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Crucificar os crucifixos Há pouco tempo na europa renegou-se claramente a história marcada pela fé em Jesus Cristo que lhe foi trazendo os valores que fizeram dela uma sociedade avançada e hoje continuam a rejeitar-se as convicções e a fé que a podem guiar por um caminho de afirmação da humanidade e do respeito. Este mal vai lavrando como o fogo que destrói para outras sociedades que perdem a identidade porque já perderam o norte. Encontrei um artigo que vou transcrever sobre a questão dos crucifixos. “ Será que os cristãos têm direito a usarem crucifixos ao pescoço? Depende. Se o símbolo religioso é usado em países como o Sudão ou a Nigéria, eu não aconselho tamanha insensatez: exibições blasfemas desse tipo podem significar uma condenação à morte. Mas que dizer da decisão do governo inglês que, confrontado com um caso judicial, se prepara para considerar o uso de um crucifixo no trabalho como causa justa para despedimento? continua na Pág. 3

Miguel Marques

MENSÁRIO DE SANTA CATARINA DA SERRA - JUNHO 2012 - 1€ PREÇO DE CAPA

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A Loureira primou na organização da festa do Divino Espírito Santo

Pensamento do mês

Fátima, 95 anos depois

“O Sonho comanda a vida, mas é na vida que se podem realizar os sonhos e, só interessa realizar os que fazem a alma grande”

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Moção contra agrupamentos de escolas

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Ass. da Chainça junta sócios e amigos em convívio Miguel Marques

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A 83ª caminhada a Fátima

Freguesia anima Feira de Maio em Leiria Pág.13 divulgação


LUZ DA SERRA

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Reunião Familiar na Loureira

19/5 – Armando José de Oliveira Brites, de Pousos, Leiria e Vânia Cristina Pereira Gomes, da Donairia. Foram padrinhos: Lino João Dias Pereira e José Lopes Domingos; madrinhas: Rosa Maria de Jesus Oliveira e Sónia Margarida Pereira Gomes Costa 26/5 – Paulo Miguel de Oliveira Pereira, da Donairia, e Liliana Sofia da Silva Oliveira, da Loureira. Foram padrinhos: Hélio Vieira Alves e Ilídio Gonçalves Ribeiro; madrinhas: Sílvia carvalho Eduardo de Sousa e Celina Mendes dos Santos

23/5 – Manuel Joaquim da Conceição Neto, solteiro, da Chainça, deixou este mundo aos 63 anos de idade 24/5 – António Ferreira Filipe, viúvo de Maria José, partiu para a casa do Pai no entardecer das suas longas 92 primaveras.

Festa em Honra de Santa Catarina Realizaram-se no passado dia 6 de Maio as tradicionais festas em honra da nossa padroeira Sta. Catarina, organizada pelos homens e senhoras nascidos em 1962. O ponto alto da festa foi a Eucaristia, onde todos se uniram e empenharam. Houve venda de andores, bar, quermesse, oferta de filhós e café a toda a comunidade. A festa decorreu dentro da normalidade e o dia não podia ser melhor, pois até o S. pedro ajudou. Este convívio superou as nossas espectativas. Agradecemos a todos os que se empenharam e esforçaram para a realização deste festejo. Os festeiros

Pesquisa mostra que os norte-americanos a favor do aborto são cada vez menos

Quinta da Sardinha A família, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se incorporaram no seu funeral ou que de algum modo manifestaram o seu pesar. Os filhos

Aos familiares enlutados “O Luz da Serra” apresenta sentidas condolências e une-se em oração de sufrágio

Notícias Diversas

Washington DC, 24 de maio de 2012 (ACIDIGITAL) - Uma pesquisa revelou esta semana que a porcentagem de americanos que se identificam como "pro-choice" (pró-eleição ou a favor do aborto) chegou a seu nível mais baixo. A pesquisa da prestigiosa firma Gallup assinala que 41 por cento dos americanos se identificam com esta postura, com um queda de 6 por cento (47) com respeito a outra pesquisa de julho de 2011. Em 2006, 51 por cento da população se declarava a favor do aborto. A pesquisa assinala ainda que "a Gallup começou a perguntar aos americanos se estes se definiam como pro-choice ou pró-vida, com respeito ao aborto, desde ano 1995. Desde então a identificação mudou e as diferenças foram reduzidas". Em questões de moral, 51 por cento de americanos consideram que abortar está mal, enquanto que o 38% deles afirma que é moralmente aceitável. Esta perspectiva virtualmente não variou desde maio de 2011. Quanto à legalidade, 72 por cento de americanos afirma que o aborto deve ser legal, enquanto que 52% considera que deve sê-lo sob certas cir-

Esta casa que estava profundamente degradada está agora com um rosto novo e com as novas possibilidades. Nove pequenas residências para idosos, o museu da paróquia, uma nova sede para o agrupamento de escuteiros, uma sala para a conferência vicentina, onde fará as suas reuniões e o armazém, uma sala de trabalho para a pastoral e ainda 6 quartos para peregrinos que resultaram do aproveitamento do sótão. O dinheiro é pouco, mas contamos com a colaboração de todos para esta obra de recuperação e requalificação da casa que o P. Faria construiu há cerca de 70 anos. Esta recuperação é uma parceria da paróquia com o Centro Social Paroquial. Estamos a programar a inauguração e possível visita para o início do mês de Julho, provavelmente com uma pequena festa de cariz musical.

Peregrinos a caminhar Milhares de peregrinos passaram pela nossa terra por ocasião da Peregrinação Aniversária do 13 de Maio. A fé continua a marcar a vida das gentes do norte e isso manifesta-se nos grupos que entraram na nossa Igreja para fazer oração e no espírito de recolhimento e de respeito com que passavam muitas pessoas a quem agradecemos profundamente o testemunho. No entanto, também se percebem muitas faltas de cuidado nos detritos e na porcaria que deixam pelo chão apesar da campanha “Serra Limpa” organizada pelos escuteiros, e muita falta de educação nas palavras e atitudes tomadas por alguns cujo espírito é mais de turismo que de peregrinação. Ainda há muito para fazer no sentido da nossa formação humana e cristã.

Chuva tardia Apesar da chuva tardia, a maioria das culturas dos nossos campos ainda se salvou. Batatas, cereais e leguminosas produziram ainda alguma coisa e as árvores de fruto, bem como as oliveiras têm uma apresentação prometedora. Vale sempre a pena recorrer a Deus que nunca abandona o seu povo. A poluição e as mudanças que a sociedade vai impondo no planeta com a industrialização e consumismo desenfreado, estão a mudar as leis atmosféricas, se assim se pode dizer, mas o Amor de Deus, esse não pode ser mudado nem pelas atitudes mais vis do homem.

DR

António Ferreira Filipe N. 19/07/1919 F. 24/05/2012

2012

A “Casa Padre Faria” está já na fase da conclusão das obras

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19/5 – Alberico Pereira Neto Rosa, do Ulmeiro e Dina Sofia de Oliveira Gomes, do Marrazes, Leiria. Foram padrinhos : Horácio Gonçalves de Oliveira e Patrich Silva dos Reis; madrinhas: Maria da Conceição Pereira Ribeiro e Deolinda Neto Rosa

A Srª. Maria Inácia Ribeiro reuniu todos os filhos, netos e bisnetos num restaurante na Loureira, em paz e alegria no passado dia 8 de Abril, dia de Páscoa. Alegria e conversa entre família, ficou a esperança de repetir no próximo ano se Deus quiser. Fernando Silva, Loureira (filho)

Miguel Marques - Arquivo

27/5 – Bruno Alexandre Rito Pereira, filho de Alcides Moniz Pereira e de Suzete Vieira Rito, da Chainça. Foram padrinhos: João Carlos Silva de Carvalho e Rosinda Sofia Gomes Frazão.

JUNHO

-- família paroquial --

cunstâncias, enquanto que 20 por cento manifesta uma posição mais extrema ao considerar que deve ser legal sob qualquer circunstância. 25 por cento de americanos considera, por sua parte, que o aborto deve ser ilegal sob qualquer circunstância. A pesquisa foi realizada entre os dias 3 e 6 de maio com uma mostra de 1.024 adultos e uma margem de erro de + ou - 4 por cento. Jornal “O Amigo do povo”

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JUNHO 2012

Editorial

É impossível EDUCAR sem DEUS Instruir é transmitir conhecimentos. Educar é moldar o coração; é formar a consciência; é ensinar a viver em paz consigo mesmo e com os outros; é construir a PAZ. Disse Einstein:”A ciência torna o ser humano culto, mas não o faz BOM”. Victor Hugo, por sua vez escreveu:”Abrir uma escola é fechar uma prisão”. Se isso fosse verdade, não haveria necessidade de tantas prisões, tantas casas de recuperação; não haveria tanta corrupção; porque nunca houve tantas escolas como agora; tantos doutores, como em nossos dias. Depende da orientação da escola. A escola sem disciplina, sem respeito, torna-se uma casa de corrupção, de anarquia. É só acompanhar de perto a TV e os jornais para se convencer disso. “A razão e a experiência demonstram que sem a religião, não há moralidade”(Washington). A religião disciplina a vontade do educando. É mais importante um coração bem formado do que uma cabeça bem cheia de conhecimentos. Escreveu anos atrás um jornal comunista russo: “Nós continuamos ateus, mas não

podemos deixar de reconhecer que a religião é uma escola de moralidade e de educação” (Lit. Rossiya). Já diziam os romanos: “De que nos servem as leis sem os bons costumes?”. A disciplina é a alma da educação. Construção da personalidade Ao criar o ser humano, Deus deposita em cada um os elementos necessários à formação da personalidade. São chamados INSTINTOS de conservação da vida, de reprodução, instintos social e ético ou religioso. Não dependem do grau de cultura nem da religião; são comuns a todos. É por este motivo que todos sentimos fome (conservação da vida). Todos sentimos atracção pelo sexo oposto (reprodução da espécie). Todos gostamos de conviver com os da nossa idade (inst. social). Todos, mais cedo ou mais tarde, nos questionamos sobre o sentido da nossa vida, sobre nosso futuro e a existência de Deus (instinto ético ou religioso). Educar é ensinar a bem usar os instintos. Eles

são o material de construção do nosso carácter. O projecto de construção é dado por Deus Criador. Traduz-se nos 10 mandamentos. Jesus resumiu-os em 2. Na despedida, na 5ª feira santa juntou-os num só: “Dou-vos o NOVO Mandamento: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei ”. (Jo. 13,34). Esta é a solução milagrosa para uma sociedade humana de irmãos. Quando todos o observarmos, não haverá mais guerras, nem fome, nem violência, nem traições, nem injustiças…Teremos um MUNDO NOVO. Este é o plano de Deus para a Humanidade. Depende da observância do Mandamento Novo. Depende de todos nós. “Observa os mandamentos do Senhor e serás bem sucedido em todos os teus empreendimentos.” (1 Reis 2,2-4 . confira também Dt 11, 26-28). “A moral do Evangelho é o mais belo presente que Deus podia dar aos homens”, disse Montesquieu. Pretender educar sem Deus é caminhar para a desordem, para a violência, para a anarquia; é caminhar

P. Serafim Marques

para a destruição da Família e da Sociedade. Escreveu D. Aquino Correia: “A religião cristã é o contrapeso da liberdade. Se abandonarmos a religião, a liberdade se precipitará na anarquia”. A melhor, polícia que existe no mundo é a consciência cristã bem formada. Conclusão: É TREMENDA a responsabilidade dos pais, dos educadores e dos Governos frente ao futuro da Sociedade. É indispensável o trabalho da Igreja, dos Evangelizadores e o BOM EXEMPLO dos adultos. Alguém dizia: “Se educarmos bem as crianças e os jovens, não será preciso ir retirá-los da prisão mais tarde”. Sem a educação RELIGIOSA é IMPOSSÍVEL formar cidadãos RESPEITADORES, HONESTOS e HONRADOS.

