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MENSÁRIO DE SANTA CATARINA DA SERRA - JULHO 2013 - 1€ PREÇO DE CAPA

Desejo de Deus

16 de Junho, na FESTA DA FÉ toda a Paróquia viveu e vibrou!

Eduardo Caetano

Quando fazia arrumação de uns livros peguei, por acaso, no livro “Confissões” de Santo Agostinho e voltei a ler estas linhas que já algumas vezes fizeram as minhas delícias. Pensei como é maravilhoso buscar o Senhor, mesmo que às vezes sem muita consciência do que se procura. O homem é busca de Deus e não pode existir sem o procurar. “Deus é para mim o problema de cada dia e de cada hora”, dizia Rostand, porque na verdade Deus está dentro de nós e não fora. “Procurei-Te por todo o lado e afinal encontrei-Te dentro de mim…” confessa Agostinho. A fé é assim uma aventura maravilhosa em que o homem procura Deus como a ave busca o ninho incansavelmente, mas Deus procura o homem com ardores de eternidade. Quem me fará descansar em ti? Quem fará com que venhas ao meu coração e o inebries a ponto de eu esquecer os meus males, e me abraçar a ti, meu único bem? Que és para mim? Tem misericórdia, para que eu fale. Que sou eu aos teus olhos, para que me ordenes amar-te e, se eu não o fizer, te indignares e me ameaçares com imensas desventuras? Como se o não te amar já fosse desgraça pequena!

Pág.4 e 5

Rancho festeja XXVIII Festival de Folclore

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Bombeiros festejam 15 anos com nova ambulância

continua na Pág. 3

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Pensamento do mês

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M;iguel Marques

O mais importante da vida não é a situação em que estamos, mas a direcção para a qual nos movemos.

Passeamos e ajudamos

Passeio Sénior reune mais de 300 idosos.

União Desportiva da Serra Mês de eventos Pág.9

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LUZ DA SERRA

JULHO

-- família paroquial --

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2013

Profissão de Fé 30/6 – Matilde Ribeiro dos Santos, filha Luís Miguel Francisco dos Santos e de Alexandra Rodrigues Ribeiro, da Pinheiria a residir nos Marrazes, Leiria. Foram padrinhos: Amândio Pereira Santos e Sónia Maria Rodrigues Ribeiro Fortunato. 30/6 – Madalena Ferreira Alves, filha Luís Filipe Pereira Alves e de Nélia Margarida da Silva Ferreira, desta freguesia e a residir nos Parceiros, Leiria. Foram padrinhos: Pedro Miguel Pereira Alves e Delia Maureen Pestana da Silva.

David Vieira Serralheiro

Serafim Oliveira Dias

N. 16/12/1941 F. 21/05/2013

N. 06/07/1939 F. 27/06/2011 2º Ano de Falecimento

Quinta da Sardinha A família vem por este meio agradecer todo o suporte e conforto que nos deram. Agradecemos também a todas as pessoas que incorporaram o seu funeral ou de algum modo manifestaram o seu pesar.

Sentimos tanto a tua falta Que não tem explicação Continuas junto de nós Dentro do nosso coração Sua esposa e filhos

15/6 – Igor Marques dos Reis, de Siróis, e Susete Jorge Barreirinhas, da Lameira, Ortigosa, Leiria. Foram padrinhos: Hélder Jorge Barreirinhas e Sérgio Alexandre Lopes Martins; madrinhas: Carla Sofia Marques dos Reis e Célia Jorge da Silva Leal.

Já sem lágrimas para chorar Uma promessa vamos fazer A de sempre te amar E jamais te esquecer Paz á sua alma. A família

22/6 – Nuno Miguel Pereira Reis, da Loureira, e Tânia Isabel Gonçalves Marques Reis, de Agualva, Cacém. Foram padrinhos: Abílio do Vale Moniz Vieira e João José Lopes Carmona Alves 6/7 – António das Neves Gonçalves, da Chainça e Carina Alexandre Gonçalves, do Casal da Estortiga. Foram padrinhos: Rui Miguel Pereira Figueira e José Bueno Fernãndez ; foram madrinhas: Natália Eusébio da Costa Futscher Fernandes e Ana Teresa Gameiro Neves

18/6 – Maria Gonçalves Fartaria, casada com Francisco Alves de Oliveira, da Loureira, partiu para o Céu, depois de longo caminho de sofrimento apenas aliviado por Deus e pelo carinho da família, aos 68 anos. 20/6 - Emília da Costa Rodrigues, viúva de Manuel Vieira, do Vale Sumo, partiu para Deus no entardecer das suas 86 Primaveras. 28/6 – Conceição Ribeiro dos Santos Alves, casada com Luís Ferreira de Oliveira Alves, de 53 anos de idade, faleceu em França, teve missa de Corpo Presente na Loureira e foi sepultada no cemitério de Leiria

Maria Gonçalves Fartaria N. 01/06/1945 F. 18/06/2013

“Eu sou nova para Deus, mas não esquecerei aqueles a quem amei na terra” A sua família vem por este meio agradecer a todas as pessoas que se incorporaram no seu funeral ou que de algum modo manifestaram o seu pesar.

Aos familiares enlutado, o Luz da Serra une-se em oração pelos seus entes queridos.

Foi no passado dia 23 de Junho que o nosso Francisco Costa fez a sua profissão de fé na Igreja de Notre Dame de La Paix, em Genesse. A família e amigos desejam que essa chama de Fé cresça cada vez mais. Parabéns Francisco Os Avós

Testemunhos vivos

Uma comovente história de vida

Emília Gonçalves (Maria do Bom pastor )

N. 04/11/1930 F. 27/05/2013 Ulmeiro Mãe, Avó, Bisavó, Companheira, Amiga, Deixaste-nos a maior herança que poderíamos receber: As nossas histórias, os nossos momentos, a tua imensa alegria, a capacidade de Amar, Doar, Perdoar… Deixa-nos eternas saudades dessas lembranças, gravadas eternamente nos nossos corações. Seu, marido, filhos, netos e bisnetas

A Sra. Maria do Bom Pastor, nascida a 4 de Novembro de 1930, no lugar do Ulmeiro, faleceu no dia 27 de Maio do corrente ano com 82 anos de idade. Deixou um filho e uma filha, 4 netos e 3 bisnetas e o viúvo, Sr. José Pereira (Zé Vitório). Antes de publicar as palavras que a sua família mais próxima me pediu para colocar no jornal, sei que a mesma me permite uma palavra para a “Ti Emília Gonçalves”, como era não só mais conhecida, como era carinhosamente tratada por quantos com ela conviviam, principalmente os seu vizinhos. Como um dos seus vizinhos mais próximos, sempre foi uma pessoa que me incentivou, quer nas relações de vizinhança, quer na minha grande actividade associativa. Jamais esquecerei a sua imagem nas idas e vindas para a missa dominical ou para o Terço nos meses de Maio e Outubro, para a nossa capela de São Guilherme na Magueigia. Obrigado “ti Emília Gonçalves”. Virgílio Gordo

Lembro-me de ler a história de dois meninos que foram encontrados em caixas de sapatos pelas Irmãs da Caridade da Madre Teresa de Calcutá, em zona de guerra do Iraque, mas só atentei bem no seu valor de testemunho quando há dias alguém me enviou um vídeo, onde um destes irmãos interpretava uma canção de John Lennon no programa Factor X. Estes meninos tiveram que enfrentar o abandono da família, pois nasceram com deficiências graves nos braços e pernas causadas pelas armas químicas. Mas as Missionárias da Caridade recolheram-nos, levararam-nos para o seu orfanato de Bagdad, capital do Iraque, e cuidaram deles e muitos outros com os poucos meios de que dispunham. Até que aparece uma mulher, Moira Kelly, que os adoptou como filhos, levando-os para a sua casa na Austrália e dando-lhes tudo o que uma mãe pode dar aos filhos. A Emmanuel y Ahmed – assim foram chamados – não lhes faltaram o carinho e os tratamentos necessários. Por isso puderam crescer sãos e felizes apesar das deficiências físicas.

bros, dedicou-se à natação. Emmanuel não tem braços e padece de malformações nas pernas, mas sonhou ser cantor. Este teve o seu momento de glória quando cantou a conhecida canção Imagine de John Lennon. Todos os participantes ficaram de lágrimas nos olhos, não só pelo talento mostrado pelo jovem, mas por causa da sua história de vida. Ainda hoje, ao ver e ouvir o vídeo que me foi enviado, não fui capaz de conter as lágrimas. Comoveu-me ver um jovem com uma história de vida tão difícil conseguir realizar o seu sonho de ser cantor e mostrar todo o seu talento e a sua gratidão a quem o salvou e o continua a ajudar. Emmanuel não sabe nada dos seus pais e da sua família, mas sabe que as Irmãs Missionárias da Caridade o acolheram e que entretanto uma Mulher o adoptou como filho e lhe deu todo o carinho que uma Mãe é capaz de dar a um filho! Retirado do jornal “O Amigo do Povo” M. V. P.

Ahmed, que sofre da falta dos quatro mem-

Contactos úteis Bombeiros Voluntários - 244 741 991 Centro Saúde - 244 741 151 Farmácia - 244 741 474 Junta Freguesia - 244 741 314 - 919 630 030 Casa Paroquial - 244 741 197 ForSerra - 917 480 995 GNR - 244 830 859 Em caso de emergência, primeiro ligue directamente para os Bombeiros Voluntários e depois para o 112.

Envie-nos o seu anúncio, da secção da família paroquial, que nós prometemos publicar gratuitamente. Data limite de entrega: último dia de cada mês Os anúncios publicados serão gratuitos, desde que cumpram os requisitos necessários para a publicação.


JULHO

LUZ DA SERRA

-- vida da comunidade --

2013

Editorial

Foi um dia muito bonito

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Continuação da página 1

no final da eucaristia, numa procissão cheia de cor, com o sorriso, entusiasmo e a alegria que caracterizam as crianças. Sentindo a emoção de trazer Jesus no coração, com as mãos cheias de pétalas a iluminar a sua passagem, deixou-nos no íntimo a esperança e a promessa de se tornarem cristãos vivos de uma igreja cada vez mais firme.

