jovem emigrante da terra, Márcio Ribeiro, que congratulou os nossos utentes com uma aula de yoga, cuja recetividade foi surpreendente. E, como o verão decidiu chegar mais tarde, acabámos o mês com um pézinho na areia e nas águas da praia da Nazaré, numa tarde muito agradável. Com outubro a chegar ao fim, tradição é tradição, e os nossos meninos da Mamã Ganso vieram dar o ar da sua graça aos seus “avozinhos”, e pedir o seu bolinho muito docinho… Claro que, para todos, foi uma alegria! TSSS Tatiana Sismeiro pub

Faça-se assinante do jornal Luz da Serra. Ao assinar o jornal está a ajudar a sua terra! 917 480 995 - luzdaserra@santacatarinadaserra.com Redacção: Todas 3ªs e 5ªs Feiras, das 10h às 18h (Edifício da União das Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça)


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LUZ DA SERRA

-- actualidade --

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9.º Festival Cultural e Gastronómico “O Chícharo da Serra” A freguesia mobiliza-se para bem receber mente na preparação deste evento, no qual o associativismo tem o seu papel preponderante. O "Chícharo da Serra" , reflete assim, o trabalho desenvolvido por todas as associações e instituições da Freguesia de Santa Catarina da Serra, que desde a primeira edição (2006), para além da forte componente gastronómica, sempre tiveram subjacente a recriação da história e das tradições locais. Embebidos neste espírito, o festival gastronómico

veio gerar dias de convívio e bairrismo para a população, onde fica bem patente, o espírito de associativismo no seu melhor. Além disso, ajuda a elevar e levar bem longe o nome da freguesia.

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Santa Catarina da Serra, situada a sul do concelho de Leiria, foi elevada a vila a 12 de Julho de 2001. Tem uma população de cerca de 5000 habitantes dispersa pelas várias povoações de dimensão variável. A sua situação geográfica e o espírito empreendedor das pessoas que nela habitam têm contrbuido para um maior desenvolvimento e enriquecimento nas últimas décadas. Como já é tradição, a população de Santa Catarina da Serra mobiliza-se afincada-

O chícharo, do latim ácer, é uma planta da família das leguminosas, anual, espontânea ou cultivada em Portugal. Adapta-se bem a terrenos calcários e pobres da serra, não necessitando de grandes cuidados com o amanho da terra. Apesar da sua origem ser discutível, pode-se afirmar que o seu primeiro aparecimento foi no Mediterrâneo oriental: Grécia, Turquia e Síria, de onde se expandiu, com relativa rapidez, para os diversos países dos cinco continentes. Tendo entrado em Portugal pelo sul, foi trazido para as Beiras pelas populações nos seus movimentos sazonais.

O chícharo, sinónimo de pobreza e rudeza, teve um papel importante nos anos 30 e 40, sobretudo no Sul do país e Beiras. Era no chícharo que as populações mais pobres baseavam as suas refeições. Os mais ricos alimentavam os bovinos e caprinos com estas leguminosas. O chícharo, sendo uma leguminosa rica em lípidos, hidratos de carbono, fósforo e potássio foi generalizada a toda a população, mas começou a ser acompanhada de carne e peixe. Hoje, o chícharo não é amado pelos mais novos, mas aparece como valorização de um produto tradicio-

nal, nomeadamente na estação fria, em prestigiados restaurantes ou nos diversos festivais de gastronomia. Em Santa Catarina da Serra, como em toda a região situada no maciço calcário da Serra de Aire, o chícharo era tradicionalmente confeccionado com pão de milho a servir de base, bem oleado com azeite da região, acompanhado de bacalhau assado e cebola crua. Hoje, generalizado o seu consumo, aparece acompanhado também de morcela assada, entrecosto e fêveras. De 21 a 25 de Novembro visite-nos no 9º Festival “O Cícharo da Serra”.

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Conheça tudo acerca do chícharo

Associações organizadoras ForSerra – Associação Desenvolvimento e Gestão Património de Santa Catarina da Serra A ForSerra é uma associação criada a 13 de Janeiro de 2009 por todas as associações da Freguesia de Santa Catarina da Serra. Esta é a associação macro que coordena todos os esforços e organização deste evento que, ano após ano, se tem afirmado. Associação dos Amigos dos Bombeiros Voluntários Sul Concelho Leiria Fundada a 6 de Junho de 1998, a Secção de Bombeiros de Santa Catarina da Serra tem como objetivo criar condições para ajudar a população da freguesia (emergência, saúde, transporte de doentes e combate a incêndios).

Associação Cultural e Recreativa de S. Miguel A ACRSM nasceu graças à iniciativa de um conjunto de mulheres que insistiram na necessidade de se criar atividades que dinamizassem as populações locais e promovessem o convívio comunitário. Associação Desportiva e de Convívio do Sobral A 20 de Abril de 1975 surge uma das primeiras Associações da Freguesia de Santa Catarina da Serra, a Associação Desportiva e de Convívio do Sobral. Centro Cultural e Recreativo do Vale Tacão O Centro Cultural Recreativo do Vale Tacão (CCRVT), fundado a 22 de Maio de 1981, é uma das associações mais antigas da freguesia.

