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Tal como o Bambu

Confirmação no dia 29 de Setembro Se sonhas com um mundo melhor! Se acreditas que só Cristo pode dar um sentido pleno à tua vida! Se sentes orgulho em ser um dos loucos do Seu Amor Se sentes que és comunidade e crias comunidade! Se te juntas aos outros jovens para celebrar dinamizar e evangelizar! Então, és um Filho Amado em quem o Senhor pôs o seu enlevo, És uma pessoa completa, uma mais valia para Deus e para nós. Se não, “não se atiram perolas aos porcos” DR

Conta uma antiga lenda chinesa que havia um lindo jardim, onde o seu Senhor costumava passear diariamente quando o calor apertava. Nesse jardim existia um lindo “bambu”, que era sem dúvida a planta mais bonita. Dia após dia, o bambu crescia e tornava-se cada vez mais gracioso. Mas, apesar disso, o bambu sentia que não era feliz... faltava-lhe alguma coisa. Um dia, o Senhor, muito preocupado, aproximou-se da sua árvore muito querida e o bambu com grande veneração baixou a cabeça. O Senhor disse-lhe: “Meu querido bambu, vou precisar de ti!” O bambu sentiu que tinha chegado o seu momento, o dia para o qual tinha nascido. Com grande alegria, mas baixinho, respondeu: “Estou pronto, Senhor, faz de mim o que quiseres.” “Bambu, para servir-me de ti, é necessário abater-te”, disse o Senhor em voz séria. O bambu ficou assustado e respondeu: “Abater-me, Senhor, depois de me teres tornado na árvore mais bonita do teu jardim? Não, por favor, não faças isso! Usa-me para tua alegria, mas, por favor, não me abatas.” “Meu querido bambu, sem abater-te não te poderei usar”, disse-lhe o Senhor. Fez-se um grande silêncio. O vento parou de soprar e os passarinhos de cantar. Então o bambu baixou ainda mais a cabeça e suspirou: “Senhor, se não me podes usar sem que me abatas, então faz de mim o que quiseres.” “Meu querido bambu, não devo somente abater-te, mas devo também cortar as tuas folhas e os ramos”, disse-lhe o Senhor.

MENSÁRIO DE SANTA CATARINA DA SERRA - SETEMBRO 2012 - 1€ PREÇO DE CAPA

Autarquia define posição sobre a reforma administrativa Pág.10

Nuno Reis faz história Pág. 13

continua na Pág. 3

Américo Vieira no campeonto do mundo.

Pensamento do mês DR

“A sabedoria é um adorno na prosperidade e um refúgio na adversidade.”

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Bombeiros em alerta permanente

ADSLoureira comemora 22 anos de actividade Pág.7 pub


LUZ DA SERRA

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SETEMBRO

-- família paroquial --

2012

Casamento 5/8 - Sofia bento Alves, filha de Augusto Vieira Alves e de Cristina Maria Costa Alves da Pinheiria. Foram padrinhos: Vitor José Antunes dos Santos e Maria da Conceição Oliveira Ramos 5/8 – Mafalda Marcelino Alves, filha de Hélio Ferreira Alves e de Vera Mónica Santos Marcelino de Santa Catarina. Foram padrinhos: Mariana Alves Manso e Filipa dos Santos Henriques 5/8 – Lisandro Vieira, filho de Xavier Vieira e de Su Kheing Vieira da Quinta da Sardinha. Foram padrinhos: Fabrice Vieira e Agnes Vichi ra 5/8 – Noémie de Almeida Pereira, filha de Miguel dos Santos de Almeida e de Sílvia Oliveira Pereira, da Cova Alta. Foram padrinhos: Elísio Oliveira Pereira e Fernanda de Almeida 5/8 – Raquel Rosa Cunha, filha de Nuno Miguel Ferreira Cunha e de Syilvie Neves Rosa Cunha, da Loureira. Foram padrinhos: Fábio Ferreira Gameiro e Cathy Pires Vicente 19/8 – Luna Marques Antunes, filha de Carlos Manuel Gonçalves Antunes e de Claudia Verónica Lopes Marques, da Chainça. Foram padrinhos: Amilcar Jorge Henriques Inácio e Ana Sofia Inácio Catarino. 19/8 – Ruben Miguel Prazeres Oliveira, filho de Sergio Henriques da Silva Oliveira e de Paula Leonor Ferreira Prazeres, de Siróis. Foram padrinhos: Hugo Marques Pereira Gonçalves e Paula Cristina da Silva Oliveira 19/8 – Diana Letizia Rodrigues Marques, filha de Telmo Ferreira Marques e de Raquel Maria Rodrigues Gouveia, do Vale Sumo. Foram padrinhos: Adriano Rodrigues Gouveia e Célia Ferreira Marques. 26/8 – Vitória Marie Pereira Gonçalves, filha de Tiago Filipe Carreira Gonçalves e de Ana Raquel Gonçalves das Neves, da Loureira. Foram padrinhos: Christophe Gonçalves das Neves e Cláudia Sofia Ferreira Gonçalves. 26/8 – Leonor Laureano Frazão, filha de Jaime da Silva Frazão e de Sílvia de Jesus Laureano Frazão, da Chainça. Foram padrinhos: Jaime de Oliveira Pires e Carla Helena da Silva Frazão. 26/8 – António Simão de Sá Gordo, filho de Paulo Miguel Ferreira da Silva de Sá e de Maria Teresa Narciso Gordo, da Chainça. Foram padrinhos: Joaquim Narciso Gordo e Susana Isabel Ferreira da Silva de Sá. 26/8 - Eduardo Lopes Costa, filho de Fernando Carreira Costa e de Ana Rita Oliveira Lopes, da Pinheiria. Foram padrinhos: Marco Igor Vieira Santos e Liliana Cristina das Neves Vieira. 2/9 – João Gonçalves Vicente, filho de Luís das Neves Vicente e de Emília Maria Ferreira Gonçalves, da Donairia. Foram padrinhos Tiago Gonçalves Vicente e Ana Maria Neves Gonçalves

4/8 – Bruno dos Santos Fernandes, da Barrocaria, Olival, e Sílvia Verdasca Neves, da Loureira. Foram padrinhos: Hélder António Pereira Novo e Carlos Manuel Reis Roque; madrinhas: Sónia Gonçalves Silva e Rita Cristina Marques Vieira 11/8 – Roberto Jorge Marques Pereira, de Vale Tacão. E Carla Sofia de Jesus Parente, de Caldelas, Caranguejeira. Foram padrinhos: Carlos Manuel de Jesus Oliveira e Filipe Almeida das Neves; madrinhas: Cristiana das Neves Pereira e Cátia de Sousa Pereira. 18/8 Marco Aurélio Martins Parques, dos Pousos, Leiria e Linda Mónica Padeira da Mota, de Milagres, Leiria. Foram padrinhos: Nelson António Domingues Ferreira e Pedro Alexandre Martins Marques; madrinhas: Rosa Maria da Rocha Martins e Rita Santos Rodrigues Lopes. 18/8 – Pedro Alexandre de Medeiros Correia, de Nordeste, Angra do Heroísmo, e Elsa Sofia Vieira Ferreira, da Barreiria. Foram padrinho: Gonçalo Salvador Mendonça de Sousa; madrinhas: Mónica Alexandra Sousa Rodrigues, Carina Isabel Vieira Ferreira e Catia Isabel Proença Ramalho. 25/8 – Filipe Rodrigues da Costa, e Melissa Josephine Mata Ferreira, ambos do Vale Sumo. Foram padrinhos: António Pascoal Mota Ferreira, Jaime Rodrigues da Costa e Nelson José Mota Ferreira; madrinha: Cidália Purificação Rodrigues Costa. 1/9 – Rui Miguel Gomes de Oliveira, da Cova Alta, e Ana Raquel Alves Moço, da Donairia. Foram padrinhos: José Augusto Lourenço Alves e Daniel Santos de Oliveira; madrinhas Maria Alice dos Santos Constantino e Maria da Conceição Oliveira

Bento Rodrigues N. 25.01.1929 F. 27.08.2012 Quinta da Sardinha Agradecimento Na impossibilidade de o fazer pessoalmente, a família vem por este meio agradecer a todas as pessoas prestaram homenagem e a acompanharam à sua última morada, ou de qualquer outra forma lhes manifestaram o seu pesar. Agradecemos a todos o apoio ao longo destes dias. O nosso muito obrigado. A família

Aconteceu no passado dia 11 de Agosto no Funchal, em que Michael Silva, natural da Loureira, e Ana Souto, natural do Funchal, deram o nó na Igreja do Sagrado Coração de Jesus na Boa Nova, Madeira. Este acontecimento reuniu amigos e familiares para testemunharem este importante momento na vida deste novo casal.

Inácia Ferreira N. 29.06.1912 F. 29.08.2012 Loureira Agradecimento Na impossibilidade de o fazer pessoalmente, a família vem por este meio agradecer a todas as pessoas prestaram homenagem e a acompanharam à sua última morada, ou de qualquer outra forma lhes manifestaram o seu pesar. Agradecemos a todos o apoio ao longo destes dias. O nosso muito obrigado. A família

Foi no passado dia 15 de Agosto que realizámos as nossas Bodas de Prata na Igreja de Santa Catarina da Serra juntamente com os nossos filhos, familiares e amigos mais próximos. Agradecemos a presença de todos os que de uma maneira ou outra contribuíram para que este dia fosse recheado de alegrias. Conceição Carreira e José Baptista

6/8 – Conceição Gomes de Oliveira, viúva de Pedro Alves dos Santos, da Pinheiria, adormeceu eternamente aos 83 anos de idade 8/8 – João da Conceição Vitorino, casado com Gertrudes da Silva Marques, da Loureira, partiu para o Pai aos 69 anos de idade 27/8 - Bento Rodrigues, casado com Ilda da Conceição Neto, da Quinta da Sardinha, adormeceu no Senhor no entardecer dos seus 83 anos de idade 29/8 – Inácia Ferreira, viúva de Manuel dos Santos Catarina, da Loureira, partiu na Paz no entardecer das suas 100 primaveras. 29/8 – Teresa de Faria Lebre, casada com Rafael Justino Ferreira, natural de Santa Catarina da Serra e residente em Parceiros, Leiria, pereceu aos 83 anos de idade e foi sepultada no cemitério de Santa Catarina. 30/8 - Maria José Pereira, viúva de Francisco Pereira, natural da Redinha, Pombal, residente no Lar de Santa Catarina, partiu aos 96 anos de idade.

Aos familiares enlutados “O Luz da Serra” apresenta sentidas condolências e une-se em oração de sufrágio

Assine o Jornal Luz da Serra e apoie a sua Freguesia. Entre em contacto com a redacção pelos seguintes contactos: 00351 917 480 995 luzdaserra@santacatarinadaserra.com

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Contactos úteis Bombeiros Voluntários - 244 741 991 Centro Saúde - 244 741 151 Farmácia - 244 741 474 Junta Freguesia - 244 741 314 - 919 630 030 Casa Paroquial - 244 741 197 ForSerra - 917 480 995 GNR - 244 830 859 Em caso de emergência, primeiro ligue directamente para os Bombeiros Voluntários e depois para o 112.

Pedro Leonel Marques Ferreira e Ana Paula Faria Marques, residentes no Vale Tacão, festejaram no passado dia 9 de Agosto as bodas de prata, na capela do Vale Tacão, com familiares e amigos seguindo de um convivo com muita alegria e animação. Daniel Ferreira

Envie-nos o seu anúncio, da secção da família paroquial, que nós prometemos publicar gratuitamente. Data limite de entrega: último dia de cada mês Os anúncios publicados serão gratuitos, desde que cumpram os requisitos necessários para a publicação.


SETEMBRO 2012

Editorial

Reflexões para tempo de crise Os tempos em que vivemos são ricos em oportunidades. Não as podemos desperdiçar. Senta-te aqui comigo e vamos refletir juntos. P. Serafim Marques

DR

sepultura com os dentes”.

