1 minute read

Um ano depois… sem sinais de paz

Passou um ano sobre o início da guerra na Ucrânia. A 24 de fevereiro de 2022, dias depois de o Kremlin ter reconhecido como independentes as autoproclamadas repúblicas de Lugansk e de Donetsk, na região ucraniana do Donbass, as tropas russas começaram a invadir a Ucrânia. Aquilo a que o presidente russo, Vladimir Putin, chamou uma “operação especial” para “desnazificar” o país rapidamente se transformou numa invasão em larga escala. As sirenes começaram a soar em toda a Ucrânia, à medida que várias cidades e populações começavam a ser alvo de ataques aéreos russos e os tanques começavam a entrar pelo território ucraniano. E o que ficou de 12 meses de conflito? Dezenas de milhares de mortos, milhões de refugiados e deslocados internos, cidades bombardeadas e completamente arrasadas, uma economia em colapso e um mundo mais perigoso. A guerra regressou à Europa e com ela os horrores que todos considerávamos irrepetíveis. Edifícios habitacionais bombardeados, hospitais, jardins de infância, corpos torturados espalhados pelo chão, valas comuns, famílias separadas pela morte e pelo medo. O impensável aconteceu e continua a acontecer. Passado um ano, não se vislumbram sinais de paz. Não se trilham caminhos de diálogo.

“Gostaria de apelar aos que têm responsabilidade política, para que façam um sério exame de consciência diante de Deus, que é o Deus da paz e não da guerra”, apelou o Papa Francisco na audiência geral anterior à data do primeiro aniversário da guerra. Embora todo o mundo esteja a viver direta ou indiretamente as consequências desta guerra, é de facto, o povo ucraniano o grande martirizado pelo conflito e aquele que mais urgentemente precisa de paz.

Advertisement