Versão PDF

Page 1


apresentação Este curso tem por objetivo tornar o domínio da fotografia mais fácil aos interessados e amantes desta arte, através da compreensão dos processos que a envolvem. Abordaremos de forma simples e objetiva um pouco da história da fotografia, a anatomia da câmera, o funcionamento do obturador e do diafragma, a objetiva e os diferentes tipos de câmeras digitais.


introdução “A máquina fotográfica é um espelho dotado de memória, porém incapaz de pensar.” (Arnold Newman) Por trás de cada fotografia deveria existir um motivo suficiente para justificá-la. Essa afirmação é mais importante do que talvez se acredite, pois antes de tirar uma determinada foto, o fotógrafo não deve dispensar uma compreensão integral dos motivos que o levaram a fazer esta ou aquela fotografia. O fotógrafo deve ter consciência plena de seu ato antes de apertar o botão. Podemos afirmar que não basta competência técnica para a realização de boas fotografias. É imprescindível ter consciência. Pense primeiro, fotografe depois. Ao fotografarmos pessoas, objetos ou qualquer assunto, não estamos necessariamente registrando a verdade sobre ele, e sim nossa opinião sobre o assunto, nossa forma de ver o mundo. Um bom fotógrafo coloca sua marca e seu estilo em tudo aquilo que por ele for fotografado. A fotografia, assim como a música, a poesia, a pintura, a dança, etc., é um meio de expressão do indivíduo e, como tal, tem linguagem própria. Seus elementos podem ser manipulados pelo estudo e pesquisa ou pela própria intuição do fotógrafo. Na fotografia convencional, um bom domínio das questões técnicas e do equipamento são as garantias que nos permitem concretizar a realização da fotografia desejada. Já na fotografia digital, além do conhecimento técnico de fotografia, torna-se cada vez mais necessário o domínio

da

informática,

lembrando

sempre

que

a

reciclagem

conhecimentos é fundamental para acompanhar a sua frenética evolução.

dos


Capítulo 1

história da fotografia Foi através da fotografia que o homem encontrou uma das formas mais perfeitas e práticas para gravar e reproduzir suas manifestações culturais. Por volta de 1554, Leonardo Da Vinci descobriu o principio da câmera escura, que é o seguinte: a luz refletida por um objeto projeta fielmente sua imagem no interior de uma câmera escura se existir apenas um orifício para entrar os raios luminosos. Baseados neste princípio, os artistas simplificam o trabalho de copiar objetos e cenas utilizando câmeras dos mais diversos formatos e tamanhos. Enfiavam-se dentro da própria câmera e ganhavam a imagem refletida

em

pergaminho

uma

preso

tela na

ou

parede

oposta ao orifício da caixa. Não é difícil imaginar os passos seguintes dessa evolução:

uma

lente

colocada

no

orifício melhorou o aproveitamento da luz; um espelho foi adaptado para rebater a imagem na

tela;

mecanismos

desenvolvidos

para

foram

facilitar

o

enquadramento do assunto. Com

esses

e

outros

aperfeiçoamentos a caixa ficou cada

vez

menor

e

o

artista

trabalhava já do lado de fora, tracejando a imagem protegido por um pano escuro.


SURGE A FOTOGRAFIA Para o processo se tornar mais automático faltava descobrir ainda qual o substituto do pergaminho, um material sensível à ação da luz, isto é, capaz de registrar uma imagem ao ser atingida pela luz refletida de um objeto. Em 1816 o químico francês Nicephòri Niépce deu os primeiros passos para resolver o problema, conseguindo registrar imagens em um material recoberto com cloreto de prata. Mais tarde, em 1826, ele associou-se ao pintor também francês Daguerre e ambos desenvolveram uma chapa de prata que, tratada com vapor de iodo, criava uma camada superficial de iodeto de prata, substância capaz de mudar de cor quando submetida à luz. A experiência foi o primeiro passo prático para a fotografia em toda a Europa, possibilitando combinar a chapa foto sensível (filme) e a câmera escura (máquina fotográfica). A partir daí, o aperfeiçoamento da técnica fotográfica teve muitas colaborações. No

campo

da

química,

substâncias

mais

sensíveis

à

luz

foram

preparadas. A ópitca contribuiu com lentes cada vez mais perfeitas e mecanismos com algum requinte puderam ser adaptados às máquinas descendentes das câmeras escuras. Já em 1860 surgiram os primeiros estúdios fotográficos, alvo de enorme curiosidade. Na época tirar uma foto era motivo de grande ginástica. A pessoa deveria ficar imóvel cerca de dois minutos e precisava até ser presa a um dispositivo para não tremer e o fotógrafo era um verdadeiro artesão no processo químico e nos retoques indispensáveis. Não tardaram a aparecer também os fotógrafos ambulantes que, como pioneiros,

correram

o

mundo

divulgando

a

nova

arte,

transportando

complicados laboratórios e equipamentos em carroças. Em 1867 o físico francês Louis Ducos anunciou outra novidade: a fotografia colorida. Treze anos mais tarde, por iniciativa do norte americano George Eastman, a fotografia começou a se popularizar e o filme passou a ser embalado em rolos.

SURGE A FOTOGRAFIA DIGITAL

O desenvolvimento das câmeras digitais tem sua origem nas

pesquisas militares durante a Segunda Guerra nos Estados Unidos. Assim


como o computador teve grande impulso neste período, as comunicações digitalizadas por meio de mensagens criptografadas foram testadas e utilizadas como táticas de guerra. As primeiras imagens digitais — ou capturadas sem filme — foram feitas pela sonda Mariner 4, em 1965, e registraram a superfície de Marte. Ao total foram feitas 22 imagens em branco e preto, que tinham na época 0,04 megapixels (400 pixels) e levaram quatro dias para chegar à Terra. Tecnicamente estas imagens ainda não eram totalmente digitais, pois utilizavam os princípios analógicos de captura do sistema de televisão. PRIMEIRO CCD Em 1975, a Kodak apresentou o primeiro protótipo de câmera sem filme baseado no CCD da Faichild Imaging, A máquina pesava 4 quilos e gravava as imagens em uma fita cassete. No ano seguinte, a própria Fairchild lançaria a primeira câmera sem filme para uso comercial da história, a chamada MV-101. A primeira câmera totalmente digital foi a Fairchild All-Sky Camera. Ela foi um experimento desenvolvido pela Universidade de Calgary, no Canadá, baseado no CCD 201ADC da Fairchild. Ela obteve o status de digital, pois foi a primeira que utilizou um microcomputador, o Zilog Mcz1/25, para processar as imagens capturadas. Mas o primeiro grande impulso para o mercado consumidor ocorreria em 1981, quando a Sony lançou a primeira câmera digital. O modelo Mavica, que capturava imagens de 0,3 megapixels (300.000 pixels), custava algo em torno de US$ 12 mil. Ela tinha capacidade para armazenar até 50 fotos nos Mavipaks, que eram disquetes de 2 polegadas precursores dos disquetes de 3 polegadas, inventados também pela Sony. A Mavica (Magnetic Video Camera), era basicamente uma câmera de TV que congelava imagens. Ela utilizava três CCDs responsáveis pela captura colorida. Em 1988, a Sony lança as Mavicas C1 e A10 Sound Mavica, com captura de áudio, que custavam US$ 230 e US$ 350 respectivamente, tornando a tecnologia digital mais acessível ao consumidor. Antes disso, em 1984, durante a Olimpíada de Los Angeles, a Canon utilizou seu protótipo de câmera de vídeo estático em parceria com o jornal japonês Yomiuri Shimbum para transmitir, dos Estados Unidos para o Japão,