Novo ano escolar. As aulas vão recomeçar. Há despesas a fazer e ocasiões de fazer economia: Vários objetos escolares dos anos anteriores podem servir ainda: mochilas, ténis, lápis, esferográficas, cadernos de apontamentos, régua, etc. Aqueles que sabem economizar, valorizam as crises. Não o fazer é jogar dinheiro no lixo. Roupas e calçados. Se forem de MARCA, são muito mais caros do que aqueles que não são de marca, e fazem o mesmo efeito. Comprar objetos de marca é colaborar com os mais ricos para que se tornem ainda mais ricos à tua custa. E tem mais : aquele que usa roupas de marca anda a fazer por toda a parte PRPAGANDA gratuita para que aquele dono das marcas se torne ainda MAIS RICO: propaganda ambulante e gratuita! O pobre fica mais pobre para que o RICO se torne mais RICO. Então não os critiques. Deixa de ser BOBO! Não te queixes das crises… Cria juízo! Melhores salários. Se quiseres que os teus salários rendam mais, dêem para mais coisas, ensino-te um segredo. É o seguinte: quando vires televisão, na hora das propagandas, muda de canal ou des-

LUZ DA SERRA

-- vida da comunidade --

liga o televisor. Alguém disse que “a televisão é uma grande fábrica” de escravos; escravos da vaidade e da ambição. Além disso, não andes muito pelos “shopings”, pelos supermercados. Aquilo que a pessoa não vê não a deseja, por isso não a compra. Não andes pela cabeça dos teus amigos ou vizinhos… Não deixes as tuas crianças assistir a programas de propaganda, de jogos eletrónicos; serão depois MENOS EXIGENTES e teu salário irá mais longe … Desperdícios em casa. Não abras completamente a torneira enquanto te lavas, ensaboas, esfregas. Fecha-a enquanto escovas os dentes. Economiza energia. Desliga as lâmpadas quando já não são necessárias. Substitui-as por lâmpadas de menor consumo. Não mantenhas o televisor ligado o dia todo. Basta um televisor em família… Vícios. Se fumas, acaba de uma vez por todas com esse vício que pode custar-te a vida. Pelo menos diminui o consume de tabaco. Evita as drogas, as discotecas, quanto dinheiro se gasta na compra de doenças… Diminui os cafés, os gelados, os doces. Há um ditado que diz: “O guloso cava a

Pagamento de Assinaturas Terças e Quintas Feiras, na redacção ( edificio da Junta de Freguesia), ou na Casa Paroquial. Poderão igualmente utilizar o contacto 00351 917 480 995 ou o email luzdaserra@santacatarinadaserra.com para obter mais informações. Agradecemos a sua colaboração.

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Exercícios físicos. Caminhar dá saúde, lubrifica as articulações afastando a artrose, economiza combustível, faz perder peso, torna a pessoa mais elegante… Sempre me dei bem com a aplicação de dois exercícios: “FREIO” na boca (controle de quantidade e de qualidade do que entra) e “MOTOR” nas pernas, (caminhar sem pena delas); dá bem - estar ao corpo… Convidote a fazeres a experiência… Vale a pena. Conclusão. Uma só gota de água não resolve nada. Muitas gotas juntas formam lagos, rios, dão origem a terríveis temporais, formam oceanos. Muitos cêntimos poupados, quando juntos, podem originar fortunas. É questão de tempo… Ensina os teus filhos a economizar, mas não te esqueças de que os filhos se educam pelos olhos e não pelos ouvidos. Aqueles que hoje se encontram nas casas de recuperação de viciados, eram crianças puras e inocentes, faz 20 ou mais anos. Quanto dinheiro mal gasto! O que será dos teus filhos daqui a alguns anos? Que Deus ilumine e ajude todos os pais a aproveitar das crises em que vivemos para preparar seus filhos para um futuro melhor do que este, com menos sofrimento e uma vida mais desafogada, com mais saúde e mais FELICIDADE.

Jantar dos Jaime’s Convidam-se todos os Jaime’s a comparecer no Jantar convívio no dia da padroeira, 25 de Novembro, no 7º Festival “O Chícharo da Serra”. Informações: 917287166

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Continuação da página 1

“O Senhor, não faças isso comigo... deixa-me ao menos as folhas e os ramos”, suplicou o bambu. “Se não queres que os corte, não poderei usar-te.” Neste momento o Sol escondeu-se e os passarinhos voaram para longe. Então o bambu, já com uma voz muito P. Mário de fraca, disse: “Senhor, então cortaAlmeida Verdasca me as folhas e os ramos, se assim achares necessário.” “Meu querido, tenho ainda que fazer uma outra coisa. Devo rachar-te em duas partes e arrancar-te o coração. Se não o fizer, não te poderei usar.” O bambu ficou sem palavras e baixou a sua linda cabeleira até ao chão. O Senhor do jardim abateu o bambu, cortou os ramos, tirou as folhas, rachou-o em duas partes e arrancou-lhe o coração. Em seguida levou-o à fonte de água fresca, próxima dos campos secos. Ali, muito cuidadosamente, o Senhor colocou o bambu no chão. Uma extremidade do tronco foi ligada à fonte de água, outra foi virada para o campo seco. Da fonte jorrava água, a água passava através do bambu oco e chegava alegre ao campo seco que há muito suspirava por aquela água fresca. Em seguida foi plantado o arroz. Os dias passaram, a semente cresceu e o tempo da colheita chegou. Assim o maravilhoso bambu tornou-se uma grande bênção para aqueles campos secos devido à sua grande generosidade e humildade. Grande e plena foi a alegria do bambu e finalmente sentiuse realizado. Enquanto era jovem e bonito, o bambu vivia e crescia só para si mesmo e amava somente a sua beleza e bem-estar. Numa palavra, era egoísta. Depois, pelo contrário, despojado de toda a sua beleza, inclusive da sua própria vida, tornou-se num canal, que o Senhor usou para tornar fecundos e férteis os seus campos. A paragem reconfortante e regeneradora aconteceu, mais ou menos para todos. Provavelmente estamos todos mais bonitos, mais bem cuidados, mais em forma. Porém acontece que o nosso Senhor precisa de nós para irrigar a “sua horta” e para tornar o “seu campo” mais bonito. A comunidade precisa da boa vontade e da colaboração de todos e cada um e, por isso, é preciso que cada um se deixe cortar e podar para estar no local certo e na missão exata que lhe está confiada e para a qual foi traçado. A catequese precisa de cristãos que amem a Deus e as crianças; a eucaristia precisa de ser um encontro de todos os irmãos animados e cheio de calor humano e divino e por isso precisa de animadores, cantores e do envolvimento de todos os corações. Na nossa Igreja onde temos a felicidade de participarem tantas pessoas “de fora” precisamos de cuidar da nossa eucaristia e de adquirir de novo a alegria e a profundidade no encontro com Deus e com os irmãos. É uma responsabilidade que precisamos de assumir pois se as pessoas confiam em nós não podemos defraudar a sua busca e a sua fé. A pastoral social tem ganho, nos últimos tempos, um folgo alargando e aprofundando o seu campo de ação mas precisamos de mais alento e gente nova que imprima entusiasmo nas causas sociais e humanas que abraçamos. Os jovens não podem permanecer à margem da vida da comunidade sob pena de estarem a defraudar as suas promessas batismais que se tornaram maduras e firmes na confirmação, e os planos de Deus para um futuro que passa implacavelmente pela união comunitária. Todos são responsáveis e necessários mas os jovens constituem a esperança da comunidade paroquial que investe neles e deles espera….


LUZ DA SERRA

guém que a amava. Jesus Cristo também passou pelo mundo como bom samaritano, indo ao encontro de todos os homens, atribulados no corpo ou no espírito, derramando sobre as suas feridas o óleo da consolação e o vinho da esperança. Assim revelou como é grande o amor de Deus. Um bom motivo para ser cristão é que, quando estamos atribulados, temos alguém que está ao nosso lado. Cristo Ressuscitado ajuda-

2012

Celebração do Ano da Fé 2012/2013

DR

Carregar a cruz dos outros Um dia, Teresa de Calcutá encontrou uma pobre leprosa moribunda, abandonada à beira da estrada. Aproximou-se dela e começou a acariciá-la. A doente, maravilhada, perguntou com uma voz débil: —Por que faz isto? Madre Teresa respondeu: — Porque te quero todo o bem. A moribunda expressou com o olhar toda a sua alegria. E implorou: —Diga isso outra vez. Madre Teresa, com doçura, repetiu: —Porque te quero todo o bem. Passados alguns instantes, estando Madre Teresa ao lado, a mulher morreu com um sorriso nos lábios. A leprosa, pobre e abandonada, carregava a pesada cruz do sofrimento e estava prestes a morrer abandonada por todos. Mas eis que apareceu alguém que se encheu de compaixão. A moribunda sentiu então a imensa alegria de ter ao seu lado al-

SETEMBRO

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nos a carregar a cruz, a não desesperar, a sujeitarmo-nos à condição humana: ter de sofrer para entrar na glória celeste. Como é bom saber que há pessoas que imitam Teresa de Calcutá, dedicando-se aos pobres e abandonados. São para eles um sinal visível da presença amorosa de Jesus. De facto, Jesus precisa dos cristãos para sorrir, ajudar, dar alegria e paz.

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O Papa Bento XVI decretou “ um ano da fé” com início no dia 11 de outubro de 2012 e o seu término ocorrerá no dia 24 de novembro de 2013. O início do Ano da Fé coincide com a recordação de dois grandes eventos que marcaram a face da Igreja nos nossos dias: o quinquagésimo aniversário da abertura do Concílio Vaticano II, desejado pelo Papa João XXIII (11 de outubro de 1962) e o vigésimo aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica, oferecido à Igreja pelo Papa João Paulo II (11 de outubro de 1992). O atual Papa disse: “ Decidi decretar um ano da fé precisamente para dar um impulso renovado à missão de toda a Igreja de conduzir o homem do deserto, onde frequentemente se encontra, para o lugar da vida, para a amizade com Cristo, que nos dá a vida em plenitude”. Referiu ainda: “ Será um momento de graça e de compromisso para uma conversão sempre mais integral a Deus, para reforçar a nossa fé e anunciar com alegria aos homens dos nossos tempos”. Poder-se-ia colocar algumas questões: Mas qual é o sen-

tido do Ano da Fé? A fé ainda tem espaço na nossa cultura secularizada? Para que serve a fé? No Ano da Fé é necessário dar razões. São Pedro na sua epístola convida-nos a dar razões da nossa esperança. “ Estai sempre prontos a responder para vossa defesa a todo aquele que vos pedir a razão da vossa esperança” (1Pe 3, 15). Alguns acontecimentos a nível da Igreja Universal: XIII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos: convocada pelo Papa Bento XVI para o mês de outubro de 2012 e dedicado à Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã. Durante este Sínodo, no dia 11 haverá uma celebração solene de

inauguração do Ano da Fé. Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro (Brasil), em 2013: será uma ocasião privilegiada para os jovens experimentarem a alegria que provém da fé em Jesus e da comunhão com o Papa, na grande família da Igreja. Celebração de uma Eucaristia na solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo por ocasião da conclusão deste Ano: Será celebrada pelo Papa Bento XVI e nela se renovará solenemente a profissão de fé. Fernando Valente

O exemplo

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Observando atentamente o mundo, verificamos que a falta de ética é uma doença grave dos nossos tempos. As fraudes, a corrupção, as imoralidades pululam assustadoramente. A primeira escola da ética tem de ser a família. Aí se ensina pelo exemplo, aí se aprende pelo comportamento dos pais e dos outros adultos. Mas nem sempre os pais têm esse cuidado de orientar seus filhos no caminho do respeito pelos direitos dos outros, crescendo num ambiente de honestidade como também a vida espiritual enferma desta doença. Há no entanto pais com a consciência da sua responsabilidade, que estão atentos mesmo às pequenas coisas tanto no campo das atitudes humanas, morais como religiosas pois o bom exemplo é essencial para a formação

das crianças e jovens. Numa tarde soalheira de sábado, Boby Lewis levou os seus dois filhos a jogar minigolfe. Aproximou-se da bilheteira e perguntou: Quanto custa a entrada? – Três dólares para o senhor e três para cada criança acima dos seis anos. A entrada é livre para crianças com menos de seis anos. Quantos anos têm os seus pequenos? – disse o funcionário. – Um tem quatro e o outro tem sete – respondeu o pai. – Devo-lhe portanto seis dólares: três meus e três do mais velho. O rapaz da bilheteira retorquiu: – O senhor podia ter ganho três dólares. Porque eu não sabia a idade do mais velho. O pai respondeu: – Você não sabia, mas os meus garotos sabem... Boby não quis mentir para

fugir ao preço, porque os filhos, embora pequenos, dariam pela mentira e aprenderiam a enganar os outros. Tinha consciência da importância do exemplo na educação dos filhos.. Tinha bem presente esta bela palavra do escritor americano Emerson: «O que você é fala tão alto que não consigo ouvir o que está a dizer!» O testemunho dos pais – bom ou mau – fala tão alto, tão forte que abafa as palavras por mais belas que sejam...