Associação Casa do Povo de Santa Catarina da Serra A Casa do Povo de Santa Catarina da Serra foi criada a 1 de Março de 1973, para servir a população na área da saúde. Em 1993, foi criada a Associação da Casa do Povo, alterando os estatutos para instituição de utilidade pública. Esta alteração deu lugar à cultura, ao desporto e ao lazer. Associação Desenvolvimento Social da Loureira A Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira - ADSL, fundada a 14 de Agosto de 1990, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social - IPSS com sede no lugar de Loureira, Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria. ~

Clube de Automóveis Antigos de Santa Catarina da Serra O Clube de Automóveis Antigos de Santa Catarina da Serra, CAASCS, foi fundado em 7 de Abril de 2003 por iniciativa de um grupo de amantes de automóveis antigos. Rancho Folclórico de São Guilherme No lugar da Magueigia, freguesia de Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria, nasce em 1963 um Grupo Folclórico fundado como Rancho Infantil. O Rancho Folclórico de S. Guilherme teve a sua primeira atuação em Setembro de 1963 nas festas religiosas daquele lugar.

União Desportiva da Serra A fundação da União Desportiva da Serra a 27 de Outubro de 1976 teve como um dos principais objetivos o progresso da Freguesia de Santa Catarina da Serra no campo desportivo. ForEscolas - Associação de Pais das Escolas do Agrupamento de Santa Catarina da Serra A ForEscolas foi criada no dia 08-06-2010, com o objetivo de unir as Associações de Pais do Agrupamento de Escolas e Jardins da Serra. Teimosos BTT team O Grupo de BTT “Os Teimosos” pedalam há já quase 20 anos.Recentemente, criaram e oficializaram o primeiro percurso pedestre de Santa Catarina da Serra.

Centro Social e Paroquial de Santa Catarina da Serra Criado a 1 de Janeiro de 1964, com o intuito de satisfazer os mais necessitados, é hoje a instituição de Santa Catarina da Serra que acolhe os idosos com o objetivo de encontrarem neste espaço uma alternativa à solidão, indo ao encontro das suas necessidades. Agrupamento Escuteiros 1211 O Escutismo em Santa Catarina da Serra nasceu em 1997, por iniciativa do Pe. Mário Verdasca, em colaboração com outros elementos, consciencializados de que o escutismo seria de primordial importância para a formação dos jovens.


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-- associativismo --

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Associação dos Amigos da Secção de Bombeiros do Sul do Concelho de Leiria

9º Festival “O Chícharo da Serra” A AABSCS (Associação dos Amigos dos Bombeiros do Sul do Concelho de Leiria) à semelhança dos anos anteriores, é com grande satisfação que comunica a todos os amigos, benfeitores, colaboradores e população em geral, que vai mais uma vez participar, neste já consagrado evento, que decorre anualmente em Santa Catarina da Serra. Mais uma vez estaremos ao dispor de todos aqueles que desta forma se solidarizam e ajudam este tipo de eventos,

contribuindo com a sua presença. A Associação faz um convite generalizado à população das 4 freguesias, e em especial aos seus sócios e benfeitores para compareceram, e assim possam provar as iguarias que disporemos na já célebre tasquinha que teremos à nossa responsabilidade neste evento.

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Almoço em Caldelas-Caranguejeira no passado dia 19 de outubro A abvscl (Associação dos Amigos dos bombeiros do Sul do Concelho de Leiria) em reunião realizada no passado dia 30 de setembro, (onde estiveram entre dirigentes e vogais mais de 4 dezenas de colaboradores) decidiu avançar para a presença no 9º Festival do Chícharo da Serra. Situação ainda a definir com a organização, mas ao que tudo in-

dica como sendo a vontade dos apoiantes presentes. Atendendo ao enorme apoio que se espera e que ficou demostrado, esperamos assim poder levar a efeito mais um evento, sem os quais se torna muito difícil manter e continuar com o projeto da Associação. Ultimam-se os pormenores e necessária articulação.

Feira de artesanato Dia 16 de Novembro

Planos de atividades para 2015 A direção está já a preparar o plano de atividades para o ano de 2015. É intenção da direção de comunicar o mais rapidamente possível às freguesias este plano, para evitar a acumulação de eventos

nas mesmas datas. É intenção desta direção levar a efeito alguns eventos de caris lúdico. Trabalha-se com afinco no sentido de tornar possível esse objetivo, que será o de, para além do

tradicional (angariação de fundos), levar também o conhecimento da Associação aos quatro cantos do concelho e do distrito. Para o que tentaremos promover iniciativas cujos participantes

sejam oriundos dessas áreas. Assim esperamos que já no próximo número da nossa “Folha Noticiosa”, estar em condições de enunciar as nossas atividades para o próximo ano.

Local: Quartel dos Bombeiros em Cardosos Animação: 14H30:Grupo de Concertinas do instituto de Jovens Músicos 16H30:Ginásio Club de Acrotumb de Leiria Esta é a quarta edição que

sevem realizando de 2 em 2 meses, com sucesso. Relembramos que para participar deve contactar a entidade organizadora (site abaixo referido), devendo apenas ser sócio da Associação dos Amigos da Secção de Bombeiros do Sul do Concelho de Leiria (Cardosos). (h p://canaisarte.pt.vu/)

ForEscolas - Associação de Pais

Assembleia geral No passado dia 10 de outubro, pelas 21:30, ocorreu no Salão de Santa Catarina da Serra, mais uma Assembleia Geral da ForEscolas. Após se apresentar as contas, com saldo positivo, graças ao grande esforço de todos os membros e funcionárias do cessante ano, foram aprovadas por unanimidade. De seguida deu-se a conhecer e aprovou-se o plano de atividades, para este novo ano, das quais se destacam: Criação de um banco de manuais escolares usados; estabelecimento de parcerias; promover ações de formação; realização e participação de atividades culturais (ex. espetáculo par-