Conferência São Vicente Paulo

Agradecimento Este agradecimento vai principalmente para todas as entidades publicas e privadas e também para todas as pessoas individuais pela caminhada que tem feito connosco no apoio à nossa comunidade: - À Junta de Freguesia pela cedência do espaço da “Loja do Meu Irmão”. Sem o espaço físico não era possível darmos vida a este projeto. -Ao Padre Mário Verdasca que tem lutado todos os dias ao nosso lado divulgando a nossa Loja Social e também a Conferência alargando mais os horizontes. - A todos os voluntários da “Loja do Meu Irmão” que abdicam muitas vezes das suas vidas para se entregarem a esta causa. É complicado sairmos da nossa rotina para dedicarmos um pouco do nosso tempo mas faz-nos bem ao nosso interior. É bom podermos ajudar os outros. - E finalmente a todos os Vicentinos que para alem de voluntários, ajudam a que seja possível fazermos da nossa comunidade uma comunidade feliz. Obrigada a todos pelo empenho e pela dedicação são todos vocês não era possível fazermos nem metade do que temos feito.. Oração de São Francisco de Assis: Senhor: Fazei de mim um instrumento de vossa Paz. Onde houver Ódio, que eu leve o Amor, Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão. Onde houver Discórdia, que eu leve a União. Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé. Onde houver Erro, que eu leve a Verdade. Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança. Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria. Onde houver Trevas, que eu leve a Luz! Senhor, fazei que eu procure mais: consolar, do que ser consolado; compreender, do que ser compreendido; amar, do que ser amado. Pois é dando, que se recebe. É perdoando, que se é perdoado e é morrendo, que se vive para a vida eterna! Amém

A nós pais, cabe-nos agora continuar este trabalho fantástico, do qual devemos também uma palavra de apreço aos catequistas, e tal como eles cantaram nesse dia, vamos ajudá-los: a deixar brilhar essa luz pequenina; a deixar crescer essa fé e esse amor pequeninos e a deixar essas mãos pequeninas amar. Aos pais, um muito obri-

gado pelo empenho de todos em fazer de uma festa tão simples, numa festa tão bonita. Ao Padre Mário, também um muito obrigado, pelo seu acompanhamento e dedicação, tornando a festa dos nossos filhos tão especial. Patrícia Gonçalves

Dia do Idoso e do Doente 2013

Diz-me, por compaixão, Senhor meu Deus, o que és tu para mim? Diz à minha alma: Eu sou a tua salvação. Diz de forma que eu te escute. Os ouvidos do meu coração estão diante de Ti, Senhor; abre-os e diz à minha alma: Eu sou a tua P. Mário de salvação. Correrei atrás Almeida Verdasca destas palavras e te segurarei. Não escondas de mim a tua face: que eu morra para contemplá-la e para não morrer! Minha alma é morada muito estreita para te receber: será alargada por ti, Senhor. Está em ruínas: restaura-a! Tem coisas que ofendem aos teus olhos: eu o sei e confesso… XXVII. 38. Tarde te amei, beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! E eis que estavas dentro de mim e eu fora, e aí te procurava, e eu, sem beleza, precipitavame nessas coisas belas que tu fizeste. Tu estavas comigo e eu não estava contigo. Retinham-me longe de ti aquelas coisas que não seriam, se em ti não fossem. Chamaste, e clamaste, e rompeste a minha surdez; brilhaste, cintilaste, e afastaste a minha cegueira; exalaste o teu perfume, e eu respirei e suspiro por ti; saboreei-te, e tenho fome e sede; tocaste-me, e inebriei-me no desejo da tua paz.” Deus é Amor e é por causa deste amor que o buscamos. Quando encontramos este Amor chegamos ao Porto que mais almejamos na vida. Se nunca o encontramos não temos sossego pois estamos “fora de nós”. Encontrar Deus é poder dizer “Cheguei a casa, à casa onde sempre quis habitar e estar”

Retificação DR

Foi um dia muito bonito e senti que Jesus estava muito contente com todos os meninos - disse-me o meu filho, ao anoitecer quando a festa chegava ao fim. E foi realmente uma festa muito bonita! A eucaristia, um momento único e vivo, onde todas as crianças puderam expressar de diferentes formas o seu grande amor e carinho por Jesus através da sua voz, da sua oração e das suas ofertas. Uma eucaristia um pouco extensa, mas vivida com toda a intensidade. No rosto de cada um estava estampada essa ansiedade enorme de querer receber Jesus escondido. Era visível a alegria no rosto das crianças, pequeno gesto que transmitia o comprometimento de cada um, em querer dar o melhor do que há em si para agradar a Jesus. E Jesus estava realmente muito contente, sentimo-lo

Foto Antunes

Crianças da paróquia fizeram a Primeira Comunhão.

No passado dia 26 de Maio realizamos, como é habitual, a festa do idoso e do doente na nossa paróquia. Foi um dia de fé, de entrega a Deus e de amor pelo próximo. As 14.30h foi a eucaristia na nossa igreja e, como é habitual o Pe Mário deu a Unção dos enfermos na eucaristia. Seguiu-se um pequeno lanche oferecido pela conferência. Foi uma tarde muito bem passada onde a boa disposição reinou sempre. Um pequeno grupo de teatro que representou uma família de etnia Cigana a vender os seus pertences. Participaram cerca de 170 idosos e doentes onde reviram amigos que já não encontravam há um ano. A apreciação global foi positiva e esperamos continuar esta caminhada com a força e o amor de Deus, para desenvolver estas e outras atividades.

Agradeço eu meu nome e em nome de Deus, o apoio de todos os vicentinos e voluntários que se empenharam na participação desta festa .

Na edição de Junho do Jornal Luz da Serra na página 2 (Família Paroquial - Casamentos), houve um lapso. Publicamos abaixo os dados corectos: 1/6 - Roberto Filipe Gonçalves dos Santos, da Pinheiria da Costa, e Raquel Vicente Vieira, de Chaínça. Foi Padrinho: José Carlos Ferreira Carvalho e Oliveira; Madrinhas: Maria de Sousa Pereira, Dora Cristina Vicente Ferreira e Vanda Cristina dos Santos Vieira Marques. Pedimos as nossas desculpas

Elisabete Alves Rodrigues Frase que foi deixada na caixa da Esmola aos Pobres: “Pense nos Problemas e nas soluções desses mesmos. Ajude-se ajudando porque é dando que se recebe. Um sorriso, uma boa palavra, um bom pensamento. Seja Paciente, cultive a paz seja verdadeiro e lembre-se que a fe antecede o milagre. Acredite em si. Seja Qual for o problema há sempre uma solução para o mesmo. O acaso só existe porque de alguma forma nós não queremos aceitar os acontecimentos.” F. Baltazar

AMIGOS DA LUZ DA SERRA Com uma nova gestão, torna-se necessário destacar todos os amigos do Jornal. A partir desta data tencionamos publicar aqui todas as ofertas que chegam à redacção do Jornal, (o pagamento das assinaturas não é publicado). O Jornal agradece. Chegaram os seguintes donativos ao Jornal: David Marques Neves - França - 75€ Manuel António Manso - Canadá - 5€ Augusto Gordo dos Santos - 10€

Pagamento de Assinaturas Terças e Quintas Feiras, na redacção ( edifício da Junta de Freguesia), ou na Casa Paroquial. Todos os nossos assinantes poderão igualmente utilizar o contacto 00351 917 480 995 ou o email luzdaserra@santacatarinadaserra.com


LUZ DA SERRA

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JULHO

-- a vida da comunidade --

2013

Festa da Fé em Santa Catarina da Serra reuniu centenas Texto: Fernando Valente Fotografia: Eduardo Caetano

Este ano, a Paróquia reuniu-se em Santa Catarina para celebrar a Fé. Este dia coincidiu com o encerramento da catequese. Foi uma festa animada com uma Eucaristia bem vivida e bem participada, sendo este o momento alto do dia. O salão paroquial estava repleto, talvez mais de mil e quinhentas pessoas. Numa atitude de ação de graças, embelezaram e deram riqueza espiritual, os cânticos acompanhados por vários instrumentos musicais, a encenação do evangelho e os símbolos no ofertório. Os jovens que serão crismados este ano receberam uma cruz como sinal de compromisso na comunidade cristã e adesão ao projeto de Deus nas suas vidas. Os escuteiros serviram com afinco o almoço aos inscritos. Foi um tempo agradável de convívio. A tarde foi bem preenchida com uma saudável participação de mais de quatrocentas crianças, adolescentes e jovens. Os diversos ateliers abriram as suas portas e os pais dirigiram-se para a igreja, onde foi visionado um pequeno filme sobre a história de Zeferino e um difícil, mas animado concurso entre os homens e mulheres sobre os sacramentos, liturgia e vida da Igreja. A concluir esta atividade e em forma celebrativa tivemos a dinâmica do barquinho, em que depois de desfeitas as coisas menos boas, através do corte de uma parte do papel, ficámos com o símbolo de uma t-shirt, mostrando que devemos vestir a mesma camisola, isto é, identificar-nos com Jesus Cristo e a nossa vida dá-se e tem sentido na Eucaristia, simbolizada no círculo de papel (a lembrar a hóstia) que restou desse barco.

Atelier de Santa Catarina Este atelier estava decorado com vários trabalhos realizados ao longo do ano, nomeadamente, alguns cartazes que estiveram expostos na igreja, semanalmente, alusivos à liturgia dominical. Aqui funcionava um jogo didático, em que cada elemento do grupo tinha de responder corretamente à pergunta de uma carta, retirada ao acaso de um baralho sobre a vida e os ensinamentos de Jesus de Nazaré.

Atelier do Vale Sumo Após cada elemento ter participado no jogo da macaca, todo o grupo dirigiu-se para um recipiente que continha várias letras. Cada um retirou duas e colocou-as em cima da mesa. Depois de todos terem realizado esta tarefa, reuniram-se à volta da mesa e construíram a frase: “Deixa a Luz de Deus entrar”. Finalmente deu-se a partilha sobre o significado desta mensagem. Surgiram respostas interessantes, tais como: A Luz de Deus é que nos guia; é a nossa Fé; se a Luz de Deus estiver connosco não temos medo;…”

Atelier de São Guilherme Neste atelier estiveram expostos alguns trabalhos da catequese e fotografias da cultura, usos e costumes da terra. A atividade consistiu no jogo dos sacos, em que cada grupo tinha de ir procurar várias palavras e juntá-las, de modo a construir uma frase.

Atelier Conferência S. Vicente de Paulo (A loja do meu irmão) A visita a este atelier tinha como objetivo conhecer o funcionamento da loja e a parte social, o valor da solidariedade. Aqui realizaram-se dois jogos: um grupo escolhia um elemento do grupo para ser vestido, compravam as peças de vestuário necessárias e viam o total gasto. Pretendia-se assim ver como é possível vestir-se, sem muita despesa. Outro jogo consistia em construir uma frase sobre a solidariedade com palavras cortadas. Foi interessante, porque além de passarem neste atelier as crianças e muitos grupos, também passaram muitos adultos que ainda não conheciam a loja. Ficaram admirados. Gostaram do que viram. Encontraram tudo arrumadinho. E entre muitas frases levaram para casa estas duas: “Aquele que tem caridade no coração tem sempre qualquer coisa para dar” e “Sê generoso com o teu próximo. Dá-lhe o melhor de ti mesmo”.

Atelier da Chainça A Chainça esteve presente nesta festa com três grupos, num total de 25 crianças e jovens. No seu atelier foram realizadas algumas provas. A principal tinha a ver com a padroeira Santa Quitéria e as suas oito irmãs gémeas. Para além dos concorrentes terem que adivinhar o nome das irmãs de Santa Quitéria (existia uma lista com os nomes e cinco deles não diziam respeito), tinham que adivinhar os “acessórios” respeitantes à imagem da santa: a espada, a palma e o cão. No entanto havia como hipótese de escolha, ainda, mais alguns símbolos (terço, globo terrestre, vela, rosa, cravo, ramo de oliveira, ovelha, gato e cabra). Outro dos jogos consistia numa bacia de água e que tinha lá dentro várias maçãs com o nome dos dons do Espírito Santo. Era preciso agarrar as maçãs só com a ajuda da boca. Um outro jogo tinha por objetivo colocar os participantes numa fila e fazer passar um arco por eles. Havia também um quebra-cabeças que exigia que se separasse duas peças unidas. pub


JULHO

LUZ DA SERRA

-- a vida da comunidade --

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Atelier do Centro Social Paroquial de Santa Catarina da Serra

Atelier dos acólitos

Atelier do Vale Tacão Esta comunidade decorou o seu atelier com fotos de atividades realizadas no centro de catequese e propôs um jogo, orientado pelos catequistas, que era uma mistura do jogo pictionary e do jogo party, isto é, consistia em desenhar, representar através de mímica ou fazer a leitura dos lábios do que vinha escrito nuns cartões previamente preparados. Os temas eram: os sacramentos (desenho); frases célebres, ditas por Jesus (leitura dos lábios) e boas ações (mímica). As crianças e adolescentes tinham de realizar as três tarefas apresentadas para obter o carimbo da validação.