Testemunhos vivos marco chamou a polícia, mas quando lá chegaram a filha já lá não estava. Segundo parece, alguém tinha avisado os proxenetas. Foi aí que Susana Trimarco começou a perceber a teia de cumplicidades entre os que fazem tráfico de mulheres – os que raptam jovens como Marita e as forçam a prostituir-se – e aqueles que era suposto impedir esse tráfego. Falando com algumas das mulheres no bordel, começou a ter ideia de uma rede. Mas para entrar lá dentro, não podia confiar em ninguém. Tinha de ser ela própria. Assim fez. Vestiu-se

como uma madame, treinouse para usar linguagem a condizer, e começou a visitar as casas de prostituição de que foi tendo conhecimento. Desde então, Susana dedica a sua vida a combater este crime no país. Na busca pela filha, resgatou centenas de mulheres de prostíbulos. Também criou a Fundação María de los Ángeles, que presta assistência às vítimas e ajudou a capacitar juízes, promotores e polícias para lidar com o tráfico de mulheres. Já libertou e deu guarida a cerca de 500 raparigas apanhadas nas malhas do tráfico de mulheres. Mas ainda falta

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Continuação da página 1

Os pormenores vêm na última edição do "Sunday Telegraph" e reportam-se aos casos de Nadia Eweida, funcionária da British Airways, e Shirley Chaplin, enfermeira. Ambas foram suspensas por se recusarem a remover os crucifixos enquanto trabalhavam. A sra. Chaplin acabou mesmo demitida. P. Mário de Agora, o governo de David CaAlmeida Verdasca meron prepara-se para apoiar a decisão das entidades empregadoras junto do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, votando a favor da proibição do uso de crucifixos. A Igreja Anglicana já protestou: a atitude do governo é um ataque à fé cristã e uma tentativa de remeter a religião para as margens da sociedade contemporânea. Com a devia vénia aos reverendíssimos prelados, discordo. A decisão não é um ataque à religião. É pior: um ataque à liberdade individual de manifestarmos crenças ou valores em público sem temermos represálias por isso. Essa, aliás, era a grande superioridade do Ocidente sobre o resto, a começar pelo Islã: se os outros persistem em punir com severidade qualquer desvio à fé oficial, o Ocidente, depois de séculos de conflitos sangrentos, entendeu as vantagens de dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César. Isso não significa, ao contrário do que pensam os fanáticos do secularismo, que o espaço público deva ser limpo de qualquer exibição de religiosidade. Significa que, precisamente por habitarmos estados seculares, todas as exibições de religiosidade são legítimas. Se o Ocidente começa a destruir esse património civilizacional em nome de um multiculturalismo analfabeto e demente, desconfio que nem um milagre do Altíssimo nos poderá salvar da intolerância e da decadência.”

Rectificação

A coragem de uma mãe Li a história no Expresso de há dias. Susana Trimarco sofreu uma reviravolta há dez anos. Em 3 de abril de 2002, a sua filha, María de los Ángeles Verón, desapareceu em San Miguel de Tucumán, capital da província argentina de mesmo nome. Marita, como era conhecida, foi sequestrada na rua quando ia ao ginecologista. Tinha 23 anos e deixou uma filha de 3. Chegou a ser vista em duas casas de prostituição da província de La Rioja, mas a polícia desconhece o seu paradeiro. Após uma notícia na rádio, alguém os contactou para dizer que tinha visto Marita num bordel. Tri-

LUZ DA SERRA

-- vida da comunidade --

encontrar a filha Marita, ou saber o que lhe aconteceu. Conforme ela diz, se eu não tenho descanso eles também não hão-de ter. E a prova disso é o julgamento de 13 homens acusados pelo desaparecimento de Marita, que neste momento já decorre. Entre os acusados contamse vários polícias. Em 2007 recebeu nos Estados Unidos o prémio internacional "Mulher de Coragem" e este ano é candidata ao Nobel da Paz. E merece-o! in: Jornal “O Amigo do Povo”

Na edição anterior deste jornal, na publicação da foto histórica, o título deveria ser: A festa dos 50 nos anos 60. Na agenda cultural, não foi a Ass. de S. Miguel que comemorou o seu aniversário no dia 25 e 26, mas sim o C.C.R.V. Tacão. Aos nossos leitores, as sinceras desculpas. pub

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LUZ DA SERRA

Santuário de Fátima vai ter licenciatura em Ciências Religiosas

A Paróquia de Santa Catarina da Serra peregrina mais uma vez a Fátima

Miguel Marques

Recordar o início

livre. E este foi o momento culminante desta peregrinação ao local, onde milhares de peregrinos, rezam e pensam no dom da vida que Deus lhes deu. A fé de um povo torna-se mais forte nos momentos mais difíceis e num dia de chuva como foi este, acreditamos que à nossa frente Alguém caminhava. E nós caminhámos uns com os outros; aproximámo-nos mais uns dos outros. Andámos por caminhos anteriormente percorridos por outros que deixaram sinais, para que encontrássemos o nosso. Viemos mais confortados com o amor da nossa Mãe e confiantes que ela nos dará a coragem e a força para continuarmos a nossa caminhada de cristãos. E para o ano, se Deus quiser, cá estaremos nós numa nova peregrinação até Fátima.

2012

No dia 29 de Maio de 1930, pela primeira vez e quase em jeito de promessa, a paróquia de Santa Catarina da Serra foi a Fátima celebrar a festa da Ascensão. Estava um dia mais ou menos de sol, pelo que dizem. Numa conversa com duas ou três pessoas que participaram nesse dia e recordam com alegria essa manhã e essa tarde, constatei que a caminhada não foi nada fácil. Os tempos eram outros, a estrada e as pedras eram obstáculos a vencer, mas todos foram em verdadeiro ato de fé e de amor. Ainda bem cedo, com um saquito nas mãos e lá dentro um pedaço de broa, umas sardinhas ou qualquer outra coisa. Era o almoço que ia juntar todos num convívio saudável, aguardando a recitação do terço, na parte da tarde. Ao chegar a Fátima e depois de se rezar o terço, sentados nos troncos das árvores e nas pedras, participou-se na Eucaristia, celebrada num barracão. Não havia ainda a basílica. Cansados, mas felizes, as pessoas desta terra, regressaram às suas casas novamente a pé.

Fernando Valente

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É o resultado de um protocolo com centro de Formação e Cultura da Diocese e a Faculdade de Teologia da Universidade Católica.

Luis Oliveira - Santuário de Fátima

A Peregrinar há 83 anos

No dia 20 de Maio, um pouco depois das oito horas, as pessoas das várias comunidades da paróquia foramse reunindo com os seus estandartes junto à igreja matriz para a 83ª peregrinação ao Santuário de Fátima. A chuva estragou um bocadinho, mas mesmo assim muitos resistiram às dificuldades e acompanhados pelo seu pastor, padre Mário Verdasca, puseram-se a caminhar. Iniciou-se com o convite à oração. Jesus chamou-nos e nós respondemos, louvando-O pela vida e por tudo o que nos ofereceu com amor. Animados pelos cânticos, lá fomos embebidos no mesmo espírito, até ao regaço da nossa Mãe, que nos aguardava para acolher com toda a sua doçura. Foi uma caminhada serena, calma e num ambiente de silêncio e de muita fé. Ao chegarmos a Fátima, foram muitos os que se dirigiram até à Capelinha das Aparições para participar na oração do terço e mais tarde na Eucaristia, celebrada ao ar

JUNHO

-- vida da comunidade --

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Um curso em Ciências Religiosas vai começar a ser lecionado a partir de setembro em Fátima, com a duração de três anos e conferindo o grau de licenciatura, anunciou esta quarta-feia o Santuário. Segundo a agência Lusa, o curso resulta de um protocolo de cooperação firmado na terça-feira entre o Santuário de Fátima, o centro de Formação e Cultura da Diocese de Leiria-Fátima e a Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa. Os estudos serão realizados em modalidade «b-learning» - ou seja, em regime semipresencial -, o que permite concretizar a assistência das aulas em dois dias da semana, em horário pós-laboral, às quartas e quintas-feiras, entre as 18:00 e as 22:30, em instalações do

Santuário de Fátima. As condições de acesso a esta licenciatura são as normais para o acesso a qualquer curso de ensino superior. «A licenciatura em Ciências Religiosas tem como destinatários todos os cristãos interessados em formação teológica», pode ler-se no comunicado do Santuário de Fátima. Por um lado, «visa proporcionar uma formação teológica estruturada aos colaboradores da Diocese de Leiria-Fátima e aos do Santuário de Fátima, de modo a valorizar a colaboração que prestam». Por outro, salienta o Santuário de Fátima, pretende também «facultar aos professores de Educação Moral e Religiosa Católica a aquisição da formação científica necessária na sua área de docência e possibilitar aos

agentes de pastoral uma formação adequada para o exercício dos ministérios que exercem». A licenciatura tem ainda como destinatários os membros de congregações e institutos religiosos, em especial aos presentes na zona de Fátima, possibilitando-lhes «um aprofundamento teológico e um complemento de formação». A primeira fase das candidaturas decorre de 4 a 20 de julho e a segunda de 3 a 07 de setembro. A primeira fase das matrículas realiza-se de 26 a 31 de julho, e a segunda entre 12 e 14 de setembro.

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JUNHO

Fernando Silva, Loureira (festeiro) sentir um vazio estranho em mim dizendo-me que a festa acabou. Não a festa em si, mas uma falta de atividade, anterior, a convivência, a unidade, a amizade e o apoio de todos os participantes. Jovens de 62, homens e mulheres que mostraram simpatia, amizade, convivência, honestidade e alegria entre todos. Sinto-me disposto a repetir de novo essa convivência entre amigos. Até à próxima. Obrigado

Quer expressar a sua opinião neste espaço? Envie-nos a o seu comentário até ao final de cada mês por email: luzdaserra@santacatarinadaserra.com Nota: Os textos deverão ter no máx. 2000 caracteres e deverão chegar à redacção devidamente identificados com nome, morada e contacto do autor, mesmo que a publicação se pretenda anónima.

Famílias em Mudança Ana Sofia Pires Estudante do 1º Ano de Licenciatura em Enfermagem “Todos nós somos seres sociais” e, consequentemente, há a necessidade de sermos solidários. Esta necessidade estava ligada ao trabalho, às religiões, aos sindicatos, o que não se verifica nos dias de hoje. De acordo com vários estudos, actualmente esta solidariedade está associada à família. Nas últimas três décadas do século XX, a família tem sido alvo de várias mudanças. Mudámos de um tipo de família em que a mulher estava em casa a gerar os filhos e sob a autoridade de um homem (Pai/Marido/Filho varão) para uma família aberta à sociedade. Mas com esta mudança vieram muitas mais. A principal mudança prende-se com a diminuição da nupcialidade e a diminuição de casais a assumirem o compromisso como casal, tanto civil como religioso. A seguir, vem a diminuição da natalidade e, o prolongamento da esperança de vida, como podemos observar cada vez mais nas nossas ruas que se enchem com idosos, em vez de crianças a brincar. Constamos também que aumentam os divórcios e por conseguinte, a fragilidade dos casais e a mobilidade dos membros da família, o que origina o alargamento das famílias monoparentais, ou seja, é a mãe ou o pai que fica com o(s) filho(s). Aumentam também as famílias recompostas (um dos membros volta a casar ou simplesmente, “junta-se” com outra pessoa), e aumentam igualmente, as uniões de facto. Continuando com as transformações, há que referir o elevado número de bebés a nascerem fora do ca-

samento e o aumento do número de pessoas a viverem sozinhas. A partir de certo ponto, começa a ser perceptível que passamos de uma socialização autoritária para uma educação menos directiva, por exemplo, apesar da educação ser menos autoritária, a noção de respeito não desapareceu. Na família contemporânea, os filhos tornaram-se interlocutores dos pais, pois a escuta dos pais favorecerá o conhecimento dos filhos. Hoje em dia, o capital/herança transmitida de pais para filhos, tem mais a ver com a cultura e os estudos, de modo a terem acesso a emprego mais ou menos assegurado e, consequentemente um nível de vida melhorado. Porém surgem novas preocupações pois há um crescente empenho da mãe nas actividades profissionais o que faz com que os filhos desde tenra idade sejam con-

frontados com mais agentes de socialização para além da sua família. Contudo o pai deve continuar, agora mais que nunca, a ter um papel activo na educação dos filhos, mesmo em caso de divórcio porque a criança não têm apenas direito aos seus dois pais, mas também ao casal dos seus dois pais. Posto isto e, aludindo agora à conjugalidade, podemos dizer que a construção da família conjugal tem sido descrita como um processo de valorização das relações, sentimentalização, privatização e individualização. A família moderna tem uma maior dependência do estado e das suas instituições, o que se traduz numa intervenção mais directa na educação, nos cuidados com as crianças e jovens, na assistência e apoio aos idosos, nos cuidados e controle da saúde. Ana Nunes de Almeida diz-nos: “para se ser feliz, tem de se viver em

casal”. Todavia aumentaram o número de famílias com uma só pessoa e isolados, mas está comprovado que amor e afeição permitem a criação de laços de confiança. Apesar deste turbilhão de mudanças há algo que continua: a preocupação pelos filhos. A família contemporânea, tal como a família dos século XIX e/ou XX, não recusa os filhos, aliás os laços inter-geracionais revelam-se cada vez mais fortes. A família tornou-se mais estável, menos patrimonial e mais afectiva, procurando que os laços familiares sejam reinventados e construídos. Em jeito de conclusão, podemos dizer que a família tem sabido transformar-se e adaptar-se às mudanças da sociedade e da modernidade, sofrendo mudança mas também sendo causadora da mesma.