via telefone, fotos de 0,4 megapixels. As imagens levaram meia hora para ser enviadas, e fizeram o Yomiuri dar um banho nos outros jornais, que dependiam de aviões para levar os filmes. POPULARIZAÇÃO DO FORMATO As câmeras digitais só se tornaram populares na década de 1990. O modelo Dycam I tirava fotos em branco e preto com resolução de 320 x 240 pixels e podia armazenar até 32 imagens em 1 MB de memória interna — as fotos podiam ser transferidas para o computador utilizando um cabo serial. A Kodak também lançou nesta época a DCS-200, que possuía um disco rígido para guardar as fotos e tinha resolução de captura de 1,54 megapixel, quatro vezes mais que as câmeras de captura de vídeo estático existentes. Em 1994 a Apple lançou a Quick Take 100, uma câmera digital colorida com resolução de 800 x 640 pixels e lentes de foco fixo de 50 mm. Ela podia guardar apenas 8 fotos em sua memória interna, o que era pouco, mas abriu as portas para um novo modelo de negócios. Enquanto isso, também em 1994, a Olympus lançava a Deltis VC-1100, a primeira câmera com um sistema de transmissão de fotos integrado, que permitia enviar as imagens por modem ligados a telefones fixos ou celulares para outras câmeras ou computadores. A Deltris fazia imagens com resolução de 768 x 576 pixels e já armazenava as fotos em cartões de memória removível. A corrida continuou e em 1995 a Ricoh lançou a RDC-1, primeira câmera digital a capturar imagens em movimento com som, além, é claro, de imagens estáticas. A Hitachi, em 1997, colocou no mercado sua MP-EG1, que foi a primeira câmera digital a transferir para o computador vídeos no formato MPEG. Neste mesmo ano, a Sony lançou a Cybershot DSC-MD1, que foi a primeira a gravar imagens a laser em pequenos discos plásticos no formato JPEG. Em 1998, a Fuji introduziu a IN-Printer Camera, que gravava as fotos em cartão e permitia imprimir imagens do tamanho de um cartão de crédito diretamente da máquina. A partir daí, as empresas começaram uma disputa por dar mais resolução e capacidade de armazenamento para as máquinas. Hoje em dia, enquanto as câmeras de uso pessoal estão chegando aos 18 megapixels de resolução, existem câmeras profissionais de 200, 416 megapixels e até as que ultrapassam os gigapixels.


Capítulo 2

anatomia da câmera A concepção básica de qualquer câmera é a mesma. Trata-se de uma caixa com um pedaço de filme ou um CCD (no caso das digitais) numa face e uma abertura na outra. A abertura é constituída de forma a permitir que a luz entre na caixa, atingindo a superfície fotossensível. Assim, produz-se a fotografia. Todas as câmeras, da mais primitiva a mais sofisticada, funcionam dessa forma. A diferença entre um tipo e outro está na eficiência e simplicidade com que desempenham sua função, que é sempre a mesma: fazer com que a luz atinja o filme ou o CCD e forme uma imagem. Para

um

bom

desempenho,

porém,

são

necessários

alguns

componentes:

1 – Visor: mostra a cena que será captada, em geral por meio de um conjunto de lentes. 2 – Filme ou sensor: recebe a imagem da cena fotografada e grava esta imagem. 3 – Mecanismo de Transporte: existe nas câmeras de filme para trocar a parte exposta do filme por uma não exposta no plano focal. 4 – Corpo da Câmera: é uma caixa que abriga as várias partes e protege o filme de toda a luz, exceto a que entra através da lente, quando se tira a fotografia. 5 – Diafragma: é um mecanismo que controla a quantidade de luz, geralmente formado pela superposição de lâminas metálicas, constituindo uma abertura


regulável. Pode ser aberto para passar mais luz pela lente ou parcialmente fechado para limitar a entrada de luz. 6 – Obturador: é o segundo controle de luz. É uma porta que se abre e fecha, permitindo que a luz atinja o filme por diferentes espaços de tempo. 7 – Objetiva (lente): é na verdade um conjunto de lentes. Os controles disponíveis na Objetiva são: foco e controle do diafragma (feito através de anéis em seu corpo). Nas câmeras eletrônicas esses controles são geralmente acionados no próprio corpo da câmera. 8 – Controle de Foco: aproxima a lente do filme, para tornar nítida a imagem formada.


Capítulo 3

obturador e diafragma Uma das maiores vantagens de uma câmera regulável é permitir tomada de fotos tanto à luz do sol como na penumbra ou em condições intermediárias.

Dois

controles

tornam

isso

possível:

o

obturador

e

o

diafragma. Ambos têm a mesma função: controlar a luz. Cabe ao obtuador controlá-la através do tempo, desde horas de exposição até frações de segundo. Já o diafragma exerce o controle da quantidade de luz através de diversos diâmetros de um orifício por onde a luz passa (f-stop).

1. O OBTURADOR NO CONTROLE DA LUZ Há

dois

tipos

principais

de

obturadores em câmeras reguláveis: o central e o de plano focal. a

O

obturador

central

(tipo

compour) consiste em pequenas lâminas (que se superpõem) que são acionadas por uma mola. Quando o botão de disparo é apertado, essas lâminas se abrem e voltam a se fechar, durante um tempo predeterminado. Nos exemplos as lâminas mal começam a abrir (em 1) e quase nenhuma luz chega ao filme. Em 2, com o obturador já mais aberto, as lâminas estão quase totalmente fora do caminho e em 3 a luz entra. As lâminas começam a fechar-se admitindo

novamente, cada

vez

menor luz (4 e 5). O total de luz que chega ao filme durante este ciclo produz a exposição completa. O obturador central é colocado na própria objetiva em (A) – esquerda.


