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M E N S Á R IO DE S A N TA C ATA R IN A DA S E RRA - J UN H O 2016 - 1€ PRE Ç O DE C APA

O TI RAFAEL E O INFERNO

Pedro Vieira - ForSerra

Já faz alguns dias, encontrei o Ti Rafael que tinha ido a uma consulta médica de rotina e ele como de costume entre velhos amigos não pode passar sem ter dois dedos de conversa… “ainda bem que o encontro, porque tenho andado muito preocupado a pensar no inferno…” Não me diga, perguntei eu, que um homem bom como o Ti Rafael anda com medo de lá ir parar… Não é bem isso, no purgatório tenho andado eu e eu sei que Deus não me há de deixar parar a esse lugar diabólico que eu com o diabo não quero nada… mas é verdade que Nossa Senhora do Rosário disse aos três pastorinhos “…vão muitas almas para o inferno, por não haver quem se sacrifique e peça por elas.” É verdade Ti Rafael, respondi, estas palavras foram ditas no dia 19 de Agosto nos Valinhos. Ele porem disse “ então o inferno existe mesmo e há por aí muita gente que anda enganada. Se calhar dizem que o inferno não existe para se acharem no direito de fazer tudo o que lhe apetece. Os padres antigamente falavam muito no inferno e ameaçavam com o fogo do inferno a torto e a direito e às vezes até deixavam as pessoas aterrorizadas…. Hoje fala-se mais do amor de Deus e da compaixão pelos pecadores, mas as pessoas esqueceram que o inferno que fazem aos outros e a si proprios é o mesmo inferno no qual cairão um dia para sempre.

A Mãe esteve connosco e disse-nos “Fazei tudo o que o Meu Filho vos disser”

JULHO mês do coração de Jesus Festa do Doente e do Idoso Pág. 07

40 Anos Associação da Chainça Pág. 11

Pensamento do mês “Em Junho seja a mudança que tanto procura nos outros!”

Pedro Vieira - ForSerra

continua na pág. 3

Virgem Peregrina em Santa Catarina da Serra Pág. 09

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LUZ DA SERRA

JUNHO

-- família paroquial --

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2016

Batizado na Alemanha

21/5 – Fernando Miguel Oliveira Santos Teixeira, de Oliveira do Douro, Vila Nova de Gaia, e Nicole Lebre Torcato, de Ulmeiro, Santa Catarina da Serra. Foram padrinhos: Hugo de Figueiredo Basto Patrício e Ricardo Pereira Ramos; madrinhas: Sara Patrícia Almeida Fazenda e Patrícia Carvalho Correia. 21/5 – Fábio Filipe Sousa Ribeiro, da Loureira, e Stephanie Vieira, da Chainça. Foram padrinhos: Valter José Neves Vieira, Paulo Neves e Dércio Ribeiro; madrinhas: Vania Raquel Pires Francisco, Mara Gonçalves e Sara Vieira. 28/5 – Miguel dos Santos Marques, da Cova Alta, e Ana Rute Machado Santos, da Pinheiria. Foram padrinhos: Filipe Lopes Simão e Rafael Clérigo Gonçalves; madrinhas: Matilde Silva Rosa e Sofia da Conceição Ribeiro Neves.

13/5 – Armando Moreira Mendes, casado com Maria Chainho Ferreira Mendes, partiu para Deus na juventude dos seus 56 anos de idade. 17/5 – Profirio Ramos, divorciado, residente em Queluz, faleceu aos 80 anos e foi sepultada em Santa Catarina, onde tinha residência. 21/5 – João dos Santos, casado com Lúcia dos Reis Bento, de Vale Tacão, partiu para o céu no entardecer dos seus 77 anos de idade.

Armando Moreira Mendes

Francisco Rodrigues Manso

N - 20-12-1959 F - 13-05-2016

N- 15/11/1936 F- 12/04/2016

Querido pai : Uma falta enorme na nossa vida, um vazio gigantesco em nossos corações. Mesmo se pelo exterior sorrio, a tua ausência me faz sofrer. Há palavras, sorrisos e gestos que ficarão gravados para sempre ao infinito. Tinha tudo o que de mais precioso há na vida, era feliz e não sabia.. Agora és o nosso anjo da guarda, o teu calor consigo senti-lo. Não me sinto sozinha(o) e sei que agora nada de mal vais deixar que nos aconteça. Um dia nos encontraremos e lá, de novo, vou poder dizer "papá". Alguém a meu lado diz : Ele partiu ! Partiu ? Pra onde ? Partiu da minha vista. Apenas..

Avô, Obrigado por tudo o que fizeste pela avó, pelos filhos e netos… Foste o marido que acompanhaste a avó, plenamente, durante 55 anos. Para os filhos, foste um pai sempre presente e deste-lhes uma educação de ouro, que ainda hoje permanece e é transmitida. A mim como neto recordo os dias em que me ias buscar ao jardim de infância, as idas às compras, as semanas passadas na praia da Nazaré, os almoços de quarta-feira em tua casa, as vezes que fui contigo aos terrenos, os ótimos jantares de família, as vezes sem conta em que me emprestas te a tua bicicleta para ir para casa e isto entre muitos outros bons momentos que não ficam nada atrás dos já descritos. E estejas onde estiveres, é certo que estarás sempre no meu Coração! O teu neto, Tomás

Os teus filhos e esposa que para sempre te vão amar. Descansa em paz.

Coleção 40 anos de Jornal

AGRADECIMENTO Queremos agradecer carinhosamente a todos os nossos familiares e amigos que manifestaram as suas condolências e pêsames pela nossa grande perda. Pelos gestos e palavras de conforto e pelo carinho e atenção que tiveram com a nossa Família. Agradecimento especial para as colaboradoras da Associação da Loureira pelo carinho que tiveram com o nosso Pai neste tempo de acamado Um muito Obrigado. Pai descanse em Paz.

Tenha em sua casa 40 anos de informação da vida da nossa comunidade. Casa Paroquial Junta de Freguesia

Convívio Batista Convívio família Batista Como nós nos apercebemos, o tempo não para! – Caminhamos ano após ano com as nossas forças em queda progressiva, diminuindo gradualmente. Mas! – Sempre com aquele espírito de Jovem! – Mas cansados. Há quatro anos que este grupo familiar decídiu construir este evento de forma a reunir o maior número de familiares, no sentido de uma maior e cordial amizade, aprofundando e enriquecendo no conhecimento das nossas raízes profundas, de onde viemos, o que somos, e para onde vamos. Sendo assim, este ano não será exceção: iremos organizar o nosso próximo convívio no dia 31 julho 2016, com celebração Eucarística em memoria dos nossos progenitores, seguindo-se o almoço de confraternização. Para mais questões contacte: - José: 919369557 - Olinda: 910159818

AMIGOS DA LUZ DA SERRA a Albertino Vicente Frazão - 5€ Francisco Assis Branco - 5€ Ilda Maria Jorge Alves Veloso - 5€ Lucilia Vieira Neves - 20€ Maria Alice Oliveira Alves Blanco - 10€ Olinda Batista Neves - 5€

Ligue 112

Dia da mãe na creche do CSPSCS No Passado dia 2 de Maio festejámos o Dia da Mãe na nossa Creche. Estas foram convidadas assistir a um encontro de música dinamizado pela Professora Ana Rita . Ser mãe hoje em dia, não é tarefa fácil. Entre trabalho, dona de casa, mulher, são inúmeras as tarefas que ocupam a vida quotidiana de uma mulher. Mas acreditem que tudo vale a pena, quando vemos os sorrisos rasgados dos vossos filhos por puderem partilhar convosco estes momentos e dizerem com todo o orgulho… …“Esta é a MINHA MÃE!” Obrigada a todas pela vossa presença e por partilharem estes momentos connosco. DR

15/5 – Carolina Gomes Brites, filha de Armando José de Oliveira Brites e de Vânia Cristina Pereira Gomes, de Pousos, Leiria. Foram padrinhos: Cristofe José Oliveira Brites e Beatriz dos Reis Pereira. 15/5 – João Afonso Moço de Oliveira, filho de Rui Miguel Gomes de Oliveira e de Ana Raquel Alves Moço, da Quinta da Sardinha. Foram padrinhos: Paulo Sérgio Alves Rodrigues e Cátia Cristina Alves Moço Neves. 22/5 Maria Gonçalves Reis, filha de Nuno Miguel Pereira Reis e de Tânia Isabel Gonçalves Marques Reis, de Atalaia, Montijo. Foram padrinhos: Tiago José Santos Barbosa e Bárbara Sofia Gonçalves Contente.

No dia 29/05/2016 batizou se na igreja de St. Franziskus, Alemanha, o Samuel Vieira Carreira Mandredi, filho de Gerardo Manfredi e Mónica Silva Carreira Manfredi. Os padrinhos foram Hugo Cristovão Vieira Carreira e Jasmine Peter.


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-- vida da comunidade --

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Ano Santo da Misericórdia

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Editorial

Visitar os doentes

Continuação da página 1

ternidade. Que o seu grito se torne o nosso e, juntos, possamos romper a barreira da indiferença que frequentemente reina soberana para esconder a hipocrisia e o egoísmo”. Em Job 29, 15 podemos ler: “Eu era os olhos do cego e os pés do coxo”. É necessário que estejamos ao lado de quem sofre para lhe darmos um pouco de vida com a presença, com uma palavra de encorajamento, de esperança e de fé. Mas precisamos, sem dúvida, da força que vem de

Deus, traduzida nesta bela oração: “ Senhor ensina-me a tornarme as mãos e os pés dos que sofrem fisicamente e estão perto de mim. Ajuda-me a compreendê-los nos seus delírios, exigências e fragilidades. Dá-me o teu coração misericordioso. Obrigado Senhor! Amém!” Fernando Valente

Pagamento de Assinaturas Terças e Quintas Feiras, na redação (edifício da Junta de Freguesia)

Rezar na escola No jornal «Porta do Sol» da diocese de Santarém pode ler-se algo profundamente exemplar e edificante: "Jovens católicos rezam nas suas escolas secundárias... no intervalo, a meio da manhã, no pátio da escola secundária Sá da Bandeira de Santarém. Atualmente, existem momentos de oração nas escolas secundárias Sá da Bandeira e Ginestal Machado, em Santarém, na escola secundária da Golegã e no Colégio São Miguel, em Fátima". E o testemunho destes jovens continua: "Nós escutámos o chamamento de Deus, e não quisemos ficar indiferentes, pois sabíamos que grandes coisas iriam acontecer! Tudo começou de uma maneira bastante espontânea no bar da escola. Encontrámo-nos num intervalo da manhã, estávamos na brincadeira, e de repente, do nada (acredito bem que tenha sido o Espírito Santo a trabalhar no nosso coração!), surgiu a ideia: ‘Se todos os dias nos encontramos nos intervalos, porque não tirar um intervalo de 15 minutos por semana para rezarmos juntos?’. E assim começou. Deus trabalha no mais profundo do nosso ser, em cada brincadeira, e faz brotar maravilhas! Quem diria que isto poderia acontecer numa escola secundária? Nem nós pensávamos que fosse possível, mas se temos Deus a nosso lado, quem nos poderá abalar?" "No início, éramos apenas 4 ou 5 pessoas, mas com a cooperação de Jesus, chegámos a ter cerca de 70 jovens num intervalo da escola, apenas para se encontrarem com JESUS! Na verdade, não é que os números sejam o mais importante, mas foi assim que Jesus iniciou a Sua