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Homenagem à nossa professora Uma pessoa amiga No dia 2 de Maio, Quarta feira, celebrou-se a missa em homenagem aos nossos mortos e, porque não, homenagear também os vivos? Foi o que se fez à nossa professora D. Maria Luísa pelos seus 80 anos de vida e 62 anos a residir no meio de nós, na Chaínça. Agradecemos ao Sr. Deus por esta dávida a quem tanto

devemos. A missa foi presisidida pelo Sr. Padre Elísio, seguindo-se para a sala de catequese onde havia chá, café, um saboroso moscatel, coscorões e bebidas. Esteve presente um número considerável de pessoas, que se deliciaram com tudo isto.

Miguel Marques - Arquivo

Festa de Santa Catarina

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D.R.

2012

Caríssimos amigos e leitores deste nosso jornal “Luz da Serra”. Escrevo estas poucas palavras para vos dizer o que sinto, hoje, dia seguinte após a Festa de Santa Catarina. A festa foi linda, o dia foi soleado, deu para fazer e organizar uma procissão com fé e honra à nossa padroeira, Santa Catarina. Organizada pela juventude de 62 que com dedicação e fé, se esforçou para que tudo corresse bem. O dia seguinte ao qual me refiro, é o dia após a festa. Foi o acordar de manhã e

LUZ DA SERRA

-- correio do leitor --


LUZ DA SERRA

JUNHO

-- diversos --

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2012

Associação de Promoção Social da Chainça

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Chainça em união Como todos os anos a Associação de Promoção Social de Chainça, festeja o dia de sócio. Este ano os membros da Direcção decidiram ter presente os sócios que já partiram para a casa do pai. O dia começou muito cedo para as funcionárias da instituição, pois foram elas que fizeram toda a preparação do almoço, de maneira a estarem presentes na igreja às dez horas para a animação da liturgia, sendo as leituras lidas pelas mesmas e o salmo cantado pela directora tecnopodagogica. Recordamos os nossos sócios falecidos com um pequeno gesto, iniciando a eucaristia com um cortejo do fundo da igreja. Na frente ia um representante da Instituição, levando uma grande vela representando todos os sócios falecidos antes de 2011. Em seguida, um familiar de cada sócio falecido

Miguel Marques / Arquivo

Associação festejou mais um aniversário reunindo sócios e simpatizantes

em 2011 e 2012, também levou uma vela em representação do mesmo, colocandoa aos pés do altar. Estas foram-se consumindo durante o tempo da celebração. À hora do pai-nosso, os mesmos familiares foram chamados ao altar e com a vela acesa, rezaram a oração que, tantas vezes, tinham rezado com o seu familiar que já

partiu para casa do pai. Os mesmos, ao chegar o momento da paz, desceram fazendo o gesto da paz à assembleia. A celebração terminou com o cântico “ Cristo quer a tua ajuda”, pois é esse o dever da nossa Instituição, ajudar quem mais precisa. Em seguida realizou-se um almoço servido pelas funcionárias, com uma tarde re-

cheada de variedades artísticas, algumas da nossa terra, prolongando-se com baile pela noite dentro. A Direcção agradece a todos os que ajudaram a preparar este dia tão especial para a Instituição assim como a todos os que participaram. Contamos com todos para o próximo ano.

Coisas da nossa Terra As memórias do Vale Travado e do Casal da Fonte da Pedra No ano de 1758 o padre-cura da Serra, João Pedro, (há quem prefira dizer João Pereira, mas eu continuo a dizer João Pedro, pois são essas as letras que eu vejo na assinatura do seu manuscrito seguida dos habituais rodilhados e, além disso, o nome de João Pereira não faz parte da lista de padres que prestaram serviço ao longo dos anos nesta freguesia) no inquérito de âmbito nacional e promovido pelo Secretário dos Negócios do Reino, cuja elaboração pertenceu ao Pe. Luís Cardoso, académico da Academia Real de História e destinado ao Dicionário Corográfico, no volume 34, folha 1059 e seguintes com o título: SERRA, SANTA CATARINA. Na resposta ao Bispo escrevia que nesta freguesia “existem muitos vales e outeiros”, mencionando alguns vales e oiteiros, sem nunca se referir ao Vale Travado, Vale da Mó, Vale das

Ficha Técnica Jornal Luz da Serra Nº453 - Junho de 2012 Ano XXXVIII ERC 108932 - Depósito Legal Nº 1679/83

Sobreiras, Vale das Carvalhas, Vale Salgueiro e Vale Travesso, todos muito próximos uns dos outros, mas de termos diferentes. Há notícias que nos informam terem existido também, em tempos atrás, famílias no Vale Travado, mas no Inquérito o padrecura somente referenciou o Casal da Fonte da Pedra. No Inquérito o padre-cura é muito claro: “ o Casal da Fonte da Pedra tem hum morador, o Cazal da Magueixia tem trez vizinhos, o lugar do Ulmeiro tem dezoito moradores”. Há noticias posteriores que nos informam que, tanto no Vale Travado, como no Casal da Fonte da Pedra, existiram outras e mais famílias. Os registos paroquiais confirmam a existência de duas famílias no Vale Travado que era a família do Manuel Reis e a sua mulher Maria Jacinta, ele filho de Joaquim Pereira

e Jacinta Maria, moradores no Escandarão e ela, do lado da mãe, filha de José dos Reis e a Ana Luísa, residentes na Várzea; a família do Joaquim Pereira e a sua mulher Maria do Carmo eram filhos de Joaquim Pereira e Jacinta Maria, do Escandarão e de José dos Reis e Ana de Jesus, da Várzea, freguesia de Ourem. Tinham a profissão de serradores. O Casal da Fonte da Pedra na altura não era considerado uma povoação e apenas habitado pelos criados dos donos do dito Casal que foi de um tal Mascarenhas de Pombal. Tendo em conta o que nos deixou para a história o presidente da Junta de Paróquia da Freguesia de Santa Catarina da Serra Sr. Manuel Francisco Barbeiro ao mencionar as estremas da freguesia, escreve na acta: “por todo o Vale do Poço abaixo, até ao açude do lagar do Manuel Pereira, das Fon-

tainhas, ficando o dito lagar da freguesia da Vila de Ourém; daí sobe pela ladeira acima pela estrema do Casal do Mascarenhas, de Pombal, até ao Brejo e para o lado do Olival a começar na Charneca do Povo, até ao alto das Barrocas da Biqueira”. Nos registos dos batismos o Casal da Fonte da Pedra aparece-nos como sendo propriedade dos fidalgos da Quinta do Salgueiro D. Joana Benedita de Faria Pinho de Vasconcelos Soares de Albergaria, solteira e do seu irmão José de Faria Pinho e Vasconcelos Soares de Albergaria, casado com D. Luísa da Silva Ataíde. A Joana Benedita, com o título de 1.ª Viscondessa de Faria Pinho, nasceu no ano de 1850 e o José de Faria Pinho, no ano de 1838 com o título de 2.º barão do Salgueiro, ambos na Quinta do Salgueiro, desta freguesia de Santa Catarina da Serra.

A designação do Mascarenhas de Pombal deixou de aparecer nos registos referenciados mas, em abono da verdade não consegui averiguar, com clareza quem teria sido o Mascarenhas de Pombal, mas continuo a pesquisar e tudo leva a acreditar que este Mascarenhas terá sido um tal D. José de Mascarenhas que herdara a casa e o título dos duques de Aveiro e relacionado com Marquês de Pombal. Por volta do ano de 1911 a propriedade “Casal da Fonte da Pedra” foi vendida pela quantia de 11 mil escudos (11 contos) ao Sr. José Pereira nascido em 31.10.1872, casado em primeiras núpcias com Maria dos Reis, nascida a 18.3.1890 e falecida em 8.1.1922, partilhando com os filhos do casal os bens existentes e reservando para si o “Casal da Fonte da Pedra”, tal como fui informado. Casou em segundas núpcias

Domingos Marques Neves

com D. Águeda dos Reis Vieira, nascida a 12.11.1897. O Sr. José Pereira faleceu no ano de 1960 e a sua esposa no ano de 1969, conforme consta no mausoléu da família existente no cemitério da freguesia de Atouguia. Nota: As informações constantes deste apontamento foram obtidas dos arquivos oficiais e de entrevistas particulares por mim realizadas.

Continua na próxima edição

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Os textos assinados e publicados no jornal LUZ DA SERRA – que podem ou não traduzir a linha de orientação deste jornal – são da inteira responsabilidade dos seus autores.


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LUZ DA SERRA

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Associação dos Amigos da Secção de Bombeiros da Sul do Concelho de Leiria

Centro Social Paroquial de Santa Catarina da Serra

Comemoração do O XIV aniversário Dia da Mãe!

No passado dia, 4 de Maio, as mães das crianças da Creche do CSPSCS foram convidadas a comemorar este dia de uma forma diferente com as crianças. O desafio era desenhar o rosto do filho, tendo como ponto de partida os olhos das crianças. O resultado foi surpreendente, descobrimos verdadeiras Mães artistas. Como prémio, cada uma recebeu um miminho do seu filho.

Obrigado por nos terem saciado de tanta boa disposição No passado dia 5 de Maio, realizou-se o Festival da Sopa Solidária, no salão paroquial da Chainça. Organizado pelo Grupo de Acção Social do Tagus – GASTagus- associação juvenil sem fins lucrativos, com sede no Instituto Superior Técnico no Taguspark, que funciona desde 2008. O principal objetivo é sensibilizar os jovens universitários e recém-licenciados para as desigualdades da sociedade e do mundo, através da promoção e realização de atividades de voluntariado em Portugal, no Brasil e em África (Angola, S. Tomé e Príncipe e Cabo Verde). As atividades em África e no Brasil centram-se, sobretudo, na área da saúde, por exemplo, formação de enfermeiros e ações de sensibilização, e de educação, como a formação de professores, apoio escolar, dinamização de atividades de ocupação dos tempos livres, organização da Biblioteca, e formação multimédia. Para isso, cada membro do GASTagus passa por um processo de preparação e crescimento que dura um ano, durante o qual assiste a formações, participa em reu-

niões, atividades de voluntariado nacional e de angariação de fundos e de materiais para os novos projetos. No que se refere aos projetos, todos dependem dos fundos angariados pela equipa ao longo do ano. Organizam-se diferentes iniciativas, tais como o evento que juntou a freguesia, desde novos e graúdos em torno de 15 tipos de sopas e outras iguarias. A animação, as mãos de todos os que contribuíram e a disponibilidade de todos, transformaram este simples jantar numa alavanca imprescindível para a realização do festival. Agradecimentos sinceros!! Obrigada por nos terem saciado de tanta boa disposição. Para mais informações sobre a GASTagus e o nosso trabalho visita h p://www.gastagus.org e donativos para 0035 2169 0003 3596 230 22 (com descritivo: A donativo) Nélio Costa e Sónia Oliveira

A data oficial é o dia 6 deste mês, mas quando a Associação de Bombeiros da Serra se transformou na Associação dos Amigos dos Bombeiros do Sul do Concelho, englobando as 4 freguesias que a compõem, como havia e há muitos eventos da mais variada ordem durante este mês, encontrou-se no primeiro Domingo de Julho o dia ideal para celebramos esta data festiva. Até porque há 4 anos atrás, foi lançada nesse Domingo a 1ª pedra do quartel, com a realização de um grandioso cortejo de oferendas. Como muitos se recordarão no ano passado não foi possível benzer o mesmo no dia da inauguração. Embora ainda não esteja elaborado o programa definitivo dos festejos, o que já está em concreto é a bênção do quartel, no Domingo, dia 1 de Julho e uma viatura de desencarceramento vinda do quartel sede.

Snack Bar “O Bombeiro” está encerrado, … Encontra-se encerrado temporariamente, desde o dia 20 do mês passado, o espaço destinado ao convívio dos bombeiros, associados e público em geral no quartel da nossa associação. O motivo principal, deve-se ao facto de ser necessário uma nova gerência. Se tudo correr dentro do planeado, reabrirá a meados deste mês. A direcção da associação pede a maior compreensão por parte de todos os envol-

Miguel Marques - Arquivo

DR

Aproxima-se a passos largos mais um aniversário da Associação

vidos, com especial destaque para a população que tanto nos tem ajudado. Estamos certos que, com a reabertura do mesmo, a motivação para partilharmos aquele espaço vai renascer em grande, já que isso é o que acontece normalmente, quando existem novidades nas Associações.

A nossa presença na Feira de Maio Tal como no ano passado, a actual direcção aderiu à participação na Tasquinha Gastronómica da freguesia no respectivo espaço da feira anual em Leiria. Com a organização da Forserra, a nossa presença foi significativa, tal como a das outras associações da freguesia que também aderiram.