SETEMBRO

LUZ DA SERRA

-- vida da comunidade --

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1º Encontro de ex-combatentes

António Rodrigues

Fazendo parte do movimento iniciado por um grupo de combatentes do ultramar, a que se associaram como apoiantes e parceiros, a junta de freguesia e o núcleo de Leiria da liga dos combatentes, realizou-se o encontro dos combatentes de Santa Catarina da Serra que reuniu 90 ex-militares e 170 pessoas. Muito animado com os participantes a contar as suas histórias de guerra e demais aventuras naquele período que não querem esquecer. A organização anunciou que está em curso a construção de um monumento na sede

António Rodrigues

Pela primeira vez, os excombatentes naturais e residentes em Santa Catarina da Serra estiveram reunidos.

de freguesia em memória dos filhos da freguesia que fizeram a guerra do ultramar. Está assegurada a participação da junta e da liga dos combatentes, o apoio de algumas empresas e deste jantar sairá uma pequena verba que representa a colaboração

dos combatentes para o seu memorial a inaugurar no dia da freguesia integrado no calendário oficial das comemorações. Foi anunciada a intenção de participar no festival do chícharo com uma exposição de fotografias dos combatentes

no ultramar sendo todos convidados a entregar algumas fotos para o efeito Ficou prometida a continuidade destes encontros anualmente em data a integrar no calendário de eventos da freguesia A junta de freguesia pelo seu

presidente, reafirmou o apoio às iniciativas anunciadas que prestigiam a freguesia e são justa homenagem a uma geração que tanto deu ao país e faz parte da história e que a sociedade não pode esquecer. O presidente do núcleo de Leiria da liga dos combatentes enalteceu a presença do elevado número de comba-

tentes sinal do dinamismo da freguesia, lembrou o protocolo assinado com a junta para a construção do talhão dos combatentes no nosso cemitério, a concretizar no próximo ano, e descreveu os serviços prestados pela liga aos seus sócios e as vantagens de fazer parte desta organização de nível nacional. António Rodrigues

O passeio convívio Promoção do chícharo dos jovens do ano de 1957

O grupo de 1957

Foi no dia 15 de Agosto, feriado nacional, e aproveitando a presença dos nossos amigos emigrantes, que os membros do clube organizaram um evento para juntar amizades que o destino separou. Esse evento constou de uma sardinhada durante a tarde acompanhada por um acordeonista. A adesão foi positiva, fazendo com que essa tarde se tenha tornado numa animada festa de união. A equipa

DR

C.C.R.Tale Tacão reune emigrantes

Miguel Marques

sendo por vezes necessário ir para muito longe. Não fomos muitos, mas formamos um conjunto alegre e de sã camaradagem. Os 22 que participaram foram na maioria, acompanhados pelas caras metades. O que contribuiu para que houvesse formas de aumentar não só a alegria, como a auto estima pessoal. No final, ficou a intenção de para o ano voltarmos a repetir a experiência de um novo passeio convívio.

Contando com o apoio da Ass. de S. Miguel, Rancho Folclórico, Jovens festeiros de 1992, Centro Social Paroquial, Ivone Matias da Cova Alta e Escuteiros foi possível assegurar a presença neste evento. Foram dados a conhecer vários produtos entre os quais o chícharo, queijada de chícharo, bolo de chícharo e uma novidade, o chocolate de chícharo. O evento contou com 600 inscritos e totalizou mais de 3000 visitantes de todo o país.

Miguel Marques

Tal como tinha sido anunciado decorreu no dia 19 do passado mês de Agosto, o passeio organizado por aqueles (as) que nasceram no ano da graça de 1957. Foi um dia diferente, onde a partilha de conversas alegres e de recordações de um passado mais ou menos distante, fizeram desse dia um convívio permanente. Também a zona escolhida, albufeira da barragem de Castelo de Bode e o Centro Geodésico do nosso país em Vila de Rei e arredores, mostrou-nos quanto é lindo o nosso país, não

O Vespa Clube de Fátima, conta já com 9 anos de existência, e desde 2003 que organiza o encontro nacional de vespas. Ficou conhecido por todos, desde 2010, ano em que organizou o Vespa World Days 2010 que reuniu cerca de 3000 vespistas de todo o mundo em Fátima. Este ano decidiu dar continuidade ao encontro de Sabores e Tradições de Fátima, levando as associações de Fátima a estarem presentes na sua concentração anual. Este ano, o convite estendeuse à ForSerra, que esteve presente com a promoção do chícharo e do Festival que se realiza em Novembro.

Miguel Marques

A convite do Vespa Clube de Fátima, a ForSerra esteve presente na 8ª concentração Vespinga.

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LUZ DA SERRA

2012

Associação dos Amigos da Secção de Bombeiros do Sul do Concelho de Leiria

Postal do mês Quem diria tal mudança! Concorreram para isso múltiplas circunstâncias, mas a principal foi o espírito de labor do seu povo. O seu brio e união. O seu amor ao trabalho e ordem no mesmo. Modernizou-se, mas não deixou no lixo a tradição que lhe deu alma. No seu desenvolvimento não se esvaziou a fé transmitida e a graça da entreajuda. Em parte nenhuma tudo são rosas, nem todos gostam de tudo. Mas o respeito é o mais forte vencedor. Peço desculpa se desagrado a alguém com esta afirmação. Gosto muito de passar à empresa do churrasco do Senhor Moniz e sentir o cheirinho ainda á distância. Aquele alpendre com as mesas ao ar livre repletas de gente que lhe fornece o colorido no verão e o enche de risos de felicidade enquanto saboreia o frango quentinho, contagia-me com a sua alegria e paz. Cá com os meus botões vou dizendo. Bonito emblema aqui à entrada deste lugar. Isto é mesmo Portugal.

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Ao contrário do que poderia e não gostaria de anunciar, mais uma falha grave do 112, ou do INEM, como queiram! Foi num dos últimos dias de Agosto numa emergência para a Rua da Capela, Quinta da Sardinha, para socorrer uma vítima de uma queda em sua casa, que viria a falecer uns dias mais tarde no Hospital dos Covões em Coimbra. Como no vizinho lugar do Vale Tacão também existe uma Rua da Capela, tal como na Magueigia, foi para o Vale Tacão, que os nossos Bombeiros, foram encaminhados pelo 112! Isto é de bradar aos céus! Infelizmente, não somos os únicos. Quem lê os jornais diários, quase sempre existem notícias acerca de casos semelhantes. Enquanto cidadão e presidente de uma Associação, que não fora a ajuda do poder local, empresas e população em particular, possivelmente não sei se hoje teríamos a actual secção de Bombeiros na nossa freguesia, servindo as restantes 3 que compõem a Associação. Não deixarei de alertar todos os meses neste jornal, e nos meios que hoje estão ao nosso alcance, para alertar e

DR

Enganos que custam vidas

Maria Primitivo Não sou especial observadora ao passar pelas estradas da minha freguesia. A condução de qualquer veículo, exige-nos o melhor da nossa atenção, e que a não dispersemos nas construções e paisagens que vamos encontrando. Contudo, não ficamos totalmente privados de reparar nas margens dos caminhos ao perto e até a certa distância. Conveniente mesmo, é a concentração ao volante, e o nosso sentido de responsabilidade. Ao sair da minha modesta zona de que gosto sem favor, entro a maior parte das vezes na via que me leva a atravessar o enorme lugar da Loureira. Por aqui sou conduzida ao frequente, e para mim muito grato destino, o Santuário da Fátima. E recordo sempre a Loureira da minha infância e juventude. E a gente boa que já partiu para a casa eterna e a que ainda conheço hoje cheia de energia. Mas ocorre o pensamento. Forja-se a questão. Loureira, quem te viu e quem te vê. Que diferença, meu Deus.

SETEMBRO

-- correio do leitor - vida da comunidade --

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esclarecer as pessoas para estes factos incompreensíveis. Se não são capazes de serem mais eficazes, deleguem de uma vez por todas nos Bombeiros o primeiro conhecimento das várias e muitas ocorrências de emergência, que acontecem, infelizmente todos os dias. É que assim, como estão as coisas, são os próprios Bombeiros a assacar com todas as

críticas dos familiares e de quem tem conhecimento das ocorrências no momento. Críticas justificadas, mas muitas vezes injustas para quem todos os dias está voluntariamente ao dispor de todos nós! Em termos de operacionalidade, gostaria de referir um ligeiro aumento no serviço de transportes de doentes, mas ainda longe dos números de alguns meses atrás.

No que diz respeito aos incêndios florestais, esta vaga de calor que se faz sentir quer no dia em que escrevo, quer já há alguns dias e que segundo as previsões ainda durará alguns mais, aconselha a muita prudência de todos nós. Virgilio Gordo

O nosso número de emergência é o seguinte: 244 741 991 A Actividade da Associação Quanto à actividade da Associação, pela primeira vez de há largos anos a esta parte, um evento por nós organizado, ficou além das expectativas iniciais, embora não tenha dado prejuízo, foram apenas algumas dezenas de euros de lucro. Para este mês, temos no próximo dia 23 o já tradicional Passeio do Coração em Cicloturismo. Ao contrário das edições anteriores, a partida e chegada será junto do Quartel nos Cardosos. A ins-

crição será de 5 euros, com direito a bifana, mais ou menos a meio do percurso e a almoço no final. O percurso terá mais ou menos 25 a 30 km e será o seguinte: Chainça → Loureira (EM 357) → Bemposta → Vale Maior → Várzea → Cardosos (Travessia da EN 113) → Outeiro de Caldelas → Associação de Caldelas (Reforço alimentar) → Caranguejeira → Variante Nova → (EM 357) → Caldelas → Canais → Sete Rios → Olivais (EN 113) → Quartel nos

Cardosos. No primeiro Domingo de Outubro dia 7, será o primeiro almoço dos 4 programados e será na nossa freguesia. A finalidade destes almoços, continua a ser a angariação de fundos para a gestão diária da Secção. Embora este ano, se os mesmos correrem como há alguns anos atrás, poderá ser possível amealhar alguns euros para que seja possível a aquisição de uma ambulância, pois a cada ano que passa, as

que estão ao serviço cada vez estão mais desgastadas. Para terminar, a direcção da Associação apela a todos (as) para que participem de uma maneira ou outra, nos eventos que vão decorrer este mês e em Outubro. Virgilio Gordo

Continuam à cobrança as quotas referentes ao ano de 2012. Se possível, façam o seu pagamento no quartel, ou então junto dos cobradores existentes em cada núcleo das 4 freguesias.

Ficha Técnica Jornal Luz da Serra Nº456 - Setembro de 2012 Ano XXXVIII ERC 108932 - Depósito Legal Nº 1679/83

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Os textos assinados e publicados no jornal LUZ DA SERRA – que podem ou não traduzir a linha de orientação deste jornal – são da inteira responsabilidade dos seus autores.