Olhe, Jesus fala muitas vezes da "Geena", do "fogo que não se apaga", reservado aos que recusam até o fim de sua vida crer e converter-se, e no qual se pode perder ao mesmo tempo a alma e o corpo. Jesus anuncia, em termos graves que "enviar seus anjos, e eles erradicarão de seu Reino todos os escândalos e os que praticam a iniquidade, e os lançarão na fornalha ardente" e que pronuncia até a condenação: "Afastai-vos de mim malditos, para o fogo eterno!" O Ti Rafael, meio azarabatado com estas palavras, perguntou porque é que Nossa Senhora mostrou o inferno aos pastorinhos, e assim, um buraco de fogo…. Sabe, respondi, o inferno não é P. Mário de um lugar fisico, o inferno é em nós e naqueles em quem o arAlmeida Verdasca mamos. O inferno é estarmos separados de Deus. Jesus diz que Pároco e director do “Aquele que não ama permanece na morte.”. Isto é, na morte esJornal Luz da Serra piritual, no inferno de não ter Deus, de não ter o amor de Deus. Então, disse o pobre homem que agora começava a manifestar mais serenidade, “ precisamos de acreditar no inferno?” Claro, respondi, pois são justamente as pessoas que deixam de crer no inferno as que terminam cometendo, por causa disso, as maiores atrocidades. Como não há castigo para si, tudo parece ser-lhes permitido. Mas então porque é que Nossa Senhora mostrou o inferno daquela forma às crianças? Sabe, respondi, diz a Irmã Lúcia em suas Memórias que algumas pessoas, mesmo piedosas, não querem falar às crianças do inferno, para não as assustar; mas Deus não hesitou em mostrá-lo a três crianças, e uma de 6 anos apenas, a qual Ele sabia que se havia de horrorizar a ponto de, quase me atrevia a dizer, definhar-se de susto". Mas, por que permitiu Deus que aquelas crianças tivessem diante de si uma realidade tão aterradora? A resposta está em que Ele queria excitar-lhes o temor: não o temor servil, de um escravo, mas o temor filial, de filhos. De facto, depois de contemplarem o inferno, Francisco, Jacinta e Lúcia foram incendiados por um grande amor a Deus e começaram a fazer inúmeras penitências e orações para salvar as almas da condenação eterna. Então P. Mário, o que é que podemos fazer para nos livrarmos do inferno, perguntou com um sorriso rasgado. Respondi com algumas palavras do Evangelho: "Entrai pela porta estreita, porque largo e espaçoso é o caminho que conduz à perdição e muitos são os que entram por ele. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho que conduz à vida. E poucos são os que o encontram”. Sabe, Ti Rafael, o Céu também começa aqui. Permanecer na fé da Igreja, é o caminho do céu que já vamos percorrendo. Que os pregadores da Palavra voltem a falar do inferno, não para aterrorizar as pessoas, mas para fazê-las crescer no amor. A caridade não pode ser levada a sério se não se tem uma verdadeira repulsa pelo mal e pelo eterno afastamento do Sumo Bem, que é Deus. jornada com apenas 2 discípulos. Com este exemplo do Mestre, sempre soubemos que esta missão que Deus nos deixou também seria possível. Aliás, ter tantos jovens a quererem apenas encontrarem-se com Jesus Cristo, é o grande motivo da nossa alegria!" Haverá quem critique estes jovens católicos por rezarem numa escola pública. Mas eu acho que eles são dignos da nossa admiração e louvor.

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As obras de misericórdia são para o cristão uma autêntica provocação e também vocação. Cuidar e visitar os doentes, é como alguém dizia, uma obra de misericórdia que leva amor à dor e que provoca amor na dor. A Parábola do Bom Samaritano (Lc. 10, 30-37) mostra bem esta obra de misericórdia. Perguntamo-nos: Quais as atitudes que devemos ter hoje em dia para com os que mais sofrem? É preciso parar, isto é, fazer uma pausa no corre-corre da vida e olhar à nossa volta para ver quem está a precisar de nós. Devemos, então, aproximarmo-nos, olhar e dar todo o nosso amor. O Papa Francisco diz-nos: “Abramos os nossos olhos para ver as misérias do mundo, as feridas de tantos irmãos privados da própria dignidade e sintamo-nos desafiados a escutar o seu grito de ajuda. As nossas mãos apertem as suas mãos e estreitemo-los a nós para que sintam o calor da nossa presença, da amizade e da fra-

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-- comunidade --

Notícias Diversas

JUNHO 2016

Curso de Fitofarmacêuticos

Catequese celebra “Festa da Eucaristia”- O dia acordou bonito. O Parque da Cidade, em Leiria, foi ganhando o colorido das 340 crianças inscritas para a “Festa da Eucaristia – Vamos Cear com Jesus!”. Foram cerca de 30 as crianças da paróquia que participaram neste dia que foi para eles uma aventura espetacular. Quatro anos após a suspensão do feriado nacional, o regresso da festa do Corpo de Deus ao 60.º dia após a Páscoa traduziu-se numa enorme manifestação de piedade popular dos fiéis diocesanos. Quinta do Escuteiro acolhe Feira de S. Nuno - O Departamento Regional da Quinta do Escuteiro vai promover a Feira de São Nuno, no próximo dia 10 de junho, onde estarão representadas algumas associações recreativas, culturais e desportivas do concelho da Batalha. Uma das iniciativas integradas na iniciativa será um concurso de fornos solares, com o objetivo de “sensibilizar a comunidade escutista para a importância da utilização das energias renováveis e incentivar a reutilização de materiais, promovendo a criatividade e a consciência ecológica”

Ó rapazes, ouçam bem A história que eu vou contar Quem dizia que alguém Na velhice me fazia ir estudar

Não podendo eu esquecer E se a memória não me falha Seu nome Patrícia Ervilha Também para ensinar

Esse alguém que eu não conheço Me obrigou um curso ir tirar Para os produtos fitofarmacêuticos Eu saber bem usar

O curso começou e hoje é o fim Espero ter aprendido E que seja bom para mim

O estudar e o saber É coisa de um bom cidadão Como eu gosto de aprender Vim, não podia dizer não Para ensinar veio um senhor Engenheiro seu nome Nuno Santos Para aprender vim eu E comigo outros tantos

Conferência nacional do “Percurso Ela & Ele” - A secretaria nacional Alpha promoveu, no passado dia 30 de Abril, uma conferência nacional na Marinha Grande. O evento, destinado a promover e trocar experiências especificamente sobre o “Percurso Ela & Ele”, contou com a participação de cerca de 40 pessoas de diversos pontos do país. O “Percurso Ela & Ele” é, agora, “The Marriage Course”, uma designação adotada internacionalmente, com o objetivo de evitar a disparidade de nomes para um mesmo conceito presente já em cerca de 125 países. O ADN do percurso é a feliz interligação entre comer, refletir e escutar um tema, com o objetivo de proporcionar um oportuno momento romântico em casal.

Veio o Pedro veio o Paulo E vieram outros mais Vieram todos para aprender Pois o saber nunca é de mais

Que seja bom para mim O que direis então vós Que seja bem assim Mas para todos nós Desta forma e deste jeito Está o curso terminado Façam dele bom proveito E a todos muito obrigado Adelino da Costa Ferreira Costa Curso de Fitofarmacêuticos Inicio: 31/3/2016 Fim: 28/4/2016

Para ensinar veio também Uma senhora Eng. Chamada Inês Da minha parte fica bem Dizer-lhe obrigado pelo que fez

Despejo para 900 famílias - A nova lei que impede a venda da casa da morada de família por dívidas ao Fisco chegou tarde para quase 900 famílias portuguesas só este ano. O Decreto-Lei que coloca um ponto final nesta prática que despejou milhares de famílias nos últimos anos foi aprovado no início deste mês e aguarda agora a publicação em Diário da República. Até lá, mais de 1.500 imóveis continuam à venda no portal da Autoridade Tributária. Alguns por apenas um euro. Foi leiloado o automóvel que o Papa Francisco usou durante a sua visita a Nova Iorque, em 2015, e rendeu cerca de 440 mil euros para instituições católicas de caridade na cidade. Entre as instituições que vão receber fundos desta venda incluem-se escolas católicas geridas pela diocese, mas também a Catholic Relief Services, que presta apoio a pessoas em situação de risco social e económico, e a Catholic Near East Welfare Association, uma instituição dedicada a ajudar os cristãos nos países de leste e do Médio Oriente

Cancro - Uma equipa de cientistas dos Estados Unidos descobriu um composto químico que faz com que as células cancerígenas se autodestruam, revela um estudo publicado há dias na revista Proceedings of The National Academy of Sciences. O novo composto químico actua sobre as células cancerígenas com mais precisão do que qualquer tratamento existente, segundo a investigação realizada por cientistas da organização biomédica The Scripps Research Institute, na Florida. Madeira transparente – Uma equipa de investigadores suecos desenvolveu uma madeira que poderá vir a substituir o vidro em várias estruturas de construção como, por exemplo, janelas e fachadas. Segundo a BBC, o novo material foi criado pelo Real Instituto de Tecnologia sueco (Kungliga Tekniska Högskolan – KTH), sediado em Estocolmo, e pode reduzir de forma significativa os custos de produção de painéis solares. Um muçulmano na Câmara de Londres – O Partido Trabalhista garantiu a vitória do seu candidato Sadiq Khan à Câmara Municipal de Londres. Será o primeiro presidente de câmara muçulmano numa capital da União Europeia. Sadiq prometeu dar resposta aos problemas da cidade, cuja população aumentou 900 mil habitantes em oito anos, tendo alcançado um total de 8,6 milhões, dando origem ao aumento da poluição, transportes superlotados e habitação inacessível

Dr

Cristãos detidos na Eritreia - Estima-se que mais de 300 cristãos estarão atualmente detidos nas prisões da Eritreia, segundo denúncias recentes de organizações de defesa dos direitos humanos. Os cristãos são uma das comunidades religiosas mais perseguidas, havendo relatos continuados que apontam para a existência da prática de tortura nas prisões eritreias.

Quer expressar a sua opinião neste espaço? Envie-nos o seu comentário até ao final de cada mês por email: luzdaserra@santacatarinadaserra.com ou entregue na redação ( ForSerra - Edifício da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra ) Nota: Os textos deverão ter no máx. 2000 caracteres e deverão chegar à redação devidamente identificados com nome, morada e contacto do autor, mesmo que a publicação se pretenda anónima.

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JUNHO 2016

A DOCE PALAVRA FAMÍLIA Esta é das mais ricas e belas palavras do nosso vocabulário, neste caso, português. É mesmo bom que arranjemos tempo e disposição moral para a saborear. É um excelente tema para saborear sempre, mas em especial aos fins-de-semana e… Nos dias de férias para quem possa gozá-las, se é que se sabe a fundo em que consiste a palavra “gozar”. Às vezes é muito maltratada, e pior usada mas, não vamos por aí. Antes a doçura da família, como continuação prática da doçura de Deus, família trinitária como já tenho dito outras vezes.A criação da família humana é obra destas mãos hábeis e sábias. Todo o ser humano faz parte da família celeste enquanto a conhecer ou aceitar, até chegar a amar e concretizar esse amor em qualquer escolha de vida que fizer e se sentir chamado. O que haverá no nosso pobre mundo com mais direito ao respeito que o amor? Por isso na ordem da vida, foi colocada a família, paraque, em pequenos, ou maiores grupos este amor fosse desenvolvido, formado e alimentado para o presente e para o futuro.

LUZ DA SERRA

-- correio do leitor --

Se eu pudesse estender a vontade e a voz por todo o mundo, usando todos os meios, para chegar a todos, como o faria de boa mente. O mundo tal como tem a mente, não pode ir muito mais além. Afoga-se na ânsia que não entende existir em si , e procura trocar as voltas aquele que não conhece ,e em cujas mãos está sem vaidade, nem aceção de pessoas todo o poder e sabedoria. Contra ele tudo é falhanço. Vamos pois virar a agulha da máquina que cose as costuras da nossa vida, e dar-lhe desde cedo o rumo que com o criador desejamos dar. Corrigir erros, solidário com a prática do bem, e fugir da onda traiçoeira no mar da nossa vida. Somos fracos e vamos na onda. A maior de todas. A dona moda devoradora e senhora do seu nariz. A coisa mais diferente de autêntico progresso que existe. Certo que barco parado não faz viagem, mas ao sabor das ondas encalha quase sempre na desgraça. O nosso alerta inteligente a caminho da família no barco bem cheio do amor, que se curva ao sacrifício, perante o ressurgimento da luz que ilumina. O grande cuidado tem que vir

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África Suplicante Maria Primitivo

Maria Primitivo

do alicerce. O namoro, e antes, a escola dos pais. A catequese, o ensino cuidado das escolas, tão pouco atentas á valorização plena dos jovens. Que cacetadas precisam certos fazedores de leis e que exemplos de ignorância passam aos seus alunos. Não é tudo igual não senhor. Tudo é antes muito diferente. E pior, confuso tantas vezes. Na simplicidade da nossa vontade, não vamos ser canas agitadas pelo vento, mas carregar o coração de bondade, alegria, e de sã sabedoria. Esta é a maior pérola e preciosa riqueza. Possuí-la é sentir a grandiosidade da família com avós, pais e filhos, irmãs e irmãos, tios e primos. Padrinhos e madrinhas, os vizinhos, os amigos, conhecidos e desconhecidos. Todos têm lugar na família gerada no coração de um mundo que está sem o batismo da fraternidade e da paz. Isto dirige-se a todos, mas de forma intensa aos jovens que são generosos.