Atelier dos Escuteiros Os que por aqui passaram realizaram dois jogos: jogo do Cego e do Paralítico e jogo das Construções. No jogo do Cego (crianças com os olhos vendados) e do Paralítico (criança com uma perna atada à outra perna do colega) tinha como objetivo seguir um percurso com vários obstáculos, em que os dois elementos, apesar das suas limitações físicas tinham que ultrapassar, ajudando-se um ao outro, compreendendo que só assim é possível ultrapassar as dificuldades da vida. O Paralítico dava as indicações ao cego para ele não bater nem tropeçar nos obstáculos e o cego ajudava a levantar e a movimentar a perna do paralítico. O jogo de Construções consistia em desenvolver a habilidade manual e a inteligência. A cada criança era entregue um bocado de cordão e dois paus. Com estes materiais tinham que fazer uma construção e como se estava a celebrar a Festa da Fé, foi-lhes sugerido que construíssem a cruz de Cristo, símbolo máximo da Fé cristã. Com a ajuda dos chefes, as crianças começavam por fazer um nó de correr, depois juntavam os paus, de seguida faziam o nó de esquadria e por fim rematavam com o nó direito.

Atelier da Loureira Esta comunidade cristã teve expostos dois álbuns de fotografias desde 1998 com passeios, lazer e cerimónias. Foi um sucesso, sobretudo entre os mais crescidos. Houve um jogo sobre os sacramentos, em que os participantes tinham que ordenar as letras, de modo a formar um sacramento.

Ficha Técnica Jornal Luz da Serra Nº 466 - Julho de 2013 Ano XXXIX ERC 108932 - Depósito Legal Nº 1679/83

O objetivo neste local era aprofundar os conhecimentos sobre os objetos utilizados na Eucaristia e conhecer as suas funções. E para isso houve um jogo que consistia em fazer corresponder os nomes desses elementos sagrados, por exemplo: cálice, píxide, síngulo, custódia, naveta…, às suas respetivas imagens. Um jogo fantástico, educativo e interativo, que de certeza trouxe conhecimento às crianças e jovens que pelo atelier passaram.

Atelier de pintura (de Fátima Gameiro) A partir da frase “ Onde há amor, está Deus”, os participantes deixavam uma frase, símbolo, desenho…

Neste dia, o Centro preparou duas atividades para o convívio e crescimento da Fé de todos nós. Na primeira atividade, cada grupo tinha que adivinhar qual era a passagem bíblica, como por exemplo: o Batismo do Senhor, Jesus e a Samaritana,… Na segunda atividade, um elemento do grupo ia sentado na cadeira de rodas e outro levava-o. Assim tinham de fazer o percurso com obstáculos, percebendo que não é tão fácil andar a ser levado de cadeira de rodas. No final do percurso tinham uma frase em enigma para descobrir e depois refletiu-se um pouco sobre essa frase.

Atelier dos jovens Os vários grupos participaram em duas atividades distintas: o tangram, onde o grupo tinha de formar uma das figuras apresentadas, a pomba (símbolo do espírito santo) e o círio pascal. Durante esta atividade eram também discutidos os significados destes mesmos símbolos. A segunda atividade consistia na partilha da opinião do grupo sobre a festa da fé na página da paróquia no facebook. Para as pessoas mais velhas que foram aparecendo, foi-lhes dada a conhecer La Morada, a sede do grupo de jovens de Santa Catarina da Serra.

Testemunhos da nossa gente As opiniões sobre a Festa da Fé na Paróquia de Santa Catarina da Serra, de um modo geral foram muito positivas. Ouviu-se aqui e ali comentários como estes: “O que há cá, é bom”, “Estou a divertir-me tanto. Isto é tão bom. Isto é fantástico”. Um adolescente disse para um colega: “ Eu não te dizia para vires cá, que ia ser porreiro?”. “ Gostámos muito de ter estado aqui neste dia. Foi interessante ver a alegria e a admiração de quem passou por este atelier. Assim vale a pena toda esta dedicação e este nosso trabalho” Lúcia, Clotilde, Dulcinda, Goretti (voluntárias) “ Achei giro. Este dia foi importante para mim, porque ajudou-me a tomar mais consciência da importância de pertencer a uma comunidade cristã e fazer alguma coisa pelos outros e com os outros” Inês Vieira

“Foi muito bonito, engraçado. Foi importante porque a Paróquia esteve toda reunida e unida. Partilhámos a nossa fé uns com os outros. As atividades foram fixes. Jesus também esteve presente nesta festa. Ele esteve connosco e com as nossas brincadeiras” João Reis, Cátia Reis e Francisco Alves “ Um dia espetacular, uma experiência a repetir… Foi interessante termos reunido todas as comunidades da paróquia e conhecer as suas realidades. Os jogos estavam dinâmicos e fizeram com que aprendêssemos mais sobre cada comunidade e sobre cada grupo da pastoral. Aqui temos a prova que a comunidade é unida, viva, que a nossa fé é grande e que Deus está em nós.” Bárbara Alves, Joana Alves e Maria Alves

“Um dia espetacular, mais uma prova do dinamismo e da fé desta gente. Parabéns a todos!” Fátima Fernandes “Mais uma vez a nossa freguesia deu provas de muita união e fé. A organização está de parabéns” Rosalina Constantino “Esta foi uma iniciativa interessante. Toda a Paróquia esteve reunida, criaram-se laços e sentido paroquial. As crianças andavam alegres” Catequistas do Vale Sumo “O sentimento em relação à festa é que foi um dia divertido para todos. Não se ouviu, ou pelo menos eu não ouvi dizer “isto é uma seca”. Penso que todos gostaram imenso, mesmo os mais velhos” Sandra Silva “Neste dia demos e recebemos de todos muita alegria” Daniela Pereira

A Festa da Fé terminou com um momento musical no salão paroquial, em que alguns jovens da nossa terra mostraram os seus talentos. Foi uma verdadeira manifestação de alegria e boa disposição. A amizade foi outro ingrediente deste dia, enriquecida com a partilha à volta da mesa, num pequeno lanche que encerrou este domingo inesquecível. E para mais tarde recordar ficaram registados muitos gostos na página da Paróquia de Santa Catarina da Serra, no Facebook. Imensos comentários, mensagens, fotos e, claro, a memória de um povo.

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Os textos assinados e publicados no jornal LUZ DA SERRA – que podem ou não traduzir a linha de orientação deste jornal – são da inteira responsabilidade dos seus autores.


LUZ DA SERRA

JULHO

-- correio do leitor --

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Clube de Automóveis Antigos de Santa Catarina da Serra

2013

Alcance da fé na “nova evangelização”

Passeamos e ajudamos

Um belo dia de sol e um programa convidativo foram o ponto de partida de um passeio em cheio. Após um refastelado pequeno-almoço, as 60 pessoas inscritas, repartidas por 22 automóveis clássicos partiram sábado de manhã com destino a Miranda do Corvo, com uma missão: levar até à Casa do Gaiato daquela localidade, alimentos e produtos que ajudem esta instituição a cumprir a sua missão de ser um lar para as 40 crianças que ali vivem e crescem. Pois bem, após uma recolha de bens, levada a cabo pelo CAASCS foi possível doar mais de uma tonelada de víveres, que assim enchem de alegria as crianças e aliviam as preocupações de quem ali muito faz por elas. O almoço partilhado ao longo do con-

Miguel Marques

Miguel Marques

José Marques

vívio entre todos foi um momento inesquecível para todos, que durou até à saída de todos em direção ao Parque Biológico Miranda do Corvo. Ali puderam os participantes apreciar um projeto turístico bem interessante, de conservação e reabilitação de habitat de vida selvagem, coabitando com projetos agrícolas de ruralidade e tradição. No regresso ao fim da tarde,

era visível a satisfação dos participantes pelo facto de se ter somado o convívio e a camaradagem típica destes eventos à vontade e capacidade de ajudar quem bem precisa. Mais fotos no nosso facebook em: www.facebook.com/caascs

Maria Domingos

nos deram as boas vindas. De seguida o nosso professor Jaime Coelho falou sobre Etnografia e no momento próprio, sob a sua orientação fizemos uma demonstração das nossas aulas cantando e dançando Folclore. Não menos importante foi a visita ao Museu Etnográfico de S. Guilherme, onde fomos recebidos pelo Sr. Diamantino seu responsável, que foi o nosso guia, explicando-nos onde e como eram usadas as peças ali expostas. Embora muitos de nós ainda nos lembramos de algumas delas. Pelo meio tivemos o nosso

brindo Cristo na sua vida. Ser Cristão é exatamente ter conhecimento do pensamento de Cristo sobre as situações e circunstâncias da vida de cada um. É conhecendo o que pensa a Igreja sobre a defesa da vida, a família, a juventude, a velhice com o drama a viver em lares, as novíssimas redes sociais e tantos outros etceteras que nos rodeiam. Ser cristão implica seriedade na adesão, procura da verdade, saber peregrinar no mistério da fé e perceber a conceção que Jesus tem da vida. A Bíblia, a Tradição e a Doutrina Social da Igreja continuam a ser fontes inesgotáveis de conhecimento ao alcance de todas as pessoas de boa vontade. A presença cristã na sociedade traduz-se em sinais que apresentam como testemunhos de paz, perdão, caridade e amor que luzem no mundo. No atual contexto, as sociedades ignoram Deus. As pessoas vivem separando a religião da vida.

É inquietante ver a facilidade e a arrogância com que cristãos aparecem a criticar a Igreja, com argumentos retirados da secularização e dum preocupante laicismo. Noutros casos é o medo de ferir susceptibilidades e interesses que levam alguns cristãos a calarem-se e por omissão a contradizerem a Palavra do Evangelho. Os tempos atuais precisam duma nova evangelização, capaz de levar a todas as gentes à descoberta da Fé. O convite que Cristo nos faz através da sua Igreja é o mesmo de sempre narrado por ( Mt 28,19-20 ) ." Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulas, e ensinando-as a observar tudo o que vos ordenei". A fé em Cristo ressuscitado, não está ao alcance da razão nem do raciocínio de cada um, a Fé é um dom de Deus. Sublinho que é um duplo dom, porque é concedido por Deus e porque é também um dom para quem o recebe.

