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Coluna Espírita superados

lado, existem correntes que apresentam a morte como algo lúgubre. Os próprios aparatos do velório acabam trazendo um acréscimo de medo. Muitos pais, de maneira irresponsável, apavoram os filhos com descrições inadequadas do que classificam como sendo “fantasmas”. Essas crianças acabam crescendo com seu subconsciente impressionado por essas imagens.

A Doutrina Espírita, entre as suas várias finalidades, veio também desmistificar a morte e mostrar a naturalidade do processo. Veio demons- trar, com muita clareza, que a morte não destrói a personalidade e nem a individualidade da pessoa. Ela apenas nos liberta do envoltório material. Continuamos sendo nós mesmos, com as virtudes e defeitos que já tínhamos antes. Com a morte, o corpo volta à terra e se decompõe, enquanto que o espírito liberto prossegue a sua jornada, sem perder a afeição pelas pessoas que já amava. Embora biologicamente a morte seja igual para todos, no aspecto espiritual ela depende do grau evolutivo de cada um. Uns despertam imediatamen- te. Outros levam tempo maior ou menor para tomarem consciência de que já se desligaram. Existem muitos ainda, principalmente aqueles mais apegados à matéria, que não acreditam que morreram. Sentem o perispírito compacto e continuam frequentando os mesmos lugares de antes. Estranham que nenhum encarnado lhes responde, mas mesmo assim continuam achando que estão com o corpo. Devido a concepções arraigadas, que abraçaram por muito tempo, sentem-se confusos diante da nova realidade.

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Há desencarnados que procuram dar prosseguimento ao seu crescimento, à sua evolução. Buscam tarefas, aceitam disciplina e fazem do amor ao próximo a base de seus princípios. Há também desencarnados que querem continuar alheios a tudo, levando o gênero de vida que já levavam. E há ainda, aqueles que presos ao ódio, partem para a vingança, procurando atingir os desafetos que deixaram. A explicação espírita é fundamentada na lógica. Ninguém muda suas características e seu comportamento da noite para o dia, nem mesmo quando desencarna. O processo evolutivo é lento e gradativo. É importante que as pessoas entendam que todos estão dentro desse processo, mesmo os mais empedernidos, e um dia, durante os séculos, todos haverão de alcançar a perfeição.

Silas Gehring Cardoso