CSPSCS… A AGUÇAR SENTIDOS!

Começo agora por uma interrogação. Acaso acreditamos com sinceridade, que devemos ajuda a milhões de irmãos que não conhecemos? Que não tiveram a graça que nós temos de não saber o que é não ter nada de nada? África é enorme. Em todos os seus países existe muita pobreza. Infelizmente por razões que conhecemos, outras que ignoramos. Em todas há falta de preocupação com os mais pobres. Mas é mesmo verdade que alguns países africanos, são de uma pobreza generalizada a partir do solo pobre em condições de fertilidade. Não há água, nem para consumo prioritário em condições e qualidade até de acesso. Não acusemos mais os pobres negros, nem tenhamos o vil atrevimento de afirmar que não gostamos dos negros. São em tudo iguais a nós. Diferente só a cor da pele. Os corações nunca foram nem serão piores que os nossos. Sob ponto de vista de beleza, até nem ficam atrás de tantos brancos, e têm inteligência e coração. Já falei e escrevi tanto sobre eles e sinto que tudo foi nada. Pobres africanos, gritava um santo canonizado, ao falar deste povo sobre o qual dizia. o dia mais feliz da minha vida será aquele em que eu der a vida pelos africanos. Chamava-lhe a nigrícia, o povo negro. Como é fácil a quem for bom gostar dos negros e saber descobrir

o lado bom que tantas vezes nos falta, ao dizer mal deles. Como seríamos no seu lugar? Onde estarão os senhores da riqueza dos seus países, desde longos anos? Foi levada para nunca ser restituída e agora tanta gente nem deles gosta de ouvir falar. Pequenas migalhas matam a fome e dão saúde a muita gente. Não ter vergonha de dar pouco. Esse pouco vale muito para eles e morrem milhares de crianças e adultos por dia com fome. É esta uma acusação do senhor a cada um dos que não pensaram mais que em si próprios ou deram para ser vistos e reconhecidos na sua oferta. Não é que esta parte, seja sempre menos boa, pois o bem deve ser conhecido para exemplo de outros. A vaidade é que nunca resultou em favor de ninguém. Estive há pouco junto do Santo Padre. Papa Francisco, que com rosto muito magoado, mesmo sorridente, pediu que não fossem ver o papa, mas que antes dessem o dinheiro aos pobres. Não era para afastar ninguém de si, mas darem prioridade aos pobres- pouco que levei comigo com esse destino, pobres da África, lá o deixei entregue diretamente a responsáveis pelos pobres. Encontrei em trabalho em Roma vários sacerdotes que vi ordenar ou próximos da ordenação. Sorridentes. Muito alegres e amigos uns dos outros. Levaram a minha e vossa colaboração

com a devida gratidão e concelebraram a santa missa por todos e rezam diariamente pelos benfeitores vivos e defuntos. No vaticano temos um bispo comboniano num serviço de responsabilidade. O superior geral é também um padre da Etiópia. Comboniano de cor. São verdadeiros homens de Deus. Um Vaticano em mudança, é um bom sinal para os tempos de materialismo sem vergonha em que estamos. Mudar os sentimentos dos corações é a força da armas contra a guerra e morte antes de morrer. Pedi uma bênção para o nosso povo e paróquia. Vi tantos grupos em verdadeira atitude de jubileu pelas portas santas da entrada jubilosa. Vi num santuário de Nossa Senhora mãe do divino amor, o mais belo trono da virgem peregrina de Fátima que não esperava. Não cessavam de passar por ali filas de peregrinos a rezar e cantar o Ave de Fátima, o que nos fazia tremer a alma de alegria. também por lá ajoelhavam com os pais crianças pretinhas que viviam por ali, como erguiam as mãozinhas e rezavam. a beleza do altar para adoração ao mesmo em perenidade era um pedacinho do céu em beleza e silêncio de onde não apetecia sair. Como isto faz bem a todos, e mostra que no mundo está Deus visível. Desculpem a humilde partilha que aqui vos deixo com amizade.

Numa fase da vida em que o tempo livre é largamente superior ao que tivemos na juventude de tempos difíceis, no Centro Social Paroquial de Sta. Catarina da Serra não damos tréguas à preguiça e fazemos os possíveis por nos mantermos ativos, ainda que respeitando o nosso próprio ritmo.Não nos faltam as atividades de animação sociocultural e recreativas, sobre as quais já aqui demos conta inúmeras vezes, para nos mantermos entretidos e sentirmos valorizados. Permanece, contudo, a preocupação relativa ao grupo de utentes com elevado grau de dependência. De que forma investir e trabalhar com as pessoas cujas limitações físicas e cognitivas não lhes permitem participar de forma ativa nas atividades delineadas para a generalidade dos utentes? A procura e o investimento na estimulação multissensorial, partiu precisamente deste questionamento e da consequente busca de alternativas e complementos que permitissem o envolvimento ativo e a melhoria da qualidade de vida desta população. Após o necessário período de pesquisa sobre a matéria e angariação de fundos, a instituição dispõe finalmente de um espaço multifunções, que reúne uma série de elementos direcionados à estimulação dos sentidos, ao relaxamento e à ativação de diferentes áreas da perceção, promotor de sensações de calma, segurança e bem-estar. Neste espaço, fomenta-se um processo de vinculação entre o utente e o orientador da sessão, sempre numa dimensão de humanização dos cuidados. Aqui, estamos uns com os outros, observamos, sentimos, saboreamos, cheiramos, ouvimos, evocamos experiências de vida familiares, partilhamos e comunicamos com o corpo e coma alma. Certo é que parecem tratar-se de ações triviais que nos acompanham em todos os atos da vida diária. Mas aqui, os estímulos oferecidos podem ser controlados, intensificados, reduzidos e apresentados de forma isolada ou combinada, de acordo com as necessidades de cada pessoa. Pretende-se, desta forma, que cada pessoa possa relaxar, interagir e deleitar-se com sensações e objetos variados, de acordo com o seu próprio ritmo, vontade e curiosidade, proporcionando intervenções na vertente terapêutica, pedagógica e de lazer. Enquanto complemento da intervenção clínica e/ou reabilitação, o investimento na estimulação multissensorial tem crescido face aos resultados positivos, demonstrados por vários estudos: como medida de alívio da dor, de facilitação de aprendizagens, de descoberta de emoções e reações, de combate ao stress e agressividade, de promoção do relaxamento e bem-estar, proporcionando respostas mais adequadas aos estímulos quotidianos. Salienta-se, nomeadamente no caso dos idosos, a manutenção das capacidades cognitivas existentes e o retardamento das perdas esperadas. No caso das crianças, com ou sem necessidades educativas especiais, beneficiam em larga medida do contacto com ambientes propiciadores da aquisição de competências extras curriculares.Cientes dos limites existentes, estamos ainda assim certos de termos dado mais um passo no caminho para a promoção da qualidade de vida dos nossos idosos e crianças, seguindo a convicção que nos acompanha diariamente de que podemos (e devemos!) otimizar capacidades e potencialidades até ao final das nossas vidas.

Ficha Técnica Jornal Luz da Serra Nº 521 - Junho de 2016 Ano XLI ERC 108932 - Depósito Legal Nº 1679/83

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6 Santo do mês

Santo Antonio O grande Santo de Lisboa, sua cidade natal – embora com uma curta existência terrena, tornou-se um dos santos mais populares do mundo, sendo venerado tanto no Oriente quanto no Ocidente. Protetor dos pobres, o auxílio na busca de objetos ou pessoas perdidas, o amigo nas causas do coração. Assim é Santo Antônio, frei franciscano português, que trocou o conforto de uma abastada família burguesa pela vida religiosa. “Doutor da Igreja”, “Martelo dos Hereges”, “Doutor Evangélico”, “Arca do Testamento”, “Santo de todo o mundo” – são alguns dos títulos com que os Soberanos Pontífices honraram aquele cuja vida foi, no dizer de um de seus biógrafos, um milagre contínuo. Natural de Lisboa onde nasceu em 15 de agosto 1195, Ele era o filho único herdeiro dos nobres Martinho de Bulhões e Teresa Taveira, o futuro santo recebeu no batismo o nome de Fernando. De boa índole, inclinado à piedade e às coisas santas, sua formação espiritual e intelectual foi confiada aos cônegos da Catedral de Lisboa por seu pai, oficial no exército de D. Afonso. Reservado, Fernando preferia a solidão das bibliotecas e dos oratórios às discussões religiosas. Segundo alguns de seus biógrafos, na adolescência Fernando foi acometido por violenta tentação contra a pureza. Para aplacá-la, estando na catedral, o jovem traçou uma cruz com os dedos, numa coluna de mármore, ficando nela impressa como em cera. Avaliando nessa ocasião os perigos que corria, o adolescente quis entrar para o mosteiro de São Vicente de Fora, dos Clérigos Regulares de Santo Agostinho, nos arredores da capital portuguesa, quando contava 19 anos de idade. Ali permaneceu dois anos, findos os quais, por ser muito procurado por parentes e amigos, pediu aos superiores que o transferissem para o mosteiro Santa Cruz de Coimbra, casa-mãe do Instituto. Foi ordenado sacerdote em 1220. Frei Fernando, entretanto, almejava abraçar um gênero de vida mais perfeito e mais de acordo com suas íntimas aspirações. Quando chegaram a Coimbra os restos mortais dos cinco protomártires franciscanos, que deram sua vida pela Fé em Marrocos, Frei Fernando sentiu imenso desejo de imitá-los, vertendo também seu sangue por Cristo. Um dia, no verão de 1220, quando dois franciscanos foram ao seu mosteiro pedir esmola, Frei Fernando perguntou-lhes se, passando ele para sua Ordem, o enviariam à terra dos mouros para lá sofrer o martírio. Eles deram resposta afirmativa. No dia seguinte, depois de obter, a duras penas, autorização de seu Superior, mudou-se para o eremitério franciscano, onde se tornou um filho de São Francisco de Assis. Frei Fernando mudou então seu nome para o do onomástico do eremitério, Antonio, que ele imortalizaria. Conforme o combinado, Frei Antonio foi enviado no fim desse mesmo ano à África. Entretanto não estava nos planos da Providência que ele ilustrasse a Igreja como mártir, mas com suas pregações e santa vida. Assim, chegando ao continente africano, foi atacado de terrível doença, que o reteve no leito por longo período. Os superiores decidiram que, para curar-se, Frei Antonio deveria

voltar a Portugal. A mão da Providência, no entanto, desejava-o em outro campo de luta. O navio em que estava o convalescente, levado pela tempestade, foi parar nas costas da Itália, onde o santo encontrou abrigo em Messina, na Sicília. Lá soube que o seráfico São Francisco havia convocado um Capítulo em Assis, para maio de 1221. Antônio poderia, enfim, ver o pai e fundador dos franciscanos e contemplar sua angélica virtude. Naquela grande assembléia o Provincial da Romênia resolveu levá-lo consigo. Homem de oração, Santo Antônio (que se tornou santo porque dedicou toda a sua vida para os mais pobres e para o serviço de Deus.) sentiu a necessidade de se retirar para um local afastado e ali sentir Deus. Frei Antônio obteve dele licença para permanecer no eremitério do Monte Paulo a fim de entregar-se ao isolamento e à contemplação. Ali viveu como eremita; partilharam desta mesma idéia alguns dos seus companheiros de hábito Franciscano. O quarto onde dormia era simples, teciam a própria roupa, faziam os serviços mais humildes. Foi um período de aproximadamente um ano. Entretanto a mão de Deus velava sobre ele, e chegou o tempo em que aquela luz deveria brilhar para o bem do mundo inteiro. S. Francisco ordenou-lhe que trabalhasse na salvação das almas. Era o ano 1222 Segundo seus biógrafos, ele tinha um exterior polido, gestos elegantes e aspecto atraente. Sua voz era forte, clara, agradável, e sua memória feliz. A essas vantagens, juntava uma ação cheia de graça. Entretanto, seu traço característico, o milagre constante de sua existência, é a força incontestável de sua pregação, o poder de sua voz sobre os corações e as inteligências. Quando ele fulminava os vícios e as heresias — das quais o mundo estava então extremamente infectado — era como uma torrente de fogo que revira tudo, e à qual ninguém pode resistir. Freqüentemente, se bem que falasse (durante o sermão) uma só língua, era entendido por pessoas de toda espécie de países. As multidões acorriam, e até os comerciantes fechavam suas lojas para ir ouvi-lo; a cidade e toda a redondeza literalmente paravam. Sendo pequenas as igrejas para tanta gente — às vezes chegavam a juntar-se até 30 mil pessoas num só sermão — ele falava nas praças públicas. Quando terminava, “era necessário que alguns homens valentes e robustos o levantassem e protegessem das pessoas que vinham beijar-lhe a mão e tocar-lhe o hábito”. Um dos milagres mais conhecidos de Santo Antonio foi sua pregação aos peixes. É da história que Um herege negava a Presença Real no Santíssimo Sacramento. Para acreditar, dizia, queria um milagre. E propôs o seguinte: Deixaria sua mula sem comer durante três dias. Depois disso, oferecer-lhe-ia feno e aveia, e Frei Antônio a Hóstia consagrada. Se a besta deixasse a comida para ir adorar a Hóstia, ele creria, disse. Isso foi feito diante de toda a cidade. E a mula faminta, tendo que escolher entre o alimento e o respeito à Hóstia consagrada, foi ajoelhar-se diante desta, que o santo Antônio segurava nas mãos. Desde a mais tenra infância Antonio fora devoto de Nossa Senhora, e Ela várias vezes o socorreu. Um dia, por exemplo, em que o demônio não podia mais suportar o bem que o