Passeio Sénior Ilda Costa

Uma visita de estudo Agradecimento Agradeço à Drª Isabel Reis, Directora Técnica do Centro Social e Paroquial de Santa Catarina da Serra, por ter tornado possível o encontro entre a turma de Etnografia e Folclore da Universidade Sénior de Loures – polo de Sacavém e os utentes do C.S.P.S.C.S., centro de Dia da Loureira e Arrabal com o fim de proporcionarmos aos seus utentes alguns momentos de lazer e boa disposição. Foi no salão Paroquial no dia 7 de Junho que nos encontramos. Fomos recebidos, pela Drª Isabel e Sr. António Rodrigues, Presidente da Assembleia de Freguesia, que

De acordo com os Actos dos Apóstolos, foi em Antioquía, dez anos depois da morte de Jesus Cristo, que os seus discípulos começaram a ser tratados pelo nome de cristãos. Afinal, o que é esta "coisa" de ser cristão? Será que alguma vez se consegue ser verdadeiramente cristão? Sabemos que há aqueles que se afirmam como se fossem diplomados de papel passado. São os convencidos dum cristianismo à medida do seu modo de ser e de estar na vida. Convivi e convivo com muita gente que ao longo de muitos anos viveram como cristãos e, hoje, navegam por águas tumultuosas tão longe, mas ao mesmo tempo, tão perto de Cristo que os espera com a mesma alegria com que recebe o filho pródigo. Convivi e convivo também com os que acreditam que o cristão é o que escuta a Palavra e se converte a cada momento. De facto, o cristão não é, vaise tornando cristão na justa medida em que vive desco-

belo almoço no restaurante o “Chaparrico” que nos deixou muito deliciados. Por fim não posso de deixar de mencionar a visita à Igreja de Santa Catarina da Serra tão bonita e bem cuidada como foi elogiada por esta turma. A todos quantos estiveram envolvidos neste evento, em nome da turma de Etnografia e Folclore, e seu professor. O nosso muito OBRIGADO

Olá jovens da nossa Freguesia que participaram no passeio sénior no passado dia 27. Em primeiro lugar, apresento-me. Sou a Ilda Costa, dos Olivais. No decorrer do passeio, infelizmente sofri uma pequena queda. Ao final do dia, quando cheguei a casa, comi um caldinho verde e logo de seguida fiz o que o nosso simpático motorista me disse:

- Vá hoje e não amanhã! Lá fui eu às urgências do hospital. Fui atendida rapidamente e, logo de seguida fiz uma raio X. Tinha o dedo partido. Estou agora em recuperação. Fiquei triste com o acontecimento, pois tinha acabado de fazer fisioterapia à mão dias antes do passeio. Agora, olhando para o que aconteceu, digo: Parti um dedo, mas felizmente estou em recuperação, graças a

Deus. E tu, Maria da Purificação, como estás? O teu “galo” já canta? E o outro que também teve um pequeno acidente? Para todos vós, as melhoras de uma boa recuperação. Agradeço a todos os que nos apoiaram, como o nosso “jornalista” que também fez de enfermeiro. Um muito obrigado.

Quer expressar a sua opinião neste espaço? Envie-nos a o seu comentário até ao final de cada mês por email: luzdaserra@santacatarinadaserra.com ou entregue na redacção ( ForSerra - Edifício da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra )

Nota: Os textos deverão ter no máx. 2000 caracteres e deverão chegar à redacção devidamente identificados com nome, morada e contacto do autor, mesmo que a publicação se pretenda anónima.


JULHO

-- associativismo --

2013

Associação dos Amigos da Secção de Bombeiros do Sul do Concelho de Leiria

O 15º Aniversário

Qualquer que seja o tipo de festejos realizados um pouco por toda a parte, desde de Associações, de cariz religioso ou outros, todos quanto os organizam desejam bom tempo, nos dias em, que os mesmos decorrem. Agora com temperaturas a rondar os 40 graus, é que não estavam nas previsões mais optimistas. É que nas condições climatéricas, apesar de nos tempos actuais, as previsões meteorológicas muitas as vezes confirmem com enorme exactidão as previsões, existe sempre um ou outro fenómeno, para o qual não existe resposta. Ainda bem que assim é, pois face á sede de poder que sempre acompanhou o ser humano, mais difícil seria viver neste planeta, que parece caminhar para um buraco sem fundo. Poderão perguntar, o que estas palavras têm a ver com os festejos do XV aniversário da nossa Associação de Bombeiros? Muitíssimo digo eu, pois é não só o meu sentimento, como o da maioria de todos quantos estiveram envolvidos na organização dos mesmos, desde directores aos bombeiros. De muitas pessoas das várias centenas que participaram

nos ditos festejos, uns na sexta-feira à noite, no Sábado ou no Domingo. Também na opinião dos grupos de animação, que ajudaram a abrilhantar e animar as noites dos 3 dias e na tarde do Domingo. E até, das inúmeras pessoas que já encontrei, que não tendo participado, encontraram no excessivo calor, o maior motivo para ficarem por casa. Também a oferta de outros eventos na nossa região. O que realmente deve ser destacado, é o ambiente que rodeou os 3 dias dos festejos. Pode dizer-se quase familiar, onde o espírito de grupo saiu mais forte, apesar do cansaço bem visível no rosto de todos no final da noite do Domingo. Até os Bombeiros

em termos operacionais, para lá das situações consideradas normais, tiveram duas ou três situações de maior aperto. Como balanço final, dizer que embora os números em termos financeiros ainda não estejam apurados, pois escrevo na manhã do dia seguinte do final dos festejos, só tenho que agradecer em nome da direcção que aqui represento, a quem contribuiu de uma forma ou outra, para levar a cabo mais esta iniciativa, que também foi de angariação de fundos. De certeza de que ficarão aquém, das necessidades da Associação, mas termino dizendo: “Nem só de Pão, vive o Homem”.

LUZ DA SERRA

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LUZ DA SERRA

JULHO

-- cadernos da nossa terra --

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2013

Siróis Terra de água Nota histórica: Vasco Silva Texto e fotografias: Miguel Marques Entrevista: Duarte Jesus Silva, Isidro Lopes de Oliveira, Arminda Luísa Pereira e Maria dos Anjos Siróis é um dos lugares mais velhos e historicamente mais importantes da freguesia de Santa Catarina da Serra, surgindo mencionado no primeiro censo do reino de Portugal, com o nome de «Citoes», que consideramos ser um erro na leitura, transcrição e publicação que fez, em 1908, Anselmo Braamcamp Freire. Na realidade, deve ler-se «Ciroes». Em 1527, quando se fez o censo, Siróis e Sobral tinham 10 fogos, ou seja, 30-40 habitantes. Alguns anos depois, em 1549, as duas aldeias viriam a integrar a paróquia de Santa Catarina da Serra, erigida por D. Brás de Barros, primeiro prelado leiriense. Vasco Silva Tal como para as outras localidades da freguesia, pouco se sabe sobre a origem de Siróis, pois a falta de documentação é um facto constatado. Na realidade, somente a partir da centúria de Setecentos é que as fontes históricas coevas se tornam mais abundantes, até porque passa a ser preocupação das autoridades instituídas o conhecimento mais rigoroso do território português. Em 1721, o provedor da comarca de Leiria, Brás Raposo da Fonseca, a que já nos aludimos em números anteriores, faz uma lista das vintenas que existiam em terras leirienses. O texto, preparado para enviar para a Academia Real da História, refere-se à povoação em estudo, a qual tinha 4 agregados familiares, ou seja, 12-16 moradores. Anos depois, em 1749-51, o Pe. Luís Cardoso procura elaborar uma obra monumental sobre todas as localidades portuguesas. Acontece, porém, que o trabalho não passou dos dois primeiros tomos, uma vez que o intenso sismo de 1755 destruiu a informação. O clérigo não desistiu e com autorização de Sebastião José de Carvalho e Melo, marquês de Pombal, são

enviados, em 1758, novos inquéritos a todas as paróquias. Na freguesia de Santa Catarina coube ao Cura João Pedro a resposta aos mesmos. Em termos populacionais, Siróis tinha, aquando do interrogatório, 11 núcleos familiares, num total de 33-44 pessoas. Neste período e até à centúria de Oitocentos Siróis fez parte de uma imensa propriedade que a sé de Leiria tinha na aldeia do Pedrome. A «Quinta do Bispo» estendia-se até ao Vale Tacão, sendo que a localidade mais fértil era, de longe, a de Siróis, por causa das suas fontes (Água Braia, Cova da Moura ou Caganita, Hortas e Lapa). Estas permitiram a fixação, desde cedo, de uma população que cresceu rapidamente e que era proveniente, em parte significativa dos casos, de freguesias como Espite e Olival. Segue-se a relação, por ordem alfabética, dos apelidos dos agregados familiares que habitavam, no século XIX, a localidade [entre parêntesis curvos, os locais de proveniência dos sobrenomes]: Alves (Siróis), Antunes (Siróis e Freiria, Espite), Félix (Siróis), Costa (Olival), Ferreira (Vales, Espite, Olival e Vale

Sítio onde morou José Antunes das Neves, sangrador de Siróis

Tacão), Francisco (Ulmeiro), Joaquim (Siróis), José (Pedrome e Ulmeiro), Gonçalves (Pedrome), Lebre (Ulmeiro), Lopes (Gondemaria), Marques (Calçada, Olival), Moreira (Espite), Neves (Freiria, Espite, e Ulmeiro), Oliveira (Casal dos Ferreiros, Casal da Estortiga e Ninho de Águia), Pereira (Murtal, Siróis, Ulmeiro e Parceiros), Rodrigues (Barrocaria, Olival), Rosa (Siróis), Silva (Siróis), Simão (Magueigia e Sobral), Sousa (Juncal, Porto de Mós), Vicente (Casal do Meio, Reguengo do Fetal) e Vieira (Pousos e Montelo, Fátima). Ao contrário do que sucedia com o resto da freguesia, particularmente na parte sul, a presença de água em abundância em Siróis possibilitou o desenvolvimento de uma agricultura de regadio, destacando-se, a existência de férteis campos de milho e as hortas. Miguel Marques Sirois é um pequeno lugar entre o Vale Tacão e a Quinta da Sardinha. A sua história é breve, mas importante. Foi na centúria de 1800 que este

lugar viu chegar, de acordo com os mais velhos, os seus primeiros moradores. A casa mais antiga da aldeia pertencia ao “Ti” João Manso. O lugar divide-se em várias zonas, entre as quais: o Rego, Codessal e o Vale Salgueiro. A memória dos habitantes ainda lembra o caminho em terra batida, caminho principal do lugar na década de 60. Este caminho tinha o seu início na Quinta da Sardinha, junto ao largo da Feira e tinha como destino o “baldio”. Era neste local, baldio, que eram realizados os leilões para as festas e o encontro da população. Até finais da década de 80, a população vivia essencialmente da agricultura e das “jornas”. A história deste lugar passa inevitavelmente pela família David da Água Braia, ora não fosse em tempo uma família abastada que empregava muitos moradores de Siróis. David era um dos maiores empregadores da população nas suas terras e nas suas fábricas. David Pereira, natural do Vale Tacão foi também um grande empregador das gentes de Siróis. Eram poucos os que se

Espaço central no lugar onde se realizavam os leilões.