SETEMBRO

LUZ DA SERRA

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Associação Desenvolvimento Social da Loureira

Visita à Fonte do Tojal

A comemoração dos vinte e dois anos de actividade da Associação.

Visita aos cantos e recantos da nossa terra.

Fundada em 14 de Agosto de 1990, a Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira comemorou no passado dia 14 de Agosto o seu 22º Aniversário. Vários são os serviços que vem prestando à comunidade local e às comunidades limítrofes. Na presente data, enquanto IPSS - Instituição Particular de Solidariedade Social - dispõe de Creche que acolhe 35 crianças, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário que acolhem e apoiam no dia-a-dia 37 idosos. As três respostas sociais são servidas por um grupo de 22 colaboradores da Instituição. Aberto a toda a comunidade, funciona também, um dia por semana, um Centro de Atendimento, assegurado

por um Técnico Superior de Serviço Social, que ali dá resposta a problemas de natureza social, designadamente RSI, entre outros. No mesmo edifício, a Associação mantém aberto a toda a comunidade um amplo espaço público – uma sala de grandes dimensões – que, sem deixar de ser comercial, pois é o Café da Associação, se vem transformando cada vez mais num espaço de encontro intergeracional da comunidade. Diariamente passam por ali dezenas e dezenas de pessoas. Ali conversam, ali leem os jornais nacionais e regionais, ali veem televisão, ali tratam inclusive dos seus negócios ou dos seus trabalhos e muitos também jogam as cartas. Ao fim do dia, na Sala Poli-

valente da Associação, têm lugar algumas atividades de natureza social e cultural tais como dança de salão, ginástica de manutenção e Hiphop, atividades que têm início em Setembro e terminam em Julho de cada ano. No amplo salão da cave tem tido lugar outras e importantes atividades coletivas: convívios familiares, casamentos, festas escolares e até teatro e folclore. Periodicamente, na sala da Biblioteca decorrem cursos de formação para os colaboradores da instituição, mas não só. E porque não haveria Associação se não tivesse sócios, na presente data, a Associação soma já 263 sócios com as suas quotas em dia. Catarina Neves

Recolha de sangue Teve lugar, no passado dia 18 de Agosto, mais uma campanha de Recolha de Sangue nas instalações da Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira. Este ano compareceram 49 pessoas que, num gesto de grande generosidade, responderam ao apelo do Instituto Português do Sangue. Catarina Neves

A maioria de nós nasceu e cresceu na Freguesia de Santa Catarina da Serra. Há cantos e recantos que só alguns conhecem. É o caso da Fonte do Tojal. Quisemos conhecê-la. Éramos treze «turistas» que, tendo como guia a Sra. Dª. Emília, lá fomos visitar aquele lugar. Os que não conheciam ficaram maravilhados com o que viram. O lavadouro: um tanque enorme rasinho de água limpa, com vários «batidoiros» a toda a volta e coberto por um telheiro de paredes pintadas de azul e branco. A água que transbordava estava devidamente encaminhada. Não se via mas ouvia-se! Tudo impecavelmente limpo! - E aqui é a fonte! - Disse a nossa guia. A fonte! Ali ao lado. Ninguém se tinha apercebido ainda. A lembrar uma casinha que guarda um autêntico tesouro, alguém de muito bom gosto e com sentido de responsabilidade,

Catarina Neves

Aniversário da ADSL

preparou e edificou aquele pequeno grande monumento que guarda, deixando ver, um pequeno reservatório de água cristalina que permanentemente brota da natureza, exibindo orgulhosamente o ano de 1932.

Nunca é demais felicitar todos aqueles que contribuíram para a preservação daquele espaço. Catarina Neves

Um verão à maneira

Homenagem à Mariana

O projeto de ocupação de tempos livres realizado e promovido pela forescolas.

Catequista da Loureira foi homenageada no âmbito das festas de Santa Marta na Loureira.

Quando vamos para o campo Vamos só para trabalhar Temos tanto que fazer Que nem dá para contemplar.

DR

Deus é Pai, o Salvador, E é Ele que nos chama. Há sempre alguém que O ouve, Como a nossa Mariana. Parece mãe das nossas crianças Dá-lhes catequese e ensina-lhes o rosário E todos os anos, a 10 de Junho, Leva as crianças ao Santuário

DR

Animadora: Marisa Santos

No dia 1 de Julho….

DR

Há semelhança dos anos anteriores mais uma vez a Forescolas (Associação de Pais das Escolas do Agrupamento de Santa Catarina da Serra) realizou o OTL (ocupação de tempos livres) de verão. Este decorreu de 18 de Junho a 31 de Agosto no qual, as crianças dos 3 aos 10 anos de idade realizaram atividades desportivas e ocupacionais. O tema de verão deste ano foi “ A criança e o desporto”. Com este tema foram desenvolvidos vários tipos de desportos como a exemplo; B , canoagem, escalada, equitação, basquetebol, entre outros… O OTL de verão decorre todos os anos em resposta às necessidades das famílias na ocupação dos filhos durante as férias escolares. Com a colaboração dos pais, animadoras, auxiliares e uma voluntária conseguiu-se (foi possível) elaborar e proporcionar sorrisos a todas estas crianças!

É já a vigésima quarta vez Que ali em frente ao altar Esteja sol, chuva ou vento As crianças, vai levar. Temos que lhe agradecer, Do fundo do coração, Por toda essa coragem, E por toda a dedicação.


LUZ DA SERRA

SETEMBRO

-- cadernos da nossa terra --

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Pedrome, de terra inóspita a localidade de progresso Texto: Vasco JR Silva Fotos: Vasco JR Silva e Miguel Marques O Pedrome, localidade assente firmemente sobre rocha, mas inóspita e agreste, anterior à própria paróquia, teve origem, como muito se orgulham os anciães, em lendários pastores que da serra da Estrela aqui se vieram estabelecer, fundando uma pequenina aldeia. O mais importante, conhecido por Pedro Homem, deu o nome à terra. A origem deste topónimo é correcta, porque surge sempre na documentação como «Pedromem» e, em 1722, como «Pedrohomem». Não é especular se se afirmar que «Pedr' Omem» poderá ter vindo da Batalha ou de Porto de Mós, na medida em que, na transição dos séculos XV-XVI, surgem aí diversos indivíduos assim chamados. No ano de 1527, o primeiro censo geral do reino de Portugal indica que as aldeolas da Loureira e «Pedromem» tinham, juntas, 8 fogos, correspondendo a pelo menos 24 indivíduos, o que indica que o povoamento era ainda recente. Um deles talvez fosse João Fernandes, da Loureira, mencionado em texto de 1513. Tinha uma propriedade no «Vall Mayor». Ainda sobre a população do Pedrome é preciso ter em consideração que na parte que era de Ourém também viviam diversos indivíduos, uma vez que pelo meio da aldeia se encontrava, desde 1180, a linha de demarcação entre os concelhos de Leiria e «Auren». Em 1545, data da elevação de Leiria a sede episcopal, a 22 de Maio, o Pedrome encontrava-se ainda sob jurisdição eclesiástica da igreja de São Martinho, Leiria, que, por sua vez, estava dependente do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. Isto na parte que era termo de Leiria, porque na que era de Ourém, a aldeia dependia da colegiada de Santa Maria. Assim, os que estavam a Oeste da linha limítrofe tinham de ir à missa à cidade, enquanto os outros iam à vila. A situação só viria a alterarse no ano de 1549, quando o bispo D. Brás de Barros desanexou alguns povoados da igreja de São Martinho e criou a paróquia de Santa Catarina

da Serra. A este processo, os anciães associam a lenda da mudança milagrosa da imagem da santa, durante a noite, do sítio do Vale dos Namorados, limite do Pedrome, onde foi achada no tronco de uma árvore, para o morro onde seria edificada a igreja matriz. Com a criação da freguesia da Serra, os do termo leiriense passaram a ir à missa à sede da novel paróquia, local onde também recebiam os sacramentos. Já os habitantes do Pedrome que estavam na parte de Ourém tinham de continuar a deslocar-se, a pé ou de burro, por vales e outeiros, até à vila. A situação só se alterou, completamente, em 1585-86, com a inclusão dos territórios sob jurisdição eclesiástica da colegiada de Ourém na diocese de Leiria, sendo bispo D. Frei Gaspar do Casal e rei Filipe I. No ano de 1561, a aldeia em estudo é mencionada no mais antigo mapa de Portugal. Da autoria de Fernando Álvares Seco, aquele indica, de forma clara, o nome da aldeia do «Pedromem». Mais a Sul, surge a de «Aljustrel». Por se desconhecer a razão pela qual a localidade é aí referida, temos de recorrer a pelo menos três hipóteses: (1) o facto de na aldeia se encontrar a estrada principal que permitia, pela parte Norte do Maciço Calcário Estremenho, o acesso a toda a área serrana. Na realidade, aquela era ainda a mais importante via de comunicação nos inícios de Novecentos. Dela existem indícios históricos materiais; (2) a existência da ermida de São Guilherme, posicionada junto àquele caminho, a qual era muito concorrida por causa das maleitas, ou seja, da malária, vírus que tanto atormentava, física e psiquicamente, as gentes serrenhas. Além disso, o eremitério, na Rebelvia, que tinha apenas a estátua do padroeiro, foi sede da primeira irmandade de defuntos da freguesia, a confraria do Pedrome. Esta, criada na parte da aldeia que se achava no termo de Leiria, teve compromisso e juiz, mas as missas eram ditas no men-

Estrada principal, EM357, que vai até Fátima. Ao longo dos anos, o lugar foi desenvolvendo o seu comercio junto desta estrada. Actualmente tem acesso directo ao IC9 sendo, por isso, mais movimentado. cionado templo, o qual se encontrava no concelho ouriense. Isto poderá indicar que a dita irmandade só passou a ir (se é que não ia já antes) à eucaristia à parte oureense, depois de a colegiada de Santa Maria ter sido transferida, em 158586, para a jurisdição do episcopado; (3) as duas anteriores. Em termos económicos, as pessoas do Pedrome dedicavam-se à agricultura e à pastorícia. A primeira actividade

serem regadas de pequenos poços. Ontem como hoje, couves, nabos, cebolas, tomates, feijões, chícharos, abóboras e batatas eram bastante consumidos. Dos animais domésticos é de destacar os leporídeos e os galináceos. Já os animais de pastoreio incluíam as cabras e as ovelhas, que saltitavam, frequentemente, para os terrenos dos agricultores, porque as culturas eram mais saborosas que as ervas.

zona tão inóspita. Já as pessoas construíam, junto às suas casas - que não iam além de cubículos de 3 × 3 ou 4 × 3 metros de rocha calcária empilhada e telhas de canudo os tais pequenos poços, os "pocicos". No século XVIII, as referências ao Pedrome voltam a surgir na documentação. Assim, em 1714-16, quando o Padre António Pereira era cura da paróquia, António Nunes, da

Local da primeira taberna no Pedrome junto à estrada principal da aldeia em 1716.

permitia a produção de trigo, milho, cevada e outros cereais, tudo de sequeiro, porque no Pedrome nunca houve, até recentemente, água que não caísse do céu. Aliás, uma seca mais acentuada obrigava à deslocação ao Tojal. Claro que também existiam hortas, mas mais próximas das casas, para

Com o arroteamento de áreas destinadas à agricultura e a existência de alguns bois, mas também a presença de inúmeros caprinos e ovinos, procedeu-se à edificação, há mais de trezentos anos, da lagoa do Pedrome, no Outeiro. De outro modo, não teria sido possível a existência de animais numa

dita aldeia, resolve enviar uma petição ao bispo de Leiria, solicitando a rectificação da renda a pagar pelo amanho da imensa quinta que a mitra leiriense aí tinha, o «Cazal do Pedromem». Na realidade, a produção não era suficiente para a liquidação do foro anual. O prelado, pesaroso,

porque não queria que abandonassem a propriedade, que tinha muitas árvores, destacando-se as oliveiras, mas também diversas dependências, como currais, envia dois avaliadores à povoação, para rectificarem a dita renda. Os inspectores descobrem, no decorrer do processo, que uma parcela da enorme quinta estava emprazada a uma criança de nome Manuel, com 4-5 anos de idade, herdeira de Manuel Lopes, do Pedrome, que já tinha fenecido, sendo, por isso, órfã de pai. O bispo D. Álvaro de Abranches e Noronha, informado dos resultados da inquirição, acaba por baixar a renda, aforando a dita terra a António Nunes e, ao mesmo tempo, clarificando que quando o pequeno Manuel fosse maior de idade ficaria na posse da outra parte da mencionada quinta, a qual foi delimitada, em 1722, com marcos com a epígrafe «MITRA». Em 2003, foi descoberto o do sítio do Pereiro. A 16 de Janeiro de 1716, os pacatos moradores do Pedrome, analfabetos na sua maioria, foram abordados por diversos indivíduos que de Abiúl vinham a demarcar o que era do termo ouriense do que pertencia ao concelho de Leiria. Na aldeia colocaram, à entrada, na Rebelvia, um marco. Passaram em frente da ermida, a qual estava na parte de Ourém, até chegarem à lagoa, onde «cravaram» mais um, este quadrangular. Em seguida, na Portela do Pedrome, um terceiro, antes de seguirem para a Loureira.