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santo fazia, agarrou-o pelo pescoço tão violentamente, que o enforcava. Antonio mal pôde balbuciar as palavras da antífona a Nossa Senhora, “O Gloriosa Domina”. No mesmo instante o demônio fugiu apavorado. Recomposto, Antônio viu a seu lado a Rainha do Céu resplandecente de glória. Certa vez Frei Antônio se hospedou na casa de uma família muito amiga. A noite o dono da casa percebeu uma luz tão forte que vinha do quarto de Antônio que não poderia ser das velas. Vencido pela curiosidade levantou-se e foi espiar. O que viu? Antônio com o menino Jesus no colo. O menino, tendo os bracinhos enlaçados ao redor do pescoço do frade. Conversavam amigavelmente.

A morte de Santo Antônio Em 1229, foi morar com os seus irmãos franciscanos, perto de Pádua, no convento de Arcella, em Camposampiero. Antônio estava muito doente. Tinha hidropisia. Após as pregadas da Quaresma de 1231, sentiu-se cansado e esgotado. Precisava de repouso. Os frades fizeram para ele um quarto em cima de uma árvore, mas mesmo assim o povo o procurava e Antônio já muito debilitado falava ao povo de cima de uma nogueira em Camposampiero. Decidiram então levá-lo a Pádua. (Pádua está situada na Região de Veneto, norte da Itália, rica em belezas naturais, obras de arte e arquitetura. Antiga cidade universitária que possui uma ilustre história acadêmica). Agasalharam o frei e colocaram em um carro puxado por bois. A viagem era longa. Antônio foi piorando. Pararam em um povoado que havia um convento franciscano. Antônio piorava, precisava ficar sentado pois sofria de falta de ar. Recebeu os sacramentos e se despediu de todos e ainda cantou o bendito: "Ó Virgem gloriosa que estais acima das estrelas..." Depois ergueu os olhos para o céu e disse "Estou vendo o Senhor". Pouco depois morreu. Era dia 13 de junho de 1231. Frei Antônio tinha 36 anos de idade. Imediatamente as crianças de Pádua saíram espontaneamente pelas ruas gritando: “O santo morreu! O santo morreu!”. Ao mesmo tempo, em Lisboa, sua cidade natal, os sinos puseram-se a repicar por si sós, e o povo saiu às ruas. Somente mais tarde é que souberam do ocorrido. Santo Antônio é o santo padroeiro dos casamentos. Foi tanta a repercussão de sua morte e tantos os milagres, que, onze meses após sua morte, é canonizado pelo Papa Gregório IX em 1232. Foi o processo mais rápido da história da igreja . Em 1263, quando seu corpo foi exumado, sua língua estava intacta e continua intacta até hoje, numa redoma de vidro, na Basílica de Santo Antônio, em Pádua, onde estão seus restos mortais. Em 1946 é oficialmente proclamado Doutor da Igreja por Pio XII, sendo-lhe atribuído o epíteto de Evangélico pelo vasto conhecimento das Sagradas Escrituras patente nos seus Sermões.

Voluntários na ilha de Lesbos A ida do Papa à ilha de Lesbos deu a conhecer vários voluntários portugueses,que lá estão a ajudar os refugiados. Entre eles há médicos e pessoas de profissões diversas, que por um motivo ou outro resolveram ir para lá dar uma ajuda. É o caso da Sara Sofia, uma jovem portuguesa, que foi voluntária em Taizé durante vários meses e que resolveu agora ir trabalhar para essa ilha. «Sou voluntária num

campo de refugiados em Lesbos, na Grécia. O meu trabalho consiste principalmente em distribuir roupa, sapatos e kits de higiene às pessoas que fizeram a perigosa travessia entre a Turquia e a Grécia em barcos de plástico, muitas vezes equipados com velhos coletes salva-vidas. Tenho ouvido muitas histórias destas pessoas que chegam a Lesbos. São histórias que vão ficar comigo por muito tempo, mesmo depois deles

deixarem a ilha, continuando sua viagem para o continente à procura de um local de acolhimento. Conheci, por exemplo, um rapaz do Irão, cujo sonho era fazer amigos na Europa e ter a oportunidade de jogar futebol na rua. Perguntou-me se eu achava que as pessoas seriam simpáticas com ele e se ele ir ia ter a possibilidade de ir à escola. Conheci também uma senhora que viajava sozinha com o seu filho pequeno,

que tinha sido violada várias vezes pelos traficantes. O filho tinha sido abusado fisicamente e drogado pelos mesmos homens. Ela disseme que várias vezes tinha procurado coragem para se matar com o filho, para acabar com o sofrimento que a atingiu ao fugir do seu país dilacerado pela guerra. É difícil colocar em palavras a minha experiência aqui. Algumas noites, o meu trabalho era encontrar uma forma de aquecer 200 pes-

soas que aguardavam para fazer a inscrição, de pé, na neve, com 5°C negativos. Outro dia, tive que recusar sapatos a crianças com os pés regelados, porque tinha apenas dois pares que devia guardar para aqueles que estavam descalços. Às vezes tive que recusar água a adultos, porque tinha apenas três garrafas e tinha que as guardar para as mulheres que tinham que dar de mamar. Pergunto-me quantas vezes na minha vida me vão as-

sombrar estas decisões.» E a Sara Sofia conta que uma vez um rapaz lhe perguntou se ela sabia que estava a ajudar muçulmanos. Esta pergunta revela bem a admiração dos refugiados por estes voluntários.


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Rancho Folclórico de São Guilherme

Rancho Folclórico desloca-se a Matosinhos e a Vila Nova de Famalicão: 21-22 de maio de 2016 transportar as vitualhas imprescindíveis ao descanso (camas, sacos-cama, mantas, cobertores) para repousar devidamente. Na manhã seguinte, depois do pequenoalmoço, 9 horas e 7 minutos, seguiram, então, na direção da sede da freguesia de Fradelos, município de Vila Nova de Famalicão, onde foram exemplarmente recebidos, às 10:50, pelo Rancho Regional. [O grupo seguiu, ainda antes do almoço, para Balasar, concelho de Póvoa de Varzim, para observar o ambiente onde viveu Alexandrina Maria da Costa]. O repasto ocorreu até às quatorze horas, tendo-se seguido, então, o Festival de Folclore. O espetáculo, que principiou com a entrega, em palco, de lembranças, contou com a presença, por ordem de atuação, do Rancho Regional de Fradelos, do Rancho Folclórico de São Guilherme (Alta Estremadura), do Rancho Etnográfico de Santa Maria de Touguinha, de Vila do Conde, do Grupo Folclórico da A. C. R. de Conde, São Martinho, Guimarães, e, por fim, do Rancho Folclórico de Correlhã, de Ponte de Lima.

isso, de um trabalho inédito a inclusão de uma cantiga proferida pelos antepassados dos serranos quando se dirigiam aos concelhos de, ordem onomástica, Alcanena, Golegã, Entroncamento e Torres Novas, entre outros, para laborarem, sazonalmente, nos férteis campos agrícolas do distrito de Santarém, onde, aliás, afluía gente das mais diversas partes do país de antanho. A letra, que incluiu, em palco, breve coreografia, principia com a expressão "Abalei da minha terra". O convite à presença do Rancho Folclórico de São Guilherme no concelho de Vila Nova de Famalicão, no dia seguinte, 22, domingo, na localidade de Fradelos, sede da freguesia mesmo nome, pelo prestigiado Rancho Regional de Fradelos, fundado em 1957, levou a que os elementos e os necessários acompanhantes pernoitassem no norte, tendo repousado, ainda por iniciativa do Rancho Típico de Esposade, Custóias, Matosinhos, no pavilhão Engenheiro António Maia, do Guifões Sport Clube. Assim, além dos trajes foi preciso

cipação do grupo às 16 horas e 57 minutos, iniciou-se o retorno à União das Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça, onde o autocarro chegou às 20 horas e 52 minutos. Vasco Jorge Rosa da Silva. Fradelos, 22 de maio de 2016.

Fig. 1 - Desfile do Rancho Folclórico de São Guilherme em Fradelos, concelho de Vila Nova da Famalicão, distrito de Braga, onde atuou no respetivo Festival de Folclore (22 de maio).

Face ao supracitado, a Conferência de São Vicente de Paulo demonstra a sua sincera gratidão pela presença de todos, objetivando que, ano após ano, esta celebração conte com a presença de cada vez mais membros da comunidade. Importa ainda dirigir um agradecimento a todos os que se dispuseram a colaborar para a concretização desta festa, uma vez que só com o espírito de equipa é que foi possível a sua concretização. A todos um bem-haja e um grande obrigado! Obrigada a todos. Ainda me atrevo a fazer um apelo a toda a comunidade em geral. Todos os que puderem e sentirem vocação para o voluntariado, não se retenham por favor. Podem crer que recebemos mais do que aquilo que damos. É muito gratificante, só fazendo e sentindo, é que se sabe dar valor. Obrigada Conferência de São Vicente de Paulo

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Festa do Doente e do Idoso Foi no passado dia 22 de Maio, que a comunidade mais idosa e doente se reuniu, com o intuito de celebrar a sua festa. De referir, que a designada celebração se estendeu a todos os membros da comunidade que nela pretenderam participar, uma vez que todos são sempre bem-vindos. A referida Festa iniciou-se com a Eucaristia celebrada pelo nosso Pároco, Padre Mário, que a todos confortou, proferindo palavras repletas de ânimo, fé e esperança, a cada um dos presentes. No decorrer da celebração, mais especificamente aquando do momento adequado, o Pároco procedeu à administração do Sacramento da Santa Unção a todos os presentes que o almejaram. À semelhança de outras cerimónias realizadas, esta não foi exceção, tendo sido pautada por beleza, simplicidade, sinceridade, fé e muito sentimento, partilhados entre todos os intervenientes. A título de agradecimento, no decorrer do período de ação de graças, foi lido um texto que objetivou homenagear todos os idosos presentes na celebração, enaltecendo a importância e sabedoria associadas a cada um dos presentes. Após o término da Eucaristia, todos os doentes e idosos, devidamente acompanhados por seus familiares e alguns voluntários, dirigiram – se para o salão paroquial, onde foi servido um lanche. Este promoveu o convívio e a interação entre todos de forma harmoniosa e repleta de momentos de alegria, no qual prevaleceram as memórias relativamente aos que já partiram. No decorrer do convívio, assistiuse também a animação que despoletou o divertimento dos presentes, tendo esta sido oferecida por um grupo de teatro de Ourém.