deslocavam para fora da freguesia para trabalhar. Além dos trabalhos do campo, era na feira dos 28, na Quinta da Sardinha, que surgia uma importante fonte de rendimento para algumas pessoas, pois era aí que vendiam as suas hortas e animais para ajudar a equilibrar as contas domésticas. O término da feira em nada contribuiu para o desenvolvimento da localidade. Com o final da feira, as pessoas começaram a deixar de criar animais ou cultivar para vender. São três as importantes fontes de Siróis que outrora contribuíram para o desenvolvimento do lugar, quer para as culturas de regadio, quer na subsistência da população. São elas, a fonte da Lapa, a fonte das Hortas e a fonte da Cova da Moura. Era nestes locais, muito concorridos pela população local e por pessoas de outros lugares da freguesia, que se lava a roupa e se fazia o abastecimento de água. Com a chegada da água canalizada, as pessoas deixaram de utilizar as fontes e estas começaram a degradar-se. Um nome incontornável deste lugar é o de Joaquim Mor-

teiro. Pedreiro de profissão, foi ele um dos responsáveis pela construção da Basílica do Santuário de Fátima. Hoje já falecido. A título de curiosidade, este lugar tem na sua história o episódio de um casamento entre um criado de 21 anos e a Inácia da Cova da Moura, sua patroa, de 85 anos. Transportados numa charrete, casaram em Santa Catarina da Serra. Um casamento que durou poucos anos. O caminho principal do povoado foi, anos depois, asfaltado. Governava então a freguesia Manuel Francisco Lourenço, dos Olivais. Hoje é a principal via rodoviária aldeia. Hoje o lugar começa a assistir à construção de algumas novas habitações de casais novos que escolher Sirois para residir. As terras que outrora eram ricas na produção de milho e produtos hortícolas, estão hoje ao abandono e sem utilização. “parece que estamos a andar para trás (…) as pessoas não andam felizes. Não compreendo as pessoas de agora”, foram alguns dos desabafos que ouvi durante a entrevista.

Das três fontes do lugar, é a Fonte das Hortas pela sua localização, que está com maior necessidade de intervenção.


JULHO

LUZ DA SERRA

-- actualidade --

2013

Festa do Espírito Santo

O Rancho Folclórico de S. Guilherme está a comemorar - durante o ano de 2013 - o cinquentenário do seu “nascimento”. Integrado nestas comemorações, o Rancho realizou no passado dia 23 Junho o “seu” XXVIII Festival Nacional de Folclore. Participaram vários grupos de diferentes regiões do país. Para além do Rancho de S. Guilherme, actuaram: - Rancho Folclórico de Gens – Gondomar - Rancho Folclórico do Vale de Santarém - Grupo Folclórico e Etnográfico de Macinhata do Vouga – Águeda - Rancho Típico de Alvorge – Ansião Foi sem dúvida um evento bastante animado dedicado ao Folclore com actuação dos vários “Ranchos” mas que teve outras “cenas “ com tradição na nossa região a animar todo o fim-de-semana:

João Trindade Dias

João Trindade Dias

Eduardo Caetano

XXVIII Festival de Folclore

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- Realizou-se o 1º Encontro de concertinas. O Forno a lenha - não teve descanso e “trabalhou” durante todo fim-de-semana e não parou de cozer o delicioso Pão para regalo de todos. -Como é hábito as “filhoses” não podiam faltar “ à festa” - para além da - Banca da “Bia” com produtos regionais. O Festival realizou-se junto ao Núcleo Museológico em Magueigia que apesar de

toda animação já referida – foi sem dúvida o próprio “Museu” a receber os maiores elogios de todos aqueles que nos visitaram. Um louvor a todos aqueles que vão “lutando” para manter viva a nossa história.

Pentecostes é uma celebração muíto importante para nós, cristãos, pois é nesse dia que se recorda a vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos e nasce a Igreja. Esta celebração acontece cinquenta dias depois da Páscoa. Mais uma vez neste dia se cumpriu na nossa paróquia a tradição. Benção e partilha do pão do Espírito Santo. Como este ano coube ao ramo de Vale Sumo oferecer o pão para ser destribuído em Santa Catarina, a família Costa Santos com origem em Vale Sumo e hoje espalhada por toda a freguesia, num gesto generoso e bairrista, à semelhança do que outrora faziam os seus antepassados, decidiu oferecer o pão para

Santa Catarina. De salientar a união da comunidade nos preparativos para esta festa; durante várias semanas homens e mulheres com manifesto entusiasmo, reuniram diariamente, dedicando os serões a esta causa e dando cada um o seu melhor para que tudo se concluísse. Chegado o domingo do Espírito Santo, por volta das treze horas, como estava combinado, lá estavam todos sem faltarem as crianças, prontos para iniciar o cortejo rumo a Santa Catarina. O ponto alto desta festa foi a celebração da Eucaristia,animada pelo grupo coral de Vale Sumo,que decorreu em ambiente de alegria como geralmente acontece nas

Missas a que o Padre Mário preside. Assim, todos reunidos, vivemos a experiência do Pentecostes…como uma realidade pessoal que afecta a vida de cada um, mas que nos empurra para formarmos uma verdadeira comunidade unida por vínculos de amor e fraternidade. A família Costa Santos está de parabens… Também uma palavra de carinho para todos que de alguma forma colaboraram.

“O Rancho” pub

Agradecimento O Rancho Folclórico agradece o contributo da empresa Costa & Pereira, do Sobral, na ida ao programa da SIC, Splash, no passado dia 16 de Junho.

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LUZ DA SERRA

JULHO

-- associativismo --

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50 anos do Rancho Folclórico de S. Guilherme

2013

Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira

Rancho Infantil de Cortejo de oferendas a favor da São Guilherme: Associação da Loureira 1979-84

No que se refere à Direção do grupo, Joaquim Gordo Mendes, de Magueigia, engenheiro, foi fundamental para que o mesmo se reconstituísse em bases sólidas. Pela mesma altura, isto é, nos inícios da década de 80 do século XX, o Rancho foi integrado na Casa do Povo de Santa Catarina da Serra, no intuito de obter projeção, facto que não se veio a verificar, pelo que a ligação não foi além de dois anos. A Casa do Povo passou a albergar o Centro de Saúde. Em 1984, o Rancho Infantil foi extinto e substituído por um de adultos, conhecido por Rancho Folclórico de São Guilherme, de que daremos notícias na próxima edição. Diamantino da Purificação Gordo

O valor líquido apurado foi de 5.070,96€. Um povo que se levanta para dar e se senta para comprar o que foi dado à Associação da comunidade que outros

títulos de nobreza lhe são devidos senão os de que o povo da Loureira é unido e bairrista, generoso e magnânimo? Catarina Neves

Pinheiria

Festa de S. Pedro no Jardim das Oliveiras, na Pinheiria

Associação Cultural e Recreativa do Pedrome

DR

Encontro

Numa demonstração de vitalidade e coesão associativa, a ACR do Pedrome promoveu no dia 7 de Julho o seu pic-nic anual onde os seus membros, os que têm algo para partilhar, se reuniram para um dia de franco convívio, grande cumplicidade, abertura de espirito e, por fim mas não de menor importância, numa postura familiar envolvendo quatro gerações no mesmo espaço e bebendo dos mesmos objectivos. António Rodrigues

quanto «houve que vender». Após o leilão, o frio começou a fazer-se sentir mas já o cheiro da sardinha assada chamava para a mesa ali ao lado e as filhós quentinhas voavam dos fartos tabuleiros. Ali ao lado, a música que acompanhava a festa convidava ao bailarico de S. João. Acrescente-se também que, durante o evento, muitas foram as pessoas de fora que muito nos honraram com a sua presença. Em nome de todos os membros que integram os Órgãos Sociais da ADSL, aqui fica uma palavra de gratidão a todos quantos houveram por bem vir para dar e comprar, conviver e divertir-se.

Catarina Neves

tora do Lena, cujo empresário, António Vieira Rodrigues, teve ainda a gentileza de pagar os trajes dos garotos. Os das meninas foram feitos por Maria do Carmo Primitivo, de Magueigia, enquanto os dos rapazes o foram por uma senhora de Carrasqueira, freguesia de Santa Eufémia. O tecido para as saias foi confecionado por tecedeiras de Vale Tacão e o das calças, de serrobeco, teve de ser adquirido em Leiria.

No sábado, 29 de Junho de 2013, realizaram-se pela 24ª vez os festejos em honra de São Pedro no Jardim das Oliveiras, Pinheiria. O início da festa foi pelas 19 horas, mas tudo começou por volta das 21 horas. Um ano após a inauguração das novas instalações deste Jardim, a cerimónia contou com mais de uma centena de pessoas pelo que se pode dizer que foi um sucesso, não só pelos numerosos participantes como pela alegria e energia de que despertavam as pessoas. O organista Leandro Batista “pôs a mexer” alguns dos presentes enquanto outros disfrutavam da sua bebida ou jogavam matraquilhos.

Os tradicionais alimentos foram as sardinhas e as bifanas que este ano se pode dizer que estavam ótimas. Os baralhos de cartas foram o centro das atenções na hora em que eram sorteados os presuntos e os bacalhaus na já conhecida roleta do jardim. Dado o sucesso do evento, este foi perlongado até mais tarde pois a noite estava bastante agradável. Estiveram presentes membros de vários grupos da paróquia, tal como o grupo de jovens, alguns acólitos, membros da junta de freguesia, entre outros. Este ano não foi possível observar a tradicional queima do espantalho, pois o tempo

Miguel Marques - Arquivo

Como dizia no passado número deste mensário, depois de vir da tropa, em 1969, resolvi, à semelhança de muitos outros conterrâneos, emigrar para França, situação que ocorreu em outubro do ano infra e se prolongou até agosto de 1979, tendo o Rancho Infantil de São Guilherme sofrido o seu segundo interregno. Apesar de tudo, o amor às tradições que um conjunto de crianças vinha conservando desde 1963 não foi por mim esquecido e isso fez com que em 1979, aquando do meu regresso a Portugal, casado e já com duas filhas, voltasse a juntar um grupo de meninos e meninas, 16 ao todo, para dar início à constituição de um novo grupo folclórico, tendo os ensaios principiado logo em outubro desse mesmo ano, com o acordeão de Jaime Alves, de Quinta da Sardinha, e as vozes de Joaquim da Conceição Gordo e Maria do Rosário Gordo Fernandes, ambos de Magueigia. A primeira atuação foi em janeiro de 1980, na festa de São Sebastião, em Santa Catarina da Serra. Até 1984 decorreram inúmeros espetáculos na região. Quase que posso dizer que não havia nenhuma festa em que o Rancho Infantil não estivesse presente. O transporte dos elementos era efetuado em carrinhas da então Constru-

Na tarde do passado dia 23 de junho, o povo da Loureira realizou mais um bonito cortejo de oferendas a favor das obras em curso no edifíciosede da Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira. Numa clara manifestação de união e solidariedade, as pessoas, uma vez mais, acorreram em grande número, apesar do muito calor que se fazia sentir e, sobretudo, apesar dos tempos de crise que se vivem no país. E vieram! E trouxeram a sua dádiva que ofereceram generosamente, correspondendo ao apelo que lhes fora feito. Havia de tudo: toda a variedade de produtos da terra, todas as espécies de animais de capoeira, ovelhas e carneiros, carradas de lenha e fardos de palha, mantas e colchas, móveis, artigos de decoração, pequenos eletrodomésticos e até um cofre. Entregues os produtos, as pessoas foram-se sentando, precisamente à sombra do carvalho da lagoa, para assistir e participar no leilão que se seguiu. À vista de todos, no Largo da Associação, o António Silva que fez de leiloeiro, com o apoio do Alcino e também do Ricardo, não tiveram mãos a medir, durante quase três horas. E o povo não arredou pé en-