Mais uma vez ficou demonstrado, que a nossa terra em termos de associativismo, pede meças a qualquer outra.

A actividade Operacional Por incrível que pareça, não há um dia em que não haja notícias acerca de negociações, acerca do transporte de doentes não urgentes. O que faz com que na realidade, quer a nossa associação e muitas ou quase todas as outras e a população em geral, não saibam com o que podem contar. Pela parte que nos toca, o que pudemos fazer é esclarecer, dizendo que face ao que se vai percebendo e com os tempos que correm, é bom que quem não é sócio dos Bombeiros, que o faça. Os custos com os doentes não

urgentes vão recair sobre, a população em primeiro lugar e depois sobre as Associações de Bombeiros. Só a taxa de saída de uma ambulância do quartel custa 25 €, verba que os nossos sócios não pagam, por determinação da actual direcção com aprovação da Assembleia-geral. De salientar ainda, que só essa taxa, dá para pagar a quota anual de sócio e ainda sobram 10 €. Faça-se sócio, pois está a contribuir não só para a manutenção da Associação e respectivo Corpo de Bombeiros, como ainda poupa dinheiro.

Continuam à cobrança as quotas referentes ao ano de 2012. Se possível, façam o seu pagamento no quartel, ou então junto dos cobradores, existentes em cada núcleo das 4 freguesias. div


LUZ DA SERRA

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Festa do Divino Espírito Santo

As três senhoras

Organizada pelo ramo da Loureira, Santa Catarina da Serra preparou-se para a festa para ver passar as senhoras de cestas à cabeça. Na festa do Espírito Santo Há uma grande tradição, De quatro em quatro anos A Loureira dá o pão. Três senhoras da Loureira O que se haviam de lembrar: Arranjar umas cestinhas, Para o pãozinho levar. Começaram por enfeitar As poceiras na perfeição, Colocando papoulas e malmequeres, Deixando lugar para o pão. Era um projeto só delas Um projeto pequenino. Como veem teve sucesso E não ficou pelo caminho. Começaram com três poceiras Muita gente se quis juntar, Cada vez há mais pessoas Que as querem acompanhar.

Miguel Marques

Teve lugar, no passado dia 27 de Maio, em Santa Catarina da Serra, a tradicional Festa do Divino Espírito Santo, com missa solene de Pentecostes, celebrada pelo Reverendo Padre Mário Verdasca, pároco da freguesia, a que se seguiu procissão e bênção do “Pão do Espírito Santo” que, ao fim da tarde, foi distribuído em abundância, junto de, aproximadamente, quatro mil e quinhentas pessoas, que rumaram até Santa Catarina da Serra e encheram por completo o adro da Igreja Matriz, dando assim continuidade a uma tradição, cujas origens se perderam no tempo, sendo de admitir que, em Santa Catarina, se tenha dado sequência a uma tradição muito antiga, existente na freguesia-mãe de S. Martinho, em Leiria, onde, pela festa do Pentecostes, como conta o Couseiro, no Capítulo 36.º, era oferecido “bodo geral” a todas as pessoas que o desejavam receber. Este ano de 2012 teve como mordomos da Festa do Espírito Santo 320 moradores da Loureira, que levaram muito a sério tão elevado encargo e tão nobre tradição. Muitos dias antes teve início, no alpendre anexo à capela da Loureira, a preparação esmerada das poceiras e das arcadas que as encimam, guarnecidas a papel branco e flores multicoloridas, antes de nelas se prender o pão a transportar. Se no passado o pão, uma vez posto em sacos brancos, era transportado apenas nos carros de bois, enfeitados com ramos verdes e guarnecidas as arcas a papel, de há duas décadas para cá, foi introduzida uma novidade que trouxe maior brilho à festa e ao cortejo. Inspirando-se na Festa dos Tabuleiros de Tomar, algumas senhoras da Loureira, a partir dos anos 90 do século vinte, passaram a acompanhar os carros, já não de bois mas carros automóveis, com

poceiras e cestos de pão à cabeça, ricamente adornados. E assim aconteceu uma vez mais. Os 6.000 pães confecionados foram levados, em romaria solene, da Bemposta para Santa Catarina, por 80 senhoras, trajadas a rigor, com poceiras à cabeça, zelosamente decoradas, e ainda em 26 cestos mais pequenos, estes levados por crianças. Também foi possível observar, como novidade absoluta, as velhas bicicletas ou “pasteleiras” com seus seirões de vime, transportando algumas dezenas de pães. Para carregar tanto pão foi necessário recorrer ainda ao transporte em algumas carrinhas, gentilmente disponibilizadas pelos seus proprietários. O cortejo do “pão alvo”, ladeira acima, emprestou àquela artéria central de Santa Catarina um colorido desusado, único e esplendoroso. O esplendor das poceiras e dos andores pôde observar-se de novo na procissão solene que teve

lugar, após a Eucaristia, no adro e à volta do adro antes da bênção solene. O cortejo e a procissão foram abrilhantados pela Filarmónica dos Pousos que emprestou à festa brilho e dignidade bastantes. Pode dizer-se que este evento revelou, uma vez mais e ao seu melhor nível, o brio e o entusiasmo das gentes da Loureira que vêm já de longa data. Manda a tradição que, em ano bissexto, seja o ramo da Loureira a encarregar-se do “Pão do Divino Espírito Santo”. Perguntarão muitos pela razão ou pela origem de um tal costume. A explicação é a que se segue. No longínquo ano de 1944, em plena Segunda Guerra Mundial, num dos anos mais graves de “seca meteorológica”, “seca agrícola” e seca hidrológica” [o Instituto de Meteorologia refere uma sequência de 29 meses (1943/1944/1945) sem chuva], perante tantas dificuldades em adquirir o trigo necessário, o saudoso pároco de

então, o Reverendo Padre Joaquim Pereira das Neves, viu-se forçado a convocar as Comissões das Festas e a declarar que não haveria distribuição do Pão do Espírito Santo nesse ano. Inconformados, os moleiros da Loureira, num gesto de solidariedade digno de registo, tomaram a decisão de proverem por si próprios a angariação e a moagem de trigo suficiente para que se evitasse a interrupção de tão nobre tradição. E porque assim sucedeu nesse ano bissexto, ficou, desde então, acordado que o ramo da Loureira asseguraria, sozinho, de futuro, em todos os anos bissextos, a distribuição do Pão do Divino Espírito Santo. Joaquim Neves Vicente

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Miguel Marques

Miguel Marques

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Senhoras homenageadas: D.ª Lúcia Ribeiro, D.ª Maria Inácia Ribeiro e D.ª Maria da Conceição Ribeiro

Queremos homenagear As senhoras da nossa Terra, Que são do lugar da Loureira De Santa Catrina da Serra. Lúcia da Conceição Ribeiro, Deu ideias e trabalhou. É exemplo de coragem E esta festa mudou Maria Inácia Ribeiro É uma Senhora querida Humilde e trabalhadora É um exemplo de vida. Maria da Conceição Ribeiro Passou a vida a trabalhar. Tem Deus no seu pensamento Sua vida é de Louvar. Autora: Lúcia Ribeiro 27 de Maio de 2012

Confraternização dos mordomos da Festa Já na segunda-feira, dia 28, a partir das 19:00 horas, após missa de ação de graças na capela da Loureira, com homenagem às senhoras que introduziram, há justamente 20 anos, a novidade das poceiras coloridas, os mordomos da Festa reuniram-se junto ao salão da capela para uma agradável confraternização. Feitas as contas, liquidada a parte correspondente a cada mordomo, houve bodo com o pão sobrante, carne assada regada com bom tinto, filhós e até bolo comemorativo, com música ao vivo.

Obrigada, minhas senhoras, Por nos ajudarem tanto. Que sejam abençoadas Pelo Divino Espírito Santo.


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Fátima, 95 anos depois Locais e factos históricos que o povo cristão evoca em 13 de Maio isso, com as generosas ofertas dos peregrinos, tem-se apetrechado devidamente, podendo considerar-se um dos melhores santuários do mundo. Para a projeção nacional e internacional de Fátima muito tem contribuído a passagem por terras de Portugal e de todo o mundo, quer da imagem da Virgem que se venera na Capelinha das Aparições quer das suas réplicas transformadas em “imagens peregrinas”. Em Portugal é de referir o Movimento da Mensagem de Fátima que, em 1984, sucedeu à “Pia União dos Cruzados de Fátima” instituída pelo Episcopado (1934) para apoio espiritual e material à Acção Católica Portuguesa.

1. Local Povoação e freguesia do conc. de Ourém, em plena serra de Aire, cujo nome, de origem árabe, tanto é atribuído a uma moura com este nome (nome também da filha querida de Maomé) como a um topónimo comum com o sentido de colina. É hoje mundialmente célebre pelo seu santuário mariano.

rado o processo canónico sobre os acontecimentos (1922), o bispo da diocese de Leiria (restaurada em 1918), declarou formalmente (Carta Pastoral de 13.10.1930) «dignas de crédito as visões das crianças na Cova da Iria». Mais tarde, aberto o processo de canonização, Francisco e Jacinta foram beatificados em Fátima, por João Paulo II (13.5. 2000).

3. A “mensagem de Fátima”. Sintetizasse nas palavras de ordem evangélicas de “penitência e oração”, que se foram ilustrando com os ditos e gestos da Senhora e, já antes, do Anjo (oração à SS. Trindade e devoção à Eucaristia). Dela fazem parte os diálogos com os pastorinhos, os pedidos de reza do terço e da devoção ao Imaculado Coração de Maria, e a entrega do “segredo”, de que as duas primeiras Fátima, 95 anos depois Locais e factos históricos que o povo cristão evoca em 13 de Maio partes foram em breve reveladas (visão do Inferno e pedido de consagração da Rússia) e só no ano jubilar de 2000 a terceira (sofrimento do povo e dos papas causados pelo

5. O santuário de Fátima.

Luis Oliveira

No descampado da Cova da Iria (nome do gr. = paz), a 2 km da sede da freguesia e a outros 2 de Aljustrel, de onde eram os pastorinhos Lúcia (10 anos) e seus primos Francisco (quase 9) e Jacinta (7 anos), apareceu a estes, por 6 vezes, de Maio a Outubro de 1917, sempre no dia 13 (excepto em Agosto, por estarem presos, de 13 a 16, em Ourém, mês em que a aparição se deu a 19 nos Valinhos), uma “Senhora mais branca que o Sol”, que veio a revelar-se a 13 de Outubro como a “Senhora do Rosário”. Estas aparições foram preparadas por três outras do “Anjo de Portugal”, em 1916. As multidões começaram a afluir nos dias 13, a partir de Julho, chegando a dezenas de milhares em Outubro, podendo então verificar a sua autenticidade pelo “milagre do Sol”. Pouco depois “foram para o Céu”, como anunciado pela Senhora, os irmãos Francisco (em Aljustrel, 4.4.1919) e Jacinta (em Lisboa, Hospital D. Estefânia, 20. 2.1920). Lúcia, que se consagrou na vida religiosa, primeiro nas Doroteias de Pontevedra e Tuy (Espanha) e, depois, no Carmelo de Coimbra, recebeu várias comunicações da Senhora, complementares da “mensagem de Fátima”, vindo a falecer no Carmelo de Coimbra a 13.2.2005, com 97 anos. Depois de instau-

Luis Oliveira

2. As aparições.

ateísmo militante). É uma mensagem em perfeita concordância com a doutrina da Igreja Católica, exposta em linguagem entendível pelo povo cristão. Da sua ortodoxia e oportunidade deram testemunho quer os Bispos de Portugal quer os Papas, sobretudo os que mais ligados ficaram a Fátima: Pio XII, que consagrou o mundo ao Coração de Maria em 1942; João XXIII que, antes de eleito, presidiu à peregrinação de Maio de 1956; Paulo VI, peregrino no cinquentenário das aparições, em Maio de 1967; o futuro João Paulo I, peregrino em 1977; e João Paulo II que, precisamente um ano depois

de ferido em atentado em Roma, veio a Fátima, a 13 de Maio de l982, agradecer a vida poupada, voltou em 1991 e, de novo, em 2000, para beatificar a 13 de Maio os pastorinhos Francisco e Jacinta, e isto além de muitos gestos e ditos reveladores da sua especial confiança na “mensagem”.