SETEMBRO 2012

No período atrás mencionado, a aldeia em estudo, refere o provedor da comarca de Leiria, Brás Raposo da Fonseca, pertencia à vintena da Pinheiria e tinha, na parte leiriense, 4 fogos, isto é, 12-16 pessoas. Os dados são de 1721. As vintenas, que já vinham do século XVI, tinham um juiz de vintena, o qual deveria zelar pela paz entre os habitantes das localidades. Como os números apresentados dizem respeito, tão-só, à parte de Leiria, desconhecendo-se, assim, quantas pessoas do Pedrome viviam na parte que era de Ourém, temos de esperar pelo inquérito de 1758, ao qual o Padre João Pedro, cura da paróquia, teve de responder, referindo que o Pedrome tinha 21 fogos. Em 1810-11, o Pedrome é atingido pela III.ª Invasão Francesa, sob comando de Masséna, que, com um exército de 150 mil soldados, provocou, a partir de 7 de Outubro de 1810, imensas vítimas em toda a região de Leiria, apesar de não se demorar muito, pois encontrava-se em trânsito para as linhas de Torres Vedras. Situação mais grave seria a de Dezembro de 1810, quando o inimigo, comandado pelo general Drouet, se instala em Leiria e aí permanece até 5 de Março de 1811. Cometem-se todo o tipo de atrocidades. É neste contexto que os anciães introduzem a lenda da mulher que, fugindo ao inimigo, se foi esconder no Arrebentão, deixando um menino para trás, numa enxerga. Desesperada, pedia para que os oponentes não fizessem mal ao filho. Uma vez passado o perigo, retornou a sua casa e, qual espanto, viu a criança feliz e com dois pães deixados pelos militares. O local onde residia tem o nome de Quingosta da Santa. A 8 de Março de 1811, um corpo anglo-luso varre os franceses da região. Em 1834 terminava a guerra civil que opôs absolutistas, defensores de D. Miguel, que achavam que o rei deveria dispor de tudo e de todos, e liberais, apoiantes do irmão D. Pedro IV, que lutavam contra o absolutismo, defendendo os ideais da Revolução Francesa, a saber: liberdade, igualdade e fraternidade. Uma vez no poder, os liberais, maçons na sua maioria, puseram em prática as reformas administrativas projectadas, em 1832, por Mouzinho da Silveira, quando ainda decorria o conflito. É neste contexto que são criadas as juntas de paróquia. É também neste âmbito que a parte

LUZ DA SERRA

-- cadernos da nossa terra --

Cisterna do Pedrome (1941). do Pedrome que estava no concelho de Ourém transita, em definitivo, para o de Leiria. Já a propriedade da mitra acabaria por sofrer um sério revés, pois se no dito ano de 1834 ainda é mencionada nos bens imóveis da sé, em 1864 os documentos já não lhe fazem referência, pelo que se deduz que acabou, por legislação, por ser extinta, tendo passado para o Estado liberal,

Marco da «MITRA» (1722) que depois a vendeu, em parcelas e em hasta pública, a vários particulares. O Padre António Pereira da Lagoa é mencionado como tendo sido o seu último foreiro. A memória colectiva ainda se refere ao clérigo que, saindo do sítio do Lajedo, onde o fenecido José de Jesus Francisco se recordava de algumas das cadeiras invulgarmente trabalhadas, e subindo a Quingosta da Santa, ia ao Outeiro dizer a missa no templo de invocação de São Guilherme. Concomitantemente à extinção da quinta, o eremitério do Pedrome parece ter sido deixado ao abandono, apesar de a 18 de Fevereiro de 1841 aí terem contraído matrimónio Francisco José, do Ulmeiro, e Josefa Maria, dos Cardosos. Em 1892-96, José Antunes das Neves, de Siróis, sangrador, transfere-o para um seu olival, na Magueigia. Em 1910 é instaurada a I.ª República, que, aliás, pouco impacto teve numa aldeia de matriz monárquica e católica, apesar de haver alguns mais rebeldes. Embate teria a I.ª

Guerra Mundial, a partir do ano de 1917, quando foram mobilizados José Pereira da Cruz e José Rodrigues Manso, para as trincheiras da Flandres. Já Joaquim Jorge escapuliu-se antes do embarque. A futura esposa, Teresa de Jesus (Manso) foi à Cova da Iria, para assistir ao Milagre do Sol, a 13 de Outubro de 1917. Estiveram também no local José Rodrigues da Costa, Agostinho Rodrigues Manso e José Pereira da Cruz, que não conseguiu observar o movimento descrito pelo astro (aproximando-se e afastandose do solo e mudando de coloração). Aliás, o então Prior Joaquim Ferreira Gonçalves das Neves tinha desaconselhado qualquer deslocação à dolina da Cova da Iria, por considerar que as pessoas se estavam a desviar da verdadeira religião. Em 1922, o Estado republicano, através das juntas de freguesia, resolve distribuir os terrenos públicos, baldios, sob a forma de glebas, pelos chefes-de-família, com o objectivo de minorar as enormes dificuldades socioeconómicas de antanho. As do Pedrome, Magueigia e Ulmeiro ficaram situadas na Lomba do Sobral, Casal da Cabeça, Forno da Cal, Vale do Poço e Arranhóis. Com o aumento paulatino de peregrinos e veículos motorizados em direcção a Fátima, houve, desde logo, algum impacto económico, caso da taberna de José e de Bento de

Oliveira, que tinham também, nos Arneiros, dois moinhos – outros dois engenhos similares, de José Rodrigues Manso, adquiridos por António Baptista, situavam-se no sítio da casa de José Pereira Marques. Neste mesmo período, a Junta de Freguesia começa a pugnar por melhores condições de circulação. É assim que se constroem, nos finais dos anos 20, a estrada camarária da Quinta da Sardinha à Cova da Iria e, na transição dos anos 40-50, com projecto do Estado, a EN 357. Em 2012 abriu ao trânsito o IC9, com um nó de ligação no Pedrome. Em 1941 termina-se a edificação da cisterna pública do Pedrome, aberta por António Frazão, natural da Serra de Santo António e residente no Ulmeiro, através do recurso a explosivos. Em 1962, o Pedrome encontra-se electrificado e António Luís dirige as ligações. É também nesta década que se introduzem, na aldeia, as primeiras máquinas, duas motoenxadas em 1965, uma de António Rodrigues da Costa e outra de Raul Marques, que teve também, com Francisco Rodrigues Jorge, António Rodrigues Manso e José de Jesus Francisco, uma das primeiras motorizadas do povoado. Em termos de ensino, os jovens do Pedrome iam à escola à sede de freguesia. A partir de 1970, com a construção da da Magueigia, na Barrajola, as crianças são transferidas para aí. No âmbito agro-pastoril, as actividades começaram a ser abandonadas nos anos 80, quando se fazem as últimas descamisadas e se começam a deixar as eiras. Procede-se à cobertura das diversas covas de bagaço do azeite que existiam entre o Lajedo e a Quingosta da Santa. A ida à lagoa para lavar a roupa deixa de se realizar. As pessoas transferem-se para os sectores secundário e terciário.

Sulco provocado pelos avos das rodas de carros de bois ao longo dos séculos (Outeiro dos Pomares, 1722).

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Tecido empresarial Na sequência do abandono da agricultura, desenvolveram-se os sectores secundário e terciário, resultando nas seguintes empresas: Mansauto, Lda.; Voltel, Lda.; TPB, SA.; JRP, SA.; João Rodrigues da Costa & Filhos, Lda.; Clip's Bar; Electropedrome, Lda.; Café O Notas; Café das Bombas; Oliveira & Brites, Lda.; Ilda Cabeleireira; VSC, Vítor Serralheiro & Costa, Lda.; Controlauto, SA; Combustíveis do Pedrome, Lda., Carpintaria Pedrome, Lda.; Viamarca, SA.; Servilena, SA.; Leirichão, Lda.; MyVille-Imobiliária, Lda.; Arquiserra, Lda.; Manuel da Costa & Silva, Lda.; Auto Henriques & Vale, Lda.; Suzana Ferreira, Cabeleireiros; Transportes Gonçalo Francisco, Lda., e Táxis Gonçalves & Marques, Lda.

Associativismo

Tal como nas outras localidades, também o associativismo se desenvolve no Pedrome. A secular lagoa foi coberta no final da década de 80 do século XX, precisamente para nesse local público se edificar a sede da Associação Cultural e Recreativa do Pedrome. Foi erigida pelo povo, unido. Com o objectivo de «promover o bem-estar social, cultural e recreativo da população local», conforme os Estatutos, foi feita escritura notarial pública, a 19 de Janeiro de 1989.

Momentos As fotos do grupo dos solteiros e dos casados na altura do bolinho. As fotos remontam a 1984.

Grupo dos “solteiros”

Grupo dos “casados”


LUZ DA SERRA

SETEMBRO

-- autarquia --

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A Assembleia de Freguesia aprova parecer sobre a reorganização administrativa autárquica cumento único, que foi aprovado por unanimidade, a enviar á Assembleia Municipal, como parecer a considerar por esta, na pronúncia a enviar á Assembleia da República, onde, depois de elencados alguns considerandos sobre a caracterização da freguesia em termos de; antiguidade e unidade territorial, localização e distância da sede do concelho, área e dimensão demográfica, infra-estruturas e equipamentos públicos, crescimento demográfico, dinâmica empresarial, coesão social e forte movimento associativo; se conclui que a freguesia já cumpre os “parâmetros de agregação” e as “orientações” a alcançar pela reorganização administra-

tiva em curso, tendo por isso cabimento nas freguesias a manter no concelho de Leiria, resulta a seguinte posição da freguesia de Santa Catarina da Serra (Junta e Assembleia de freguesia): “Recusa ser agregada a qualquer outra freguesia seja a que título for”. “Recusa qualquer redução ou fraccionamento do seu território, seja a que título ou circunstância for”. “Está disponível para agregar, no todo ou em parte, qualquer outra freguesia confinante, se for essa a sua vontade”. António Rodrigues

Formação em Informática (Carro net)

tecnologias.

identidade.

Escola de Magueigia – Arranjos exteriores

Mais de 50 pessoas receberam, no passado dia 13 de Agosto, o seu diploma de frequência no curso de formação em informática realizado na freguesia, de Março a Agosto. O curso resulta da parceria entre Junta de Freguesia e a ADAE/AMLEI e foi um sucesso a avaliar pelo número de participantes nesta acção e de inscritos para uma próxima que, esperamos que inicie ainda este ano. O Sr. Presidente da Camara esteve presente na cerimónia que teve lugar no auditório da freguesia e foi visível a satisfação destes formandos de idade mais avançada, que estão agora mais familiarizados e preparados para a utilização das novas

- IMI - Avaliação

- Contentor de Monstros Ulmeiro

O jardim de Infância de Magueigia sofreu uma intervenção de requalificação dos arranjos exteriores com criação de floreiras, aplicação de pavê, piso sintético na zona de baloiços, ajustamento da caixa de areia e pintura de muros. Numa altura em que somos confrontados com enormes dificuldades e limitações ao nível financeiro a envolvência e o apoio da Associação de Pais foi determinante para a execução da obra que vem efectivamente criar melhores condições para as crianças.