O controle de luz pelo obturador se faz de acordo com o tempo em que este fica aberto: “T”, “B”, 30s, 1s, 1/30s e assim por diante até 1/500s em alguns modelos. Cada ajuste da escala do obturador (escala de velocidade) corresponde em média à metade do tempo anterior. Assim, o fotógrafo tem uma escala ordenada onde escolher o tempo de exposição. A maioria das câmeras possui uma regulagem “T” (time exposure) e uma regulagem “B” (bulb) que permitem ao fotógrafo manter o obturador aberto por minutos ou horas, como desejar. No “T”, o fotógrafo pressiona o disparador para abrir o obturador e volta a pressioná-lo quando quiser fechá-lo. No “B”, o obturador abre quando o disparador é pressionado e se fecha somente quando o dedo do fotógrafo o libera. O total de luz que entra na câmera, assim como a quantidade de água que flui de uma torneira para o copo, depende do tempo de duração do fluxo luminoso. Se em dois segundos a água enche um copo até a metade, ele estará cheio até a borda em 4 segundos. Da mesma forma, se o obturador ficar aberto o dobro do tempo, teremos o dobro da quantidade de luz a que o filme ficará exposto. b – O obturador de plano focal (de cortina) não está localizado na objetiva, mas no corpo da câmera - logo em frente ao filme, isto é, no plano focal. Assim, o mesmo obturador pode ser usado com diferentes objetivas. Isso representa uma vantagem em relação ao obturador central. Uma vantagem importante, uma vez que não há obturador na lente, é a possibilidade de se olhar diretamente através da objetiva durante a focalização, sem perigo de expor o filme. A velocidade também deve ser levada em consideração. O obturador central, devido a sua concepção mecânica, não possibilita tempos de exposição tão curtos como os de plano focal. Sua velocidade mais alta está limitada, em geral, a 1/500s, enquanto no de plano focal chega a 1/8000s. Este é composto, basicamente, por duas cortinas sobrepostas que formam uma fresta ou “janela” variável. As cortinas correm diante do filme, expondo sucessivamente cada uma de suas partes à medida que se deslocam. O


obturador pode ser regulado mais rápida ou lentamente, de acordo com a abertura da fenda; mais estreita ou mais larga, em função da exposição desejada. Esse sistema, porém, é mais barulhento que o obturador central e pode distorcer a imagem de objetos em movimento rápido.

O obturador de plano focal não fica no interior da objetiva, mas imediatamente à frente do filme em (a) no diagrama acima. A série à esquerda mostra como a fresta do obturador de cortina percorre a face do filme, expondo diferentes partes à medida que se desloca. A fotografia (6) mostra o efeito final do filme: recebeu a quantidade correta de luz. Cada parte deve receber toda a luz necessária enquanto a fresta estiver passando à sua frente. Sob esse aspecto, o obturador de plano focal é fundamentalmente diverso do obturador central. Como o último há uma projeção de luz sobre a superfície inteira da película, até que o nível desejado seja atingido. No entanto, o resultado final em cada caso é idêntico.


2 – O OBTURADOR NO CONTROLE DO MOVIMENTO Sempre que um objeto se move em frente à câmera fotográfica, sua imagem, projetada sobre o filme, também se move. Se o movimento do objeto é rápido ou se o obturador fica aberto por um tempo relativamente longo, essa imagem em movimento será registrada como um borrão, um tremor ou uma forma confusa. Se o tempo de exposição for reduzido, o borrão também será reduzido ou até eliminado. Um bom fotógrafo sabe usar esse efeito como recurso. Um tempo de exposição curto pode “paralisar” o movimento de um objeto, mostrando sua exposição num dado momento. Um tempo de exposição longo, por outro lado, pode ser usado deliberadamente para acentuar o borrão ou tremor, sugerindo uma sensação de movimento na fotografia.

A gama de efeitos obtida pela variação de exposição é mostrada nas quatro vistas laterais da ciclista (no alto da ilustração). Essas fotos foram tiradas por quatro câmeras, reguladas em diferentes tempos de exposição e sincronizadas para dispararem simultaneamente. Na foto mais à esquerda, a ciclista

movimentou-se

o

suficiente

para

que

o

tempo

de

exposição,

relativamente longo (1/15s), permitisse registrar uma grande mancha branca no filme. Nas duas fotos seguintes, em que foram usados tempos de exposição mais curtos (velocidade mais alta), a figura da ciclista é mais nítida, mas ainda se nota um pouco de borrão indicando o movimento do objeto. Na foto final (que aparece mais à direita), o tempo de exposição (1/500s) paralisou o movimento de tal forma que se torna difícil assegurar que a bicicleta estava em movimento.


Porém, não é apenas na velocidade com que o objeto se move que se determina o quanto a fotografia ficará tremida ou borrada. O que importa é a rapidez com que a imagem percorre o filme durante a exposição. Nas quatro fotos de baixo, a imagem da ciclista (de frente) permanece praticamente na mesma posição sobre o filme. Assim a diferença entre os borrões nas fotos é muito menor, apesar de feitas com as mesmas velocidades. O diagrama mostra como a direção

de

um

objeto

em

movimento determina um resultado mais

ou

menos

borrado

na

fotografia. Quando o movimento do objeto é paralelo ao plano do filme (primeira

seta

à

esquerda),

o

movimento inteiro é registrado no filme. Se a trajetória do movimento faz um ângulo com o plano do filme (seta menos

central),

o

movimento

esquerda/direita.

filme

registra

no

sentido

Nesse

caso,

a

fotografia terá um borrão menos acentuado. Quando o objeto se move em direção à câmera (seta à direita), não havendo nenhum movimento no sentido esquerda/direita, o borrão será mínimo.

3 – O DIAFRAGMA NO CONTROLE DA LUZ Como já foi dito, o diafragma controla a quantidade de luz que atravessa a objetiva e atinge a superfície fotossensível no momento da exposição. Ele trabalha como a pupila de um olho: pode ser dilatada ou contraída em função da luminosidade. O diafragma, localizado no interior da objetiva, consiste num anel de finas folhas de metal, sobrepostas. Girando-se o anel na direção oposta, o diafragma vai formando um orifício cada vez menor. Os tamanhos das aberturas são medidos de acordo com uma escala padrão - os chamados f-stop. O f dos f-stop serve como um guia constante e prático para o controle da quantidade de luz que entra na câmera. Se você


regula sua objetiva para f/2, a luz transmitida será a mesma que penetra em qualquer outra objetiva, independentemente de seu tamanho, forma ou desenho, desde que esteja também regulada para f/2. São óbvias as vantagens dessa padronização. Depois que você se familiarizar com os diafragmas (f-stop) necessários às várias condições de iluminação, poderá fotografar a qualquer hora e em qualquer lugar, com câmeras e objetivas que nunca tiver usado antes. Os f-stop se encarregarão da tarefa. A escala de abertura de diafragma é: f/1.0, f/1.2, f/1.4, f/2, f/2.8, f/4, f/5.6, f/8, f/11, f/16, f/22, f/32, f/45, f/64. O maior deles é o f/1.0, que admite a maior quantidade de luz. Em outras palavras (mais próprias à fotografia), diz-se que é o mais “luminoso”. Cada f-stop seguinte, a partir do f/1.0, reduz à metade o fluxo de luz admitido. Desse modo, uma lente ajustada para f/1.2 admite a metade da luz de uma lente ajustada para f/1.0. A variação de luz através de toda a escala do diafragma é enorme. Uma objetiva cujo diafragma é fechado para f/64 admite aproximadamente 1/2000 vezes menos luz que uma objetiva regulada para f/1.4. Há

poucas

objetivas

construídas

para

usar

toda

a

escala

dos

diafragmas. Uma objetiva padrão para uma câmera 35mm, por exemplo, pode ter regulagens de f/1.4 à f/22. Uma objetiva de câmera de estúdio, própria para o trabalho em condições de luz muito intensas, não precisa ser tão luminosa. Poderá fechar até f/64, mas só abrir até f/5.6. O fluxo de luz que entra na câmara pode

ser

controlado

pelo

tamanho

da

abertura, assim como o fluxo de água que cai num copo pode ser controlado pela abertura da

torneira.