“A Associação dos Amigos dos Bombeiros do Sul do Concelho de Leiria é mais que uma entidade que apoia, protege e socorre as populações das freguesias de Santa Catarina/Chaínça, Arrabal e Caranguejeira. É também um pólo dinamizador de iniciativas de caráter social, cultural, recreativo e desportivo. Contamos convosco… a bem da humanidade”

cerias; Festival “O chícharo da Serra”…). Respeitando a ordem de trabalhos foram votados os novos órgãos sociais, para o ano de 2014/2015. Para finalizar, informamos que uma vez que não temos escritório aberto diariamente o horário de atendimento aos Pais será na segunda 6.ª F, das 21 às 22 horas, na Escola do Vale do Sumo. Ou através dos nossos contactos: E-mail: forescolas@santacatarinadaserra.com Telemóvel: 910 876 420 Agradecemos a presença de todos pais nesta Assembleia, e aos pais que terminaram o seu trabalho, como membros dos órgãos sociais, o nosso

MUITO OBRIGADO pela disponibilidade e dedicação. Aos novos membros eleitos ânimo e coragem para este desafio. A direcção ForEscolas

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-- autarquia --

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Requalificação de cemitério

No passado dia 25 de outubro, realizou-se o III encontro de ex-combatentes na freguesia. O encontro teve início junto do monumento no Jardim do Brasão, onde se homenagearam os ex-combatentes já falecidos. De seguida, realizou-se um jantar convívio com todos os presentes no restaurante póstroika, no complexo desportivo da União Desportiva da Serra. Este encontro contou com a presença de mais de 60 participantes. Esta foi uma oportunidade para reviver e recordar momentos e histórias vividas entre aqueles que serviram a pátria.

Deram-se por terminadas as obras de requalificação do cemitério de Santa Catarina da Serra no final do mês de Outubro. Esta requalificação compreendeu pequenas obras de construção civil e pintura. A duração dos trabalhos foi de aproximadamente um mês.

construção de muros e preparação para a colocação de betuminoso. Estas vias ficam assim preparadas para serem alcatroadas nos próximos tempos.

encontra-se na fase final dos seus trabalhos. Está a ser atualmente apetrechado com o mobiliário e equipamentos necessários, prevendo assim a sua conclusão para breve. Este atraso deveu-se à ex-

tensa lista de equipamentos necessários, que a ARS do Centro demorou a aprovar.

Concerto de coros na Chainça

Poço público da Pinheiria

Miguel Marques / ForSerra

Adquira o livro Estudo Histórico e Documental da Freguesia de Santa Catarina da Serra na Secretaria da Junta de Freguesia secretaria@santacatarinadaserra.com 244741314

Decorreu no dia 25 de Outubro, pelas 21h, no salão da Associação da Chainça, mais uma iniciativa que, nos últimos anos tem percorrido o concelho. Este concerto de coros contou com a presença do coro Ninfas do Lis e com o Grupo Coral das Obras sociais da Camara Municipal de Leiria. Esta iniciativa teve bastante afluência de público, que ali

Miguel Marques / ForSerra

Com a ajuda da população, a Junta de Freguesia está a proceder ao alargamento de duas ruas na Chainça, a Rua das Valeiras Sul e a Rua da Barrada. Esta intervenção passa pela colocação de tout-vennat,

escutou vários temas clássicos e conhecidos do público em geral. Terminou com um pequeno lanche oferecido aos elementos dos coros presentes. A Junta de Freguesia agradece à Associação da Chainça pela cedência das instalações.

O poço público da Pinheiria também foi alvo de intervenção por parte da Junta de Freguesia, requalificando tanto o poço como o espaço envolvente.

Esta requalificação teve como destaque uma nova pintura com a utilização de várias cores alegres e modernas.

Miguel Marques / ForSerra

Alargamento Rua das Valeiras Sul e Centro de Saúde da Rua da Barrada O nosso Centro de Saúde,

O cemitério foi pintado, tanto as paredes, como os portões. Foram colocados alguns novos azulejos e foi disponibilizado um espaço para as pedras das campas que estão temporariamente em desuso.

Miguel Marques / ForSerra

Miguel Marques / ForSerra

III Encontro de ex-combatentes na freguesia

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LUZ DA SERRA

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-- educação - saúde --

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Corta-mato na Escola Básica Protesto simbólico de alunos de Santa Catarina da Serra contra a pobreza

Realizou-se no dia 22 de outubro a prova de corta-mato na Escola Básica de Santa Catarina da Serra. Trata-se de uma excelente jornada de promoção do atletismo, de hábitos saudáveis e da prática desportiva, sendo organizada pelos professores de Educação Física, no âmbito do Desporto Escolar. Nesta prova foram diretamente apurados os três primeiros classificados por escalão para o corta-mato regional, que se realizará em Leiria, no 2º período. Vão representar a escola, por escalões, os seguintes alunos: Infantis A – João Pedro dos Santos Leitão, João Carlos Alves Reis, Rúben Miguel Santos Lima Cruz, Teresa Amável Lopes dos Santos, Inês Portela Lopes, Andreia

Ferreira Alves Infantis B – Saúl Amável Lopes dos Santos Luís Alexandre Rodrigues Fonseca Sandro Reis Gordo Cátia Filipa Costa Santos Isa Mara Camponez Sarraipa Beatriz Gordo Neves Iniciados – Filipe Fonseca Moreira Hugo Carreira de Oliveira Diogo Gameiro Ferreira, Mariana Portela Lopes, Juliana Pereira Fartaria, Mariana Soares Ferreira Juvenis – José Guilherme Baptista das Neves, Cristiano das Neves Oliveira, Rodrigo Marques Ferreira, Margarida Gonçalves Oliveira, Melanie da Costa Rodrigues, Margarida Caetano dos Santos

