o marco do conhecer, percebendo, em sua “visão de fundo”, dimensões até então não percebidas e que, agora, se lhes apresentam como “percebidos destacados em si”. Este tipo de ação cultural, reinsistamos, só tem sentido quando tenta constituir-se como um momento de teorização da prática social de que participam os camponeses. Se se aliena desta prática, se perde, esvaziada, num puro blá- blá-blá . Finalmente, a ação cultural como a entendemos não pode, de um lado, sobrepor- se à visão do mundo dos camponeses e invadí- los culturalmente; de outro, adaptar- se a ela. Pelo contrário, a tarefa que ela coloca ao educador é a de, partindo daquela visão, tomada como um problema, exercer, com os camponeses, uma volta crítica sobre ela, de que resulte sua inserção, cada vez mais lúcida, na realidade em transformação.