À semelhança do dia anterior, 21, também no domingo, 22, se optou por incluir, no espetáculo, a sobredita cantiga de trabalho. O grupo estremenho repetiu, de igual modo, o reportório do espetáculo de Custóias. Por fim, tal como em Matosinhos, também em Vila Nova de Famalicão, território onde residiu o conceituado escritor Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco (1825-60), o público muito louvou e parabenizou o serviço prestado pelo Rancho Folclórico de São Guilherme. Uma vez terminada a parti-

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outros, o presidente da Federação do Folclore Português, Fernando Ferreira da Silva, por solicitação do Rancho Típico de Esposade, teve a presença, no III.° Festival da Primavera, do grupo de acolhimento (Douro Litoral Norte), do Grupo Etnográfico de Lorvão (Beira Litoral, Mondego), do Rancho Regional da Casa do Povo de Ílhavo (Beira Litoral, Vareira), do Rancho Folclórico de São Guilherme (Alta Estremadura) e do Rancho Folclórico "As Lavradeiras de Pedroso", Vila Nova de Gaia (Douro Litoral Sul). O de São Guilherme, o penúltimo a atuar no Largo do Souto, cantou e dançou, por ordem, o Valseado das Laranjeiras, a Júlia, o Fado Pião, o Vira Pum, a Moda dos 4 Passos, o Fado Batido, o Fandango Estremenho e, por último, o Tacão e Bico. A atuação, que durou vinte minutos, foi muito apreciada pelo público nortenho presente, que aplaudiu. De referir que nesse mesmo dia, 21, sábado, foi apresentada, pela primeira vez, uma canção de trabalho que o sobredito conjunto tem vindo a ensaiar desde 2015, tratando-se, por

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No corrente ano de 2016, o Rancho Folclórico de São Guilherme tem vindo a realizar diversas ações que estão incluídas, como é usual, no plano anual de atividades. Entre elas destacase não só a organização do festival nacional de folclore, que ocorre no espaço do Núcleo Museológico e Etnográfico, mas, de igual modo, a deslocação a outras localidades do território português (ou até ao estrangeiro) para participar, por permuta com conjuntos similares, nos respetivos festivais, divulgando o folclore da Alta Estremadura. Foi enquadrado neste contexto que o grupo sediado em Magueigia se dirigiu, no transato fim-de-semana de 21-22 de maio, a Matosinhos e a Vila Nova de Famalicão, respetivamente distritos de Porto e Braga. A partida ocorreu no sábado, às 15 horas e 17 minutos (saída de Magueigia). A primeira atuação, na União das Freguesias de Custóias, Leça do Bailio e Guifões, concelho de Matosinhos, após uma cerimónia, no auditório da vila de Custóias, de entrega de lembranças, onde discursou, entre

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Alunos do Clube Unesco Caminhada participam na homenagem e “Caminhando e aprendendo inauguração da exposição juntos, há 20 anos” Humberto Delgado, Herói da Liberdade , em Leiria

ção da natureza e do ambiente animado e descontraído que se proporcionou. Este convívio terminou com uma aula de zumba, dinamizada por um professor do KorpoSano, na qual participaram pais, crianças, funcionários e professores. Rita Agrela

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gumas lembranças simbólicas elaboradas na escola. Posteriormente, foi inaugurada a exposição que comportou informação genérica sobre a importância desta personalidade na nossa história, bem como fotografias originais da sua passagem por Leiria em 1958, propriedade de Joaquim Vieira, tendo seu filho realizado uma visita guiada. Sendo a EB de SCS uma Escola Unesco, pretendeuse sublinhar a importância que Humberto Delgado e o seu exemplo tiveram para a luta dos Portugueses contra uma ditadura de quase meio século que tanto afectou a vida dos portugueses que souberam lutar pela liberdade, igualdade, tolerância, respeito, valores que uma Escola Unesco procura alcançar e torná-los exemplos de formação com os mais jovens. Rita Agrela

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certos da obra Humberto Delgado, General sem medo, destacando várias etapas importantes da vida do General, como por exemplo o momento da sua entrada para a aviação. Seguidamente, David Henriques, exaluno da EB de Santa Catarina da Serra, leu ainda um capítulo da obra, “Esta Leiria de Outras Eras – o meu baú de recordações”, de Joaquim Vieira, salientando a forma como decorreu o dia 22 de maio de 1958, quando Humberto Delgado veio a Leiria para promover a sua campanha, sendo muito apoiado por Joaquim Vieria, voz da liberdade e do inconformismo, amigo pessoal e apoiante do General. No final, Maria das Neves Abreu, a aluna do 9ºE, ofereceu um desenho intitulado “Pássaro da Liberdade” à Drª Iva Delgado, recebido pelo seu sobrinho, Dr. Carlos David Maria Calder. Os restantes alunos ofereceram também aos convidados al-

Após um aquecimento dirigido pelo professor Frazão, a caminhada iniciou-se, optando os participantes por um dois percursos (um de 3 km e outro de 5 km) ambos com final no Vale Mourão, onde se realizou um convívio familiar, não faltando comida e bebida. Foi uma atividade bem organizada, saudável que permitiu a frui-

Jorge Courela visita os mais pequenos na Escola Básica de SCS No dia 24 de maio, Jorge Courela, professor de música, compositor e autor de livros infantis esteve na Escola Básica de SCS para apresentar os livros Zé Maria Catatua e Capitão Miau,

miau, sendo recebido pelos alunos do 1º, 2º ano e pré-escolar, numa sessão muito animada. O autor, com recurso à música, encantou as crianças que o ouviram atentamente. Para maior diverti-

mento de todos, o escritor juntou ainda à música, a dança, o que pôs alunos, pais, professores, educadoras e assistentes operacionais a dançar. Rita Agrela

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No passado dia 15 de maio, alunos do Clube Unesco da EB de SCS, coordenados pela docente Fernanda Ruivo, participaram na cerimónia de homenagem e inauguração da exposição e tributo de Leiria “General Humberto Delgado, Herói da Liberdade”, que teve lugar na Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira. Com a presença da vereadora Drª Anabela Graça, da professora Ana Paula Costa, do Dr. Carlos David Maria Calder, em representação da Drª Iva Delgado e do seu filho, de Joaquim Vieira, excomerciante de Leiria, e seu filho Dr. Joaquim Vieira, jornalista e investigador, de pais/encarregados de educação e professores, a cerimónia iniciou-se com uma peça de bailado interpretada pela aluna Mariana Ferreira, do 9ºE, acompanhada de música tocada pela Anita Costa e a Joana Clemente, alunas do 8º E. Os nossos alunos leram ex-

No passado dia 29 de maio, realizou-se a I Caminhada, Caminhando e aprendendo juntos, há 20 anos, organizada pela Forescolas, com o apoio da Escola Básica de SCS. Participaram cerca de duas centenas de pessoas, que se concentraram, logo pela manhã, na Escola Básica de Santa Catarina da Serra.

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Virgem Peregrina na nossa Terra

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O 3º ano da catequese de São Guilherme preparou-se para acompanhar a entrega da imagem Peregrina ao Santuário de Fátima. Três crianças representaram os pastorinhos e as restantes à frente da Virgem como a abrir o caminho, levavam em mãos um grande terço. Foram momentos de vivência e fortalecimento da nossa fé com a passagem da Virgem na nossa freguesia, momentos para nos ficar no coração e muito particularmente no das nossas crianças. Que o amor misericordioso da Mãe de Jesus e nossa Mãe, faça crescer em nós também verdadeiros sentimentos de caridade, de partilha e misericórdia para com os outros. Obrigada Virgem Mãe Anabela Neves

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Os nossos meninos e a Virgem Peregrina

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Pedro Vieira - ForSerra

Foi com todo o carinho e com muita fé que a nossa paróquia acolheu a imagem da Virgem Peregrina na noite do passado dia 12 de maio. A chegada da imagem foi preparada pela população com toda a dedicação e o carinho que este feliz acontecimento mereceu. A luz das velas acesas nas ruas e janelas, iluminaram os corações de todos os presentes e as flores brancas, símbolo da beleza e da pureza de Nossa Senhora foram nesta noite, forma de retribuir o carinho com que Ela nos protege. O acolhimento manifestado na sua receção por crianças e adultos, a celebração da eucaristia na sua presença, a noite de adoração, a ternura com que foi decorado o seu andor, entre todos os outros momentos, foram provas da alegria que esta Paróquia vivenciou ao receber tão ilustre visita e da imensa devoção que as pessoas da nossa terra sentem pela Nossa Mãe do Céu. À despedida, Nossa Senhora contou com um cortejo emocionado e levou consigo o brilho nos olhos dos nossos mais velhinhos e o sorriso no adeus dos nossos mais pequeninos. Avé Maria! Graças te damos por estes momentos tão especiais! Cláudia

Pedro Vieira - ForSerra

Santa Catarina saúda a MÃE


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PARÓQUIA PEREGRINA OS BALCÃS

Crianças do 3º ano de catequese participam na grande festa diocesana do Corpo de Deus. À semelhança de outros anos as crianças do 3º ano de catequese, ano de preparação para receber o sacramento da Eucaristia, participam na grande festa do CORPO DE DEUS. Este ano, com o feriado recuperado, lá fomos nós no dia 26 de maio viver tão intensa e desejada atividade. O dia acordou bonito. E o Parque da Cidade, em Leiria, foi ganhando o colorido das 340 crianças inscritas para a «Festa da Eucaristia – Vamos Cear com Jesus!». Em pouco tempo, os 45 grupos, provenientes de 22 paróquias da Diocese, concentraram-se junto ao palco para dar início às atividades. Entre eles estavam os 3 grupos da nossa paróquia com um entusiasmado fascinante. Às vozes das 340 crianças, juntou-se a dos catequistas e pais, cerca de 100, que acompanhavam os grupos, e ali cantaram a dar já o tom de festa que acompanhou todo o dia. E foi Jesus que deu início à atividade: “apareceu” em palco para enviar os seus discípulos, todas aquelas crianças, a preparar a ceia. Um pouco antes das 11h30 já todos estavam em movimento, cada grupo guiado pela sua cruz, foram procurando os dez postos onde

António Rodrigues

poderiam viver um momento-dimensão da Eucaristia: acolhimento, perdão, oração, escuta, partilha, doação, paz, comunhão, agradecimento, envio e missão. O tempo chegou para que todos passassem por todos os postos, e vivessem intensamente cada parte que compõe a grande celebração da Eucaristia: deste a importância da escuta, à paz que parte de cada um de nós e deve ir correndo como um rio, houve tempo para confeção da receita da “hóstia” com os ingredientes que cada um de nós nela se sacia, terminando num encontro com Jesus “escondido”, como lhe chamava o pastorinho Francisco, no Santíssimo Sacramento. Em cada posto, cumprida a tarefa era entregue um autocolante e chegamos ao fim com o pequeno missal bem colorido: a Ceia estava pronta! Era tempo de voltar e cear com Jesus. De volta ao Parque da Cidade, já a começar a encher com tantas outras pessoas que se reuniam para a celebração diocesana do Corpo de Deus, as crianças ocuparam o seu lugar na assembleia. Chegara o momento da Ceia! O Sr. Bispo dirigiu uma palavra muito particular aos seus “amiguitos e amiguitas” que puderam concluir este dia de festa cantando a certeza da presença de Jesus na Eucaristia, “tão perto… que até lhe posso tocar!” E foi com esta certeza da presença de Jesus que O acompanharam na procissão que levou o Santíssimo até ao adro da Sé onde O acolheram, depois, cantando a felicidade de ser de Jesus! Aos pais e catequistas um bem-haja pela oportunidade dada a cada criança de viver tão rica e bela experiência. Nas crianças ficou a gratidão expressa que por detrás um rosto já cansado encontrava-se brilho no olhar e muitos sorrisos de um coração que viveu a experiencia de estar tão perto de Jesus. pub

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VAMOS CEAR COM JESUS

Nossa Senhora para nos transmitir a mensagem da paz desde 25 de Junho de 1981, data da primeira aparição, até ao presente porque as aparições ainda continuam a realizar-se com os mesmos videntes. Apesar de ainda não ter sido reconhecido oficialmente pela Igreja, parece que também nunca foi negado e muito menos condenado, o santuário e o culto à Virgem são dirigidos e executados pela igreja local. A visita ao monte da aparição é difícil, por ser um local pedregoso, ainda em estado rude e “virgem”, sem qualquer acesso definido e trabalhado para o efeito, caminha-se encosta acima, saltando de pedra em pedra, até à clareira com a imagem da Virgem e o mesmo piso de pedras soltas, certamente para recriar com fidelidade a pobreza escolhida por nossa Senhora para transmitir a mensagem aos jovens. Sobra em fé o que falta em conforto para chegar e rezar aos pés da Rainha da Paz. Com o programa cheio e a nossa biblioteca de conhecimentos a crescer, houve tempo para a diversão, para nos conhecermos melhor, para as brincadeiras no grupo, que ajudam a quebrar as barreiras que alguns levam à partida mas que já não existem à chegada: houve anedotas para todos os gostos, partidas de todos os géneros e feitios, para que todos se sentissem parte ativa na vida do grupo e, não faltou o cavaquinho e as musicas do Vítor Serralheiro para animar os serões, tudo registado nas camaras atentas do nosso repórter oficial durante toda a viagem: o Adelino Ferreira. Também tivemos tempo para rezar, orar à Virgem da Paz por termos a possibilidade de participar nesta viagem e também por aqueles que gostariam de ter ido connosco e não lhes foi possível: haverá, seguramente, outras oportunidades!