No

exemplo,

uma

torneira

completamente aberta enche um copo em dois segundos. Se for aberta pela metade, durante o mesmo tempo, encherá o mesmo copo só até a metade. O mesmo acontece com a luz: num dado lapso de tempo, um diafragma ajustado em qualquer f-stop admite a metade da luz que o próximo diafragma maior. Portanto 1 f-stop significa 2 vezes mais ou menos luz passando pela objetiva. A palavra stop é utilizada tanto para as mudanças na abertura do


diafragma quanto na abertura do obturador, pois, como vimos, todos os dois estão numa relação dobro-metade entre si. Então, 1 stop significa uma alteração na exposição que pode ser um ponto de diafragma ou 1 ponto de velocidade de obturador. De 1/125 para 1/60, aumentamos a exposição também em 1 stop.

1 stop

2x + ou – luz

2 stops

4x + ou – luz

3 stops

8x + ou – luz

4 stops

16x + ou – luz

5 stops

32x + ou – luz

Assim, a abertura do diafragma controla a quantidade de luz que entra na câmara, enquanto que o obturador controla o tempo de duração do fluxo luminoso. A escala de diafragma (f-stop) está gravada em um anel móvel, na parte externa de qualquer objetiva (na objetiva abaixo ele vai de f/2.8 à f/22, com o tamanho real da abertura mostrado nos sete círculos). Para escolher qualquer diafragma, gira-se o anel até a coincidência do número “f” escolhido com a seta. Aqui está marcado o diafragma f/8. O efeito de diafragma está mostrado nos dois diafragmas à esquerda, nos quais os círculos têm o mesmo tamanho que as aberturas abaixo. São assim necessários quatro círculos do tamanho 5.6 para admitir a mesma quantidade de luz que o círculo de uma abertura 2.8. Veja a ilustração na próxima página.



4 – O DIAFRAGMA NO CONTROLE DA PROFUNDIDADE DE CAMPO O diafragma, além de determinar a quantidade de luz que entra na câmera, é responsável pela profundidade de campo, ou seja, determina os diferentes planos de imagem nítidos numa fotografia. Quanto mais aberto o diafragma, menor a profundidade de campo, como mostra o exemplo desta página. Quanto mais fechado, maior a profundidade de campo, como mostra o exemplo da página seguinte. Regulada para f/2 (indicado pelo anel de baixo), a profundidadede campo desta objetiva, quando focalizada para 2m, é suficiente apenas para cobrir o menino do meio (b) na vista lateral da cena superior. As linhas verticais no anel do centro indicam na escala de distâncias que com o diafragma f/2, nesta objetiva, só estarão em foco os objetivos entre 2m e 2,30m, aproximadamente. Uma

modificação

no

abertura

do

tamanho

da

diafragma

não

afeta

a

quantidade de luz que atinge o interior

da

câmera

como

também tem um efeito muito grande no foco: à medida que a abertura diminui de tamanho, mais nítidas se tornam a parte de trás e a parte da frente de uma cena. Essa zona de nitidez é conhecida como profundidade de

campo.

Manipulada

com

habilidade pelo fotógrafo, pode enfatizar determinados detalhes de uma fotografia e disfarçar outros.


Ao

se

usar

a

menor

abertura da objetiva, f/16 (na fotografia uma

ao

foto

lado),

bem

profundidade foto

é

de

obteve-se

diferente. campo

suficientemente

A

dessa grande

para conseguir nitidez também nas outras figuras. Com a maioria das

câmeras,

profundidade

determinar

de

campo

é

a um

trabalho simples. Se a câmera tem um sistema de foco de vidro despolido, os objetos da cena aparecerão nesse vidro tão em foco ou tão desfocados quanto na fotografia final. Para objetivas dotadas

completar,

as

freqüentemente de

profundidade

uma de

escala campo,

são de que

aparece como pares de números impressos no lado da objetiva. Quando a lente está focalizada, uma

rápida

inspeção

desses

números informa quais partes da foto estão em foco e quais estão fora de foco. A objetiva da ilustração mostra esta escala. A última escala (inferior) indica os f-stops. Se você deseja tirar uma fotografia com f/2 (objetiva da ilustração da página anterior), basta girar o anel de baixo até que esse f-stop esteja diretamente abaixo do ponto fixo. Observe, então, na escala do meio, os tracinhos acima deles. Esses traços indicam, na escala de cima, em metros e/ou pés, o que ficará em foco. Considerando-se que a marcação da objetiva é f/2, você deve tomar a leitura do “2” situado na escala do meio. As marcas (traços) para f/2 mostrarão que apenas uma faixa entre 1,8 metros (6 pés) e 2,4 metros (8 pés) ficará em foco.


Essa capacidade de calcular a profundidade de campo na escala de distâncias da objetiva pode ser muito útil ao fotógrafo. Se ele está usando uma câmera de visor direto, toda cena aparece sempre nítida no visor. Ele não terá meio de saber o que ficará e o que não ficará em foco (a não ser por experiência ou então consultando a escala de distâncias). Há ainda outras vantagens. Suponhamos que você pretende fotografar um animal muito ágil no momento em que ele estiver correndo à sua frente. Quando isso ocorrer, não haverá tempo para focalizar ou pensar em profundidade de campo. Mas você não precisará se preocupar se tiver avaliado a profundidade de campo na escala de distâncias antes do fato acontecer. Assim, você poderá acionar o botão de disparo, despreocupadamente, no memento em que a composição lhe parecer agradável.

5 – O USO CONJUGADO DO DIAFRAGMA E VELOCIDADE O diafragma e o obturador são dispositivos que servem para controlar a quantidade de luz que atinge o filme. No entanto, o efeito de cada um deles na fotografia é fundamentalmente diverso. Tais diferenças, combinadas com habilidade, permitem obter resultados bastante interessantes. O fotógrafo pode selecionar qualquer combinação diafragma/velocidade que produza a quantidade de luz apropriada, uma vez que em cada f-stop subseqüente reduz pela metade a quantidade de luz admitida; cada aumento na velocidade faz o mesmo. Assim, é fácil conjugar esses dois elementos: à medida que se aumenta a velocidade, é preciso aumentar a abertura. Com f/22 – 1s, f/16 – 1/2s e f/11 – 1/4s o filme receberá a mesma quantidade de luz. As três fotografias (nas páginas adiante) mostram as possibilidades dessas combinações. Em cada uma manteve-se o foco constante mas foram usados vários pares diafragma/velocidade, de maneira que o filme ficasse sempre corretamente exposto, recebendo a mesma quantidade total de luz. As três exposições, embora idênticas, produziram resultados muito diferentes. Na foto

1,

uma

pequena

abertura

de

diafragma

criou

uma

considerável

profundidade de campo, que inclui detalhes nítidos do fundo. Mas a velocidade necessária para compensar essa pequenina abertura do diafragma teve que ser tão lenta que os pombos, em rápido movimento, aparecem como fantasmas borrados.