Catarina Neves

E uma tarde bem passada à sombra do carvalho da lagoa

estava bastante quente para tal e as fagulhas que poderia largar possivelmente dariam origem a um incêndio. Contudo espera-se que este festejo tenha sido do agrado de todos e que para o ano

haja mais, pois são os 25 anos do evento na Pinheiria. Humberto Alves


JULHO

LUZ DA SERRA

-- autarquia --

2013

11 Estrada do Balancho aberta ao público - Magueigia

Passeio sénior 2013

Apesar de ainda apenas em touvenant, já está ao serviço da população, em condições excelentes de utilização, a nova estrada que liga a Magueigia à Quinta da Sardinha. Mais uma melhoria na mobilidade dentro da freguesia. jeto para um convento grandioso mais um palácio e uma basílica ao nível do que de melhor existia na Europa do século XVIII, suportados pelas riquezas que, fruto dos descobrimentos, estávamos a receber do Brasil. Tudo complementado com a construção da tapada para a diversão da nobreza e do jardim do cerco para o lazer dos monges. Deste passeio ficou em todos a satisfação pelo excelente dia que viveram, ouviu-se o agradecimento à junta por manter este evento na agenda da freguesia e o desejo que a junta que for eleita nas eleições de setembro próximo continue a oferecer aos idosos estes momentos tão importantes na monotonia das suas vidas.

Rua dos Poços em Santa Catarina da Serra

DR

Mais uma vez a junta da freguesia reuniu a comunidade sénior da freguesia para o habitual passeio convívio onde se pretende, não apenas o contacto com novas regiões suas histórias e culturas mas também, e principalmente, o encontro de amigos e conterrâneos que vivendo tão perto, apenas neste evento se encontram, ainda que apenas num simples trocar de olhares, mas sempre com um sorriso e uma abertura à conversa que apenas têm neste dia. Como isso é importante para todos! Este ano levámos cerca de 360 pessoas em 7 autocarros, devidamente referenciados com as bandeiras da freguesia, com destino à aldeia do Sobreiro junto a Mafra onde, após passagem para vista panorâmica e algumas curiosidades da Ericeira (praia, ondas e porto de pesca), nos instalámos para visitar essa réplica, perfeita e muito completa, do que foi a vida noutros tempos, seus usos e costumes, e para comer e partilhar as nossas merendas e também para dançar ao toque do grupo de animação que seguia na nossa comitiva. O programa continuou na vila de Mafra com a visita ao imponente monumento real, com toda a carga histórica que encerra desde a promessa do rei para a construção de um pequeno convento à evolução do pro-

DR

Fotos: Miguel Marques

Entrada junto à casa paroquial Mais uma vez, com o empenho dos proprietários e com a colaboração da Junta, a freguesia avança na melhoria das suas vias de circulação. Para já é o alargamento da rua onde, de tão apertada, ninguém arriscava utilizar, e a regularização preparando o betuminoso que por aí virá.

Casa do Povo de Santa Catarina da Serra

Aprovada cedência para requalificação do Centro de Saúde

Luis Filipe Coito - Diario Leiria

No dia 16 de Junho realizouse em Leiria o 2º encontro de combatentes do concelho de Leiria promovido pela Camara Municipal e pelo núcleo de Leiria da Liga dos Combatentes e com a colaboração das juntas de freguesia, durante o qual foram homenageados todos os combatentes e entregue, aos participantes que se inscreveram, o respetivo certificado de participação. A nossa freguesia foi a que se apresentou no evento com a maior representação, cerca de 30 inscritos, o que nos enaltece e premeia o trabalho de divulgação e respeito que a freguesia tem pela geração que serviu a pátria fazendo a guerra.

Miguel Marques - Arquivo

Homenagem aos combatentes do concelho

Foi no passado dia 28 de Junho que, na Assembleia Geral da Casa do Povo foi autorizada a cedência do 1º piso (onde funciona o atual Centro de Saúde) ao Município de Leiria através do direito de superfície, para se

avançar com o processo de reabilitação. Presentes, além dos órgãos da Casa do Povo, estiveram o Presidente da Junta de Freguesia e o arquiteto Fernando Almeida para explicação do projeto e esclarecimento de dúvidas.


LUZ DA SERRA

JULHO

-- desporto --

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2013

opinião

Desportivamente Falando O mês dos Eventos Qualquer um dos eventos realizados no último mês, com organização da jovem equipa directiva da União da Serra, merecia por si só o destaque total neste espaço de opinião. Seria na minha opinião uma injustiça, para qualquer um dos dois restantes que ficariam de fora. Assim, para que os três fiquem devidamente registados, decidi dedicar poucas palavras a cada um deles, mas colocando pelo menos uma fotografia, que muitas as vezes, valem mais que as palavras. No entanto, muito haveria a dizer de cada um, como atrás referi.

Virgílio Gordo

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Entre os premiados, nos jogadores, o Miguel Pereira da equipa de juvenis, foi considerado o jogador do ano e nos treinadores, foi Vitor Rodrigues que orienta a mesma equipa de juvenis. O melhor 11 de sempre, que foi eleito por milhares de votantes, desde facebook, telemóvel e por papel no bar dos sócios. Apesar da subjectivi-

dade, que todas as votações deste tipo têm, eis os nomes mais votados: GR.: Hélder Narciso. Defesas: Mota, Marco Aurélio, Parracho e Pedro Cordeiro (Fatimodas). Médios: Hugo Carvalho, Bruno Neto e José Augusto Teixeira Antunes. Avançados: Norberto, Sérgio Gordo (Zim) e Nuno Neves.

1ª FUTEBOLADA Ex- União da Serra Em boa hora, idealizada e organizada por um dos grandes jogadores que até hoje passaram pelos seniores do clube, tendo sido mais tarde coordenador da formação unionista, Bruno Neto viu recompensada a sua “ousadia” com a aderência de mais de duas dezenas e meia de jogadores que passaram pelos seniores há alguns anos atrás, com excepção de 4 ou 5, que se encontram ligados à actual equipa de futsall. O jantar convívio que no final se seguiu no Bar dos sócios, foi a cereja no topo do bolo, com os directores e directoras do clube a servirem um saboroso jantar, a quem nele participou, tendo estado presente a maioria dos participantes. Para a posterioridade, os nomes dos que participaram num emotivo jogo de futebol com muitos golos, onde o resultado foi o menos importante. Zé Vieira, Virgílio Gordo, Hugo Feliciano, Diamantino Ferreira, Bruno Neto, Norberto, Licínio, Mota, Morgado, Mário Wilson, Vareta, Menino, Godinho, Parracho, Paulão, Marco Santos, Michael Mendes, Fábio Ribeiro, Paulo Sousa, Delgado, João, Zim, Humberto Pachila, Valter e Paulico. Árbitro: Tomé Pato. Claque do Kitolas Bar, com Bebé e Pedro Fatimodas.

Eduardo Caetano

desculpas ao sr. José Carlos Marcelino, que foi presidente do clube e que por lapso, não foi chamado ao palco. Homenageada foi a primeira equipa campeã distrital, então na 2ª divisão em 84/85, com muitos dos jogadores da altura e respectivo treinador, António Oliveira, ex director da nossa escola EB, presentes.

1º Torneio de 24 horas, em Futsall Organizado pela primeira vez que me lembre, um torneio desta natureza na nossa freguesia, levou ao pavilhão do Complexo Desportivo da Portela nos dias 14 e 15 do mês passado, dezenas de jogadores, pois foram 10 as equipas que participaram. Compostas na sua grande maioria por jovens da nossa terra e de algumas terras vizinhas, foi a equipa representando a BIGBRAND, a grande vencedora. Foram mais de 20 horas de grande entusiasmo, sã competição, alegria, ambição de vencer e muitas “MINIS”.

Miguel Marques

Muitos foram os homenageados e alguns premiados. Assim, entre os homenageados, foram alguns os sócios fundadores presentes. Alguns dos ex presidentes. Aqui um pedido público de

Eduardo Caetano

Tal como muitos outros eventos realizados ao longo dos anos pela UDS, esta chamada “Gala” no dia 8 do passado mês de Junho, foi um espaço brilhante, bem organizado, com muita alegria e convívio, onde estiveram entre a centena e meia e as duas centenas de convivas. Entre directores, treinadores, jogadores, sócios, adeptos e amigos do clube, animados pela excelente apresentação do jovem Fábio Ribeiro da Loureira, todos vivemos e revivemos muito da história do clube, ao longo dos quase 37 anos de existência.

Eduardo Caetano

1ª GALA

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JULHO

EB de Santa Catarina da Serra, a minha escola, uma escola de referência

Alguns testemunhos de alunos e ex-alunos que passaram pela EB de Santa Catarina da Serra

«Passei 9 anos na EB de Santa Catarina da Serra, uma excelente escola. Mais do que uma escola é uma segunda casa - uma verdadeira família. Foram anos que não serão esquecidos, pois para além dos conhecimentos, ficaram também os valores. Entrei uma criança e saí, já com saudades, um homenzinho.»

Estive nove anos naquela escola que hoje me traz boas recordações. Nove anos que passaram com rapidez, com pessoas que me viram crescer, com amigos que fiz para a vida e com momentos que dificilmente esquecerei. Hoje, tenho apenas que agradecer a toda aquela família a paciência, a dedicação e todos os valores que me incutiram, que me levaram a ser aquilo que sou hoje.

João Pedro Gonçalves, aluno de Mestrado de Engenharia Eletrotécnica técnica, revejo a Escola como um estabelecimento de ensino de enorme qualidade, pois proporcionou-me experiências diversificadas, tais como, artes plásticas, educação musical, diversos desportos, teatro, leitura, as sempre entusiasmantes visitas de estudo e as atividades extracurriculares, os “clubes” (xadrez, ginástica e rádio). Um grande obrigado a todos os diretores, professores e funcionários, não esquecendo os amigos, que contribuíram para o meu crescimento enquanto cidadão.