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Depois das viagens peregrinas dos anos anteriores: Terra Santa, Monte Sinai, Polónia, Vaticano, Picos da Europa, Lurdes e Itália, este ano foi a vez de conhecer a histórica região dos Balcãs, terra de passagem entre as civilizações antigas do Médio Oriente e o ocidente e, talvez por isso, sempre muito disputada e palco de conflitos constantes, ainda não totalmente resolvidos, até aos nossos dias. A expectativa era enorme, pela aventura da viagem numa região conhecida apenas pelos maus motivos, como os recentes confrontos étnicos e religiosos, que mobilizaram o mundo numa intervenção militar para travar uma onda de genocídio que ameaçou destruir a população local e as infra-estruturas, com eventuais repercussões graves na Europa. Tal situação não impediu que se reunisse um grupo de 35 corajosos peregrinos, chefiados pelo Pe. Mário, levando na bagagem a camaradagem, a aventura, a curiosidade, a vontade de conhecer como se reconstroem os países que acabam de sair da guerra, a alegria de partilhar momentos únicos de descontração e o respeito pelo grupo. Tudo isto foi religiosamente utilizado por cada um, durante os 7 dias, que durou a nossa viagem, o que, juntando a superior organização da Fátima Caminhos, resultou numa satisfação de todos, sem arrependimento, e a fazer contas desde já para a próxima aventura. O programa da viagem incluiu a passagem por três países da ex-Jugoslávia: Croácia, Eslovénia e Bósnia-Herzegovina, tendo cada um deles uma atração especial no nosso programa/roteiro de viagem. Na Croácia; recordamos a capital Zagreb com os monumentos históricos, praças e miradouros que sempre fazem aquecer as máquinas fotográficas; recordamos também as esplanadas cheias para o café por longos períodos de que não abdicam e é prioridade máxima no seu dia-a-dia; recordamos ainda a moeda local “a Kuna”, que foi motivo de diversão brejeira durante toda a viagem; recordamos ainda o percurso através da costa croata do mar Adriático desde Rijeka até Dubrovnik passando por Zadar, Trogir e Split com belíssimas paisagens, monumentos e cidades históricas, e com história, classificadas por organizações internacionais, e muito bem conservadas, onde, talvez por se tratar de um país quase totalmente católico, nos revemos no mesmo estilo de vida. O Parque Nacional dos lagos de Plitevice, património Mundial da Unesco, surpreende pelos muitos lagos em níveis diferentes, ligados por espetaculares cascatas entre vegetação frondosa, numa área de 20 hectares: muito grande e aprazível para uns passeios através dos passadiços ou em barcaças como nos foi proporcionado. A Eslovénia, o mais ocidental dos países que visitámos, e pertencendo à zona euro, parece mais adiantado no processo de desenvolvimento e nível de vida, com forte aposta nos desportos de Inverno, dito turismo da neve, para onde os vizinhos croatas, muito a contragosto, vão fazer as férias de inverno. Depois de visitar Ljubljana, a capital, dirigimo-nos para as mundialmente famosas grutas de Postojna, com cerca de 20 kms de comprimento, que surpreende pela dimensão e pela quantidade, perfeição, variedade e requinte artístico/natural das estalactites e estalagmites e longos corredores pedestres e percursos em comboio. Na Bósnia-Herzegovina, ou apenas na Herzegovina, parece que por ali a mistura não é muito apreciada, visitámos o santuário mariano de Medjugotje; mais um local escolhido por


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União das Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça

Semana Cultural na Associação de Promoção Social de Chainça- Comemoração dos 40 anos vida, o AMOR! Obrigada por estarem aqui.” Foi sem dúvida uma noite mágica, em que a comunidade

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se reuniu pela paz e colocou uma intenção naquele momento.

A Associação de Promoção Social de Chainça agradece a TODAS as pessoas que colaboraram nesta semana cultural e a todos os que contribuem para a existência da mesma. Foi sem dúvida uma semana de festa, alegria, solidariedade, união e de muita Luz. Todo o trabalho realizado foi gratificante só de relembrar a boa disposição e alegria de todos os presentes. A vida tem sentido quando é vivida de momentos de partilha. Bem-hajam!

Pedro Vieira - ForSerra

A Associação de Promoção Social de Chainça comemorou de 20 a 29 de maio o seu 40º aniversário junto da comunidade com o objetivo de reunir todas as pessoas de Chainça e angariar de apoios monetários para a alteração do telhado da Associação. Durante todos esses dias decorreram diversas atividades que envolveram mais de 1.000 pessoas. Das diversas atividades realçamos algumas: Comemoração do dia de Sócio – 22 de maio Realizou-se um cortejo de oferendas pelas ruas de Chainça De seguida uma missa solene e um almoço de sócio. Neste dia foi inaugurado o nome da escola da Associação, a escola da Luz e a criação da nova mascote a “Luzinha” que espalhou muitos sorrisos ao longo de toda a semana. As crianças da Escola da Luz surpreenderam todos os presentes com uma canção sobre a Primavera. Foi um dia repleto de novidades e surpresas.

Aula de Dança Sénior e Zumba - 23 Passeio de BTT às paredes - 26 de de maio maio Em parceria com o KorpoSano foi criado na Freguesia o primeiro grupo de Dança Sénior que se reúne uma vez por semana para dançar e acima de tudo para momentos de partilha e socialização. Com este ritmo de alegria, juntou-se um grupo de pessoas para dançar zumba, que também se reúne todas as semanas para dançar e descontrair. Este dia foi aberto a toda a comunidade.

Pelas 8h00 da manhã juntaram-se 24 ciclistas para desfrutar de um passeio até às paredes, em grupo todos conseguiram chegar ao Parque das Paredes para descansar, almoçar e aproveitar mais uma tarde de partilha. Neste dia até o bom tempo ajudou os ciclistas. Foi um feriado muito agradável e divertido.

Festival de sopas 27 de maio

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Pelas 20h30 a Associação abriu portas para mais uma noite agradável com um festival de sopas, com a colaboração de 12 restaurantes que ofereceram uma sopa para que a Associação pudesse proporcionar mais uma noite agradável.

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Espaço reflexão Este espaço foi criado e será dinamizado todos os meses apresentando um texto refletivo de forma a partilhar algumas ideias,

Simplicidade…

Durante a tarde, a mascote da Associação foi a várias instituições da freguesia e arredores para oferecer abraços e convidar as pessoas para a nossa festa. Foi uma tarde muito especial, nem todos estão ainda preparados para abraçar, mas a luzinha ensinou-os de forma especial que os abraços são benéficos para a saúde. Pelas 21h30 cerca de 100 crianças fizeram a largada de balões pela paz e uma criança da Primária leu um texto sobre a paz: “A paz é essencial no Planeta Terra, permite a existência da tranquilidade, da solidariedade e essencialmente amor dentro de cada um. O mundo é o nosso reflexo, se queremos paz no mundo é emergente trabalhar a paz no nosso país, na nossa comunidade, no nosso emprego, na nossa casa e acima de tudo dentro de nós. Que haja mais consciência, mais compreensão pelas diferenças, mais aceitação pelos acontecimentos diários, mais paz em cada gesto, palavra e sentimento nosso. Podemos melhorar o mundo, através das nossas atitudes. Desejamos que haja mais paz, mais união, mais compreensão e acima tudo que haja o ingrediente essencial da

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Abraços Grátis e Largada de Balões pela PAZ- 25 de maio

Passeio Pedestre, tasquinhas e sorteio de rifas- 29 de maio No último dia da semana cultural, realizou-se o passeio pedestre de 8 km pelos caminhos circundantes de Chainça, onde todos os presentes desfrutaram das belas paisagens naturais que fazem parte daquele local. Agradecemos ao grupo dos “Bicipingas” que criaram os caminhos existentes para que todas as pessoas pudessem caminhar de forma segura. Da parte da tarde decorreram as tasquinhas até à noite e para finalizar a semana cultural foi realizado o sorteio de rifas ao qual o Sr. Jorge Martins deu à Associação 2.000 euros (1º prémio) e o Sr. Miguel Piçarra ofereceu 50 euros (3º prémio), ficámos muito felizes pelo gesto, obrigada!

Simplicidade define a vida, os momentos, as pessoas e as relações. Este mês sugiro-lhe que esteja atento à simplicidade da sua vida, do que o rodeia. Entre as certezas e incertezas, nascem a cada dia momentos de simplicidade e, é nela que a felicidade surge. Coloque simplicidade no seu dia-a-dia, acalme a sua mente, simplifique. Viva cada dia com consciência, com simplicidade, mesmo que a sua mente seja desafiante. Valorize essa simplicidade, tenha uma visão simples sobre as coisas, aja de forma descomplicada. O complicado está nas nossas cabeças, seja dono da sua própria vida, seja feliz! Desejo-lhe um mês simples, desfrute do Sol e da simplicidade da Vida.

Susana Laranjeiro Henriques (Técnica Superior de Educação social social@santacatarinada serra.com)


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Na Escola da Luz o mundo é das crianças- A.P.S Chainça

Pedro Vieira - Forserra

Neste dia tão especial para nós e para as nossas crianças, a equipa educativa ofereceu um miminho para que este dia seja sempre recordado. Afinal, o melhor que existe no mundo são as crianças.

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“Direito a crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos.” Todas as crianças têm direito a crescer num ambiente que proporcione o seu bem-estar a todos os níveis, como refere um dos direitos da criança. Assim, o dia 1 de junho de 2016 foi repleto de energia e boa disposição. Iniciou com uma aula de música cheia de magia, entre bolas de sabão e bolas saltitonas, a felicidade das crianças era evidente. Com tanta energia houve ainda tempo para fazer vários jogos tradicionais: o jogo dos sacos, o tapete sensorial, o jogo com as bolas e a pinãta, foi diversão garantida. Mas as surpresas não ficaram por aqui, houve um piquenique com um sabor especial. Depois do almoço tiveram uma tarde de cinema com direito a pipocas feitas com muito amor e carinho para o melhor deste mundo, as crianças. Como o fator surpresa foi um marco deste dia tão especial, na hora do lanche apareceu a mascote da nossa escola adivinham quem é? A luzinha, foi lanchar com as nossas crianças, dar beijinhos e abraços.

Rastreio de Osteoporose Projeto Sénior “ À descoberta das palavras” vai à ESECS- IPL de Leiria No dia 31 de maio pelas 15h00 na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria os Seniores foram partilhar experiências daquilo que têm vivido no Projeto “ À descoberta das palavras” com os estudantes. O seminário realizou-se no âmbito e foi contextualizado na Unidade Curricular de Problemas Sociais da Cultura Contemporânea na temática de Contextos e Trajetórias de Vida, tendo contado com intervenções dos docentes da ESECS Ricardo Vieira e Vera Repolho e, como oradores convidados, Susana Laranjeiro, educadora social da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra e Chainça, Ana Paula Costa Adjunta da Direção do Agrupamento de Escolas de Caranguejeira e Santa Catarina da Serra, e de Graciete Rodrigues e Lurdes Alves, professoras voluntárias. Na sessão, Faustino, Rosa, Isaura e Maria Inácia, alguns protagonistas deste projeto, partilharam a experiência de fazerem parte da turma sénior e o que mudou na vida deles desde que esta aventura começou. Foi uma tarde muito agradável para todos os presentes e essencial para quem está aprender a lidar com os seniores. A nossa turma é sem dúvida um exemplo de vida, que nos ensina que nunca é tarde para aprender. Acreditamos que para crescer é essencial haver amor e humildade. Agradecemos a todas as pessoas que contribuem para este projeto acontecer.