Na foto 2, a abertura do diafragma foi aumentada e a velocidade também (tempo de exposição reduzido): o fundo é menos nítido mas os pombos ficaram visíveis, apesar de um pouco borrados. Na foto 3, usou-se uma abertura de diafragma ainda maior e um tempo de exposição mais curto, o que resultou numa terceira imagem diferente: quase todos os detalhes do fundo ficaram sacrificados, mas, desta vez, os pássaros aparecem nitidamente. Com uma abertura e tempo de exposição médios (f/4 – 1/100s) na foto da esquerda, sacrificaram-se detalhes do fundo para tornar visível os pássaros. Mas a velocidade foi ainda baixa para paralisar as asas dos pássaros. Uma velocidade alta (1/500s) paralisou o movimento dos pombos na foto da direita; pode-se ver nitidamente suas asas batendo. Mas a grande abertura necessária (f/2) produziu tão pouca profundidade de campo que o fundo ficou desfocado.





Capítulo 4

câmera digital “As câmeras digitais são exatamente como qualquer outro periférico de computador. Um dia depois de você comprar uma, o fabricante anunciará um novo modelo que faz mais e custa menos”.

QUAL A MELHOR CÂMERA PARA FAZER BOAS FOTOS? Essa é com certeza a pergunta que recebo com mais freqüência. E minha resposta será sempre a mesma: a câmera é só uma ferramenta. O que faz a boa foto é a criatividade e a dedicação do fotógrafo. Na minha opinião, a melhor câmera para fazer boas fotos é, de preferência, uma SLR com uma objetiva ou mais que você conheça bem e saiba usar seus recursos. Lembro que, para isso, o primeiro passo é ler seu manual e depois praticar, praticar e praticar. Só assim acredito que possam desenvolver domínio sobre o equipamento. 1 – Como as câmeras digitais funcionam? A única diferença entre uma câmera digital e qualquer uma das câmeras de filme é a forma de captura. A câmera digital substitui o filme por um sensor digital. Ele é composto de milhares de elementos fotossensíveis separados, organizados em uma grade que corresponde à forma do visor. A imagem atravessa a objetiva e bate no sensor, que converte a luz em impulsos elétricos. A intensidade da carga varia dependendo da intensidade da luz que bate em cada elemento. Nesse aspecto, ele é muito parecido com o filme. Substitua os elementos por pontos de emulsão fotossensíveis em um filme e você está de volta ao lugar de onde começou, com uma câmera de filme. Quando você pressiona o botão na câmera digital, o sensor passa a informação a partir de cada elemento para um conversor de analógico para digital, que codifica os dados e os envia para serem armazenados em memória RAM para posterior descarregamento, ou armazena-os em uma memória card mais permanente. Já se passaram mais de um século e meio da invenção da fotografia e muitas inovações aconteceram. Mas nada se compara à invenção da fotografia


Digital e como a informática em geral tem evoluído com velocidade inimaginável. Passados poucos anos, as fotografias digitais já alcançaram qualidade igual às melhores do processo convencional conseguidas com filmes. Sem dúvida estamos no meio de uma revolução tecnológica e que traz consigo muitas mudanças na fotografia em geral e inclusive nos aspectos do direito autoral, haja vista as novas facilidades de se copiar e retocar imagens que as novas técnicas trouxeram. Hoje em dia qualquer pessoa munida de computadores pessoais e periféricos encontrados até em supermercados pode conseguir

resultados

conseguidos

com

de

caras

tratamento e

de

sofisticadas

imagens estações

fotográficas de

trabalho

antes

altamente

profissionais. Sem dúvida a evolução dos computadores pessoais juntamente com os softwares da área gráfica são os responsáveis por toda essa revolução. 2 – Tipos de Fotografia Digital a. Fotografia Digital de primeira geração: são as fotos obtidas com uma câmara fotográfica digital. b. Fotografia Digital de segunda geração: são as imagens fotográficas feitas com filmes e convertidas para digital através de um scanner. Existem scanners para cópias impressas, negativos e diapositivos (slides).

RECURSOS FUNDAMENTAIS DE UMA CÂMERA SLR Fotografia, mesmo na era digital, ainda é feita com a luz que passa através da lente e é gravada em um filme ou sensor. Isso “ainda” não mudou. Então,

na

hora

de

escolher

uma

câmera

digital

podemos

levar

em

consideração praticamente os mesmos fatores que utilizávamos no passado e só mais alguns extras que vieram com a tecnologia. 1 – A objetiva e seus diferentes modelos: A objetiva é uma das partes mais importantes da câmara fotográfica. É um dispositivo óptico composto por um conjunto de lentes utilizado no processo de focalização ou ajuste do foco da cena a ser fotografada. A lente é responsável pela angulação do enquadramento e pela qualidade óptica da imagem.


As lentes das câmaras fotográficas podem ser divididas em 7 grupos que são caracterizados essencialmente pela distância focal de que são capazes. Esse número pode variar normalmente entre os 35mm e 200mm. A distância focal resulta da medida em milímetros entre o plano do filme e o ponto onde a imagem é invertida depois de entrar na câmara escura. A seguir as denominações pelas quais são normalmente conhecidas as objetivas. a. Objetiva micro: Aplicação: Estas objetivas são especialmente indicadas para fotografias de temas muitos pequenos, os quais são ampliados pelas lentes. Distorção:

Por

apresentar

profundidade

de

campo

muito

reduzida,

a

perspectiva da fotografia é perdida na desfocagem. Imagem: Maior que o objeto fotografado. b. Objetiva macro: Aplicação: Estas objetivas são indicadas para fotografias de temas de pequena dimensão onde é necessário um grande detalhe. Pode focar objetos a pequenas distâncias, e assim proporciona ao fotógrafo a possibilidade de fotografar detalhes minúsculos de objetos, pequenos insetos, plantas ou microorganismos. Distorção: Apresenta profundidade de campo muito reduzida e distorções. Imagem: Um pouco maior que o objeto fotografado.


c. Objetiva olho de peixe: Aplicação: Estas objetivas são indicadas para situações onde é necessário capturar uma grande área do espaço ou ambiente. Com características de uma grande angular mais poderosa, é capaz de abarcar um ângulo de até 180 graus, podendo ser tipo circular ou diagonal. Distorção: Quando circular, provoca grandes distorções na imagem (esférica). Quando diagonal, há menos distorção. A imagem fica plana. Imagem: Menor que o objeto fotografado. d. Objetiva grande angular: Aplicação: Estas objetivas são mais apropriadas para fotos de paisagens ou em ocasiões em que se tem pouca distância para fotografar em recintos pequenos, como por exemplo salas em que precisamos enquadrar o máximo de área possível. Uma outra característica destas objetivas é proporcionar grandes profundidades de campo, desde pequenas distâncias até ao infinito. Distorção: Apresenta distorção da imagem. Imagem: Menor que o objeto fotografado. e. Objetiva normal: Aplicação: Estas objetivas produzem uma imagem com perspectiva que se aproxima da visão normal, em que a proporção dos assuntos enquadrados não sofre ampliação nem redução perceptível. Distorção: Semelhante à do olho humano. Imagem: De tamanho semelhante ao objeto fotografado. f. Teleobjetiva: Aplicação: Estas objetivas de grandes distâncias focais são apropriadas para fotografar a longa distância. Distorção: Quanto maior é a distância focal, maior é a desvalorização da perspectiva e o achatamento da imagem. Imagem: Maior que o objeto fotografado. g. Objetiva zoom: Aplicação: Este tipo de objetiva é uma lente que permite variar a distância focal, e por consequência, variar o campo abrangido e o tamanho da imagem.