Tiago B. Gonçalves, aluno do Colégio de São Miguel, 12ºano, Ciências e Tecnologias

Joana Pereira, aluna do Colégio de São Miguel, 11º ano, Curso Tecnológico de Design, Cerâmica e Escultura

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Miguel Marques - Arquivo

2013

Setembro de 1996… Com 6 anos de idade e tal como a maioria das crianças, ingressei na escola primária cheio de ansiedade e expectativa. A EB de Santa Catarina da Serra foi a eleita para iniciar os meus estudos pois pertencia à minha freguesia e era uma escola grande e moderna. Rapidamente me integrei e fiz muitas amizades com alunos, funcionários e professores. Relembro o facto de as funcionárias serem quase como nossas mães dentro daquela “comunidade”. Acredito piamente que muito do que somos hoje deve-se às pessoas que nos ensinaram e com quem demos os primeiros passos, no meu caso, com a professora Elizabete, até ao 4º Ano. Relembro ainda um grande amigo que sempre me apoiou, o Ricardo, com o seu sorriso característico, que me alegrava e permitia manter sempre uma grande união entre os alunos da turma. Agora, a terminar o Mestrado de Engenharia Eletro-

LUZ DA SERRA

-- educação --

"Guardo muitas recordações da EB de Santa Catarina da Serra, umas boas e outras más, como tudo... Foi lá que estudei, brinquei, fiz asneiras durante 5 anos. Encontrei bons professores, diretores de turma e excelentes funcionários. Penso que o trabalho, o esforço e a dedicação de todos, contribuíram para o meu futuro. Só me resta agradecer por aquilo que fizeram." A minha infância foi passada na escola EB de Santa Catarina da Serra. Foram momentos inesquecíveis de pura diversão. As festas de Natal e as de fim de ano eram sempre os melhores momentos! Recordo-me das festas que organizávamos no 9ºano, em particular uma em que andámos a preparar o Halloween e tivemos de subir ao telhado do ginásio para tapar as janelas. Estas e outras histórias vão ficar na minha memória para sempre e é com orgulho que digo que fiz parte daquela escola, que me ajudou a ser a pessoa que sou hoje e que me preparou para poder estar no curso e universidade que escolhi. Foram 9 anos de muita alegria, que passei na EB de Santa Catarina da Serra, uma escola com excelentes professores e funcionários que fizeram, e continuam a fazer, um grande esforço e um trabalho árduo para formar alunos. E todos devemos ter orgulho por teremos estudado nesta escola, onde aprendemos a ser pessoas melhores. Um muito obrigado a todos.

Rodrigo Caetano aluno da Escola Secundária Rodrigues Lobo, 11º, Design Interiores/Exteriores

Catarina Carvalho, 1º ano de Engenharia Química, Instituto Superior Técnico

Tatiana Alves, aluna da Escola Domingos Sequeira, 11º ano, Ciências e Tecnologias

EBI uma escola de referência

“Esta escola é a tua casa!” é sem dúvida a frase que mais carateriza a EB de Santa Catarina da Serra. Foram 5 anos que nela estudei, e em apenas alguns meses já sentia o verdadeiro potencial daquela frase que preenchia o átrio da entrada. Uma escola de qualidade e de transmissão de grandes valores que fazem de cada um, um grande Homem! Hoje, recordo com saudade os momentos passados, junto não só dos colegas, mas também dos professores e funcionários, sempre simpáticos e prontos a ajudar. A todos, um muito obrigado! Estou a exercer a minha profissão num hospital universitário em Lausanne (Suiça) desde 2008 e, embora o “bichinho” de continuar a apostar na minha formação se mantenha ativo, a nível pessoal e profissional sinto-me realizada. De salientar que, para tal, foi imprescindível a minha passagem pela EB de Santa Catarina da Serra, por vários motivos: - Localização – como sou da Chainça, tinha transportes públicos que facilitavam o trajeto casa-escola e viceversa e, em caso de necessidade, não ficava muito longe para o meu encarregado de educação; -Estrutura – as salas eram adaptadas aos diferentes tipos de aulas, os espaços para brincadeira eram mais que suficientes e os serviços (biblioteca, bar, cantina, papelaria) eram ótimos; os funcionários sempre foram exemplares; - Ensino/aprendizagem – talvez mais personalizada que noutras escolas, pois como as turmas eram reduzidas, as aulas eram adaptadas às dificuldades de cada um, os ritmos respeitados, havia inclusive tempo para brincadeiras; havia atividades extracurriculares para todos

Eduardo Caetano, aluno do Colégio de São Miguel, 12ºano, Curso Técnico de Gestão e Programação de Sistemas de Informáticos

Mónica Rito, licenciada em Enfermagem, a exercer num Hospital Universitário em Lausanne (Suiça) os interesses e os professores, para além de serem educadores, bons profissionais, eram também amigos (ainda hoje mantenho contacto com alguns deles), pois ajudavam-nos a lidar tanto com situações escolares, como pessoais; -Grupo de Pares – alguns dos amigos que fiz na altura (há 16 anos atrás) são ainda hoje alguns dos meus melhores amigos, com quem rio, choro, brinco, converso sobre tudo, enfim, amigos que fazem parte da minha vida e, embora tenhamos seguido caminhos diversos, sei que posso contar com eles para o que for necessário. Por isso, só posso aconselhar a todos os pais que confiem os seus educandos a esta instituição.


LUZ DA SERRA

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-- histórias da História --

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Capelinha das Aparições

Joaquim Francisco Barbeiro: nota biográfica A 25 de maio de 1861 nascia em Chaínça, freguesia de Santa Catarina, concelho de Leiria, uma criança do sexo masculino, à qual, no dia de batismo, o Pe. José Gomes Ferreira Gaspar deu o nome de Joaquim. Este era descendente de Manuel Francisco Barbeiro, nado por volta de 1830, sendo exposto (enjeitado) da roda de Lisboa e, por isso, filho de progenitores incógnitos, e de Rosa de Jesus, de Chaínça, herdeira de Miguel Vieira, de Azabucho, paróquia de Pousos, e de Teresa de Jesus, natural de Siróis. Em 8 de agosto de 1855, o casal teve o António, seguindo-se o José, a 4 de março de 1859, a Maria, a 17 de fevereiro de 1862, a Ângela, a 10 de outubro de 1864, e a Jacinta, a 16 de dezembro de 1869. O pai, alfabeto, sustentava os meninos com alguma facilidade, pois era mestre de cantaria, profissão que, numa freguesia

de campónios, se destacava nos planos económico e social. Em 1883-84 foi o responsável pelas obras que se fizeram na capela de Santa Marta, em Loureira, e a partir de 11 de abril de 1886 e até ao dia 22 de abril de 1890 exerceu o cargo de presidente da Junta de Paróquia, tendo-se distinguido sobretudo pelos trabalhos de precisão das estremas da freguesia com os territórios circunvizinhos, trocando, em 1889, correspondência com as respetivas autarquias. Joaquim Francisco Barbeiro, letrado também, foi educado num ambiente que se caraterizava pela presença de indivíduos ligados à arte da cantaria, ou não fosse seu pai sogro do prestigiado mestre Manuel Inácio Vicente, nascido a 1 de maio de 1861, em Chaínça, da então extensa paróquia de Reguengo do Fetal e desde 1916 território da freguesia de São Mamede, concelho de Batalha, e casado, a 22 de novembro de 1855, em Chaínça de Além, onde ficou a residir com Maria Rosa de Jesus, nada em 1862. (Ver: «Luz da Serra», junho de 2012, p. 14). O matrimónio do alvenel,

VHS para DVD Passe as suas velhas cassetes de video de VHS ou Hi8 para DVD gratuitamente. Com o passar do tempo, estas cassetes ficam estragadas e com isso inutilizadas. Guarde as suas memórias em formato digital com segurança e de forma simples. Vasco Jorge Rosa da Silva Paleógrafo e Epigrafista Leiria - Ourém

Informações: 917 480 995

Arquivo Histórico

Joaquim Francisco Barbeiro, em 1921. [Cortesia de Maria Rodrigues Rito, de Chaínça].

cunhado do canteiro, terá ocorrido, dada a omissão nas fontes históricas coevas, no decénio de 80 da centúria de oitocentos, consorciando-se com Teresa de Jesus (*1859), tecedeira, filha de António Pereira e de Maria Joaquina, de Casal dos Lobos, freguesia de Reguengo do Fetal. O casal teve como herdeiros: Maria (*6.12.1888); Maria (*24.5.1890); Manuel (*14.10.1891); Josefa (*18.9.1893); José (*15.10.1896); Inácia (*27.12.1898); José (*1.9.1899); António (*14.3.1902); Francisco (*10.11.1903); Joaquim (*4.9.1905). Joaquim Francisco Barbeiro, pedreiro, surge nos «libri statu animarum» como tendo-se confessado e comungado todos os anos, ainda que tal fonte não seja, como querem alguns, suficiente para comprovar a crença ou a descrença de um indivíduo. A fé do alvenel fica, de facto, bem explicita na obra que efetuou, em 1919, no sítio da Cova da Iria, então limite de Moita Redonda e de Lombo de Égua, freguesia de Fátima, concelho de Ourém, através da construção da denominada Capelinha das Apari-

ções (Coordenadas geoespaciais: Norte 39º 37' 54,18'', latitude; Oeste 8º 40' 24,30'', longitude; e 350 metros de altitude), um trabalho de arquitetura simples, composto por uma planta retangular, de paredes em alvenaria com saibro nos interstícios e telhado de duas águas coberto por telha marselha, prensada em máquina apropriada. Esta ermida tinha por objetivo cumprir o que, de acordo com Lúcia dos Santos, de Aljustrel, a Senhora do Rosário havia pedido na sequência de uma série fenomenos não naturais ocorridos em 1917 e testemunhados por milhares de cidadãos. Joaquim Francisco Barbeiro teve uma posição importante, pois pôs em prática, precisamente, o que a Virgem Maria solicitara, honrando, em simultâneo, os seus conterrâneos e descendentes. O templo viria a ser benzido por um outro ilustre santacatarinense, o Monsenhor Dr. Manuel Marques dos Santos (1892-1971), natural de Vale Tacão, filho de Marcolino Marques daí e de Teresa dos Santos de Sobral, tudo da mesma freguesia. Em 1922, isto é, no ano em

que o templo foi alvo de um atentado, atribuído por alguns, sem sólidos elementos probatórios, à maçonaria, à qual fazia parte, em Ourém, através do Triângulo 94, o notável médico santacatarinense Dr. Joaquim Francisco Alves (1878-1953), republicano laico, criticado pelas autoridades eclesiásticas da época, mas muito estimado pelo povo fatimense, Barbeiro, do lado de cá da linha limítrofe, rubricava, numa caligrafia excecional, duas atas da Junta de Freguesia, da autoria do secretário José Francisco Alves (1876-1958), republicano também, irmão do dito médico (ver: «Diário de Leiria», 25 de Fevereiro de 2013, p. 6), sob a presidência de José Vieira da Costa (1919-23), de Pinheiria, e a vice-presidência do referido mestre Manuel Inácio Vicente. Os diplomas, datados de 8 e 13 de maio de 1922, referem-se à atribuição, por sorteio, de baldios sob a forma de glebas aforadas, dispensadas pela República, aos chefes de família moradores na localidade de Chaínça. Joaquim Francisco Barbeiro ficou com a 14 no sítio da Achada, limite Chaínça / Vale Maior, a 52 na «Costa do Bajanco» (bajanque, lagoa) e a 46 nos Currais Abrises, na estrema da povoação. Estas parcelas vieram somar-se a terras que o proprietário possuía em locais como Outeiro Boleiros e Castelo, limites, respetivamente, de Loureira / Chaínça e Pinheiria / Chaínça.