Juniores – Pedro Jorge Medeiros Fernandes da Silva Os alunos participaram com entusiasmo e empenho, tendo sido significativo o número de participantes – cerca de 333 alunos do 2º e 3º ciclos. Por outro lado, à semelhança do ano anterior, os alunos do 1º ao 4º ano também participaram, com alvoroço e emoção, subindo também ao pódio. De salientar a presença de uma delegação do Grupo de Atletismo de Fátima, que esteve a observar a prova, na procura de novos talentos. Rita Agrela

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A Escola Básica de Santa Catarina da Serra assinalou o Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza, instituído pela Organização das Nações Unidas a 22 de dezembro de 1992, cujo objetivo é alertar consciências para defender um direito básico do ser humano. A sensibilização para esta atividade realizou-se nas aulas de Educação para a Cidadania e de Educação Moral e Religiosa Católica, com o desafio de luta pessoal e responsável contra a pobreza, sob o mote “Eu sou solidário. E Tu?”. As famílias e a comunidade educativa foram envolvidas através da dinamização de uma recolha de alimentos, como forma de intervenção concreta na luta contra a pobreza na nossa comunidade local, tendo os alimentos recolhidos sido distribuídos pelas famílias carenciadas. No dia 17 de outubro, numa cerimónia simbólica, alunos do 1º ao 9º ano, professores, funcionários e pais reuniram-se na escadaria principal da escola para assinalar esta efeméride. Os alunos do nono ano elaboraram e proclamaram um manifesto exprimindo o seu grito contra a pobreza, o qual foi acompanhado por todos os presentes. Construiu-se então um laço humano, com a expressão “Erradicar a Pobreza”. Guardou-se um

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Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza

minuto de silêncio por todos os milhares de seres humanos que morrem vítimas deste flagelo. Posteriormente três alunos plantaram uma pequena oliveira, simbolizando a fonte de alimento que todos necessitamos. “We are the World” de Michael Jackson e Lionel Richie, foi cantado por todos os presentes, encerrando-se a cerimónia com alegria e esperança num mundo melhor. Foi objetivo desta atividade promover uma postura de cidadania ativa e mobilizar

esforços no combate à pobreza, que continua a provocar vítimas. O Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza permitenos tomar consciência de que há um longo caminho a percorrer, na superação deste problema humanitário, que se transformou numa causa, que continuará a desenvolver-se ao longo do ano através de iniciativas do género. Rita Agrela e Cristina Aveiro

Espaço Saúde

Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) Apontada pelas entidades de saúde como uma das principais causas de morte em Portugal, a DPOC é uma doença respiratória progressiva, que resulta da obstrução das vias aéreas, dificultando a passagem de ar nos pulmões e consequentemente a capacidade de respirar. A principal causa do aparecimento desta doença é o tabagismo, mas a poluição atmosférica também é um fator de risco. Aparentemente a prevalência da doença não difere entre homens e mulheres. A DPOC pode ser assintomática durante grande parte do

tempo, o que significa que a obstrução das vias aéreas vai-se instalando progressivamente e só numa fase avançada da doença é que o doente começa a ter os sintomas, sendo que esses sintomas podem iniciar-se com tosse e expetoração, evoluindo depois para falta de ar e cansaço ao respirar. No tratamento da doença a principal medida consistem em fármacos (medicamentos) que combatam a obstrução das vias aéreas. A principal terapêutica não farmacológica é a reabilitação, através da fisioterapia. A fisioterapia tem demonstrado excelentes resultados em

doentes com DPOC, através de programas de exercícios terapêuticos com o objetivo de treinar e reeducar os músculos responsáveis pela respiração, aumentando a capacidade destes e reduzindo a dificuldade em respirar. Atitudes como deixar de fumar e a prática regular do exercício físico, para além de serem formas de prevenção da doença, também permitem um aumento da qualidade de vida.

João Valente Fisioterapeuta ftjoaovalente@gmail.com


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opinião

Desportivamente Falando

mitir a mística do clube. Isto, depois do jantar, onde estiveram reunidas seis dezenas de convivas, a grande maioria tendo feito parte dos órgãos sociais, que ao longo dos anos foram passando pelo clube. Outros que fazem parte dos atuais. Outros ainda sócios, sendo mais de uma dezena, sócios fundadores. Outros, como simpatizantes e amigos. Todos juntos fizemos um espaço

pleno de unionismo e de convívio. Como referi no início, os outros 2 eventos que se realizaram nessa noite, foi mais uma jornada do campeonato distrital de Futsal no Pavilhão desportivo e uma noite de Sueca no Bar dos Sócios. Cada um á sua maneira, cativam pessoas que são imprescindíveis ao clube, pois sem a sua presença, era mais difícil gerir o clube. Hoje uns, amanhã outros, fazem com que quem passe pela zona envolvente ao Complexo desportivo, veja e sinta talvez, o pulsar não só da UDS, como da terra em que estamos inseridos. De facto, nem todos os que vem de fora da freguesia, têm nas suas terras, a realidade do que são as noites de Sextafeira na “Serra”. Sobretudo quando a equipa de Futsal,

Campeonato Distrital da 1ª Divisão – Série C 1ª Jornada: UDS, 1 – Lisboa e Marinha “B”, 0. 2ª Jornada: GDR Boavista, 1 – UDS, 0. 1ª Pré eliminatória da Taça Distrital: UDS, 0 – EAS – Acad. Fut. M. Grande “B”, 2.