Devido à sua versatilidade e conveniência, as objetivas zoom são talvez as mais populares de todas. Como uma objetiva zoom tem uma distância focal variável de maneira contínua, ela pode substituir todas as objetivas fixas compreendidas entre as suas distâncias focais máxima e mínima. Distorção: Depende da distância focal. Imagem: Depende da distância focal.


1.1-Distância focal e o formato: Existem diferentes formatos de filmes e sensores. Na figura abaixo, podemos observar os diferentes tamanhos dos sensores mais utilizados.

A distância focal de uma

objetiva

é

definida

através da medida diagonal de cada formato. Desta forma, uma objetiva projetada para um determinado formato, quando utilizado em outro, sofre alterações no seu ângulo de enquadramento. Exemplo: em um filme 135mm ou numa câmera digital Full Frame a medida é de 24x36mm e a diagonal é de 43.2mm (convencionado 50mm), o mesmo comprimento focal de uma objetiva normal para esse tamanho de filme ou sensor. No caso de um filme 120mm ou sensor 6x6cm, a distância focal de uma objetiva normal será 80mm.


Ao lado: Tabela Fator de Crop (corte)

2- Fotometria: Hoje em dia as máquinas fotográficas

digitais

possuem

fotômetros embutidos (medidores de luz), e modos de exposição que fazem

muitas

vezes

um

bom

trabalho no cálculo da exposição. Porém, o fotômetro da câmera fotográfica

apenas

mede

a

luminosidade de um cenário e nem sempre os modos disponíveis são os ideais para conseguir a exposição desejada. Os modos de medição de luz da câmera fotográfica implicam que a câmera fotográfica vai assumir que o cenário/objeto é composto por um cinza 18% (18% de preto) calculando a abertura e a velocidade do obturador a partir dessa informação. Existem 3 modos de medição de luz na câmera fotográfica digital. Poderá já ter visto estes símbolos na sua câmara fotográfica: [(0)]

[o]

[]

Estes três símbolos indicam diversos modos de medição suportados pela sua câmera fotográfica. Qual deles é o melhor? Depende do resultado que pretender. O tipo de medição de luz faz muita diferença no resultado final da fotografia. Para perceber qual é o modo adequado à fotografia que pretende obter, terá de compreender os modos de medição para se certificar que não fica nem com um fotografia com sobrexposição (luz a mais) nem com subexposição (luz a menos). E como é que a câmera fotográfica sabe se a imagem está sob ou sobrexposta?


O que a câmera fotográfica tenta fazer é conseguir obter o nível de exposição recebido a 18% cinza, ajustando-o automaticamente. Isto significa que a quantidade de luz que por cada ponto da exposição é o mesmo. Porém, a imagem não tem apenas tons de cinza médios, tem também zonas escuras e claras. A câmera fotográfica mistura todos os brilhos e determina o cálculo para a velocidade do obturador ou para a abertura (dependendo da prioridade do modo selecionado) para que a exposição total seja equivalente a 18% de cinza, independentemente da imagem. Este cálculo é chamado de medição de luz. O modo de prioridade à abertura é usado para seccionar a velocidade do obturador; e o modo prioridade velocidade do obturador é usado para selecionar a abertura. A medição da luz é o equivalente a decidir qual a quantidade de luz necessária para obter uma determinada fotografia. Formas diferentes de fazer isto dependem dos diferentes modos de medição da luz. No processo de medição, a sua câmera fotográfica “olha” para o cenário e verifica quantas áreas do enquadramento estão iluminadas e decide qual será a exposição total (quantidade de luz) necessária para criar a fotografia de forma a ser equivalente a 18% de sombra cinza (valor que a máquina usualmente considera como o indicado). - Modo de avaliação Matricial [(0)]: Multi (Evaluative ou Matrix) A câmera fotográfica divide o cenário em diversas zonas e calcula a exposição correta. Por outras palavras, a câmera dá igual importância a todo o cenário, certificando-se que a exposição correta é conseguida em toda a fotografia, em vez de ser apenas num ponto específico. A leitura matricial é usualmente o modo de medição de luz mais apropriado para a maioria das situações. Porém, é o ideal num cenário onde exista grande contraste entre determinadas áreas da imagem, pois a câmara não sabe avaliar qual a região mais importante: sombras ou altas luzes. Se reparar, nesta fotografia a maioria do fundo é mais claro que o tripé; como o tripé é mais escuro, e a máquina não dá importância ao elemento principal, isto faz com que o elemento principal perca detalhe.


- Modo de medição da luz ponderado ao centro [ ]: CENTRO (Center-Weighted Average) Este modo de medição de luz é muito parecido com o modo de avaliação matricial, porém, em vez de dar igual importância a todas as áreas, a câmera fotográfica dá a maior importância ao centro da imagem. A máquina fotográfica tenta certificar-se que o centro da imagem tem uma exposição adequada e pode sobrexpor ou subexpor o resto da imagem.

- Modo de medição pontual [o]:Ponto (Partial ou Spot) No modo de medição pontual, a câmera fotográfica apenas considera uma pequena área do cenário. A área a selecionar pode ser feita através de um dos pontos do auto focus, ou selecionando uma pequena parte do centro da imagem. A câmera fotográfica certifica-se que a exposição correta (18% de exposição cinza) é conseguida num ponto específico selecionado, e não se importa com a sobre ou subexposição do restante enquadramento. Na imagem do tripé da máquina fotográfica, foi selecionado o centro do enquadramento, logo a câmera fotográfica tentou conseguir o balanço dos 18% de exposição de cinza nessa área, portanto, todos os detalhes do tripé são visíveis. Porém, a câmera não deu importância à restante exposição do enquadramento, ficando o fundo sobrexposto. Para conseguir a exposição correta no ponto selecionado, que neste caso tem muito preto, a câmera fotográfica diminui a velocidade do obturador de tal forma que a restante imagem está sobrexposta: porém os detalhes do tripé estão bem visíveis.


Quando é que não se usam os modos de medição de luz? A única vez que não usará este tipo de medição é quando tiver a máquina no modo de fotografia manual. Quando tiver que selecionar a velocidade e a abertura do obturador. No modo de fotografia manual, terá que selecionar tudo, portanto não estará propriamente usando a capacidade que a câmera fotográfica tem de medir a luz. Contudo, isto não significa que o modo de medição da luz esteja indisponível: as máquinas fotográficas digitais atuais mostram algum tipo de indicação que anuncia como é que a fotografia vai sair baseando-se nos parâmetros selecionados – mostrando quantos stops está abaixo ou acima da exposição adequada. Para verificar se está obtendo uma boa exposição, tenha atenção às sombras e verifique se os elementos que pretende que tenham detalhe estão bem iluminados. E para ter tudo? Se o elemento que pretende fotografar tem o problema de perder detalhe caso adicionalmente pretenda que o fundo também seja visível, então provavelmente terá de usar o flash. Usar o flash da câmera fotográfica para preencher os detalhes é a solução. Esta técnica é boa para tirar fotografias de objetos/pessoas de costas para o pôr-do-sol não perdendo o detalhe do objeto/pessoas, podendo usar o modo de medição pontual.