Os peritos avaliadores dispõem de uma credencial emitida pelos serviços de finanças a qual poderá ser solicitada para confirmação de

A MINHA RUA

Apesar da informação existente no local, e das muitas acções de limpeza e de formação que têm ocorrido na freguesia o certo é que a zona do contentor de monstros, único existente na freguesia e colocado no Ulmeiro, junto à associação local, está quase sempre num estado deplorável porque os utilizadores deixam os monstros no chão sem o cuidado de os colocar no interior do equipamento. A Junta de freguesia apela à colaboração de todos, no sentido de evitar a lixeira naquela zona, mantendo o espaço limpo.

Denuncie à Junta de Freguesia situações irregularidades perto de si. Conservação de estradas, sinalização, ambiente, animais, ruas... Aceda a www.santacatarinadaserra e ajude a melhorar a nossa freguesia.

Miguel Marques

Vista aerea sobre a Donairia, Pinheiria, Barreiria e Santa Catarina da Serra.

Requalificação da Lagoa do Boi Aquele que é o maior ponto público de água da freguesia sofreu obras de requalificação com limpeza do interior, colocação de pedras em toda a volta, nova cerca em rede, portão e sinalética. Obra da responsabilidade da Camara Municipal.

Miguel Marques

Informa-se a população que decorre até ao final do corrente ano de 2012 o processo de avaliação geral dos prédios urbanos. Trata-se de uma operação a realizar pela Autoridade Tributária que irá avaliar cerca de 5,2 milhões de prédios urbanos ainda não avaliados no âmbito do CIMI e cuja conclusão está prevista para o final deste ano, conforme prevê o ponto 6.3 do Memorando de Entendimento sobre condicionantes de Política Económica.

Miguel Marques - Arquivo

Solicitada pela junta de freguesia, reuniu extraordinariamente no dia 7 de Agosto o plenário da Assembleia de freguesia para debater o ponto único da ordem de trabalhos “discussão e votação do parecer da assembleia de freguesia sobre a reorganização administrativa territorial autárquica”. No debate introduzido pelo presidente da assembleia, todos os deputados se pronunciaram pelo apoio total à iniciativa da Junta, e da necessidade em tomar atempadamente e, em cumprimento da faculdade que a lei lhe confere, posição firme e inequívoca em defesa da continuidade da freguesia de Santa Catarina da Serra. Do debate resultou um do-

pub

Visite o site da Freguesia na Internet em www.santacatarinadaserra.com


SETEMBRO

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-- sociedade --

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Rancho Folclórico prepara festival e comemoração 49 anos de actividade com grupos convidados Este ano o Rancho Folclórico de S. Guilherme irá realizar mais uma vez o seu Festival de Folclore, trazendo grupos folclóricos de várias regiões do nosso país, que já visitámos em intercâmbio de folclore e que agora temos o prazer de os receber na nossa terra. Ao contrário dos anos anteriores, este ano vai ter a duração de 2 dias, uma vez que aproveitamos a ocasião para juntar o festival de folclore e

o 49º aniversário do nosso grupo. Começa então no dia 29 de Setembro (Sábado) ao início da tarde com jogos tradicionais (Junto à nossa Casa Museu - Magueigia) com prémios para os vencedores. Durante esta tarde haverá serviço de bar com pão quente e animação musical. No dia 30 (Domingo) ao final da manhã, iremos receber os grupos convidados junto à capela da Magueigia, seguindo-se o almoço convívio

no salão, e a partir das 15h terá início o Festival. Assim como tem sido hábito nos últimos festivais, iremos fazer uma recriação de trabalhos/ofícios que eram feitos pelo povo da nossa freguesia, sendo que este ano o tema será "As Lavadeiras". Esta recriação é baseada em histórias verídicas contadas por algumas pessoas da nossa freguesia que viveram durante a 2ª guerra mundial. Neste tempo

viveu-se um período de muita seca na nossa freguesia. A fonte do Tojal era dos sítios de água mais procurados por gentes de toda a freguesia e populações vizinhas, para ir buscar água com dornas em cima de carros de bois. Nesta demonstração também iremos ter as mulheres que iam lavar a roupa a esta fonte e ao mesmo tempo nas suas conversas, havia sempre uma ou outra que falava da vida

Miguel Marques - Arquivo

XXVII Festival de Folclore e 49º Aniversário do Rancho Folclórico de S. Guilherme alheia das pessoas, o que por vezes acabava em discussão e até zaragatas! Teremos todo o gosto que venham assistir a esta representação, e às atuações dos grupos que nos vão visitar, pois será uma tarde animada, e como não podia faltar haverá pão cozido no forno; pão com chouriço; fi-

lhoses; café d'avó e bom vinho da região! O local dos festejos é junto à nossa Casa Museu que fica a 500m da capela da Magueigia. R. F. S. Guilherme

Homenagem à Sr.ª Professora Jacinta Pereira das Neves População realça a importância do trabalho e vida da prof. com um memorial em sua homenagem.

Querida mãe, avó e bisavó, Quero, neste dia 15 de Agosto de 2012, falar e recordar um pouco da tua vida perante os teus familiares e amigos. Do teu passado jovem só posso testemunhar sobre o que me foi transmitido. Uma juventude sadia, alegre e muito vivida em redor da família e também com um sentido muito especial para o serviço à comunidade. Aos vinte e dois anos contraíste matrimónio, do qual brotaram os teus oito filhos, que com sacrifícios repartidos com o teu esposo, criaram e educaram para a vida. Enquanto te dedicavas à família com toda a alma e coração, decides abraçar outra

vocação em comum, Professora do Ensino Primário. A muitas centenas de alunos ensinaste o ABC das letras e da vida. Eles mesmo o reconheceram na homenagem que te prestaram a 03 de Abril de 2011. Foste mãe física, carinhosa e adorável dos teus filhos, e mãe adoptiva e muito amiga dos teus alunos. Mulher de Exemplo. Aos sessenta e sete anos de idade a tua vida tão activa conheceu uma grande alteração. Uma doença grave que te impossibilitou de continuar a trabalhar da mesma forma. Mas a tua força de vontade não esmoreceu, e conseguiste durante os vinte e um anos que se procede-

No passado dia 15 de Agosto de 2012, no lugar do ValeTacão, freguesia de Santa Catarina da Serra, a família desta ilustre professora aos quais se associaram muitos amigos, e antigos alunos, prestaram-lhe uma merecida homenagem. Junto à sua residência foi descerrado um memorial, no qual se destaca a sua imagem e, uma inscrição que revela bem o sentido da sua vida. Este ato festivo foi marcado por quatro momentos: o descerrar do memorial; a leitura de uma mensagem da família; um cântico dedicado a Nossa Senhora, por ser o dia da Sua Assunção ao Céu, pedindo a sua protecção para todas as mães. Para finalizar houve um convívio com todos os presentes.

ram até à tua morte física, continuar a ser um exemplo de grande Fé em Deus, dedicação à família e alegria junto das pessoas que te cumprimentavam e visitavam. Foi nos últimos anos da tua vida que eu mais senti o quanto nos amavas. O tempo que passavas em oração a Deus, pedindo por todos nós ao longo de todos os dias. O carinho com que beijavas a Bíblia - palavra de Deus, e

quando beijavas as fotografias do teu marido, filhos e neto já falecidos. O último adeus alegre e sorridente que deste a mim e à tua neta quando te fomos ver pela última vez ao hospital. Obrigado minha mãe. Também junto a este memorial que estou a dedicar em tua memória, coloco uma murteira, que tem um significado muito grande para mim. No dia do teu matrimónio

DR

Prof. Jacinta Pereira das Neves – uma vida dedicada a Deus; à família; ao ensino e à comunidade

foram espalhados vários pedaços de murta junto à entrada da tua casa, um deles conseguiu rebentar e crescer no jardim junto à entrada. Mais tarde, devido a várias obras de restauro foi arrancada, mas eu nunca consegui esquecer essa flor. Hoje mesmo a quero deixar aqui junto a este memorial, para continuar a ser o sinal

da tua vida junto de nós. Mãe querida, escolhi este dia da Assunção de Nossa Senhora Mãe de Deus e de todos nós, para te dedicar esta homenagem. Estou certo que estás junto a Deus e de sua Mãe. Peço-te que continues a velar por nós. Obrigado Mãe. David Pereira das Neves (filho)

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LUZ DA SERRA

Machismo Em pleno séc. XXI, continuamos Liliana Vieira a assistir à supremacia do sexo masculino sobre o feminino numa série de aspetos. Regra geral, são os homens que continuam a ganhar salários mais elevados, são eles que dominam os cargos de poder e dominam de forma implacável as relações afetivas. A diferença de géneros é antes de mais biológica, mas também educacional. A mulher é dona de casa, mãe, avó, funcionária e só por fim mulher. A mulher casada ou que vive em união de facto, ainda hoje é uma mulher submissa às vontades do seu marido/companheiro, mesmo que não o queira admitir. A sua dependência económica continua a dotar de poder, todos os homens que pretendem fazer delas empregadas domésticas, servas sexuais e objetos de exibição social. Além do clássico arrumar da casa e cuidar dos filhos, as companheiras dos homens machistas têm ainda de estar exemplarmente apresentáveis e representar impecavelmente o papel de feliz companheira, sob pena de retaliações. A violência conjugal física e psicológica está subjacente a este mecanismo machista. A mulher que não obedece ao código imposto pelo homem, sabe que a qualquer momento poderá ser humilhada em público ou batida em casa. Este tipo de mulher, interpreta um papel com o qual não sonhou e que se lhe apresentou como o único modelo de vida conjugal. A existência de filhos pode jogar a seu favor ou poderá perpetuar este ciclo vicioso de prisão emocional e de agrado a um homem que a desvaloriza constantemente. A psicologia social apresenta o machismo como a dominação masculina sobre a mulher, em que esta se submete aos seus desejos, anulando-se a si mesma. Esta condição verificase em todas as classes sociais, inclusive em mulheres com formação superior, que chegam a abandonar as carreiras de sucesso. O grande impulsionador desta cultura machista é a falta de coragem das mulheres, para enfrentarem homens que se julgam ditadores. Raramente existe apoio por parte da família ou dos filhos para o fazerem, pois isso implica mexer em situações que se cristalizaram há muitos anos. “Ele sempre foi assim, já não muda”. Quebrar uma paz podre que reina no lar, pode gerar muitas angústias, para as quais nem todas as mulheres estão preparadas. É mais fácil permanecer na sua zona de conforto e sofrer em silêncio. Atualmente existe a crescente preocupação em educar as pessoas para a partilha de papéis sociais. Vemos rapazes e raparigas a executarem tarefas domésticas, vemos mulheres a conduzirem autocarros e vemos homens que ficam em casa a cuidar dos seus filhos. Onde está o problema? No preconceito e no medo de serem alvo de chacota e gozo social. Há homens com muito receio de que a sua masculinidade desapareça enquanto estendem a roupa ou fazem o jantar. Felizmente esta situação está a inverter-se com as gerações mais novas, sendo frequente assistirmos a pais babados com seus filhos ao colo ou a mudarem-lhes a fralda, algo impensável há bem pouco tempo atrás. Analisando a pessoa machista, encontramos alguém muito inseguro de si mesmo e com graves carências afetivas na infância. Este homem presunçoso e prepotente usa a mulher a seu bel-prazer, mas no fundo é alguém com um enorme sentimento de fracasso pessoal, pois para se sentir homem tem de obrigar uma mulher a bajulá-lo. O machista tenta afirmarse no mundo, seguindo o modelo do próprio pai e de toda uma cultura envolvente, não se apercebendo do papel ridículo a que se presta. Por outro lado, parece claro que o sacrifício e a anulação feminina perante um machista, é algo que não traz à mulher nada de positivo. Anos e anos de abdicação de si mesma, ouvindo palavras rudes, sem um gesto de afeto, a fechar os olhos às amantes, a chorar por dentro enquanto sorri por fora. "Pelo marido, vassoura, pelo marido, senhora." Fazer valer o seu ponto de vista, é um direito da mulher se afirmar como ser humano, e ao contrário do que se possa pensar, enfrentar o companheiro não envolve necessariamente a separação ou divórcio do mesmo. Envolve apenas a reorganização dos papéis sociais do casal, que um dia decidiu partilhar a vida. Envolve tão só, o respeito pelo outro. Nada mais.