4. Os frutos da mensagem. Em 1917, Portugal e a Europa estavam envolvidos em terrível guerra e, na Rússia, triunfava o comunismo marxista que veio a revelar tendências imperialistas. Em Portugal campeava a fúria maçónica e jacobina contra a

Igreja, com perseguições a bispos e ao clero, encerramento dos seminários, expulsão dos religiosos, violação de igrejas. O povo, porém, sobretudo nas zonas rurais mais cristãs, mantinha-se fiel. A mensagem da Senhora calou profundamente no seu coração e animou o movimento de renovação da Igreja no País. Fátima tornou-se, não só um santuário nacional (e internacional) de peregrinações, mas também um centro de animação da vida religiosa, com os inúmeros encontros, cursos, retiros e outros acontecimentos que ali decorrem constantemente. Para

O coração deste santuário é a “Capelinha das Aparições”, com a pequena ermida construída pelo povo em 1919, hoje protegida por uma estrutura envidraçada. No centro do amplo recinto de oito hectares, encontra-se, desde 1932, o monumento ao Coração de Jesus, tendo na base o fontenário da “água de Fátima” ali aparecida em 1921. A dominar o topo nascente do recinto, está a Basílica (1953) com alta torre sineira e a colunata. Dos dois lados, as Casas de N.ª Sr.ª do Carmo e de N.ª Sr.ª das Dores, com instalações para os serviços e para os peregrinos. No topo contrário ao da Basílica, para além da Av. D. José Alves Correia de Silva (o primeiro bispo da diocese restaurada de Fátima), o Centro Pastoral Paulo VI (1982) e para cá, na área da “Cruz Alta”, foi construído, em 2007, um vasto recinto coberto com 9000 lugares sentados, dedicado à SS. Trindade. (D. Manuel Falcão, Enciclopédia Católica Popular) pub


LUZ DA SERRA

Moção contra agregação

Moção: Conhecida a intenção do Ministério da Educação de prosseguir de forma acelerada e imprudente a constituição de mega-agrupamentos por todo o país, sem atender às especificidades e necessidades das comunidades educativas – intenção reiterada pelo Despacho n.º 4463/2011, de 1 de Março de 2011, e posta em marcha nas últimas semanas pelas Direções Regionais de Educação; Conhecidas as recentes propostas de agregação de agrupamentos avançadas pela DREC para o concelho de Leiria – contra o parecer emitido pelo Conselho Municipal de Educação de Leiria, em 28 de Março passado, favorável à manutenção da rede escolar existente, aprovada ainda há bem pouco tempo a contento de todos os agrupamentos existentes e de todas as comunidades educativas; Conhecidas as deliberações dos Conselhos Gerais de agrupamentos e de escolas não agrupadas do concelho de Leiria contra as agregações, em geral, e contra as propostas da DREC, em particular – deliberações corroboradas em uníssono por todos os diretores dos agrupamentos reunidos com a Sra. Diretora Regional de Educação do Centro, em 12 de Abril passado; Conhecida, em particular, a proposta avançada pela Sra. Diretora Regional de fusão dos agrupamentos de escolas de Santa Catarina da Serra e da Caranguejeira – proposta que foi apreciada, no mesmo dia 12 de Abril, pelo Conselho Geral do Agrupamento de Escolas de Santa Catarina, tendo sido censurada e reprovada, por unanimidade, por múltiplas razões, tal como expostas na Carta/Exposição enviada à Sra. Diretora Regional de Educação pelo Conselho

2012

Outras noticias Orquestra Paganini na nossa Igreja Matriz dia 05 de Julho No âmbito da temporada de orquestras promovidas pelo orfeão de Leiria terá lugar um concerto na nossa freguesia no dia 05/07/2012 (Quinta feira) às 21H30. Convida-se a população a assistir a este grande evento cultural.

Passeio Sénior 2012

Arquivo - Miguel Marques

Discordando com a solução imposta pela DREC na Agregação do Agrupamento de Escolas e Jardins da Serra com o Agrupamento da Caranguejeira, sem que a Junta tenha sido ouvida e após várias diligências sem sucesso, os órgãos autárquicos da Freguesia continuam a lutar para que haja outras soluções e entretanto tomaram a seguinte posição.

JUNHO

-- autarquia --

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Geral; Conhecido o descontentamento notório da Comissão Administrativa do Agrupamento, dos docentes, do pessoal administrativo e técnico, dos pais e encarregados de educação, assim como dos representantes da autarquia e da comunidade; A Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra, interpretando com atenção cívica e responsabilidade pública os legítimos interesses da comunidade de Santa Catarina da Serra, não pode deixar de submeter à apreciação da Assembleia de Freguesia uma moção de reprovação contra a proposta ditada pela DREC por constituir um rude golpe para o prosseguimento de um projeto de ação educativa e cultural a partir do Agrupamento de Santa Catarina, cujos resultados têm sido excelentes. É do conhecimento público que tem crescido e é inequívoca a confiança de Pais e Encarregados de Educação na qualidade da educação e do ensino do Agrupamento. Os pareceres das sucessivas inspeções administrativas e pedagógicas têm confirmado a excelência da escola. Os resultados escolares dos alunos aferidos pelas provas nacionais, de longe os melhores da região, confirmam há quatro anos consecutivos a excelência do ensino e da aprendizagem - razão bastante para que no ano transato uma instituição tão prestigiada e tão exigente como o MONTEPIO GERAL tenha atribuído o Prémio Escolar Montepio à Escola de Santa Catarina da Serra, distinção com a qual foram diferenciadas apenas mais três escolas. A fusão do Agrupamento da Serra com o Agrupamento da Caranguejeira, para além

de implicar o fim de tantas e tão saborosas vitórias, acarretará a perda da autonomia e de identidade e trará imensas consequências perniciosas, de que se destacam: - A comunidade de Santa Catarina da Serra perderia um dos seus efetivos mais valiosos para a educação, animação e dinamização cultural – perda particularmente sentida numa comunidade com tanta dinâmica associativa; - O desaparecimento de um conselho geral e de um conselho pedagógico próprios faria diminuir a participação e o envolvimento da comunidade na escola; - Os professores e todo o pessoal administrativo e técnico, até ao presente, muito motivados e empenhados acabariam por ver comprometidos os seus postos de trabalho; - Os pais e encarregados de educação, sem uma direção efetiva na escola sede de Santa Catarina que assegure uma gestão de proximidade e a qualidade do ensino que tem sido timbre do agrupamento, acabariam por preferir os estabelecimentos de ensino privado de Fátima – o que acarretaria o fim da escola pública em Santa Cata-

rina para os 2.º e 3.º ciclos. Ressalve-se que a ter de haver agregação do Agrupamento de Escolas de Santa Catarina da Serra com um qualquer outro agrupamento, então deveria ser com uma das escolas secundárias de Leiria para assegurar a continuidade do prosseguimento de estudos, mas nunca com um outro agrupamento que não tenha ensino secundário e com cuja freguesia Santa Catarina da Serra não partilhe afinidades relevantes. Santa Catarina da Serra, 20 de Abril de 2012. A Junta de Freguesia A Assembleia de Freguesia de Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria, reunida em 20 de Abril do ano de 2012, apreciou, subescreveu e votou por unanimidade a moção de reprovação contra a proposta, ditada pela DREC, de avançar com a agregação do agrupamento de Escolas de Santa Catarina da Serra com o Agrupamento de Escolas da Caranguejeira. A Assembleia de Freguesia

As inscrições para o tradicional passeio sénior da freguesia abrem no próximo dia 15 de Junho e podem ser efectuadas na secretaria da Junta de Freguesia, diariamente das 09h às 18h. Data do Passeio: 05 de Julho Prazo de inscrição: Entre 15 e 30 de Junho Destino: AVEIRO (com passeio de moliceiro na ria) e CANTANHEDE Hora de embarque: 08H00 Paragem para café: A meio da viagem a informar no autocarro Almoço – no parque: 12H30 Previsto Chegada Santa C Serra: 19H30 Previsto Regras de inscrição: Gratuito para residentes na freguesia com idade 65 anos ou mais. Restantes suportam todos os custos.

Parque Jardim das Oliveiras Festa de São Pedro A obra de requalificação do parque jardim das Oliveiras está em fase de conclusão e a abertura está marcada para o próximo dia 07 de Julho (Sábado) dia em que a população organiza a tradicional festa de São Pedro. Convida-se à participação da população.

Comunicado da Seg. Social A Segurança Social informa que todos os seus profissionais, durante o exercício das suas funções no contacto com os cidadãos, empresas ou estabelecimentos de apoio social, apresentam-se sempre identificados através de um documento autenticado e visível, dando a conhecer claramente o motivo da sua visita. Mais se informa que os profissionais não lidam, em circunstância alguma com dinheiro ouvalores dos cidadãos. Todos os contactos efectuados pela Segurança Social que suspeite, contacte de imediato as autoridades.

Gestão de Combustíveis Avisam-se todos os proprietários, usufrutuários ou entidades que detenham terrenos confinantes a edificações são obrigados a proceder à gestão de combustível numa faixa de 50 metros à volta das edificações ou instalações. As multas vão de 5 mil a 60 mil euros. Consulte o restante edital na Junta de Freguesia.

Assembleia de Freguesia de Santa Catarina da Serra

CONVOCATÓRIA pub

Nos termos do artigo 13º nº1 da Lei 169/99 de 18 de Setembro e pela competência que me confere a alínea b) do artigo 19º da mesma lei, convoco os membros da Assembleia de Freguesia de Santa Catarina da Serra, e a população em geral, para a sessão ordinária que terá lugar no auditório da freguesia em Santa Catarina da Serra, às 21 horas do dia 26 de Junho de 2012. Santa Catarina da Serra, 04 de Junho de 2012 O Presidente de Assembleia António da Conceição Rodrigues


JUNHO 2012

Opinião

partamento. Como disse no início não foi nesta assembleia que foi apresentada qualquer lista para os órgãos sociais. Foi marcada nova Assembleiageral para o próximo dia 18, no intuito de aparecerem uma ou mais listas.

Na minha opinião e baseado no decurso desta Assembleia de Maio, acho que existem condições para que seja possível haver um grupo de sócios que apresente uma lista. Ou estarei enganado? Acho que não, pois todos os presentes se manifestaram mais ou menos publicamente, estando disponíveis para ajudar. Pela parte que me toca, sendo um dos 6 ou 7 sócios fundadores, presente nesta Assembleia, apesar de em termos de liderança estar comprometido na Associação de Bombeiros, como é do conhecimento de todos, estarei sempre disponível a ajudar a encontrar uma solução. Nem que para isso tenha que vir a fazer parte dos futuros órgãos sociais. Num clube, com mais de 35 anos e com o rico historial, também de todos conhecido, era um contra senso deixarmos encerrar uma colectividade num meio do qual todos nos orgulhamos de pertencer, pelo enorme associativismo que temos na nossa terra!

Perante numerosa assistência para um jogo dos escalões de formação, talvez com ligeira superioridade para as nossas gentes, ambas as equipas se apresentaram com grande vontade de vencer, tentando assim inscrever com letras de ouro os nomes dos respectivos clubes na lista restrita de vencedores da Taça do nosso Distrito. A União da Serra, e possivelmente, também o Guiense, tinham como grande falange de apoio os familiares dos seus jovens jogadores, embora fossem muito mais os unionistas se deslocaram a Albergaria dos Doze. Quanto ao jogo na sua globalidade foi muito disputado, aliás, como normalmente em qualquer final, com uma condicionante muito vantajosa para as duas equipas; tendo ambas participado na divisão de Honra no campeonato distrital, jogaram duas vezes entre si, tendo por isso semelhante conhecimento das potencialidades e fragilidades de cada qual. É verdade que para o campeonato a UDS ganhou quer na Portela, quer na Guia, mas como atrás afirmei, uma final é uma final. Optando de início por esquemas tácticos semelhantes, jogando em 4-3-3, desde cedo foi visível que o vencedor viria a ser a equipa na qual militassem, em maior número, os valores individuais. Ora essa equipa é, era e foi a nossa. Começando desde logo na posição dificílima e fulcral de qualquer equipa. Isto é, no Guardaredes. Depois também no sector mais recuado, o quarteto serrano foi sempre mais coeso que o do concelho de Pombal. Quanto ao meio campo e ataque, quer no Guiense, quer na Serra, destacaram-se 2 ou 3 jogadores de cada lado. Daí ter sido nestes sectores que residiu a grande diferença quanto a vencedor e vencido. Outro factor importante foi a alteração realizada pelo técnico serrano, que ao passar o seu jogador mais evoluído e mais desequilibrador, Miguel Pereira de seu nome, do meio campo para a frente de ataque, desbaratou por completo o sector menos forte do adversário, que era e foi a defesa contrária. O resultado de zero a zero ao