3 – Flash de preenchimento (fill flash): Muitos fotógrafos profissionais usam

flash

quando

fotografam

pessoas no exterior. Chama-se esta técnica flash de preenchimento (fill flash) porque é usada para preencher a face áspera das sombras causada pelo brilho da luz solar. É fácil de aprender

e

fará

uma

grande

diferença nas suas fotografias. NOTA: Câmeras e flashes têm vários graus de automatização do flash de preenchimento (fill flash). O seguinte presume que o seu kit o tenha. Passos para a fotografia: a. Meça normalmente a cena. Assegure-se que a velocidade do obturador está igual ou mais lenta que a velocidade de sincronismo do flash.


b. Coloque o flash para expor a cena f-stop 1 ou 2 stops mais abertos que o f-stop que coloca na câmeras. Exemplo: se a abertura da lente da câmera for f8, coloque o flash como se a abertura fosse f5.6 ou f4. Isto irá preencher as sombras sem sobrexpor as áreas claras. c. Fotografe. Dicas:

muitas

das

câmeras

modernas

desempenham

de

forma

automáticas as funções mencionadas (ou pelo menos tentam fazê-lo). Se está muito claro para utilizar a velocidade do obturador igual ou mais lenta que a velocidade de sincronismo do flash, escolha um ISO mais baixo ou coloque um filtro de densidade neutra na lente. Verifique sempre a velocidade do obturador para ter a certeza a que velocidade é menor ou igual a de sincronismo do flash.

4 – Balanço de branco (White balance / WB) Os olhos humanos são bons a distinguir o branco entre as cores, mas uma câmera digital na maioria das vezes tem uma grande dificuldade em reconhecer o branco, especialmente se for usada a opção automática do balanço do branco (AWB). A função do balanço do branco permite eliminar cores que não refletem a realidade fotografada. Um balanço do branco correto deve ter em consideração a “temperatura da cor” da fonte de luz, o que significa se a cor da luz é quente ou fria. Na fotografia analógica, o balanço do branco implica usar filtros de cor que compensam as distintas condições de iluminação. Porém, na fotografia digital, os filtros de cor basicamente deixam de ser necessários. Ao compreender o balanço do branco, pode conseguir obter fotografias com as cores corretas de acordo com o tipo de iluminação. Ajustar o balanço do branco basicamente significa que uma parte da fotografia que supostamente deva ser uma cor neutra, contenha montantes iguais de vermelho, verde e azul (RGB). Um balanço do branco incorreto pode provocar um tom azulado, alaranjado ou esverdeado irrealista e que na realidade faz com que as fotografias não sejam as desejadas.


WB incorreto

WB correto

A temperatura da cor A temperatura da cor é uma característica da luz visível. O raciocínio implícito é que quanto mais aquecemos um objeto, mais cores ele irradia. Assim, de forma mais específica, a temperatura da cor descreve o espectro de luz irradiada de um corpo negro (um objeto que absorve toda a luz incidente sem permitir qualquer reflexo ou passagem de luz) de acordo com a temperatura desse mesmo corpo. Um

corpo

negro

a

diferentes

temperaturas

irradia

variadas

temperaturas de luz branca. Apesar de se chamar luz, e poder parecer branca, nem sempre a luz branca é verdadeiramente branca, pois nem sempre contém uma distribuição equilibrada de cores através do espectro visível. À medida que a temperatura da cor aumenta, a distribuição da cor torna-se mais fria. A lógica é que cumprimentos de onda mais curtos contêm luz de maior energia.

A temperatura da cor é importante para a fotografia porque a luz do dia e a luz halogênea têm uma distribuição semelhante à de um corpo negro embora iluminações como a fluorescente e luzes mais comerciais sejam muito distintas de corpos negros. Assim sendo, fica aqui uma correlação de uma escala Kelvin que pode usar como guia relativamente a distintas fontes de luz.


Temperatura da cor

Fonte de luz

1000-2000 K

Luz de velas

2500-3500 K

Luz halogénea

3000-4000 K

Pôr-do-sol ou aurora com céu limpo

4000-5000 K

Lâmpadas fluorescentes

5000-5500 K

Flash

5000-6500 K

Meio-dia com céu limpo

6500-8000 K

Céu nublado moderadamente

Mais de 8000 K

Sombra ou céu muito nublado

O K é símbolo da unidade Kelvin - medida da escala que mede a temperatura da cor. A escala Kelvin não tem valores negativos. Assim sendo, na prática, como muitas fontes de luz não se assemelham à radiação de corpos negros, o balanço do branco adiciona à temperatura da cor um desvio verde-magenta. Adicionar verde-magenta é muitas vezes necessário quando se fotografa à luz do dia comum, podendo, quando se trata da luz fluorescente ou de outra luz artificial, requerer grandes ajustes de verde-magenta ao balanço do branco. Muitas câmeras fotográficas dispõem de uma variedade de balanços de branco pré-programados para que consiga adaptar o balanço do branco ao tipo de iluminação existente. Usualmente os símbolos deste tipo de balanço do branco são:


5 – Foco

Fazer uma boa focagem com a máquina fotográfica não significa apenas tornar os objetos ou pessoas mais ou menos visíveis. A focagem da câmera fotográfica é a primeira forma de compormos a fotografia. O que deseja colocar na fotografia? A árvore ou a casa atrás dela? Conseguir uma fotografia bem focada dependerá muito de você e obviamente dos recursos da lente da sua câmera fotográfica. Para conseguir uma boa focagem com a máquina fotográfica é importante, antes de mais nada, decidir o que gostaria que a fotografia mostrasse. Na fotografia não há assim tantas regras e a sua sensibilidade irá ser o seu grande guia na maioria das vezes. Ficam aqui alguns exemplos para iniciar a arte de uma boa focagem, supondo que está usando a função autofocus da sua câmera. Diferentes opções do auto-focus A função auto-focus, que dá à máquina fotográfica a liberdade de fazer a focagem por si, varia de máquina fotográfica para máquina fotográfica, e mesmo de marca para marca. Se verificar na sua câmera fotográfica, mesmo que seja uma semiprofissional, terá diversos modos de auto-focus cada um ideal para situações como desporto, paisagem, retrato, … representado cada situação, um tipo de focagem distinta. Cada opção destas tem as suas vantagens e desvantagens.