2012

opinião

Pensamentos Fechou-se um ciclo….. A agregação do Agrupamento de Escolas de Santa Catarina da Serra na sequência do despacho n.º 5634F/2012 ao Agrupamento Dr Correia Alexandre da Caranguejeira, marca definitivamente o fim de um ciclo. Como Escola Básica, abriu as suas portas aos primeiros alunos no ano letivo de 1995/96,sendo constituída como sede do Agrupamento no ano de 1999/2000. Ao longo destes dezasseis anos alicerçado num Projeto Educativo ambicioso, aglutinador e inclusivo, toda a comunidade educativa da Escola / Agrupamento conseguiu, de uma forma crescente e coerente, ganhar a confiança e o respeito da comunidade local, primeiro, e das instituições e observadores externos da região e do país, em segundo. Foi, e será, importante a ótima relação com as instituições público/privadas das freguesias /concelho e região. O desafio era enorme dada a presença, em Fátima, de três prestigiados colégios, para onde, pela ordem natural, os alunos oriundos das freguesias de Santa Catarina e Chainça eram canalizados após terminarem o 4.º ano. Foi necessário conjugar esforços, a vários níveis, dentro e fora do Agrupamento para que os pais vissem nesta Escola/Agrupamento uma alternativa credível e séria para a continuidade de estudos dos seus filhos. Os professores foram chamados a suplantarem-se e responderam com o sentido do dever, individualmente ou nas estruturas intermédias, desdobrando-se em atividades letivas, em reuniões de trabalho ou na participação nas atividades da escola; o pessoal não docente, assistentes operacionais e administrativos, cada qual com a sua função, foram fundamentais no contributo para o prestígio alcançado. Os pais, individualmente ou através das suas associações, souberam compreender da importância de estarem permanentemente ligados às estruturas da Escola. Não menos importantes foram os órgãos de topo, os conselhos pedagógicos e os representantes da comunidade nas assembleias de escola ou conselhos gerais que souberam acompanhar os desafios dos tempos e atuar conforme as circuns-

tâncias. Difícil, porque exigia ação permanente na relação com as estruturas da Escola, da comunidade e do ministério da educação foi o papel das direções que ao longo destes dezasseis anos assumiram, porque eleitos, como órgão coletivo ou individual, os destinos da Escola/ Agrupamento. Evoque-se o nome dos professores Luís Godinho, António Oliveira e Ana Marto que foram as faces visíveis e constantes das diversas direções, sendo que Luís Godinho além de ter aberto a Escola em 1995/96, foi o seu presidente até ao ano 2009 e subdiretor até março de 2012, reservando para si toda a responsabilidade administrativa; António Oliveira, foi vice-presidente com a responsabilidade pedagógica e o último Diretor até à sua

António Oliveira Professor aposentado

flexo dos resultados dos alunos do 9.º ano, na avaliação interna e externa; apresentação do trabalho da área projeto, “ O Passado e o Presente” junho de 2011, que trouxe à escola o maior número de sempre de visitantes; a participação dos alunos ao longo dos anos nos festivais de teatro escolar dinamizados pela Câmara de Leiria; a participação dos alunos no festival do chícharo; as festas anuais de final de ano, sempre com a participação da comuni-

Nota introdutória Passado que foi um período que achei estrategicamente razoável, após a cessação das minhas funções como diretor do Agrupamento de Escolas de Santa Catarina da Serra e respondendo às solicitações dos responsáveis pela redação do jornal “ A Luz da Serra” e da minha própria vontade, retomarei, com alguma regularidade, a dar o meu contributo, com artigos, a que intitularei de “Pensamentos”. Não haverá uma linha de orientação, surgindo os temas consoante as circunstâncias e oportunidade. Estes artigos, doravante a publicar, procurarão transmitir, apenas e só, o pensamento do seu autor como cidadão livre.

Eduardo Caetano - Arquivo

Saúde - Psicologia

SETEMBRO

-- sociedade --

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Festa final de ano lectivo 2010/2011 sob o tema “o passado e o presente” foi um dos grandes momentos da escola, num passado recente. quentam as escolas inseriaposentação em novembro dade em geral e das associações das no agora extinto Agrude 2011 ; Ana Marto, vice- de pais em particular, como o pamento da Serra, o autor presidente com a área do 1.º festival das sopas em 2012. destas linhas que sempre vos ciclo, sendo nos últimos três soube respeitar e mereceu o meses do ano letivo agora E abriu-se outro. vosso carinho, ainda hoje vifindo, presidente da CAP. A agregação dos Agrupa- sível, gostaria de vos deixar Finalmente, os alunos que mentos de Santa Catarina da uma mensagem de tranquiliforam os destinatários de Serra e Caranguejeira abriu dade e um apelo para que todo este processo. Estes, um novo ciclo . Não cabe continuem a confiar a aprenresponderam com a sua neste artigo recalcar todas as dizagem dos vossos filhos quota-parte, alcançando os questões levantadas sobre a aos dignos e competentes primeiros lugares, por anos oportunidade e objetivos das profissionais que continuam sucessivos, no ranking na- agregações a nível nacional. nas Escolas de Santa Catacional dos resultados inter- Há apenas uma constatação: rina da Serra. nos e externos dos exames em Portugal, apenas o seA nova direção, agora consnacionais do 9.º ano. nhor ministro da educação tituída, saberá, tenho a cerNeste fechar de ciclo, algu- encontrou virtudes nas agreteza, estar à altura dos novos mas atividades ficarão como gações. desafios. Conheço o perfil de registo e memória coletiva : Consumado o facto, há que parte dos elementos da nova abertura em 1995/96; inaugu- potencializar o que de excedireção, inclusive da presiração em fevereiro de 1996, com lente cada um tem numa dente, pelo que a sua ena presença do então presidente linha evolutiva dialética. trega, altruísmo e república dr: Mário Soares; bie- Os pais e encarregados de competência conduzirão o nais de arte; feira medieval em educação poderiam ficar novo agrupamento Caran2002; a menção de MUITO eventualmente apreensivos e guejeira/Santa Catarina da BOM, na maioria dos itens, na interrogar-se sobre o camiSerra ao lugar mais alto, avaliação externa levada a efeito nho a seguir. Para todos os como uma referência e pela IGE em 2008; Prémio Pais e Encarregados de Eduexemplo a seguir. Eu ACREMontepio em 2009, como re- cação dos alunos que freDITO.


SETEMBRO 2012

Treinador Juniores: Marco Santos, coadjuvado por Mário Ferreira. Juvenis: Vítor Rodrigues e Dário Mariano. Iniciados: Pedro Santarém e Pedro Silva (Parracho). Infantis Sub-13: Marco Santos. Benjamins: Pedro Paraíso, que é também o coordenador de todos os Guardaredes da UDS. Traquinas: Mário Ferreira. Uma nota muito importante. Pelo que é conhecido através do site oficial da AFLeiria, são poucos os clubes inscritos nas diversas competições por si organizadas, o que poderá alterar algumas das datas já previstas. Apenas 20 clubes inscritos no Campeonato Distrital de Futebol da 1ª Divisão, é de reflectir! Mesmo os 24 na 1ª Divisão no futsall! Sinais dos tempos que atravessamos sem dúvida! div

Fez-se história no desporto, com a participação de Nuno Reis no Campeonato Nacional de 1ª divisão. Sexta-feira, dia 17 de Agosto de 2012, Estádio José Arcanjo em Olhão. Primeiro jogo do início da 1ª Liga profissional de Futebol, época 2012/2013. Jogo entre Sporting Olhanense e Estoril Praia. 20 h e 13 minutos, entrada das equipas em campo. Até aqui nada de novo ou com que interesse para nós Santacatarinenses? Muito pelo contrário na minha opinião, já que no 11 titular da equipa treinada por Sérgio Conceição, fazia parte um Santacatarinense como nós! Nuno Reis de seu nome, natural do lugar da Loureira. Ao terceiro minuto de jogo, Nuno toca na bola. Foi a primeira vez que um

jogador profissional de futebol natural da nossa freguesia, participa no outrora chamado Campeonato Nacional de Futebol da 1ª divisão.

Campeão além fronteiras Atleta descendente de Santacatarinenses obtém título em prova desportiva em Nova Yorque.

Todos (as) que somos adeptos, desportistas, ou simples cidadãos desta terra, foi um orgulho imenso que vimos um dos nossos num meio até aqui inacessível e que há

mais de 80 anos, nunca nenhum Santacatarinense tinha presenciado. Parabéns Nuno e uma boa época desportiva! Virgilio Gordo

Américo Vieira no Campeonato do Mundo Américo Vieira participou no Campeonato do Mundo de ciclismo, na Aústria, de 25 de Agosto a 01 de Setembro. Ao exemplo do ano anterior, Américo Vieira e Carlos Vieira participaram no campeonato do mundo que teve lugar na Aústria. Em conversa com Américo Vieira, este assume que esta participação foi muito difícil devido à chuva, neve e ao frio que se fez sentir este ano. “Foi por amor que tenho à minha terra que não desisti” referiu o ciclista. Américo Vieira ficou em 15º

lugar na prova de estrada, em 20º na taça do mundo, 14º na prova campeonato do mundo de rampa e em 40º no contra relógio. “Quando me disseram que tinha ficado em 15º lugar, não acreditei(...) após ver no painel, saltei de alegria e de felicidade”, disse Américo Vieira.

O Bob Pereira filho do Albino e Conceição Pereira da Loureira, participou no Ironman de Nova Iorque, no dia 11 de Agosto. O Ironman é um triatlo que requere muita preparação e resistência mental e física. Esta competição é dividida da forma seguinte: 3,9 km de natação, 180 km de ciclismo e 42 km e 195 metros de corrida. Completou o seu objetivo em 12 horas e 7 minutos. Junto com os familiares e amigos celebrou os seus 41 anos e a sua realização de ser um Ironman, no passado dia 18 de Agosto. A familia sente-se muito orgulhosa pela sua força e coragem, de ter completado este tão prestigiado triatlo do Ironman. DR

Virgílio Gordo

Nuno Reis em grande...

Miguel Marques

Desportivamente Falando

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DR

opinião

A nova época de 2012/2013 arranca em força este mês para todas as equipas do futebol de formação e para o Futsall. No futebol de formação, haverá equipas nos escalões de Juniores, juvenis, iniciados, Infantis Sub 13, Benjamins e Traquinas. Serão por certo cerca da centena de atletas. O Futsall vai participar pela primeira vez no Campeonato da 1ª Divisão Distrital. Inserida na Zona Norte do Distrito, vai ter como adversários equipas como, Louriçal, Silveirinha, Maçãs de D. Maria, Sismaria, Vidigalense, Barreiros (Amor), Quinta Sobrado P (Batalha), Casal D’Anja (Vieira de Leiria), GRAP (Pousos), Milagres e Núcleo Sportinguista de Pombal. O treinador continuará a ser João Pedro Alves. O início do campeonato está previsto para o dia 13 do próximo mês de Outubro. Quanto a equipas técnicas ou treinadores, são os seguintes: Coordenador geral para todo o Futebol de Formação: Pedro Santarém, já há algumas épocas no clube.