Miguel Marques - Arquivo

Virgílio Gordo

Miguel Marques - Arquivo

mais assembleias para se encontrar uma solução. Foi o que aconteceu uma vez mais neste final de mandato da actual Comissão Administrativa. Com a participação de mais de 30 associados, foi salutar o ambiente vivido apesar de uma ou outra opinião divergente, como, é aliás norma de qualquer assembleia de uma também qualquer associação. Então de um clube desportivo, nem se fala! Relativamente ao primeiro ponto da ordem de trabalhos, referente à apresentação, discussão e votação do relatório de contas relativo a esta época desportiva, foi aprovado por maioria, com apenas uma abstenção. Apesar de ter tido declaração de voto é evidente que isso está reservado aos sócios que estiveram presentes na Assembleia, ou à futura consulta da acta da mesma, se algum sócio assim o desejar. Quanto aos outros assuntos, foram analisados vários aspectos como, por exemplo, o “Futebol de Formação”. Foram vários os sócios que intervieram, sempre dentro de um ambiente saudável e de futuras ajudas neste de-

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Jovens da UDS, vencem e convencem …

Desportivamente Falando Como o prometido é devido, este espaço é dedicado exclusivamente à Assembleiageral da União Desportiva da Serra, realizada no dia 28 do passado mês de Maio. Desde que a UDS existe poucos foram os finais de mandato, que tiveram continuidade logo na primeira assembleia-geral realizada para o efeito. Isto é, as várias direcções encontradas em períodos em que não houve recondução dos órgãos sociais em exercício, foram necessárias duas ou

LUZ DA SERRA

-- desporto --

intervalo, já era algo lisonjeiro para os jovens da Guia, pois as maiores e melhores oportunidades foram unionistas, já então com saliência para o guarda-redes contrário, para os jovens Miguel e Edgar Correia da parte da UDS. Ainda antes do primeiro golo serrano da autoria do inevitável Miguel Pereira, com a colaboração activa do guardião guiense à passagem dos 7 minutos após o descanso, já Frederico poderia ter aberto o activo, na sequência de um livre lateral marcado do lado direito pelo mesmo Miguel Pereira. Com a abertura do marcador e pela forma como aconteceu, quem assistia ao encontro ficou com poucas ou nenhumas dúvidas, que o vencedor estava encontrado, apesar de faltar muito tempo para se jogar. Para além do adversário ter acusado o golo sofrido, os jovens jogadores santacatarinenses, mais confiantes, ficaram e sempre sob a batuta do seu capitão, tendo falta mais dois golos. Curiosamente pelo mesmo jogador. Primeiro na sequência de mais um livre e o segundo, neste caso o terceiro da equipa, através de um grande pontapé transformado num grande golo em qualquer campo de futebol, por parte de Frederico. Diga-se em abono da verdade, que o Guiense merecia o golo de honra, pois embora a diferença de 3 golos registada no final não possa ser posta em causa, tiveram 2 excelentes oportunidades para festejarem pelo menos uma vez o tal golo. Primeiro

aos 56 minutos, quando Daniel atirou ao poste serrano e no último minuto do tempo regulamentar, primeiro Loureiro e depois na recarga Curado, fizeram brilhar o jovem Luís Gameiro, que ao contrário do seu adversário de posição, não falhou no mesmo tipo de lances. Do que afirmei anteriormente em termos individuais, apenas acrescento que os melhores jogadores em campo, sem menosprezo para a qualidade e entrega de todos os restantes, foram os dois números 10. Curiosa-

mente ambos capitães das respectivas equipas. Do trabalho da jovem equipa de arbitragem chefiada por Pedro Figueiredo, apenas uma palavra: Irrepreensível! Parabéns aos vencidos e glória aos vencedores. A equipa de Iniciados é a primeira equipa unionista a conquistar uma taça distrital nos escalões de formação. Virgílio Gordo

FINAL DA TAÇA DISTRITAL LEIRIA - INICIADOS Campo Vale da Éguas, em Albergaria dos Doze UNIÃO DA SERRA, 3 CLUBE DESPORTIVO GUIENSE, 0 Ao intervalo, 0 – 0 Luís Gameiro; Bruno Piedade, Diogo Batista, Samuel Alves e Zé Carlos; Miguel Pereira (cap.), Dany Costa e Marco Ferreira; Edgar Correia, (Gonçalo, 51’), Diogo Gameiro e Frederico (Rui Yanco, 62’). Suplentes não utilizados: Ricardo Gordo, Ricardo Fonseca, Roberto Santos, Samuel Rodrigues e João Alves. TREINADOR: Vítor Rodrigues YuriJ; Sousa, (Curado, 59’), Cristiano, Nico e Loureiro; Gonçalo, Tiago (cap.) e Vara; André, Neves e Daniel (Ricardo Neto, 68’). Suplentes não utilizados: Sandro, Coelho, Bernardo, Sebastião e Maurício. TREINADOR: Cláudio Parracho Equipa de Arbitragem, do CA de Leiria Árbitro: Pedro Figueiredo Árbitros assistentes: Rui Figueiredo e Michael Silva. GOLOS: 1 – 0, Miguel Pereira (42’); Frederico (51’) e 57’). Disciplina: Cartão amarelo: Zé Carlos, (60’).


LUZ DA SERRA

Prémios para os melhores alunos O Agrupamento de Escolas de Santa Catarina da Serra procura desenvolver nos seus alunos o prazer de aprender e vai desenvolvendo, ao longo do ano, um conjunto alargado de iniciativas para atingir este objetivo. Procurando incentivar o empenho e esforço dos alunos na realização das Provas Nacionais, o nosso Agrupamento vai oferecer, pela primeira vez, este ano letivo, um prémio “cheque-oferta” aos alunos com melhor desempenho nas Provas Nacionais de Aferição do 4º ano e

JUNHO

-- educação - empresarial --

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nos Exames Nacionais do 6º e 9º ano, provas que se realizam nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. Estes prémios enquadramse no Projeto Escola+, financiado pelo Prémio Montepio Escolar atribuído ao Agrupamento. Pretende-se que os alunos sejam cada vez mais responsáveis pela construção do seu conheci-mento e que se empenhem na busca da excelência. Ana Margarida Marto Reis

Dia da Espiga O Dia da Espiga foi este ano festejado no dia 17 de Maio. As crianças da creche celebraram este dia de uma forma diferente. Todos juntos fizemos pão, e fomos ao campo apanhar Papoilas (símbolo de amor e vida), Malmequeres (ouro e prata), Alecrim (saúde e força), Espiga (para que nunca falte o pão) e, um ramo de Oliveira (azeite e paz). No final, construímos um ramo, e as crianças puderam partilhar com os pais ao final do dia esta actividade que teve como objectivo manter acesas tradições antigas.

2012

Vamos fazer uma biblioteca na Guiné Bissau? O Agrupamento de Escolas de Santa Catarina da Serra associou-se à iniciativa da Associação Afectos com Letras, numa parceria com a Rede de Bibliotecas de Pombal, as Bibliotecas Escola-res e o Ministério da Educação Guineense, no sentido de juntar o maior número de livros, até ao dia 25 de junho, para construir uma Biblioteca em Bissau. Num país onde é manifesta a falta de escolas, em que a formação dos professores fica aquém do necessário e a carência de livros impede um acesso à leitura, à língua e, consequentemente, à formação e literacia, um livro nosso, naquela biblioteca, fará realmente a diferença! Por isso, apelamos à colaboração de todos para construir um fundo documental rico e abran-gente, oferecendo um simples livro que tenham lá em casa. Um conto infantil, uma BD, um dicionário, uma enciclopédia, um romance ou até um

livro daqueles que chegam como brinde em publicações. Pode ser um livro de qualquer área do saber ou de qualquer género literário, à exceção de manuais escolares e poderá ser entregue em qualquer escola do agrupamento. Motivados para este

projeto, os nossos alunos, professores, pais/encarregados de educação já entregaram cerca de 80 livros. Se cada um de nós contribuir com a oferta de um livro, acreditamos que este projeto sairá engrandecido e fará a diferença num país onde

tudo escasseia e onde o acesso à leitura, à informação e à formação é muito limitado. Rita Agrela

Clínica Medicis, há uma década em Santa Catarina da Serra Foi em 2002 que a Medicis iniciou os seus serviços em Santa Catarina da Serra. A Medicis Dental, comemora por estes dias 10 anos em que se instalou em Santa Catarina da Serra. Com o sentimento de ter contribuído na melhoraria da qualidade de vida e aumento da auto-estima de seus pacientes, assume desde o seu começo o compromisso de renovar e inovar nos tratamentos médico-dentários, proporcionando a todos os utentes a solução mais adequada, tendo em conta a funcionalidade e a estética. Dotada de excelentes condições físicas e com profissionais competentes nas mais diversas áreas da medicina dentária, nomeadamente, implantologia e ortodoncia, a Medicis garante a satisfação de todos os seus pacientes tendo em conta a especificidade de cada um e nunca descorando a saúde nem a estética. A funcionar diariamente das

9h00 às 20h00 estão presentes em Coimbra, Leiria, Santa Catarina da Serra, Bajouca, Ansião e Meas do Campo. A Medicis assumese como uma clinica de afectos, pois tem merecido, por parte das populações referidas, o maior reconhecimento e afecto. Isso mesmo, afecto!

Também é uma clínica de afectos A direcção da Medicis agradece a confiança dos seus pacientes ao longo destes 10 anos de trabalho e dedicação em Santa Catarina da Serra.


2012

A dor ciática A dor ciática é uma dor que resulta da irritação de uma raiz nervosa de um dos ramos do grande nervo ciático. O grande nervo ciático tem origem nos segmentos espinhais L4 a S3 (nasce na 4ª Judite Ribeiro vertebra lombar, final da coluna vertebral). O nervo ciá- Licenciada em Fisioterapia tico popliteu interno (um dos ramos do nervo grande ciático) é o responsável por inervar a maioria dos músculos posteriores da coxa e da perna. As causas da dor ciática podem ser várias: desde compressão ou dano do nervo ciático, hérnias dicais, rutura ou desvio dos discos que estão entre as vértebras, espasmo ou fadiga do músculo piramidal da bacia (músculo que vai do sacro até ao fémur) ou tensão dos ligamentos da coluna vertebral. Os sintomas podem ser ligeiros ou intensos dependendo da causa da dor. A dor pode ser persistente ou por espasmos, e os sintomas podem incluir: Dor que se agrava quando a pessoa se mexe ou tosse; Pinçadas ou espasmos na zona da lombar e ao longo do nervo ciático; Formigueiro e parestesias (diminuição da sensibilidade) Fraqueza muscular da perna afetada. Se a dor ciática for intensa pode ter dificuldade em levantar o pé do lado afetado devido a fraqueza muscular e não conseguir manter-se de pé, algumas pessoas apresentam dificuldades em andar. A dor geralmente é sentida como uma picada ou sensação de ardor. A dor normalmente é gradual e piora durante a noite e é agravada pelos movimentos. O exame clinico é fundamental para diagnosticar a dor ciática, uma vez que existem testes físicos relativamente fáceis de fazer que são suficientes para comprovar ou despistar a existência da dor ciática, esses testes são normalmente feitos por profissionais de saúde: médicos e fisioterapeutas. O tratamento para a dor ciática pode ir da prevenção à cirurgia, no entanto o objetivo é comum em todos os tratamentos: eliminar a dor e restabelecer a funcionalidade perdida. A Fisioterapia tem um papel importante, pois através de técnicas manuais, mesas de tração ou descompressão, estabilização vertebral e exercícios de fortalecimento muscular entre outros melhora-se a mobilidade dos músculos, ligamentos e diminui-se a compressão do nervo ciático. Frequentemente, o tratamento da Fisioterapia começa por diminuir a dor e o espasmo muscular para que seja possível aumentar a mobilidade dos tecidos. O fortalecimento muscular é necessário e importante, pois: músculos fortes são indicativos de uma coluna mais protegida ajudando assim a prevenir o aparecimento de novas crises. Se não sofre de dor ciática, aqui ficam alguns exercícios e alongamentos para fazer já… Deite-se no chão de barriga para cima, mãos ao longo do corpo; Na posição acima referida, inspire e traga uma perna para junto do peito, abrace-a e expire, repita o mesmo movimento com a outra perna. Repita o movimento nº2 mas com ambas as pernas ao mesmo tempo; Em cada exercício tente manter a posição 15 e 30 segundos, repita os exercícios várias vezes.