Foco multi-área É comum a máquina fotográfica vir com a predefinição da função área focus por defeito. Com a opção área focus ativa o auto-focus da máquina irá focar automaticamente diversos pontos num plano; ou seja, não dará grande relevância a um ponto específico na imagem. A câmara fotográfica fará uma média da imagem que está sendo focada tentando focar nos pontos que ela considera mais relevantes. Embora seja uma forma mais fácil de focar, o área focus é o menos preciso dos modos auto-focus da câmara fotográfica. É um bom modo para fotografar paisagens, cenários onde não exista muita profundidade de campo. Foco central No modo foco central, a câmera fotográfica irá se focar sempre no centro da imagem. A maioria das máquinas fotográficas têm no visor os diferentes pontos focais, dentro desse círculo de pontos, será sempre o foco da imagem. Esta opção de focagem automática permite um maior controle. Dando-se um pequeno toque no botão do disparo é uma forma de verificar como vai ficar a fotografia: pode-se focar o fundo ou o ponto mais próximo, dependendo do objetivo da fotografia. A melhor opção de focagem em câmeras que não possuem o foco por ponto. Foco por ponto Esta opção já é encontrada em muitas câmeras SLR. No meu ponto de vista, é a melhor opção para se utilizar no dia-a-dia. Assim como no foco central aparece um ponto luminoso no visor, só que desta vez você pode deslocá-lo com alguns toques no dial atrás da câmera para cima, para baixo ou para os lados como desejar, colocando-o sobre o objeto que realmente deseja focar. Auto-focus contínuo Esta opção é usualmente utilizada em objetos em movimento em frente a um fundo em movimento (ex: uma pessoa em frente a uma multidão). O autofocus contínuo permite manter um objeto mais focado em frente a um fundo menos focado. Este modo pode ser muito útil. Este modo focal é ótimo para fotografar desporto, casamentos, e outros eventos.


Capítulo 5

Os principais tipos de câmera digital A fotografia é um dos passatempos mais populares entre todas as pessoas de todo o mundo. A maioria das pessoas com uma câmera cria o seu próprio mundo de retratos sem se importar com que tipo de câmera que ele usa. A maioria de usuários de câmera digital não têm quase nenhuma idéia sobre a configuração dos dispositivos que a mesma possui. Algumas pessoas compram câmeras digitais sem se importar com que tipo de câmera digital irá melhor servir às suas necessidades. Mas é aconselhável para qualquer pessoa conhecer o tipo de câmera digital antes de investir na compra de uma delas. Porém, se você for analisar os mínimos detalhes de cada câmera digital, você irá descobrir que elas diferem muito em características e funcionalidade. As câmeras digitais se enquadram nas seuintes categorias: 1 – Amadoras descartáveis Não é necessariamente uma categoria. Ignore essas câmeras. Sabe aquelas câmeras que são anunciadas na televisão? Aquelas que prometem “1000 megapixels”, filmam, fotografam, gravam som e tem um cartão de 256Mb que cabe

15.000

fotos?

Esqueçam

completamente.

Elas

são

totalmente

descartáveis. Têm uma péssima qualidade, em todos os aspectos, e com certeza só vão estragar suas fotos. As lentes de má qualidade vão produzir fotos

sem

contraste,

com

foco

ruim

e

cores

distorcidas.

O

sensor

“maravilhoso” vai te dar muito “noise”, que são aqueles pontinhos coloridos e pouquíssma definição, apesar dos “1000 megapixels”. Se você quer fazer boas fotos, esqueça essas câmeras. Podem ficar de olho nas marcas desconhecidas como Tekpix, Clone, Genius, e coisas como Ximagem, pro-num.sei.o.quê, Breeze Cam (essa é uma piada) e excluam da sua lista.


2 –Point & Shoot Essa é a categoria mais tumultuada. Existem diversos tipos de câmeras e subcategorias. A qualidade das imagens varia de acordo com seu custo. A sua característica principal é que são câmeras totalmente automáticas ou com controles manuais muito limitados ou inexistentes. Feitas para o usuário leigo, elas resolvem tudo por você e por isso não deixam margem para quem quer avançar um pouco na fotografia. Tem o nome de point & shot exatamente por isso, basta apontar e disparar, ela resolve tudo. É possível conseguir fotos muito boas com essas câmeras, mas nunca de qualidade profissional. As limitações de controles manuais é um dos maiores problemas que o fotógrafo irá enfrentar. Existem muitos modelos nessa categoria: alguns bem caros e completos, outros muito simples e ineficientes. Você pode esperar muita confusão na hora de escolher uma dessas.


3 – SLR / DSLR e HDSLR

SLR significa, em inglês, Single Lens Reflex. Como assim? Nessas câmeras a luz que entra através da lente é refletida em um espelho e transferida para uma tela de visualização. Esse jogo de vidros e espelhos faz com que, olhando pelo visor (não a tela de LCD), você veja exatamente o que a lente está “vendo”. Nessas máquinas também é possível fotografar utilizando o monitor LCD (LV: Live View). Nelas também é possível trocar as lentes. Você pode usar uma infinidade de lentes disponíveis no mercado para obter os mais diversos efeitos e resultados. É possível usar desde lentes mais baratas e simples até lentes caríssimas. Nessas máquinas conseguimos utilizar bem tudo que aprendemos sobre fotografia. É possível brincar com a profundidade de campo, deixando o fundo bem desfocado, utilizar todo tipo de exposição longa, congelar movimento, fazer fotos com pouquíssima luz, usar lentes especiais para fotos como macro, etc. É pura diversão. As DSLR também possuem sensores maiores e melhores, que produzem pouquíssimo ruído e tem sensibilidade de ISO de alto a altíssimo (dependendo do modelo, ISO25600 à ISO-100000). São rápidas e respondem instantaneamente ao clique. Possuem muita precisão no foco. São muito bem acabadas, resistentes e totalmente configuráveis. Capturam a imagem em vários tipos de arquivo como RAW, TIFF e JPEG, podendo gerar dois arquivos diferentes ao mesmo tempo como, por exemplo, RAW e JPEG. Enfim, são máquinas completas e de uso profissional. Alguns modelos de DSLR têm características para amadores avançados e as mais caras têm uso somente profissional. São câmeras grandes e caras e visam o usuário que tem muito conhecimento de fotografia.



4 - Mirrorless System Traduzindo: é uma câmera sem espelho com objetiva intercambiável. Literalmente é a categoria que mais cresce nas câmeras digitais. A princípio nasceu de uma tecnologia desenvolvida pela Panasonic e Olympus que criaram o formato Micro Four Thirds baseado em uma câmera SLR, porém sem espelho; apenas com um visor de LCD para ficar mais leve. Hoje já existem vários outros fabricantes com modelos de diferentes formatos de sensor e alguns até mesmo dotados de visor óptico. Quando possuem visor óptico ou é um acessório que se acopla à parte superior da câmera, na sapata do flash, ou é um visor TLR (telêmetro).


5 - Backs Digitais para médios e grandes formatos São acoplamentos digitais feitos na parte traseira das câmaras convencionais que usam filmes. Normalmente são colocados nas câmaras de estúdio: Hasselblad, Mamiya, Sinar e outras. A vantagem aí é se usar uma câmara, lentes e acessórios de alta qualidade juntamente com a tecnologia digital.


bibliografia Tudo Sobre Fotografia - Michael Bussele Curso Completo de Fotografia - Rio Gráfica Editora Fotografia - Manual Completo de Arte e Técnica - Time Life Apostila de Iniciação a Fotografia - George Helt Manual de Conservação Fotográfica - FCC - Dep. de Fotografia Formuário Fotográfico - Reinhard Viebig A Photo Guide By Kodak - Collins Fotografia Digital - Carla Rose Photoshop 4: Curso completo - Greenberg e Greenberg Guia Incrível do Photoshop - Ted Alspach Fotografia Manual Completo de Arte e Técnica, adaptado da Life Library of Photography, Abril Cultural, 3ª ed. 1981 www.omeuolhar.com


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.