LUZ DA SERRA

-- autarquia --

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LUZ DA SERRA

SETEMBRO

-- histórias da História --

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BIQUEIRA E CORUTO: 1142-2012 No ano de 1142, Afonso Henriques, primeiro monarca de Portugal, tendo governado o país entre 1139 e 1185, concedeu foral a Leiria, permitindo não só a elevação do povoado à categoria de vila e com termo próprio, mas também a organização do sistema político-administrativo. Nesse período, os limites territoriais do município leiriense eram enormes, atingindo, na parte Sul, a «lombam que est in medio de Mendiga et inde ad cimalias de Alvardos et ad cimalias de serra de Maede», ou de Minde. [Ver: GOMES, Saul António, Introdução à história do castelo de Leiria, Leiria, Câmara Municipal, 1995, p. 30]. Esta situação levou à separação, por foral de 1180, de Ourém do dito concelho de Leiria. Com a desanexação constituiu-se, nos anos subsequentes, uma linha limítrofe entre os termos de Leiria e Ourém, sendo que a mesma passou a ser feita, grosso modo, entre as freguesias de Espite e São Martinho, na parte leiriense, e a de Olival, no sector ouriense. No que concerne à paróquia de São Martinho, com sede em Leiria, na actual Praça Rodrigues Lobo, que estava sob dependência do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, a estrema do Nascente da mesma situava-se tanto no Cabeço da Biqueira como no Coruto da Cabeça, outeiros de fácil demarcação. Na realidade, na transição dos séculos XV-XVI já existia uma linha que separava os termos de Leiria e Ourém na actual freguesia de Santa Catarina, incluída na de São Martinho. O traçado, porém, foi objecto de várias disputas ao longo do tempo, na medida em que os povos, tanto de um lado como do outro, alteravam as posições dos marcos limítrofes. É, assim, neste contexto que se deve inserir um processo instaurado, a 16.3.1513, a «Bretolameu Dyas», de Moita Redonda, que foi, com outros elementos, ao Pessegueiro, hoje freguesia de São Mamede, provocar danos materiais no casal que era de «Diogo Fernandez e de seus erdeyrros». Neste processo, uma testemunha afirmou que, além de destruírem as casas e currais do dito proprietário, «meterrom marquos descontra Leyrrya e fezeram demarcaçom e semearrom». [Consultar: GOMES, Saul António, Introdução à história

do castelo de Leiria, Leiria, Câmara Municipal, 2004, 2.ª edição, revista e aumentada, doc. 88, p. 364]. O facto de terem posicionado marcos nesse local significa, claramente, que por aí passava a linha recta, limítrofe dos dois concelhos. A mesma localizava-se, assim, entre as actuais aldeias de Giesteira, na parte de Fátima, e Pessegueiro, na de São Mamede. No ano de 1549 é fundada a paróquia de Santa Catarina,

No que se refere à dita governação civil a situação problemática irá manter-se, sem alterações, durante séculos, continuando a freguesia separada e disposta pelos concelhos de Leiria e Ourém. Contudo, com o aumento demográfico verificado na centúria de Setecentos, as autoridades tributárias, mais concretamente o almoxarifado de Ourém, procuram precisar a linha de demarcação entre as duas autarquias.

Fig. 1 – Barroco da Selada, hoje Coruto da Cabeça, "Cruto", observado a partir do Outeiro da Costa do Pinheirinho, na actualidade Cabeço da Biqueira. Em cada um dos morros foi colocado, no dia 16.1.1716, um marco na linha limítrofe entre os termos ou concelhos de Leiria e Ourém. [Coordenadas: Norte 39º 41' 11,02'', latitude, Oeste 8º 38' 32,22'', longitude, e 352 metros de altitude. Imagem obtida pelo autor às 15:48 horas do dia 11.8.2012, sábado, com uma máquina Fujifilm FinePix S1700]. dita da Serra, a qual se encontrava ainda subordinada à freguesia de São Martinho, com sede na actual Praça Rodrigues Lobo, em Leiria, que, por sua vez, se achava, desde 1545, desanexada da jurisdição do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, porque o mencionado território transitou, com D. João III, monarca em 1521-57, para a diocese de Leiria. Todo este processo em nada alterou os limites territoriais dos concelhos de Leiria e Ourém, apesar de cerca de um terço da novel paróquia estar, em termos administrativos e eclesiásticos, sujeita, respectivamente, à governação oureense e à jurisdição da Colegiada do mesmo povoado. Tal significa que a demarcação no Cabeço da Biqueira e no Coruto da Cabeça não foi alterada. Em 1585-86, com a inclusão das áreas de influência da Colegiada ouriense na diocese Leiria, o terço da paróquia serrana que estava sob a jurisdição eclesiástica daquela instituição, localizada no morro do castelo, transita para a sé de Leiria, pelo que, no âmbito religioso, deixou de existir qualquer separação entre os povos da Serra.

Era conveniente saber-se, com eficácia, quais os limites dos territórios sobre os quais se deveria exigir o pagamento de impostos. É, assim, neste contexto que, no dia 16.1.1716, indivíduos do termo de Ourém, à revelia das autoridades de Leiria, que não compareceram, efectuaram a delimitação de toda a linha, desde a hodierna freguesia de Ribeira do Fárrio, onde confinavam os concelhos de Abiúl, Leiria, Pombal e Ourém, até ao sítio onde o termo ouriense limitava, a Sul, com áreas de jurisdição de Leiria e Porto de Mós. De ter em consideração que este traçado não correspondia, de modo algum, a um processo de delimitação inicial entre Leiria e Ourém, mas ao término de um problema que já vinha desde há séculos. Da linha de divisão importa, tão-só, retirar para este artigo científico a descrição referente aos dois morros, Cabeço da Biqueira e Coruto da Cabeça, donde se pôde e pode verificar que a demarcação que da aldeia da Fartaria seguia pela estrada para o povoado de Siróis, onde foi colocado um marco, «sobe ao vertente ai mais alto delle e dahi vay prose-

guindo os vertentes the outro marco que se pôs no Outeiro da Costa do Pinharinho [digo] do Pinheirinho e deste marco continua a demarcaçam pellos vertentes the o outeiro a que chamão o Barroco da Selada e sobe esta demarcaçam ao mais alto do dito outeiro aonde se pôs outro marco». [Ver: Auto de demarcaçam que se fes no termo desta villa de Orem pella parte que confina com o termo de cidade de Leiria, Tombo do Almoxarifado de Ourém (1714-1857), Arquivo da Casa de Bragança (Vila Viçosa), NG 61/33 MS. 2037, fls. 357]. Os dois outeiros são fáceis de observar a partir do denominado Cabeço de Óbidos, mencionado em demarcação de 1211 e tomado em consideração, a 16.1.1716, como ponto de referência. Nele é possível detectar um marco geodésico pertencente à triangulação nacional de 2.ª Ordem, tal como no dito Barroco da Selada, hoje Coruto da Cabeça. Na realidade, em cada um dos pontos da medieval linha de delimitação foi posto, na data supramencionada, um marco limítrofe. Se no sítio do Outeiro da Costa do Pinheirinho não se afigura fácil verificar o local exacto, uma vez que o topo se apresenta sob a forma de um planalto, já o mesmo não ocorre em relação ao Barroco da Selada, onde o marco nesse sítio foi posicionado, precisamente, no ponto de maior altitude, correspondendo, com notável precisão, ao local onde se acha o marco geodésico da triangulação de 2.ª Ordem. Com as reformas liberais, em 1832-36, fez-se uma nova reorganização administrativa do reino de Portugal de antanho. Criaram-se as juntas de paróquia, no ano de 1832, e os distritos, no de 1835. Por sua vez, os concelhos também foram profundamente afectados, tendo-se procedido à extinção de inúmeros. Os de Leiria e Ourém foram alvo de algumas alterações, pois, a título de exemplo, o terço da freguesia da Serra que se encontrava, há sete séculos, na parte ouriense, transita, em definitivo, para a administração do concelho de Leiria. Por seu lado, a paróquia de Espite, integrada no termo leiriense desde o século XII, transita, ainda que temporariamente, para a jurisdição das autoridades de Pombal, isto antes de passar para Ourém, pelo que a estrema

entre os ditos dois termos deixou de ser feita, na parte mais a Norte, entre aquela freguesia e a de Olival. Toda esta situação levou ao abandono da demarcação que tinha sido feita no supramencionado ano de 1716. Para o caso que nos interessa, ou seja, o Cabeço da Biqueira e o Coruto da Cabeça, não houve qualquer alteração, pois os vertentes dos dois morros permaneceram como pontos de demarcação entre a freguesia da Serra, da parte de Leiria, e a de Olival, da de Ourém, até à separação e à constituição de Gondemaria como entidade administrativa autónoma. Aliás, na demarcação mencionada no ano de 1890 e que se reporta às décadas de 3040 de Oitocentos, observa-se que pelo «lado do Olival», a linha ia «desde a charneca do

Vasco Jorge Rosa da Silva Investigador em História Paleógrafo e Epigrafista Leiria - Ourém Povo até ao alto das Barrocas da Biqueira, de lá em direitura por todo o cabeço até ao sitio da Cruz do Oiteiro da Fartaria», facto que comprova que o dito traçado limítrofe não foi mexido nesse ponto, prevalecendo, assim, até à actualidade. [Consultar: Livro 2 de Actas da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra (188590), AJFSCS, fl. 69v].

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SETEMBRO 2012

LUZ DA SERRA

-- sociedade --

Foto Memórias

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Arquivo Histórico

Desde Janeiro de 2011 que vimos publicando, todos os meses, fotografias que marcaram gerações e épocas da Freguesia de Santa Catarina da Serra.

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ASSEMBLEIA DE FREGUESIA CONVOCATÓRIA Nos termos do artigo 13º nº1 da Lei 169/99 de 18 de Setembro e pela competência que me confere a alínea b) do artigo 19º da mesma lei, convoco os membros da Assembleia de Freguesia de Santa Catarina da Serra, e a população em geral, para a sessão ordinária que terá lugar no auditório da freguesia em Santa Catarina da Serra, às 21 horas do dia 21 de setembro de 2012.

Santa Catarina da Serra, 04 de setembro de 2012 O Presidente de Assembleia António da Conceição Rodrigues

Fenómenos ALUGA-SE da nossa terra

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Foto aérea do centro da freguesia de Santa Catarina da Serra em 1995.

-» visto Porque uma foto vale mais que mil palavras.

Setembro 16 – Ass. S. Miguel - Olivais / V. Sumo Dia do Sócio com Passeio Motorizadas

Este mês fomos descobrir dois fenómenos de grandes dimensões. Uma abóbora com dimensões fora do comum na Loureira, pertencente a António Marques e Jacinta Neves Marques. O outro fenómeno é um tomate, com cerca de 1,6Kg de peso, que cresceu no quintal de David de Oliveira Dias e Natália Dias. Este tomate teve como destino a quermesse das festas da Magueigia.

22 – CAASCS Vindimas 23 – Ass. Bombeiros Sul Concelho Passeio do Coração 30 – Rancho Folclórico 49º Aniversário e XXVII Festival

Miguel Marques

30 –ADS Loureira Peregrinação de ciclistas ao Santuário

Após a inauguração das obras do parque Jardim das Oliveiras, a população da Pinheiriada Costa colocou mãos à obra e está a recuperar a fonte. Nos tempos livres, mais de uma dezena de voluntários dá o seu contributo para dotar aquele espaço de melhores condições. Envie-nos uma foto ou video do que acontece na sua rua e veja-o publicado aqui ou em www.santacatarinadaserra.com. Envie para: luzdaserra@santacatarinadaserra.com

Outubro 07 – Ass. de Bombeiros Almoço de angariação de fundos

Consulte a agenda cultural em www.santacatarinadaserra.com e em www.facebook.com/forserra

Se conhece outros fenómenos, ligue: 917 480 995 pub


LUZ DA SERRA

última

-- divulgação --

SETEMBRO

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