LUZ DA SERRA

-- saúde - associtivismo --

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Santa Catarina da Serra anima Feira de Maio A Freguesia de Santa Catarina da Serra desde 2006 que participa na Feira de Maio em Leiria, com a colaboração das Associações e do Agrupamento de Escolas. Este ano a Feira decorreu junto da rotunda do edifício Nerlei, de 05 a 27 de Maio de 2012. O objectivo desta participação é a divulgação das actividades, produtos, artesanato, cultura, história e monumentos de cada associação e lugar, procurando unir cada vez mais a população de Santa Catarina da Serra À semelhança do ano passado a Santa Catarina da Serra esteve presente com uma tasquinha gastronómica, onde se pôde saborear o que de melhor há na gastronomia da serra, como o famoso chícharo com baca-

Ana Martins

JUNHO

lhau, grelhados, sopas e doces. Como forma de dar alegria, cor e dinâmica à presença da Freguesia e a quem visitou a Feira de Maio, realizou-se no dia 19 de Maio “A Tarde Cultural de Santa Catarina da Serra”. Este ano participa-

ram o Coro Infantil da Casa do Povo de Santa Catarina da Serra, Nelly's Dance, Arabesque Academia, Grupo de Dança da Escola Básica 1,2,3 de Santa Catarina da Serra e o Espaço de Dança da Casa do Povo. Nesta tarde também apare-

ceram o grupo de Pasteleiras da Serra com as suas bicicletas antigas, animando o recinto e quem por ali estava. As gentes de Santa Catarina da Serra demonstraram mais uma vez que são dinâmicas, alegres e que fazem a diferença.

Rancho Folclórico de S. Guilherme

As nossas actividades As actividades do Rancho Folclórico nos primeiros meses do ano. O Rancho Folclórico de S. Guilherme já iniciou a sua actividade deste ano em Janeiro e, apesar da sua época forte ser nos meses do Verão, até à data já foi solicitado para actuações em hotéis, em Fátima, para grupos estrangeiros, nomeadamente franceses, alemães e brasileiros. É com grande agrado que o nosso grupo se disponibiliza para estas actuações, levando assim o Folclore da nossa região e o nome da freguesia para além-fronteiras. No passado dia 19 de Maio, o nosso grupo participou também num evento nacional, organizado pela Federação de Folclore Português (F.F.P.): o Desfile Nacional do Traje Popular Português. Este ano decorreu em Guimarães (cidade que é a Capital Europeia da Cultura

2012) com a participação de cerca de 1000 figurantes. Cada grupo mostrou os seus trajes consoante a sua região; o nosso grupo apresentouse com um traje "remediadoabastado", o traje do cavador, o traje da ceifeira e um traje domingueiro, que transportava à cabeça a sua oferta nos dias de festas religiosas ("fogaça"), símbolo característico da nossa região. Por esta razão, foi um símbolo muito apreciado por quem assistiu a esta demonstração, sobretudo devido à beleza da sua ornamentação. No dia 20 de Maio, o nosso grupo participou no desfile etnográfico da cidade de Leiria, conforme tem sido hábito nos últimos anos, organização da Câmara Municipal de Leiria e da Associação Folclórica da

Região de Leiria e Alta Estremadura. Neste evento, pretendia-se fazer uma demonstração da cultura antiga dos nossos antepassados e algumas tradições entretanto esquecidas, conforme a região do concelho de Leiria a que se pertence. Contudo, devido às condições atmosféricas pouco favoráveis, não foi possível executar todas as demonstrações previstas. No nosso caso particular, o ofício era o "cesteiro". Durante a tarde, houve lugar à feira antiga, com venda de alguns produtos hortícolas e outros produtos artesanais, bem como um convívio com as habituais filhoses, bifanas e o bom vinho da região. Apesar da responsabilidade que é pertencer a um grupo folclórico e representar da melhor maneira possível os

usos e costumes dos nossos antepassados, também é possível desenvolver amizades, alguns convívios e passeios culturais. Porque a vida não é só trabalho, é também algum divertimento e é preciso, por vezes, aliviar a cabeça das preocupações do dia-a-dia. Junta-te a nós, para podermos continuar a levar o bom nome da nossa freguesia e região, no seio de um grupo animado e divertido. Os ensaios são às sextas-feiras, nas traseiras do salão de festas da Magueigia, às 22 horas.

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LUZ DA SERRA

Genealogia de Manuel Inácio Vicente: 1758-1948 Na transição de Oitocentos para o século XX, uma família de canteiros, com o apelido Vicente, destaca-se non solum na área da então freguesia de Santa Catarina, sed etiam em toda a região. Este artigo não tem, no entanto, a pretensão de abordar o trabalho realizado por aquele núcleo de mestres de cantaria, uma vez que já se encontra em curso um estudo científico que o englobará. Com este texto, o autor tem como objectivo único determinar, com precisão, a origem da família Vicente, da actual freguesia de Chainça. Na Memória Paroquial de Santa Catarina da Serra, datada de 7.4.1758 e elaborada pelo então cura da paróquia, João Pedro, verifica-se que, à época, a localidade de Loureira tinha 45 «moradores», ou seja, quarenta e cinco chefesde-família. [Ver: DGARQ – Luís Cardoso, Dicionário Geográfico, vol. 34, n.º 143, pp. 1055-1065]. Tal quantidade de fogos dá um total de 135150 habitantes, uma vez que se deve calcular, segundo João José Alves Dias, historiador, uma média de 3-4 pessoas por núcleo familiar. [Ver: DIAS, João José Alves, Ensaios de História Moderna, Lisboa, Editorial Presença, 1988]. É por volta das décadas de 60-70 de Setecentos que nasce, em Loureira, Vicente Ferreira, facto que ocorreu durante o período de governação de D. José I (1750-77), sendo PrimeiroMinistro Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), 1.º Marquês de Pombal. Vicente Ferreira, da aldeia de Loureira, contraiu matrimónio com Maria Josefa, do povoado de Pedrome, o qual tinha, em 1758, 21 fogos, isto é, entre 63 e 84 habitantes. Da união nasceu, em 1799, Manuel Vicente, de Loureira. Este casou, nos inícios da década de 20 do XIX, com Eufrásia de Jesus, concebida em 1795. Eufrásia era descendente de Pedro Pereira, de Loureira, e de Luísa Maria, de Chainça. Pereira era, assim, outra família residente na freguesia na década de 60 da centúria de Setecentos. Estava dispersa pela Barreiria, Loureira, Pedrome, Pinheiria, Sobral e Ulmeiro. Do casamento de Manuel Vicente com Eufrásia de Jesus, naturais e residentes na localidade de Loureira, resultou

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-- histórias da História --

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o aparecimento, nas décadas de 20-30 do século XIX, de pelo menos 11 filhos. Destes destaca-se Faustino Vicente, nascido, em Loureira, a 1.4.1826. Este ferreiro casou, em 2.2.1853, com Ana Pereira, natural da aldeia de Torre. A cerimónia ocorreu na Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios de Reguengo do Fetal. Ana descendia de Manuel Inácio, de Torre, e de Maria Pereira, de Ulmeiro, Santa Catarina da Serra. Tinha por avós paternos Domingos Francisco, do mencionado povoado de Torre, e Veríssima Joaquina, de Alcaria, à época tudo freguesia de Reguengo do Fetal, e por maternos José Pereira, de Casal do Meio, e Eugénia Maria, de Ulmeiro. O novel casal foi morar para Casal do Meio (Chainça). «Aos dous dias do mez de Fevereiro de mil outocentos cincoenta e trez annos nesta parochial egreja do logar do Reguengo, bispado de Leiria, assisti ao sancto sacramento do matrimonio, que com palavras de presente consentimento, e na forma do Sagrado Concilio Tridentino, Constituições diocesanas e leis do Reino, contrahirão Faustino Vicente e Anna Pereira, solteiros, moradores, elle na Loureira, freguezia de Santa Catharina da Serra, e ella na Chainça (Casal do Meio), desta freguezia do Reguengo; filho legitimo de Manoel Vicente e de Eufrasia de Jesus, moradores no dicto logar da Loureira, e dahi naturaes; e a contrahente de Manoel Ignacio, e de Maria Pereira, moradores na dicta Chainça (Casal do Meio), ella dahi natural, e elle do logar da Torre, desta freguezia do Reguengo. Os contrahentes erão entre si parentes no quarto [fl. 46v] grao de consanguinidade de que forão dispensados pela Nunciatura Apostolica, e ficão moradores na Chainça (Casal do Meio), desta freguezia. Receberão as bençães nupciaes, sendo testemunhas prezentes, alem de outras muitas, Narcizo António, da Torre, e João Antonio Carreira, do Alqueidão do Pedrogão, de Torres Novas. E para constar fiz este assento que assigno com as testemunhas. Reguengo: dia, mez e anno supra. De Narcizo + Antonio. De João + Antonio Carreira». [Compulsar: Registo de Baptismos de Reguengo do Fetal (1851-1855), fls. 46-46v]. Faustino Vicente, de Loureira, e Ana Pereira, de Torre,

moradores em Casal do Meio, tiveram 10 herdeiros. Manuel Vicente, o avô, ainda conheceu 6, tendo falecido a 20.4.1868, aos 69 anos. A esposa, Eufrásia de Jesus, viu todos os netos, porque feneceu mais tarde, a 14.6.1887, com 92 anos de idade. Um deles tinha o nome de Manuel [Inácio Vicente] e nasceu no dia 1.5.1861, às duas horas da manhã, na localidade de Casal do Meio, conforme o respectivo assento de baptismo. «Aos nove dias do mes de Maio do anno de mil oitocentos e sessenta e um pelas duas horas da tarde na Igreja Parochial do Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, districto ecclesiastico de Porto de Moz, diocese de Leiria, eu o presbytero Paulo da Silva e Costa parocho encommendado da mesma freguezia baptizei solennemente, e puz os santos oleos a uma criança do sexo masculino, a que dei o nome de Manoel, que nasceo no primeiro do dito mez de Maio pelas duas horas da manhã, filho legitimo primeiro deste nome de Faustino Vicente, trabalhador, e de Anna Pereira, recebidos nesta freguezia do Reguengo, donde são parochianos, e moradores no lugar da Chainça (Casal do Meio); neto paterno de Manoel Vicente, e de Eufrazia de Jesus e materno de Manoel Ignacio, e de Maria Pereira. Padrinho João Vicente, cazado, lavrador, morador no logar da Loureira, freguezia de Santa Catharina da Serra; e madrinha Maria de Jesus, cazada, moradora no logar da Chainça desta freguezia; aos quaes todos don fé serem os proprios. E para constar lavrei em duplicado o prezente assento de baptismo, que depois de ser lido e conferido perante os padrinhos comigo o assig[n]arão. Era ut supra. Os padrinhos Manoel + Vicente e Maria + de Jesus. O presbytero Paulo da Silva e Costa». [Consultar: Registo de Baptismos de Reguengo do Fetal (18601868), fl. 14v]. Manuel herdou os sobrenomes dos avós, scilicet Vicente, de Loureira, e Inácio, de Torre. Manuel Inácio Vicente, filho de Faustino Vicente e de Ana Pereira, natural de Casal do Meio, casa, a 22.11.1885, aos 25 anos de idade, com Maria Rosa de Jesus, de Chainça, de 23. O prestigiado canteiro, que tinha por sogros

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VENDE-SE

Vasco Jorge Rosa da Silva Investigador em História Paleógrafo e Epigrafista Leiria - Ourém

Manuel Francisco Barbeiro, exposto de Lisboa, canteiro, e Rosa de Jesus, de Chainça, à época freguesia da Serra, mudou a residência para a localidade da esposa. O sogro teve uma enorme importância nas obras que, em 1883-84, se realizaram na ermida de Santa Marta, em Loureira. Manuel Inácio Vicente, que nasceu e foi educado num ambiente caracterizado pela presença de diversos indivíduos relacionados com a actividade da cantaria, teve, ele próprio, cinco herdeiros que lhe seguiram a profissão, a saber: António Inácio Vicente, nado a 25.1.1888, Joaquim Inácio Vicente, a 21.1.1891, Júlio Inácio Vicente, a 22.2.1896, Manuel Inácio Vicente Júnior, a 22.12.1898, e, por fim, José Inácio Vicente, nascido a 5.10.1902. Teve também, de acordo com os registos, duas filhas, a saber: Maria Rosa, nada a 24.5.1893, e Albina, nascida a 25.9.1905. Ambas casadas com canteiros. Manuel Inácio Vicente feneceu a 31.8.1948, na Chainça, aos 87 anos de idade.

NOTA 1: O autor encontra-se na posse das cópias dos documentos mencionados, os quais poderão ser disponibilizados ao público em geral.

NOTA 2: No próximo número: Vida e obra de Marcellino Pereira: 1745-1794, juiz-de-fora de Santos, São Paulo, SP, natural de Santa Catarina.