3ª Jornada, dia 15: Lisboa e Marinha “B” – UDS. 4ª Jornada, dia 22: UDS – CD. Caranguejeira. 5ª Jornada, dia 29: Marrazes “B” - UDS. 6ª Jornada, dia 6 Dez.: EAS Acad. Fut. M. Grande “B” – UDS.

Próximos jogos 3ª Jornada, dia 16: EAS Acad. Fut. M. Grande “B” – UDS. 4ª Jornada, dia 23: UDS – GRAP “A”. 5ª Jornada, dia 30: Marrazes “B” – UDS. 6ª Jornada, dia 7 Dez.: UDS – Monte Real “B”. Plantel divulgado no próximo número.

1º Torneio Distrital Benjamins “A” – Série E – Futebol 7 1ª Jornada, dia 15: UDS – GRAP “A”. 2ª Jornada, dia 22: UDS, Folga. 3ª Jornada, dia 29: U. Leiria “B” – UDS. 6ª Jornada, dia 6 Dez.: UDS Maceirinha.

Miguel Marques - ForSerra

Com praticamente todas as equipas inscritas na AFLeiria, pela UDSerra a competir, poderia dedicar o meu espaço de opinião, para os vários resultados que foram até agora alcançados. Comentando e perspetivando com alguma dose de incerteza o futuro próximo de cada uma dessas equipas. Quando falo em incerteza, quero dizer que no desporto e no futebol em particular, nunca se pode ter a certeza de coisa alguma, seja em que altura da época for. Pois, invariavelmente acontecem os mais imponderáveis resultados e não só. Assim, vou falar do dia, no qual a direção da UDS, decidiu festejar o trigésimo oitavo aniversário do clube. Foi na sexta-feira dia 31 do mês que passou, pois o dia concreto do aniversário foi no dia 27, uma segunda-

feira. Não falo só do jantar comemorativo, que embora tenha sido o ponto alto e mais significativo do dia, já que ao mesmo tempo decorriam outros dois eventos no complexo desportivo da Portela. Para além da noite, se ter prolongado muito para lá depois de terminado o dito jantar. Julgo que pela primeira vez, a UDS organizou o hoje chamado e festejado

“Halloween”, uma festa que veio dos países anglo-saxónicos, mas que entre nós se chamava e continua a chamar “Noite das Bruxas”! De bruxedo, não teve nada. Teve sim muita música, alegria, amizade e confraternização de quem participou. Sobretudo para o grande número de jovens participantes. Pois não foram muitos os mais velhos que ficaram, mas foram essenciais para trans-

Virgílio Gordo

joga em casa, o que foi o caso. Até porque, aí se reúnem também no final do jogo, as duas equipas seniores masculinas. Tem sido e estou certo de que continuará a ser sensacional o ambiente criado por todos. Sem dúvida, que os jovens estão sempre na linha da frente! Não esquecendo os familiares dos nossos jogadores, os muitos voluntários do Futsal e todos quantos participam, enchendo praticamente as bancadas e todo o espaço envolvente das mesmas.

Resultados e classificações Apesar de nem todas as equipas inscritas pela UDS, nos vários campeonatos distritais de Futebol, organizados pela AF Leiria, tenham iniciado a respetiva competição, a maioria já o fez. Sobretudo no que diz respeito ao futebol de 11, 7 e Futsal, masculino e feminino. Pelos resultados já alcançados por cada uma das equipas, já se consegue tecer alguns comentários. Embora com alguma dose de incerteza, pois no Desporto e no Futebol em particular, nunca se pode ter a certeza de coisa alguma. A não ser nos resultados, que se vão verificando jornada a jornada.

FUTEBOL DE 11 SENIORES Campeonato Distrital da 1ª Divisão – 1ª Fase – Série C 1ª Jornada: Alfeizerense, 1 – UDS, 1. 2ª Jornada: UDS, 11 – Mirense, 0. 3ª Jornada: UDS, 3 – Óbidos, 1. 4ª Jornada: Bombarralense, 0 – UDS, 1. Em quatro jornadas, 3 vitórias e um empate fora, indiciam que a equipa sénior, irá estar pelo menos á altura do realizado na época passada, em que por muito pouco falhou a subida de divisão. Para já o 1º lugar é da UDS, com 10 pontos. 1ª Eliminatória da Taça Distrital: UDS, 1 – Óbidos, 0. Próximos jogos 5ª Jornada, dia 16: UDS - Nadadouro. 6ª Jornada, dia 23: Maceiri-

nha - UDS. 7ª Jornada, dia 30: UDS – Atouguiense. 8ª Jornada, dia 7 Dez.: UDS – Alfeizerense. (Início da 2ª volta).

JUNIORES Campeonato Distrital da 1ª Divisão – Zona Sul 1ª Jornada: Biblioteca (Valado), 1 – UDS, 0. 2ª Jornada: UDS, 6 – Nadadouro, 2. 1ª Pré eliminatória da Taça Distrital: UDS, 3 – Alvaiázere, 1. Por razões alheias á minha vontade não é possível publicar o plantel este mês. Próximos jogos 3ª Jornada, dia 15: UDS, folga. 4ª Jornada, dia 22: Unidos UDS. 5ª Jornada, dia 29: UDS – Boavista.

6ª Jornada, dia 6 Dez.: Batalha – UDS.