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Nos dias 18,19 e 20 de maio a Farmácia Pastorinhos de Fátima realizou na nossa Freguesia 3 rastreios gratuitos de osteoporose (Associação de Desenvolvimento Social da Loureira, Auditório da Junta de Freguesia e Associação de Promoção Social de Chainça) para toda a comunidade. Foram rastreios com muita aderência que têm como principal objetivo prevenir e alertar para determinados sintomas.

Comemoração do dia Europeu dos Vizinhos

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No dia 31 de maio pelas 10h30 a Comissão Social de Freguesia teve a iniciativa de comemorar na Freguesia o dia Europeu dos vizinhos com o objetivo de envolver mais a comunidade, sensibilizar para a socialização entre vizinhos que se tem vindo a perder com o tempo. O Centro Social e Paroquial de Santa Catarina da Serra e a Associação de Desenvolvimento Social da Loureira foram para a rua distribuir o “baú do vizinho”. Este baú continha uma mensagem com uma sugestão a cada pessoa. Foi uma iniciativa com muita aderência, ao qual as pessoas foram muito receptivas. Os nossos idosos, passearam, conversaram e sensibilizaram as pessoas que socializar traz saúde. “5 Minutos de conversa por dia nem sabe o bem que lhe fazia!”

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Adquira o livro Estudo Histórico e Documental da Freguesia de Santa Catarina da Serra na Secretaria da Junta de Freguesia secretaria@santacatarinadaserra.com 244741314


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Desportivamente Falando

Sendo os meses de Maio e Junho, os meses em que acontece o final das competições desportivas, este mês não vou referir-me a qualquer feito desportivo, pois querendo continuar fiel ao que inicialmente projetei para este ano em que a UDS, comemora os 40 anos, publico uma foto que tem não 40, mas sim mais de trinta anos. Até porque também estes mesmos dois meses, foram e continuam a ser aqueles em que normalmente a maioria da eleição dos vários órgãos sociais, foram (são) eleitos de 2 em 2 anos. Tal como vai acontecer concretamente este ano. Virgílio Gordo Com esta foto, quero sobretudo realçar sempre o excelente ambiente de sã convivência, entre quem dirigiu (dirige) e quem O autor ainda escreve de acordo com a antigo acordo ortográfico como jogador fez (faz) parte ao longo de todos estes anos parte da UDS. Demonstra um convívio com os que eram caçadores e os que não eram, formado por dirigentes, jogadores e alguns amigos. O ano, julgo ser o de 1982, pois um dos escritos que se encontra no verso da foto é: “Assim começou a fortalecer-se o “Espírito de Grupo”, que anos mais tarde nos levaria a sagrar-nos Campeões Distritais”! Ora esse feito, aconteceu na época de 84 /85. Aqui ficam os nomes dos diretores, amigos e jogadores, que participaram na “Caçada” na zona do Pafarrão, em plena sombra da Serra d´Aire.

Depois de no mês anterior, não ter publicado esta coluna, aqui ficam todos os resultados e respectivas classificações finais de todas as equipas da UDS. Com excepção do Futebol de Formação, cuja análise ficará para o próximo mês. Com a imprescindível entrevista ao respectivo Coordenador. Quanto aos resultados que fui analisando ao longo dos meses em que duraram a competição, deixo ao critério de cada um dos meus fiéis leitores, a análise dos mesmos e às respectivas classificações, alcançadas por cada uma das equipas unionistas. Não posso no entanto deixar uma palavra particular para o feito dos Juniores. Pela primeira vez na história da UDS, uma equipa das camadas jovens, atingiu na mesma época duas finais. A Taça Distrital, já está na Sede do clube! Quanto á segunda, quando o jornal chegar à maioria dos seus assinantes e leitores, já se saberá se a UDS, ficou pelos dois títulos de campeão que já possui neste escalão, ou se conseguiu a primeira dobradinha da sua história no que aos escalões jovens diz respeito! .

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FUTEBOL DE 11 SENIORES

Em cima, da esquerda para a direita: António Lebre, Custódio, Jorge Neto, Luciano Silva, António Gonçalves (Guerra), José Gonçalves (Zé do Vale), Armando Mendes, José Augusto Antunes, Mendes, já falecido, (pai do Armando Mendes), João Ribeiro e Armando Lebre. Em baixo, pela mesma ordem: Tónico Marcelino, Tó Zé Carmo, Virgílio Gordo, José Fernandes (Zé da Passa), José Vieira, e António Oliveira (Jogador-Treinador).

A UDS, ao Serviço da “Comunidade”

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meiros anos a grande dinamizadora de quase tudo o que dizia respeito, não só ao Desporto e ao Futebol em particular, como ao movimento social e cultural. Até porque em termos culturais, a nossa freguesia nunca foi muito forte, para além do que é hoje o Rancho Folclórico de São Guilherme, que se encontrava inativo! Lembro, os torneios de futebol entre lugares da freguesia, os Passeios de bicicleta, as “Picarias” e outros eventos realizados no nosso Campo da Portela. Um dos que foi um dos grandes ex-libris da nossa terra, “A Festa de Natal” que congregava à sua volta centenas de crianças!Mais tarde com a continuidade alcançada no Futebol de Formação, alicerçada depois com a construção do atual Complexo Desportivo.

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Resultados

Recordações

Nesta fase em que a UDS se encontra num período algo crítico, como normalmente foram e são quase sempre as fases de eleições para os seus órgãos sociais, gostaria não só como atual diretor, mas sobretudo, como sócio e amigo, diria até “amante”, transmitir algo do que me vai na alma, acerca das Assembleias gerais que sempre foram e continuarão a ser necessárias para que as eleições se realizem, tal como transcrevem os Estatutos. Realçar desde logo, os anos antes e depois da sua fundação! Antes para dizer que na freguesia, existiam duas ou três “Associações” (Chainça, Loureira, Sobral, Santa Catarina) mais fruto do movimento associativo após o 25 de Abril de 1974, do que como Associações concretamente! Foi pois a UDS, nos seus pri-

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-- Comunidade --

Vieram os títulos, quer a nível do futebol sénior e juvenil, culminando hoje com a inscrição de muitas dezenas de crianças e jovens, que sem a prática desportiva, mais facilmente entrariam por outros caminhos que não o Desporto!Ora é isto, que para mim e tenho a certeza para a maioria da população da nossa terra, sócios ou não do clube está em causa! Assim é primordial a participação de todos na suspensa Assembleia-Geral a ter continuidade no próximo dia 15! Participar, é o “Apelo” que os atuais órgãos sociais e as cerca de 3 dezenas de sócios que estiveram presentes na primeira parte da Assembleia-geral realizada no passado 30 de Maio, aqui deixam. Não esqueças! Dia 15 na Sede na Bancada Poente está um lugar à tua espera!

Campeonato Distrital da 1ª Divisão – 2ª Fase – Apuramento de Campeão 7ª Jornada: ARCUDA (Albergaria dos Doze), 0 – UDS, 2. 8ª Jornada: Atouguiense, 4 – UDS, 3. 9ª Jornada: UDS, 1 – Maceirinha, 3. 10ª Jornada: Figueiró dos Vinhos, 3 – UDS, 4. 11ª Jornada: Portomosense, 4 – UDS, 2. 12ª Jornada: UDS, 2 – Boavista, 1. 13ª Jornada: Avelarense, 1 – UDS, 2. 14ª Jornada, (última): UDS, 4 – ARCUDA, 2. Classificação final: 4º lugar.

JUNIORES Campeonato Distrital da 1ª Divisão – 2ª Fase – Zona Norte 1ª Jornada (em atraso): UDS, 6 – Sporting Pombal B, 1. 3ª Jornada: UDS, 2 – Figueiró dos Vinhos, 2. 4ª Jornada: UDS, 3 – Boavista, 2. 5ª Jornada: Pelariga, 0 – UDS, 3. 6ª Jornada: Sporting Pombal B, 1 – UDS, 2. 7ª Jornada: UDS, 7 – ARCUDA, 0. 8ª Jornada: Figueiró dos Vinhos, 2 – UDS, 2. 9ª Jornada: Boavista, 0 – UDS, 0. 10ª Jornada (última): UDS, 1 – Pelariga, 1. Classificação final: 1º da Zona Norte. Depois de terem vencido brilhantemente em Albergaria dos doze a Taça Distrital da categoria (a 1ª do clube, neste escalão) diante do Sporting Pombal A, os Juniores disputam este Sábado na Benedita a Final do Campeonato com o Atouguiense da Atouguia da Baleia.

JUVENIS Campeonato Distrital da 1ª Divisão – 2ª Fase – Grupo B – Série C 4ª Jornada: Mirense, 0 – UDS, 4. 5ª Jornada: UDS, 1 – Portomosense, 2. 6ª Jornada: UDS, folgou. 7ª Jornada: UDS, 2 – Biblioteca, 2. 8ª Jornada: Maceirinha, 2 – UDS, 2. 9ª Jornada: UDS, 5 – Mirense, 0. 10ª Jornada (última): Portomosense, 0 – UDS, 0. Classificação final: 3º lugar na respectiva Série.

INICIADOS Campeonato Distrital da 1ª Divisão – 2ª Fase – Zona Norte 3ª Jornada: Pedroguense, 0 – UDS, 1. 4ª Jornada: UDS, 8 – Ansião, 0. 5ª Jornada: GRAP (Pousos), 2 – UDS, 2. 6ª Jornada: Boavista, 1 – UDS, 0. 7ª Jornada: UDS, 1 – Figueiró dos Vinhos, 1. 8ª Jornada: UDS, 1 – Pedroguense, 0. 9ª Jornada: Ansião, 2 – UDS, 3. 10ª Jornada (última): UDS, 2 - GRAP (Pousos), 1. Classificação final: 3º lugar na Zona Norte FUTSAL MASCULINO Campeonato Distrital da 1ª Divisão – 2ª Fase – Grupo B – Zona Norte 9ª Jornada: UDS, 2 – Boavista, 1. 10ª Jornada: Avelarense, 3 – UDS, 1. 11ª Jornada: UDS, folgou. 12ª Jornada: UDS, 4 – Dino Clube, 1. 13ª Jornada: Académico Leiria, 5 – UDS, 3. 14ª Jornada (última): UDS,12 – Charneca Redinha, 3. Classificação final: 1º lugar na Zona Norte. Final Distrital do Grupo B nos Barreiros: UDS, 2 – Dino Clube (Santiago de Litém), 2. 1 – 2, nos pontapés da marca de Grande Penalidade. FEMININO Torneio Complementar - Série B 1ª Jornada: UDS, 2 – Louriçal, 8. 2ª Jornada: UDS, folgou. 3ª Jornada: Pocariça, 4 - UDS, 0. 4ª Jornada: UDS, 1 – Vidais, 4. 5ª Jornada: Ribafria, 7 – UDS, 2. 6ª Jornada; UDS, 1 – Alcaidaria, 4 7ª Jornada (última): Dom Fuas, 2 – UDS, 0. Classificação final: 7º na Série B.