Apartamento T1 novo, 1º andar em Fátima, junto do Santuário de Fátima. Arrecadação, sótão e garagem. Equipamento: Aspiração central, aquecimento, estores elétricos, iluminação, vídeo porteiro, banheira hidromassagem, pré-instalação som e ar condicionado. Informações: 917886950, 917342846

Publique gratuitamente neste Jornal e na Internet “ Procura de Emprego” “ Oferta de Emprego” www.santacatarinadaserra.com luzdaserra@santacatarinadaserra.com 917 480 995

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JUNHO 2012

LUZ DA SERRA

-- sociedade --

Foto Memórias

Arquivo Histórico Tem fotos ou videos sobre a Freguesia de Santa Catarina da Serra? Eventos de Associações, fotografias de locais ou pessoas de referência? A ForSerra está a reunir e a catalogar fotografias sobre o passado da Freguesia de Santa Catarina da Serra. Não ficamos com qualquer suporte (fotografia ou video ). Copiamos o seu registo para formato digital sem estragar o original.

Desde Janeiro de 2011 que vimos publicando, todos os meses, fotografias que marcaram gerações e épocas da Freguesia de Santa Catarina da Serra.

Tempos de euforia

Contacte-nos e ajude-nos: www.forserra.com - (00351) 917 480 995 forserra@santacatarinadaserra.com Estamos disponíveis para nos deslocar a qualquer local para efectuar recolhas.

Estávamos na decada de 70 quando se assistia a um grande desenvolvimento do desporto rei, o Futebol. Na foto, a claque de apoio em dia de jogo, no local onde é actualmente o campo desportivo da portela. Centenas de pessoas juntavam-se e ajudaram a fundar, aquele que viria a ser um dos grandes embaixadores da nossa terra, a União Desportiva da Serra. Foto cedida: Alfredo Damião - Quinta da Sardinha

Formações em Santa Catarina da Serra

Junho 09 – C.A.A.S.C.S. Pic Nic 10 – Paróquia Santa Catarina da Serra Festa Santíssimo e Primeira Comunhão 17 – A.D.S. Loureira Arraial Santos Populares 23 - Ass. S. Miguel - Olivais Festival Sopas 24 – Associação da Casa do Povo Audição Final P.I.M. 24 – Ass. S. Miguel - Olivais VII Festival Concertinas e Acordeão 30 – A.S.S.U.L. Comemoração dia de S. Pedro 30 – Ass. Sobral Comemoração dia de S. Pedro 30 – Ass. Bombeiros Sul do Concelho 14º Aniversário

Julho 01 – Ass. Bombeiros Sul do Concelho 14º Aniversário 01 - A.D.S. Loureira 5º Aniversário Parque Merendas Vale Mourão

-» visto

07 – Ass. Pedrome 23º Aniversário Miguel Marques

Porque uma foto vale mais que mil palavras.

08 – Paróquia Santa Catarina da Serra Festas de Santo Amaro e Santa Marta Loureira

Agostinha Primitivo

Numa época, como a actual, nunca se falou tanto em produtos biológicos como agora. Aconteceu no passado Domingo, dia 03 de Junho, a quinta edição do Passeio Natura no Casal da Estortiga. Com cerca de 90 participantes, este foi o maior passeio de todos os já realizados, apesar de na foto estarem apenas alguns. Com direito a piscina no final do passeio, foi muita gente que não quis deixar de participar neste evento que promete continuar para o ano. Uma iniciativa diferente e que faz todo o sentido nos dias de hoje... Envie-nos uma foto ou video do que acontece na sua rua e veja-o publicado aqui ou em www.santacatarinadaserra.com. Envie para: luzdaserra@santacatarinadaserra.com

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Continuam abertas as inscrições para a segunda turma de agricultura biológica em Santa Catarina da Serra. A nova turma terá inicio a 12 de Junho e os seus horários de realização serão semelhantes ao da primeira turma: Terças feiras em horário pós-laboral e aos sábados de manhã. Para informações e inscrições aceda a: www.santacatarinadaserra.com Recorde-se que esta formação é promovida pela Conferência S. V. Paulo com o apoio da ForSerra.

Consulte a agenda cultural em www.santacatarinadaserra.com e em www.facebook.com/forserra

Assine o Jornal Luz da Serra (00351) 917 480 995 luzdaserra@santacatarinadaserra.com pub


LUZ DA SERRA

JUNHO

-- entrevista --

última

2012

O Centro Social Paroquial de Santa Catarina da Serra nasceu, como Instituição, da necessidade de apoiar as famílias mais carenciadas da paróquia de Santa Catarina da Serra. Em consequência deste facto, na década de 50, um grupo de famílias abastadas começou por praticar atos de caridade distribuindo sopa aos mais carenciados. Este ato simples e solidário foi tomando maiores proporções, passando a ser conhecido pela organização da "Sopa dos Pobres". Posteriormente, a 1 de Janeiro de 1964 foi finalmente criado o Centro de Assistência Paroquial de Santa Catarina da Serra, sendo este uma associação de fiéis, constituída na ordem jurídica canónica com o objetivo de promover a solidariedade e a justiça entre os indivíduos e prestar serviço/apoios sociais. A 30 de Dezembro de 1988, foi extinta a associação de solidariedade social denominada "Centro de Assistência Paroquial de Santa Catarina da Serra", e, em sua substituição, a ereção canónica do "Centro Social Paroquial de Santa Catarina da Serra", na forma jurídica da fundação paroquial. Este Centro, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, criada por iniciativa da Fábrica da Igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra e fundada em harmonia com os preceitos da Igreja, por decreto do Bispo da Diocese de Leiria Fátima, art.º n.º 1 dos Estatutos do Centro Social Paroquial de Santa Catarina da Serra. Isabel Reis, trabalha hà 12 anos no Centro Social Paroquial de Santa Catarina da Serra, comemorados no passado mês de Novembro. Conta que na primeira vez que entrou no centro de dia, para entregar o seu curriculum, ficou chocada ao ver uma placa que informava o horário de visitas. Esta foi uma das primeiras alterações que fez na gestão do

centro. Entrou ao serviço no ano 2000 e que na altura o Centro Social dispunha de centro de dia, apoio domiciliário e creche. “Ao longo dos anos fomos deixando, junto dos nossos utentes de que poderiam contar sempre connosco, mas com o decorrer dos anos essas expectativas saiam defraudadas, pois não tínhamos os serviços apropriados para prestar”. Surgiu assim então a necessidade de criar a valência de lar. Foi apresentado o projeto à Segurança Social e Câmara Municipal para solicitar apoio na sua construção. “A segurança social marcou logo a sua posição ao dizer que não assumia por não haver verbas disponíveis. Já a Câmara Municipal, que inicialmente tinha dado um parecer negativo, veio depois a apoiar faseadamente a construção da obra.” Foi então, por decisão da direção do Centro Social que, em 2005 se iniciaram as obras de construção daquele que viria ser hoje a estrutura para a criação de uma nova valência, e no sentido de dar continuidade aos serviços que então dispunham à população, a de lar com capacidade de 30 utentes. Seguiram-se candidaturas a entidades financiadoras e sucessivos pedidos de apoio na freguesia, dando destaque para o cortejo, que rendeu cerca de cem mil euros. A obra foi feita, paga e posta a funcionar em pleno. Para a creche o Centro Social Paroquial dispõe de três salas para crianças, dos 4 meses aos 3 anos, já os idosos podem contar com o centro de dia, o lar e o apoio domiciliário para os que ainda residem nas suas casas. Além destes serviços o Centro dispõem ainda de uma vertente educacional e recreativa. Os passeios e actividades lúdicas vão de encontro aos pedidos solicitados nas avaliações que o Centro fazem anualmente. As avaliações

são feitas aos familiares, não só dos idosos mas também da creche. Com estes questionários pretende-se ir o encontro das expectativas dos familiares e da criança/idoso. Todos estes resultados são objecto de tratamento e colocados num relatório de actividades. Existe um levantamento de idades e das condições de vida dos utentes inscritos no centro, além de um relatório efectuado pela Rede Social sobre o número de idosos existentes na Freguesia e que tipos de apoio recebem. O trabalho é agora cruzar dados e melhorar o apoio a quem realmente necessita. Os casos mas preocupantes são partilhados nas reuniões de Rede Social de Freguesia onde o Centro Social tem um lugar. É aqui que são partilhados os vários casos que vão surgindo, cada vez mais frequentemente. “Existem casos de idosos de idade avançada e que não precisam de qualquer tipo de apoio, existem também aqueles que precisam de apoio temporário. (…) Felizmente não temos muitos casos de idosos em que tivéssemos de intervir obrigatoriamente.” O funcionamento geral do Centro Social incide sobre 3 eixos, são eles: Funcionamento e dinâmica organizacional; formação e qualificação; promoção e remodelação dos equipamentos, e por último, recreação e ocupação. “Se existem passeios para os idosos, terão que existir também passeios para as funcionárias e voluntários”. O dia-a-dia de funcionamento do Centro Social incide sobre um plano mensal de actividades devidamente programadas. O planeamento vai desde a alimentação passando pelos momentos de lazer ao passeio obrigatório semanalmente. A azáfama diária começa com os primeiros cuidados de higiene prestados aos utentes de lar a partir das 06h30. Os transportes saem pelas 07h50 para o início da recolha dos idosos nas suas casas. Os pequenos-almoços são servidos entre as 08h00 e as 09h00. É também neste horário que ficam prontas as carrinhas para iniciar o serviço aos

Miguel Marques - Arquivo

Este mês fomos conhecer uma das Instituições de Santa Catarina da Serra «Centro Social Paroquial», cujo funcionamento passa, muitas vezes despercebido. Este centro apoia as crianças da creche e idosos da nossa Paróquia. Isabel Maria Bastos dos Reis, nascida em Angola e residente em Fátima, tem o mestrado em Família e Sistemas Sociais e uma pós-graduação em direito de menores. É actualmente a directora técnica do Centro Social. Assume-se como uma pessoa realizada, mas não satisfeita a nível profissional.

DR

Um Centro para todos

utentes no domicílio, regressando pelas 11h00. Os utentes têm depois momentos de lazer e ocupação como fisioterapia, jogos lúdicos e de estimulação cognitiva até à hora de almoço, enquanto, que os cuidados são continuados aos restantes utentes em lar e centro de dia. O almoço serve-se ao meio dia em ponto. É também neste horário que os utentes de apoio domiciliário começam a receber em casa o seu almoço. O lanche começa a ser servido pelas 16h00 e pouco depois é hora de regressar a casa levando o jantar, para os utentes do centro de dia. Além da visita diária dos colaboradores do centro, todos os utentes do centro recebem uma vez por mês a visita de técnicos profissionais de saúde para fazer a triagem de peso, medir a tensão entre outros serviços de controlo. Existe também a preocupação de visitar os utentes que já estiveram inscritos no Centro, no sentido de assegurar uma presença contínua dos serviços do Centro

Social. Segundo a opinião da diretora do Centro, os idosos que frequentam este Centro de Dia, não estão isolados porque têm muitos vizinhos e por isso, não se sentem sozinhos. Caracteriza a nossa freguesia por ser uma freguesia de boa vizinhança e que, por ser pequena, tem as suas vantagens. É uma freguesia solidária e que se distingue de outras à nossa volta, pelo seu voluntariado. A nossa freguesia é uma freguesia muito mais envelhecida do que quando entrou para o Centro há 12 anos. A grande maioria dos utentes do Centro tem mais de 87 anos de idade. “Há doze anos, quando aqui cheguei, o centro era “fechado à população” e penso que isso foi alterado ao longo destes anos.” Afirma como sendo uma melhoria significativa. A localização do Centro, no centro de freguesia, permite uma fácil deslocação entre a Igreja, o café e o acesso a alguns serviços disponíveis. Destaca ainda a diferença, desde que entrou

para o centro, no poder de compra da grande maioria da população de Santa Catarina da Serra, que reduziu significativamente. “Existem muitas famílias a fazer contas na gestão do orçamento familiar, o que não acontecia há alguns anos atrás. “ O trabalho centra-se agora na criação de fontes de financiamento alternativas, de forma a conseguir manter as inúmeras actividades. Se a Segurança Social reduzir os acordos que tem com o Centro, “será o descalabro total” afirma. A avaliação financeira do utente é um dos processos no qual estão actualmente a trabalhar para evitar injustiças “não sabemos ainda como lá chegar” afirma, mas é urgente. Ainda este ano está previsto a criação de uma sala de relaxamento e de exercício físico com a possibilidade de ser aproveitado pela comunidade. Um novo serviço ficará disponível brevemente com a conclusão das obras do novo lar que está actualmente a ser terminado, com a criação de condições e serviços para pessoas que os possam pagar. Cria-se assim uma nova resposta, uma nova fonte de rendimento que permitirá manter os já atuais. Hoje, o Centro Social Paroquial de Santa Catarina da Serra, necessita de melhorar os seus serviços e diversificar as respostas aos idosos. O trabalho, esse, concentra-se atualmente em criar condições para diversificar a oferta de serviços aos seus utentes, para que as pessoas possam escolher os serviços que pretendem.


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