JUVENIS Campeonato Distrital – Divisão de Honra 1ª Jornada: UDS, 0 – SP Pombal, 4. 2ª Jornada: SCL Marrazes, 3 UDS, 0. 3ª Jornada: UDS, 0 – Peniche, 1. Próximos jogos 4ª Jornada, dia 15: Caldas “A” - UDS. 5ª Jornada, dia 22: UDS – U. Leiria “B”. 6ª Jornada, dia 29: Avelarense - UDS. 7ª Jornada, dia 6 Dez.: UDS – Lisboa e Marinha “A”. Plantel composto por 26 jovens, na grande maioria provenientes da UDS, 2 do CDF, 2 do Vasco da Gama e 1 do Ouriense. Ricardo Gordo e Joel Antunes (Gr); Pedro Pereira, Ricardo Pakito, João Gonçalves, Samuel Rodrigues, Marcos Costa, Danny Costa, Marcelo Soares, Miguel Santos, Kevin, Gonçalo Lebre, Felipe Caetano, Rui Ian, J. Alves, Carolino, André, Hugo Silva, Ricardo Vicente, Renato Lemos, Miguel Almeida, Pedro Gil, Paulo Lucas, Rafael e Luís Cristina.

INICIADOS

FUTEBOL DE FORMAÇÃO Das equipas inscritas na AF Leiria, só os Infantis, Sub 13 iniciaram o respetivo campeonato. Neste momento também já é conhecido o calendário do 1º Torneio Distrital, Benjamins A.

Campeonato Distrital – 1ª Fase Infantis Sub 13 – Futebol de Sete – Série C. 1ª Jornada: GDR Boavista, 1 – UDS, 3. 2ª Jornada: UDS, 2 – GRAP, 3. Próximos jogos

FUTSAL MASCULINO Campeonato Distrital da 1ª Divisão – 1ª Fase – Série C 2ª Jornada: Mirense, 2 – UDS, 5. 3ª Jornada: UDS, 8 – ACDR Casal São Mamede, 0. 4ª Jornada: GRAP, 6 – UDS, 1. 5ª Jornada: UDS, 7 – CCR Dom Fuas, 4. UDS em 2º, com os mesmos pontos do primeiro (GRAP). 1ª Pré eliminatória da Taça Distrital: UDS, 5 – ACRDC. Sismaria, 5 (0 – 2) após pontapés da marca de grande penalidade.

Próximos jogos 6ª Jornada, dia 15: UDS, Folga. 7ª Jornada, dia 22: Condestável – UDS. 8ª Jornada, dia 29: Boavista – UDS. 9ª Jornada, dia 06 Dez.: UDS – Mirense. (Início 2ª volta).

FEMININO Campeonato Distrital da 1ª Divisão – 1ª Fase – Zona Sul 2ª Jornada: UDS, Folgou. 3ª Jornada: CCR Dom Fuas, 3 – UDS, 3. 4ª Jornada: UDS, 2 – ADF Alvorninha, 1. 5ª Jornada: CRP Ribafria, 1 – UDS, 2. 6ª Jornada: UDS, 2 – ARC Alcaidaria, 6. Eliminatória da Taça de Portugal, por convite: Operário Lisboa, 6 – UDS, 0. Próximos jogos 7ª Jornada, dia 15: Pocariça – UDS. 8 Jornada, dia 22: CCRQ Sobrado Palmeiro – UDS. (Início da 2ª volta). 9ª Jornada, dia 23:UDS, Folga. 10ª Jornada, dia 30: UDS – CCR Dom Fuas. 11ª Jornada, dia 06 Dez.: Alvorninha – UDS. 12ª Jornada, dia 07 Dez.: UDS – CRP Ribafria.


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-- histórias da História --

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Cisterna de Pedrome: 1935-51 Na transição dos anos 30-40 do século XX, quando, no segundo mandato de David de Oliveira Neves (1938-41), residente no sítio de Água Braia, à época limite de Siróis, se construíam depósitos de água por toda a freguesia, na aldeia de Pedrome os habitantes concluíram, em 1941, a cisterna que se encontra localizada na aldeia, uma vez que esta nunca dispôs de qualquer fonte de água de nascente. Dela dá notícia diversa documentação existente no Arquivo da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra e Chainça, designadamente a que se refere a despesas e a ordens de pagamento. Deste modo, é possível verificar que no ano supra a autarquia concedeu 562$50 para o «poço do Pedrome». No mesmo diploma observa-se que foram despendidos milhares de escudos com o projeto da fonte de Pinheiria, com a fonte de Vale Tacão e com o poço de Chainça, além de pesquisas de água na mencionada aldeia de Vale Tacão, mas também na de Vale do Sumo, o que atesta, indubitavelmente, a necessidade de abastecer de água (potável) toda a freguesia. [Vide: Fontes e depósitos de água, AJFSCSC, 1941, documento avulso]. Uma autorização de pagamento, datada de 2 de novembro de 1941, indica que o montante acima mencionado foi entregue a Raul Marques, natural de Pinheiria, morador em Pedrome, que foi o pedreiro responsável pela edificação da cobertura da cisterna. Assinaram o documento Joaquim Pereira Craveiro, de Loureira, secretário da Junta de Freguesia, e o presidente da autarquia. [Vide: Autorização de pagamento, AJFSCSC, 2 de novembro de 1941, documento avulso]. Um caderno manuscrito, com data de 1940, existente no Arquivo citado, indica que nesta data já se faziam a últimas obras no referido depósito de água. Sabe-se que a edilidade aprovou, a 20 de outubro de 1940, a concessão de uma verba de 430$00 para o «poço do Pedrome». No final do mesmo ano, a 22 de dezembro, procedeu-se à aprovação de novo orçamento para a referida construção, no montante de 496$80. [Vide: Despesa do ano de 1940, AJFSCSC, 1940, caderno manuscrito, p. 4]. Em

pasta de arquivo com ordens de pagamento, é possível apurar que a última das verbas referidas foi concedida ao sobredito Raul Marques, a 1 de novembro de 1940. Na mesma pasta existem duas outras autorizações de pagamento, uma de 4 de fevereiro, no valor de 82$50, e outra de 1 de novembro, no valor de 65$00, ambas do

