Folha do E. Santo Terça-Feira, 05 de Julho de 2011
Cachoeiro de Itapemirim (ES)
Palanque JACKSON RANGEL - JORNALISTA www.jacksonrangelvieira.com - jacksonrangelvieira@hotmail.com
F
Vontade política com o Menino Jesus
ui testemunha ocular de um dos mais emocionantes serviços públicos entregue a uma população, com privilegio para o povo de Itaipava, localidade de Itapemirim, município a 45 quilômetros da quinta maior cidade do Espírito Santo: Cachoeiro de Itapemirim. Refiro-me, sábado, da inauguração de um dos maiores hospitais do sul do Estado chamado Menino Jesus, nome mais apropriado para este milagre não existiria. Fiquei a imaginar, como um Município quadro vezes menor de onde moro pode receber tão majestosa obra? Só tem uma reposta: vontade política com fé em Deus. Uma unidade de Saúde daquela estatura, pronto-atendimento na primeira base e leitos hospitalares no segundo andar. Acabamento de primeiro mundo. O melhor para aquele povo humilde que nunca pesara um dia receber aquela distinção.
Ouviu os discursos políticos das autoridades, merecidamente, aplaudidas. Porém foi a parte menos importante para os espectadores. Acho que muitos ali achavam estar vivendo um sonho. Aquela obra era de dimensão federal, quando não de estatura de estadual. Contudo, plantada numa cidade praiana que prospecta o futuro e as plataformas petrolíferas, Deus sabe, por fatalidade seus trabalhadores carecendo do Menino Jesus para salvação.
Tirei outra lição. Como um governante não consegue fazer um hospital já construído funcionar em década, na minha cidade, e outros se arrastando em apêndice para atender a população, enquanto a prefeito Norma Ayub, com ajuda do deputado estadual, Theodorico Ferraço, ergue um exemplo de solidariedade humana para salva o bem mais preciso da pessoa, a vida? Se existe vontade política, também existe descaso, na verdade uma coO Menino Jesus já é a salvação para habitantes de vários municípios vizinhos. Atrevo-me, sem presunção, que alguns leitos atenderão cachoeirenses desesperados por não sofrer duas dores.
vardia hedionda das vidas não salvas. Outra observação na inauguração da Unidade de Saúde Menino Jesus foi inevitável, além do contentamento unânime. Os recursos foram assinados pelo ex-governador Paulo Hartung, pelo senador Ricardo Ferraço e pela prefeita Norma que investiu com recursos próprios R$ 2 milhões. O registro seria normal se Cachoeiro de Itapemirim não tivesse um hospital na indiferença de duas gestões e a ausência em seis meses do Governador Renato Casagrande para com o Menino Jesus. Nenhuma presença do Chefe de Estado ou de secretários, nenhum centavo. Esta omissão pode não ter cura em casos de Saúde que está acima de política e politicagem. O Menino Jesus já é a salvação para habitantes de vários municípios vizinhos. Atrevo-me, sem presunção, que alguns leitos atenderão cachoeirenses desesperados por não sofrer duas dores. A de ver um hospital sem funciona próximo de si, com os demais hospitais saturados, indo aliviar suas dores no município co-irmão, caçula, contudo sob a benção de Deus e dos homens de boa vontade.
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