Ajude a constituir o arquivo histórico da Freguesia de Santa Catarina da Serra Estamos a recolher fotografias, video e documentos antigos. 917 480 995 forserra@santacatarinadaserra.com

Publique gratuitamente neste Jornal e na Internet “ Procura de Emprego” “ Oferta de Emprego” www.santacatarinadaserra.com luzdaserra@santacatarinadaserra.com 917 480 995

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JULHO

LUZ DA SERRA

-- sociedade --

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Casa do Povo de Santa Catarina da Serra

Acaça II – Acampamento dos Lobitos

Festa final da Casa do Povo de Santa Catarina da Serra

vens durante todo o ano. Após uma manhã de montagem das tendas e reconhecimento da pequena aldeia, foi tempo de Tarzan ir explorar uma parte secreta da ilha dos gorilas que estava indicada num antigo mapa encontrado pelos lobitos. Mais tarde, já nessa parte da ilha,

os bandos tinham como missão ajudar o Tarzan a explorar o acampamento, sediado em Vila de Rei, para garantir que nada de mau iria acontecer com a sua família de gorilas. Depois de um belo almoço, era altura de Tarzan, que entretanto tinha conhecido Jane, o amor da sua

DR

Num ano repleto de actividades escutistas, chegou o momento mais aguardado por parte dos Lobitos do Agrupamento 1211-Santa Catarina da Serra, o Acaça II. E o que é o Acaça? Uma actividade apenas com a I secção do agrupamento, desta feita um grande acampamento (o primeiro de sempre). Os dias 28, 29 e 30 estavam marcados na agenda de todos e o local escolhido para este fantástico fim de semana foi Codes, uma pequena aldeia com apenas 5 casas, muito perto da praia fluvial do Penedo Furado, conselho do Sardoal. Iniciou-se então a actividade às 8h00 da manhã do dia 28 na sede do nosso agrupamento com 22 lobitos cheios de entusiasmo e outros tantos pais com algum soninho, mas como sempre com disponibilidade para transportar os filhotes para as mais diversas actividades. Viver as aventuras de Tarzan e os seus amigos era o grande objectivo da actividade e tudo estava prestes a começar! Depois de uma viagem de mais ou menos 1 hora de caminho, chegamos ao Centro de Férias de Codes, uma escola antiga recuperada pela câmara do Sardoal e que acolhe grupos de crianças e jo-

os lobitos tiveram de ajudar o Tarzan a fugir ao grande leopardo Sabor, mas tiveram a ajuda de um meio de transporte muito especial, canoas! Entre salpicos, tentativas de remar e quase quedas para a água a tarde de canoagem foi de grande diversão e entusiasmo. No dia seguinte o destino foi o acampamento dos humanos que tinham acabado de chegar à ilha. Assim, todos

vida, a apresentar à selva e à sua mãe gorila. Foi aqui a altura dos nossos lobitos mostrarem a fibra de que são feitos ao terem de enfrentar um percurso pedestre de 9 km por meio de vales e colinas, cascatas e paisagens maravilhosas, até chegarem às águas cristalinas e merecidamente refrescantes do Penedo Furado. Escusado será dizer que a brincadeira não faltou nem um bocadinho!

Nesta segunda noite, foi altura para um fogo de conselho onde todos, à volta da fogueira, relataram os seus 2 dias de actividades e as aventuras que tinham vivido. Na manhã de domingo, a ordem de trabalhos era simples: arrumar mochilas, desmontar tendas e limpar campo, deixando-o melhor do que o tínham encontrado. Após as tarefas cumpridas, a alcateia percebeu que a família do Tarzan tinha sido raptada pelos caçadores e que os lobitos teriam de ajudar o Tarzan a derrotar os caçadores e libertar os gorilas. A batalha deu-se nas águas da praia do Penedo Furado e somadas todas as pontuações das actividades realizadas durante os 3 dias, o bando vencedor foi o Castanho, conquistando mais 2 areias para a competição anual entre bandos, competição esta ganha pelo Bando Cinzento. Tudo terminou com um fantástico almoço partilhado à beira rio levado pelos pais dos lobitos seguido de uma tarde de paródia e brincadeira entre pais, chefes e filhos. Foi com certeza uma actividade a recordar! Alcateia 1211

Grutas do Vale Tacão acolhem Pioneiros do 1211

A Comunidade de Pioneiros do 1211, no dia 15 de Junho propôs-se a fazer mais uma atividade um tanto diferente. quela paisagem natural. Mais uma vez (re)aprendemos que, apesar da entrada parecer difícil, nunca se deve desistir, que é no inesperado que surge o mais surpreendente e, também, que não devemos menosprezar o que a nossa terra tem de bom… Terminámos assim a nossa atividade convictos de que a força que nos fez subir a difícil subida da serra (nas nossas bicicletas) nos há-de acompanhar sempre! Rui Alves

“Durante vários séculos, este nosso castelo, imponente e altaneiro, foi testemunho de batalhas e conquistas, histórias de reis e rainhas, lendas encantadas e romances de fidalgos aventureiros. Neste castelo, Don Afonso Henriques mostrou a sua coragem conquistando-o aos mouros e fundando a cidade de Leiria em 1135. Foi aqui que viveu o ilustre rei poeta dom Dinis e aqui se deu o famoso milagre das rosas por sua bela mulher, a rainha Santa Isabel. Hoje, aos quinze dias do mês de junho do ano da graça de 2013, novamente se faz história neste castelo. A Casa do Povo de Santa Catarina da Serra toma posse deste monumento por um dia. Venham connosco! Uma inesquecível aventura musical vos espera.” Foi com este discurso que se deu o início para a audição final da Casa do Povo de Santa Catarina da Serra no Castelo de Leiria em que numa bela tarde soalheira de sábado ouvimos boa música apresentada pelo Coro Infantil, pelo coro feminino VivaVoz e pelos alunos do Projeto de Intervenção Musical. Muitos dos presentes neste evento, manifestaram o seu agrado pela qualidade e inovação do momento musical. A direção da casa do povo agradece a todos os que de alguma forma colaboraram neste evento. A organização

União Desportiva da Serra

CONVOCATÓRIA Nos termos do artigo 22º dos Estatutos convoco os senhores sócios da União Desportiva da Serra para se reunirem em Assembleia Geral Ordinária, na sede da Associação em Santa Catarina da Serra, sala de troféus (bancada poente), quarta-feira, dia 25 de Julho de 2013, pelas 21.00 horas, e com a seguinte ordem de trabalhos: 1 - Apresentação e aprovação do Relatório de Atividades da época 2012/2013 2 - Apresentação e aprovação do Plano de Atividades e Orçamento para a época 2013/2014 3 - Outros assuntos de interesse.

DR

E, eis que sem darmos conta, já as bicicletas e o nosso entusiasmo nos tinham levado até ao Vale Tacão. O que lá encontrámos não correspondeu às nossas expetativas, superou-as de longe. Encontrámos uma gruta com grandes dimensões, pouco explorada e pouco conhecida, ali mesmo ao lado da população. Ultrapassámos a difícil entrada que nos conduziu a um conjunto de caminhos e espaços encantadores, desfrutando, à luz das nossas lanternas, da-

DR

Agrupamento de Escuteiros 1211 - Santa Catarina da Serra

Arquivo Histórico Tem fotos ou vídeos sobre a Freguesia de Santa Catarina da Serra? Eventos de Associações, fotografias de locais ou pessoas de referência? A ForSerra está a reunir e a catalogar fotografias sobre o passado da Freguesia de Santa Catarina da Serra. Não ficamos com qualquer suporte (fotografia ou video ). Copiamos o seu registo para formato digital sem estragar o original. Contacte-nos e ajude-nos: www.forserra.pt - (00351) 917 480 995 forserra@santacatarinadaserra.com - Estamos disponíveis para nos deslocar a qualquer local para efectuar recolhas.

Se à hora designada não se encontrar reunido o quórum suficiente, a Assembleia reunirá meia hora depois, com qualquer número de sócios presentes, para deliberarem sobre a mesma ordem de trabalhos. Santa Catarina da Serra, 04 de Julho de 2013 O Presidente da Mesa de Assembleia Jaime Dias da Silva NOTA: NÃO FALTE. A SUA PRESENÇA É IMPORTANTE PARA O BOM FUNCIONAMENTO DO CLUBE. NÃO DEIXE QUE OUTROS DECIDAM POR SI…


LUZ DA SERRA

JULHO

-- actualidade --

última

2013

A fonte do Sobral da Granja tem visual novo Foi em 1966 que esta fonte foi inaugurada e que agora viu uma recuperação digna de um espaço que, há décadas atrás, dava de beber às famílias deste lugar. Também os animais vinham ali matar a sede para continuar na ajuda preciosa que davam à lavoura. Anteriormente à data da sua inauguração, na década de sessenta, lembram os mais velhos que a fonte era uma lagoa onde os habitantes do lugar podiam lavar a roupa. Talvez as pessoas mais novas, já habituadas à máquina de lavar, nem sempre deem o devido valor ao que esta fonte simbolizava

em tempos passados. Movidos pelo sentimento que ainda os une à fonte do Sobral da Granja, um pequeno grupo teve o dinamismo e a valentia de recuperar a fonte, onde estão gravadas memórias de vidas e de tempos que não esquecem aos mais idosos e que farão a história do lugar. A sua degradação vinha-se acentuando cada vez mais; mas porque as pessoas não querem enterrar as vidas e a história, arregaçaram as mangas e com ajuda de alguns e da Junta da Freguesia de Santa Catarina da Serra não só repararam o que es-

Andreia Oliveira

O Sobral da Granja viveu, no passado dia 9 de Junho, uma tarde de convívio, humana, social e culturalmente muito válida.

tava degradado, mas deramlhe outro visual e, principalmente, tornaram aquele espaço mais agradável, útil e valioso. Foi com agrado que tivemos neste convívio o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Leiria, Dr. Raul Castro, bem como o Presidente da Junta da Freguesia de Santa Catarina da Serra, Joaquim Pinheiro. As suas palavras foram de agrado para todos os mentores desta

obra que vai dizer ao futuro o valor desta gente. Vincaram bem o valor destas iniciativas que, para além de serem valiosas, manifestam o dinamismo criativo que enriquece a comunidade e valoriza o bem comum. Esteve também presente o Padre Augusto Gonçalves, que em criança e adolescente ali brincou muito, conforme disse, e onde ia muitas vezes com os seus pais, grandes mentores daquela fonte.

Louvou a iniciativa, que manifesta o valor de quem a concretizou e benzeu todo aquele espaço, símbolo de Deus que corre como a água para nós e acolhe todos os que por ali passarem ou ali se encontrarem. Muita gente esteve presente. Estava quase todo o lugar e também habitantes de lugares vizinhos. Foi bom sentirse a proximidade das pessoas e o entusiasmo pela obra feita. Comeu-se, bebeu-

se, ouviu-se música e conversou-se muito, até porque alguns, a viver fora, ali reviveram momentos de outros tempos. De salientar neste evento a criatividade e generosidade destas pessoas, bem como o sentido comunitário e ainda o desejo forte de fazer a ligação entre o passado e o futuro, pela vida presente. Os vindouros senti-lo-ão. Este também será um espaço de convívio e de encontro sadio para ir ao encontro da necessidade de conviver mais e criar mais união e estímulo entre todos. Um agradecimento especial para quatro homens do Sobral da Granja que tiveram a iniciativa, oferecendo toda a mão-de-obra de um projeto que sem eles era impossível concretizar, bem como à Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra que ajudou com o material necessário à obra. Os amigos da Fonte do Sobral da Granja

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