Serra (1927-46), AJFSCSC, fls. 71v e 73]. No Arquivo da Junta de Freguesia existe uma folha manuscrita, não datada, provavelmente de meados dos anos 30 da centúria de novecentos, com uma lista de nomes de homens que laboraram na dita obra. O rol encontra-se dividido em duas colunas. Na da esquerda, no topo da qual se

camente, a dias de trabalho. Assim, na parte dos que laboraram de graça surge à frente dos nomes, de cima para baixo, respetivamente os numerais 2, 2+, 2, 2, 2, 2, 2, 1, 2, 2, 2 e 2. Adiante do de Joaquim Luís ficou um espaço por preencher. Por sua vez, na parte dos que trabalharam à jorna observam-se, respetivamente, os algaris-

deve-se ao facto de o seu nome não constar no rol de confessados para o período em questão. Isto é, se fosse morador em Ulmeiro, as fontes históricas coevas deveriam mencioná-lo. [Vide: Rol dos Confessados de Santa Catarina da Serra, CP, 193442, sem fólios numerados]. Na realidade, o seu nome só surge no livro seguinte, que abrange o período de 1943 a 1948. António [Pereira] Frazão, de 44 anos (1943), era casado com Maria de Jesus, de 36 anos (1943). Tinha por filhos Emília, Florinda, Maximino, Vítor, Maria José, Amélia, Diamantino e Deolinda. [Vide: Róis dos Confessados de Santa Catarina da Serra, CP, 1943-48 e 195058, sem fólios numerados]. Nos anos 40 do século XX, António Frazão encontravase ausente, A., da freguesia. A cisterna de Pedrome, posicionada nas coordenadas geoespaciais norte 39º 40' 28,21'', latitude, oeste 8º 40' 33,51'', longitude, e 301 metros de altitude (a 8.11.2014), ficou pronta em 1941. Uma

Vasco Jorge Rosa da Silva Paleógrafo e Epigrafista Leiria - Ourém

placa inclui a epígrafe «J. P. / P. L. / 21.5.1941», a qual, desabreviada, significa «J(unta de) P(aróquia). / P(ovo do) L(ugar). / 21.5.1941». Posteriormente, a 25 de março de 1951, a Junta de Freguesia deliberou «mandar construir novas canalizações de água para o poço do lugar do Pedrome, ficando encarregado para tais obras o membro da Junta senhor Joaquim Pereira das Neves». [Vide: Livro de Actas da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra (1947-67), AJFSCSC, fl. 43v].

pub

Fig. 1 – Cisterna de Pedrome (imagem obtida pelo autor a 30 de junho de 2006, segunda-feira, às 10:54, com uma máquina digital Werlisa, de fabricação espanhola).

ano de 1940. Os diplomas, manuscritos avulsos, encontram-se assinados pelo pedreiro, que escreveu «Raúl Marques» sobre o selo do recibo. [Vide: Ordens de pagamento, AJFSCSC, 1940, documentos avulsos]. De ter em consideração que outros montantes foram liquidados no âmbito da construção da cisterna de Pedrome, podendo consultar-se em outras fontes existentes no Arquivo da Junta de Freguesia, caso de uma pasta com o título «Documentos de Caixa: 1930-46». Apesar da importância de Raul Marques na edificação da cisterna da localidade de Pedrome, vários outros homens da aldeia se destacaram na fase anterior, isto é, durante a abertura do poço na rocha calcária, a qual principiou em 1935, pois neste ano a Junta de Freguesia concedeu 300 escudos para a abertura da mesma. A 6 de novembro do dito ano já estaria pronta. [Vide: Livro de Atas da Junta de Freguesia de Santa Catarina da

lê «de grasa», de graça, estão os nomes de Joaquim Rodrigues da Costa, José Jorge (não é possível apurar se é José Jorge, irmão de Faustino e de Joaquim Jorge, ou se é José dos Santos Jorge), Francisco Gameiro, Joaquim Jorge (bisavô do autor), «Jose Moleiro» (ou seja, José Pereira da Cruz), Francisco Rodrigues Manso, Manuel Rodrigues Manso, Abílio Gonçalves, Agostinho Rodrigues, Joaquim Simão de Oliveira, José Francisco, José Rodrigues Manso e Joaquim Luís. Por sua vez, na da direita observa-se, na parte superior, com um erro ortográfico, o título «a gainhare a jorna», correspondendo o rol àqueles que, além dos dias ofertados, vieram a ser pagos por outros vencidos. Nesta lista encontram-se Joaquim Rodrigues da Costa, Francisco Gameiro, Joaquim Jorge, Francisco Rodrigues Manso e Manuel Rodrigues Manso. À frente de cada lista existe uma coluna com números e sinais, que poderão corresponder, posto que hipoteti-

mos e sinais 4, 2, 4+, 1 e 13. Além da informação sobredita, é possível verificar-se a despesa de 6$00 em «madeira para o poso», poço, e 90$30 em «polvora e fio». [Vide: Cisterna de Pedrome, AJFSCSC, não datado, documento avulso]. No que se refere à pólvora, que foi utilizada para abrir o enorme orifício diretamente sobre a rocha calcária, sabese que a mesma não foi colocada por pessoa alguma de Pedrome. Na realidade, o trabalho ficou a cargo, segundo afirmam os moradores de mais idade, de António Frazão, natural da freguesia da Serra de Santo António e residente na povoação de Ulmeiro. [Vide: SILVA, Vasco Jorge Rosa da, “Pedrome: de terra inóspita a localidade de progresso”, in «Luz da Serra», Ano XXXVIII, n.º 456, setembro de 2012, p. 9]. A necessidade de tomar como hipótese e não como tese a questão de ter sido António Frazão a abrir, com recurso a explosivos, o poço onde seria edificada a cisterna de Pedrome,