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-- histórias da História --

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Leiria e Ourém: província da Estremadura em 1758 No ano de 1936, o território português foi alvo de reformulação no âmbito da divisão administrativa, tendo sido delineadas onze províncias: Minho, Trás-os-Montes e Alto Douro, Douro Litoral, Beira Litoral, Beira Alta, Beira Baixa, Ribatejo, Estremadura, Alto Alentejo, Baixo Alentejo e Algarve. Quarenta anos depois, a Constituição de 1976 não fez qualquer referência às províncias, o que permite deduzir que as mesmas foram suprimidas, pelo que algumas, como a do Ribatejo, tiveram uma duração efémera. De facto, em trabalho editado pelo autor no Jornal de Minde, onde é colaborador, é demonstrado que aquele território nunca existiu sobre a designação mencionada. Na realidade, a área atribuída ao Ribatejo pertenceu, ao longo dos séculos, à província da Estremadura, à da Beira e, a sul, à do Alentejo (vide: SILVA, Vasco Jorge Rosa da Silva, "Alcanena: províncias da Estremadura e Beira (1758)", in Jornal de Minde, Ano LXI, n.º 687, 30 de abril de 2016, p. 4). Estas unidades administrativas remontam ao Portugal medievo. No caso de Leiria e no de Ourém, que aqui importa dissertar, os respetivos territórios estavam inseridos na importante província da Estremadura, desde há séculos, e não na da denominada Beira Litoral, definida, tal como a do Ribatejo, no sobredito ano de 1936. No âmbito do folclore, as regiões leiriense e oureense (ouriense) fazem parte, como salientam os folcloristas, da Estremadura. Vejamos, de seguida, com base em documentação histórica coeva, científica, a inserção das freguesias dos dois concelhos neste espaço geográfico e não no da Beira, com o qual não se identifica. O trabalho tem por suporte as designadas memórias paroquiais de 1758, inquéritos governamentais enviados a todas as freguesias do Portugal de então e aos quais os respetivos clérigos deveriam clarificar, na resposta à primeira questão, em que províncias estavam os territórios por si administrados. Para Leiria, com transcrição do historiador Saul António Gomes: 1. AMOR. O pároco José Luís Carreira, cura, não referiu, em 1758, a que província pertencia o espaço geográfico pelo qual era responsá-

vel. 2. ARRABAL. O cura José Pereira Baptista respondeu, no ano supra, que a «freguezia de que se trata está situada na provincia da Estremadura» (vide: GOMES, Saul António, Notícias e Memórias Paroquiais Setecentistas 8 (Leiria), Viseu, Palimage, 2009, p. 137). 3. AZOIA. O clérigo João Nogueira não registou, a 12 de abril de 1758, qualquer informação relativa à localização provincial da respetiva paróquia (p. 150). 4. BAROSA. Também o cura José Ferreira dos Santos não adiantou, a 15 de abril, resposta alguma relativamente à situação da sua freguesia numa província (p. 162). 5. BARREIRA. O padre António Lopes Saraiva deixou registado, a 30 de março, que a freguesia estava «situada no lugar da Barreyra he provincia da Estremadura» (p. 175). 6. CARANGUEJEIRA. O eclesiástico, não identificado, anotou, no ano de 1758, que a paróquia estava na «provincia da Estremadura» (p. 187). 7. CARVIDE. O cura, não identificado, registou que Carvide estava na «provincia da Estremadura» (p. 200). 8. COIMBRÃO. O padre António Pereira, cura, esclareceu, a 6 de abril, que a sua paróquia ficava na «provincia da <Estremadura>, perto do mar». No texto original rasurou Beira Baixa (p. 218). Na Carta Chorographica de Portugal de 1901, a Beira Baixa principiava em Vila de Rei e Sertã. Apesar de as configurações terem sido alteradas ao longo dos séculos, o território de Leiria era (e é) da Estremadura. 9. COLMEIAS. Francisco Pereira Nobre, cura, referiu, a 4 de abril, que a paróquia de Colmeias ficava, claramente, na «Estremadura» (p. 237). 10. CORTES. O padre José Carvalho Pereira, cura, deixou escrito, a 7 de março, que o «lugar das Cortes de Leyria está na provincia da Estremadura» (p. 257). 11. LEIRIA. O eclesiástico responsável pela memória paroquial de Nossa Senhora da Conceição da sé de Leiria, não identificado, anotou: «Nobilita a provincia da Estremadura a este reyno de Portugal com a cidade de Leyria» (p. 390). 12. MACEIRA. O cura, não identificado, respondeu, a 6 de abril de 1758, direta-

mente: «Esta freguesia de Maceira está na provincia da Estremadura» (p. 439). 13. MARRAZES. O padre José da Rosa, cura, na memória paroquial de Arrabalde da Ponte, redigida em 1758, registou que a freguesia estava na «provincia da Estremadura» (p. 429). 14. MILAGRES. O clérigo de Ribeira de Agodim, cura, não identificado, não esclareceu, em 1758, a que província pertencia a respetiva freguesia (p. 448). 15. MONTE REAL. O cura António Duarte da Rosa anotou, a 12 de abril, que está «esta povoa e villa de Monte Real na provincia da Estremadura» (p. 464). 16. MONTE REDONDO. A 10 de abril de 1758, escreveu o cura João da Costa e Silva que a respetiva paróquia estava localizada na «provincia da Estremadura» (p. 478). 17. PARCEIROS. O cura de Parceiros, João Ribeiro, não identificou a província (p. 490). 18. POUSOS. O pároco João Rodrigues Homem, cura, esclareceu, a 11 de abril, que o território pelo qual era responsável ficava na «provincia da Estremadura» (p. 498). 19. REGUEIRA DE PONTES. O eclesiástico, não identificado, anotou que a sua paróquia ficava na Estremadura (p. 515). 20. SANTA CATARINA DA SERRA. O clérigo João Pedro, segundo Vasco Jorge Rosa da Silva (vide: SILVA, Vasco Jorge Rosa da, e VICENTE, Joaquim das Neves, Santa Catarina da Serra: Estudo Histórico e Documental, Santa Catarina da Serra, Junta de Freguesia, 2013, p. 397), ou João Pereira, de acordo com Saul António Gomes, clarificou, a 7 de abril de 1758, que a paróquia estava situada na «provincia da <Estremadura>, pertence ao bispado da cidade de Leiria», tendo rasurado «Beira Baixa». Pela Carta Chorographica de Portugal de 1901, a Beira Baixa principiava em Vila de Rei e Sertã. 21. SOUTO DA CARPALHOSA. O vigário José Amado registou, a 31 de março, que ficava «esta freguezia na provincia da Estremadura» (p. 542). Tal como para o caso de Leiria, também para o de Ourém, estudado, de forma inédita, por Vasco Jorge Rosa da Silva, investigador em História, se verifica que os clérigos responsáveis pelas paróquias oureenses (ou-

rienses) registaram (aqueles que anotaram) que as respetivas freguesias se localizavam na senecta província da Estremadura, à exceção do de Espite, que, como se irá verificar, escreveu, também, Beira Baixa, o que nos parece incorreto. Para Ourém, com transcrição do autor: 1. ESPITE. Em 1758, fazia parte do termo de Leiria. De Espite desanexaram-se Cercal e Matas. O cura Manuel de Sousa Ferreira registou, a 7 de abril de 1758, que a paróquia ficava «entre Estremadura e Beira Baixa» (vide: SILVA, Vasco Jorge Rosa da, "As Memórias Paroquiais de Ourém: 1758", in Nova Augusta, Torres Novas, Câmara Municipal, 2011, n.º 23, p. 67). Pela Carta Chorographica de Portugal de 1901, a Beira Baixa principiava nos termos de Vila de Rei e Sertã. Tal como se mencionou para o caso leiriense, apesar da alteração secular dos limites das províncias, Ourém era (e é) da Estremadura. 2. FÁTIMA. O clérigo João Pereira, cura, não referiu, a 12 de abril, a que província pertencia a paróquia pela qual era responsável (p. 69). 3. FORMIGAIS. Em 1758, pertencia ao concelho de Tomar. O vigário-geral, Miguel Frazão Furtado, não deixou qualquer informação relativamente ao assunto em apreço. 4. OLIVAL. De Olival desanexaram-se Gondemaria e Urqueira. O eclesiástico João Rodrigues, cura, não identificou, a 10 de junho, a província da sua paróquia (p. 73). 5. OURÉM. De Ourém constituíram-se as freguesias de Atouguia, Nossa Senhora da Piedade e Nossa Senhora das Misericórdias. O cura Luís António Flores, coadjutor da colegiada de Ourém, anotou, em 1758: «Na provincia da Estremadura em trinta e nove graos e quarenta e tres minutos de latitude, e nove, graos, e sincoenta minutos de longitude» (vide: SILVA, Vasco Jorge Rosa da, "Memória Paroquial de Ourém: 1758 [transcrição]", in Nova Augusta, Torres Novas, Câmara Municipal, 2015, n.º 27, p. 261). 6. RIO DE COUROS. O padre José Gaspar de Santo António, cura, escreveu, a 13 de março de 1758, que a respetiva paróquia ficava na «provincia da Estremadura», embora tenha riscado «comarca que dizem da Beira

Baxa» (vide: SILVA, Vasco Jorge Rosa da, "As Memórias Paroquiais de Ourém: 1758", in Nova Augusta, Torres Novas, Câmara Municipal, 2011, n.º 23, p. 77). A província da Beira Baixa tinha início, segundo a Carta Chorographica de Portugal de 1901, em Vila de Rei e Sertã. 7. SEIÇA. De Seiça desanexaram-se Alburitel e Caxarias. O cura Luís Ferreira escreveu com exatidão: «1. Esta freguezia fica em a provincia da Estremadura» (p. 78). Em suma, historicamente nunca existiu qualquer província designada por Ribatejo, antes três, de origem medieval, com os nomes de Estremadura, Beira e Alentejo. Territórios considerados "ribatejanos", como Alcanena e Torres Novas, a título de exemplo, situavam-se, em 1758, sobretudo na província da Estremadura. Também Leiria e Ourém faziam (e fazem) parte da Estremadura.Bibliografia sumária: - BECA, José A. F. de Madureira, Carta Chorographica de Portugal: contendo a divisão administrativa por concelhos e o estado da rede ferroviária e das estradas ordinárias no fim do ano de 1901, Lisboa. GOMES, Saul António, Notícias e Memórias Paroquiais Setecentistas 8 (Leiria), Viseu, Palimage, 2009, pp. 124, 137, 150, 162, 175, 187, 200, 218, 237, 257, 390, 429,

Vasco Jorge Rosa da Silva Paleógrafo e Epigrafista Leiria - Ourém 439, 448, 464, 478, 490, 498, 515, 525 e 542. - SILVA, Vasco Jorge Rosa da Silva, "Alcanena: províncias da Estremadura e Beira (1758)", in Jornal de Minde, Ano LXI, n.º 687, 30 de abril de 2016, p. 4; - SILVA, Vasco Jorge Rosa da Silva, "Fundação da província do Ribatejo: 1936", in Diário de Leiria, Ano 28.º, n.º 5.396, 22 de março de 2016, terça-feira, p. 8; - SILVA, Vasco Jorge Rosa da, "As Memórias Paroquiais de Ourém: 1758", in Nova Augusta, Torres Novas, Câmara Municipal, 2011, n.º 23, pp. 67, 69, 71 e 77-78; - SILVA, Vasco Jorge Rosa da, "Memória Paroquial de Ourém: 1758 [transcrição]", in Nova Augusta, Torres Novas, Câmara Municipal, 2015, n.º 27, p. 261. - SILVA, Vasco Jorge Rosa da, e VICENTE, Joaquim das Neves, Santa Catarina da Serra: Estudo Histórico e Documental, Santa Catarina da Serra, Junta de Freguesia, 2013, p. 397. pub


JUNHO 2016

LUZ DA SERRA

-- sociedade --

Foto Memórias Desde Janeiro de 2011 que vimos publicando, todos os meses, fotografias que marcaram gerações e épocas da freguesia de Santa Catarina da Serra e Chainça

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Literatura da nossa Freguesia O Diário de Mulher O diário da mulher É confuso e baralhado Vendo a primeira parte Vê-se bem que é complicado.

Tem letrinhas pequeninas Feitas com muito poder Por vezes ficam escondidas Pouca gente as pode ler.

Vai escrevendo ou talvez não Pois tudo sabe de cor O que se vê apagado É ela no seu melhor.

Escreve no seu diário Que não gosta de estar só Vai tecendo a sua teia E não dá ponto sem nó.

DR

Ela só faz o rascunho Que o destino está traçado Troca as voltas ao diário Tudo está desalinhado.

Festas na Chainça da criança na decada de 50

O diário não tem fim Aqui fica uma parte O resto fica á deriva Para quem tem poder ou arte.

por Lúcia Ribeiro

Arquivo Histórico Tem fotos ou vídeos sobre a Freguesia de Santa Catarina da Serra ou da Chainça? Eventos de Associações, fotografias de locais ou pessoas de referência? A ForSerra está a reunir e a catalogar fotografias sobre o passado da Freguesia de Santa Catarina da Serra e Chainça. Não ficamos com qualquer suporte (fotografia ou video ). Copiamos o seu registo para formato digital sem estragar o original. Contacte-nos e ajudenos pub


LUZ DA SERRA

última

-- divulgação --

JUNHO 2016


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