TAXI Quinta da Sardinha Faustino Paulo dos Santos 244 741 346 - 964 064 086


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Foto Memórias

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Poesia da nossa Freguesia

Desde Janeiro de 2011 que vimos publicando, todos os meses, fotografias que marcaram gerações e épocas da freguesia de Santa Catarina da Serra.

por Lúcia Ribeiro

Colónia de Balnear Os tempos mudam, ficam as lembranças. A foto ao lado mostra um grupo de crinaças e jovens, acompanhados pelo P. Faria na coloónea balnear de Santa Catarina da Serra, no Pedrógão.

Arquivo Histórico Tem fotos ou vídeos sobre a Freguesia de Santa Catarina da Serra? Eventos de Associações, fotografias de locais ou pessoas de referência? Contacte-nos e ajude-nos: www.forserra.pt - (00351) 917 480 995 forserra@santacatarinadaserra.com - Estamos disponíveis para nos deslocar a qualquer local para efectuar recolhas.

Casos insólitos na nossa agricultura

O segredo de um chícharo

Festival do Chícharo

Agora vou desvendar, Um segredo que não se aguenta, Vai haver um festival, Tem o chicharo como ementa.

Ouvia-se numa herdade, Um lindo cantarolar, Vindo de um pequeno chicharo, Que se estava a preparar.

É uma leguminosa, Não conheces vem provar, Sendo eu a especialidade, Ao almoço e ao jantar.

Seus irmãos quiseram saber, O motivo de tanta alegria, Ele respondeu baixinho, Vou para outra freguesia.

Mas eu não estou sozinho, Há muito mais podes vir, Se não podes vir comer, Então vem te divertir.

Não podes partir sozinho, Nós também queremos ir, Ficaram todos em pulgas, E com ele vão partir.

Há muito que apreciar, Coisas lindas tu vais ver, Música para dançar, Não te vais arrepender,

Vêm ao festival do chicharo, Que é nesta freguesia, Santa Catarina da serra, No concelho de Leiria.

E com tanta diversão, Vais ficar em euforia, Por isso aceita o convite, Vindo desta freguesia.

Agora que sabes a história, Também ficas convidado, A conhecer a leguminosa, De que tanto se tem falado.

Santa Catarina da Serra, No concelho de Leiria, Fica pertinho de Fátima, Se preferires, Cova da Iria.

França Foi no quintal de Jacinto Pereira (natural da Cova Alta), residente em Choisy-Le-Roi, França que cresceu uma abóbora menina com um peso de 36kg e com um diâmetro 1 metro e 47 centímetros. É caso para dizer: "Quem é que vai comer tenta abobora!!!!"

Aproveita este evento, Que se vai realizar, De 21 a 25 de Novembro, Sabes que não podes faltar. Desde já te agradeço, E faço conta contigo, Para não chegares sozinho, Trás contigo um amigo.

Autora com poemas publicados em livro

Para um metro não faltam três espigas!! Desde há séculos que o milho de sequeiro se cultiva na freguesia de Santa Catarina da Serra e Chainça, particularmente em zonas que, apesar de não terem água de nascente, se caracterizam pela presença de acentuada humidade, a qual é, em muitos casos, mantida, em inúmeras propriedades, por diminutos pedaços de rocha calcária existentes no solo. Tal fenómeno é possível verificar nos vales da Loureira, mas também nos que se encontram voltados ao Vale Maior. Na realidade, o Vale Grande e o Vale da Pousada, entre outros, têm sido cultivados também por causa dessa particularidade. E foi ela, seguramente, uma das causas responsáveis pela

LUZ DA SERRA

-- sociedade --

produção, em terreno de Francisco do Carmo Oliveira, de Pinheiria (dita, da Costa), de uma maçaroca com 26 centímetros de comprimento e cerca de 800 grossos bagos de milho, tendo

em conta que a espécie em questão apenas produz uma média de 100 grãos por cada um que é deitado à terra. Vasco Silva

Desde há já alguns anos que temos vindo a publicar alguns poemas da autoria de Lúcia Ribeiro, da Loureira. Em breve conversa, a autora conta-nos que sente, por vezes, o “bichinho” da escrita e que dedica grande parte do seu tempo a compor poemas e pequenos textos sobre os mais variados temas. Das várias centenas de textos e poemas escritos, a autora viu alguns destes publicados em livro. Depois do sucesso das I, II, III, IV e V Antologias de Poetas Lusófonos surgiu agora, a VI Antologia de Poetas Lusófonos. A VI Antologia conta com a participação de 119 Poetas, oriundos de 14 países. As seis Antologias contam já com a presença de mais de

300 Poetas de 24 países de todos os Continentes. A apresentação da VI Antologia de Poetas Lusófonos a realizou-se dia 20 de Setembro, pelas 15h30, no m|i|mo – Museu de Imagem em Movimento, Largo de S. Pedro, Leiria, Portugal (Junto ao

Castelo). A autora, os nossos parabéns e que continue a colaborar com o nosso jornal, por muitos anos.


LUZ DA SERRA

última

-- divulgação --

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